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Educandário Cecília Meireles

Estudo Dirigido de Recuperação Final - Língua Portuguesa

Aluno: ____________________________________________________________________ Ano: 2º – Ensino Médio.


Professora: Alexandra de Freitas Teixeira - Data:_____/_____/_____ - Valor: 20 Pontos
Alcançou: ________Desafio:_________Descontos:____ Total:________ Ass. Responsável: _______________________
35) Nos estudos sobre as classes de palavras aprendemos que algumas delas são variáveis outras
invariáveis. Assinale a alternativa em que todas as classes apresentadas estão no grupo das variáveis:
A) verbos – advérbios – substantivos – preposições
B) pronomes – adjetivos – interjeições – advérbios.
C) artigos – pronomes – substantivos – conjunções
D) preposições – conjunções – numerais – interjeições.
E) pronomes – adjetivos – substantivos – numerais.

Leia o texto a seguir e responda as questões 36 e 37:


Mudança e Variação Linguística
           Os estudos sobre variação linguística registram pelo menos seis dimensões de variação dialetal: a
territorial, a social, a de idade, a de sexo, a de geração e a de função. Nem todos os processos de
variação culminam efetivamente em um caso de mudança na língua, mas, muitas vezes, a ocorrência de
duas formas coexistentes acaba sendo substituída por apenas uma, caracterizando assim um caso de
mudança na língua.
          Os dialetos na dimensão territorial, geográfica ou regional representam a variação que acontece
entre pessoas de diferentes regiões em que se fala a mesma língua. Essa variação normalmente acontece
pelas influências que cada região sofreu durante a sua formação ou porque os falantes de uma dada
região constituem uma comunidade linguística geograficamente limitada em função de estarem
polarizados em termos políticos e/ou econômicos e/ou culturais, e desenvolverem então um
comportamento linguístico comum que os identifica e distingue. É o caso da diferença entre o Português
do Brasil e o de Portugal e o dos países africanos de Língua Portuguesa. Incluem-se nesse caso também
diferentes falares que encontramos no Brasil como os falares gaúcho, nordestino, carioca, o chamado
dialeto caipira, etc.
            Evidentemente, não existem limites claros e precisos entre os diferentes dialetos regionais. Na
verdade, estabelecem-se limites de acordo com determinadas conveniências. É o que mostram os estudos
de Atlas Dialetais em que não se encontram linhas precisas de demarcação de dialetos, mas apenas
certas áreas de maior concentração de um determinado conjunto de características.
             Assim, é difícil dizer onde acaba o dialeto nordestino e começa o caipira, ou o carioca, e a
distinção do falar gaúcho, se é nítida em relação ao nordestino, não é tão nítida em relação ao modo
característico de usar a língua no Paraná e Santa Catarina.
            Os dialetos na dimensão social representam as variações que ocorrem de acordo com a classe
social a que pertencem os usuários da língua, isso porque há uma “tendência para maior semelhança
entre os atos verbais dos membros de um mesmo setor sócio-cultural da comunidade” (Camacho,
1988:32), geralmente com relações bastante estreitas e interesses comuns. É por isso que se consideram
como variedades dialetais de natureza social os jargões profissionais ou de determinadas classes sociais
bem definidas como grupos (linguagem dos artistas, professores, médicos, mecânicos, estivadores, dos
marginais, classe social alta, favelados, etc.). A gíria, definida como forma de utilização particular da língua
por um grupo social, o qual se identifica por esse uso da língua e se protege do entendimento por outros
grupos, pode também ser considerada como uma forma de dialeto social.
            Os dialetos na dimensão de idade representam as variações decorrentes da diferença no modo de
usar a  língua de pessoas de idades diferentes, normalmente em faixas etárias diversas: crianças, jovens,
adultos e idosos ou outras que se julguem pertinentes estabelecer de acordo com o objetivo de
observação. Durante a vida, a pessoa passa de um grupo para outro, adotando as formas de um
determinado grupo e abandonando as do outro.
             Os dialetos de sexo representam as variações de acordo com o sexo de quem fala. Algumas
diferenças são determinadas por razões gramaticais, como certos fatos de concordância, assim, por
exemplo, um homem não diria a frase “A gente está preocupada com as eleições presidenciais” . Mas há
diferenças mais sutis no que diz respeito ao uso do léxico e de certas construções, o que provavelmente
seja determinado por restrições sociais quanto à imagem que se faz do comportamento apropriado para
homens e mulheres inclusive em termos de comportamento verbal. Assim, se espera que homens digam
frases como “ Cara, preciso te contar o que aconteceu na festa ontem.” / “ Comprei uma camisa transada.”
Enquanto o que se espera das mulheres é exatamente o contrário: “Querido, preciso te contar o que
aconteceu na festa ontem.” / “Comprei uma blusinha linda!”
             Os dialetos, na dimensão da geração, representam estágios no desenvolvimento da língua. Alguns
estudiosos preferem falar de variação histórica, que evita possíveis confusões com idade que o termo
geração pode ocasionar. As variantes históricas dificilmente coexistem e são mais percebidas na língua
escrita, por causa do registro, que as faz permanecer no tempo. Com os modernos meios de registro do
oral é possível que no futuro se possam observar e analisar diferenças históricas também na variação do
oral.
           Assim, nem todos os casos de dialetos são significativos o suficiente para alterar ou mudar o
idioma, mas os movimentos linguísticos que suscitam podem, associados às necessidades dos falantes,
se configurarem em mudança. 
SARMENTO, Flávia. In: Revista da Linguagem, 2004

36) Não se pode dizer, de acordo com o texto, que:


A) as variações históricas são mais analisadas a partir da linguagem oral.
B) entre o Brasil e Portugal, existe uma variação dialetal.
C) nem todas as variações linguísticas culminam em mudança na língua.
D) as variações de idade se dão em função das diferenças no uso da língua a partir da idade.
37) Observe a frase a seguir:
“A gíria, definida como forma de utilização particular da língua por um grupo social, o qual se identifica por
esse uso da língua e se protege do entendimento por outros grupos, pode também ser considerada como
uma forma de dialeto social.”
O termo destacado retoma, no contexto, o seguinte vocábulo:
A) grupo social. C) utilização particular.
B) gíria. D) língua.

Analise a tirinha abaixo e responda as três últimas questões:

38) Explique a construção do humor na tirinha acima a partir da associação entre a linguagem verbal e a
não-verbal.
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39) Explique o significado atribuído à palavra ‘internet’ na tirinha acima.
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40) Retire da tirinha uma sentença em que haja um recurso modalizador denotando possibilidade,
incerteza.
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