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Fichamento: 02

Nome do artigo: O SIGNIFICANTE EM JACQUES LACAN E SUA


CONTRIBUIÇÃO PARA UMA HISTÓRIA DA LOUCURA
Autor: Danieli Machado Bezerra

P.01:
Para Lacan, o homem nasce na linguagem precisamente como nasce no mundo, como também
nasce pela linguagem.

O significante:
Ao longo da explanação em torno do que concebemos sobre o que é o significante para a
teoria lacaniana, enfocamos aqui, seis aspectos da operação significante que consideramos
importante destacar, são essas as características: primeira, a questão da supremacia do
significante em relação ao significado; segunda, o significante é uma unidade que simboliza
ausência; terceira, o significante opera segundo as leis da cadeia significante; quarta, o
significante desfila na cadeia dos significantes; a quinta característica; o significante tem o
caráter de duplicidade quando opera na cadeia dos significantes e, por fim, a sexta
característica; o significante produz neologismo.

P.02:
Para a psicanálise, a linguagem não é sinal, não é signo, nem sequer signo da coisa como
realidade externa materializada em grafismos alfabéticos ou numéricos como argumentam os
linguistas modernos.

Lacan: o significante não se designa a si mesmo como ocorre com o vocábulo ou com a palavra
na teoria da história conceitual. O significante se sustenta porque está sempre remetido a
outro significante.

P.04:
o significante é unidade que simboliza uma ausência

Trata-se de um emaranhado existente dentro da cadeia simbólica que leva a produção de


outro e mais outro significante. (LACAN, [1966], 1998: 505)

P.05:
O significante da teoria lacaniana vai na contramão do discurso da linguística, ele representa
um sujeito para outro significante.

O significante desfila na cadeia pela ordem simbólica

Lacan afirma que o homem desde antes de nascer e para-além da morte está preso na cadeia
simbólica e “nela antes que se bordasse a história; (LACAN, [1966], 1998: 471).
Na psicose o sujeito não está na dependência do que é manifestado no nível das significações,
também é marcado dentro do labirinto significante onde o sujeito se situa de maneira fixa e
perdida. O psicótico se perde em meio aos significantes que lhe constituem como sujeito
(LACAN, [1955-1956], 2002: 228).

Não sabemos sobre o que falamos porque o inconsciente age ali, o tempo todo.

Em Lacan, o que permite um entendimento sobre o que seja o significado e a operação


significante é a barra existente entre eles cuja marca é definida pelo recalque.

P.06:
Com a psicanálise, essa questão acerca das palavras e seus conteúdos latentes, ganha um novo
estatuto, “as significações humanas se deslocam, e modificam o conteúdo dos significantes,
que ganham empregos diferentes” (LACAN, [1955-1956], 2002: 140). A palavra por si só não
existe, o que existe é o significante.

“Sem a duplicidade fundamental do significante e do significado, não há determinismo


psicanalítico concebível”, não há sintoma (LACAN, [1955-1956], 2002: 140).

O significante possui leis próprias, difíceis de serem isoladas e independe do significado e da


significação.

P.07:
Inconsciente se estrutura através da linguagem que funciona segundo as leis presentes na
cadeia dos significantes.

Para Lacan essa função é dupla porque temos um sujeito que é o sujeito do enunciado e o
sujeito da enunciação

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