Você está na página 1de 6

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

ANNIE GABRIELLE
MATHEUS NILO
RÔMULO DIAS
VASCO BADAGOLA

RELATÓRIO EXPERIMENTO I -​ ​OSCILADOR FORÇADO

FIS122- FÍSICA GERAL E EXPERIMENTAL II


PROFESSOR DR. THIAGO ALBUQUERQUE DE ASSIS

SALVADOR
2019
Introdução
Um​ ​sistema oscilatório em condições ideais está sujeito apenas a forças
restauradoras, o que ocasiona​ ​um movimento perpétuo, pois a energia do sistema
não é dissipada. Porém, admitindo as condições reais, um sistema oscilatório está
sujeito a forças dissipativas que ocasionam um posterior estado de repouso do
sistema, logo, para evitar a dissipação contínua de energia, é necessário que uma
força externa periódica atue no sistema de forma que tal força supra continuamente
energia ao oscilador, evitando a dissipação. Como consequência dessa intervenção
externa, o sistema passa a oscilar com frequência igual a da força externa periódica,
ou seja, fora da frequência natural, dando o caráter de oscilação forçada.

Objetivo
O experimento tem como objetivo determinar a largura da curva de ressonância, a
taxa de amortecimento( ), o fator de qualidade(Q) do sistema e a dependência
funcional entre a frequência de vibração natural de uma haste e o seu comprimento.

1. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Materiais utilizados:
1) Gerador de áudio frequência
2) Barra de metal
3) Uma trena
4) Uma corda
6) Bases, garras e hastes cilíndricas
7) Alto-falante
8) Régua

Primeiramente mediu-se o comprimento da barra e ajustou-se o gerador de


frequência, forçando o sistema a um movimento oscilatório de forma que fosse
possível encontrar o valor da frequência natural do sistema. Após obtê-lo, mediu-se
com uma régua a amplitude máxima do sistema. Após realizar tais medições,
variou-se o valor da frequência relacionada a força periódica externa em 5 valores
abaixo e acima do valor da frequência natural do sistema, de forma que fosse
possível a observação da variação de amplitude com a variação da frequência
externa (Experimento 1) .
Em posse do valor de A​máx e seu f correspondente (no fenômeno de ressonância),
foi obtida a frequência angular ω (ω = 2πf) que, neste caso, é igual a frequência
angular natural do corpo (ω​0​).

Tabela I – Dados coletados durante o experimento 1

L=25 cm A​máx = 3
​ cm ( ω​o​(rad/s)= 153,309
f f(Hz) ​A(cm) ​ω​o(​1/s)
23,600 0,70 148,283
23,800 1,40 149,539
24,000 1,45 150,796
24,200 2,75 152,053
​ 24,400 ​ 3,00 ​ 153,309
24,600 2,65 154,566
24,800 1,60 155,822
25,000 1,25 157,079
25,200 1,35 158,336
25,400 0,75 159,593

Após a obtenção dos dados do experimento 1, variou-se o valor do comprimento da


barra de metal ligada pelo fio de nylon ao alto-falante e variou-se também o valor da
frequência relacionada a força periódica externa de forma a obtermos a amplitude
máxima do sistema e observar a variação da frequência de ressonância de acordo
com a variação do comprimento da haste.

Tabela II - Dados coletados durante o experimento 2

L(cm) f(Hz) ω​0(1/s)

23 27,600 173,415

21 33,400 212,999

19 41,800 262,637

17 52,309 328,670

15 65,200 409,663
​2. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Confecção do gráfico da curva de Ressonância

Na parte de tratamento dos dados, fora feito um gráfico de A (m) x ω (rad/s) em


papel milimetrado, e o gráfico, em papel log-log, de ω​0 (rad/s) x L (m). Para o
gráfico, foi utilizada a expressão ω = 2πf para transformar a frequência de oscilação
na frequência angular, e obter a curva de ressonância.

A partir dela, foi calculado o fator de amortecimento (γ) e o fator de qualidade (Q) do
sistema para o valor de L.

A curva de ressonância traçada possui um comportamento crescente até atingir a


amplitude máxima(amplitude referente a frequência de ressonância), pois na
ressonância, o sistema possui maior quantidade de energia. Após esse ponto, a
curva decresce tendendo ao infinito. Após realizar a confecção do gráfico, o mesmo
foi utilizado para o cálculo da taxa de amortecimento ​(γ = ω​2 – ω​1​) ​e para o cálculo
da largura da curva de ressonância​(A’) definida por :​A​máx​/√2. ​Com ambos os
valores calculados e juntamente com os valores medidos durante o experimento, foi
possível realizar o cálculo do fator de qualidade do sistema​(Q), definido por: Q = ω​0​/
𝛾 ​para o valor de L.

Sendo L = 25 cm, tem-se que:


𝐴′ = 𝐴​max​/√2= 3/√2 = 2,12 cm
𝛾 = 𝜔​2​ − 𝜔​1​ = 154,5-151,1
𝛾 = 3,4 𝑠​-1
𝑄 = 𝜔​0​/𝛾 = 153,309/3,4
𝑄 = 45,09

Relação entre ω​0​ e L

No experimento 2, os dados de ω​0 (1/s) e L (m) foram plotados em papel log-log de


forma que a dependência entre as variáveis fosse linearizada. A utilização do
método dos mínimos quadrados foi fundamental para obter os valores dos
coeficientes lineares da função :

Tabela III – Dados do experimento 2 para Método dos Mínimos


Quadrados
Dessa forma, tem-se que:


L=X 23 21 19 17 15 --------

ω​0 = Y 173,415 212,999 262,637 328,670 409,663 --------

Log L 1,361727 1,322219 1,278753 1,230448 1,117609 6,369240


836 295 601 921 1259 912

Log ω​0 2,239086 2,328377 2,419355 2,516760 2,612426 12,11600


66 564 909 065 741 694

Log 3,049026 3,078625 3,093760 3,096744 3,072452 15,39060


ω​0​.log L 633 741 08 707 255 938

(Log L)² 1,854302 1,748263 1,635210 1,514004 1,383190 8,134972


699 863 772 548 65 532

​Após a confecção do gráfico log-log com os dados do experimento 2, a reta obtida


no gráfico tem como função: Y = B + AX. A dependência entre as variáveis ω e L é
do tipo: ​(𝝎 = 𝒃.𝑳​k​) . ​Aplicando logaritmo em ambos os lados da equação, tem-se
que: ​log(𝜔) = log(𝑏) + log(𝐿)​k ​ → log(𝑏) + k.log(𝐿) . Considerando​ ​log(ω) = Y​,
log(L) = X, log(b) = B​ (o coeficiente linear da reta) e ​k = a ​(o coeficiente angular),
através do método dos mínimos quadrados, tem-se que:

a = [ Log(L)][ Logω0] − n[ Log(L)Logω0]/[ Log(L)]2 − n[ (Log(L))2 ]


b [ Log(L)Logω0][ Log(L)] − [ (Log(L))2 ][ Logω0]/[ Log(L)]2 − n[ (Log(L))2 ]
Logo, k = -2,013513274 = a
E B = Sendo B = log (b), portanto b = 10​B ​= 10​ 4,988111498 = 97.299,69928

Assim: ω​0​ = log(b)L​k​; ω​0​ = 97.299.L​-2,014


3. CONCLUSÕES

Através deste experimento, foi possível observar a relação entre a frequência de


ressonância, o comprimento da haste e a amplitude, havendo uma variação na
frequência de oscilação em função da mudança no comprimento da barra, ou seja,
neste sistema de oscilação forçada temos uma frequência de ressonância diferente
para cada comprimento L, obedecendo uma razão inversamente proporcional entre
as grandezas, ou seja, à medida que o comprimento da barra diminui, a frequência
de ressonância aumenta e vice-versa. A compreensão acerca do experimento
resultou na construção de gráficos que evidenciam como tais fatores determinam o
comportamento oscilatório do sistema. Uma característica importante observada é
que existe um ponto máximo de amplitude, e em torno deste ponto, tanto ao
aumentar quanto ao diminuir a frequência de ressonância, a amplitude e a
frequência natural passam a ter valores menores, simulando uma curva de Gauss.
Através dos cálculos, é possível afirmar que o movimento é sub-crítico, pois
​ ​𝛾/2 < ​ ω​0.

REFERÊNCIAS

UFBA. Instituto de Física. ​Roteiro de Laboratórios para Física Geral e


Experimental II – Oscilações Forçadas. Disponível em:
<http://www.fis.ufba.br/laboratorio-2>.

Halliday D., Resnick R., Walker J. 2012. ​Fundamentos de Física, vol.


2: gravitação, ondas e termodinâmica.​ Trad. E Rev. Ronaldo Sergio

Você também pode gostar