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metáfora.
“Mamãe antes de casar, segundo tia Emília, era um foguete, uma ruiva
tempestuosa.” (Clarice Lispector)
Todavia, nem sempre está implícita essa comparação, como é visto nos exemplos a
seguir extraídos de Moderna Gramática Portuguesa, de Evanildo Bechara: “sol da
liberdade”, “vale de lágrimas”, “negros pressentimentos”, “não ponha a carroça
diante dos bois”.
perífrase: Consiste no uso de palavras para referir-se a alguma coisa por sua
característica.
Exs.: Cidade da Luz (Paris),
Rei das Selvas (leão),
Planeta Água (Terra), etc.
Exs.: Poeta dos Escravos (Castro Alves), A Redentora (Princesa Isabel), Águia de
Haia (Rui Barbosa), Senhor da Messe (Jesus Cristo), Raposa do Deserto (Erwin
Rommel), etc
eufemismo:
“Agora que o meu pobre amigo jaz a dormir o derradeiro sono.” (Monteiro Lobato)
Sinestesia:
“Por uma única janela envidraçada, (...) entravam claridades cinzentas e surdas,
sem sombras.” (Clarice Lispector)
Hipérbole:
“Os participantes do projeto EHT morriam de medo de que ele não fosse bem-
sucedido.”
“Os autos voam pela via central, e cruzam-se pedestres em todas as direções.”
(Monteiro Lobato)
Exs.: ler José de Alencar (o livro de José de Alencar), beber o copo de cachaça
(beber a cachaça). Embora haja mesmo metonímia ("filé" é o nome da parte da
carne que designa esta como um todo), prepondera a metáfora.
“Boi bem bravo. Bate baixo, bota baba, boi berrando.” (Guimarães Rosa)
“Era como se todo o mundo que ele pisara com os pés, que vira com os seus olhos,
que pegara com as suas mãos, se perdesse num instante.” (José Lins do Rego)
“Talvez ainda um dia me será grata por ter-te impedido de matar-te a ti mesma.”
(Bernardo Guimarães)