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Gestão de Stocks

Gestão de Stocks
Os Stocks:

- definição de gestão económica dos stocks


- noção de stock
- nomenclatura- designação e codificação
- tipos de stock
- funções dos stocks
Gestão de Stocks
Objectivos Específicos:
- reconhecer a importância da gestão dos
stocks
- identificar o que é um stock
- reconhecer a designação e codificação dos
stocks
- identificar os vários tipos de stock
- identificar as funções dos stocks
Gestão de Stocks
Definição de Gestão dos Stocks

- Gestão económica de stocks

- Gestão administrativa de stocks

- Gestão física de stocks


Gestão de Stocks
Gestão Económica de Stocks:

Conjunto de operações que permite, após


conhecer a evolução dos stocks que se
verificou na empresa, formular previsões da
evolução destes e tomar decisões de
quando e quanto encomendar com a
finalidade de conseguir a melhor qualidade
de serviço ao mínimo custo
Gestão de Stocks
Gestão Económica dos Stocks

Após CONHECER - evolução dos stocks

Procura FORMULAR - previsões dos consumos

Para TOMAR DECISÔES quando


quanto encomendar

E CONSEGUIR melhorar a qualidade de serviço


mínimo custo
Gestão de Stocks
Gestão Económica dos Stocks

Permite:

O que comprar
Determinar Quando comprar
Quanto comprar
Gestão de Stocks

Gestão Administrativa de Stocks

Definição de regras e suportes documentais


para o controlo administrativo (inventário
permanente) e contabilístico dos stocks
Gestão de Stocks

Gestão Física de Stocks

A Gestão física ou material de stocks aborda as


questões relacionadas com a localização e
implementação dos armazéns, assim como os
princípios e métodos de armazenagem, tendo em
vista uma movimentação fácil, segura e económica
dos stocks
Gestão de Stocks
Esquema:

Encomendas
Compras
Expedição
Recepção
Gestão de
Stocks

Contabilidade
Contas a pagar
Gestão de Stocks

NOÇÃO DE STOCK

é o conjunto de unidades de cada artigo que


constitui determinada reserva aguardando
satisfazer uma futura necessidade de consumo

Por exemplo: 100 litros de água destilada, 2500 caixas


de lápis, 30 kilogramas de açucar, etc
Gestão de Stocks
Por exemplo:

- Para o gestor de stocks o consumo de 3 kg de


arroz, verifica-se quando estes saem, do armazém.
- Para o cozinheiro, o consumo dos 3 kg de arroz
verifica-se quando ele confecciona uma refeição.
- Para o cliente do restaurante, o consumo do arroz,
verifica-se quando ele ingere uma refeição
confeccionada com arroz.
Gestão de Stocks

O conjunto de todos os artigos, constitui o STOCK


GLOBAL da empresa.

Por exemplo:
- 120 caixas de dossiers
- 1250 caixas de lápis
- 450 caixas de borrachas
- 986 caixas de canetas
- etc
Gestão de Stocks
Consumo

Refere-se à saída de unidades de um artigo de


armazém ou à sua utilização final.

Verifica-se quando algumas ou todas as unidades de


um artigo saem do armazém.
Ou
Verifica-se quando satisfaz a necessidade que o levou
a sair do armazém.
Gestão de Stocks
Nomenclatura – designação e codificação

Antes de descrever os tipos de stock que


existem em armazém, convém fazer a
identificação dos artigos existentes em stock,
ou seja conhecer um por um os artigos
existentes em armazém.
Gestão de Stocks
Os elementos que identificam os artigosem
armazém designam-se por nomenclatura, ou
seja, um conjunto de termos que definem
com precisão os artigos consumidos pela
empresa, convenientemente registados e
ordenados segundo critérios adequados.
Portanto, a nomenclatura engloba a
designação e a codificação.
Gestão de Stocks
Designação
Serve para identificar o produto através de uma
descrição convencionada no âmbito da linguagem
falado a escrita. Essa descrição deve ser
desenvolvida a partir do geral para o particular, isto
é, começando pela caracterização mais global para
a mais específica do artigo ou produto.

Por exemplo: Parafuso de aço cabeça sextavada, de


10 mm.
Gestão de Stocks
Codificação

O Código constitui uma simplificação complementar


da designação e tem por finalidade, através de
símbolos (numérico, alfabético, etc), identificar de
forma abreviada cada artigo.
O Código também se deve desenvolver do geral para
o particular, por forma a que os últimos elementos
sejam aqueles que identificam e precisam o artigo.
Gestão de Stocks
Ao primeiro conjunto de símbolos que
estabelece a primeira divisão ou família
designa-se classe e a sua articulação
constitui a primeira fase da codificação, que
assim toma o nome de classificação.

Objectivo aproximar artigos semelhantes e


separar os distintos.
Gestão de Stocks

Actualmente, a leitura óptica facilitou bastante


este trabalho.

Assim, o código de barras (standard do


fabricante ou criado por equipamento
próprio) evita a digitalização do código e a
sua leitura interpretativa.
Gestão de Stocks
Tipos de Stock

Stock normal – agrupa todos os artigos consumidos


de modo mais ou menos regular:
stock activo – artigos que no armazém ocupam
o espaço dos equipamentos de arrumação (
estantes, caixas, etc) de onde são retirados para
satisfação imediata das necessidades correntes dos
utilizadores.
stock de reserva – constitui as existências do
stock normal que não têm espaço no local
destinado ao stock activo.
Gestão de Stocks
Stock de segurança ou de protecção – parte do stock
global destinado a tentar prevenir rupturas de
material, provenientes de:
- eventuais excessos de consumo em relação
aos previstos;
- aumentos de prazo de entrega em relação aos
que tinham sido acordados;
- rejeições de material na sua recepção;
- falta de material por deterioração, roubos, etc.
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Stock afectado – parte do stock global que se
encontra destinado a fins específicos.

Exemplo – quando um artigo, embora constitua consumo de vários


serviços, é fundamental para o consumo de um deles e está a
escassear, por vezes reserva-se parte do seu quantitativo retirando-
a do stock normal onde fisicamente se encontra.

Stock global – toda a existência física de


determinado artigo num dado momento, que é
igual à soma dos stocks: normal, de segurança
e afectado
Gestão de Stocks
Outros tipos de stock:

Stock máximo – valor máximo atingido pelo stock


normal.
Stock mínimo – valor mínimo atingido pelo stock
normal. Este stock é calculado para determinados
materiais, que se destinam a garantir a existência
de uma quantidade mínima.
Stock médio – valor médio das existências em
determinado período de tempo.
Gestão de Stocks
Stock em trânsito – aquele que entra no
armazém por um período de tempo limitado.

Stock de recuperados – constituído por artigos


que foram devolvidos ao armazém, por não
se encontrarem em boas condições de
utilização e, entretanto, tornados aptos para
a utilização.
Gestão de Stocks
Relativamente ao processo de produtivo os
stocks podem classificar-se em:
1. Produtos de comercialização – produtos
adquiridos aos fornecedores destinados à
venda.
2. Produtos de consumo – produtos adquiridos
aos fornecedores para consumo interno da
organização.
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3. Matérias-primas ou componentes – artigos que se
incorporam no produto final.
4. Materiais auxiliares – materiais que se destinam à
fabricação mas que não se incorporam na
produção.
5. Materiais de conservação, peças e acessórios.
6. Ferramentas.
7. Embalagens.
8. Produtos finais (produtos acabados).
Gestão de Stocks
As funções dos stocks
quando
decide encomendar
gestor quanto

fornecedor
armazém utilizador
quando
Entrega
quanto consome de acordo
decidido pelo gestor com as suas necessidades
Gestão de Stocks
Imaginemos que temos um reservatório de água que
alguém está encarregado de encher – o fornecedor
– e destinado a abastecer o consumo de água de
certa família – o utilizador. Se este consumo fosse
constante, o responsável pelo funcionamento do
reservatório – o gestor – não teria mais do que dar
ordem ao fornecedor para que procedesse a um
abastecimento de uma certa quantidade de água
com uma cadência igual à do consumo, isto é, para
um consumo de 1500litros/semana, ele forneceria
todas as semanas 1500 litros.
Gestão de Stocks
No entanto, os consumos só excepcionalmente é que
são regulares.

o gestor é obrigado a estudar, em


função do consumo, qual o nível ou stock de água
mais conveniente que deve manter no reservatório,
ou seja, que quantidades de água deve mandar
abastecer e em que períodos de tempo.
Gestão de Stocks
Objectivo – não ter água de mais, o que seria
um desperdício (sobredimensionamento do
stock),nem de menos, o que ocasionaria
faltas de água (ruptura do stock).

A função deste stock de água no reservatório


(armazém) é a de constituir um amortecedor
entre o consumo ( ou as vendas) e os
fornecimentos.
Gestão de Stocks
Os stocks desempenham o papel de amortecedores
entre as compras e as vendas, entre as compras e
a produção, nas diferentes fases da produção, e
também entre a produção e as vendas.

O stock é útil porque nos defende da escassez,


procurando providenciar as faltas que poderão
ocorrer nos diferentes ritmos de necessidade de
compra e produção, nas fases de produção, de
consumo ou vendas.
Gestão de Stocks
Stock é útil também porque:

- Pode ser vantajoso constituir stocks com uma


finalidade especulativa, isto é, comprar quando os
preços estão mais baixos para revender ou utilizar
quando os preços subirem.

- Evita compras frequentes de pequenas


quantidades, o que é incómodo, oneroso e até, por
vezes, impossível de efectuar dada a eventual
indisponibilidade do fornecedor para tais entregas.
Gestão de Stocks
- A compra em grandes quantidades pode
proporcionar reduções de preço
compensadoras do custo de armazém agora
acrescido.

A utilidade dos stocks tem como contrapartida


os seus custos, que se subdividem em custo
de compra e custo de armazenagem. Estes
custos são importantes e o seu somatório
corresponde ao custo total de
aprovisionamento.
Gestão de Stocks
A Problemática da Gestão de Stocks – Produção

Quatro tipos de Stocks:

- stocks necessários à fabricação: matérias-primas,


protótipos, peças intermédias fabricadas pela
empresa,etc;
- as peças de substituição para o parque de
máquinas, ferramentas especiais, ferramentas e
materiais consumíveis, produtos para a manutenção dos
edifícios;
Gestão de Stocks
- stocks dos produtos em curso de fabricação, isto é,
os stocks entre as diferentes fases do processo
produtivo ( entre postos de trabalho);
- os stocks de produtos acabados.

Os stocks são uma necessidade e ao mesmo tempo um


pesado constrangimento financeiro.
Gestão de Stocks
Podemos ter stocks:

- involuntários

- deliberados
Gestão de Stocks
Origem dos stocks involuntários:

- erros nas previsões da procura;


- produção acima da necessária;
- produção por lotes;
- utilização aleatória dos meios de produção.
Gestão de Stocks
Origem dos stocks deliberados:
- produção antecipada devido a um prazo
que decorre entre a encomenda e a
produção;
- produção antecipada para nivelamento
das flutuações da procura;
- stocks necessários para compensar as
irregularidades na gestão da fabricação, do
controlo e dos transportes;
Gestão de Stocks

- stocks de segurança para o caso de avaria


das máquinas ou da existência de produtos
defeituosos;
- stocks resultantes da produção de lotes de
grande dimensão a fim de evitar os tempos
longos de mudança de série.
Gestão de Stocks

Se considerarmos o investimento que


representam os stocks concluímos que é
fundamental para uma empresa procurar
reduzi-los o mais possível.
Por outro lado, esta redução terá que ser feita
com cuidado para não criar roturas e atrasos
nas entregas ao cliente.
Gestão de Stocks
A redução de stocks está sempre associada a
uma redução de prazos de produção.

Ou

A redução dos stocks está sempre associada a


uma redução de prazos de entrega.
Gestão de Stocks
A gestão de stocks tem por objectivo manter,
num patamar aceitável, o nível de serviço
aos clientes.
Em termos de gestão de stocks não existe um
objectivo único, válido para todas as
empresas, produtos ou categorias de stocks.
Os objectivos corresponderão sempre a um
contexto particular que não será rígido mas
que evoluirá no tempo.
Gestão de Stocks
Um dos objectivos da gestão de stocks é
precisamente avançar melhorando o desempenho,
para um melhor controlo dos stocks.

- Armazenagem com as respectivas entradas,


armazenamento e saída de artigos;
- A existência de um ficheiro de stocks
- Imputação contabilística das entradas e saídas
- Classificação dos stocks em categorias
Gestão de Stocks
Optimização dos níveis de stock

A grande questão:

Como minimizar o stock conservando um nível


de serviço satisfatório?
Gestão de Stocks

A resposta depende:
- da natureza do stock
- das entradas e saídas

Muitas vezes é difícil actuar nas saídas e a


única forma de regular o nível médio de stock
é actuar sobre as entradas.
Gestão de Stocks
Classificação dos diferentes tipos de stock

Necessidade

Como uma empresa, normalmente, gere vários


tipos de stock, torna-se impossível que se dê
a mesma prioridade a todos os tipos de
stock, na sua gestão.
Gestão de Stocks
A gestão de stocks é selectiva, pois não
gerimos da mesma forma os produtos de
limpeza e as mercadorias que temos para
vender (frigoríficos).

Então classificar critérios

Critério de destino
Critério de valor
Gestão de Stocks
Exemplo de classificação:

Classificação ABC
Consiste em diferenciar os artigos consoante o
volume da sua saída anual de stock.
Esta classificação é baseada no princípio dos
80-20: 20% dos artigos representam 80% do
valor total das saídas enquanto os 80%
restantes são responsáveis apenas por 20%.
Gestão de Stocks
Esta classificação é importante para o decisor uma
vez que lhe permite tomar decisões.
A classificação ABC pode ser efectuada segundo dois
critérios:
- o valor de saídas anuais do stock;
- o valor em stock.
A aplicação simultânea dos sois critérios e a
comparação dos resultados são muito úteis para
medir o rigor com que estamos a gerir os stocks.
Gestão de Stocks
Operações da gestão de stocks

- armazenagem
- a gestão de entradas e saídas
- os inventários
Gestão de Stocks
Armazenagem
Os stocks são colocados num armazém a fim de os
arrumar no período entre a sua recepção e a sua
disponibilização. Para esta gestão temos dois tipos
de organização:
- gestão mono-armazém: todos os produtos são
armazenados e geridos num único armazém.
- gestão multi-armazém: com o objectivo de
minimizar as movimentações, repartem-se os stocks
por vários locais de armazenagem (cada armazém
agrupa um tipo de stock: produtos cacbados,
matérias-primas, ….)
Gestão de Stocks
Para os produtos é possível dissociar dois
modos de localização:

- gestão mono-localização, cada tipo de


artigo armazenado num armazém;
- gestão multi-localização,um tipo de artigo
pode ser armazenado em vários locais.
Gestão de Stocks
Gestão das entradas e saídas
A cada momento de entrada ou saída deve
corresponder sempre uma transacção. A
situação ideal é a informática, pois a
qualquer momento sabemos qual o ponto de
situação dos nossos stocks.
A relação entre as quantidades realmente em
stock e as quantidades indicadas pela gestão
de stocks depende do rigor com que são
feitos os movimentos.
Gestão de Stocks
A gestão das entradas e saídas compreende dois
tipos de transacção:
- recepção: consiste na entrada de um produto em
armazém; neste tipo de transacção deve-se verificar
a conformidade dos produtos recebidos bem como
a sua qualidade;
- entrega: os artigos solicitados são retirados do
stock tal como acontece com uma encomenda de
um cliente (produtos acabados) ou uma ficha de
saída (produtos fabricados).
Gestão de Stocks
Inventários
A todo o momento o gestor deve conhecer a
posição actualizada dos stocks para cada
referência, em quantidade e por local.
Para verificar a qualidade do estado dos stocks
(diferença entre o stock real e o registo
informático do stock), é necessário efectuar
inventários e evidentemente actualizar o
registo informático.
Gestão de Stocks
Um inventário consiste numa operação de
contagem física dos artigos nas prateleiras
do armazém.

Tipos de inventários:
inventário permanente;
inventário intermitente;
inventário rotativo
Gestão de Stocks
Inventário permanente:
Consiste em manter permanentemente actualizadas
as quantidades de cada artigo em stock através das
transacções.

Inventário intermitente:
É efectuado uma vez por ano e no final do ano
contabilístico. Efectua-se para todos os artigos da
empresa o que implica uma apreciável carga de
trabalho que pode perturbar a sua actividade.
Gestão de Stocks
Inventário rotativo:
Consiste em examinar o stock por grupos de
artigos e verificar a sua exactidão em termos
de quantidades e localização desses artigos.

A frequência de realização deste inventário é


diferente consoante o tipo/importância do
artigo.
Gestão de Stocks
Para encomendar, temos que saber onde.
Ou então,
Quais os fornecedores em que podemos
encomendar um determinado tipo de
produto.
Para isso é necessário constituir uma base de
dados de fornecedores.
Gestão de Stocks
Quais os elementos que consideramos
importantes registar numa base de dados de
fornecedores?
Gestão de Stocks
O nome do fornecedor;
A morada;
O contacto telefónico;
O tipo de produto;
O prazo de entrega;
O prazo de pagamento;
O transporte que utiliza;
……
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Stock médio (Qm):

É a média aritmética de todas as existências


Q1, Q2,Q3, …….,Qf, calculadas entre duas
recepções de artigos.

No período de tempo t1, será igual a Q0+Q1


2
Gestão de Stocks
Em t2 será igual a Q1+Q2
2

Simultaneamente no período de tempo t1 e t2


será igual a Q0+Q1+Q1+Q2
4
Gestão de Stocks
Exemplo:

Um stock de 2400 unidades cujo consumo em 12


meses é de 200 unidades por mês, portanto o
stock médio anual será de 1200 unidades
Gestão de Stocks

Se o stock anual também for de 2400 unidades e


tiver o mesmo consumo mensal de 200
unidades por mês, mas passar a ser comprado
por duas vezes durante o ano, o stock médio é
reduzido a metade, ou seja, a 600 unidades.
Gestão de Stocks
Portanto, o stock médio torna-se tanto menor
quanto mais encomendas forem feitas,
diminuindo assim o investimento em stock.
Porém, é conveniente verificar se esta
redução no investimento compensa o
aumento de custo de realização de
encomendas.
Gestão de Stocks
Os Métodos de Previsão dos Consumos (Vendas)

Métodos de extrapolação de uma série temporal


São vários os métodos de extrapolação de uma
série temporal que são aplicáveis na gestão
económica de stocks, tanto na previsão dos
consumos e das vendas como na evolução de
outros factores.
Gestão de Stocks
Estes métodos baseiam-se no levantamento
estatístico de uma série de valores em
estudo, que foram verificados (histórico), e
na determinação da recta da tendência
desses mesmos valores.
Esta tendência uma vez extrapolada indica
qual a previsão desses valores para um
próximo período de tempo.
Gestão de Stocks

A previsão acompanha a gestão empresarial,


nomeadamente a gestão dos stocks.
Contudo, é importante não esquecer que a
previsão dos números não deve esconder a
incerteza das hipóteses e os riscos que daí
derivam.
Gestão de Stocks
Uma previsão eficaz exige o conhecimento e
uma análise crítica de factores muitos
diversos:
- Conhecimento do ambiente e da sua
evolução a curto, médio e longo prazo;
- Conhecimento dos produtos estudados e do
seu ciclo de vida: produtos novos, em
desenvolvimento, na maternidade, no
declínio
- Conhecimento da empresa e da sua política
de distribuição.
Gestão de Stocks
Dos métodos que podem ser utilizados existem
três mais vulgarizados:

- O das médias aritméticas;


- O dos mínimos quadrados;
- O das médias móveis.
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Outros métodos

Os métodos modernos baseiam-se na opinião


dos vendedores e representantes, ou na dos
clientes, e aplicam-se fundamentalmente às
vendas.
Gestão de Stocks
Previsões baseadas na opinião dos vendedores e
representantes
Periodicamente (por exemplo, todos os meses) pede-se
aos vendedores e representantes as suas perspectivas
de vendas para o semestre ou para o ano seguinte e
assim se consegue ter uma previsão das vendas da
empresa.
Deverá ser levado em atenção que pode acontecer que
vendedores e representantes apresentem previsões
mais baixas do que aquelas que realmente acreditam,
para que não lhes sejam definidas metas demasiado
difíceis de alcançar.
Gestão de Stocks
Previsões baseadas na opinião dos clientes
São opiniões que se fundamentam em estudos de
marcado, elaborando inquéritos que são feitos a
uma amostra representativa da população
consumidora do produto em análise.
Estes estudos são úteis para se conhecer as
potenciais quantidades de vendas e também as
características mais desejadas dos consumidores, o
que permitirá fazer eventuais correcções dos
produtos.
Gestão de Stocks
Os dois métodos apresentados, bem como os
modelos informáticos de simulação do
comportamento dos consumidores, permitem
obter previsões fiáveis a longo prazo, o que
não acontece com os métodos clássicos,
que, no entanto, são muito menos onerosos.
Gestão de Stocks
A Informática e o Aprovisionamento

A utilização da informática no
aprovisionamento permite que a tomada da
decisão seja pronta e eficaz, tanto nas
compras, ao tratar dos dados sobre o
mercado fornecedor, variedade de artigos e
dos seus preços, etc,…, como na gestão dos
stocks, na prevenção das rupturas, na
vigilância dos prazos de entrega, etc.
Gestão de Stocks
Informática e compras

As principais aplicações de informática nas


compras são, sobretudo, a existência de um
ficheiro de artigos e de um ficheiro de
fornecedores, a gestão das encomendas aos
fornecedores e a gestão das encomendas
das fábricas.
Gestão de Stocks
Ficheiro de artigos:

Um ficheiro de artigos deve poder registar, a todo o momento, a


totalidade de artigos existente em stock e, para cada um deles:
- Nome do artigo
- Nomenclatura
- Formas comerciais do produto
- Propriedades
- Acondicionamento
- Utilização na empresa
- Produtos de substituição
- Fornecedores possíveis
- Encomendas passadas
- …….
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Ficheiro de fornecedores:

Deve conter:
- Nome do fornecedor
- O seu código
- Números de telefone e de fax
- Nome do empregado a contactar
- Principais produtos que fornece
- Contactos anteriores
- Informações diversas: encomendas realizadas,
solidez financeira, etc
Gestão de Stocks
Para que os ficheiros possam estar actualizados,
torna-se necessário:
No ficheiro de artigos
Acrescentar uma nova referência
Modificar as características que definem um produto (
a designação, o preço, … )
Retirar um artigo que deixou de ser
consumido/vendido
Solicitar ou responder à procura de qualquer artigo
Listar todos os artigos triados sob qualquer critério
Gestão de Stocks
No ficheiro de fornecedores

Juntar ou suprimir um fornecedor de


determinado artigo
Introduzir ou alterar o preço do artigo
apresentado por qualquer fornecedor
Introduzir outras informações relevantes
Gestão de Stocks
A gestão das encomendas aos fornecedores:

Decorre desde o envio da nota de encomenda até ao


pagamento ao fornecedor, de acordo com os
seguintes passos:
- Envio da nota de encomenda
- Confirmação da recepção da nota de encomenda
- Anulação eventual da nota de encomenda
- Vigilância do prazo de entrega
- Entrada do artigo em armazém
Gestão de Stocks
- Recepção e verificação da factura
- Emissão da ordem de pagamento

Também será conveniente a verificação do


volume de negócios do fornecedor, assim
como do seu cumprimento dos prazos de
entrega e ainda da qualidade dos artigos.
Gestão de Stocks
A gestão das encomendas das fábricas:

Vai desde a recepção da encomenda até à


colocação à disposição do requisitante, o que
decorre nas fases seguintes:
- Recepção da encomenda

- Saída desta de armazém

- Emissão da nota de saída de armazém


Gestão de Stocks

Informática e a gestão de stocks

Existem um número enorme de aplicações


possíveis da informática no que respeita à
gestão de stocks.
Gestão de Stocks
Cálculo da quantidade económica da encomenda:

Através de um programa informático é possível


proceder à determinação da quantidade
económica da encomenda .
Torna-se necessário analisar os resultados
obtidos em função das circunstâncias em que se
encontra o stock em estudo. Isto é, há que
encarar esse valor como imprescindível para a
gestão.
Gestão de Stocks
Periodicidade económica da encomenda:

É simples de calcular, utilizando o computador,


este período que é aquele em que se
consome a quantidade económica de
encomenda, recorrendo a uma fórmula
informatizada.
Gestão de Stocks
Stock activo:

É a parte do stock normal, constituída por


artigos que, ocupando um determinado
espaço, em armazém, se destinam à
satisfação imediata das necessidades
correntes dos utilizadores.
Estes podem ser facilmente determinados
pelos registos de entrada, saída e saldos dos
stocks.
Gestão de Stocks
Previsão dos consumos:

São morosas de efectuar em gestão manual


pelas grandes quantidades de valores
utilizados, tornam-se relativamente simples
quando se utiliza a informática, recorrendo a
um aplicação própria.
Gestão de Stocks
Vigilância do nível de stock:

Tem por finalidade acompanhar a evolução dos stocks


de modo a evitar rupturas, mantendo o nível destas
tão reduzido quanto possível. Para esse efeito é
necessário:
- conhecer as existências em armazém,

- o número de unidades do stock que foram


encomendadas e ainda não recebidas,
- o valor do stock de segurança
Gestão de Stocks

Esta vigilância permite fazer o alerta quando se


atinge o stock de segurança e também
quando se atinge o ponto de encomenda, o
que por definição dará origem a uma nova
encomenda.
Gestão de Stocks
O Custo Total de Aprovisionamento

O custo total de aprovisionamento (CTA) inclui


todos os encargos de adquirir, encomendar e
possuir os stocks, ou seja, custos de:
- Aquisição (ou compra)
- Efectivação da encomenda (ou realização da
encomenda)
- Posse dos stocks (ou armazenagem)
Gestão de Stocks
Custo de compra (C1):
Inclui
▪ a preparação das requisições;
▪ a selecção de fornecedores;
▪ a negociação;
▪ os transportes;
▪ etc.
Gestão de Stocks
O custo de compra (C1) é igual ao número de
unidades compradas por ano (N) vezes o
preço médio unitário do artigo em causa (p),
o qual resultará de um a média de todos os
preços praticados durante o ano.

C1 = N x p
Gestão de Stocks
Exemplo:
se forem comprados 1000Kg de uma dada
matéria prima durante o ano N e se o preço
médio por quilo for, nesse período de tempo,
de 80€, então
C1 = N x p
C1 = 1000 x 80
C1 = 80.000€
Gestão de Stocks
Para minimização deste custo, o gestor de
stocks deve procurar satisfazer três
condições de redução de p ( uma vez que as
urgências do consumo/produção determina
N):
t reduzir tanto quanto possível as compras de
urgência, porque estas contribuem para a
subida dos preços – a prioridade principal
passa a ser a rapidez da entrega da
encomenda e não o preço.
Gestão de Stocks
t Tentar evitar prazos de pagamento longos
porque conduzem a preços de encomenda
mais elevados.

t Organizar as compras de modo a centralizá-


las, porque aumenta o poder negocial da
empresa.
Gestão de Stocks
Custo de realização da encomenda (C2):

É igual ao custo de realização de uma


encomenda (E) vezes o número de
encomendas efectuadas durante um ano.

C2 = E x n.º encomendas
Gestão de Stocks
O valor E obtém-se somando todos os gastos
efectuados directamente e indirectamente com a
realização das encomendas e dividindo-os pelo
número anual de encomendas:
t Encargos salariais, relativos ao tempo de trabalho
prestado na execução da encomenda, incluindo
subsídios recebidos, pagamentos à segurança
social, etc.
Nem sempre é fácil determinar com exactidão os
tempos que os empregados atribuíram à tarefa das
compras e não a outras.
Gestão de Stocks
t Encargos com material utilizado na realização das
encomendas (papel, esferográficas, impressos das
notas de encomenda, clipes, borrachas, etc);
t Amortizações das instalações e equipamentos do
sector das compras;
t Custos indirectos relacionados com a encomenda,
como os de aquecimento, iluminação, telefone, fax,
e-mails, selos, etc, que só aproximadamente e por
cálculos indirectos poderão ser afectados às
compras.
Gestão de Stocks
O somatório destes custos dá-nos o custo total anual
das encomendas, o qual dividido pelo número de
encomendas realizadas no mesmo período de
tempo é igual ao custo de realização de uma
encomenda (E).
Se considerarmos que frequentemente numa
encomenda (nota de encomenda) existe mais do
que um artigo pedido, então deverá ser considerado
o número anual de artigos encomendados em vez
do número anual de pedidos.
Gestão de Stocks
Custo de armazenagem (C3):

Envolve a taxa de posse dos stocks e o valor


do stock médio.
A taxa de posse dos stocks é constituída por:
a) As despesas relativas aos armazéns;

b) Juros do capital imobilizado em stocks;

c) Desvalorização do stock.
Gestão de Stocks
a) As despesas relativas aos armazéns:
* salários de pessoal;
* amortização de instalações e equipamentos;
* furto e deterioração;
* impostos e seguros;
* transportes;
* iluminação;
* aquecimento;
* alugueres;
* despesas de informática;
* etc.
Gestão de Stocks
O stock de segurança
Como já foi referido, este stock constitui uma
existência adicional ao stock normal, que tem
por objectivo proteger a empresa de
rupturas, que podem ter origem em
consumos/vendas acima daquelas acima
daquelas que eram esperadas ou porque os
prazos de entrega das encomendas
excederam os que previamente tinham sido
acordados com o fornecedor.
Gestão de Stocks
O custo do stock de segurança é proporcional
à segurança que se pretende e que deve ser
variável de acordo com a importância do
stock em questão.
Há que estabelecer um certo equilíbrio entre o
custo de armazenagem e o custo da ruptura
de stock, assim como saber qual é o risco de
ruptura que a empresa pretende assumir
para os vários artigos que tem em stock.
Gestão de Stocks
Os limites da gestão económica dos stocks

Quando encomendar?
Quanto encomendar?

Como já vimos é objectivo da gestão


económica de stocks em que momentos se
deve proceder a uma nova encomenda e que
quantidade deve ser encomendada, de modo
a que o fornecimento de artigos se façam
com o mínimo custo total.
Gestão de Stocks
Como os consumos são variáveis ao longo do
ano, existem duas opções de trabalho:
- Fixamos a quantidade a encomendar de
cada vez (30 Kg) e então varia o período de
tempo de aprovisionamento (entre duas
encomendas sucessivas);
ou
- Fixamos o período de tempo (por exemplo, de
3 em 3 meses) e nesse caso varia a
quantidade a encomendar de cada vez.
Gestão de Stocks
Se fixarmos a quantidade a encomendar
(quanto), estaremos a adoptar o método do
ponto de encomenda;

Se fixarmos a periodicidade de encomenda


(quando), é o método da periodicidade fixa
de encomenda.
Gestão de Stocks
Métodos Quanto Quando
limites de encomendar encomendar
gestão
económica dos
stocks
Ponto de Constante Variável
encomenda

Periodicidade Variável Constante


fixa de
encomenda
Gestão de Stocks
A avaliação da gestão dos stocks através dos
resultados

A gestão de stocks procura evitar a existência


de artigos:
- Com rentabilidade ou rotação diminuta;
- Com ruptura de stock;
- Cujo fornecimento não seja feito ao mínimo
custo total.
Gestão de Stocks
Para avaliar a gestão de stocks é importante
estabelecer um controlo adequado, recorrendo a
indicadores que avaliem se aqueles três objectivos
estão a ser alcançados.
Estes indicadores são:
- Taxa de rotação dos stocks;

- Taxa de ruptura dos stocks;

- Igualdade entre o custo de realização de


encomenda e o custo de armazenagem.
Gestão de Stocks
Taxa de rotação dos stocks

Taxa de rotação = volume das saídas de armazém (ano)


stock médio mensal (ano)

Traduz o número de vezes que o stock se renova por ano


Gestão de Stocks
Exemplo:

Consumo anual (saídas de armazém por ano) igual a


6000Kg
Stock médio mensal, durante o mesmo ano, igual a
3000Kg
Taxa de rotação= 6000 = 2
3000
O que significa, que o stock se renova duas vezes por
ano, ou de 6 em 6 meses.
Gestão de Stocks
O stock médio mensal é igual à soma da
quantidade existente em stock no fim de
cada mês, de todos os meses do ano e
dividindo depois esse valor por 12.

Podemos calcular a taxa de rotação com base


nas unidades, ou utilizar as unidades
financeiras correspondentes.
Gestão de Stocks
Assim, se o preço de cada Kg fosse 5€,
teríamos:

6000Kg = 30.000€
3000Kg = 15.000€ 30.000 = 2
15.000
O mesmo que 6000 = 2
3000
Gestão de Stocks
Quanto maior for esta taxa, mais possibilidades
existem de ocorrerem rupturas, porque isto
indica que os investimentos em stocks são
relativamente baixos para as unidades
saídas de armazém.
Mas uma taxa de rotação alta significa que
esse stock é de grande rentabilidade para a
empresa.
Gestão de Stocks
Taxa de ruptura de stocks

É importante calcular a taxa de ruptura que se


verifica nos nossos stocks para se poder
comparar com aquela que estamos dispostos
a suportar.
Isto é: se o custo do acréscimo do stock de
segurança, para suportar aquela ruptura, não
é superior ao custa da própria ruptura.
Gestão de Stocks
Uma ruptura implica dois tipos de custo:
- Perda de venda do artigo (custo de
oportunidade);
- Perda da imagem da empresa, cujo custo é
impossível de determinar.

Taxa de ruptura= n.º de unidades requisitadas ao armazém não satisfeitas


(%) n.º total de unidades requisitadas ao armazém
Gestão de Stocks
Igualdade entre o custo de realização de
encomenda (C2) e o custo de armazenagem
(C3)

Se a igualdade se verificar o custo de


aprovisionamento é mínimo.
Gestão de Stocks
Concepção Geral da Empresa

A realização de um empreendimento começa


pela definição de certas orientações básicas,
que compete à dita administração e cujo
conjunto podemos chamar “a concepção
geral do empreendimento”.
Gestão de Stocks
Assim há que definir:
- Objecto social/produto
- Plano de vendas
- Definição detalhada dos produtos
- Capacidade do estabelecimento/capacidade dos
equipamentos
- Definição dos processos ou compras
- Angariação de fundos
- Localização
- Definição dos edifícios
- Implementação física do activo no terreno (layout)
Gestão de Stocks
Layout

Concretização da opção da implementação


geográfica dos meios físicos do
estabelecimento em criação ou revisão quer
se reporte a pessoas, materiais ou
empreendimentos
Gestão de Stocks
Um bom layout será aquele:

- Conduz à maior simplificação do conjunto a


implementar
- Minimiza o custo de transportes de materiais
- Minimiza o tempo perdido em circulação pelas
pessoas
- Promove a mais alta utilização dos espaços
disponíveis
- Garante as melhores condições ambientais de
segurança e de satisfação para o pessoal
- Minimiza o investimento
- Promove a melhor utilização da mão de obra
Gestão de Stocks
A implementação de um layout envolve basicamente
sete fases:

1- planeamento
t determinação da sequência das operações,
fazendo ressaltar as principais dificuldades
t inventariar tudo o que há para resolver ou a
implementar
t definir prazos
Gestão de Stocks
2- aprovisionamento
t definir a programação dos trabalhos a realizar
pelos fornecedores
t definir bons, rápidos e eficientes meios de
comunicação com o armazém
3- preparação
t adequação do terreno
t instruções para todos de modo a que cada um
saiba o que, como e, quando fazer
t equipamentos em condições
Gestão de Stocks
4- colocação dos equipamentos em posição de
serem utilizados pelas equipas de montagem

5- montagem
t ver se tudo está conforme os planos, não
iniciar qualquer montagem, sem que todas as
dúvidas estejam resolvidas
t referenciar todos os equipamentos montados
t fazer fixação provisória até ter a certificação de
que tudo está certo
Gestão de Stocks
6- ensaios de recepção aplicáveis e previstos

7- limpeza de todo o local, de montagem


antes da entrega formal da produção
t recolha, inventariação e arrumação de
todas as sobras de montagem
Gestão de Stocks
Factores que influenciam a localização

- Mercado
- Matérias-primas
- Transportes
- Energia
- Água
- Poluição
- Mão-de-obra e salários
- Facilidades regionais
- Clima
- Legislação e impostos
- Atitudes das populações
Gestão de Stocks
O problema da localização coloca-se quando
uma empresa vai iniciar a sua actividade ou
quando quer expandir.

FICAR ou MUDAR?
Gestão de Stocks
As alternativas são:

- expandir o estabelecimento actual


- reter o estabelecimento actual e localizar
um segundo estabelecimento noutro locar
- demolir o estabelecimento actual e construir
um novo estabelecimento
- expandir por meio de subcontração
Gestão de Stocks
Gestão de stocks JUST-IN-TIME

Comprar ou produzir apenas o que é necessário


no momento em que se torna necessário.

Trata-se um método que visa eliminar todas as


formas de desperdício, eliminar tudo o que não
acrescenta valor à empresa.
Gestão de Stocks
As empresas segundo este método de gestão, devem
implementar estruturas que permitem
comprar/produzir apenas as quantidades vendidas.

Tem como consequência uma diminuição de stocks

Stock é sinónimo de eficiência


Gestão de Stocks
O método JUST-IN-TIME é incompatível com:

- As avarias frequentes das máquinas


- Os problemas de qualidade
- Fornecedores pouco fiáveis
- Trabalhadores pouco aplicados
Gestão de Stocks
Princípio do JUST-IN-TIME

Aplica-se tradicionalmente às empresas


industriais, mas é uma técnica adaptável às
pequenas e médias empresas.
Gestão de Stocks
O que uma empresa necessita para poder funcionar
segundo o método do JUST-IN-TIME:

- comprar/produzir aquilo que é pedido pelo cliente,


na ocasião em que ele o deseja e nunca para
constituir stocks
- Possuir prazos de recepção/fabricação curtos para
poder dar resposta aos pedidos dos clientes
- Trazer as mercadorias/matérias-primas para os
locais onde são necessárias
Gestão de Stocks

- Comprar as mercadorias/matérias-primas
com qualidade garantida para não correr o
risco de ter que devolver produtos/matérias
- Dispor de pessoal polivalente capaz de se
adaptar imediatamente a novos objectivos da
empresa
- Possuir equipamentos fiáveis
Gestão de Stocks
Logo:

O fio condutor do JUST-IN-TIME é:

t a redução de custos pela eliminação de


todos os desperdícios.
Gestão de Stocks
Isto porque as empresas desperdiçam em:

- Tempo: quando as mercadorias aguardam


durante “tempo” entre duas operações
- Mercadorias/Matérias-primas: com as
rejeições, o stock fica em excesso
- Movimentações: com os percursos longos,
idas e voltas ao armazém
Gestão de Stocks
Meios necessários para mudar para o JUST-
IN-TIME:

- Formação do pessoal (incutir no pessoal


novas regras de funcionamento)
- Permanente colaboração com os clientes e
fornecedores
- Simplificação e optimização das unidades
fabris/comerciais
- A revisão do layout
Gestão de Stocks
Vantagens e Desvantagens do JUST-IN-TIME:

Principal vantagem – reduzir os desperdícios:

- redução de stocks: já não é necessário


disponibilizar um espaço e recursos humanos para
o aprovisionamento;
- redução do tempo: o mesmo nível de produção
pode ser atingido em menos tempo;
- aumento da qualidade: evitam-se custos com
produtos defeituosos
Gestão de Stocks
Desvantagem
decorre das incertezas na envolvente da
encomenda.

Por exemplo: uma greve dos transportes


Gestão de Stocks
Através de vários estudos chegou-se às
seguintes conclusões:

se a conversão do JUST-IN-TIME for acompanhada de:


- uma melhoria dos layouts
- uma diminuição dos tempos de mudança das
estratégias/ferramentas
- relações mais estreitas com os principais
trabalhadores

Este método terá sucesso (nas empresas e realidades em


que possa ser aplicado)
Gestão de Stocks
O Armazém:

Local onde se guardam os artigos que formam


o stock da empresa.

O armazém deverá ter as dimensões


adequadas para colocar os produtos à
disposição do empresário, de forma a que,
sempre que seja necessário, seja fácil
aceder a diferentes tipos de artigos.
Gestão de Stocks
Os elementos fundamentais da política de
armazenagem:

Estes elementos resultam de três análises:


- A segmentação dos artigos em stock por classes de
produtos;
- A possibilidade de recolher as informações
necessárias e o seu custo;
- A natureza do processo e do sistema logístico.
Gestão de Stocks
A segmentação dos artigos em stock

Possuindo as empresas dezenas, centenas ou


milhares de artigos em stock, não podem gerir cada
um deles individualmente.
As encomendas poderão em determinados casos, ser
agrupadas por famílias de artigos tendo em conta:
- o fornecedor;

- A natureza do artigo;

- Valor dos artigos em stock (valor do consumo


durante um período)
Gestão de Stocks
Na última situação, o valor dos consumos,
dividem-se os artigos em stock, em três
classes:
A classe A: 75 a 85% do consumo;
15 a 25% dos artigos.
A classe B: 10 a 20% do consumo;
25 a 35% dos artigos.
A classe C: 5 a 10% do consumo;
50 a 60% dos artigos.
Gestão de Stocks

Esta classificação é uma variação da Lei de


Pareto, chamada dos 80/20 (20% dos artigos
em stock representam 80% do valor e vice-
versa).

Estas três classes A, B e C deverão, como é


evidente, ser geridas separadamente.
Gestão de Stocks
Os produtos A:
São geridos de uma forma precisa, geralmente
através de um inventário permanente, pois o seu
impacto sobre os custos é determinante.

Os produtos B:
São geridos de acordo com sistemas mistos,
combinando as vantagens dos métodos que
utilizam a quantidade económica ou a
periodicidade fixa, com as vantagens de um
inventário intermitente.
Gestão de Stocks
Os produtos C:
São geridos por um inventário intermitente e/ou
de periodicidade fixa e/ou quantidades fixas
de reaprovisionamento.
O sistema deverá ser o mais simples e o
menos oneroso possível, pois geralmente os
produtos C tem um elevado stock mínimo de
segurança elevado.
Gestão de Stocks
Esta segmentação com base num critério de
valor não coloca em evidência o aspecto
estratégico de certas peças em stock,
particularmente nos casos em que fazem
parte de nomenclaturas complexas e em que
são indispensáveis à montagem de peças,
sub-conjuntos e conjuntos de produtos.
Estas peças estratégicas deverão ser geridas
como os artigos da classe A.
Gestão de Stocks
A recolha de informações e o seu custo

Os processos de recolha de informação podem


ser dispendiosos.

Os sistemas de periodicidade fixa – com data


de reposição à priori independentemente do
nível de stock – aparentam ser os mais
económicos.
Gestão de Stocks
Estes sistemas podem juntar-se aos pontos de
encomenda que provocam um
reaprovisionamento sempre que são
alcançados.
Se a periodicidade não for respeitada, a
medição do nível de stocks faz-se por
simples verificação física e não por
inventário.
São muito utilizados.
Gestão de Stocks
Os sistemas de quantidades económicas, se
utilizarem verificações físicas no controlo do
nível do stock de segurança, são pouco
onerosos.
Tornam-se caros em caso de necessidade de
implementação de um inventário permanente.
O controlo dos níveis de stock poderá ser
automatizado, com um computador fornecendo
permanentemente o nível de stock depois de
cada movimento, e efectuando por outro lado o
cálculo das previsões da procura.
Gestão de Stocks
Estes sistemas são muito úteis para:

- Os stocks de grande valor;


- Os stocks estratégicos;
- Os casos em que a procura é cíclica ou
muito instável;
- Os casos em que os custos de ruptura são
muito elevados.
Gestão de Stocks

A utilização da informática é indispensável para


controlar os níveis de stocks, sobretudo se a
procura se verificar a partir de diversos
pontos geograficamente dispersos para uma
unidade central de armazenamento
Gestão de Stocks
O computador poderá ser utilizado:

- Para operações de análise (estratificação


dos stocks, gestão previsional, cálculo de
parâmetros de encomendas);
- Para a explicitação das necessidades e para
a execução corrente (inventário permanente).

Quadro 6 – Gestão informática dos stocks


Gestão de Stocks
A informática poderá ser utilizada para fazer a ligação
entre os stocks e as encomendas de clientes que
permitem ao computador determinar os
lançamentos em fabrico ou em reaprovisionamento
aos diferentes níveis:
- Produtos acabados;
- Produtos semi-acabados;
- E matérias-primas.

Quadro 7 – Ligações encomendas clientes;


organização automática dos stocks
Gestão de Stocks
Métodos que não têm em conta a estrutura dos
produtos

É o caso de todas as empresas que não possuem


vários níveis de produção, utilizando unicamente
produtos acabados.
É o caso de empresas de distribuição, de peças
sobresselentes, de stocks de refugos e de artigos
de pouca importância (C) na empresa industrial.
Gestão de Stocks
O sistema mini-max

Quando o stock físico atingir um determinado


ponto chamado mínimo encomenda-se uma
quantidade tal, de modo a que o stock não
ultrapasse um certo máximo.
A quantidade a encomendar calcula-se:
O máximo M, menos o mínimo m (a quantidade
fisicamente existente em stock).
Gestão de Stocks
A gestão por fichas

As fichas deverão ser completas, ou seja reunir toda a


informação possível e serão agrupadas num só
local.
Serão actualizadas por um grupo independente dos
armazéns.
Este grupo será o implementador da política de stocks
e aos armazéns caberá apenas a sua execução.
Gestão de Stocks
Sistemas informatizados

O computador pode:
- Gerir todos os movimentos feitos nas fichas;

- Calcular

- a quantidade económica
- o ponto de encomenda
Gestão de Stocks
A partir de dados históricos ou previsionais e
utilizando as fórmulas estatísticas que lhe
fornecemos.
- Efectuar análises do stock, como por exemplo,
a análise ABC
quantidades saídas de um artigo x custo = valor saído durante o período

- Desencadear encomendas de
reaprovisionamento (em função do
programado)aos fornecedores, e efectuar uma
escolhas entre os vários fornecedores em
função dos seus desempenhos.
Gestão de Stocks
- Preparar os documentos (pedidos de compra,
encomendas de compra)
- Elaborar todos os tipos de estatísticas
- Permitir a integração de várias tarefas. Por
exemplo:
- confrontar e controlar as remessas recebidas
com as encomendas que foram feitas;
- pagar aos fornecedores;
- efectuar as previsões de tesouraria
relativamente às despesas.

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