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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

ANDRÉ LUIZ SOUZA DA SILVA LUANA MOTHÉ SOARES NATÁLIA SCARLET


RIBEIRO CHONG TASSILANE ROSA DOS SANTOS REIS
RELATÓRIO EXPERIMENTO I - OSCILADOR FORÇADO
FIS122- FÍSICA GERAL E EXPERIMENTAL II PROFESSOR THIAGO
ALBUQUERQUE DE ASSIS
SALVADOR
2018
RESUMO
O presente experimento teve como objetivo retratar um caso de oscilação forçada
em que um autofalante e um gerador de áudio frequência atuariam como uma força
e uma fonte de oscilação externas responsáveis por fazer oscilar uma haste
metálica, variando-se sempre o comprimento desta haste e a frequência aplicada.
Assim, foram calculadas as frequências natural e de ressonância do sistema, bem
como medidas as amplitudes em cada caso. Foram construídos gráficos de
correlação entre frequência angular e amplitude, de modo a entender o
comportamento do fenômeno, bem como calculado seu fator de qualidade. Os
dados experimentais obtidos pela equipe foram como o esperado, o que pôde ser
notório analisando-se os gráficos de A (cm) x ω (Hz), pois durante o experimento
os valores de A
máx

se mantiveram
estáveis. Ademais, o experimento se fez importante na consolidação da teoria, e na
percepção das relações entre as grandezas físicas envolvidas nestes fenômenos,
presentes em tantas situações do cotidiano, com inúmeras aplicações.
1. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Em posse do valor de A
máx

e seu f correspondente (no fenômeno de


ressonância), foi obtida a frequência angular ω (ω = 2πf) que, neste caso, é igual a
frequência angular natural do corpo (ω
0

).
Tabela I – Dados coletados durante o experimento
L=25,4 cm L= 22,4 cm L=19,3 cm L= 16,4 cm f(Hz) A(cm) f(Hz) A(cm) f(Hz) A(cm) f(Hz) A(cm) 21,2
0,55 28,4 0,40 40,5 0,65 54,6 0,45 22,2 0,60 29,4 0,60 41,5 0,90 55,1 0,50 23,2 1,05 30,4 1,25 42,5 1,05
55,6 0,60 24,2 4,50 31,4 2,65 43,5 1,45 56,1 0,80 25,2 2,20 32,4 2,10 44,5 0,75 56,6 0,45 26,2 0,95 33,4
0,95 45,5 0,60 57,1 0,35 27,2 0,95 34,4 0,65 46,5 0,90 57,6 0,30 ω
o(rad/s) A
máx
ω
o(rad/s) A
máx

ω
o(rad/s) A
máx

ω
o(rad/s) A
máx 152,1 4,5
197,3 2,65 273,3 1,45 352,5 0,8
Na parte de tratamento dos dados, foram feitos quatro gráficos de A (m) x ω (rad/s)
em papel milimetrado, e o gráfico, em papel log-log, de ω
0

(rad/s) x L (m).
Para os quatro gráficos, foi utilizada a expressão ω = 2πf para transformar a
frequência de oscilação na frequência angular, e obter as curvas de ressonância.
Tabela II – Dados utilizados nos gráficos 1, 2, 3, 4 e 5
L (cm) = 25,4 L (cm) = 22,4 L (cm) = 19,3 L (cm) = 16,4 ω(1/s) A(cm) ω(1/s) A(cm) ω(1/s) A(cm) ω(1/s)
A(cm) 133,2 0,55 178,4 0,40 254,5 0,65 343,1 0,45 139,5 0,60 184,7 0,60 260,8 0,90 346,2 0,50 145,8
1,05 191,0 1,25 267,0 1,05 349,3 0,60 152,1 4,50 197,3 2,65 273,3 1,45 352,5 0,80 158,3 2,2 203,6 2,10
279,6 0,75 355,6 0,45 164,6 0,95 209,9 0,95 285,9 0,60 358,8 0,35 170,9 0,95 216,1 0,65 292,2 0,90
361,9 0,30 ω
o(1/s) A
máx

ω
o(1/s) A
máx

ω
o(1/s) A
máx

ω
o(1/s) A
máx 152,1 4,5
197,3 2,65 273,3 1,45 352,5 0,8

A partir delas, foram calculados o fator de amortecimento (γ) e o fator de qualidade


(Q) para cada L. Numa segunda etapa, os dados de ω
0

(1/s) e L (m)
foram plotados em papel log-log, linearizando-se a dependência entre as variáveis.
Utilizou-se o método dos mínimos quadrados para encontrar os coeficientes da
função linear e, assim, transformá-la para sua forma original.
2. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Curvas de Ressonância
Após traçadas as curvas de ressonância, elas obtiveram um padrão aproximado ao
de uma gaussiana, com comportamento crescente, até a curva atingir um máximo
(amplitude máxima) e depois decrescendo, e tendendo ao infinito. As curvas foram
utilizadas para calcular a taxa de amortecimento (γ = ω – ω’), que é equivalente ao
comprimento da semi-largura de pico (A’), reta obtida pela expressão apresentada
no primeiro tópico: A
máx

/√2. Assim, é possível calcular o


fator de qualidade Q = ω
0

/ γ para diferentes valores de L:


Para L = 25,4 cm
A′ = A
max

/√2= 4,5/√2 = 3,18 cm γ = ω


2

−ω
1

= 156,2 – 148,5 γ = 7,7 s-1


/γ Q = ω
0

= 152,1/7,7 Q = 19,8
Para L = 22,4 cm
A′ = A
max

/√2= 2,65/√2 = 1,87 cm γ = ω


2

= 202,2 – 193,2 γ = 9 s-1 Q = ω


0

−ω
1

/γ = 197,3/9 Q = 21,9
Para L = 19,3 cm
A′ = A
max

/√2= 1,45/√2 = 1,03 cm γ = ω


2

= 279,0 – 267,0 γ = 12 s-1 Q = ω


0

−ω
1

/γ = 273,3/12 Q = 22,8
Para L = 16,4 cm
A′ = A
max

/√2= 0,8/√2 = 0,57 cm γ = ω


2

= 355,0 – 349,5 γ = 5,5 s-1 Q = ω


0
−ω
1

/γ = 352,5/5,5 Q = 64,09
Relação entre ω
0

eL
Após linearizada, a expressão da reta obtida no gráfico log-log é do tipo: Y = B +
AX. Uma vez que essa relação é uma dependência logarítmica entre as variáveis ω
e L, do tipo ω = b.La, a expressão acima pode ser transcrita como: log(ω) = log(b)
+ log(L)a log(ω) = log(b) + a.log(L) Logo, assumindo-se que log(ω) = Y, log(L) =
X (a variável independente), log(b) = B (o coeficiente linear da reta) e a = A (o
coeficiente angular), é possível obter os coeficientes através do método dos
mínimos quadrados:
Tabela III – Dados coletados para Método dos Mínimos Quadrados
Σ L = X 25,4 22,4
19,3 16,4 - - - - - - - - - ω
0=Y

152,1 197,3 273,3 352,5 - - - - - - - - - Log L 1,404833717 1,350248018


1,285557309 1,214843848 5,255482892 Log ω
0

2,182129214 2,295127085 2,436639632 2,547159121 9,461055052 Log ω


0

.log L 3,065528695 3,098990798 3,132439888 3,094400588 12.39135997 (Log L)2


1,973557771 1,823169711 1,652657595 1,475845575 6,925230591
Dessa forma, tem-se que:
a=
[(∑logL . [(∑logL)2− ∑logωo)− 4(∑logωo.logL)]
4(∑(logL)2)]

b=
[(∑logL.logωo).(∑logL)−(∑(logL)2).(∑logωo)] (∑logL)2− 4(∑(logL)2)

Logo, A = -1,942208985 = a
E B = 4,917075286. Sendo B = log (b), portanto b = 10B = 104,917075286 =
82618 Assim: ω
0

= log(b)La; ω
0

= 82618.L-1,94
3. CONCLUSÕES Através deste experimento, foi possível observar a relação entre
a frequência de ressonância, o comprimento da haste e a amplitude, havendo uma
variação na frequência de oscilação em função da mudança no comprimento da
barra, ou seja, neste sistema de oscilação forçada temos uma frequência de
ressonância diferente para cada comprimento L. À medida que o comprimento da
barra diminui, a frequência de ressonância aumenta. A compreensão acerca do
experimento resultou na construção de gráficos que evidenciaram como tais fatores
determinam o comportamento oscilatório do sistema. Uma característica
importante observada é que existe um ponto máximo de amplitude, e em torno
deste ponto, tanto ao aumentar quanto ao diminuir a frequência de ressonância, a
amplitude e a frequência natural passam a ter valores menos, simulando uma curva
de Gauss. E através da construção destes se tornou possível, utilizando o Método
dos Mínimos Quadrados, encontrar uma função correspondente a relação entre
comprimento da haste e frequência natural.
REFERÊNCIAS
UFBA. Instituto de Física. Roteiro de Laboratórios para Física Geral e
Experimental II – Oscilações Forçadas. Disponível em:
<http://www.fis.ufba.br/laboratorio-2>. Acesso em: 27 de Setembro de 2018.
Halliday D., Resnick R., Walker J. 2012. Fundamentos de Física, vol. 2: gravitação,
ondas e termodinâmica. Trad. E Rev. Ronaldo Sergio Biasi. Rio de Janeiro, LTC,
295p.

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