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Todo texto literário deve se preocupar com a forma da mensagem. Por isso a
função poética ou estética da linguagem estará sempre em evidência na literatura.
Linguagem conotativa
A literatura também privilegia a linguagem conotativa (ou conotação), isto é, aquela
que sugere significados diferentes do habitual (denotação). Em um de seus poemas,
Carlos Drummond de Andrade propõe ao homem:
É evidente que toda a frase acima tem sentido conotativo. Pode-se interpretá-la
como: conhecer a si mesmo, tomar contato com o próprio ser.
Linguagem plurissignificativa
A língua literária muitas vezes seleciona elementos que podem oferecer
significações distintas, ou seja, que são plurissignificativos:
Linguagem original
Recursos de expressão
Existem vários recursos a que se pode recorrer para tornar um texto mais
expressivo. Entre eles, podemos reconhecer três tipos básicos:
Figuras de linguagem
Alguns dos recursos usados na língua literária recebem o nome de figuras de
linguagem (ou estilo). Elas são classificadas em: figuras de palavras, figuras de
pensamento e figuras de construção.
Figuras de palavras
Ocorrem sempre que uma palavra afasta-se do seu significado normal, adquirindo
outro (ou outros).
As mais freqüentes são:
Atenção: a metonímia que indica a substituição do todo pela parte ou da parte pelo
todo é chamada também de sinédoque:
Figuras de pensamento
São aquelas que se apóiam em idéias. As mais recorrentes são:
Figuras de construção
Também chamadas de figuras de sintaxe, alteram a estrutura habitual da frase. As
principais são:
Desenho do poeta
Federico García Lorca,
feito para ilustrar o
programa de
apresentação de uma
peça de teatro.
' Anacoluto – é uma construção sintática
interrompida por outra, ou seja, é uma
desestruturação intencional da frase:
'Eu, que era branca e linda, eis-
me medonha e feia.' (Manuel
Bandeira)
' Pleonasmo – é a repetição de palavras
desnecessárias à compreensão, mas
importantes para a expressividade:
'As montanhas, vejo-as iluminadas,
ardendo no grande
sol amarelo.' (Vinícius de Moraes)
' Hipérbato – é uma inversão dos termos da frase, uma alteração
na ordem direta:
'Já da morte o palor me cobre o rosto [...]'
(Álvares de Azevedo)
' Silepse – é a concordância verbal ou nominal que se faz pela idéia
e não pela forma. A silepse pode ser de: