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REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS

HABEAS CORPUS – ART. 5º, LXVIII, CF + Código de Processo Penal.


MANDADO DE SEGURANÇA – ART. 5º, LXIX, CF + Lei 12.016/09.
MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO – ART. 5º, LXX, CF + Lei 12.016/09
MANDADO DE INJUNÇÃO – ART. 5º, LXXI, CF.
HABEAS DATA – ART. 5º, LXXII, CF + Lei 9.507/97.
AÇÃO POPULAR – ART. 5º, LXXIII, CF + Lei 4.717/65.

HABEAS CORPUS – 5º, LXVIII


Antecedentes
- Magna Charta de 1215
- Petition of Rights de 1628
- Habeas Corpus Act de 1679
- Habeas Corpus Act de 1816 (passou a aplicar para quaisquer prisões)
No Brasil
- Código de Processo Criminal de 1832
- Constituição de 1824?
- Constituição de 1891
- Teoria brasileira do habeas corpus (Rui Barbosa)
- Constituição de 1934 (direito de liberdade de locomoção)
- Constituição de 1937 – manteve o HC mas suprimiu o MS
- Constituição de 1946 – os dois
- Constituição de 1967 – os dois
- AI 5 – 1968 – suspendeu o HC para crimes políticos e segurança nacional

natureza
- só no processo penal?
- é recurso?

espécies
- HC preventivo e repressivo (ou liberatório)
Hc preventivo e CPI
HC 80584 / PA - PARÁ
HABEAS CORPUS
Relator(a): Min. NÉRI DA SILVEIRA (...) Habeas corpus preventivo deferido, parcialmente, tão-só,
para que seja resguardado aos acusados o direito ao silêncio, por ocasião de seus depoimentos, de
referência a fatos que possam constituir elemento de sua incrimi-nação.

HC 83357 / DF - DISTRITO FEDERAL


HABEAS CORPUS
Relator(a): Min. NELSON JOBIM
EMENTA: HABEAS CORPUS. CPI DA PIRATARIA. CONVOCAÇÃO PARA DEPOR. AMEAÇA DE PRISÃO.
Qualquer pessoa tem o direito público subjetivo de permanecer calado quando for prestar
depoimento perante órgão do Poder Legislativo, Executivo ou Judiciário. Habeas corpus deferido
somente para assegurar o direito do paciente de permanecer em silencio.

4.- Impetrante
a) Qualquer pessoa
b) Precisa de advogado?

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c) Advogado sem procuração?
d) Analfabeto (654, § 1º, c, CPP)?
e) Menor de idade?
f) Promotor?
g) Juiz? (conceder de ofício – 654, § 2º, CPP)
h) Estrangeiro?
i) HC apócrifo?

- Impetrado ou Autoridade coatora:


a) particular? Não seria crime?
b) Autoridade pública

- Questões
a) HC em favor de pessoa jurídica?
A pessoa jurídica não pode figurar como paciente de habeas corpus, pois jamais estará em jogo a
sua liberdade de ir e vir, objeto que essa medida visa proteger. Com base nesse entendimento, a
Turma, preliminarmente, em votação majoritária, deliberou quanto à exclusão da pessoa jurídica do
presente writ, quer considerada a qualificação como impetrante, quer como paciente. Enfatizou-se
possibilidade de apenação da pessoa jurídica relativamente a crimes contra o meio ambiente, quer
sob o ângulo da interdição da atividade desenvolvida, quer sob o da multa ou da perda de bens, mas
não quanto ao cerceio da liberdade de locomoção, a qual enseja o envolvimento de pessoa natural.
Salientando a doutrina desta Corte quanto ao habeas corpus, entendeu-se que uma coisa seria o
interesse jurídico da empresa em atacar, mediante recurso, decisão ou condenação imposta na ação
penal, e outra, cogitar de sua liberdade de ir e vir.
HC 92921/BA, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 19.8.2008.

b) HC no processo penal quando não há risco de prisão?


Súmulas 693 e 695 do STF

c) HC e punição disciplinar – 142, § 2º, CF

d) HC com a discordância do paciente?

e) HC na justiça do Trabalho?
Art. 114, IV, CF
ADI 3684 / DF - DISTRITO FEDERAL
Relator(a): Min. CEZAR PELUSO
Julgamento: 01/02/2007
EMENTA: COMPETÊNCIA CRIMINAL. Justiça do Trabalho. Ações penais. Processo e julgamento.
Jurisdição penal genérica. Inexis-tência. Interpretação conforme dada ao art. 114, incs. I, IV e IX, da
CF, acrescidos pela EC nº 45/2004. Ação direta de inconsti-tucionalidade. Liminar deferida com efeito
ex tunc. O disposto no art. 114, incs. I, IV e IX, da Constituição da República, acrescidos pela
Emenda Constitucional nº 45, não atribui à Justiça do Trabalho competência para processar e julgar
ações penais.

f) HC contra quebra de sigilo bancário e fiscal?


STF – sim – risco de prisão
HC 84869 / SP - SÃO PAULO
HABEAS CORPUS
Relator(a): Min. SEPÚLVEDA PERTENCE

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Julgamento: 21/06/2005 Órgão Julgador: Primeira Turma
EMENTA: I. Habeas corpus: cabimento. 1. Assente a jurisprudência do STF no sentido da idoneidade
do habeas corpus para impugnar autorização judicial de quebra de sigilos, se destinada a fazer prova
em procedimento penal. 2. De outro lado, cabe o habeas corpus (HC 82.354, 10.8.04, Pertence, DJ
24.9.04) - quando em jogo eventual constrangimento à liberdade física

- Competência
- regra
Obs.: súmula 690, STF (Compete originariamente ao Supremo Tribunal Federal o julgamento de
habeas corpus contra decisão de turma recursal de juizados especiais criminais) – súmula sem
eficácia.

HC de Daniel Dantas
Pendia o exame da liminar, nesta Corte, de parecer do MP Federal quando deflagrada a operação que
culminou com a prisão temporária dos pacientes e de diversas outras pessoas, o que motivou novo
requerimento dos impetrantes (Petição n. 97672/08), reiterando o pedido de acesso aos autos do
inquérito e, diante do novo quadro, a libertação dos pacientes. Deferida, liminarmente, a consulta
aos dados investigados e devidamente recebida as informações do Juízo Federal impetrado, resta
agora examinar o pedido de libertação, plenamente possível a esta Corte nos autos do mesmo
habeas corpus de natureza preventiva inicialmente impetrado. (HC 95009 – STF)

- Liminar em HC
HC contra decisão que nega liminar e súmula 691, STF

Súmula 691, STF: Não competete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus contra
decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar

HC 92148 / SC - SANTA CATARINA - Relator(a): Min. RICARDO LEWAN-DOWSKI


Julgamento: 25/09/07 - Órgão Julgador: Primeira Turma
EMENTA: PENAL. PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. PRISÃO PREVENTIVA. AUSÊNCIA DE
FUNDAMENTAÇÃO. OFENSA AO ART. 93, IV, da CF. SÚMULA 691 DO STF. ÓBICE. INOCORRÊNCIA.
ORDEM CONCEDIDA. I - É manifestamente ilegal o indeferimento de medida liminar, a ensejar a
superação do teor da Súmula 691 do STF, quando ausente a concreta apreciação da situação fático-
jurídica. II - Decisão que deveria, ainda que perfunctoriamente, examinar os fundamentos que
deram ensejo à segregação cautelar. III - Ofensa ao art. 93, IV, da Constituição Federal. IV - Ordem
concedida.

- efeito extensivo? Sim

HABEAS DATA – 5º, LXXII

Origem
EUA: Freedom of information act de 1974
O Brasil se inspirou na Carta Portuguesa, de 1976 (arts. 26, I a 3, e 25, 1 a 6).
Cabimento:
a) Obtenção de informações sobre dados pessoais existentes em órgãos governamentais ou de
caráter público
b) Retificação de dados constantes em órgãos governamentais ou de caráter público

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c) Lei (art. 7º, III, Lei 9.507/97): anotação nos assentamentos ou explicação sobre dado
verdadeiro

Art. 7º, III, - para a anotação nos assentamentos do interessado, de contestação ou explicação
sobre dado verdadeiro mas justificável e que esteja sob pendência judicial ou amigável.

Negativa na via administrativa como condição da ação?


Súmula 2, STJ
RHD 22 – STF

Art. 8o, Lei 9507/97


Art. 8° A petição inicial, que deverá preencher os requisitos dos arts. 282 a 285 do Código de
Processo Civil, será apresentada em duas vias, e os documentos que instruírem a primeira serão
reproduzidos por cópia na segunda.
Parágrafo único. A petição inicial deverá ser instruída com prova:
I - da recusa ao acesso às informações ou do decurso de mais de dez dias sem decisão;
II - da recusa em fazer-se a retificação ou do decurso de mais de quinze dias, sem decisão; ou
III - da recusa em fazer-se a anotação a que se refere o § 2° do art. 4° ou do decurso de mais de
quinze dias sem decisão.
Alexandre de Moraes: inconstitucional

Legitimidade ativa
Pessoa física ou Pessoa jurídica
Nacional ou Estrangeiro
Em favor de terceiro? Não (obs.: a jurisprudência já aceitou para o morto)

Legitimidade passiva
Órgão de caráter público: definição no artigo 1º, parágrafo único, Lei 9507/97
Parágrafo único. Considera-se de caráter público todo registro ou banco de dados contendo
informações que sejam ou que possam ser transmitidas a terceiros ou que não sejam de uso
privativo do órgão ou entidade produtora ou depositária das informações.

Gratuidade
Art. 5º, LXXVII
Art. 21, Lei 9507/97
Art. 21. São gratuitos o procedimento administrativo para acesso a informações e retificação de
dados e para anotação de justificação, bem como a ação de habeas data.

Competência
STF: 102, I, d
STJ: 105, I, b
TRF: 108, c
Juiz federal: 109, VIII
TJ: Constituição Estadual
Juiz estadual: restante

MANDADO DE INJUNÇÃO – ART. 5º, LXXI

Origem

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duas posições – writ of injunction (EUA) ou direito português

Cabimento:
a) Norma de eficácia limitada de princípio institutivo
b) Norma programática vinculada ao princípio da legalidade (art. 7º, XI)

- Cabimento mais restrito que a ADIN por omissão

Legitimidade ativa
Detentor do direito
MI coletivo – STF (analogia do artigo 5º, LXX)
Município – sim – STF – informativo 466/STF (Gilmar Mendes)

Legitimidade passiva
Órgão competente para expedição da norma regulamentadora (CN. Presidente?)
Particular? Não

Competência
STF – 102, I, q
STJ – 105, I, h
TJ – CE dirá
Juiz – lei municipal

Procedimento - Aplica-se o procedimento do MS

EFEITOS
a) Posição não concretista
b) Posição concretista
a. Posição concretista individual – art. 40, § 4º
(MI 758)
b. Posição concretista geral- art. 37, VII
(MI 670, 708, 712)

ARTIGO
Na linha da nova orientação jurisprudencial fixada no julgamento do MI 721/DF (DJU de
30.11.2007), o Tribunal julgou procedente pedido formulado em mandado de injunção para, de
forma mandamental, assentar o direito do impetrante à contagem diferenciada do tempo de serviço
em decorrência de atividade em trabalho insalubre, após a égide do regime estatutário, para fins de
aposentadoria especial de que cogita o § 4º do art. 40 da CF. Tratava-se, na espécie, de writ
impetrado por servidor público federal, lotado, na função de tecnologista, na Fundação Oswaldo
Cruz, que pleiteava fosse suprida a lacuna normativa constante do aludido § 4º do art. 40,
assentando-se o seu direito à aposentadoria especial, em razão do trabalho, por 25 anos, em
atividade considerada insalubre, ante o contato com agentes nocivos, portadores de moléstias
humanas e com materiais e objetos contaminados. Determinou-se, por fim, a comunicação ao
Congresso Nacional para que supra a omissão legislativa. MI 758/DF, rel. Min. Marco Aurélio,
1º.7.2008. (MI-758)

AÇÃO POPULAR (5º, LXXIII)

- Origem brasileira

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Constituição de 1934
Retirada da Constituição de 1937
Voltou na Constituição de 1946 até os dias atuais

- É um exemplo de direitos políticos

- requisito:
Lesividade ao:
a) patrimônio público
b) moralidade administrativa
c) meio ambiente
d) patrimônio histórico e cultural

- legitimidade ativa
Cidadão (brasileiro no gozo dos seus direitos políticos)
Prova: título de eleitor (art. 1º, § 3º, Lei 4.717/65)
Em qual município?
Excluídos: estrangeiros, apátridas, pessoas jurídicas, pessoas com direitos políticos suspensos
ou perdidos (art. 15, CF)
Pessoas entre 16 e 18 anos? Com advogado.
Pessoa Jurídica? Súmula 365, STF: “pessoa jurídica não tem legitimi-dade para propor Ação
Popular”
Necessidade de capacidade postulatória
Qualquer outro cidadão pode se habilitar como litisconsorte ou assistente – art. 6º, § 5º, Lei

- legitimidade passiva
O agente que praticou o ato + entidade lesada + beneficiários do ato

- se o autor desistir, o MP assume a titularidade da ação (ou outro cidadão pode prosseguir) art. 9º,
lei

- competência
Regra: competência do juiz de primeiro grau (estadual ou federal)
União e Estado (União); Estado e Município (Estado) – art. 5º, § 2º, Lei

- modalidades: preventiva e repressiva

- concessão de liminar – art. 5º, § 4º, Lei

- o autor é isento de custas e ônus da sucumbência, salvo comprovada má-fé

- julgada improcedente por falta de provas - coisa julgada formal e artigo 18, Lei 4.717/65

Julgou improcedente ou carência da ação – recurso de ofício – art. 19, Lei.

MANDADO DE SEGURANÇA

- nascimento no Brasil – Constituição de 1934

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- no estrangeiro – writ of mandamus – Inglaterra, juizio de amparo - México

- MS preventivo e repressivo

- direito líquido e certo (pode ser comprovado de plano, por prova do-cumental)
Não comporta dilação probatória

- ilegalidade ou abuso de poder

- Não cabe contra lei em tese – súmula 266, STF

- subsidiária (art. 5º, LXIX)

- não cabe contra atos passados, quando cessou a anormalidade


“MANDADO DE SEGURNÇA – CPMI DOS BINGOS. RELATÓRIO FINAL. ENCERRAMENTO DOS
TRABALHOS. NÃO CABIMENTO DO MANDADO DE SEGURANÇA. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.
Não cabe mandado de segurança contra ato de Comissão Parlamentar de inquérito cujos trabalhos
foram encerrados. Ausência de autoridade coatora para figurar no pólo passivo do mandado de
segurança. (STF – MS – AgR 265024/DF – Rel. Min. Joaquim Barbosa, 28/03/07)

- MS e controle preventivo de constitucionalidade

- MS e direito de minoria dos parlamentares – MS 24.831 – Celso de Mello

- prazo decadencial de 120 dias (art. 23, Lei 12.016/09)


Constitucional
Art. 23. O direito de requerer mandado de segurança extinguir-se-á decorridos 120 (cento e vinte)
dias, contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado.

- Legitimidade ativa
Precisa de advogado
Pessoa física ou jurídica
Entes despersonalizados, mas com capacidade processual (chefe de executivo, mesa do
legislativo)
Agentes políticos (governadores, parlamentares)
Universalidades de bens e direitos (espólio, massa falida etc.)

- Legitimidade passiva
2 posições: pessoa jurídica de direito público
Autoridade coatora (quem pode fazer cessar a ilegalidade)

- competência
Depende da autoridade coatora
STF – ART. 102, I, d
STJ – Art. 105, I, b
TRF – art. 108, c
Juiz federal – art. 109, VIII
Juiz do trabalho – art. 114, IV
TJ – CE dirá
Outros casos – juiz estadual

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MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO

Diferença: objeto e legitimação ativa

- objeto: direitos coletivos ou individuais homogênos


DIREITOS OBJETIVOS – objeto indivisível + pessoas determináveis
DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS – objeto divisível + pessoas determináveis

Art. 21, parágrafo único: Os direitos protegidos pelo mandado de segurança coletivo podem ser:
I - coletivos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os transindividuais, de natureza indivisível, de
que seja titular grupo ou categoria de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma
relação jurídica básica;
II - individuais homogêneos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os decorrentes de origem
comum e da atividade ou situação específica da totalidade ou de parte dos associados ou membros
do impetrante.

- legitimidade ativa:
a) partido político com representação no Congresso Nacional (art. 21, Lei 12.016/09)
- art. 21, Lei: na defesa de seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à
finalidade partidária
- Antigamente: 2 posições

b) organizações sindicais, entidades de classe e associações (art. 21, Lei 12.016/09)


- vínculo subjetivo (no interesse dos membros ou associados)
- substituição processual (legitimação extraordinária)
- havendo previsão no estatuto social, não precisa de autorização dos membros ou associados
- associações - legalmente constituídas e em funcionamento há um ano
- interesse da totalidade ou parte dos membros ou associados
Art. 21. O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido político com
representação no Congresso Nacional, na defesa de seus interesses legítimos relativos a seus
integrantes ou à finalidade partidária, ou por organização sindical, entidade de classe ou associação
legalmente constituída e em funcionamento há, pelo menos, 1 (um) ano, em defesa de direitos
líquidos e certos da totalidade, ou de parte, dos seus membros ou associados, na forma dos seus
estatutos e desde que pertinentes às suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial.
- litispendência para ações individuais? Art. 22, Lei 12.016/09

1o O mandado de segurança coletivo não induz litispendência para as ações individuais, mas
os efeitos da coisa julgada não beneficiarão o impetrante a título individual se não requerer a
desistência de seu mandado de segurança no prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência
comprovada da impetração da segurança coletiva.
- liminar? Art. 22, § 2º, Lei 12.016/09

§ 2o No mandado de segurança coletivo, a liminar só poderá ser concedida após a audiência


do representante judicial da pessoa jurídica de direito público, que deverá se pronunciar no prazo de
72 (setenta e duas) horas.

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