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M.Sc. Nvunda Tonet
Discentes:
1. Ana Araújo - 20170917
2. Leila Moreira – 20170158 (coord)
3. Mariana Almeida – 20170824
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Luanda / Angola / 2019
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Índice
1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................2
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.............................................................................4
2.1. O Divórcio..........................................................................................................4
5. INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA..........................................................................16
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................18
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................19
ANEXO 1........................................................................................................................20
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1. INTRODUÇÃO
Com o passar do tempo, este foco foi mudando para aquele que actualmente
predomina, ou seja, o casamento teria evoluído de uma dimensão instrumental de
sobrevivência, para uma dimensão afectivo-relacional moderna, perdendo o seu sentido
de perpetuidade e tornando-se mais vulnerável à dissolução. De facto, a sociedade
moderna, incentiva a selecção do parceiro conjugal na base dos afectos e não da
sobrevivência. Mas, o sentimento é mais efémero do que a sobrevivência, pelo que o
casamento baseado no amor, é mais vulnerável do que o baseado nas necessidades
económicas (Huston, Caughlin, Houts, Smith, & George 2001; Mitterauer & Sieder,
1983).
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Segundo Wallerstein e Blakeslee (1990) e Mikusko (2008), o divórcio quase
nunca é uma decisão mútua, e quando numa família há filhos a experiência é única. Em
alguns aspectos, é o mais parecido à morte de um ente querido, ambas as experiências
implicam alterações vitais, tanto internas, quanto externas. Ambas as experiências
implicam perda e dor, ambas implicam, como consequência, mudanças perduráveis na
vida quotidiana e ao nível das relações íntimas.
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1. O Divórcio
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provariam que o divórcio é por si só um factor de desestabilização e riso
psicopatológico.
Para Carter e Mcgoldrick (1995), o grau em que a família será afectada pelo
divórcio dependerá do Ciclo de Vida Familiar em que esta se encontra, já que o
rompimento gerará um desequilíbrio e necessitará de uma nova readequação de
contextos sociais, emocionais e econmicos de todos os envolvidos.
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perfil preditivo da adaptação ao divórcio, de acordo com as características
idiossincráticas a cada um dos estilos de vinculação.
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diferenças interindividuais ao nível da qualidade do relacionamento interpessoal, da
regulação emocional, das estratégias de prestação e procura de cuidados, das
competências de coping e do processamento e acção de/sobre as ameaças.
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de ruptura do casamento e pelo cônjuge que o segue, tanto no que se refere às
consequências interpessoais dos conflitos, no sentimento de desgosto e confiança
(Rosenstock, Rosenstock, & Weiner, 1988) como ao nível do conflito de identidade e
na redefinição de novos papéis no pós divórcio (Erickson, 1991; Kitching, 2008).
Diversos autores abordam fases que o casal vivencia por conta dos
envolvimentos emocionais relacionados ao divórcio e dos reajustes necessários na
família pós-divórcio.
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parentesco com as famílias envolvidas, a adaptação à vida separada. Ou seja, o casal
terá que lidar com a perda de uma vida á dois, para uma vida solitária. Vão ter que
reconstruir o parentesco com a família para que mesmo separados continuem unidos
em razão do bem estar do filho, caso existam filhos.
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inacessibilidade da figura de vinculação e a possibilidade da manutenção do laço com
a figura de vinculação, após a alteração das suas funções e tonalidades emocionais.
Da mesma forma que ocorre com o casamento, o divórcio é uma questão única
para cada dupla que se separa.
A presença de doença nos filhos também gera uma tensão ainda maior, sendo
que casamentos em que um dos filhos morre por doença ou acidente têm uma
tendência de cerca de 50% em terminarem no divórcio.
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podem determinar o fim do casamento. Com o passar do tempo, o casal tende a
remeter para segundo ou terceiro planos a manifestação de afectos e carinho. Esta
situação aliada à rotina do quotidiano, desencadeia um afastamento físico e
psicológico no casal, que senão for resolvido de forma precoce, aparece como efeito
bola de neve, podendo culminar em separação.
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4. IMPACTO EMOCIONAL DO DIVÓRCIO NA MULHER
Quando a separação não é uma decisão mútua, aquele que não quer se separar
acaba por ficar vulnerável a um desequilíbrio emocional, à baixa auto-estima,
sentimentos de impotência e humilhação. No entanto, quando a família consegue
negociar a crise de uma forma amigável, o impacto do divórcio poderá ser amenizado
na vida de cada um e, principalmente na dos filhos pequenos, se existirem.
O divórcio é uma bomba emocional. Quase sempre é mais difícil do que ambas
partes imaginavam. Diminui a auto-confiança, suscita a ira e os sentimentos de culpa,
cria insegurança e dificulta as relações interpessoais.
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sofrimento relacionadas com o divórcio. As diferenças, entre aquele que primeiro
abandona a relação e o que a abandona depois, dizem respeito mais à intensidade do
que à variedade e tonalidade dos sentimentos (Emery, 1994; Gray & Silver, 1990).
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A nível comunitário, durante o processo de separação, o indivíduo vai ter
necessidade de encontrar algum apoio nos seus familiares e amigos, que se podem
revelar menos ou mais presentes durante esta fase.
Para a mulher, mesmo quando é dela a iniciativa pela separação, fica sempre a
sensação de fracasso, de projecto de vida que não deu certo, a vergonha de ter de
admitir isso para a família. Contudo, este sentimento parece ser em menor proporção em
comparação com o do seu parceiro.
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do que aquelas que repartem as culpas da separação com o ex-cônjuge. (Enright &
Fitzgibbons, 2000).
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5. INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA
Sendo o divórcio uma crise importante na vida das pessoas que o enfrentam,
muitos procuram algum tipo de tratamento psicológico em decorrência do mesmo, seja
antes, durante, ou após a separação.
A maioria das pessoas, contudo, não o fazem, seja por não sentirem necessidade,
seja por falta de condições (ou não possuírem algum tratamento acessível) ou por falta
de conhecimento a respeito de auxílios psicológicos. Além disso, muitas vezes, no senso
comum, existe a idéia de que tratamentos psicológicos (psiquiátricos, psicoterapêuticos
ou psicanalíticos) fazem com que a pessoa que se trata termine por se separar.
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paciente. Para tal, poderá avaliar sintomas relacionados com a depressão, a ansiedade, o
pânico, sentimentos de raiva, nível de stress, risco de suicídio, etc. Neste sentido,
poderá utilizar alguns instrumentos específicos e também alguns questionários /
inventários para identificar dificuldades existentes no processo de separação, como por
exemplo, o inventário feminino de vivências do processo de separação ou divórcio,
rastreio para identificar mulheres com dificuldades no processo de adaptação ao
divórcio, que apresentamos no anexo 1 e que reúne as condições necessárias para ser
utilizado como instrumento.
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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Portanto, é fundamental que, a experiência do divórcio seja vivida pelo casal que
a enfrenta de forma equilibrada, com maturidade e respeito, para que sejam amenizadas
as consequências emocionais no ex casal.
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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
C. O. Ahrons. (1995). O bom divórcio: como manter a família unida quando o casamento
termina. Rio de Janeiro: Objeitva.
M. Graça Pereira, José Cunha Machado e Henrique Pinto. (2013). Validação do Inventário
Feminino de Vivências do Processo de Separação e Divórcio (IFVPSD). 0870-8231. Aná.
Psicológica vol.31 no.3 Lisboa set. 2013. Disponível em
http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312013000300006.
Acessado em 21-10-19 ás 15:11.
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ANEXO 1
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