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Lewis Carrol (autor do livro Alice no país das maravilhas)

Vanda Reis
Contadora e cantadora de histórias
Email: vandareishistoria@yahoo.com.br
Tel: 3388.0233 – 98894.6620 – 99344.8017 (Whatsapp)
COMO CONTAR HISTÓRIAS

1) Nunca conte uma história que não interessa ao nível da classe.


2) É muito importante que as crianças estejam fisicamente bem próximas ao contador,
se possível, dispostas em semicírculo, para sentirem-se próximas mentalmente.
3) Nunca quebrar a narração para fazer comentários (mesmo ligados à história) nem
mesmo para chamar a atenção de alguma criança.
4) Conhecer bem a história a ser narrada. O professor que ler a história pouco antes da
aula não está apto a narrá-la.
5) Planejar a apresentação da história antes de contá-la, treinando antes a seqüência
dos fatos, ligando-os à apresentação das gravuras ou cartazes a serem utilizados
durante a narrativa.
6) Verificar se a história contém passagens que necessitem de anterior explicação. Caso
exista, simplificar ao máximo.
7) Verificar se a história ainda não é de conhecimento das crianças. O prévio
conhecimento diminuiria muito o interesse.
8) Não ponha ênfase em pormenores sem importância. Além de cansar, tiraria o valor
das partes principais.
9) Contar com naturalidade, usando uma linguagem simples e correta e do
entendimento das crianças.
10) Modular a voz, encarando os ouvintes, sem fixar-se em nenhum.
11) Nunca interrompa a narrativa, e conte a história com velocidade crescente.
12) Verificar se as crianças estão bem acomodadas. Acúmulo de crianças tende a
quebrar o interesse.
13) Fale sempre em tom agradável, nem depressa e nem devagar.
14) Evite comentários inúteis, pois cansam a criança.
15) Evite balbuciência (hesitação e timidez).
16) Evite tartareio: Trocar "tá" por está; "né" por não é; "ocê" por você.
17) Evite cacoetes: Dizer sempre ao fim da frase... Não é? Certo? Entende?
Compreende? Aliás... etc.

CARACTERÍSTICAS DO BOM CONTADOR DE HISTÓRIAS

1) Conhecer o enredo seguramente, evitando quebras de atenção e desconfiança por


parte das crianças.
2) Confiar em si mesmo, preparando convenientemente.
3) Não ser afetado, narrar com toda naturalidade.
4) Não ter gestos bruscos, movimentando-se tranquilamente.
5) Atender a todos com igualdade.
6) Tom de voz agradável e não cansativa.
7) Sentir o que conta, permanecendo atento aos fatos.

DICAS PARA SE TORNAR UM BOM CONTADOR DE HISTÓRIAS

Cuidando da voz: Para que você tenha uma boa voz, são importantes alguns cuidados
simples, como:
 Mantenha uma postura reta e relaxada na região do ombro e da cabeça,
principalmente quando estiver falando.
 Tome água várias vezes ao dia e em temperatura ambiente.
 Coma frutas, como maçã, pois tem função adstringente, ajudando na higienização
bucal e laringe.
 Evite usar roupas muito apertadas, principalmente na região do pescoço e na cintura.

Vestindo o contador de historias: Sempre que você for contar uma história, é bom
utilizar algum adereço que marque a mudança de papéis, ou seja, transforme a
Professora em contadora de histórias. Assim, o ouvinte terá mais um motivo para entrar
neste mundo mágico. Você pode usar:
 Um xale,  Um colete ou avental,
 Uma saia personalizada,  Uma mala, ou bolsa, baú, etc..
 Um chapéu,

Preparando a história a ser contada: Antes de qualquer coisa, você precisará


conhecer a história, estudá-la de forma que a resume, mas não tire seu encanto.

Esquema
 Início da história (tempo / lugar)  Desenvolvimento.
 Personagens principais  Eventos dramáticos.
 Situação Inicial.  Situação Final.

Recursos
 Livro  Gravuras, álbum sanfonado ou
 Fantoches seriado
 Palco  Máscaras
 Teatro de sombras  Cineminha
 Retro - projetor  Dramatização
 Marionetes  Flanelógrafo
Esteja atenta também:

 Olhar: um par de olhos brilhantes e entusiasmados seria perfeito!! E não esqueça de


olhar ao menos uma vez nos olhos de cada ouvinte. Distribua bem o olhar. Não se fixe só
numa pessoa ou num grupo.
 Expressão corporal: lembre-se de que seu corpo também fala e demonstrará todo
seu envolvimento com o ato de contar as histórias. Perceba se está com o corpo rígido,
petrificado enquanto estiver falando (não provocará envolvimento) ou espalhafatoso
demais (cansará os ouvintes) ou parecendo um pêndulo, sacudindo e balançando sem
parar.

Plaquinha
 Você poderá personalizar uma "plaquinha" para pendurar na porta da sala enquanto
estiver contando histórias. Evitando assim qualquer interrupção que acarretará na
quebra de dinâmica. Pense numa frase criativa casada com um desenho. Por
exemplo: "Por favor, não entre! Estamos fazendo uma viagem ao maravilhoso mundo
das histórias." E a ilustração de um foguete.

PREPARAÇÃO DO CONTADOR

 É importante escolher o enredo de acordo com o objetivo visado, sem misturar os


assuntos, tendo um tema específico (se o objetivo é falar sobre amor, não inclua
outros assuntos para que a criança entenda bem a idéia proposta);
 Quem conta uma história deve conhecer muito bem a narrativa (não decorar, mas
saber bem a história); uma boa idéia é contar a história previamente para alguém,
solicitando que a pessoa comente a narrativa, auxiliando a suprir erros e lacunas na
história;
 O narrador deve passar segurança, por isso não deve iniciar se desculpando por não
saber contar direito a história ou por não ter preparado a narrativa. Lembre-se que é
possível adquirir a confiança em si mesmo através da prévia preparação e do ensaio
da história (as primeiras histórias serão mais difíceis, exigirão um preparo maior, mas
com o tempo e a prática as dificuldades tendem a diminuir);
 Seja autêntico ao contar a história: não tente fingir alegria ou tristeza, seja natural e
sincero, vivenciando aquilo que está sendo narrado;
 Quanto mais praticar, melhores ficarão as narrativas. Importante aliar criatividade à
humildade no momento de executar a tarefa;
 Se precisar usar alguma palavra que as crianças possam não compreender o
significado, substitua-a por um sinônimo mais fácil ou explique o que quer dizer;
 Ao escolher uma maneira para contar a história, é importante analisar o enredo e
qual o seu objetivo. Um método bastante usado para integrar os ouvintes é a
interrupção combinada, ou seja, o professor deixa previamente acertado que quando
falar uma frase específica, as crianças devem responder com uma palavra ou gesto
especial (ou então, sempre que indicado pelo narrador, emitem um efeito sonoro de
acordo com a história, como por exemplo, o som que faz o animal da história);
 Quando for utilizado material ilustrativo ou outro acessório, é essencial treinar a
seqüência dos acontecimentos, ligando-os à apresentação das gravuras ou cartazes;
 Ao contar uma história, lembre-se que as expressões faciais e gestos são tão
importantes como o tom e o som da voz. Aprender a exagerar emoções, desenvolver
diferentes vozes e personalidades, contar histórias em "bumerangue", isto é, dialogar
consigo mesmo.

SOBRE A HISTÓRIA

 As histórias podem ser reais ou imaginárias. Quando a história for verdadeira (os
fatos aconteceram realmente) pode-se salientar o fato, a fim de despertar maior
interesse das crianças.
 Certifique-se de que a história a ser narrada não é de conhecimento das crianças,
evitando o desinteresse e as interrupções de quem já conhece a narrativa. Lembre-
se, porém, que crianças com pouca idade gostam de ouvir/ver várias vezes a mesma
história ou filme; já as crianças maiores que conhecem antecipadamente a história,
se bem orientadas, podem contribuir com comentários, interrompendo apenas nos
momentos convencionados.
 Uma história é feita de:
 Introdução: É a parte inicial, preparatória. Tem por objetivo localizar o enredo da
história no tempo e no espaço, apresentar os personagens principais e caracterizá-
los. Deve ser curta, dar as informações necessárias para facilitar a compreensão do
que se vai escutar. A introdução diz: quando (Era uma vez...), onde (numa floresta
distante), quem (três porquinhos decidiram fazer uma casa para morar).
 Estabelece o contato inicial entre o narrador e o ouvinte, devendo ser enunciada com
voz clara, pausada, uniforme.
 Enredo ou desenvolvimento: Diz respeito à sucessão dos episódios, os conflitos que
surgem e a ação dos personagens. Esses episódios devem ser apresentados numa
seqüência bem ordenada, mantendo-se a expectativa até alcançar o clímax.
 Clímax: É o ponto culminante da história. Surge como uma resultante de todos os
acontecimentos que formam o enredo. As variações da voz do contador, com breves
e oportunas pausas preparam o momento culminante. É o momento de suspense em
que a criança espera com mais interesse o que vai acontecer a seguir; deve
emocionar, sem assustar.
 Desfecho: É a conclusão da história. Deve ser curta e sem explicações acerca da
moral da história, pois o ideal é que a criança entenda por si mesmo o que se quis
transmitir. Onde o contador aproveita para rematar os pontos principais da história.
 Observações sobre a estrutura da narrativa
 É importante ressaltar no enredo o que é essencial e o que são detalhes. O essencial
deve ser contado na íntegra e os detalhes podem fluir por conta da criatividade do
narrador no momento.
 Estudar uma história é também inventar as músicas ou adaptar a letra a músicas
conhecidas conforme a sugestão do texto, que são introduzidas no decorrer do
enredo ou no seu final.
 Quem se propõe a fazê-lo, adquire maior confiança, familiariza-se com os
personagens, vivencia emoções que poderá transmitir, fazendo adaptações
convenientes e trabalhando cada elemento com a devida técnica.
 Adaptar não significa modificar o texto aleatoriamente. As adaptações devem tornar
mais espontânea a linguagem escrita e dar um tom harmônico à narrativa como um
todo.

ESTRUTURA DA NARRATIVA

Ferramentas para se contar histórias

01) Como usar pausa, interrupções e mímicas


02) Como usar a entonação de voz
03) Postura corporal
04) Como inserir exemplos
05) Como não perder o foco
06) Como inserir exemplos musicais e onomatopaicos
07) Como interagir com o público
08) Necessidade de entusiasmo
09) Importância da leitura para o educador
10) Como saber encerrar a história
11) Como superar interrupções
12) Como manter a atenção
HISTÓRIA - A casa dos mil espelhos

Alguém aqui na sala já esteve num parque de diversões? (7)


Vocês gostaram? Qual o brinquedo que mais gostaram? (7)
Certa vez estive num parque de diversões onde havia um enorme labirinto. À medida que
a gente tentava encontrar a saída, e voltava sempre para a mesma sala, uma voz falava:
Oh não, de novo!!! (Dizer a frase gritando, com uma entonação bem cantada). Gostaria
que vocês me ajudassem a contar essa história, repetindo sempre essa frase, toda vez
que eu disser a palavra: RETORNAR, OK??? (Combina com a plateia e ensaia 2 ou 3
vezes). (1)
Alguém aqui já esteve na casa dos espelhos? (7)
Num vilarejo muuuuuuiiiiiiiito (esticando a palavra para dar intensidade) (2), distante, há
muuuuuuiiiiiiiito tempo atrás, apareceu um desses parques de diversão tão comuns no
interior.
Sabe gente, essa história de cidade do interior, me faz lembrar de uma cidadezinha onde
mora minha mãe, Itobí, onde não raro, os mais variados tipos de diversão, ocupava um
terreno vazio enorme, bem defronte à casa de minha mãe; parques de diversão, circos,
tendas de ciganos, etc. (4)
Bom, vamos RETORNAR. (1)
Mas naquele parque (retornando rapidamente a história principal) (5), uma das
principais atrações era a Casa dos Mil Espelhos. Era uma casa muito grande
(gesticulando, estendendo os braços, para dar a dimensão da casa) (1), e suas paredes
internas eram forradas de espelhos.
Aluno interrompe (11) e pergunta:
- Professor, eu estive numa casa desse jeitinho, e foi o maior barato, teve uma menina
que nem percebeu o espelho e deu de cara com um espelho, há, há, há!!!! (Demais
crianças, nós, riem também).
Pois é fulano, eu também ria muito das crianças que davam de cara nos espelhos!! (11)
Só que às vezes, podemos até nos machucar!! Mas certo dia, um pequeno cãozinho
resolveu visitá-la. Subiu rapidamente a escada que o separava da porta principal. Estava
muito feliz!!!
Ao chegar a porta, já um pouco cansado (abrir a boca, tirando a língua para fora e
respirando como um cachorro) (6), balançando o seu rabinho alegremente, olhou para
dentro, e para sua surpresa, lá estavam mil outros pequeninos cãezinhos, abanando os
rabinhos tão alegres e amigáveis como ele.
Comovido com aquela recepção, abriu um largo sorriso e de novo, surpresa, os mil
cãezinhos também sorriram. Deu um latido amigo: AU!! (6).
Desceu a escada pensando: “ Que lugar maravilhoso, quero outras vezes RETORNAR.
(1)
Ao RETORNAR (1) ao seu beco, o cachorrinho contou a história a todos, despertando
muita curiosidade; já viram aquelas fofoqueiras que ficam na porta de suas casas,
querendo saber das últimas novidades de todos? (7)
No dia seguinte, um outro pequeno cão, animado com as histórias de seu colega de beco,
porém não tão feliz quanto o primeiro (fazer careta denotando insatisfação) (1), quis
também conhecer o lugar. Subiu a escada e quando olhou para dentro (pausa
arregalando os olhos) (1), o que vocês acham que ele viu?? (7)
Ele viu algo aterrador (voz sombria), Mil outros cães com cara hostil, olhando fixamente
para ele. Assustado rosnou (rosnar e fazer caretas de mal), e mostrou os dentes. Ficou
desesperado ao ver mil cães, com os dentes afiados, rosnando com cara ameaçadora.
Saiu rapidamente (chorar como um cachorro), pensando: “...que lugar horrível (dizer
isso com respiração ofegante, como se tivesse passado por um momento de terror),
nunca mais pretendo RETORNAR.
Que imagem você vê na Casa dos Mil Espelhos?
O mundo que nos cerca, é um reflexo daquilo que você é. O que você dá, você recebe.

RAIO X da História

1. Apresentação: Quem, Onde, Quando, O que

2. Desenvolvimento: Como, Porquê?

3. Fechamento: A moral

NO MOMENTO DE CONTAR A HISTÓRIA

 Não inicie a história entrando direto na narrativa. É importante aguçar o interesse e a


curiosidade dos ouvintes sobre a história. Isso pode ser feito através de
conversações, gravuras, perguntas e outros recursos.
 É muito importante que as crianças estejam adequadamente acomodadas e
fisicamente bem próximas ao contador da história. A disposição em semicírculo ou em
forma de cineminha são muito utilizadas e eficientes.
 Se der branco, continue. Não faça caretas, nem se desculpe. Continue descrevendo
detalhes de cores e locais. Isso estimula a imaginação e ajuda a memória. Ou então
faça uma pausa, olhando todos nos olhos, como para levantar suspense (não olhe
para o chão). Use a criatividade e improvise!
 Se a história for lida, sua narrativa deve ser tão animada como se fosse contada
espontaneamente. É importante ler a história diretamente para as crianças, devagar,
fazendo pausas e olhando os ouvintes nos olhos. Ao se preparar, o narrador deve ler
a história diversas vezes, dramatizando a história, para não a deixar monótona.

LEMBRETES
 A primeira característica de um bom narrador é gostar de contar e ouvir histórias; ele
deve sentir a história, emocionando-se com a própria narrativa.
 Contar histórias interessantes e educativas que as crianças possam lembrar mais
tarde é uma arte que se aprende estudando e praticando.
 Uma boa história pode estimular os bons sentimentos, ajudar a desenvolver o
intelecto, trazer reflexão e conhecimento, sugerir soluções para os problemas
cotidianos e desenvolver virtudes.
SUGESTÕES DE TÉCNICAS PARA CONTAR HISTÓRIAS

 Ilustrações (cartolina, capas de livros, cadernos, etc.)


 Desenhos com giz no quadro (desenhar à medida que a história vai se desenrolando)
 Flanelógrafo (colocar figuras ao longo da história/ participação das crianças)
 Retroprojetor
 Filmes
 Fitas gravadas
 Teatro de sombra
 Teatro de bonecos
 Teatro de varetas
 Dramatização pelas crianças
 História vivenciada
 Histórias musicadas (o contador pode tocar algum instrumento, enquanto conta a
historia, usando sons para representar personagens ou fatos da história.)
 Pregador de roupa (pendurando figuras na corda, com pregadores de roupa)
 Fantoche de dedos
 Televisão de caixa de papelão
 Construção da história. Ex. Tipo caça ao tesouro, quebra –cabeça...
 História coletiva, cada um escreve ou desenha um pouco.
 Contação da história representando com o corpo.
 Caracterizar com acessórios cada personagem à medida que for narrando, recontar a
história trocando os acessórios.

SUGESTÕES DE ATIVIDADES ASSOCIADAS À LITERATURA INFANTIL

 Ouvir Histórias e poesias contadas ou lidas pelos alunos.


 Fazer coro falado de uma poesia (jogral).
 Discutir as partes da história que mais gostou e/ou menos.
 Incentivar a fazer um álbum de poesias favoritas.
 Fazer álbum de histórias recortadas de jornais/revistas/ livros, enfocando o tema em
debate.
 Comemorar a semana do livro.
 Ler e discutir histórias reais, de países, personalidades etc..
 Encorajar a criança a fazer poesias e histórias (colocar em murais para exposição).
 Lançar desafios: ilustrar história para a aula seguinte, etc..
 Pedir para as crianças que confeccionem fantoches, representando os personagens
da história.
 Confeccionar com as crianças um jogo da memória com os personagens da história.
 Confecção de histórias sobre a própria vida, ou uma experiência vivida relacionada
ao tema e depois construir um livro.
 “Você escolhe o final”, pedir a colaboração das crianças para elaboração de um outro
final para uma história. A partir da reflexão da seguinte frase “Você não pode fazer
um novo começo, mas pode construir um novo final”.

CONSELHOS VALIOSOS PARA QUEM PRETENDE SER UM CONTADOR DE


HISTÓRIAS.

 Aprenda a ouvir histórias, em primeiro lugar.


 Prepare-se estudando, pesquisando, ensaiando.
 Procure conhecer melhor as crianças, como funciona sua imaginação.
 Não tenha a pretensão de ensinar ou formar a criança. Apenas conte uma história.
 Pesquise e monte seu repertório. Com o tempo suas histórias ficarão mais fáceis de
contar. E ganharão vida, porque você estará acreditando nelas.
 Todos os recursos são válidos para chamar a atenção: cantar, dançar, usar sotaque.
 É sempre bom usar objetos que estimulem a imaginação: um lenço enrolado num
cabo de guarda chuva pode ser uma linda rainha vestindo sua capa.
 Procure desenvolver sua sensibilidade. Se você acreditar que o lenço é a capa da
rainha, a criança vai gostar mais do seu jeito de contar.
 Porém, procure sempre conhecer o universo das crianças para as quais você vai
contar a história. O sucesso ou fracasso dos recursos que você vai usar depende disso. O
lenço enrolado no cabo de guarda chuva pode não significar nada para elas.
 Descubra a pontuação da história: os momentos de respirar, de se surpreender.
Assim, a história ficará viva em você. E você se surpreenderá naquele momento, junto
com quem está ouvindo, mesmo que tenha contado a mesma história mais de 100 vezes.
 Antes de começar a história, organize um espaço sem muitos objetos, elementos e
movimentos que desviem a atenção de quem está ouvindo.
 No caso específico de hospitais, procure integrar à sua história os elementos que não
podem ser eliminados (medicamentos, enfermeiros, camas).
 Faça reuniões com os demais contadores. Contem histórias uns para os outros.
 Acredite no que está fazendo.
FAIXA ETÁRIA E INTERESSES

Até 3 anos Histórias de bichinhos, brinquedos, objetos, seres da natureza


(humanizados); histórias de crianças.
3 a 6 anos Histórias de repetição e acumulativos (Dona Baratinha, A Formiguinha e a
neve); histórias de fadas.
7 anos Histórias de crianças, animais e encantamento, aventuras no ambiente
próximo (ambiente familiar comunidade); histórias de fadas.
8 anos Histórias de fadas com enredo mais elaborado; histórias humorísticas.
9 anos Histórias de fadas; histórias vinculadas a realidade.
10 anos em Aventuras, narrativas de viagens, explorações, invenções. Fábulas, mitos
diante e lendas.

BIBLIOGRAFIA

www.vivaedeixeviver.org.br
www.searadomestre.com.br/evangelizacao/dicashistorias.doc
Contar histórias: uma arte sem idade. Maria Betty Coelho Silva. São Paulo: Ática, 1986
Contando e Encantando ...“A arte de contar histórias”. USE – União das sociedades espíritas do
Estado de São Paulo.

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