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MANUAL PRÁTICO DE

METODOLOGIA DA PESQUISA
Com ênfase em Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
MONOGRAFIA e ARTIGO CIENTÍFICO
2a edição

Professores:
Ms. Arnaldo Magalhães
Esp. Luana Magalhães

Rio de Janeiro
2015
www.apmeducacao.com.br

Manual Prático de Metodologia da Pesquisa


MAGALHÃES, Arnaldo; MAGALHÃES, Luana;

Manual Prático de Metodologia da Pesquisa: com ênfase em Trabalho de


Conclusão de Curso – TCC – Monografia e Artigo Científico, 2ª ed.

Rio de Janeiro – RJ.


2011; 2015.

Páginas
Prefácio 2ª edição – revisada e ampliada.

Lá se vão três anos quando decidimos elaborar este Manual de Metodologia da


Pesquisa e, como sempre dizemos em sala de aula: “estamos sempre aprendendo,
inclusive com nosso alunos, porque as dúvidas deles, podem ser as nossas e as respostas
estarão ensinando a ambos alunos e professores”.

Assim, estamos não só atualizando este nosso trabalho, como ampliando com o
resultado da nossa experiência em salas de aulas.

Com certeza muita coisa mudou nestes três anos, principalmente a nossa
compreensão das dúvidas dos alunos, o que estaremos tentando enfatizar neste novo
trabalho.

Deixamos aqui o nosso agradecimento aos nossos alunos que, em muito nos
auxilia neste desafio que é dar aulas.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 01
2 CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO 02
2.1 Pós-graduação lato sensu 02
2.2 Pós-graduação srticto sensu 02
3 TRABALHOS ACADÊMICOS 04
4 TRABALHOS ACADÊMICOS NOS CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO-
SENSU 07
4.1 Monografia 07
4.2 Artigo Científico 09
5 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES 11
6 PROJETO DE PESQUISA 12
6.1 Projeto e TCC são duas coisas distintas 12
6.2 Tipos de pesquisa 13
6.2.1 Pesquisa Preliminar 14
6.2.2 Pesquisa Teórica 14
6.2.3 Pesquisa Aplicada 15
6.2.4 Pesquisa de Campo 15
6.3 Componentes do Projeto 16
6.3.1 Capa 16
6.3.2.Folha de rosto 18
6.3.3 Sumário 19
6.3.3.1 Explicando cada item do sumário 20
6.4.1 Título do trabalho 23
6.4.2 Introdução 23
6.4.3 Tema 24
6.4.4 Delimitação do tema 24
6.4.5 Problema 24
6.4.6 Hipótese 25
6.4.7 Objetivos 25
6.4.7.1 O objetivo apresenta-se de duas formas: geral e específico 26
6.4.8 Justificativa 26
6.4.9 Embasamento Teórico 27
6.4.10 Cronograma 28
6.4.11 Referências 28
7 ORIENTAÇÃO DOS TCCs 37
7.1 Orientação metodologica 37
7.2 Orientação acadêmica 37
7.3. Meio, fim e começo 38
8 FORMATAÇÃO DOS TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC) 40
8.1 Layout de página 40
8.2 Fonte 43
8.3 Da seção 44
8.3.1 das Seções e Subseções 44
8.3.2 dos títulos dos elementos pré-textuais 47
8.4 O espaçamento entrelinhas 47
8.5 Citação 48
8.5.1 Citação direta: duas formas 48
8.5.1.1 Citação direta 49
8.5.1.2 Citação direta: mais de três linhas 50
8.5.1.3 Citação direta: frase muito grande para ser citada 50
8.5.2. Citação indireta 51
8.5.3 Citação de citação (apud) 52
8.6. Notas de Rodapé 53
8.7 Figuras Realce 53
8.8 Referências 54
9 MONOGRAFIA 59
9.1 Elementos pré-textuais 62
9.2. Elementos textuais 64
9.3. Elementos pós-textuais 67
10 ARTIGO CIENTÍFICO : NBR 6022 da ABNT 76
10.1. Artigo de revisão 76
10.2. Artigo original 76
10.3 Artigo Científico 76
10.4 Estrutura 77
10.4.1 Elementos pré-textuais 77
10.4.2 Elementos textuais 77
10.4.3 Elementos pós-textuais 81
10.5 Estrutura do artigo científico 83
REFERÊNCIAS 85
1 INTRODUÇÃO

Após a aprovação em todas as diciplinas referentes ao seu curso de pós-graduação e ter,


no mínimo, 75% de presença nas aulas, o aluno chega ao último estágio do seu curso, o
chamado Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Para muitos, não é nenhuma novidade,
visto que algumas Instituições de Ensino Superior (IES) o exigem como requisito final para
aprovação em curso superior de graduação. O TCC é uma exigência do Conselho Nacional de
Educação (CNE) para cursos de pós-graduação lato sensu, conforme preve na Resolução
CNE/CES nº01 de 20071

Estes trabalhos acadêmicos deverão ser elaborados dentro das normas estabelecidas pela
ABNT (Associação Brasileira de Norma Técnicas), pois servirão de fonte de consulta para
futuras pesquisas.

Para melhor entendimento, apresentamos o seguinte fluxograma:

1
http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rces001_07.pdf - Acessado em 06 de novembro de 2013.
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

2 CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO

A seguir apresentamos uma breve explicação sobre cursos de pós-graduação e seus


respectivos Trabalhos de Conclusão de Curso – TCC.

2.1 Pós-graduação lato-sensu

Na pós-graduação lato sensu, mais conhecida como pós-graduação encontramos dois tipos
de curso (conforme fluxograma supracitado) a especialização e os MBA – Master Business
Administration termo importado dos Estados Unidos da América referente aos cursos de pós-
graduação na área de administração. Em ambos os cursos para a sua conclusão deverá ser
elaborado um TCC – Trabalho de Conclusão de Curso, e este deverá ser escolhido a critério
da coordenação acadêmica do curso entre monografia, artigo científico e estudo de caso ( ou
case – termo em inglês).

Esses cursos seguem uma regulamentação especial. Serão oferecidos


por instituições de ensino superior, independem de autorização, reconhecimento e renovação
de reconhecimento e devem atender ao disposto na Resolução CNE/CES nº 1, de 8 de junho
de 20072.

2.2 Pós-graduação strictu-senso

Na pós-graduação strictu-sensu encontramos o Mestrado e o Doutorado. Esses cursos


também são pós-graduação e o Conselho Nacional de Educação também tem uma resolução
para eles (Resolução CNE/CES nº 1/2001, alterada pela Resolução CNE/CES nº 24/20023).
Na verdade tudo o que estudamos, de forma ordenada, com mais de 360 horas de aula e
atendendo aos requisitos estabelecidos pelas autoridades responsáveis de ensino e ao edital de
seleção dos alunos (art. 44, III, Lei nº 9.394/1996.), após a graduação é uma pós-graduação.
2
- http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rces001_07.pdf - Acessado em 14 de janeiro de 2015.
3
http://mecsrv125.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=385&Itemid
=316 Acessado em 14 de janeiro de 2015.
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Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

O programa de estudo do Mestrado e do Doutorado apresentam duas fases. A primeira fase


compreende a freqüência às aulas e seminários, culminando com um exame geral que
verifique o aproveitamento e a capacidade do aluno. No segunda fase o aluno se dedicará
mais a uma linha de pesquisa da matéria de opção, preparando a dissertação ou tese e
apresentará os resultados.
Conforme Parecer nº 977/65, C.E.Su4

Embora o mestrado e o doutorado represente um


escalonamento da pós-graduação, esses cursos podem ser
considerados como relativamente autônomos. Isto é, o
mestrado não constitui obrigatoriamente requisito prévio
para inscrição no curso de doutorado.

No caso do Mestrado e Doutorado a grande diferença está no TCC – Trabalho de


Conclusão de curso que no Mestrado chama-se Dissertação e no Doutorado,chama-se Tese,
ambos defendido para uma banca.

Segundo ECO (2012)


...elaborar uma tese significa: (1)identificar um tema
preciso; (2)recolher documentos dobre ele; (3)pôr em
ordem estes documentos; (4)reexaminar em primeira mão
o tema à luz da documentação recolhida; (5)dar forma
orgânica a todas as reflexões precedentes; (6)empenhar-
se para que o leitor compreenda o que se quis dizer e
possa, se for o caso, recorrer à mesma documentação a
fim de retomar o tema por conta própria. (p. 5)

4
http://www.capes.gov.br/images/stories/download/legislacao/Parecer_CESU_977_1965.pdf Acessado em 15 de
dezembro de 2014.
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Manual Prático de Metodologia da Pesquisa
3 TRABALHOS ACADÊMICOS

Trabalho acadêmico é um texto apresentado como resultado de uma pesquisa


fundamentada, normalmente requerido como requisito parcial para aprovação em
determinados cursos. Estes trabalhos, no âmbito da pós-graduação, são conhecidos como TCC
e, revestidos de normas técnicas, servem de base para produção científica e futuras pesquisas.

É comum e até compreensivel que os alunos queiram externar os seus conhecimentos na


elaboração de textos em trabalhos acadêmicos, porém é preciso que se entenda que trabalho
acadêmico é trabalho de pequisa e, como tal, precisa ser elaborado com base em
fundamentação, pesquisa, comprovação.

Constumamos explicar que um texto livre onde o autor expressa a sua opinião sem se
preocupar com nenhuma regra científica, metodologica, formal ou empírica chama-se livro de
ficção. Na elaboração de um livro o autor tem total liberdade de escrever, relatar, expor ideias
da maneira que quiser sem que haja um compromisso com a comprovação, com regras
metodologicas, enfim, ele está totalmente livre para escrever o que quiser. Claro que sempre
haverá um compromisso com a ética e a verdade, mas isso é tema para outras explicações que
não cabem aqui.

Nesta linha, devemos citar os livros didáticos, pois uma vez que estes possuem um objetivo
didático, acadêmico, estão sujeitos a regras, assim como os trabalhos acadêmicos. Cada
editora irá apresentar suas regras e normas, assim como as universidades, que apresentam
regras e normas para elaboração dos trabalhos acadêmicos. A ABNT (Associação Brasileira
de Normas e Técnicas) apresenta normas gerais e as universidades e as editoras criam suas
regras específicas.

Um bom exemplo são livros sobre direito constitucional, escritos por renomados
doutrinadores e, até por ministros do Supremo Tribunal, onde estes magistrados, muito
conhecidos por seu amplo domínio do tema e experiência inquestionável constumam fazer
várias citações (para fundamentar suas opiniões). Repare que mesmo estes expoentes da
doutrina jurídica preocupam-se em fundamentar as questões por eles abordada.
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Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

Assim, queremos que os alunos percebam e se concientizem que trabalho acadêmico, seja
ele qual for, precisa ser revestido de pesquisa e fundamentação. No mundo acadêmico a
experiência é muito importante e bem vinda, mas na produção de trabalhos acadêmicos isto
não é o mais importante. O que importa é a pesquisa, a metodologia adotada e a
fundamentação das ideias apresentadas.

Nessa hora gostamos de citar Miguel Reale ("Filosofia do Direito", paginas 53 à 55), onde
tem que conhecimento é uma conquista, uma apreensão espiritual de algo. Ele, ainda,
complementa que todo e qualquer trabalho cientifico está subordinado sempre a um esforço
de apreensão do real. Em Reale tiramos, ainda, a noção de que o conhecimento pode ser
classificado em vulgar, em primeiro grau, e cientifico, em segundo grau. Ou seja, o
conhecimento vulgar, e aquela impressão, noção que temos de algo; já o conhecimento
cientifico, e algo mais palpável, é o conhecimento verificado.

É muito importante enfatizar que trabalhos acadêmicos cientificos servem de base para
pesquisas, não só na elaboração de dissertações de mestrado, mas, também, na elaboração de
teses, requisito necessário para a titulação de doutor.

Porém, esses trabalhos acadêmicos precisam estar revestidos dos requisitos exigidos pela
ABNT e demonstrar credibilidade, ou seja, o pesquisador precisa confiar no trabalho de
monografia ou artigo científico pesquisado, caso contrário, tal trabalho será imediatamente
descartado.

Nestes casos, além de verificar, através da introdução e sumário o desenvolvimento do


trabalho, o pesquisador procura verificar se as normas inerentes as formalidades mínimas
exigidas foram observadas.

Não podemos esquecer também de mencionar que a referência é um componente muito


importante, isso já demonstra o quanto de pesquisa foi dispendida na elaboração do trabalho.

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Manual Prático de Metodologia da Pesquisa
No que isso tudo é importante? A importância reside no fato que o aluno começa a ter seu
nome divulgado no mundo acadêmico e isso ajuda muito na conquista de oportunidades para
dar aulas. Aqueles que vivem no mundo acadêmico, por exemplo, sabem que ser um
doutrinador começa por esse caminho, pelo fato de ter suas obras mencionadas em trabalhos e
ter seu nome várias vezes mencionados.

É possivel compreender que a produção científica, muito importante para evolução da


ciência e das avaliações das IES (Instituição de Ensino Superior), partem dos trabalhos
produzidos pelo corpo docente e dicente, sem estes, não há evolução. Não pensem apenas em
trabalhos acadêmicos juridicos, contábil, entre outros. Mas pensem em trabalhos acadêmicos
para toda a ciência.

Para que tenhamos alcançado esse objetivo precisamos de produções científicas efetuadas
dentro de critérios acadêmicos que, no futuro, sirvam de base para atingir essa meta.

Obviamente que um projeto ambicioso como esse necessita da participação de muitos


talentos, de muita troca de experiências e do esforço dos alunos dos nossos cursos que,
normalmente, trazem consigo muito conhecimento teórico e prático, adquirido através de
estudos e no dia-a-dia dos suas atividades. E, mesmo aqueles que ainda não possuem prática,
mas possuem a salutar disposição para pesquisar e aprender, tenham certeza de esses
trabalhos de hoje, trarão frutos no futuro.

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Manual Prático de Metodologia da Pesquisa
4 TRABALHOS ACADÊMICOS NOS CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO-
SENSU.

Normalmente adotamos como TCC a monografia e o artigo científico por entendermos que
melhor se adequam ao desenvolvimento de pesquisas nos nossos cursos de pós-graduação
lato-sensu.

Falaremos separadamente de cada um destes tipos de TCC, mas, antes, permita-nos


explicar as diferenças fundamentais entre eles, mas sempre reiterando que são trabalhos
acadêmicos e, como tal, precisam seguir metodologia, regras e estarem fundamentados.

4.1 Monografia

Conforme PRODANOV e FREITAS (2013).

A monografia representa o estudo aprofundado sobre um


só assunto, sendo esse termo de origem grega, que, no
sentido etimológico, significa mónos (uma só) e graphein
(escrever). O estudo monográfico é resultante de
investigação científica que se caracteriza pela abordagem
de um tema único, específico, com a finalidade de
apresentar uma contribuição importante, original e pessoal
à ciência. (p.170)

A monografia é um TCC que, após a escolha do tema a ser pesquisado, parte de um


problema e, deste, surgi uma hipótese e, para que esta seja confirmada (ou não), deverá ser
desenvolvida uma pesquisa.

PROBLEMA HIPÓTESE PESQUISA

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Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

Exemplo (é bom ressaltar que no exemplo a seguir o autor, em momento algum, se coloca
em uma posição mediante uma pesquisa. Logo, é óbvio que muitas conjecturas podem surgir
a partir das ideias aqui apresentadas. Porém, o que nos interessa é como se forma o
pensamento que leva a elaboração de uma monografia):

Em uma pós-graduação lato-sensu em Didática do Ensino Superior a ideia era


pesquisar sobre o grande número de reprovação que vem ocorrendo nos exames da OAB.

Em princípio o autor da monografia se questionou sobre a linha seguida no ensino de


graduação no Brasil. Este entende, que a linha é profissionalizante, tanto que ainda que o
aluno se gradue, nem todos as linhas de conhecimento exigem prova de suficiência. Mas o
que já pairava na cabeça deste autor era que há muita teoria e pouca prática na maioria dos
cursos de graduação.

Assim, surge a seguinte questão: o grande índice de reprovação nos exames da OAB
se dá porque a maior parte do curso de graduação se desenvolve com teoria, ainda que haja a
questão do estagiário, e na prova a parte mais dificil são as questões discursivas que requerem
prática? (aqui surge o problema)

Bem, o autor estava na linha já apresentada em que existe uma diferença entre o
ensino (principalmente teórico) adotado pelas faculdades e a avalição (principalmente prática)
requerida nos exames de suficiência. (esta é a hipótese)

Para que se chegasse a uma “conclusão” precisa ser feita uma pesquisa sobre o tema.
Ao final da pesquisa você verificará se sua hipótese de confirma ou não.

Mais a frente ampliaremos todas estas questões que, neste momento, estão sendo
apresentadas de forma muito sucinta, mas o que pretendemos demonstrar é como se “cria” um
trabalho acadêmico.

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Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

Também mais a frente abordaremos com mais profundidade o tema, delimitação,


justificativa, objetivos, entre alguns outros aspectos igualmente importantes.

Mas o que pretendemos que fique claro para os alunos é que uma monografia parte de
uma “dúvida”, de um “questionamento”, que resulta em uma hipótese e, assim nasce a
pesquisa.

Gostamos de enfatizar este detalhe para que os alunos compreendam que uma
monografia não é escrever sobre um tema e sim pesquisar sobre um tema. Costumamos dizer
que escrever sobre um tema é livro e, como já explicamos, escrever livro não é
necessariamente uma tarefa acadêmica.

Por exemplo, se quisermos escrever um livro sobre a temática - Exames da OAB (um
olhar sobre o exame) -podemos simplesmemte emitir nossa opiniões, sem nos preocuparmos
em fundamentar nada. Será um bom livro? Terá credibilidade o que estamos apresentadando?
Acreditamos que sim. Porém, fica a indagação: terá algum valor acadêmico? Acreditamos que
não, até porque não há fundamentação, as opiniões nele contidas não se sustentam por
pesquisas, é mera opinião.

4.2 Artigo Científico

Um artigo científico parte de uma ideia a ser debatida, uma crítica (que pode ser a
favor ou contra), enfim, pode-se debater ideias, métodos, técnicas, processos, nas diversas
áreas do conhecimento. No artigo científico o autor é mais livre para expor suas ideias, seu
pensamento. Porém, importantíssimo lembrar que, no que se refere a trabalhos acadêmicos, o
artigo científico precisará ser fruto de pesquisa e ser fundamentado e não uma exposição de
ideias do autor.

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Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

O artigo científico também parte de uma hipótese, alias aproveitamos mais uma vez
para explicar que trabalho acadêmico, normalmente, parte de uma hipótese. Costumamos
dizer que não se pesquisa o que já é fato cientificamente comprovado (e que mesmo na
ciência existem controvérsia sobre), a pesquisa sempre nasce de uma dúvida, de uma hipótese,
ou de um questionamento.

Uma das maneiras mais fáceis de se fazer um artigo científico é partindo de algo já
apresentando e, assim, a crítica (reafirmando a favor ou contra) já tem sua base de concepção.

O artigo científico é um texto objetivo onde o autor vai direito ao ponto que se quer
debater, se atendo a este e não focando-se com muitos conceitos, definições, princípios,
enfim, forma de textualização mais aplicada a monografias.

No desenvolvimento do artigo cientifico não se constuma abrir seção para definições,


conceitos, princípios, fundamentos contitucionais, enfim, itens mais afetos a monografia. No
artigo cientifico o autor vai direto ao ponto, centrando o desenvolvimento do seu trabalho no
cerne da questão. Isso não significa que não precise conceituar alguns detalhes! O conceito
pode existir, mas quando convir esta explicação na elaboração do trabalho.

Na seção específica desta obra estaremos abordando isto com mais profundidada.

Mas, apenas como resumo e para melhor fixação, temos que a monografia parte de um
questionamento, uma dúvida e o artigo científico também parte de uma dúvida, mas seu
desenvolvimento será mais objetivo.
5 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

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Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

5 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES.

Alguns alunos entendem, equivocadamente, que TCC é um tipo de trabalho


acadêmico, o que, na verdade, não é.

TCC - Trabalho de Conclusão de Curso é um nome genérico que se atribui ao trabalho


que deve ser entregue como complementação final de um curso de pós-graduação, para que o
aluno seja aprovado. Melhor explicando: para que o aluno seja aprovado numa pós-graduação
é necessário que este tenha: mínimo de 75% de presença em cada disciplina, obtenha nota
mínima requerida (sete) no seu curso em cada disciplina e apresente um TCC, no qual deverá
ter nota requerida (também nota mínima sete), para, ai sim, obter sua aprovação no curso de
pós-graduação em que tenha cursado.

Atingindo as regras acima, o aluno obterá o seu CERTIFICADO (e não diploma) de


especialista na pós-graduação lato-sensu, de acordo com a Resolução informada.

Mas voltando especificamente ao TCC para melhor entendimento:

Na pós-graduação lato-sensu você poderá elaborar como um TCC, uma monografia,


um artigo científico ou um estudo de caso, entre outros.

Apenas reforçando, haja vista sempre surgir esta dúvida em sala de aula – TCC é
gênero e, como tal, se desdobra na espécie de trabalho adequado a cada tipo de pós-graduação
e a escolha da coordenação do curso no caso de pós-graduação lato-sensu.

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Manual Prático de Metodologia da Pesquisa
6 PROJETO DE PESQUISA

Conforme BRENNER (2007, p 27) toda atividade humana sistemática é planejada, o


projeto de pesquisa é o planejamento de uma pesquisa que tem pretenção em ser realizada.

O projeto dá ao pesquisador a possibilidade de ver qual caminho sua pesquisa poderá


tomar, antes de começar a escrever seu trabalho. Assim, antecipando dificuldades e
facilitando o trabalho.

Esta será a 1ª etapa do seu TCC.

Nesse primeiro momento o aluno deve pensar em um tema, uma idéia que gostaria de
pesquisar. É o ponto de partida para a elaboração do seu TCC.

Alguns alunos constumam pedir sugestão sobre tema a ser perquisado. Costumamos
dizer que esta ajuda é muito difícil para o orientador/professor, haja vista, que o aluno precisa
pesquisar um tema que o encante, que ele goste, para não se decepcionar e desistir depois do
trabalho começado. Tema a ser pesquisado é algo personalíssimo.

Não é somente na Pós-graduação lato sensu que é apresentado um projeto de pesquisa. Nos
cursos de Mestrado e Doutorado o candidato, a fim de ingressar nesses cursos, deve elaborar
um projeto de pesquisa e apresentar à uma banca (este é apenas um dos critérios para
aprovação do ingresso em curso “stricto sensu), ainda existe a prova em línguas estrangeiras e
especificas).

Agora a frente estudaremos quais são os elementos básicos de um projeto de pesquisa.

6.1 Projeto e TCC são duas coisas distintas:

Iniciamos este tema enfatizando que PROJETO é algo que se PRETENDE fazer e TCC
é o “relatório” de uma pesquisa concluída.

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Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

Temos notado que alguns alunos desenvolvem o PROJETO de forma extensa, com muitos
detalhes, referências, etc, como se estivesse fazendo o seu TCC. E NÃO É ISSO, reiteramos,
PROJETO é apenas para que o aluno pense o seu trabalho e “anote” o que e como
PRETENDE desenvolver o seu TCC, e não para desenvolvê-lo (o projeto) como se já fosse o
trabalho.

O projeto: propõe um objetivo buscando solucionar um problema. Trata-se de um plano


de pesquisa onde o pesquisador busca a clareza do caminho a ser percorrido e as etapas a
serem transpostas para garantir a viabilidade da pesquisa.

TCC é a exposição dos resultados do trabalho desenvolvido de acordo com o projeto


previamente estabelecido, como se fosse o relatório final de um trabalho.

Projeto é o que se pretende fazer, pesquisar; TCC é o relato do resultado da pesquisa.

6.2 Tipos de pesquisa

No Projeto de Pesquisa o aluno deve pensar a como pretende desenvolvê-lo e isto passa
pela forma de pesquisa que o aluno irá adotar. Claro que o aluno pode desenvolvê-lo adotando
uma ou mais formas de pesquisa.

De acordo com LAROSA E AYRES (2005):

A pesquisa científica, partindo dos mesmos princípios


mencionados, utiliza métodos e técnicas para a correta
identificação do problema, a observação da realidade, a
verificação e a mensuração dos resultados, de forma
sistemática e racional. As conclusões obtidas em pesquisas
feitas desta forma metodológicas permitem que o
conhecimento científico adquirido tenha precisão e
objetividade.(p.33)

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Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

Para melhor entendimento apresentamos as formas de pesquisa mais utilizadas nos nossos
tipos de trabalho:

6.2.1 Pesquisa Preliminar

Esta é a forma de pesquisa que recomendamos seja sempre adotada, a menos que o aluno
já tenha feito ou participado de pesquisa anterior. A pesquisa preliminar é aquela que deve ser
sempre feita antes que o aluno comece a desenvolver o seu Projeto de Pesquisa para que este
tenha certeza de que escolheu o tema certo e que é algo que realmente aguçou a sua
curiosidade.

Outro fator interessante que se descobre na pesquisa preliminar é que a pesquisa poderá
requerer que o aluno utilize vários outros caminhos. O mais comum e mais utilizado é a
pesquisa bibliográfica, por exemplo, mas o pesquisador percebe que só está nao será
suficiente para que desenvolver o seu trabalho. Pode ser até necessário adotar a pesquisa de
campo (que mais a frente estaremos explicando).

6.2.2 Pesquisa Teórica

A pesquisa teórica é a mais comum das utilizadas na maioria dos TCCs na nossa área de
atuação, até porque é muito mais simples pesquisar em livros, períodicos, revistas
especializada, sites entre outras, do que a pesquisa de campo, por exemplo.
Neste tipo de pesquisa o embasamento teórico é todo desenvolvido do material citado
acima.

14
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

6.2.3. Pesquisa Aplicada

A pesquisa aplicada busca o conhecimento para sua aplicação imediata, visa a solução
prática, imediata de problemas. Neste tipo de pesquia o aluno ou pesquisador é estimulado
pela necessidade de encontrar uma aplicação imediata para o resultado alcançado.

6.2.4. Pesquisa de Campo

Na pesquisa de campo o aluno se desloca para o local onde colherá informações para o seu
trabalho. Um bom exemplo de pesquisa de campo são as entrevistas com pessoas envolvidas
no tema que se quer pesquisar.

É muito importante que neste tipo de pesquisa o pesquisador crie um questionário de


perguntas, para que estas sejam sempre as mesmas feitas aos entrevistados. Assim, com
certeza, além de seguir um padrão, uma metodologia, será muito mais fácil tabular as
respostas. O ideal também é que já se crie um padrão de respostas do tipo, sim ou não, ou
entre 1 e 5, enfim, algo que na elaboração do TCC fique bem mais fácil de apresentar as
respostas.

Exemplo:

Suponhamos que o pesquisador crie um questionário com 50 perguntas e que estas


perguntas permitam que cada entrevistado responda o que bem entender. Imagine com será
para tabular as respostas e, feito isso, analisar as respostas, procurando interpretá-las para ver
quais convergem para o mesmo ponto, se realmente convergem, se são muito diferentes, etc.

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Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

Assim, fica a sugestão de que nestes casos se crie um questionário com o mínimo de
perguntas possíveis e que as respostas sejam pré-determinadas e as mais simples possiveis.

A intenção em apresentar alguns tipos de pesquisa é para que os alunos melhor


compreendam que o campo da pesquisa é muito amplo e, por vezes, o melhor é escolher um
caminho, um tipo de pesquisa para seguir.

6.3 Componentes do projeto

Entendemos que a melhor maneira de compreender a elaboracao de um Projeto de


Pesquisa é visualizar algo pronto. Neste sentido, estaremos, mais a frente, apresentando o
modelo de Projeto de Pesquisa que geralmente adotamos.
Mas, para um melhor entendimento, estaremos, a seguir, apresentando as seções de um
projeto:

6.3.1. Capa

A capa do Projeto de Pesquisa é muito semelhante a capa de uma monografia. Nesta, no


modelo que adotamos, no topo da página deve constar o nome da Universidade, a Pró-
Reitoria, e o curso de pós-graduação que está fazendo.
Além disso, mais ou menos no meio da página, o título do trabalho e nome completo do
aluno em negrito.
No final da página deve constar o local e ano em que o projeto está sendo elaborado.
Segue exemplo na página seguinte.

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Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

UNIVERSIDADE ...............................
Pró-reitoria de Pós-graduação e Pesquisa
Curso de Pós-graduação lato sensu em ..........

TÍTULO DO TRABALHO
Subtítulo (se houver)

Projeto de Pesquisa

NOME DO AUTOR

Rio de Janeiro
2015

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Manual Prático de Metodologia da Pesquisa
6.3.2 Folha de Rosto

A folha de rosto se assemelha muito a capa, com pequenos detalhes a mais, como a
colocação de que o TCC é um trabalho apresentado como requisito para aprovação na
disciplina metodologia da pesquisa. Há, ainda, se for o caso, local para a apresentação do
professor orientador, com sua titulação acadêmica.
Exemplo:

UNIVERSIDADE .............
Pró-reitoria de Pós-graduação e Pesquisa
Curso de Pós-graduação lato sensu em ........................

TÍTULO DO TRABALHO
Subtítulo (se houver)

Projeto de Pesquisa apresentado no Curso de Pós-


Graduação em ............... da Universidade ..... – Rio
de Janeiro, como trabalho da disciplina Metodologia
da pesquisa.

Orientador: Prof. (título acadêmico)


(se não houver orientador não colocar)

Rio de Janeiro
2015

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Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

6.3.3 Sumário

O sumário é onde o pesquisador (aluno) tem a oportunidade de pensar e estruturar o seu


trabalho. Vamos pensar da seguinte maneira:

A partir do tema o aluno, após delimitá-lo, parte do seu problema, para criar uma
hipótese e traça, assim, os objetivos do seu trabalho. Na medida em que estas questões são
pensadas, surge a justificativa, ou seja, o que justifica o trabalho, a pesquisa que será
realizada. Pórem, para desenvolver este trabalho o aluno precisa de fontes de pesquisa, onde
pesquisar, nascendo, dai, o embasamento teórico, ou melhor, baseado no que a hipótese será
pesquisada. Nunca é demais lembrar que todo trabalho acadêmico precisa ser fundamentado e
esta estará baseada em pesquisa dos mais variados tipos.

Para que o próprio aluno não perca o seu prazo de entrega do trabalho (o prazo de entrega,
segundo Resolução do Conselho Nacional de Educação, em conjunto com o Câmara de
Ensino Superior CNE/CES é de 180 dias, após o último dia de aula) o melhor é fazer um
cronograma e tentar persegui-lo.

Por fim, as referências. Para que o aluno inicie o seu projeto é recomendável pesquisar
algumas obras, ler alguns artigos, monografias, enfim, fazer uma pesquisa prévia. A pesquisa
prévia ajuda o aluno a decidir se está na linha certa para desenvolver o seu TCC. Por vezes,
ouvimos de alunos que querem desistir do tema por já haver muitos TCCs neste sentido. A
pesquisa tenta evitar esta situação.

Antes de detalharmos o sumário é muito importante que o aluno entenda que tudo o que
será escrito, apresentado no Projeto de Pesquisa parte de pretenções ou seja, de algo que o
aluno pesquisador PRETENDE fazer. Estamos enfatizando isso, porque muitos alunos tem o
hábito de redigir o Projeto de Pesquisa como se o TCC já estivesse pronto, como se a pesquisa
já tivesse sido realizada.

19
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

Resumindo, o que o aluno estará elaborando é um PROJETO e, como tal, parte de


pretenções, do que se pretende, o que se imagina que resultará em pesquisa.

Para melhor visualização do sumário, assim o apresentamos:

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO
2. TEMA
2.1. Delimitação do tema
3. PROBLEMA
4. HIPÓTESE
5. OBJETIVOS
5.1. Gerais
5.2. Específicos
6. JUSTIFICATIVA
7. EMBASAMENTO TEÓRICO
8. CRONOGRAMA
9. REFERÊNCIAS

A pesquisa bibliográfica é utilizada em todas as pesquisas, seja


na busca de fundamentação teórica para o tema desenvolvido,
seja na busca da informação para a própria pesquisa, quando ela
é teórica...(BRENNER: 2007, p.15)

6.3.3.1 Explicando cada item do sumário

Para uma melhor compreensão do desenvolvimento do Projeto de Pesquisa, a seguir vamos


explicando, item a item, como estes devem ser elaborados.

20
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa
Mas antes, para que os exemplos apresentados façam sentido, vamos partir para um
situação real, assim, acreditamos que didaticamente ficará mais fácil a compreensão.
Obviamente que a questão a seguir é um ponto de vista, apenas isso, do qual surgiu um
problema que resultou em uma hipótese.

Vamos à dois exemplos de elaboração de idéia para uma pesquisa:

Na área de MBA:

Em 2006 muito se falava que o cheque iria, em breve, acabar. Por outro lado, quando era e
ainda são divulgados os números de cheques na compensação, causa estranheza pelo enorme
número que se apresenta. Logo, ficava, como fica uma dúvida: o cheque irá ou não acabar?
Podemos chamar a isso de problema.

Se há este enorme número de cheques transitando na Câmara de Compensação de


Cheques, o que está acontecendo? Será que vai acabar mesmo? Problema.

Depois de alguma pesquisa prévia começamos a notar que a concentração desses cheques
era em pequenos comerciantes, principalmente de bairro, no varejo e, assim, a pesquisa
deveria focar este nicho, ou seja, pequenos comerciantes, de shoppings ou bairros e, mais
especificamente na zona oeste. Delimitação da pesquisa.

Diante do que havia sido levantado começavasse a pensar que o cheque não iria acabar tão
cedo. Hipótese

Diante disso, resta a pesquisa. O resultado da pesquisa responderá a esssa pergunta: o


cheque irá em breve acabar?

21
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

Muitos detalhes teriamos para contar sobre isso, mas fiquemos apenas no resultado: não,
não iria acabar tão cedo, como não acabou. Pode ter diminuido muito, mas não acabou.

Ou exemplo:

Na área juridica:

Partindo-se da premissa que um código não é elaborado para “defender” uma das partes em
um litigio, não nos agrada o nome “defesa” no Código de Defesa do Consumidor (CDC).

Antes de avançarmos é muito importante compreender que não estamos criticando ou


discordando do CDC, mas somente nos atendo ao nome deste, seu título.

Bem, a partir do momento em que o título do CDC não nos agrada, surge um problema. A
partir deste problema, temos a hipótese de que o nome poderia ser diferente.

Agora que já temos um problema e uma hipótese, vamos elaborar o nosso Projeto de
Pesquisa.

Importantíssimo que o aluno compreenda que esta é apenas uma hipótese (na verdade um
ponto de vista) na qual nos balizamos para apresentar os exemplos a seguir, apenas estamos
defendendo um ponto de vista (hipótese).

22
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa
6.4.1 Título do trabalho

Entendemos que o Título do trabalho já deve remeter o leitor a entender o foco da


pesquisa. Não há obrigação de que assim seja, mas é só perceberem que normalmente
compramos um livro pelo seu título, ou seja, é isso que estimula a leitura. Portanto, capriche
no Título.

Ex. Código de Defesa do Consumidor: um código tendencioso?

6.4.2 Introdução

A introdução é a última seção a ser elaborada pelo aluno. Nesta deve-se explicar a
pesquisa que se PRETENDE desenvolver, apresentando genericamente o tema, anunciar a
idéia básica, delimitar o foco da pesquisa, situar o tema dentro do contexto geral da sua área
de trabalho, descrever as motivações que levaram à escolha do tema.

É interessante, também, explicar o que o leitor encontrará em cada seção do trabalho.

Por que dizemos que a introdução deve ser a última seção a ser elaborada. Porque só após
o aluno entender e planejar o que vai ser desenvolvido na pesquisa é que este deve explicar
como pretende fazê-lo.
(obs: os títulos das seções deverão ser sempre em caixa alta e negrito e numerado. Ex. 1
INTRODUÇÃO).

A introdução do PROJETO é para você discorrer um pouco sobre o tema, mas,


principalmente, para descrever como PRETENDE desenvolver o TCC, onde PRETENDE
pesquisar, que linha PRETENDE seguir, que hipótese PRETENDE pesquisar. Como é um
PROJETO você deve escrever como pretensão, até porque não é o seu trabalho e sim uma
ideia do que pretende fazer.

6.4.3 Tema

23
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa
Definir o objeto de análise: O QUÊ SERÁ PESQUISADO?

Exemplo: a pesquisa parte da hipótese que o CDC poderia ter outro nome que remetesse a
um equilibrio entre as partes, nas relações de consumo.

O tema é na verdade o assunto que será tratado se identificando com o próprio objeto da
pesquisa. Devemos observar, no entanto, que só o tema não é o suficiente para iniciarmos
uma pesquisa, pois ele é tão somente um ponto de partida.

6.4.4. Delimitação do Tema

A princípio o tema se apresenta bastante amplo e deverá ser limitado. A delimitação do


tema é um RECORTE dentro do objeto de sua pesquisa para que fique o mais
específico possível. Assim sendo na maioria das vezes o título do trabalho acaba sendo igual
ou muito próximo da delimitação do tema.

Ex: a pesquisa buscará verificar se há alternativa para a palavra “defesa” no título do


Código. A pesquisa não pretende verificar se o Código é bom ou ruim, se pode ser melhorado,
se tendencia para uma das partes. Busca, delimitadamente, verificar se pode haver um nome
que remeta a equilibrio entre as partes. Logo a pesquisa estará delimitada a verificar se o titulo
pode não conter a palavra DEFESA (só isso).

6.4.5 Problema

Nesta etapa, após a escolha e delimitação do tema, o autor deve formular o problema
fundamental que esta propondo a tratar. A melhor opção para apresentar o problema é sob a
forma de enunciados interrogativos. Problemas como perguntas.

Observe que enquanto o tema é o objeto da pesquisa, o problema é o questionamento.

24
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa
Exemplo:
Não seria possível que o CDC tivésse outra palavra no lugar de “defesa” ou, até mesmo,
ter todo o seu título diferente?
Por que defesa do consumidor?
Não obstante a questão da hipossuficiência, todo empresário é algoz?
Não existe a situação em que o consumidor mente, simula ou até adultera?
Da forma como o título se apresenta, parece que o empresário é sermpre o algoz.

6.4.6 Hipótese

Idéias de possíveis resultados (diante desse problema, vou encontrar um resultado para
meu TCC?).constitui a resposta do problema, o caminho que o raciocínio deverá percorrer na
tarefa de desenvolvimento fundamentado do trabalho. As hipóteses são previsões ou
suposições que poderão ser confirmadas ou não ao final da pesquisa.

As hipóteses são muito mais possibilidades de caminhos do que exatamente verdadeiras


respostas ao problema.

Ex. A partir do problema apresentado a pesquisa tentará indicar uma outra palavra que
melhor se adequasse a questão.

Procure escrever a sua hipótese em uma linha, quanto mais objetivo, mas fácil para
você entender.

6.4.7 Objetivos: VAI BUSCAR O QUÊ? PARA QUÊ?

Se você esta se propondo a pesquisar algum assunto é porque tem uma meta a ser
alcançada. A princípio você se confundirá com o problema, mas apesar de certa proximidade,
o objetivo pretende sempre esclarecer, verificar, examinar, constatar, analisar alguma coisa,
objeto, lei, dentro de determinado foco. Nesta etapa o autor deverá descrever o objetivo
concreto da pesquisa que irá desenvolver; pode formular em um ou dois tópicos iniciando a
frase sempre com o verbo no infinitivo.
25
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

6.4.7.1 O objetivo apresenta-se de duas formas: geral e específico.

a) O objetivo geral - define o que o pesquisador pretende atingir com sua investigação,
nada mais é do que o problema redigido sobre a forma de ação, veja o seguinte
exemplo: o objetivo geral é verificar, através de pesquisa se seria possivel que o título
do código fosse outro.

b) Os objetivos específicos - são as ações a serem realizadas pelo pesquisador que


tornarão possível alcançar o objetivo geral, exemplo: será que existe a possibilidade de
um nome mais imparcial no direito pátrio, ou até, no direito comparado?

6.4.8 Justificativa. POR QUE FAZER OU POR QUE PESQUISAR?

Nesta fase verifica-se as razões da pesquisa, devemos utilizar todos os argumentos


indispensáveis para demonstrar ao leitor o real interesse social do seu projeto.

Devemos demonstrar a necessidade, a importância e relevância da pesquisa e pensar em,


por que fazer esse tema, indicar sua atualidade o interesse social na solução do problema, pois
será a partir dele que o orientador, a universidade irá decidir se há interesse institucional em
se concretizar o projeto.

Ex. Na relação consumerista há sempre a tendência de se analisar os fatos pela ótica da


hipossuficiência. Mas é muito importante destacar que pode haver caso em que o fornecedor
pode ser hipossuficiente frente ao consumidor. Afora isso, há casos em que o consumidor
mente, dissimula, procura de alguma forma ludibriar o fornecedor ou prestador de serviço.
Enfim, já que o equilibrio na avaliação dos argumentos apresentado pelas partes deve ser
imparcial, por que há a sensação de que o CDC defende o Consumidor? Tente olhar o CDC
pela ótica do empresário sério.

26
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

6.4.9. Embasamento Teórico

O embasamento teórioco é onde o pesquisador pretende pesquisar. Em livros, na doutrina,


na jurisprudência, em casos concretos, artigos científicos, monografias, entrevistas,
periódicos, revistas especializadas, entre outras. Como o pesquisador pretende embasar,
fundamentar a sua hipótese?

A propósito, aproveitamos para explicar porque não se usa mais referências bibliográficas
e sim somente referências:

A ABNT hoje em dia admite qualquer fonte de pesquisa, desde que seja fidedigna, como
fonte de referência. Assim, não só a pesquisa bibliográfica (livros), mas quaisquer outros tipos
de fontes de pesquisa são válidos. Entrevistas, reportagens televisivas, palestras, enfim,
quaisquer outras fontes, são válidas. Logo, se colocarmos referências bibliográficas estaremos
dizendo que a pesquisa foi só em livros e, hoje em dia é muito dificil que isto seja verdade.

É comum que os alunos fiquem em dúvida sobre como colocar nas referências, por
exemplo, entrevistas ou até programas ou documentários televisivos. Reparem que toda
reportagem é feita por um jornalista (autor), com um título, haverá, quase sempre, um
produtor (pode até ser um documentário produzido pelo próprio autor), em tal lugar,
produzido por alguém, no ano tal.

Exemplo hipótetico: LOPES, Tim. O Tráfico no Complexo do Alemão. Rio de Janeiro:


jornal O Globo, 2001.

6.4.10 Cronograma:

27
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

O planejamento da pesquisa deve indicar a previsão de seu inicio e fim do TCC. Como o
tempo estabelecido pela Resolução já mencionada é de seis meses, criamos no nosso modelo
uma forma de o aluno estabelecer em que mês ou meses pretende efetuar cada etapa do
desenvolvimento do TCC.

Obviamente que isto é apenas um sugestão de controle. Há casos em que o aluno logo ao
iniciar seu curso já tem em mente o que pretende pesquisar e, ai, claro que o cronograma pode
ser outro.

Mas o importante é que o aluno crie um cronograma para estar sempre ciente se está ou
não no prazo de entrega do seu TCC.

6.4.11 Referências

Este item deverá conter a relação das principais referências consultadas durante a pesquisa
preliminar e deve ser redigido de acordo com as normas da ABNT sobre referências (NBR
6023/2002) e estar em rigorosa ordem alfabética.

Duas coisas a serem observadas:

1. Lembre-se que as referências precisam ser atualizadas. É comum receber trabalhos com
uma defasagem de mais de 3 ou 4 anos nas referências pesquisadas.

2. Alguns alunos buscam, como alternativa, atualizar ou até concentrar a sua pesquisa com
informaçoes da internet. Cuidado, nem tudo o que está na internet é fundamentado, ainda
que em sites oficiais, além de defasadas, por isso no meio acadêmico há um pouco de
resistência a esta fonte de pesquisa.

28
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

As referências devem ser apresentadas da seguinte forma:

a) Autor único
SOBRENOME, Nome do Autor. Título do livro: subtítulo (se houver), Número da edição.
Cidade: Editora, ano.
MAGALHÃES, Arnaldo Pereira. Concentração e Concorrência no Sistema Financeiro,
1. ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2006.
Obs. Atente para a pontuação. SOBRENOME (virgula), Nome do Autor (ponto). Título do
Livro (virgula), edição (ponto). Local (dois pontos): Editora (virgula), ano (ponto).

b) Dois ou três autores


MAGALHÃES, Arnaldo Pereira; PEREIRA, Efigênia. Manual Prático de Metodologia,
com ênfase em Trabalho de Conclusão de Curso – TCC: Monografias e Artigos
Científicos. Rio de Janeiro: Leon Denis, 2008.
Três ou mais autores, organizadores, coordenadores, compiladores do documento,
indique apenas o primeiro, seguido da expressão et al.;
MIRANDA, Jorge et al. Legitimidade e legitimação da justiça constitucional. Coimbra.
Coimbra, 1995.

c) Em documentos em que haja organizador (Org), compilador (Comp), editor (Ed.),


coordenador (Coord.), as referências devem ser feitas pelo nome do responsável;
LYRA, Doreodó Araú7jo (Org.). Desordem e processo; estudo sobre o Direito em
homenagem a Roberto Lyra Filho. Porto Alegre: Fabris, 1986.

d) No caso de o autor ser desconhecido, a entrada da referência deve ser dada pelo título.
Não utilize o termo “anônimo”.
MANUAL para monografia de direito. Chapecó: UNOESC, 2001.

e) Quando obra de responsabilidade de algum órgão;

29
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6.023: apresentação de
referências, Rio de Janeiro, 2002.

f) Várias obras do mesmo autor(es) sucessivamente, na mesma página, pode(m) ser


substituído(s), nas referências seguintes à primeira, por um traço sublinear (equivalente a seis
espaços) e ponto.
FREYRE, Gilberto. Casa grande e Senzala: formação da família brasileira sob regime de
economia patriarcal. Rio de Janeiro:J.Olimpio, 1943. 2v.
_______ . Sobrados e mucambos: decadência do patriarca rural no Brasil. São Paulo: Ed.
Nacional, 1936.

g) Além do nome do autor, o título de várias edições de um documento referenciado


sucessivamente, na mesma página, também pode ser substituído por um traço sublinear nas
referências seguintes à primeira.
FREYRE, Gilberto. Sobrados e mucambos: decadência do patriarcado rural no Brasil.
São Paulo: Ed. Nacional, 1936.405 p.
________._______. 2. ed. São Paulo: Ed. Nacional, 198.410 p.

h) CÓDIGOS
BRASIL. Código Eleitoral. Organizador Antonio de Oliveira Moruzzi. 5. ed. São Paulo:
Rideel, 1999.
i) LEIS
Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos. Dispõe sobre o
Estatuto da Advocacia e a Orden dos Advogados do Brasil (OAB). Lei 8.906 de 04 de julho
de 1994.

Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos. Estabelece as


diretrizes e bases da educação nacional. Lei 9.394 de 20 de dezembro de 2004

j) JURISPRUDÊNCIAS

30
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental em agravo de instrumento. Taxa
de limpeza pública e IPTU. Identidade de base de cálculo. Impossibilidade. Impossibilidade.
Agravo Regimental em Agravo de Instrumento nº. 194.063-3. Agravante Município de São
Paulo e Agravado Denise Carmona Fernandes. Relator Ministro Mauricio Corrêa. 29 de abril
de 1997. JANCZESKI, Célio Armando. Taxas: doutrina e jurisprudência. Curitiba: Juruá,
1999. p. 332-333 .
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Súmula n. 241. A contribuição previdenciária incide
sobre o abono incorporado ao salário. Previdência Social. São Paulo: Saraiva, 1997.p.395.

k) CONSTITUIÇÕES
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal,
1988
SANTA CATARINA. Constituição do Estado de Santa Catarina. Florianópolis: Imprensa
Oficial, 1989.

l) SÚMULAS
Brasil. Supremo Tribunal Federal. Súmula nº. 241. A contribuição previdenciária incide
sobre o abono incorporado ao salário. Previdência Social. São Paulo: Saraiva. 1997. p. 395

m) MEIOS ELETRÔNICOS: Artigo de revista e jornal não assinado


A DECISÃO do STF sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal. Agência Estado. São Paulo,
12 maio 2002. Disponível em: http://www.estadao.com.br , acesso em: 12 maio 2002.

n) Revistas:
Autor, título, nome da revista (em destaque), local, volume, fascículo ou número, páginas
inclusivas (início e fim), data.
Ex.: SILVA, S.A.P.S. A pesquisa qualitativa em Educação Física, Rev. Paul. Educação
Física, São Paulo, v.10, n.1, p. 87-98, jan./jul. 1996.

o) Jornal:
Autor, título, jornal (em destaque), local de publicação, data, seção (caderno ou fascículo)
e página.

31
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa
Ex.: CEZIMBRA, C. O perfil do praticante de ginástica. O Globo, Rio de Janeiro, 23 jun.
2000. Jornal da Família, p.3.

p) Internet:
Seguir padrões anteriores (autor, título do trabalho e demais informações, dependendo do
caso) e acrescentar:
Disponível em: <http://www.cev.org.br/biblioteca.html>. Acesso em: 10 set. 2000

q) Livros online
ASSIS, Machado de. O alienista. Disponível em: xxxx. Acesso em: 05 out. 2008.

TERMINANDO:

Apenas para que vocês compreendam o desfecho da pesquisa apresentada como exemplo,
na área jurídica, temos o seguinte:

A luz do direito brasileiro, não foi possivel encontrar uma solução para um novo nome
para o Código de Defesa do Consumidor.

Aqui há algo muito importante e que gostamos de explicar: lembrem-se que a ideia seria
um nome onde fosse mudada a palavra “defesa” ou, até mesmo, todo o título. Porém, não foi
possivel. Isto invialbiliza o trabalho de pesquisa? Claro que não. Se a pesquisa terminasse
aqui, seria feita um TCC, no caso monografia, onde seria relatado isso. Assim, é importante
que compreendam que o resultado de um pesquisa é sempre válido, nem que seja para
comprovar que a hipótese não se viabiliza.

Mas, foi encontrada um solução via direito francês. Na França se adota o termo relação de
consumo. Assim, esta pesquisa chegou a conclusão de que o nome poderia ou até pode ser:
Código da Relações de Consumo. Nos parece mais impessoal.

32
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

Modelo de capa de projeto de pesquisa

UNIVERSIDADE ..................................
Pró-Reitoria de Pós-graduação e Pesquisa
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM ....................

PROJETO DE PESQUISA

TITULO DO TRABALHO
Subtítulo se houver

NOME DO ALUNO

Rio de Janeiro
2015

33
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

Modelo de folha de rosto do projeto de pesquisa

UNIVERSIDADE ..................................
Pró-Reitoria de Pós-graduação e Pesquisa
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM ....................

TITULO DO PROJETO
Subtítulo se houver

Projeto de Pesquisa apresentado por ..........como


requisito parcial para conclusão do Curso de Pós-
Graduação em ...............

Orientador: Prof. (titulação).............................

Rio de Janeiro
2015
34
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

Modelo de Sumário de projeto

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 03
2 TEMA 04
2.1 Delimitação do tema 05
3 PROBLEMA 06
3 HIPÓTESE 07
4 OBJETIVO 08
5.1 Objetivo geral 08
5.2 Objetivo específico 08
5 JUSTIFICATIVA 09
6 EMBASAMENTO TEORICO. 10
8. CRONOGRAMA 13
REFERÊNCIAS 14

35
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

Modelo de Crononograma

MES/ETAPAS Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6 Mês 7 Mês 8 Mês 9 Mês10 Mês 11

Escolha do X
tema
Levantamento X X X
bibliográfico
Definição do X
problema
Redação/Digita X
ção do projeto
Revisão da X
digitação
Verificação da X X
redação
Entrega do X
projeto

36
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

7. ORIENTAÇÃO DOS TCCs

A orientação ao aluno, no caso específico de monografia e artigo científico, não é


obrigatória, mas acreditamos ser de suma importância, principalmente, para os alunos com
pouca ou nenhuma experiência em trabalhos acadêmicos.

Apenas para conhecimento, no strictu senso a orientação é obrigatória e exigida pela


CAPES, área do MEC que cuida de pós-graduação, inclusive havendo um número limite
(máximo) de orientandos por professor.

Podemos dividir essa orientação em metodológica e acadêmica.

7.1 Orientação metodológica

Essa orientação acontece nas aulas de metodologia da pesquisa e tem início com o projeto
de monografia onde o aluno é direcionado por um “roteiro” pronto para elaboração do seu
trabalho.

7.2. Orientação acadêmica

Nessa orientação o professor orientador procurar direcionar o aluno para o foco central da
pesquisa que pretende elaborar. O professor precisa interagir com o aluno para desenvolverem
o raciocínio que irá nortear o trabalho.

É comum que nesse trabalho de orientação o professor recomende abordagens, obras,


fontes de pesquisa, para que o aluno tenha, assim, o norte do trabalho.

Na orientação acadêmica, o aluno não só irá dirimir suas dúvidas, mas também entabular a
linha que deverá ser seguida para alcançar o objetivo da pesquisa.

37
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

7.3 Meio, fim e começo

Há aluno que, seguindo uma ordem compreensível por ter lido alguns trabalhos, procura
desenvolver o seu na ordem cronológica de leitura, ou seja, pelo resumo, para depois elaborar
a parte textual e, assim, por diante. Neste caso, ele poderá encontrar uma enorme dificuldade
e, na maioria das vezes, não consegue sair desta fase (resumo).

A explicação é simples: como é possível fazer um resumo de algo que ainda não foi
desenvolvido? Como posso resumir uma ideia, se ainda não formei e nem conclui essa ideia?
Enfim, é tarefa bastante dificil e, mesmo que se consiga, com certeza o resultado não será
bom.

Vemos que, não raro, a conclusão também deixa muito a desejar. É comum ver uma
pesquisa muito bem desenvolvida, com boas referências, mas que na hora de finalizar o
trabalho, de ressaltar o resultado da pesquisa, o aluno não apresenta o resultado de forma
completa.

Queremos dizer com isso que a conclusão deve ter muitas páginas? Claro que não.
Queremos dizer que a conclusão deve ser caprichada, aproveitando para dar ênfase nos
principais pontos apresentados pela pesquisa.

Outro detalhe importante: procure tratar o tempo todo o seu trabalho como uma pesquisa e
não como uma obra por você escrita. O que você esta fazendo é pesquisa, portanto: a
introdução é do que dever ser pesquisado; de como a pesquisa será desenvolvida e a
conclusão entenda que é o resultado da pesquisa e não do seu entendimento ou deste ou
daquele doutrinador.

38
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

Já vimos casos em que a conclusão colide, conflita com a pesquisa porque o aluno,
seguindo uma tendência de raciocínio, esqueceu o que viu nesta pesquisa e apresentou a sua
opinião pessoal. Não podemos esquecer que a conclusão é o resultado da sua pesquisa!
Mesmo que esse resultado não esteja de acordo com seu pensamento pessoal, o que deverá ser
apresentardo será a conclusão do que a pesquisa apresentou.

39
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

8 FORMATAÇÃO DOS TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC).

Antes de adentrarmos nas diferenças e nas explanações sobre artigo científico e


monografia, apresentaremos as normas para formatação dos trabalhos acadêmicos. Estas estão
de acordo com ABNT (como já informado a cima) e com as normas internas da Universidade
Candido Mendes (UCAM).

A maioria dos itens explicativos abaixo, se adequam para monografia e para artigo
científico. Caso isso não ocorra, informaremos no título da subseção.

8.1 Layout da página

Primeiramente, deve-se informar que o aluno utilizará folha tamanho A4 para feitura e
impressão do trabalho de TCC.

Para configuarar sua página no programa Word5, deverá ir na aba “Layout da página”,
clicar no ícone Tamanho e depois em “Mais tamanho de papel”.

No cabeçalho e no rodapé deve-se utilizar a medida 1,5 cm. As folhas devem apresentar
margem esquerda e superior de 3 cm; direita e inferior de 2cm (Entretanto para encadernação
deve ser 3,5m , pois há uma perda.)

Figura 1 – print screen do aplicativo word

5
“O Microsoft Word é um editor de textos...” - http://www.techtudo.com.br/tudo-sobre/microsoft-word-
2013.html Acessado em: 21 de janeiro 2015.
40
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

Figura 2 – print screen do aplicativo word

Figura 3 – print screen do aplicativo word

Figura 4 – print screen do aplicativo word

41
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

Figura 5 – print screen do aplicativo word

42
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

8.2 Fonte

A fonte em um TCC deverá ser Time New Roman 12 ou Arial 12. Deverá utilizar tamanho
10 para citações com mais de 3 linhas, notas de rodapé, legendas e paginação.

Para configurar sua fonte você poderá usar o cabeçalho do word (conforme figura 3
abaixo) ou marcando uma parte do texto, usando o mouse, clicando no botão direito do mouse
e assim aparecerá uma caixa, em seguida você clicará em fonte.

Figura 6 – print screen do aplicativo word

Figura 7– print screen do aplicativo word

43
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

Figura 8 – print screen do aplicativo word

8.3 Da seção

Cada início de seção deve ser iniciado em uma nova página.

8.3.1 – das seções e subseções

Na divisão interna do relatório final é necessária a observância do sistema de numeração


progressiva das seções de um documento escrito estabelecido pela ABNT (NBR 6.024/2003).

SEÇÃO é o nome que recebe cada parte componente da divisão interna de seu trabalho e
deverá ter seu título precedido por um indicativo numérico. Segundo a NBR 6024 de maio de
2003, “uma seção contém as matérias consideradas afins na exposição ordenada do assunto”.

As divisões principais do trabalho são denominadas SEÇÕES PRIMÁRIAS – o que se


entendia anteriormente por CAPÍTULOS, Normalmente uma dissertação de Mestrado e uma
tese Doutorado pode ser composta em média 4 seções primárias e em caso de monografia de
pós-graduação LATO SENSU recomenda-se não ultrapassar de quatro seções.

44
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

Cada seção primária, consequentemente, deverá atender a mesma intenção de ordenação


interna e coerente do texto e se subdividir em outras tantas partes, chamadas seções
secundárias (exemplo 1.1; 1.2; 1.3). Uma seção secundária poderá, contudo, demandar novas
subdivisões e então teremos as seções terciárias (exemplo: 1.1.1; 1.1.2; 1.1.3) e assim
sucessivamente até o limite das seções quinárias.

A numeração progressiva parte sempre do número de cada seção primária. As seções


primárias receberam indicativos numéricos inteiros, contados a partir do número 1 seguido de
um espaço e o título (exemplo: 1 AS ORIGENS MEDIEVAIS DO DIREITO COMUM). O
indicativo numérico da seção secundária recebe o número da seção primária a que pertence,
um ponto, o número de sua seqüência no assunto e o título (exemplo: 1.3 O dogma
universalístico da unidade do Direito). Esse sistema se repetirá até a última seção. Cuide
para que após o indicativo numérico de cada seção somente um espaço anteceda seu título
respectivo; portanto, não empregue qualquer sinal, como ponto, hífen, travessão ou qualquer
outro caractere.

Caso seja necessário realizar uma referência a outra passagem do próprio trabalho; esta
remissão pode ser feita da seguinte maneira: “...na seção 2...”; “... ver 2.1.1”.

Quando houver necessidade de subdividir qualquer seção, e não houver um título, esta
fragmentação é feita sob a forma de alíneas. Uma alínea é indicada por uma letra maiúscula,
seguida de um parêntese e deverá respeitar a ordem alfabética. O texto que se segue ao
indicativo alfabético da alínea é iniciado com letras minúsculas.

O trecho final do parágrafo termina em dois pontos, após os quais cada alínea é
apresentado um novo parágrafo destinado a uma alínea, a segunda linha e as demais iniciam
ajustadas sob a primeira letra de seu próprio texto.

45
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

ATENÇÃO:
a) Na estrutura do trabalho acadêmico apenas os ELEMENTOS TEXTUAIS recebem
INDICATIVO NUMÉRICO que precede seu título, alinhado à esquerda, separada por
um espaço de caractere.
O indicativo numérico de uma seção primária deverá ser alinhado junto à margem
esquerda do texto, seguindo-se o respectivo título; os indicativos das seções
secundárias correspondentes deverão seguir recuo indicado à direita para caracterizar a
subordinação à seção principal e assim, sucessivamente.
b) OS ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS e PÓS-TEXTUAIS não recebem indicativo
numérico

Verifique as seções (capítulos) e as subseções (subcapítulos), eles deverão ser alinhados


conforme a norma. Exemplo abaixo:

Seções primárias fonte em negrito e caixa alta (margeado a folha):

1 NORMAS ABNT

Seções secundárias fonte em negrito e somente 1ª letra maiúscula (com um


espaço de tabulação da margem):

1.1 Normas ABNT.

Seções terciárias fonte em itálico(com um espaço de tabulação da margem):


1.1.1 Normas ABNT

46
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

7.3.2 Dos títulos dos elementos pré-textuais (somente para monografia)

Os títulos, sem indicativo numérico – errata, agradecimentos, lista de ilustração, lista de


abreviaturas e siglas, lista de símbolos, resumo sumário, referências, glossário, apêndice (s),
anexo (s) e índices(s) – devem ser centralizados e negritados, conforme a ABNT NBR 6024.

8.4 O espaçamento entrelinhas

Todo o texto deve ser digitado com espaço de 1,5 cm, entretanto, as citações de mais de 3
linhas, notas de rodapé, referências, nome da instituição a que é submetida e área de
concentração, devem ser digitadas em espaço simples da mesma forma as Referências, ao
final do trabalho, devem ser separadas entre si por 02 (dois) espaços simples.

Os títulos das seções devem começar na parte superior da folha e ser separados do texto
que os sucede por um espaço 1,5 entrelinhas. Da mesma forma, os títulos das subseções
devem ser separados do texto que os precede e que os sucede por ums espaços de 1,5.

Para configurar seu espaçamento, recuo e entrelinhas você poderá marcar o texto onde
queira criar o espaçamento, usando o mouse, clicando no botão direito do mouse e assim
aparecerá uma caixa, em seguida você clicará em fonte.

Figura 9 – print screen do aplicativo word

47
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa
Figura 10 – print screen do aplicativo word

8.5 Citações

Para os efeitos da ABNT NBR 10520, aplicam-se as seguintes definições:

8.5.1 Citação direta: duas formas

A citação direta é a transcrição textual fiel (exata) de parte de um texto de uma obra.
Durante a elaboração de um trabalho acadêmico, por exemplo, foi necessário consultar um
autor e você considerou uma pequena parte da obra dele de suma importância para o seu
trabalho, além disso, você acredita que as palavras dele no texto não poderiam ser melhores
escritas. Então, você deverá citá-lo. Como? Você irá copiar a parte do texto (e claro, citar).
Por ser a transcrição exata de uma frase/parágrafo de um texto, a frase/parágrafo em questão
será apresentada entre aspas duplas, podendo assumir duas formas:

1. Citando e referenciando: Você irá citar e após a citação, você colocará o nome do autor
da obra (este nome aparecerá entre parênteses, como o sobrenome em LETRA
MAIÚSCULA, seguido pelo ano de publicação e página onde o texto se encontra.

48
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

Exemplo:

“Tal tarefa, acreditamos, fica facilitada quando o aluno é amparado por um professor-
orientador” (MAGALHÃES; PEREIRA. 2008, p. 53).

2. Referenciando e citando: ao contrário do anterior, o nome do autor aparece antes da


citação, esta aparecer sendo feita como um parágrafo do texto. Sendo assim, o sobrenome do
autor não será em caixa alta, mas sendo necessário ainda informar o ano da publicação e
página onde o texto se encontra.

Exemplo:

Segundo Magalhães (2008, p. 53) “Tal tarefa, acreditamos, fica facilitada quando o
aluno é amparado por um professor-orientador”.

8.5.1.1 Citação direta

Grifos

Caso o texto original contenha algum tipo de destaque (grifo), como uma palavra em
negrito, em itálico ou sublinhada, a sua citação deve ter esse tipo de grafia, acrescentada com
a observação “grifo do autor”.

Exemplo:

“Deve apresentar a fundamentação teórica, a metodologia, os resultados e a discussão.


Divide-se em seções e subseções.” (MAGALHÃES; PEREIRA. 2008, p. 83. grifo do autor).

Deve-se utilizar o mesmo tipo de observação quando você fizer um grifo em uma citação,
para enfatizar uma palavra ou idéia. Nesse caso, será utilizada a expressão “grifo nosso”,
assim indicará que o presente autor fez a alteração.

49
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

Exemplo:

“A conclusão deve responder às questões da pesquisa correspondentes aos objetivos e


hipóteses [...]” (MAGALHÃES; PEREIRA. 2008, p. 83. grifo nosso).

8.5.1.2 Citação direta: mais de três linhas

Citação com mais de 3 linhas deve-se destacar do texto. Sendo assim, recua-se usando a
régua do word até o número 7, com entrelinhas simples e fonte tamanho 11.

OBS: Não se usa aspas, negrito ou itálico!


Exemplo:

Segundo Dias, 2013:

Surgiu um novo nome para essa tendência de


identificar a família pelo seu envolvimento afetivo:
família eudemonista, que busca a felicidade
individual vivendo um processo de emancipação de
seus membros. O eudemonismo é a doutrina que
enfatiza o sentido de busca pelo sujeito de sua
felicidade. A absorção do princípio eudemonista
pelo ordenamento altera o sentido da proteção
jurídica da família, deslocando-o da instituição para
o sujeito[..].(p.58)

8.5.1.3 Citação direta: frase muito grande para ser citada

Pense em um parágrafo com 15 linhas, sendo que apenas a primeira e a última linha
interessam a você. Nesse caso, você vai usar uma supressão, que é a inclusão de um sinal de
colchetes com reticências, exatamente como esse “[...]”, indicando que um trecho do texto
não foi usado.

50
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

Exemplo:

“Alguns autores defendem a idéia de que a Introdução, [...] anunciar a idéia básuca,
delimitar o foco da pesquisa, situar o tema dentro do contexto geral da sua área de trabalho e
descrever as motivações que levaram a escolha do tema.” (MAGALHÃES, PEREIRA. 2008,
p. 41).

8.5.2. Citação indireta

Depois de ler um artigo, monografia, livro ou alguma outra fonte de pesquisa, você chegou
a uma conclusão semelhante a do autor lido. Mas supunha que você não tem interesse em
fazer uma citação direta. Nesse caso, você fará uma citação indireta, já que o seu texto teve
como base uma obra consultada.

Seguindo o formato de apresentação da citação direta, a indireta também deve conter o


autor da frase citada, bem como o ano da publicação. Apresentar a página em que o conteúdo
se encontra é recomendado.

Exemplos:

Na justificativa do projeto de pesquisa, o autor deve apresentar qual a relevância da sua


pesquisa para a sociedade. Mostrando seu interesse social, acadêmico e contemporaneidade
do assunto apresentado. (MAGALHÃES; PEREIRA. 2008, p. 45).

As citações indiretas podem ter mais de um autor, isso pode acontecer pelo fato de você ter
consultado mais de uma obra.

51
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

Exemplo:

Tanto Magalhães; Pereira (2008, p.23) como Chalmers (1993, p. 102) demonstram como a
pesquisa é importante. A estrutura criada pelo pesquisador dará alicerce para novas
pesquisas, assim a construção do conhecimento acontece a partir de um material já pesquisado
e organizado.

8.5.3 Citação de citação (apud)

Nem sempre temos acesso a livros clássicos ou antigos, seja através de empréstimo ou
compra. Imagine um livro do ano de 1950, que foi publicado apenas na Alemanha ou outro
livro que, por algum motivo, você não tenha conseguido encontrar em livrarias, sebos e
bibliotecas, mas que precisaria utilizar.

Você não teve acesso ao seu original, mas encontrou um autor que teve a sorte de ter em
mãos o livro, e este fizera uma citação extremamente importante para o seu trabalho.

Quando fazemos uma citação da citação, chamamos de apud.

Exemplo 1:

Para Apple (1994 apud MOREIRA; SILVA, 2002, p. 39):

Quer reconheçamos ou não, o currículo e as questões educacionais mais genéricas sempre


estiveram atrelados à história dos conflitos de classe, raça, sexo e religião, tanto nos Estados
Unidos quanto em outros países.6

6
Exemplos retirados do site http://monografias.brasilescola.com/regras-abnt/formas-citacoes.htm. Acessado em
01/09/2014.
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Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

Exemplo 2:

Quer reconheçamos ou não, o currículo e as questões


educacionais mais genéricas sempre estiveram
atrelados à história dos conflitos de classe, raça,
sexo e religião, tanto nos Estados Unidos quanto em
outros países. (APPLE, 1994 apud MOREIRA;
SILVA, 2002, p. 39)7

8.6. Notas de Rodapé

Atualmente as notas de rodapé são utilizadas para explicar algo e não para citações. Mas é
bom enfatizar que utilizar o rodapé para citar não está errado.

As notas devem ser digitadas dentro das margens em fonte tamanho 10, ficando separadas
do texto por um espaço simples de entrelinhas e por filete de 3 cm a partir da margem
esquerda.

8.7 Figuras Realce

È indispensável que haja unidade no uso de figuras de realce na redação de trabalhos


acadêmicos. Seguem-se os mais comuns:

a) aspas: uso somente em citação direta ou cópia de parte de texto lido com até três
linhas;

7
Exemplos retirados do site http://monografias.brasilescola.com/regras-abnt/formas-citacoes.htm. Acessado em
01/09/2014.

53
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

b) negrito: indicado pela NBR 6023/2002, entre outros, para destacar título, mas não
subtítulo;
c) itálico: utilizado para grafar palavras em língua estrangeira que não tenham sido
incorporadas pelo Vocabulário da Língua Portuguesa ou que estejam sendo usadas em sentido
figurado;

d) grifo (sublinhado): recurso reservado para algum outro tipo de destaque que não se
encaixe nessas categorias e cujo uso deve ser moderado para não sobrecarregar o texto.

8.8 Referências

Conforme explicação feita na parte de Projetos de Pesquisa, a formatação das referências


ocorre de forma igual a do projeto de pesquisa.

Este item deverá conterá a relação das principais referências consultadas durante a
pesquisa preliminar e deve ser redigido de acordo com as normas da ABNT sobre referências
(NBR 6023/2002) e estar em rigorosa ordem alfabética.
As referências devem ser apresentadas da seguinte forma:

a) Autor único
SOBRENOME, Nome do Autor. Título do livro: subtítulo (se houver), Número da edição.
Cidade: Editora, ano.
MAGALHÃES, Arnaldo Pereira. Concentração e Concorrência no Sistema Financeiro,
1. ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2006.
Obs. Atente para a pontuação. SOBRENOME (virgula), Nome do Autor (ponto). Título do
Livro (virgula), edição (ponto). Local (dois pontos): Editora (virgula), ano (ponto).

b) Dois ou três autores


MAGALHÃES, Arnaldo Pereira; PEREIRA, Efigênia. Manual Prático de Metodologia,
com ênfase em Trabalho de Conclusão de Curso – TCC: Monografias e Artigos
Científicos. Rio de Janeiro: Leon Denis, 2008.
54
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa
Três ou mais autores, organizadores, coordenadores, compiladores do documento,
indique apenas o primeiro, seguido da expressão et al.;

MIRANDA, Jorge et al. Legitimidade e legitimação da justiça constitucional. Coimbra.


Coimbra, 1995.

c) Em documentos em que haja organizador (Org), compilador (Comp), editor (Ed.),


coordenador (Coord.), as referências devem ser feitas pelo nome do responsável;

LYRA, Doreodó Araú7jo (Org.). Desordem e processo; estudo sobre o Direito em


homenagem a Roberto Lyra Filho. Porto Alegre: Fabris, 1986.

d) No caso de o autor ser desconhecido, a entrada da referência deve ser dada pelo
título. Não utilize o termo “anônimo”.

MANUAL para monografia de direito. Chapecó: UNOESC, 2001.

e) Quando obra de responsabilidade de algum órgão;

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6.023: apresentação de


referências, Rio de Janeiro, 2002.

f) Várias obras do mesmo autor(es) sucessivamente, na mesma página, pode(m) ser


substituído(s), nas referências seguintes à primeira, por um traço sublinear
(equivalente a seis espaços) e ponto.

FREYRE, Gilberto. Casa grande e Senzala: formação da família brasileira sob regime de
economia patriarcal. Rio de Janeiro:J.Olimpio, 1943. 2v.

_______ . Sobrados e mucambos: decadência do patriarca rural no Brasil. São Paulo: Ed.
Nacional, 1936.

55
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

g) Além do nome do autor, o título de várias edições de um documento referenciado


sucessivamente, na mesma página, também pode ser substituído por um traço sublinear nas
referências seguintes à primeira.

FREYRE, Gilberto. Sobrados e mucambos: decadência do patriarcado rural no Brasil.


São Paulo: Ed. Nacional, 1936.405 p.

________._______. 2. ed. São Paulo: Ed. Nacional, 198.410 p.

h) CÓDIGOS

BRASIL. Código Eleitoral. Organizador Antonio de Oliveira Moruzzi. 5. ed. São Paulo:
Rideel, 1999.

i) LEIS

Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos. Dispõe sobre o
Estatuto da Advocacia e a Orden dos Advogados do Brasil (OAB). Lei 8.906 de 04 de julho
de 1994.

Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos. Estabelece as


diretrizes e bases da educação nacional. Lei 9.394 de 20 de dezembro de 2004

j) JURISPRUDÊNCIAS

BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental em agravo de instrumento. Taxa


de limpeza pública e IPTU. Identidade de base de cálculo. Impossibilidade. Impossibilidade.
Agravo Regimental em Agravo de Instrumento nº. 194.063-3. Agravante Município de São
Paulo e Agravado Denise Carmona Fernandes. Relator Ministro Mauricio Corrêa. 29 de abril
de 1997. JANCZESKI, Célio Armando. Taxas: doutrina e jurisprudência. Curitiba: Juruá,
1999. p. 332-333 .
56
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Súmula n. 241. A contribuição previdenciária incide


sobre o abono incorporado ao salário. Previdência Social. São Paulo: Saraiva, 1997.p.395.

g) CONSTITUIÇÕES

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal,


1988

SANTA CATARINA. Constituição do Estado de Santa Catarina. Florianópolis: Imprensa


Oficial, 1989.

h) SÚMULAS

Brasil. Supremo Tribunal Federal. Súmula nº. 241. A contribuição previdenciária incide
sobre o abono incorporado ao salário. Previdência Social. São Paulo: Saraiva. 1997. p. 395

i) MEIOS ELETRÔNICOS: Artigo de revista e jornal não assinado

A DECISÃO do STF sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal. Agência Estado. São Paulo,
12 maio 2002. Disponível em: http://www.estadao.com.br , acesso em: 12 maio 2002.

n) Revistas:
Autor, título, nome da revista (em destaque), local, volume, fascículo ou número, páginas
inclusivas (início e fim), data.
Ex.: SILVA, S.A.P.S. A pesquisa qualitativa em Educação Física, Rev. Paul. Educação
Física, São Paulo, v.10, n.1, p. 87-98, jan./jul. 1996.

m) Jornal:
Autor, título, jornal (em destaque), local de publicação, data, seção (caderno ou fascículo)
e página.

57
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa
Ex.: CEZIMBRA, C. O perfil do praticante de ginástica. O Globo, Rio de Janeiro, 23 jun.
2000. Jornal da Família, p.3.

n) Internet:
Seguir padrões anteriores (autor, título do trabalho e demais informações, dependendo do
caso) e acrescentar:
Disponível em: <http://www.cev.org.br/biblioteca.html>. Acesso em: 10 set. 2000

o) Livros online
ASSIS, Machado de. O alienista. Disponível em: xxxx. Acesso em: 05 out. 2008.

58
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

9 MONOGRAFIA

Para BRENNER e DALENA (2007)

Uma monografia, uma dissertação, uma tese não se


esgotam no momento de sua conclusão. Elas sempre serão
fontes de consulta para seu autor e para outros
pesquisadores interessados em ampliar e desenvolver seu
tema, sob mais diversas abordagens.(p.41)

A monografia talvez seja o mais comum dos Trabalhos de Conclusão de Curso, muito
utilizados nos meios acadêmicos, podendo ser solicitada uma defesa, que poderá ser verbal.
Nela o aluno deverá apresentar resumidamente a pesquisa efetuada, normalmente diante de
três professores – respondendo, além de sua apresentação do trabalho, a perguntas.

As apresentações de monografias são públicas, significando que qualquer pessoa pode


assistir, sendo, neste caso, muito comum que alunos e, até mesmo, professores da instituição
de ensino, estejam presentes.

A defesa não é algo obrigatório, sendo assim, consideramos que o mais normal no caso de
pós-graduação, seja que os alunos somente a entreguem, sem que haja a tal defesa (no caso
dos cursos presenciais), na pós-graduação à distância de acordo coma resolução do MEC o
aluno deverá fazer uma defesa do TCC.

Quanto a pesquisa, propriamente dita, a monografia deve sempre objetivar, como vimos na
elaboração do projeto, acima apresentada, uma hipótese, uma idagação, uma dúvida. Estamos
abordando este detalhe, porque é muito comum alunos se perderem e apresentar todo um
trabalho que, na verdade, parece muito mais um “livro” do que um trabalho acadêmico.

Na monografia o aluno deve explorar uma hipótse e não uma afirmação.

59
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

Por exemplo:

“A Transaparência é Fundamental para o Controle das Contas Públicas”

Essa afirmação não trás novidades e é isso o que se espera.

“Existe Realmente Transparência nas Contas Públicas?”

Agora surge uma hipótese, uma dúvida que deve ser investigada, pesquisada, para que
a pesquisa responda a esta pergunta.

Outro exemplo:

“Matar é crime”

No exemplo acima, não há dúvidas, há sim uma afirmação. Quanto a este preceito, a
principio, não há quem discorde. Principalmente de tomarmos a frase sem ponderação – matar
é crime e pronto.

Outro exemplo:

“Matar é crime: o excesso na legítima defesa”

Reparem que neste caso, há uma hipótese que pode ser explorada: o que é excesso na
legítma defesa? Mesmo sendo tipificado no código penal, o “excesso” abre discussão, uma
vez que uma pessoa pode ter matado alguém em legítma defesa, com inúmeros disparos de
arma de fogo e, ainda assim, ser configurada a legitma defesa.

Acreditamos que exemplos ajudam o entendimento, então vamos à outros.

“A responsabilidade civil”

60
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

Tal frase nada apresenta de novidade, existe tal previsão jurídica e esta é incontestável.

Agora, “A responsabilidade civil do médico servidor público, diante da dificuldade de


executar procedimentos nos hospitais públicos”.

Neste caso, a hipótese se apresenta e o problema está bem claro, até porque, como
responsabilizar um médico servidor público, diante do caos na saúde? Enfim, observem que
existe uma grande diferença entre a afirmação em um tema – Responsabilidade Civil – objeto
de várias obras (livros) e a hipótese que surge quando se apresenta um problema a ser
pesquisado.

Para termos um melhor entendimento de como elaborar uma monografia vamos a


explicação de cada tópico da mesma.

Com exceção de capa, folha de rosto, entre outros elementos, o TCC é constituído
basicamente de:

 Resumo (5o)
 Sumário (1o) (não aplicável ao artigo científico)
 Introdução (4o)
 Elementos textuais (2o)
 Conclusão (3o)
 Referências (6o)

Entre parênteses, está a ordem que indicamos ser a forma mais prática de se desenvolver
uma monografia, como explicaremos a seguir.

“A estrutura de tese, dissertação ou monografia apresenta três partes: elementos pré-


textuais, elementos textuais e elementos pós-textuais.” (NBR 14724,2005,p.3)

61
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

9.1 Elementos pré-textuais

a) Capa: contém informações institucionais (o denominado cabeçalho), o título


do trabalho e o subtítulo, se houver o nome do autor, a cidade onde se situa a instituição
e o ano.

b) Folha de rosto: elemento indispensável em qualquer trabalho acadêmico deve


conter as mesmas informações da capa, acrescidas da identificação da natureza e
destinação do trabalho seguindo a diagramação prevista.

c) Folha de aprovação: todo trabalho acadêmico deve conter a assinatura do(s)


autor (es) em página destacada, com registro de nome e matrícula (se houver), contendo
espaço para registro da nota ou conceito atribuído pelo professor, seguindo a
diagramação prevista. (vide exemplo p.39) Justifica-se a inclusão desta folha como
elemento pós-textual para permitir que o leitor tenha contato com o trabalho sem
conhecimento prévio do julgamento feito pelo professor.

d) Dedicatória: de caráter opcional, constitui espaço para o autor homenagear


alguém, mesmo que essa pessoa não tenha relação com o trabalho realizado; a
diagramação é livre.

e) Agradecimentos: feitos a pessoas, instituições que facilitaram o trabalho de


alguma forma; a diagramação é livre, igualmente opcional.

f) Epígrafe: também opcional, é constituída por pensamento ou citação retirada


de material lido que sintetize a mensagem central do assunto tratado na monografia; é
indispensável colocar a autoria, mas não necessariamente a identificação da obra.

62
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

g) Resumo: elemento obrigatório que deve conter uma síntese do conteúdo


desenvolvido na monografia, iniciando pela defesa da importância do estudo, seguida
dos objetivos, a modalidade de pesquisa praticada, os principais aspectos tratados,
incluindo, ainda, os resultados obtidos.

Deve conter no mínimo 150 palavras e não mais que 500. Recomenda-se não
ultrapassar uma lauda, devendo ser antecedido, na mesma página, pela referência
bibliográfica do trabalho, incluindo pista para catalogação na biblioteca (se não for
possível fazer sozinho, deve-se recorrer à ajuda de uma bibliotecária da instituição). (
vide exemplo p.40 ). A formatação do resumo deverá ser da seguinte forma: Vir em
parágrafo justificado e sem recuo da primeira linha. O espaço entrelinhas é 1,0 linhas
(simples) e a fonte será a mesma do trabalho. Não há necessidade de espaço antes e
depois do parágrafo, uma vez que todo o resumo estará contido em um só parágrafo.
(NBR 6.028/2003). Logo abaixo do resumo são apresentadas as palavras-chave. Uma
entrada – em novo parágrafo destacado do parágrafo contendo o texto resumo e
alinhado à margem esquerda, sem recuo da primeira linha e no formato justificado -,
com a expressão Palavras-chave: é seguida das principais categorias identificadoras da
pesquisa separadas por ponto.

Como nos filmes, o resumo serve como trailer do que será apresentado no
trabalho. Normalmente é bem resumido e extremamente objetivo.

h) Relação de tabelas, gráficos, ilustrações: coloca-se após o sumário, em folha


separada, com as respectivas páginas de entrada no texto, quando fizerem parte do
corpo do trabalho. No caso de serem colocadas em anexo, dispensa-se este
procedimento.

63
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

i) Sumário: elemento obrigatório que apresenta o conjunto das partes da


monografia: dedicatória, agradecimentos, epígrafe, introdução, os tópicos do
desenvolvimento, a conclusão, as referências bibliográficas e os anexos, se houver. É a
primeira coisa a ser desenvolvida. Elaborar o sumário é ter o norte do trabalho, é
estruturar o seu início, meio e fim, é a linha mestra. Pronto o sumário, você e o seu
orientador terão a exata noção de como vai se desenvolver e de como deverá ficar o
trabalho.

8.2. Elementos textuais


Feito o sumário, esse servirá de base para a parte textual, constituída pelo que se denomina
capítulos ou seções, bem como subcapítulos ou subseções. Nesses elementos textuais se
desenvolve a pesquisa propriamente dita.

A cada início de seção (ou capítulo) deve-se iniciar em uma nova página.

a) Desenvolvimento

Após a criação do Sumário, esta é a primeira parte a ser desenvolvida no seu


trabalho. Aqui você discorrerá sobre sua pesquisa e organizará seus dados e
informações.
A composição desta parte do trabalho varia de acordo com a modalidade de
pesquisa realizada e precisa ser definida com o orientador da monografia, se houver.
Não fuja do projeto planejado, nunca diga: “eu verifiquei..” ou “nós verificamos assim e
tal”,mas “verifica-se que..........” É impessoal, é pesquisa que apresenta, por si só, os
resultados.

64
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

b) Conclusão

Segundo NBR 14724:2005 “Trata-se da parte final do texto na qual se apresentam


conclusões correspondentes aos objetivos ou as hipóteses” . Nesta parte o autor deve
apresentar os resultados obtidos considerando o alcance referentes aos objetivos
pretendidos ou as hipóteses traçadas para o trabalho, podendo resumir brevemente o
que foi traçado em cada seção. No caso da conclusão o verbo será usado no passado.
Ex: “Na primeira seção pôde-se constatar a sonegação fiscal é um problema...”. Não
formule novos argumentos e nem use citações, mas um posicionamento consistente
tendo por base o que foi explanado no desenvolvimento.

Terminada a fase textual, você já tem a maior parte do trabalho pronto, tudo já foi
exposto e assim você já pode iniciar a conclusão. Ou melhor, só então você pode
começá-la. Concluir significa finalizar, significa que você já pode apresentar todo o
raciocínio desenvolvido. Assim, com certeza, você terá facilidade na sua elaboração.

É importante que você efetue a sua conclusão, obviamente, com base em todo o
trabalho desenvolvido, buscando resumir o que foi apresentado. Imaginamos que você
deva estar pensando: óbvio que devo concluir o trabalho que desenvolvi. Mas, não raro,
é comum encontrar conclusões que nada ou pouco tem a haver com o trabalho
desenvolvido.

É, talvez, a parte mais importante do trabalho que, obviamente, deve ter


conteúdo. É nessa parte que o aluno estará “fechando”, concluindo, todo o
raciocínio adotado para consolidar a pesquisa.

65
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

c) Introdução
Aqui nos ensina os professores VENTURA e MACIEIRA (2004):

Características:
- Situar o leitor no “estudo da questão”.
- Delimitar e contextualizar o tema.
- Apresentar o problema à ser investigado e os objetivos.
- Abordar o método de pesquisa utilizado.
- Mencionar a importância e as contribuições do estudo.(p.37)

Enfim, chegamos à última fase. É muito comum encontrar alunos que pretendem
ou já começaram suas monografias pela introdução. Mas aí perguntamos: como fazer a
Introdução de um trabalho que ainda nem começou? Como você pode comentar, chamar
a atenção do leitor para algo que você não tem a menor idéia de como vai terminar?
Sim, porque quando elaboramos um trabalho de pesquisa, podemos até imaginar como
ele ficará, mas certeza nunca teremos, só quando terminado.

A Introdução é um breve relato do que o leitor irá encontrar no seu trabalho, ou


seja, é uma forma resumida de demonstrar como foi feita a sua pesquisa, o que está
sendo apresentado no trabalho e a que conclusão se chegou (neste caso, sem a riqueza
de detalhes da Conclusão). É também a maneira que temos para atrair a atenção do
leitor. Devemos, inclusive, relatar o que poderá ser visto na obra e em que seções do
trabalho.

Assim, só depois de concluído o trabalho é que você deve se dedicar a elaborar a


Introdução da sua monografia.

A Introdução deve cumprir certos requisitos: recuperar os elementos do projeto, tais


como, tema, delimitação do tema, problemas, objetivos, hipóteses mais importantes,
metodologia empregada, justificativa da pesquisa e outros elementos necessários para situar
o trabalho, mas isso sob a forma de um texto argumentativo e elegante.

66
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

Ainda deve ser observado o seguinte: USE O VERBO NO FUTUTRO; ex: “Neste
trabalho serão abordados os principais aspectos envolvidos no....”; NÃO FAÇA CITAÇÕES
NA INTRODUÇÃO; DEVE SE APRESENTAR CADA SEÇÃO DO TRABALHO
INDIVIDUALMENTE: Ex: “A primeira seção terá...;na segunda seção será tratada a questão
do...”; e assim por diante.

QUANTIDADE DE PÁGINAS ESCRITAS: Como a introdução é a última coisa a


fazer, você pode calcular uma proporção de 6% de páginas escritas em relação ao resultado
total de páginas das seções da pesquisa.

No que se refere aos elementos textuais, é peça tão importante quanto a


Conclusão. Na Introdução o aluno deverá apresentar ao leitor a idéia central do
trabalho, procurando sempre motivar a leitura. Dessa forma, a Introdução deve ser
simples e objetiva.

9.3. Elementos pós-textuais

São elementos que se seguem ao texto.

a) glossário: vem a ser uma lista organizada alfabeticamente das palavras ou


expressões técnicas utilizadas no texto (categorias), acompanhadas das respectivas
definições (NBR 14.724/2002).

b) apêndice(s): são os textos elaborados pelo autor do trabalho, a fim de


complementar e comprovar as bases de argumentação, como por exemplo:
questionários, ofícios encaminhados aos entrevistados etc. Os apêndices devem ser
identificados por letras maiúsculas, travessão e pelos respectivos títulos.
67
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa
Exemplo: APÊNDICE A – Interpretação do art......... da Lei n.......

c) anexo (s): trata-se de material não elaborado pelo autor da pesquisa e


necessários para a fundamentação, ilustração ou comprovação de dados e informações
apresentados.
Exemplo: ANEXO A – Proposta de Emenda Constitucional n. .......

d) Índice(s): Trata-se de uma lista de informações empregadas no trabalho e útil


na facilitação do acesso aos autores ou assuntos, mencionando cada página respectiva
de seu aparecimento.

Não confunda Índice com Sumário – pois este é enumeração das divisões do
texto – ou com Lista – enumeração de componentes especiais do trabalho, pois o índice
é um elemento opcional que somente é utilizado na preparação de índice de publicação;
contudo serve como referencial em um trabalho acadêmico, sua elaboração deve
obedecer à NBR 6.034, de dezembro de 2004.

e) referências: Cada fonte consultada e mencionada no trabalho constitui uma


referência. As referências consistem em um conjunto padronizado de elementos
descritivos retirados de um documento e permitem sua identificação, cuja organização
deve seguir a NBR6023/2002 ABNT, são de presença obrigatória, com apresentação na
ordem alfabética dos sobrenomes dos autores e dos elementos que o substituem.

Importantíssima seção, as referências apresentam as fontes de suas pesquisas, que


autores, obras e tipos de mídia você pesquisou. Com certeza, no mundo acadêmico, é a
sua referência bibliográfica que abrilhantará o seu trabalho. Por isso capriche e procure
ampliar o máximo possível a sua fonte de referências.

Um detalhe muito importante a ser observado na pesquisa bibliográfica é que


esta deve se desenvolver no “tempo” em que sua pesquisa se apresenta.

Por exemplo:

68
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

a) Se o tema da sua pesquisa for algo histórico, como o “Tribunal do júri ao longo
da história do direito: avanços e retrocessos”, o pesquisador deve elaborar a pesquisa
iniciando-se, por exemplo, na era romana de depois de cristo, quando este foi julgado
pelo povo (observe que neste caso a pesquisa remonta ao início do primeiro milênio,
atravessando por alguns séculos, já que a pesquisa é histórica).

b) Se o tema abordado for atual, como piratas da internet ou depoimentos via tele-
conferência, a pesquisa deve centrar-se, principalmente, em bibliografia atual.
Em resumo, o pesquisador dever entender que a bibliografia deve situar-se no
período em que o tema e a hipótese acontecem.

Mas que fique claro que isso é apenas uma dica para o melhor entendimento do
desenvolvimento dos trabalhos de monografias e que, adiante, nos aprofundaremos na
elaboração desses trabalhos de forma mais técnica.

Neste assunto – referências - há uma história interessante do professor Arnaldo


Magalhães:

Ao concluir seu mestrado, houve a idéia de, com base na sua dissertação, publicar
um livro. Assim, ele procurou um editor e após alguns contatos telefônicos este pediu
que ele levasse uma cópia impressa do que seria o livro.

Durante esta reunião com o editor, ao entregar-lhe a cópia, o professor Arnaldo


notou que o editor começou a dar uma olhada nas folhas da parte final e não no início.
Ainda que o professor Arnaldo estivesse explicando o desenvolvimento do raciocínio
que norteou o livro, o editor estava concentrado no que estava olhando. Por fim,
colocou toda a cópia em cima da mesa e comentou:

“Seu trabalho deve estar muito bom, porque sua bibliografia está excelente, com
ótimas fontes e autores. Vamos publicar.”

69
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa
Enfim, naquele dia, para o professor Arnaldo Magalhães ficou claríssimo que as
referências bibliográficas fazem toda a diferença!

Bem, contada esta história apenas para realçar a importância das referências
bibliográficas, apresentamos algumas dicas:

DICAS.

I. Procure se organizar, fazendo anotações de onde tirou a informação, qual a fonte da pesquisa.
II. Tenha em mente que não é necessário ler toda uma obra para citar algo importante.
III. Crie um critério de marcação de páginas de onde você irá tirar as informações que interessam;
marque as páginas onde constam as informações.
IV. Utilizar o índice dos livros é uma boa dica para “marcar” onde estão essas informações.
V. Se for o caso de jornais, se for possível, recorte o que interessa, porém não se esqueça de anotar,
no próprio recorte, o dia da publicação e os dados relevantes para as referências bibliográficas. Caso
tenha retirado de um jornal online, salve nos favoritos do seu computador ou salve a url em um
documento do word e anote o dia e a hora do acesso.
VI. Procure colocar recortes, boletins e coisas do gênero em uma pasta. Isso facilitará na hora em
que estiver redigindo o texto.
VII. Pesquisas na internet devem ter dia e hora do acesso, além, obviamente, do endereço. Anote.
VIII. Se a sua pesquisa for extensa, procure se organizar. Guarde os livros separados, com as
citações que quer fazer em destacadas, crie uma pasta para recortes e semelhantes, anote os
endereços da internet.
IX. Uma boa dica, se você dominar um pouco a ferramenta Excel, é criar uma planilha para anotar as
obras e páginas, as fontes de sua pesquisa. Desta maneira você terá de forma muito organizada toda a
pesquisa de seu TCC e, quem sabe no futuro, isto lhe ajudará para outros trabalhos ou até mesmo na
publicação de um livro. Se você optar por este caminho, organize a planilha na forma das referências
9.4 Estrutura de monografia.
bibliográficas: autor, obra, edição, local, editora, ano e página; organize tudo em ordem alfabética.
X. Procure separar nas referências bibliográficas: obras e periódicos, legislação e internet.

70
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

Modelo de capa em monografia

UNIVERSIDADE ..................
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA
PÓS-GRADUAÇÃO EM ...

TÍTULO DA MONOGRAFIA
subtítulo, se houver

Por
Autor do trabalho

Rio de Janeiro
Ano

71
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

Modelo de Folha de rosto em monografia

UNIVERSIDADE ..................
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA
PÓS-GRADUAÇÃO EM ...

TÍTULO DA MONOGRAFIA
subtítulo, se houver

Monografia apresentada à (nome da


universidade), como requisito parcial para a
obtenção do título de Especialista em (Nome do
Curso).

Por: (Autor da monografia)

Professor orientador: (Titulação e Nome do


Orientador)

Rio de Janeiro
Ano

72
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

Folha de aprovação

CURSO DE ________________________________________________

TÍTULO DA MONOGRAFIA
_________________________________________________________________________

ALUNO
(assinatura)
(nome por extenso) ______________ __________________

AVALIAÇÃO

1. CONTEÚDO
Nota: ____ Conceito: _____
Avaliador (assinatura)
(Nome do professor avaliador) ___________________________________

FORMA

Nota: ____ Conceito: _____


Avaliador (assinatura)
(Nome do professor avaliador) ___________________________________

NOTA FINAL: ______ CONCEITO: _______

Rio de Janeiro, _____ de _____________ de 200 __

(assinatura)
__________________________________
(Nome do Coordenador do Curso)
73
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

Referência bibliográfica

SOBRENOME, Nome do Autor, Título (em negrito): subtítulo, se houver. Ano. Total
de folhas. Monografia (Curso de Pós-Graduação em ......... ) – Nome da instituição por
extenso, Cidade (se não for identificada no nome da instituição), Ano.
SOBRENOME, nome do orientador, titulação.

Pista para catalogação.

74
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

A monografia deverá ter a seguinte sequência:

75
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

10. ARTIGO CIENTÍFICO : NBR 6022 da ABNT

Sobre este tipo de trabalho acadêmico já discorremos bastante, então vamos a parte pratica
para a confecção deste tipo de TCC:

10.1. Artigo de revisão

Parte de uma publicação que resuma, analisa e discute informações já publicadas.

10.2. Artigo original

Parte de uma publicação apresenta temas ou abordagens originais.

10.3 Artigo Científico

Artigo Científico: parte de uma publicação com autoria declarada, que apresenta e
discute idéias, métodos, técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do
conhecimento.

10.4 Estrutura

O artigo científico tem a mesma estrutura dos demais trabalhos científicos: aplicação
de conhecimentos, representando o resultado de leituras ou pesquisas. São considerados
completos, embora resumidos, geralmente publicados em revistas especializadas. Logo não
pode realmente ser muito grande, mas claro e conciso de forma que ao ser lido por outra
pessoa possa ser entendido. Poderá conter algo em torno de 20 páginas.

É composto de 3 etapas a saber:

a) Pré-textual
b) Textual
c) Pós-textual

76
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

10.4.1 Elementos pré-textuais

a) o título e subtítulo (se houver) devem figurar na página de abertura do artigo,


deve ser centralizado em fontes em negrito e maiores em relação às adotadas para
o corpo do texto.

b) a autoria: Nome completo do(s) autor(es) na forma direta, acompanhados de


um breve currículo que o (s) qualifique na área do artigo.

c) O resumo deve apresentar de forma concisa, os objetivos, a metodologia e os


resultados alcançados, não ultrapassando 250 palavras. Não deve conter citações.
“Deve ser constituído de frases utilizando o verbo na voz ativa e na terceira
pessoa do singular” (ABNT. NBR-6028, 2003, p. 2);

d) palavras-chave na língua do texto

Os elementos pré-textuais devem figurar na primeira folha do artigo.

10.4.2 Elementos textuais

b) Desenvolvimento

É a parte principal e mais extensa do trabalho, deve apresentar a fundamentação


teórica, a metodologia, os resultados e a discussão. Divide-se em seções e
subseções conforme a NBR 6024, 2003.

Aqui você discorrerá sobre sua pesquisa e organizará seus dados e informações.

77
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

c) Conclusão

A conclusão deve responder às questões da pesquisa, correspondentes aos


objetivos e hipóteses; deve ser breve podendo apresentar recomendações e
sugestões para trabalhos futuros;

Segundo NBR 14724:2005 “Trata-se da parte final do texto na qual se apresentam


conclusões correspondentes aos objetivos ou as hipóteses” . Nesta parte o autor
deve apresentar os resultados obtidos considerando o alcance referentes aos
objetivos pretendidos ou as hipóteses traçadas para o trabalho, podendo resumir
brevemente o que foi traçado em cada seção. No caso da conclusão o verbo será
usado no passado. Ex: “Na primeira seção pode-se constatar a sonegação fiscal é
um problema...”. Não formule novos argumentos e nem use citações, mas um
posicionamento consistente tendo por base o que foi explanado no
desenvolvimento.

Terminada a fase textual, você já tem a maior parte do trabalho pronto, tudo já
foi exposto e assim você já pode iniciar a conclusão. Ou melhor, só então você
pode começá-la. Concluir significa finalizar, significa que você já pode apresentar
todo o raciocínio desenvolvido. Assim, com certeza, você terá facilidade na sua
elaboração.

É importante que você efetue a sua conclusão, obviamente, com base em todo o
trabalho desenvolvido, buscando resumir o que foi apresentado. Imaginamos que
você deva estar pensando: óbvio que devo concluir o trabalho que desenvolvi.
Mas, não raro, é comum encontrar conclusões que nada ou pouco tem a haver com
o trabalho desenvolvido.

78
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

É, talvez, a parte mais importante do trabalho que, obviamente, deve ter


conteúdo. É nessa parte que o aluno estará “fechando”, concluindo, todo o
raciocínio adotado para consolidar a pesquisa.

c)Introdução

Enfim, chegamos à última fase. É muito comum encontrar alunos que pretendem
ou já começaram suas monografias pela introdução. Mas aí perguntamos: como
fazer a Introdução de um trabalho que ainda nem começou? Como você pode
comentar, chamar a atenção do leitor para algo que você não tem a menor idéia de
como vai terminar? Sim, porque quando elaboramos um trabalho de pesquisa,
podemos até imaginar como ele ficará, mas certeza nunca teremos, só quando
terminado.

A Introdução é um breve relato do que o leitor irá encontrar no seu trabalho, ou


seja, é uma forma resumida de demonstrar como foi feita a sua pesquisa, o que
está sendo apresentado no trabalho e a que conclusão se chegou (neste caso, sem a
riqueza de detalhes da Conclusão). É também a maneira que temos para atrair a
atenção do leitor. Devemos, inclusive, relatar o que poderá ser visto na obra e em
que seções do trabalho.

Assim, só depois de concluído o trabalho é que você deve se dedicar a elaborar a


Introdução do seu artigo científico.

79
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

Na introdução deve-se expor a finalidade e os objetivos do trabalho de modo que


o leitor tenha uma visão geral do tema abordado. De modo geral, a introdução
deve apresentar: o assunto objeto de estudo ou o tema; as justificativas que
levaram a escolha do tema, o problema de pesquisa, a hipótese de estudo, o
objetivo pretendido, o método proposto, a razão de escolha do método e principais
resultados.

Ainda deve ser observado o seguinte: USE O VERBO NO FUTUTRO; ex: “Neste
trabalho serão abordados os principais aspectos envolvidos no....”; NÃO FAÇA
CITAÇÕES NA INTRODUÇÃO; DEVE SE APRESENTAR CADA SEÇÃO DO
TRABALHO INDIVIDUALMENTE: Ex: “A primeira seção terá...;na segunda
seção será tratada a questão do...”; e assim por diante.

QUANTIDADE DE PÁGINAS ESCRITAS: Como a introdução é a última coisa


a fazer, você pode calcular uma proporção de 6% de páginas escritas em relação
ao resultado total de páginas das seções da pesquisa.

No que se refere aos elementos textuais, é peça tão importante quanto a


Conclusão. Na Introdução o aluno deverá apresentar ao leitor a idéia central do
trabalho, procurando sempre motivar a leitura. Dessa forma, a Introdução deve ser
simples e objetiva.

80
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

11.4.3 Elementos Pós-Textuais

a) Referências

Cada fonte consultada e mencionada no trabalho constitui uma referência. As


referências consistem em um conjunto padronizado de elementos descritivos retirados
de um documento e permitem sua identificação, cuja organização deve seguir a
NBR6023/2002 ABNT, são de presença obrigatória, com apresentação na ordem
alfabética dos sobrenomes dos autores e dos elementos que o substituem.

Importantíssima seção, as referências apresentam as fontes de suas pesquisas, que


autores, obras e tipos de mídia você pesquisou. Com certeza, no mundo acadêmico, é a
sua referência bibliográfica que abrilhantará o seu trabalho. Por isso capriche e procure
ampliar o máximo possível a sua fonte de referências.

Um detalhe muito importante a ser observado na pesquisa bibliográfica é que esta


deve se desenvolver no “tempo” em que sua pesquisa se apresenta.

Por exemplo:

Se o tema da sua pesquisa for algo histórico, como o “Tribunal do júri ao longo da
história do direito: avanços e retrocessos”, o pesquisador deve elaborar a pesquisa
iniciando-se, por exemplo, na era romana de depois de cristo, quando este foi
julgado pelo povo (observe que neste caso a pesquisa remonta ao início do
milênio, atravessando por alguns séculos, já que a pesquisa é histórica).

Se o tema abordado for atual, como piratas da internet ou depoimentos via tele-
conferência, a pesquisa deve centrar-se, principalmente, em bibliografia atual.

Em resumo, o pesquisador dever entender que a bibliografia deve situar-se no


período em que o tema e a hipótese acontecem.

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Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

Mas que fique claro que isso é apenas uma dica para o melhor entendimento do
desenvolvimento dos trabalhos de monografias e que, adiante, nos aprofundaremos na
elaboração desses trabalhos de forma mais técnica.

DICAS.

I. Procure se organizar, fazendo anotações de onde tirou a informação, qual a fonte da pesquisa.
II. Tenha em mente que não é necessário ler toda uma obra para citar algo importante.
III. Crie um critério de marcação de páginas de onde você irá tirar as informações que interessam;
marque as páginas onde constam as informações.
IV. Utilizar o índice dos livros é uma boa dica para “marcar” onde estão essas informações.
V. Se for o caso de jornais, se for possível, recorte o que interessa, porém não se esqueça de anotar,
no próprio recorte, o dia da publicação e os dados relevantes para as referências bibliográficas. Caso
tenha retirado de um jornal online, salve nos favoritos do seu computador ou salve a url em um
documento do word e anote o dia e a hora do acesso.
VI. Procure colocar recortes, boletins e coisas do gênero em uma pasta. Isso facilitará na hora em
que estiver redigindo o texto.
VII. Pesquisas na internet devem ter dia e hora do acesso, além, obviamente, do endereço. Anote.
VIII. Se a sua pesquisa for extensa, procure se organizar. Guarde os livros separados, com as
citações que quer fazer em destacadas, crie uma pasta para recortes e semelhantes, anote os
endereços da internet.
IX. Uma boa dica, se você dominar um pouco a ferramenta Excel, é criar uma planilha para anotar as
obras e páginas, as fontes de sua pesquisa. Desta maneira você terá de forma muito organizada toda a
pesquisa de seu TCC e, quem sabe no futuro, isto lhe ajudará para outros trabalhos ou até mesmo na
publicação de um livro. Se você optar por este caminho, organize a planilha na forma das referências
bibliográficas: autor, obra, edição, local, editora, ano e página; organize tudo em ordem alfabética.
X. Procure separar nas referências bibliográficas: obras e periódicos, legislação e internet.

82
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

10.5 Estrutura do artigo científico

...O artigo é o trabalho científico que mais exige de


seu autor o exercício da capacidade criativa, pois ele
possui uma penetração maio e um público mais
amplo.(BRENNER, 2007 p51)

A estrutura do trabalho pode ser apresentada em dois estilos básicos: ou o texto vem
articulado em Introdução, Itens (e subitens), Conclusão e Referências, ou pode ser
apresentado na forma de um texto corrido em cujo conteúdo estejam contempladas Introdução
e Conclusão, além do desenvolvimento do texto. De qualquer forma, as Referências vêm em
separado, ao final.

83
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

A ANÁLISE DOS ATOS DE CONCENTRAÇÃO PELO CADE:


CONSEQUÊNCIAS DA ANÁLISE POSTERIOR AO EVENTO

Arnaldo Magalhães8
Maio/2008.

RESUMO
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Palavras-chave: Análise da atos de concentração; mercado relevante; concorrência; análise


prévia, CADE.

8
Mestre em Direito pela Universidade Cândido Mendes; Advogado; Contador; pós-graduado em econômia pela
FGV-RJ e especialista em Varejo pela Universidade Veiga de Almeida, coordenador e professor de cursos de
pós-graduação.

84
Manual Prático de Metodologia da Pesquisa

Referências

BRENNER, Eliana de Moraes; JESUS, Dalena Maria Nascimento de. Manual de


Planejamento e Apresentação de Trabalhos Acadêmicos. São Paulo: Atlas, 2007.

ECO, Umberto. Como se Faz uma Tese. São Paulo: Perspectiva, 2012.

KROKOSCZ, Marcelo. Autoria e Plágio – um guia para estudantes, professores,


pesquisadores e editores. São Paulo: Editora Atlas, 2012.

LAROSA, Antonio Marco; AYRES, Fernando Arduini. Como Produzir uma Monografia.
Rio de Janeiro: Wak Editora, 2005.

MAGALHÃES, Arnaldo Pereira; PEREIRA, Efigênia. Manual Prático de Metodologia da


Pesquisa: ênfase em monografia e artigo científico, 1ª ed. Rio de Janeiro: Editora Leon
Denis, 2008.

MEZZAROBA, Orides; MONTEIRO, Cláudia Servilha. Manual de Metodologia da


Pesquisa no Direito. São Paulo: Editora Saraiva, 2003.

PRODANOV, Cleber Cristiano, FREITAS, Ernani Cesar de. Metodologia do Trabalho


Científico: Métodos e Técnicas da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico. 2ª edição. Editora
Feevale. 2013.

VENTURA, Magda; MACIEIRA, Sílvio. Curso de Metodologia Científica, 3ª ed. Rio de


Janeiro: Editora Freitas Bastos, 2004.

http://mecsrv125.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=385&Itemid
=316 Acessado em: 12 de dezembro de 2014.

http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rces001_07.pdf Acessado em: 12 de dezembro de


2014.

http://www.feevale.br/Comum/midias/8807f05a-14d0-4d5b-b1ad-1538f3aef538/E-
book%20Metodologia%20do%20Trabalho%20Cientifico.pdf Acessado em: 12 de dezembro
de 2014.

http://www.techtudo.com.br/tudo-sobre/microsoft-word-2013.html Acessado em: 21 de janeiro 2015.


85

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