1) Saussure e Lacan divergem quanto à importância do significante versus o significado na linguagem: para Saussure o significado é mais importante, enquanto para Lacan são os significantes.
2) Enquanto Saussure vê a relação entre significante e significado como arbitrária e fixa, Lacan enfatiza o caráter fluido e variável do significado ao longo da cadeia de significantes.
3) Lacan defende que o inconsciente é constituído pelo "deslizamento dos significantes", de modo que o sujeito é representado por um significante
1) Saussure e Lacan divergem quanto à importância do significante versus o significado na linguagem: para Saussure o significado é mais importante, enquanto para Lacan são os significantes.
2) Enquanto Saussure vê a relação entre significante e significado como arbitrária e fixa, Lacan enfatiza o caráter fluido e variável do significado ao longo da cadeia de significantes.
3) Lacan defende que o inconsciente é constituído pelo "deslizamento dos significantes", de modo que o sujeito é representado por um significante
1) Saussure e Lacan divergem quanto à importância do significante versus o significado na linguagem: para Saussure o significado é mais importante, enquanto para Lacan são os significantes.
2) Enquanto Saussure vê a relação entre significante e significado como arbitrária e fixa, Lacan enfatiza o caráter fluido e variável do significado ao longo da cadeia de significantes.
3) Lacan defende que o inconsciente é constituído pelo "deslizamento dos significantes", de modo que o sujeito é representado por um significante
Saussure – diz que linguagem seria formada por elementos
chamados signos. Lacan – diz que a linguagem seria formada por elementos chamados significantes. (Lacan chega a essa afirmação, baseado em suas experiências com a formação do inconsciente – sonhos, lapsos, chistes, atos-falhos, etc).
Saussure – O significante “seria a parcela material do signo linguistico (o
som da palavra, por exemplo)”. Ex. Arvore – ( tree, arvore, arbre) – são três significantes de um mesmo significado que é árvore – assim o significado é mais importante que o significante. Lacan – O Significante estaria no lugar do Outro, é lá que estão os significantes. “Lacan define o Outro precisamente como “tesouro dos significantes”. Logo para Lacan os significantes seriam mais importantes do que o significado.
Saussure – Significante e significado estão unidos arbitrariamente “em
função do acaso, a saber: o significante e o significado. O significante seria a parcela material do signo linguístico (como já foi dito por exemplo o som das palavras) e o significado seria o conceito, o sentido, a ideia associada ao significante”. (quando se fala arvore (significante) você associa aquilo que faz sentido significado árvore (aquilo que tem um tronco, galhos e folhas). Lacan – Já o significado para Lacan seria o volátil, “evanescente, como um fluido que desliza ao longo da cadeia de significantes. E a “noção de signo deveria ser relativizada, já que uma relação mais ou menos fixa entre significante e significado estaria restrita a um dado contexto”.
Lacan passa a dar mais importância para o significantes do que para o
significado, pois o inconsciente se interessa mais pelos significantes do que pelos significados. Os significados podem também ser um novo significante. Ou seja, uma árvore tem um significado no dicionário igual para todos como diz Saussure, mas para o inconsciente ela pode, dependendo do significantes de cada sujeito, remeter a outra coisa, um lugar onde tenha ocorrido algo que só o sujeito vai poder saber a respeito por exemplo. Assim Lacan nos diz que o sujeito é aquilo que um significante representa para outro significante. Difícil né? O que será isso? É como se dissesse assim “Eu sou aquilo que um significante representa para outro significante”. “O que é interessante em Lacan é que o significado é outro significante, não existindo significado fixo de nenhum significante. Se pegarmos um significante e fixarmos um significado com um significante e em seguida formos definir este último, vamos encontrar outro significante e assim por diante. Nas palavras de Antonio Quinet o inconsciente é constituído assim: “ ‘‘Pelo desfilamento dos significantes, que deslizam sem cessar não se detendo em significados’’. Assim o autor nos diz que do ponto de vista de Lacan, “nós não somos aquilo que acreditamos ser e que a capacidade de sermos diferentes do que somos não depende de nós, mas do Outro”. “Dito de modo mais simples e direto, o que Lacan pretende expressar com sua fórmula é a tese de que nós, nossos desejos, nossos projetos, nossas concepções sobre a vida, nossos amores, enfim, tudo o que decorre de nós estaria na dependência do discurso do Outro. Não foi por acaso que nessa primeira etapa de sua obra Lacan definiu o inconsciente justamente como o “discurso do Outro”. É no campo do Outro que de modo autônomo os significantes se articulam uns aos outros produzindo-nos como um mero efeito”. (Lucas Napoli). O autor ainda coloca que boa parte daquilo que acreditamos ser, bem como uma série de nossos comportamentos e atitudes possam estar ligados mais ou menos diretamente aos desejos de nossos pais e à nossa herança cultural. Estamos de certa forma alienados no desejo dos outros.