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EXPRESSIONISMO NO BRASIL

HERANCASE
AFINIDADES
Fundação Bienal de São Paulo.
F981 e Expressionismo no Brasil: heranças e
afinidades. São Paulo, Imprensa Oficial
do Estado, 1985.
128p. 176 repr: 85b. p. + 9lcoL

Catálogo da exposição realizada no Pa-


vilhão Engenheiro Armando Arruda Pe-
reira, dentro da 18? Bienal Internacional de
São, Paulo, de 04 de outubro a 15 de dezem-
bro de 1985.

L Expressionismo no BrasiL I. Funda-


ção Bienal de São Paulo. n. Título.
CDD: 759.06981
CDU: 7.036.7(81) IMPRENSA OFICIAL DO ESTADO S.A.IMESP
EXPRESSIONISMO
NO BRASIL:
HERANÇAS
EAFINIDADES

18~ Bienal Internacional de São Paulo

de 4 de outubro a 15 de dezembro de 1985

Pavilhão da Bienal
Parque Ibirapuera, São Paulo - Brasil

I
• Fundação Bienal de São Paulo

3
PATRocíNIO OFICIAL

Governo Federal
Presidente José Sarney
Ministério da Cultura
Aluísio Pimenta, Ministro
Ministério das Relações Exteriores
Olavo Egydio Setubal, Ministro

Governo do Estado de São Paulo


Governador André Franco Montoro
Secretaria de Estado da Cultura
Jorge de Cunha Lima, Secretário

Prefeitura do Município de São Paulo


Prefeito Mário Covas
Secretaria Municipal da Cultura
Gianfrancesco Guarnieri, Secretário

4
Diretoria Executiva
Roberto Muylaert - Presidente
Mário Pimenta,Camargo - 1.° Vice-presidente
Pedro D Alessio - 2.° Vice-presidente
Henrique Pereira Gomes
João Augusto Pereira de Queiroz
João Marino
Stella Teixeira de Barros
Thomaz Jorge Farkas

Comissão de Arte e Cultura


Sábato Antonio Magaldi - Presidente
Ulpiano Bezerra de Meneses - Secretário
Casemiro Xavier de Mendonça
Fábio Luiz Pereira de Magalhães
Glauco Pinto de Moraes
João Marino
Luiz Diederichsen Villares
Renina Katz
Sheila Leirner - Curadora Gera/18.a B/SP

Curadores Expressionismo no Brasil: Heranças e Afinidades


Stella Teixeira de Barros
Ivo Mesquita

Assessoria Especial
Renina Katz
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Pela 18.a vez acontece a Bienal Internacional de São O edifício foi preparado e equipado para atender a
Paulo, um sonho de Ciccilo Matarazzo tornado realidade esses grandes eventos, e uma equipe foi formada para
em 1951 e mantido vivo ao longo de 35 anos de lutas. cuidar de nossa área de feiras e exposições, recuperando
Naquela época só existia no mundo a Bienal de o Pavilhão da Bienal, na condição de segundo maior
Veneza, criada em 1895. espaço de São Paulo, em área coberta.
Hoje existem também as Bienais de Paris - França, O setor de artes plásticas naturalmente continuou
Medellin - Colômbia, Cairo - Egito, Praga - Checoslováquia prioritário, realizando-se em 1984 a grande exposição
(Bienal das Pequenas Esculturas), Sydney Austrália, 'Tradição e Ruptura" - e preparando-se,
Havana - Cuba, Documenta de Kassel (quadrienal)- concomitantemente, a 18.a Bienal Internacional de São
Alemanha, além da Ouinqüenal de Toronto - Canadá, a Paulo.
partir de 1990. Organizar uma Bienal é ao mesmo tempo um desafio
Essas manifestações de arte contemporânea são preocupante e uma oportunidade gratificante.
quase todas mostras oficiais, contando com 100% de Talvez não haja no Brasil um outro evento com 35
recursos provenientes dos seus respectivos governos. anos de tradição, que reúna 46 países. E o prestígio da
A nossa exposição é exceção: uma realização da nossa Bienal Internacional firma-se cada vez mais, como
Fundação Bienal de São Paulo, contando em 1985 com se constata pelo crescente número de países
85% de recursos provenientes da área privada, não como participantes e de exposições especiais montadas.
mecenato, mas como investimento com retorno A 18.a Bienal, a primeira da Nova República,
institucional para as empresas. demonstra uma pujança que promete vida longa para a
O Pavilhão da Bienal tem hoje uma ocupação de instituição. E os diversos países participantes, juntamente
100% ao longo do ano, sendo 80% de seu espaço-tempo com o Brasil, são co-responsáveis por esse estado de
utilizado por iniciativas de caráter cultural e 20% por feiras espírito dinâmico e positivo que domina o evento. Seus
industriais. esforços foram sensíveis, no sentido de que as
Os custos da 18.a Bienal Internacional de São Paulo representações estrangeiras trouxessem o que de melhor
são cobertos da seguinte maneira: 15% de recursos se adaptasse às condições específicas da nossa mostra e
públicos; 20% provenientes do patrocinador geral, o do nosso país.
COMINO; 20% da cessão de espaço para feiras e Nesse sentido destaca-se a volta de importantes
exposições ao longo do ano; e 50% dos demais países, ausentes das nossas Bienais por alguns anos e
patrocinadores* e colaboradores, mais a arrecadação do que retornam com representações de destaque.
próprio evento. ''A Bienal é uma Festa" foi a frase que encontramos,
Embora a utilização do Pavilhão da Bienal pelo setor logo no início da organização, para definir o que seria a
industrial constitua uma pequena parcela do total, foi sua 18.a versão em 1985. Ela reflete o espírito da mostra,
necessário um grande esforço administrativo interno para que viria a ser desenvolvida com empenho, dedicação e
que as importantes feiras nacionais e internacionais até sacrifício, pela nossa valorosa equipe orientada pelo
pudessem acontecer no Ibirapuera. Conselho de Administração da Bienal, Diretoria Executiva,
Comissão de Arte e Cultura, Curadoria Geral e Curadorias
das diversas exposições.
Outra definição importante, estabelecida desde o
projeto original, foi a de que a 18.a Bienal seria antes de
tudo brasileira, não só em sua concepção, projeto e
montagem, como no sentido de reservar a maior área
possível aos artistas nacionais e às nossas manifestações
culturais vinculadas ao espírito da mostra.
Foi assim que surgiram as exposições
"Expressionismo no Brasil: Heranças e Afinidades",
"Turista Aprendiz", ''A Criança e o Jovem na Bienal",
"Xilogravuras Populares Contemporâneas na Literatura de
Cordel- anos 60/70", além de uma importante
programação musical, integrada ao espírito da exposição.
Procurou-se criar um evento de alta densidade, ao
longo dos 30 mil m 2 da exposição e também no auditório
contíguo situado no MAC - Museu de Arte
Contemporânea da USP - , onde se sucedem as
audições de música, performances, palestras, filmes e

+-
toda a sorte de manifestações ligadas à grande mostra de
artes plásticas.

* Na exposição especial "Expressionismo 1'10 Brasil Heranças e


Afinidades" contamos com o patrocínio da Cia. Antárctica Paulista.
7
Realizando uma Bienal a partir de uma experiência
brasileira, geramos um grande interesse também por parte
das centenas de estrangeiros que nos visitam, dentre
artistas, jornalistas e pessoas ligadas à arte no mundo
inteiro. Esse interesse independe das críticas favoráveis e
desfavoráveis ou das polêmicas geradas, que fazem parte
da tradição das bienais em geral. As dimensões da 18.a
Bienal deram oportunidade a que se formasse uma grande
equipe de especialistas na montagem de grandes
exposições, cuja experiência poderá beneficiar outras
instituições culturais.
Nos países mais desenvolvidos discute-se hoje a
validade das Bienais. Talvez porque ali já exista uma certa
saciedade com relação às incontáveis manifestações
artísticas contemporâneas à disposição do público em
geral, sem muitas características que as diferenciem uma
das outras.
O caso do Brasil é bem diferente. Em nosso país a
existência da Bienal Internacional se destaca como única
manifestação periódica existente, com tal dimensão,
abrangência e tradição.
Seu papel de pioneirismo e de abertura para o
mundo representou a grande influência de toda uma
geração de artistas brasileiros, e ao mesmo tempo, um
grande fator de atualização e conhecimento cultural para
os visitantes de todo o Brasil, ao longo dos anos.
Em uma nação em que as prioridades de caráter
social precisam se sobrepor às culturais, a Bienal se
orgulha de não onerar em demasia os cofres públicos. O
Brasil consegue realizar uma exposição cujo custo é
apenas um pequeno percentual do investimento requerido
por Bienais de outros continentes. Isso contando com um
número bem maior de países participantes em relação às
outras importantes Bienais, e um público equivalente.
Foi pensando primordialmente nesse público,
batizado genericamente por nós - a partir da exposição
''Tradição e Ruptura" - como"visitante anônimo", que
organizamos a 18~ Bienal Internacional. São esperadas
duzentas mil pessoas, na maioria sem conhecimentos
profundos sobre arte, mas que prestigiam e por isso
justificam por si só a existência da Bienal Internacional de
São Paulo.
Elas encontrarão no pavilhão da Bienal 2.400 obras,
representando 46 países e 400 artistas de quatro
continentes. É para esse nosso público que a Bienal foi
concebida, procurando ser didática, atraente e acessível,
mas sem perda do rigor técnico que uma exposição desse
nível deve manter, enquanto preserva a sua visão
universalista e a sua condição de acontecimento de
vanguarda.
Um destaque todo especial foi dado às crianças,
trazidas à Bienal em grande número, orientadas por uma
monitoria especialmente treinada para conduzi-Ias.
Ao se inaugurar o nosso principal evento, a maior
ambição é conseguir, por meio dele, aguçar o espírito e a
sensibilidade do "visitante anônimo". A ele é dedicada a
18.a Bienal Internacional de São Paulo. Assim como aos
artistas, a razão de ser da nossa exposição.

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o primeiro passo, com respeito à realização da 18.a Não foi por acaso que - inicialmente - a mostra
Bienal Internacional de São Paulo foi amarrar todos os tinha seu nome no plural: "Expressionismos na Arte
objetivos mima só proposta organicamente entrelaçada e Brasileira do século XX". Além de apontar a
congruente, de modo que cada segmento tivesse a sua interdisciplinaridade característica do movimento (se é
razão de ser dentro da totalidade do grande evento. que se pode chamar o expressionismo de movimento) o
Um dos propósitos era apresentar artistas projeto preliminar de Luiz Carlos Daher, pretendia ser a
individuais, movimentos e grupos históricos que realmente expressão do tempo moderno e também contemporâneo,
contribuíram não apenas para o desenvolvimento, mas de sua pluralidade e fragmentação. Ele sabia
sobretudo para o nosso entendimento da arte perfeitamente - tanto quanto Stella e Ivo também
contemporânea. O 'papel básico de uma bienal, afinal, é souberam captar - qual a função, alcance e significado
auxiliar a compreensão da época artística que ela de uma exposição nos dias de hoje e a importância do
espelha. próprio temperamento e da visão subjefiva para a verdade
"O Homem e a Vida" é a designação para uma polêmica (e felizmente discutível) de sua realização.
coleção de idéias definidas, conceitos críticos que A morte de Luiz Carlos Daher no início deste ano foi
propõem - de maneira empírica e não convencional - um duro golpe. Extremamente aberto, criativo, jovial e
uma empatia com o objeto de análise e, portanto, uma entusiasmado, Daher havia compreendido perfeitamente o
empatia com o espírito da época que ele traduz. espírito do grande evento. O desejo de realizar a exposição
Que outra corrente do passado poderia ter maior de modo que ela fosse o análogo estilístico do próprio
ligação com o estilo, as questões e o referencial histórico expressionismo estava de acordo com o seu
das mais recentes vertentes artísticas do que o temperamento livre e irreverente.
expressionismo? Que outra postura senão a liberdade anti- A volta da pintura em novos moldes, a linguagem
acadêmica de pesquisa, oposta aos ranços e à rigidez de considerada como instrumento de mudança, a passagem
certos historicismos científicos, permitiria associar o de um trabalho a outro, o prazer reencontrado na
expressionismo ao espírito da 18~ Bienal, já que ela se execução artesanal da arte, a volta da metáfora e da
pretende empiricamente análoga ao seu momento na metonímia, o clima antropológico (cuja reprodução está
arte? presente no espírito da 18~ Bienal Internacional de São
Nem uma outra tendência, talvez, se revelou em tão Paulo) tudo isso fascinou Daher. Tudo isso produziu finas
diversas e ao mesmo tempo tão relacionadas vibrações em sua sensibilidade. A ponto de ele realmente
manifestações: do cinema, teatro e dança, à literatura, ver nas mais novas gerações e em seu individualismo,
música e artes plásticas. Uma interdisciplinaridade muito hedonismo e egolatria, entre muitas outras coisas, uma OJ
enfatizada nesta 18.a edição da Bienal. Além do que, ao

z~
extensão vibrante das questões desenvolvidas no correr
contrário do concretismo e neo-concretismo, arte cinética, do século.
construtivismo - e às vezes até do próprio Porém, tudo isso também produziu um fascínio muito
expressionismo abstrato - o Expressionismo remete grande sobre os curadores que retomaram o projeto
diretamente ao Homem e à Vida. Por uma simples questão
de empatia imediata com está idéia, sobretudo quando ela
implica em emoção e subjetividade.
"Expressionismo no Brasil: Heranças e Afinidades" é
uma exposição que nasceu destas premissas, mas que
inicial. Pois eles elaboraram uma nova exposição
dedicada às heranças e afinidades do expressionismo,
visando fortificar a ponte que liga o passado ao presente
da arte. Sua pesquisa séria, dedicada e brilhante, seu
esforço em resgatar um momento de enorme importância
»l.
~
também se configura agora como um evento autônomo.
Busca apresentar ordenamente questões específicas de
modo que fiquem criticamente claras para o público.
na nossa história, são uma justa homenagem a Daher.
Arquiteto, artista, e um dos mais inteligentes
pesquisadores brasileiros de arte.
m
-O
Existe um imaginário expressionista brasileiro? Seria este
o lado selvagem, irracional, de um Brasil conhecidamente
concretista, positivista?
OJ
Como é a passagem da modernidade à pós-
modernidade? Qual a diferença entre os procedimentos
m
plásticos, o estilo do chamado "novo expressionismo" e as Z
linguagens do passado? Quais os seus pontos de contato
e distanciamento? De que maneira o expressionismo é
uma herança? Onde estão suas afinidades?
"Expressionismo no Brasil: Heranças e Afinidades"
»
I
reflete o ponto de vista de seus curadores, Stella Teixeira
de Barros e Ivo Mesquista. Como, aliás, deve ser qualquer
exposição de arte. Mas, ao mesmo tempo, não pontifica.
Está aberta a novas questões, propondo.uma continuidade
reflexiva. Há ali, uma articulação não convencional dos
trabalhos, que se inicia no presente e leva o espectador -
através da história - às fontes da sua alimentação. Esta
articulação, novamente, segue o princípio básico da 18~
Bienal Internacional de São Paulo, que dota de maior e
mais profundo significado a analogia de linguagens.

9
OSWALDO GOELDI
Os três staretzi s.d.
xilogravura, 14,5 x 20
(n.o cat 159)

10
»
E
N-

O
O
~

Q
O
O

Esta mostra é dedicada à memória do arquiteto Luiz


Carlos Daher, professor da Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo da Universidade de São Paulo, intelectual e
artista, primeiro estudioso do Expressionismo brasileiro
como um todo. Despertou em seus contemporâneos o
interêsse e a paixão - pois só qssim se pode entendê-lo
- pelas realizações deste movimento. Preocupado com
todas as formas da linguagem expressionista: arquitetura,
artes plásticas, teatro, dança, literatura, música e cinema
- sua idéia para uma exposição na 18.a Bienal pretendia a
mesma abrangência, conforme projeto de sua tese de
Doutorado na USP
A presente exposição teve como ponto de partida os
arquivos dele, que sua família gentilmente franqueou às
.pesquisas desta curadoria.
SI.B. e I.M.
11
MARCELO GRASSMAN N
Sem título 1946
xilogravura, 29 x 18
(n.o cat.174)
12
Cunhado na França, em 1901, para designar a As crises "antenadas" no pré-guerra ganharam sua
forma mais extrema nos horrores da guerra de 1914, ~
m
produção artística dos fauves que, assumindo a totalidade
-t- X
OU
da "obra expressante", caracteriza a matéria contra a provocando a sensação de que tudo fora em vão. Na arte
forma, o termo Expressionismo alinha na história da arte se acentuaria a busca de formas puras de conhecimento e
um cânon estético e antropológico a mais de interpretação a procura de uma presença mais efetiva na política, que
do mundo. Assim, Miguel Angelo opõe-se a Ucello, Rubens
a Poussin, Delacroix a Ingres, Matisse a Braque. E entre
nós, como esquecer os rostos deformados e os gestos
extrapola do plano renovador da linguagem artística, para
a modificação da sociedade e da tradição cultural na
procura de um mundo novo. O Expressionismo,
Q~
torturados do Aleijadinho, como não atentar às cosmopolita na sua gênese, desdobra-se por diversos CU)
representações aflitas do Cordel nordestino?
Enquanto projeto das vanguardas históricas, a
países europeus. Radicalizando a consciência libertária,
protestatária, demolidora da arte, a negação pela negação,
{)U)
origem do Expressionismo está no movimento "Die
Brücke" (A Ponte), fundado em Dresden, no ano de 1905.
gera o grupo "Neue Sachlichkeit" (Nova Objetividade), que
nos anos imediatamente posteiores à 1 .a Guerra emprega
01
0
Não é difícil descobrir nele, e nos movimentos germânicos
coevos, resíduos vivos do Romantismo, e mesmo do
Gótico, entendidos como condição profundamente
vorazmente os processos em voga, na ânsia de denúncia
política, para significar o crespúsculo dos deuses, a
infâmia do mundo. Este novo Expressionismo mostra-se
Oz
existencial do ser humano. O criador expressionista anseia capaz de incorporar diversas conquistas de linguagem
Cf)

~ U)
~
dominar o real, sua angústia é ser envolvido pela realidade para a constituição de sua estratégia: delineia um ~
que o agride: "quer assuma a realidade, subjetivando-a - sincretismo que absorve desde a estruturação cubo- rol
conceitua Argan-quer projete-se sobre ela, objetivando- futurista até os procedimentos automatistas preconizados x'
~.
se, o essencial é o encontro do sujeito e do objeto, seu
corpo-a-corpo direto com a realidade". Em termos
pictóricos isto explicita a liberação do quadro em relação
pelo surrealismo. A produção plástica, que a partir desta
experiência ganhou nomes de Realismo Mágico, Realismo
Socialista, entre outros, vagou das diversas esquerdas à
P3
o..
co
OJ
O
ao objeto: as cores e pinceladas não mais exprimem extrema direita. ~
emoções e sensações suscitadas pelo "motivo", mas São propostas dessas correntes que Anita Malfatti e a
(J)
emergem da ressonância que o objeto desperta na psique Lasar Segall introduzem e fazem repercutir nos primórdios
do artista, que por sua vez, comunica-as ao espectador. do nosso Modernismo. Uma, carreando a tradição das o<"
Em princípios de nosso século, que se pretende cores fauvistas e da deformação expressionista; o outro, a :s;::
racionalista, e continuador da hercúlea tarefa de
construção e transformação do mundo industrial e
experiência do engajamento vivida na Alemanha. A
primeira exposição de Segall no Brasil data de 1913; a de
co
(J)
.o CJJ
~
c
tecnológico, a corrente expressionista aparece, não como Anita, depois de seus estudos em Berlim e nos Estados ~
um estilo strictu senso, nem como o desabrochar Unidos, de 1917. De permeio, o centenário de um marco
puramente individualista, que aflorava da atmosfera em nossa cultura: o da Missão Francesa, aportada no Rio
amarga das crises embutidas na euforia dos tempos de Janeiro em 1816, criadora da Academia Imperial de (J)
modernos: nele não existe deteminante artístico ou Belas Artes. Não se pode deixar de refletir um pouco a
filosófico. Caracteriza-se muito mais por traços
perpassados por uma multiplicidade de faturas -
pretexto dessas coincidências cronológicas.
Se a Missão Francesa propiciou uma ruptura nos
r-
aparentemente caóticas - que revelam paixão pelo moldes culturais a que estávamos apegados desde
arcaico e primitivo, fé na integração cósmica dos seres, e primórdios do colonialismo português, o Modenismo I
tensão entre liberdade e agrilhoamento, individual e
coletivo, razão e instinto, idealism'o e anarquia. O
engendrará outra; ao dar-se conta da inevitabilidade das
influências alienígenas, os rapazes da Semana propõem a
m
~
Expressionismo está ancorado a uma idéia de revolução Antropofagia. Da parte destes, a consciência é plena:
universal, que não se limita ao campo da estética, e por enquanto a Missão Francesa viera da Europa para o
isso mesmo é permeável a todas as diferenças regionais e Brasil, os modernistas vão eles mesmos às fontes, de lá
nacionais, que lhe imprimem caráter cosmopolita. Opõe-
se a normas e convenções, com a violência dos impulsos
trazendo o que mais lhes apraz e o que melhor se adequa
aos seus desejos e às suas utopias. É possível pensar Z
~
primordiais, e cada obra sua tem como resultante, no dizer num terceiro embate cultural, aquele advindo das Bienais
de Maurice Denis, "uma transposição, uma caricatura, o de São Paulo, que, especialmente nas suas primeiras
equivalente apaixonado de uma sensação recebida". A realizações, favorece uma'maior cosmopolitização, marca
arte expressionista é antes de tudo uma arte de oposição, decisiva na produção de artes plásticas a partir de então,
anti-positivista na sua origem, heterogênea nos seus
conteúdos, que se manifesta em formas as mais diversas,
No Brasil, pereférico do sistema, distante dos centros (J)
emitentes de modelos estéticos, a cultura reflexa acaba
embora sejam discerníveis algumas linhas comuns. por adquirir, queira-se ou não, conotações próprias: aqui, a
m
»
antropofagia cultural sempre existiu. Nosso espelho nunca
deixou de ser côncavo e deformante, jamais foi plano ou
estático, passivamente receptor. Jamais devolveu tal qual
a imagem primeira. Sempre vulneráveis às influências,
nunca as assimilamos a frio: temperamos, nuançamos,
Il
deglutimos, relemos e recriamos - bem ou mal - à
nossa maneira.
Assim, a pintura saída da Semana de 22 é

~
estruturada pela corrente cubo-futurista de um lado, e de
outro pelo encontro com a paixão da anima
expressionista. Esse sincretismo:
Expressionismo/Cubismo/Futurismo abre por aqui as duas
vertentes que balisam as artes visuais em sua produção O
moderna: Expressionistas e Construtivas.

rn
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Um estado de espírito nacional A Pós-modernidade pode ser entendida como uma
série de sintomas que, diversos do período anterior,
A arte não é somente o testemuno oblíquo da indicam uma produção outra, distante de um projeto de
história, é parte real desta. Nunca exprime diretamente a transformação do mundo através da arte. Deste modo, a
global idade do campo social. É sempre apanágio dos que pintura enreda-se hoje na malha da cor, e trabalha a
detêm o poder e a riqueza, é inseparável das intenções do superfície transpondo para o espaço pictórico o caos
circuito que percorre. E estas intenções jamais se circundante. Cria obras onde não há ponto de repouso
separam por sua vez do contexto social, político e para o olhar, pois obriga-o a percorrer a tela
psicológico de uma época. incessantemente, qual redemoinho, devolvendo ao
Muitos já narraram em pormenores e com acuidade observador sua situação: propõe o grau zero da pintura.
a história do nosso Modernismo, suas imbricações e Fazendo referências ao Cubismo e ao
implicações culturais, sociais, políticas e econômicas. Expressionismo, os artistas contemporâneos requerem
Vale lembrar que o Modernismo, quando aqui se instaura um olhar obrigatório de exame para dentro da obra. Trata-
nas primeiras décadas do século, abre-se a experiências, se de uma pintura fundamente pensada e construída -
inquietações, conflitos - e a uma nova estética. Não há que não deixa de ser conceitual - onde as citações têm a
propriamente influência imediata de teorias estéticas função de definir uma forma de expressão mais articulada
sobre os artistas, mas uma percepção destes em relação nas suas estruturas: uma abstração explosiva, enquanto
à arte que se libera do academicismo, numa reflexão que projeta no espaço da tela o espaço exterior. Prerrogativa
procura compreender e enunciar uma nova peculiar desta espécie de implosão é o emprego dinâmico
Weltanschauung criadora, no dizer de Mário de Andrade, da superfície pictórica para forçar o olho fruidor a ir de
"um estado de espírito nacional". Não cabe percorrer a dentro para fora e de fora para dentro da tela.
trajetória do Modernismo uma vez mais. Cabe, isto sim, Ao contrário da Modernidade que buscou trabalhar
ressaltar alguns dos aspectos e das tendências os significantes, dando-lhes novos significados, a Pós-
expressionistas que se inserem no quadro geral desta modernidade trabalha os significantes por estes mesmos
história. significantes. Enquanto a primeira buscava a renovação
O ensaísmo historiográfico-estético vem da linguagem, a segunda realiza-se na simples operação
privilegiando as correntes oriundas do Cubismo, sem desta. Não há possibilidades além da própria pintura,
deter-se convenientemente nas expressionistas. Por isso, a conforme já se haviam dado conta os expressionistas
exposição objetiva oferecer uma visão do Expressionismo abstratos da Escola de Nova York. Na pintura pós-
- uma das vertentes da Modernidade internacional - e moderna, as imagens constituem em fatos em si,
a marca decisiva dele na formação e no desenvolvimento estruturas puramente abstratas, que se voltam para a
das artes plásticas contemporâneas no Brasil. própria pintura. Apesar disto, como diria Barthes, "elas
Não pretende inventariá-lo ou descrever visualmente recomeçam a significar: significam que não significam
sua evolução histórica, mas sim apontar alternativas que nada': isto é, incarnam o próprio conceito da fatuidade, na
esse projeto suscita na constituição da visual idade medida em que as pinturas nada mais querem ser que
brasileira, desde os antecedentes imediatos à Semana de pinturas.
22, até o seu revival nos dias de hoje, como uma das Fruto da memória informatizada, do museu
expressões da Pós-modernidade, se é que assim pode ser imaginário, a obra de arte pós-moderna requer do
chamada a produção que se segue ao longo ciclo do espectador uma atitude de crítica e conhecimento. A obra
Modernismo. Se cada geração é moderna em relação à pretende dar nova vida a história da arte, despertando nela
anterior, no momento em que se coloca como inaugural, o o já cristalizado: citando-a, inverte o eixo da invenção, re-
moderno não pertence mais ao passado, mas ao presente inventa e sublima o já conhecido, reinstaura o tempo
que se instaura. Nesse sentido o termo Pós-moderno cíclico. Assim, o artista celebra-se a si mesmo, reconhece-
perderia seu significado, porque moderno é sempre o se e se faz reconhecer dentro de um universo sem limites
presente - a não ser como designação unicamente e sem projetos pré-determinados.
operacional, que visa um modo de lidar com a
contemporaneidade, na medida em que esta se opõe, ou
melhor, se sobrepõe ao período antecedente que se auto- o projeto modernista
denominou Modernista.
Contemplar o nosso legado modernista implica em
abandonar o tempo cíclico retomado pelo Pós-moderno, e
A Pós-modernidade: grau zero da pintura voltar ao tempo linear, progressista, do primeiro. O retorno
ao tempo cíclico desvelou a crise enfrentada pelo
Abrangendo generoso panorama da produção Modernismo em sua incapacidade de solucionar os
nacional, a mostra aspira oferecer um roteiro de captação próprios conflitos, de levar a termo seu projeto utópico de
retiniana da realidade plástica capaz de propiciar a leitura
do que é próprio do fazer expressionista: deformação,
incisão, energia alucinante, subversão da matéria
pictórica, ironia, grandiloquência, busca da
monumental idade, poética do feio, atmosfera apocalíptica,
emergência do "eu" psicanalítico, busca de poéticas
pessoais e intransferíveis, tensão entre indivíduo e mundo
em crise.
Descreve, assim, percurso que vai do hoje ao ontem,
ao anteontem. Iniciando-se com a "cena contemporânea",
inscrita no circuito da 18.a Bienal, seu primeiro instante
oferece-nos fragmentos da estilhaçada superfície pós-
moderna, traços e signos duma tradição expressionista: a
máscara que vemos, a expressão que temos.
CANDIDO PORTINARI
(*) Enterro na rede 1944
óleo s/tela, 180 x 220
cal. Museu de Arte e São Paulo
Assis Chateaubriand

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realização estética e cultural. O projeto enunciado pelo Mas a herança primeira do Expressionismo
movimento modernista pode ser sintetizado nas palavras modernista remonta à pintura solar, de pinceladas rápidas,
de Mário de Andrade, como "a fusão de três princípios de Anita, e ao rigor formal dos tons velados e temas
fundamentais: direito permanente à pesquisa; atualização sombrios de Segall. Se nenhum dos dois permaneceu fiel
da inteligência artística brasileira; estabilização de uma ao que mostrou neste "período heróico", Anita por
consciência criadora nacional". É bem verdade que cedo pressões externas, Segall por extasiamento ante as cores
Mário se deu conta do potencial "destruidor da tropicais (apesar de haver retornado à verve
Modernidade... porque o pragmatismo das pesquisas expressionista à época da 2.a Grande Guerra), ambos já
sempre enfraqueceu a liberdade de criação" do haviam imprimido marcas na pintura brasileira. O terreno
movimento. Não foi à toa que considerou seu "período mostrou-se fértil e não poucos artistas enveredaram por
heróico" apenas aquele que vai da exposição de Anita à essa trilha, mesmo que, no mais das vezes, apenas em
Semana de 22. Exagêro, talvez, do mestre. A "heroicidade" incursões temporárias. São pouquíssimos
prolonga-se a nosso ver por todo o 1.° Tempo Modernista, mesmo os artistas que permanecem de modo contínuo no
incorporando a Antropofagia, no final da década de 20. estrito fazer expressionista: Marina Caram de cuja obra

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insistentemente emerge a miséria da condição humana; e com mais força vicejou nas décadas subseqUentes.
a pintura em vôo livre que vai da côr luminosa à atmosfera Desde Di Cavalcanti, artista voltado à constituição da
rarefeita e desmaterializada de Iberê Camargo, são duas expressividade brasileira, a uma arte com o nosso jeito de
dessas excessões. ser, a criação plástica voltou-se para os procedimentos e
De Segall, o ideá rio expressionista herdou, além da imagens capazes de apreender a realidade de uma
acuidade e do rigor formal e pictórico, o engajamento na sociedade em crise permanente, crise tanto política e
temática realista; de Anita, o engajamento na linguagem social, quanto de identidade cultural. Com Portinari, ponto
pictórica da desmaterialização do objeto. Mas foi a anima de convergência do Modernismo e elemento catalizador de
expressionista vinculada às preocupações sociais que um modo de ser brasileiro, essa herança se configura

EMILIANO DI CAVALCANTI
Sem título 1935/40
nanquim s/papel, 30,9 x 20,9
col. particular, SP
(N? cat.134)

16
através de um realismo expressionista. Utilizando a
dE;formação plástica ao mesmo tempo que a recuperação
de elementos clássicos (obviamente não como mero
exercício de estilo) Portinari atinge - como por exemplo
nos murais do Ministério de Educação e na série dos
Retirantes - uma ambigUidade tencionada, que, como
aponta Mário Pedrosa, longe de se prender literalmente ao
assunto, não quer demonstrar coisa alguma, mas exprimir
e interpretar uma realidade.
É o momento em que os artistas mostram-se
comprometidos com a história do seu tempo, atuando
com seu trabalho em apoio às forças transformadoras da
sociedade, dedicados à construção de um mundo melhor.
Este realismo, de raízes no Naturalismo do século XIX,
aparece como alternativa à crise, à angústia, ao
desespero. Demonstra insistência nos temas religiosos,
desenv01ve o gosto pelas cenas populares, exalta o
regionalismo, denuncia os males da sociedade. Nele, o
invisível se manifesta somente através do mundo objetivo,
e as pinturas são materialisticamente imponentes. A arte
coloca-se a serviço da maior penetração do tema. No
Modernismo brasileiro, isto significou a conversão da
questão estética puramente cognitiva para uma esfera
política e pragmática.
Nesta produção reside a aspiração simbólica de um
povo-nação, a brasilidade, onde a realidade fornece um
tema que o artista remete ao imaginário. Espraia-se
generosamente por todos os modos do fazer artístico e
explicita a questão apontada por Manuel Bandeira: "O
espírito feroz da pátria se apossou de todos, inclusive dos
socialistas. Nas nações beligerantes, o movimento
nacionalista assumiu naturalmente as formas do
patriotismo agressivo. Em países mais remotamente
interessados, como foi o caso do nosso, o sentimento
nativista exprimiu-se nas artes por uma volta aos assuntos
nacionais". RENINA KATZ
Favela s.d.
xilogravura, 29,7 x 27
(n° cat. 211)
Um capítulo gravado

A gravura, sobretudo a xilo, sempre foi um meio


privilegiado pelos expressionistas, que na incisão viam
não só o veículo de transmissão do seu ideário, mas
também a retomada do rigor artesanal, abandonado pela partir do final da década de 40, o Realismo Mágico, com
divisão acadêmica entre pintura e desenho. Nela viam seus bestiários (já conhecidos na tradição do Cordel), com
também a possibilidade de democratizar o acesso às o universo mítico da religiosidade popular e do
obras de arte por meio da reprodução. A gravura em inconsciente coletivo, as incursões pelo fantástico.
madeira trazia consigo referências à arte popular, A problemática social foi um tema caro aos
anônima, e permitia procedimentos mais diretos, que gravadores expressionistas: pungente na obra de Segall,
acentuavam a linguagem expressionista. deita raízes com Lívio Abramo e Axl Leskoschek, artistas
As cores e a luminosidade da terra brasileira que militantes por excelência.
afetaram a pintura de Segall parecem não ter interferido na A obra de Lívio Abramo nos anos 30 e 40 encontra os
sua gravura. A pintura não só adquiriu outras tonalidades, mecanismos primários de elaboração da imagem na
como voltou-se nos anos 20 e 30 para temas mais simplicidade da vida proletária dos subúrbios (série
amenos, nas cenas bucólicas de Campos do Jordão ou Operários) e na militância, denuncia a monstruosidade da
mesmo na figura do negro de Bananal (1927). Ao contrário, guerra (série Espanha). Expressionista na maneira de ser,
na gravura permanece a temática diretamer)te vinculada sua produção desenvolveu· se dos temas sociais para um
ao Expressionismo, como o sofrimento apático e dorido quase abstracionismo temático, de ricos efeitos gráficos,
dos emigrantes ou a desesperança dos prostíbulos do depois dos anos 50. Professor, legou a seus alunos, assim
Mangue. como Leskoschek, menos um estilo, antes disciplina e
Já na obra gráfica de Goeldi é a profunda ironia de rigor formal. A partir de Abramo e Leskoschek, a gravura
um mundo às avessas que vem à tona. Mordaz, deixa de se restringir ao múltiplo do objeto artístico,
contundente, busca nos recônditos da alma seus próprios prolifera-se na ilustração de livros, jornais e revistas, que
horrores: caveiras travestidas de grã-finos, peixes passam a contar com a colaboração de um sem número
fantasmagóricos que perseguem pescadores, vento e de artistas, confiantes na adequação deste meio de
chuva que arrastam e lavam o mundo. Essa ironia da expressão à transmissão de suas idéias.
inversão, que se estende às suas aquarelas e desenhos, Os caminhos abertos por Segall, Goeldi, Abramo e,
contrapõe-se à ironia boêmia, demolidora e caricatural posteriormente, Leskoschek elevaram a gravura à
dos desenhos de Di Cavalcanti e Augusto Rodrigues. Na categoria de linguagem expressiva nacional por
obra de Goeldi o homem está só e o mundo é indecifrável; excelência, constituindo uma tradição na formação dos
ela desnuda a anatomia metafísica do drama e introduz a artistas até os dias de hoje.
representação de uma realidade anímica, que
posteriormente constituirá, através de artistas atuantes a
17
Dentro da clave expressionista de envolvimento desenvolvidas pelo Atelier Coletivo do Recife, pelos Clubes
político-social aparecem também os temas da vida de Gravura gaúchos, pelo grupo que gravitou em torno da
urbana, característicos do Modernismo: flagrantes de revista Joaquim de Curitiba, do atelier de Mário Cravo Jr. e
interior, do trabalho, da vida nas ruas, da paisagem da Escola de Belas Artes da Universidade Federal da
citadina, dos subúrbios, das favelas. Paralelamente, Bahia, entre outros. No e,ntanto, esta "crônica" tende
reafirma-se a exaltação do popular, dos costumes muitas vezes a folclorizar e mitificar seus conteúdos, na
reg ionais, das festas, como dimensão fundamental e medida em que os e'steticiza e faz deles um recorte
integradora do homem e da terra brasileira nas atividades idealizado da candente realidade social.

18
Se por um lado a gravura revelou-nos um grande Não seria de somenos apontar ainda a retratística de
número de artistas importantes, ainda que quando não Flávio de Cavalho, cuja produção foi da maior relevância:
mais se ocupando dela, despertou uma nova consciência, retratos psicológicos, animistas, que deixam entrever o
da responsabilidade social e profissional do artista. Por equilíbrio da alma condicionada ao corpo; suas pinturas
outro, significou o esgotamento desta vertente ética do conservam a mesma força dos desenhos, mas nelas mais
realismo verista - sem contudo ausentar-se das diversas se acentua a força interior, que parece transbordar através
formas do presente da produção artística, porém das cores. É como se as imagens se anulassem, para
inscrevendo-se numa outra discussão dentro da ceder lugar, num dado momento, exclusivamente ao
contemporaneidade. inconsciente (sem jamais perderem, contudo, não só a
forma figurativa, como também a marca decisiva do
De Anita à Abstração personagem-modelo - e por isso a resultante é sempre
persona). Sua produção pictórica é, como ele próprio
Se a pintura brasileira até os anos 40 caracteriza-se definiu, a de um artista "expressionista/surrealista": suas
por um apego irrestrito à figura, traduzindo um nativismo figuras, seus retratos, seu traço nervoso transmitem
que correspondia não só ,à estética local mas também ao dramaticidade admirável e dimensão que extrapola
espírito engajado no populismo, a década de 50 encontrou qualquer intenção realística.
na Abstração, trazida pelas Bienais, a renovação da Foi preciso esperar a veiculação de idéias,
estética brasileira e sua equivalente político-social na propiciada pela expansão dos meios de comunicação e
liberdade do desenvolvimentismo do pós-guerra e do fim pela implantação das Bienais de São Paulo, para que a
da ditadura de Vargas. Entretanto, a Abstração não trazia Abstração - racional ou irracional, cezanneana ou
um vocabulário desconhecido: nos Salões de Maio e nas expressionista, tal como é revista e reconsiderada depois
poucas exposições estrangeiras que aqui aportaram, essa de 1945 - propusesse novas soluções, quer através do
tendência já fora mostrada. Informalismo europeu e do Expressionismo Abstrato norte-
Não seria de todo irracional pensar numa americano de um lado, quer do Construtivismo, ainda, de
aproximação dos nossos "coloristas" com o outro.
Abstracionismo: desde Anita, a pincelada e a deformação Embora fiel à tradição francesa do nosso
era dado lançado, ao mesmo tempo que a cor e a forma Modernismo, as Bienais foram responsáveis pela
expunham-se à experiência abstrata. Porém, nenhum introdução entre nós do Expressionismo Abstrato, que,
artista chegou realmente perto, apesar de timidíssimas e rompendo"Com o evolucionismo da Abstração européia,
irrelevantes incursões de uns poucos deles na área, ainda trouxe ao fazer artístico elementos como vitalidade e
antes da 2~ Grande Guerra. improvisação, e comunicou aos artistas nova e insuspeita
O que interessa à Pós-modernidade na pintura de dimensão da liberdade formal.
Anita Malfatti é o enunciado de uma abstração. O legado A abstração como eclosão de uma poética, como
imediato de sua obra é perceptível de forma esparsa, intuição criadora, como necessidade de expressão
descontínua, e constitui um universo de artistas solitários, pictórica, indica até certo ponto uma universalização da
voltados à especulação, à subjetividade - se quisermos arte. Mas não deixa de indicar também uma dimensão que
- do próprio fazer artístico, dos elementos que são é enfaticamente nacional - no que diz respeito à
característicos deste tipo de pintura pura: Flávio de educação e temperamento - de cada artista empenhado
Carvalho, De Fiore, Iberê, Bakun. Convergem todos à em explorar a agilidade e a dinâmica da nova linguagem, a
transversal idade introduzida no projeto modernista pela criação de imagens significativas e culturalmente
sistematização do Informalismo e a eclosão do participantes, num momento de adestramento e disciplina
Expressionismo Abstrato. Não se trata de atribuir do criador.
paternidades, pois a arte concreta também é abstrata,
mas sim alinhar interesses por procedimentos artísticos, De Luiz Áquila a Anita Malfatti, a pintura
marcados pela anarquia das nossas emoções, buscando expressionista informa sobre o desejo de pintar, a vontade
uma linguagem fundada no ideário de Kandisnky, na arte de conhecer e exaltar a realidade, ao expressar a
como necessidade interior. radicalização da dimensão profunda e desconhecida do
Lembremo-nos também da importância renovada do espírito humano. O percurso da exposição circunscreve
retrato, relativamente ao Expressionismo nacional. Não o algumas das heranças e afinidades do Expressionismo no
I retrato tal como o século XIX cultivara, mas como
Brasil. Heranças e afinidades que repercutem, além do
explosão libertária, numa era em que a fotografia já se universo das artes plásticas, na criação verbal de um
encarregara do documental. É o predomínio do retrato Carlos Drummond de Andrade. Assim, é em Sentimento
psicológico, do auto-retrato irônico, das possibilidades do Mundo, livro de 1940, que se lêem os versos-
caprichosas da máscara, como ambíguo precisamente dedicados a Portinari - carregados do
descompromisso com a identidade, como deformação pathos mesmo que então alucinava as telas do pintor de
voluntária desta. São os nomes de Pancetti e Guignard Brodósqui:
que cabe mencionar em primeiro plano nessa tendência,
que todavia não se esgota neles. "Minha fadiga encontrará em ti o seu termo,
minha carne estremece na certeza de tua vinda.
O suor é um óleo suave, as mãos dos sobreviventes
se enlaçam,
os corpos hirtos adquirem fuidez,
uma inocência, um perdão simples e macio...
Havemos de amanhecer. O mundo
se tinge com as tintas da antemanhã
e o sangue que corre é doce, de tão necessário
para colorir tuas pálidas faces, aurora."
Talvez a história da arte seja, parafraseando Jorge
Luis Borges, a história de algumas metáforas. As obras
WESLEY DUKE LEE expostas é que podem rastrear um dos capítulos desta
Tríptico: O guardião; A guardiã; As circunstâncias 1966 lonºa história, que ainda não foi inteiramente contada.
técnica mista, 197X107; 150X56; 136x60
(n? cat. 221)

19
LíVIO ABRAMO MARIA LÍDIA MAGLlANI
AGUILAR - VIGYAN ANITA MALFATII
ANTONIO HENRIQUE AMARAL EMERIC MARCIER
LUIZÁOUILA MANOEL MARTI NS
MACI EJ BABI NSKI FÁBIO MIGUEZ
MIGUEL BAKUN YOLAN DA MOHALYI
ANTONIO BANDEIRA MOUSSIA
BARRIO ISMAEL NERY
GLÊNIO BIANCHETII FERNANDO ODRIOZOLA
BOI RUBENS OESTROEM
SHEILA BRANNIGAN LUCIANO PINHEIRO
FRANCISCO BREN NAN O LUIZ PIZARRO
ANTON 10 CABRAL CÂNDIDO PORTINARI
CALASANS NETO POTY
JOÃO CÂMARA CARLOS PRADO
IBERÊ CAMARGO NUNO RAMOS
MARINA CARAM AUGUSTO RODRIGUES
FLÁVIO DE CARVALHO SANTE SCALDAFERRI
SÔNIA CASTRO LASAR SEGALL
NEWTON CAVALCANTI DANIEL SENISE
MÁRIO CRAVO JÚNIOR IVAN SERPA
FRANCISCO CUNHA FLÁVIO - SH IRÓ
DAREL FRANCISCO STOCKINGER
ERNESTO DE FlORI VASCO PRADO
EMILIANO DI CAVALCANTI CARLOS VERGARA
CLÁUDIO FONSECA GUIDOVIARO
SIRON FRANCO WELLlNGTON VIRGOLlNO
RUBENS GERCHMAN WEGA
OSWALDO GOELDI LUISEWEISS
DANÚBIO GONÇALVES
CLÓVIS GRACIANO
IVALD GRANATO
MARCELO GRASSMAN N
RUBEM GRILO
MÁRIO GRUBER
JORGE GUINLE FILHO
JOHAN N GÜTLlCH
HANSEN - BAHIA
ABELARDO DA HORA
JOSÉ CLÁUDIO
RENINAKATZ
VICENTE KUTKA
KARIN LAMBRECHT
WESLEY DUKE LEE
AXL LESKOSCHEK
JORGE DE LIMA

20
JORGE GUINLE FILHO
Uma pequena odisséia 1984
óleo s/tela, 145x130
(n? cat. 188)

Nota; as reproduções com ( *) não constam da exposição.

21
JORGE GUINLE FILHO
Sereias 1985
óleo s/tela, 160x240
(n? cat. 189)

LUIZÁQUILA
Urgência 11985
acrílica s/tela , 240x260
(n° cat. 028)
22
IBERÊ CAMARGO
Hora 1984
óleo s/tela, 80 x 160
(n? cat. 084)

AGU ILAR-VIGYAN
Einstein/silêncio 1983
acrí lica s/tela, 160x180
(n? cat. 017)

23
VICENTE KUTKA
Prá VeZe, Metrópolis 1985
técnica mista s/tela,
250x140
(n? cat. 217)
24
RUBENS OESTROEM
Máscaras 1984
acrílica s/lona, 130 x 140
(n? cat. 262)

DANIEL SENISE
Sem título 1984
acrílica s/tela, 144x154
(n? cat. 308)
25
LUiz PIZARRO
Figura (nu no sofá) 1985
acrílica s/eucatex, 122,2 x 175,5
(n.o cat. 269)

MACI EJ BABI NSKI


Sem título c.1983
óleo s/tela, 135 x 205
(n? cat. 032)

26
RUBENSGERCHMAN
Voyeur Amador 1985
acrílica s/eucatex, 97 x 103
(n° cal. 147)

27
MACIEJ BABINSKI
Sem título 1982
óleo s/tela, 150 x 185
(n~ cat. 031)
NUNORAMOS
Sem título 1984
esmalte sir)tético s/papel, 240 x 210
(n~ cat. 287)

ANTONIO HENRIQUE AMARAL


Desenho 1980
pastel s/papel, 100,5x65,5
(n~ cat. 021)

28
FRANCISCO CUNHA
Nine Sinatra's songs 1985
acrílica s/tela, 180 x 140
(n? cat. 115)
29
AGU ILAR-V IGYAN
Sem título 1975
esmalte sintético s/tela,
160X179,8
(n? cat. 014)

BOI
Nú no sofá (Lei la) s.d.
acrílica s/tela,
120x200
(n? cat. 051)

30
WESLEY DUKE LEE
o macaco s.d.
técnica mista s/tela, 185x240
(n? cat. 220)

31
CLÁUDIO FONSECA
Sem título 1984
acrílica s/tela, 210 x 146
(n? cat. 140)

FÁBIO MIGUEZ
Paisagem 1984
óleo s/tela, 130x11O,5
(n? cat. 250)

32
ANTONIO CABRAL
Sem título (retrato) 1984
óleo s/tela, 107 x 81 ,5
(n? cat. 064)
33
BARRIO
O demiurgo ou transfiguração luminosa
de um momento... ao amanhecer...1982
acrílica s/cartão, 106x148
RUBENS GERCHMAN
(n? cat. 047)
O Ford vermelho 1983
acrílic·a s/tela, 139x 256
(n? cat. 146)

34
LUCIANO PINHEIRO
Altar 1981
KARIN LAMBRECHT acrílica s/tela, 90x180
Resta pensar em seu vagar e (n? cat. 266)
seu encontro: o amor de Anita.
Série "A Fertilidade de Anita" 1985
óreo sftela, 170x315
(n? cat. 218)

35
AGU ILAR-VI GYAN
Sem título 1969
óleo s/tela, 180 x 180
(n.o cat. 013)

36
IVAN SERPA
Sem'título 1963
óleo s/tela, 124x155
(n? caL 309)

37
FLÁVIO-SH IRÓ
Sem título 1962
óleo s/cartão, 64,7X48
(n? cat. 318)

IVALD GRANATO
O ratão 1973
técnica mista s/eucatex , 79,6 x 122
(n? cat. 169)

38
FLÁVIO-SHIRÓ
Horas de Xauén 1965
óleo s/tela, 121 x 193
(n? cat. 319)

IVAN SERPA
Sem título 1963
óleos/tela, 95x114,5
(n° cat. 310)

39
ANTONIO BANDEIRA
La grande ville 1965
óleo s/tela, 97X162
(n? cat. 045)

ANTONIO BANDEIRA
. Cidade 1957
óleo s/tela, 100 x 82
_ _""""-......._ _ _ _ _-':....:....----::."""-~-'---=----------''--...L-r:---' (n? cat. 043)

40
W
Campo de papoulas 1963
óleo s/tela, 200 xi 00
(n.o cat. 339)

41
IBERÊ CAMARGO
Objetos em tensão 111969
óleo s/tela , 93 x 132
(n? cat. 082)

IBERÊ CAMARGO
Sem título 1972
óleo s/tela, 115 x 200 '
(n? cat. 083)

42
AGUILAR-VIGYAN
Sem título 1966
esmalte s/tela, 96,5x129,5
(n? cat. 012)

IBERÊ CAMARGO
Expansão 1964
óleo s/tela, 80,5x138,5
(n? cat. 081)

43
YOLAN DA MOHALYI
Sem título s.d.
óleo s/tela, 80,6 x 99,6 ..
~

(n~ cat. 252)

44
ANTONIO BANDEIRA
Sem título 1951
óleo s/tela s/papelão, 46,2 x 55,6
(n? cato 041)

45
SHEILA BRANNIGAN
Sem título 1964
óleos/tela, 149 x 119
(n? cat. 053)

SHEILA BRANNIGAN
Composição 1965
óleos/tela, 117 x 146,5
(n? cat. 055)

46
IVANSERPA
A grande cabeça 1964
óleo s/tela, 200 x 180
(n.o cat. 312)

47
SI RON FR/\NCO
Sem título 1981
óleo s/tela, 135 x 155
(n? cat. 143)

SIRON FRANCO
Sem título c.1977
óleo s/tela, 58 x 71
(n? cat. 141)

48
JOÃOCÃMARA
(*) Uma hora de piedade. Série "Cenas da Vida Brasileira", 1974/76
litografia

RUBEM GRILO
A beira da piscina 1982
xilogravura, 20 x 25
(n? cat. 181)

49
LUISEWEISS
Caveira 1985
xilogravura, 20 x 25,5
(n? cat. 343)
SANTE SCALDAFERRI
O homem porco no orelhão 1985
óleo s/tela, 60 x 50
(n ,Ocát. 295)

MARIA LíDIA MAGLlANI


Figura sorridente 1985
vinil s/tela, 140x103
(n? cat. 232)

50
FRANCISCO BRENNAND
Mercúrio aprisionado 1978
FRANCISCO BRENNAND
cerâmica (alto toga), h. 160
Mulher 1980
(n ~ cat. 57) cerâmica (alto toga), h. 120
(n~ cat. 58)

51
~ACIEJ BABINSKI
, em título 1963
(n~ cat. 037) , x27,9
agua-forte 22 8

~ravura 1963 QUE AMARAL


ANTONIO HENRI

(n~ cat. 023) x 52,5


xilogravura 80

~ACIEJ BABINSKI
, em título 1963
agua-forte 193x2
(n~ cat. 034) , 4,6

52
MARI NA CARAM
Solidão I c.1972
desenho, 69,2 x 37,4
(n? cat. 089)

53
JOÃO CÂMARA
Tríptico 1966/67
óleo s/made ira , 160x110
(n .? cat. 71)

54
RUBENSGERCHMAN
Palmeiras e Flamengo 1965
óleo s/tela, 191 x 278
(n? cat.145)

CARLOS VERGARA
A patronesse de mais uma
campanha paliativa 1965
óleo s/tela, 141 x146
(n? cat. 325)

55
FRANCISCO STOCKI NGER
Sem título 1960
xilogravura, 28,S x 20,1
(n? cat. 324)

HANSEN-BAHIA
(*) Crucificação s.d. (c.1964)
xilogravura

56
ABELARDO DA HORA
Hiroshima 1956
cimento banhado a ácido, h.110
col. do artisrta, PE

57
58
FERNANDO ODRIOZOLA
Paisagem 1975
óleos/madeira, 29,3x128
(n? cat. 258)

SONIA CASTRO
(*) Sem título 1968
xilogravura, 39,8x32

<-, ,," (., r.

59
WELLlNGTON VIRGOLlNO
Cortador de cana.
Álbum Clube de Gravuras do Recife 1957
xilogravura, 32,5x25 RENINAKATZ
(n? cat. 335) Fome e frio 1953
xilogravura, 18,7x15
(n? cat. 213)

GLÊNIO BIANCHETIl
A sesta. Álbum de Gravuras Gaúchas 1951
lineogravura,15,5x23
(n? cat. 048)

MÁRIO GRUBER
Moleque Cipó s.d.
gravura em metal, 28,3x19,5
(n? cat. 187)

60
DANÚBIO GONÇALVES
Zorreiros, Série "Xarqueadas" 1953
xilogravura, 18x25
(n? cat. 162)

VASCO PRADO
Corujas.
Série "Negrinho do pastoreio" 1954/55
xilogravura, 20,5 x 25,2
(n.o cat. 284)
61
MIGUEL BAKUN
A porta dos sonhos s.d.
óleo s/tela, 54,5 x 45
(n? cat. 039)

62
JOSÉ CLAUDIO
Moça no atelier 1952
óleo s/eucatex, 52 x 45
(n? cat. 207)

EMERIC MARCIER
O quarto 1943
óleo s/tela, 33,5 x 46
(n? cat. 244)
--~.-~~~~--------~

63
MARCELO GRASSMANN
Sem título 1954
xilogravura, 35 x 49,5
(n? cat. 180)

64
MÁRIO CRAVO JR.
(*) Cabeça de exú s.d.
nanquim e guache s/papel, 56x77

NEWTON CAVALCANTI
Ceia dos monstros s.d.
xilogravura, 25,5 x 29,5
(n? cat. 108)

65
GUIDOVIARO
Homem sem rumo 1940
óleo s/tela, 72x59,2
(n° cat. 326)

66
IBERÊ CAMARGO
Lapa 1947
óleo s/tela, 73 x 60
(n:' cat. 077)
JOHANN GÜTLlCH
Família 1950
óleo s/tela, 150,7x145,3
(n:' cat. 194)
POTY
Cã.o danado. Álbum Edições Joaquim 1943
gravura em metal, 16X12,5
(n? caL 277)

POTY
Trem noturno. Álbum Edições Joaquim 1942
gravura em metal, 20 x 15,5
(n° cat. 279)

68
GUiDOVIARO
(*) Em família sd.
aquarela, 32 x 49
cal. Museu Guido Viaro, PR

69
CLÓVIS GRACIANO
Quatro cavalei ros 1950
óleo s/tela, 54 x 46
(n~ cat. 167)

CLÓVIS GRACIANO
Figuras 1941
guache, 46 x 52
(n~ cat. 168)

70
JORGE DE LIMA
Crucificação 1944
óleo s/tela, 64 x 80
(n? cat. 231)

CARLOS PRADO
Varredores 1935
óleo s/tela, 81 x101,5
(n? .cat. 280)
71
MANOEL MARTINS
Sem título s.d.
linoleogravura, 14 x 18
(n° cat. 246)

MANOEL MARTINS
Construção/contrastes s.e
linoleogravura, 24,8 x 18,5
(n° cat. 245)

72
AXL LESKOSCHEK AXL LESKOSCHEK
Ilustração, "O eterno marido", Ilustração, "Os irmãos Karamázovl,
Dostoiévski 1943 Dostoiévski 1944
xilogravura, 15,7 x 9,8 xilogravura, 12,2x9,8
(n° cat. 223) (n° cat. 224)

AXLLESKOSCHEK
Ilustração, "O adolescente",
Dostoiévski 1945
xilogravura, 10,5 x 9,5
(n° cat. 227)

AXLLESKOSCHEK
Ilustração, "Os demônios': Dostoiévski s.d.
xilogravura, 16X9,5
(n° cat. 228)
73
CÂNDIDO PORTINARI
Pranto 1947
óleo s/tela, 80 x 65
(n? cat. 273)

CÂNDIDO PORTINARI
O anjo mau 1944
óleo s/tela, 100x80,5
(n? cat. 272)

74
CÂNDIDO PORTINARI
Nova York 1940
óleo s/papel colado s/madeira, 44,5 x 37 ,2
(n? cat. 270)

75
LíVIO ABRAMO
Espanha 1937
xilogravura, 13,5x19,2
(n? cat. 005)

LíVIO ABRAMO
Meninas de fábrica 1935
xilogravura, 13,7x18
(n? cat. 002)

76
OSWALDO GOELDI
Sem título s.d.
xilogravura, 25,8 x 30,2
(n? cat. 159)

LASAR SEGALL
Emigrante debruçado na murada 1929
xilogravura, 18 x 24,5
(n? cat. 307)

77
OSWALDO GOELDI
Mulher s.d.
aquarela, 26,5 x 20,5
(n.o cat. 153)

78
OSWALDO GOELDI
Sem título s.d.
nanquin s/papel,
17,2x 15,5
(n? cat. 148)

OSWALDO GOELDI
Seis figuras s.d .
nanquin s/pape'l ,
24,3x32 ,1
(n? cat. 149)

79
AUGUSTO RODRIGUES
(*) O burguês 1937
nanquin s/papel, 30 x 26
col. do Artista, RJ

80
EMILIANO DI CAVALCANTI
Sem título 1935/40
nanquim s/papel, 30,9x20,9
(n° cat. 130)

EMILIANO DI CAVALCANTI
Sem título 1935/40
nanquim s/papel, 30,9x20,9
(n? cat. 131)

81
ERNESTO DE FlORI
Paisagem de Santo
Amaro s.d.
óleo s/tela , 45 x 60
~::::L.:':":':"':':""';'-:;';''''':'''____;'''''_ _ _ _~~''''''''-.i.~~___-'-''''''''--' (n ? cat. 121)

ERNESTO DE FlORI
Figuras no
restaurante s.d.
óleo s/tela , 87,9 x 109,4
(n ? cat. 120)

82
ERNESTO DE FlORI
Homem sentado 1938
bronze. h, 76,6
(n? cat. 123)

83
ERNESTO DE FlORI
Mulher 1943
óleo s/tela, 110x90,5
(n? cat. 122)
84
FLÁVIO DE CARVALHO
Nuvens de desejo 1949
óleo s/tela, 58,5 x 72
(n? cat. 096)

FLÁVIO DE CARVALH O
De manhã cedo 1931
óleo s/tela, 49 x 36,5
(n? cat. 094)

85
FLÁV IO DE CARVALH O
Retrato 1933
óleo s/tel a, 45 x 32
(n? cat o095)

Retrato de Eunice Porchat c.1935


óleo s/tela, 65 X 50
(n° cat. 253)

86
EM ILI ANO DI CAVALCANTI
Mesa de bar 1929
óleo s/tela, 44 x 36
(n? cat. 126)

87
EMILIANO DI CAVALCANTI
Composição 1941
óleo s/tela , 126 X 192
(n° cat. 129)

EMILIANO DI CAVALCANTI
Gafieira s.d.
óleo s/tela, 63,5 x 80
(n? cat. 127)

88
EMILIANO DI CAVALCANTI
Figura na cama 1926
desenho (cor), 18 x 12
(n? cat o139)

ISMAEL NERY
A família s.d.
óleo s/tela , 37 x 47
(n? cat. 255)

89
ISMAEL NERY
Auto-retrato s.d.
óleo s/tela, 36,2 x 26
(n° cato 256)

90
AN ITA MALFATII
O homem de 7 cores 1915/16
AN ITA MALFATII carvão e pastel s/papel , 60,7 x 45 .
Cabeça de mulher 1915/16 (n' o cat. 239)
carvão s/papel, 62,6x47 ,8
(n? cat. 243)

AN ITA MALFATII
Mário de Andrade s.d. (1921/23)
óleo s/tela, 51 x 44
(n? cat. 238)

91
AN ITA MALFATII AN ITA MALFATIl AN ITA MALFATII
Nu masculino (exibindo musculatura) Nu feminino 1915/16 Nu masculino (marchando) 1915/16
1915 carvão s/papel, 56 x 42,5 carvão e pastel s/papel , 60 ,5 x 45 carvão s/papel , 62 x 47,5
(n° cat. 241) (n? cat. 240) . (n? cat. 242)

ANITA MALFATII
Mulher de cabelos verdes
1915/16
óleo s/tela, 61 x 51
(n? cat. 236)
92
AN ITA MALFATII
o barco 1915
óleo s/tela, 46x40,5
(n° cat. 235)

93
LASAR SEGALL LASAR SEGALL
Dois meninos com pás c. 1920 Nu no quarto 1916
pastel , 50 x39,5 aquarela, 44 ,8 x 29,2
(n° cat. 303) (n? cat.300)

LASAR SEGALL
Refugiados 1922
aquarela, 64 x 48
(n? cat. 301)

LASAR SEGALL
Retrato de Margareth 1913
óleo s/tela, 70 x 50
(n? cat. 298)

94
95
LUISE WEISS
RUBEM GRILO
ANTONIO HENRIOUE AMARAL
BOI MÁRIO GRUBER
ANTONIO CABRAL CALASANS NETO
FRANCISCO CUNHA SIRON FRANCO SÔNIA CASTRO
DANIEL SENISE MARIA LíDIA MAGLlANI RENINA KATZ
KARIN LAMBRECHT SANTE SCALDAFERRI WELLlNGTON VIRGOLlNO
NUNO RAMOS JOÃOCÃMARA DANÚBIO GONÇALVES
FÁBIO MIGUEZ CARLOS VERGARA FRANCISCO STOCKINGER LASAR SEGALL
BARRIO RUBENS GERCHMAN GLÊNIO BIANCHETII OSWALDO GOELDI
LUCIANO PINHEIRO FERNANDO ODRIOZOLA VASCO PRADO LÍVIO ABRAMO
WESLEY DUKE LEE ABELARDO DA HORA HANSEN - BAHIA AXL LESKOSCHEK

• •

I I

LUIZÁOUILA IVALD GRANATO IBERÊ CAMARGO JOHAf\lN GÜTLlCH


AGUILAR - VIGYAN AGUILAR - VIGYAN JOSÉ CLÁUDIO JORGE DE LIMA
VICENTE KUTKA FLÁVIO - SHIRÓ EMERIC MARCIER EMILIANO DI CAVALCANTI
JORGE GUINLE FILHO WEGA GUIDOVIARO LASAR SEGALL
RUBENS OESTROEM IBERÊ CAMARGO MIGUEL BAKUN CARLOS PRADO
IBERÊ CAMARGO SHEILA BRANNIGAN MARCELO GRASSMANN CLÓVIS GRACIANO
MACIEJ BABINSKY ANTONIO BANDEIRA MÁRIO CRAVO JR. CÂNDIDO PORTINARI
RUBENS GERCHMAN YOLANDA MOHAL YI NEWTON CAVALCANTI EMILIANO DI CAVALCANTI
LUIZ PIZARRO IVAN SERPA MANOEL MARTINS ERNESTO DE FlORI
FRANCISCO BRENNAND MARINACARAM MOUSSIA
POTY ISMAEL NERY
GUIDOVIARO FLAVIO DE CARVALHO
DAREL ANITA MALFATII

3?

1? andar
Térreo
96
./

CATALOGO

ABRAMO, LíVIO
001 Cubatão 1933
xilogravura, 22 x 14
col. Bruno Musatti, SP
002 Meninas de fábrica 1935
xilogravura, 13,7 x 18
col. Museu de Arte Moderna, SP
003 Operário 1935
xilogravura, 18,5 x 18
col. Bruno Musatti, SP
004 Sem título 1935
xilogravura, 13,2 x 12,5
col. Rodolpho Ortemblad Filho, SP
005 Espanha 1937
xilogravura, 13,5 x 19,2
col. Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP
006 Três mulheres em desespêro 1940
xilogravura, 21,8 x 28
col. Museu de Arte Moderna, SP
007 Sem título 1943
xilogravura, 16 x 11,6
coleção particular, SP
008 Sem título 1943
xilogravura, 16x 11,3
coleção particular, SP
009 Sem título 1943
xilogravura, 14 x 10,8
coleção particular, SP
010 Sem título 1943
xilogravura, 16,7 x 11,5
coleção particular, SP
011 Sem título 1943
xilogravura, 16 x 11,7
coleção particular, SP

AGUILAR-VIGYAN; José Roberto Aguilar/


Swami Antar Vigyan, dito
012 Sem título 1966
esmalte s/tela, 96,5 x 129,5
col. João Manoel Sattamini, RJ
013 Sem título 1969
óleo s/tela, 180 x 180
col. Luisa Strina, SP
014 Sem título 1975
esmalte sintético s/tela, 160 x 179,8
col. Sylvia Monteiro, SP
015 O artista quando jovem na grande cidade 1976
acrílica s/tela, 180 x 160
col. Haron Cohen, SP
016 Mad São Paulo em novembro 1980
óleo e acrílica s/tela, 160 x 180
col. Joachim José Esteve Jr., SP
007
017 Einstein/silêncio 1983
acrílicas/tela, 160x 180
col. Haron Cohen, SP

97
AMARAL, ANTONIO HENRIOUE Abreu
018 Auto-retrato 1983
óleo s/tela, 180 x 180
col. do artista, SP
019 Desenho 1980
pastel s/papel, 65,5 x 102,5
col. do artista, SP
020 Desenho 1980
pastel s/papel, 102,5 x 65,5
col. do artista, SP
021 Desenho 1980
pastel s/papel, 100,5 x 65,5
col. do artista, SP
022 Desenho 1980-81
pastel s/papel, 65,5 x 102,5
col. do artista, SP
023 Gravura 1963
xilogravura, 80 x 52,5
col. Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP
024 A grande mensagem 1967
xilogravura, 70 x 44,9
col. do artista, SP
025 Ouoque tu, Brutus 1967
xilogravura, 70 x 45
col. do artista, SP
026 País da Margarida, festival da alegria 1968
xilogravura, 64 x 45,4
col. Museu de Arte Contemporânea da U.S.P, SP

ÁOUILA da Rocha Miranda, LUIZ


018 027 Sem título 1983
acrílica s/tela, 240 x 260
col. Rubem Breitmann/João Manoel Sattamini, RJ
028 Urgência 11985
acrílica s/tela, 240 x 260
col. do artista, RJ
029 Urgência 111985
acrílica s/tela, 240 x 260
col. do artista, RJ

BABINSKI, MACIEJ Antoni


030 Sem título c.1982
óleo s/tela, 125 x 185
col. Joachim José Esteve Jr., SP
031 Sem título 1982
óleo s/tela, 150 x 185
col. Joachim José Esteve Jr., SP
032 Sem título c.1983
óleo s/tela, 135 x 205
col. particular, SP
033 Sem título 1963
água-forte, 18,5 x 15,5
col. Museu Nacional de Belas Artes, RJ
034 Sem título 1963
água-forte, 19,3 x 24,6
col. Museu Nacional de Belas Artes, RJ
035 Sem título 1963
água-forte, 24,8 x 23,7
col. Museu Nacional de Belas Artes, RJ
036 Sem título 1963
água-forte, 29,1 x 23,7
col. Museu Nacional de Belas Artes, RJ
037 Sem título 1963
água-forte, 22,8 x 27,9
col. Museu Nacional de Belas Artes, RJ

BAI<'UN, MIGUEL
038 Portão s.d
036 óleo s/tela, 66 x 54
col. Maria de Lourdes C.S. Gomes, PR

98
039 A porta dos sonhos s.d.
óleo s/tela, 54,5 x 45
col. Maria de Lourdes C.S. G.omes, PR
040 Sapucaia s.d.
óleo s/tela, 66,5 x 54
col. Maria de Lourdes C.S. Gomes, PR

BANDEIRA, ANTONIO
041 Sem título 1951
óleo s/tela s/papelão, 46,2 x 55,6
col. Adolpho Leirner, SP
042 Paisagem atormentada 1953
óleo s/tela, 54 x 65
col. Gilberto Chateaubriand, RJ
043 Cidade 1957
óleo s/tela, 100 x 82
col. Particular, SP
044 O vegetal branco 1958
óleo s/tela, 131 x 168
col. Museu de Arte Moderna da Bahia, BA
045 La grande ville 1965
óleo s/tela, 97 x 162
col. Raul Souza Dantas Forbes, SP

BARRIO de Souza Lopes, Arthur Alípio


046 Mescal1982
acrílicas/cartão, 120x 150
col. Galeria ARCO - Arte Contemporânea, SP
047 O demiurgo ou transfiguração luminosa
de um momento... ao amanhecer... 1982
acrílica s/cartão, 106 x 148
col. Galeria ARCO - Arte Contemporânea, SP

BIANCHETTI, GLÊNIO Alves Blanco


048 A sesta. Álbum de Gravuras Gaúchas 1951
lineogravura, 15,5 x 23
col. Museu de Arte Contemporânea de OI inda, PE
049 Trançando couro. Álbum de Gravuras Gaúchas 1951
lineogravura, 23 x 18
col. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
050 Fazendo marmelada. Álbum de Gravuras Gaúchas
1952
lineogravura, 18,5 x 23
col. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE

BOI; José Carlos César Ferreira, dito


051 Nu no sofá (Leila) s.d.
acrílica s/tela, 120 x 200
col. Museu de Arte de São Paulo ''Assis Chateaubriand
SP
052 Figura 1975/82
óleo e acrílica s/tela, 205 x 120,3
col. José Kalil Filho, SP

BRANNIGAN, Sheila Patrícia


053 Sem título 1964
óleo s/tela, 149 x 119
col. Fernando Millan, SP
054 The godders 1964
óleo s/tela, 149 x 119
col. Fernando Millan, SP
055 Composição 1965
óleo s/tela, 117 x 146,5
col. Museu de Arte de São Paulo, "Assis Chateaubriand", SP
056 Sem título s.d.
óleo s/tela, 190 x 150
053 col. Maureen Bisiliat, SP
99
BRENNAND, FRANCISCO de Paula Coimbra de Almeida
057 Mercúrio aprisionado 1978
cerâmica (alto fogo), h.160
cal. do artista, PE
058 Mulher 1980
cerâmica (alto fogo), h.120
cal. do artista, PE
059 Cabeça 1982
cerâmica (alto fogo), h.96 x 045
cal. do artista, PE
060 Luxúria 1984
cerâmica (alto fogo), h.130 x 045
cal. do artista, PE
061 Netuno s.d.
cerâmica (alto fogo), h.190
cal. do artista, PE

CABRAL, ANTONIO Hélio


062 Sem título (flores) 1984
óleo s/tela, 113 x 85,5
cal. Fernando Millan, SP
063 Sem título (figura) 1984
óleos/tela, 113x85,5
cal. Fernando Millan, SP
064 Sem título (retratQ) 1984
óleo s/tela, 107 x 81,5
cal. Fernando Millan, SP

CALASANS NETO, José Júlio de


065 Grande gruta 1962
xilogravura, 35 x 47
cal. do artista, BA
066 Luz da gruta 1962
xilogravura, 45 x 28
cal. do artista, BA
067 Reflexo da cidade 1962
xilogravura, 34 x 22
cal. do artista, BA
068 Pedra e luz 1962
063 xilogravura, 20 x 46
cal. do artista, BA
069 Musgo do litoral 1962
xilogravura, 20 x 45
cal. do artista, BA
070 Litoral 1962
xilogravura, 19 x 47
cal. do artista, BA

CÂMARA Filho, JOÃO


071 Tríptico 1966/67
óleo s/madeira, 160 x 110
cal. Museu Nacional de Belas Artes, RJ
072 Auto-retrato litográfico 1970
litografia, 16 x 22,5
cal. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
073 Figura de quatro olhos 1970
litografia, 16 x 22,5
cal. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
074 Figura com espelho 1970
litografia, 16 x 23
cal. Museu de Arte Contemporânea de OI inda, PE
075 Nu-casal 1970
litografia, 16,5 x 23
cal. Museu de Arte Contemporânea de OI inda, PE

CAMARGO, IBERÊ Bassani


076 Peixes 1945
óleo s/tela, 47 x 52
cal. Museu de Arte Moderna da Bahia, BA
100
077 Lapa 1947
óleo s/tela, 73 x 60
col. Museu Nacional de Belas Artes, RJ
078 Poços de Caldas 1959
óleo s/tela, 65 x 92
col. Sr. e Sra. Paulo Egydio Martins, SP
079 Estrutura dinâmica 1961
óleo s/tela, 116 x 164
col. João Leão Sattamini, RJ
080 Figuras 111964
óleo s/tela, 93 x 133
col. Afonso Henrique Costa, RJ
081 Expansão 1964
óleo s/tela, 80,5 x 138,5
col. Museu de Arte Contemporânea da U.S.P, SP
082 Objetos em tensão 111969
óleo s/tela, 93 x 132
col. Afonso Henrique Costa, RJ
083 Sem título 1972
óleo s/tela, 115 x 200
col. João Leão Sattamini, RJ
084 Hora 1984
óleo s/tela, 80 x 160
col. João Manoel Sattamini, RJ
085 Retrato de Xico Stockinger 1984
óleo s/tela, 90 x 65
col. Francisco Stockinger, RS
086 Perfis 1984
óleo s/tela, 93 x 132
col. Sr. e Sra. Daniel Yoschpe, RS
087 Hora 11983
óleo s/tela, 80 x 138
col. João Manoel Sattamini, RJ

CARAM Loureiro, MARI NA


088 Mercado amoroso 1967
desenho e aquarela s/papel, 105,5 x 73,5
col. Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP
089 Solidão I c.1972
desenho, 69,2 x 37,4
col. particular, SP
090 Solidão" c.1972
desenho, 69 x 57
col. particular, SP
091 Menino com borboleta 1954
desenho, 94,5 x 63
col. da artista, SP
092 Os revoltados 1954
desenho, 94,5 x 63
col. da artista, SP
093 Fé 1954
desenho, 94,5 x 63
col. da artista, SP

CARVALHO, FLÁVIO DE Resende


094 De manhã cedo 1931
óleo s/tela, 49 x 36,5
col. Renato Magalhães Gouvêa, SP
095 Retrato 1933
óleo s/tela, 45 x 32
col. Sr. e Sra. Paulo Egydio Martins, SP
096 Nuvens de desejo 1949
óleo s/tela, 58,5 x 72
o.
col. Marcus Camargo Arruda, SP
097 Mulher reclinada 1930
aquarela, 18,5 x 39,1
092 col. particular, SP
098 Retrato de Sangirardi Jr. 1939
aquarela, 44 x 31
col. Israel Dias Novaes, SP

101
CASTRO, SON IA
099 Mis en page 1966-67
xilogravura, 96 x 66
col. da artista, BA
100 Mis en page 1966-67
xilogravura, 66 x 96
col. da artista, BA
101 Mãe 1969
xilogravura, 96 x 66
col. da artista, BA
102 Velha 1975
xilogravura, 100 x 70
col. da artista, BA

CAVALCANTI, NEWTON
103 Sem título s.d.
xilogravura, 22,1 x 22,5
col. Museu Nacional de Belas Artes, RJ
104 Sem título s.d.
xilogravura, 29 x 21,7
col. Museu Nacional de Belas Artes, RJ
105 Sem título s.d.
xilogravura, 23 x 31
col. Museu Nacional de Belas Artes, RJ
106 Sem título s.d.
xilogravura, 20,8 x 15,5
col. Museu Nacional de Belas Artes, RJ
107 A donzela e o d.ragão s.d.
xilogravura, 22,3 x 29,7
col. Museu Nacional de Belas Artes, RJ
108 Ceia dos monstros s.d.
xilogravura, 25,5 x 29,5
col. Museu Nacional de Belas Artes, RJ

CRAVO JR., MÁRIO


109 Filha de Xangô 1947
105
desenho, 53 x 36
col. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, Pe
110 Homem (figura de candomblé) 1948
desenho, 50 x 46
col. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, Pe
111 Cabeça 1949
desenho, 30 x 21
col. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, Pe
112 Rosto de mulher 1949
desenho, 53 x 45
col. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, Pe
113 Rosto de mulher 1952
desenho, 41 x 25
col. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, Pe

CUNHA Borges, FRANCISCO José


114 Nine Sinatra's songs 1985
acrílica s/tela, 180 x 140
col. do artista, ·RJ
115 Nine Sinatra's songs 1985
acrílica s/tela, 180 x 140
col. do artista, RJ

DAREL Valença Lins


116 O anúncio 1956
desenho, 33 x 25
col. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
117 Sem título (estudo) 1968
talho doce aquarelado, 30 x 59,5
col. Antonio Luiz Teixeira de Barros Jr., SP
118 Sem título 1970
talho doce, 39 x 49,3
col. Antonio Luiz Teixeira de Barros Jr., SP

102
DE FlORI, ERNESTO
119 São Jorge e o dragão s.d.
óleo s/tela, 93 x 75
cal. Museu de Arte de São Paulo "Assis Chateaubriand",
SP
120 Figuras no restaurante s.d.
óleo s/tela, 87,9 x 109,4
cal. Aparício Basílio da Silva, SP
121 Paisagem de Santo Amaro s.d.
óleo s/tela, 45 x 60
cal. José Geraldo Scarano, SP
122 Mulher 1943
óleo s/tela, 110 x 90,5
cal. Raul Souza Dantas Forbes, SP
123 Homem sentado 1938
bronze, h. 76,6
cal. Paulo Kuczynski, SP
124 Homem andando c.1945
bronze, 94 x 32 x 55
cal. Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP

DLCAVALCANTI; EM ILlANO Augusto Cavalcanti de


Albuquerque Melo, dito
125 Ouro Preto 1921
óleo s/tela, 42 x 54
cal. Museu de AI"te Moderna da Bahia, BA
126 Mesa de bar 1929
óleo s/tela, 44 x 36
cal. Gilberto Chateaubriand, RJ
127 Gafieira s.d.
óleo s/tela, 63,5 x 80
cal. Raul Souza Dantas Forbes, SP
128 Auto-retrato do artista quando menino 1932
óleo s/madeira, 54,5 x 42
cal. particular, SP
129 Composição 1941
óleo s/tela, 126 x 192
cal. Museu de Arte do Rio Grande do Sul, RS
130 Sem título 1935/40
nanquim s/papel, 30,9 x 20,9
cal. particular, SP
131 Sem título 1935/40
nanquim s/papel, 30,9 x 20,9
cal. particular, SP
132 Sem título 1935/40
nanquim s/papel, 30,9 x 20,9
cal. particular, SP
133 Sem título 1935/40
125
nanquim s/papel, 30,9 x 20,9
137 cal. particular, SP
134 Sem título 1935/40
nanquim s/papel, 30,9 x 20,9
cal. particular, SP
135 Sem título 1935/40
nanquim s/papel, 32,1 x 23,8
cal. particular, SP
136 Sem título 1935/40
nanquim s/papel, 32,1 x 23,8
cal. particular, SP
137 Sem título 1935/40
nanquim s/papel, 32,1 x 23,8
cal. particular, SP
138 Casal no mangue 1942
nanquim e lápis de cera s/papel, 33 x 27
cal. particular, SP
139 Figura na cama 1926
desenho (cor), 18 x 12
cal. Marcos Marcondes, SP

FONSECA, José CLÁUDIO Cavalcante da


140 Sem título 1984
acrílica s/tela 210 x 146
cal. Thomas Cohn Arte Contemporânea, RJ

103
FRANCO, SIRON
141 Sem título c.1977
óleo s/tela, 58 x 71
col. Rubem Breitman, RJ
142 Sem título s.d.
óleo s/tela, 80,5 x 64,5
col. Haron Cohen, SP
143 Sem título 1981
óleo s/tela, 135 x 155
col. Sr. e Sra. Francisco de Assis Esmeraldo, SP
144 O apicultor 1983
óleo s/tela, 180 x 170
col. Raul Souza Dantas Forbes, SP

GERCHMAN, RUBENS
145 Palmeiras e Flamengo 1965
óleo s/tela, 191 x 278
col. Adolpho Leirner, SP
146 O Ford vermelho 1983
acrílica s/tela, 139 x 256
col. Elizabeth Esteve, SP
144
147 Voyeur Amador 1985
acrílica s/eucatex, 97 x 103
col. George Esteve, SP

GOELDI, OSWALDO
148 Sem título s.d.
nanquim s/papel, 17,2 x 15,5
col. particular, SP
149 Seis figuras s.d.
nanquim s/papel, 24,3 x 32,1
col. Museu Nacional de Belas Artes, RJ
150 Casal de grã-finos s.d.
nanquim s/papel, 29,5 x 23
col. Patrícia Mendes Caldeira, SP
151 Pescador e peixes s.d.
nanquim s/papel, 21,2 x 31,6
col. Patrícia Mendes Caldeira, SP
152 Figura no beco s.d.
nanquim s/papel, 31,2 x 21,7
col. Patrícia Mendes Caldeira, SP
151 153 Mulher s.d.
aquarela, 26,5 x 20,5
col. Patrícia Mendes Caldeira, SP
154 Cabeça de pássaro s.d.
aquarela e nanquim s/papel, 24,8 x 19,7
col. Patrícia Mendes Caldeira, SP
155 Casas e postes s.d.
carvão s/papel, 33,9 x 25
col. Museu Nacional de Belas Artes, RJ
156 Mulher com tigre s.d.
carvão s/papel, 25 x 33,5
col. Patrícia Mendes Caldeira, SP
157 Sem título s.d.
xilogravura, 20,7 x 27,4
col. Museu Nacional de Belas Artes, RJ
158 Sem título s.d.
xilogravura, 20,8 x 26,9
col. Museu Nacional de Belas Artes, RJ
159 Sem título s.d.
xilogravura, 25,8 x 30,2
col. Museu Nacional de Belas Artes, RJ
156
160 Os três staretzi s.d.
xilogravura, 14,5 x 20
col. particular, SP

GONÇALVES, DANÚBIO Villanil


161 Zorreiros. Série "Xarqueadas" 1953
xilogravura, 20 x 27
col. do artista, RS

104
162 Zorreiros. Série "Xarqueadas" 1953
xilogravura, 18 x 25
col. do artista, RS
163 Matambreiros. Série "Xarqueadas" 1953
xilogravura, 15,5 x 18,5
col. do artista, RS
164 Tirador de carretilha. Série "Xarqueadas" 1953
xilogravura, 17 x 26,5
GOl. do artista, RS
165 Carneadores. Série "Xarqueadas" 1953
xilogravura, 19 x 25
col. do artista, RS

GRACIANO, CLÓVIS
166 Homens e fios elétricos 1946
óleo s/tela, 55,3 x 46,3
col. Museu de Arte Contemporânea da U.S.P, SP
167 Quatro cavaleiros 1950
óleo s/tela, 54 x 46
165 col. Museu de Arte de São Paulo 'Assis Chateaubriand",
SP
168 Figuras 1941
guache, 46 x 52
col. Eduardo dos Santos, SP

GRANATO Filho, IVAl_D


169 O ratão 1973
técnica mista s/eucatex, 79,6 x 122
col. do artista, SP
170 Revi goramento 1973
técnica mista s/eucatex, s/madeira, 146 x 103
col. do artista, SP
171 1? de outubro (I e 11) 1973
técnica mista s/eucatex, 113,7 x 120,8
col. do artista, SP
172 BURS 1973
técnica mista s/madeira, 140 x 72 x 28
col. do artista, SP

GRASSMANN, MARCELO
173 Sem título 1945
xilogravura, 21,5 x 16,5
col. Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP
174 Sem título 1946
172 xilogravura, 29 x 18
col. Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP
175 Sem título 1946
xilogravura, 29,5 x 29,5
col. Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP
176 Toco perdido 1946
xilogravura, 34,5 x 21,5
col. Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP
177 Sem título 1949
xilogravura, 25 x 20,5
col. Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP
178 Sem título 1949
xilogravura, 25 x 21,5
col. Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP
179 Sem título 1952
xilogravura, 24,5 x 27
col. Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP
180 Sem título 1954
xilogravura, 35 x 49,5
col. Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP

GRILO, RUBEM Campos


181 A beira da piscina 1982
xilogravura, 20 x 25
col. do artista, RJ
105
182 O golpe militar 1984
xilogravura, 23 x 33
col. do artista, RJ
183 Picadeiro com leões amestrados 1984
xilogravura, 22 x 30
col. do artista, RJ
184 O executivo 1985
xilogravura, 20 x 25
col. do artista, RJ

GRUBER Correia, MÁRIO


185 Idílio 1956
gravura em metal, 25 x 31
col. particular, SP .
186 Rua Xavier da Silveira 1956
linóleo, 31,5 x 40
col. particular, SP
187 Moleque Cipó s.d.
gravura em metal, 28,3 x 19,5
col. Haron Cohen, SP

GUINLE Filho, JORGE


188 Uma pequena odisséia 1984
óleo s/tela, 145 x 130
col. Victor Arruda, RJ
189 Sereias 1985
óleo s/tela, 160 x 240
col. João Leão Sattamini, RJ
190 Sexta feira 1985
óleo s/tela, 190 x 340
col. João Leão Sattamini, RJ
191 Folhetim 1985
óleo s/tela, 240 x 190
185
193 col. João Leão Sattamini, RJ

GÜTLlCH, JOHANN Keszy


192 Sem título 1949
óleo s/tela, 150,5 x 145,5
col. Fernando Millan, SP
193 Sem título 1950
óleo s/tela, 103 x 97
col. Fernando Millan, SP
194 Família 1950
óleo s/tela, 150,7 x 145,3
col. Museu de Arte Contemporânea da U.S.P, SP

HANSEN-BAHIA; Karl Heinz Hansen, dito


195 Navio negreiro 1957
xilogravura, 33 x 18
col. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
196 Navio negreiro 1957
xilogravura, 34 x 21
col. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
197 Navio negreiro 1957
xilogravura, 19 x 32
col. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
198 Navio negreiro 1957
xilogravura, 33 x 18,5
col. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
199 Navio negreiro 1957
xilogravura, 21 x 17
col. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
200 Navio negreiro 1957
xilogravura, 20 x 32
col. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
201 Navio negreiro 1957
xilogravura, 19 x 14,5
col. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE

106
HORA, ABELARDO Germando DA
202 A fome e o brado 1947
cimento, 92 x 59 x 56
cal. do artista, PE
203 Menino de mucambo 1952
bronze, 57,6 x 17,5 x 14
cal. do artista, PE
204 Enterro de camponês 1953
gravura em placa de gêsso, 37,2 x 52,2
cal. do artista, PE
205 Desamparados 1957/1981
cimento, 64,5 x 61 x 32
cal. do artista, PE
206 Estela para mulheres e crianças abandonadas 1979
cimento, 144 x 64,5 x 42
cal. do artista, PE

JOSÉ CLÁUDIO da Silva


207 Moça no atelier 1952
óleo s/eucatex, 52 x 45
cal. do artista, PE
208 Mulher fazendo telha 1953
óleo s/tela, 80 x 60
cal. do artista, PE
209 Motor no rio madeira 1976
óleo s/eucatex, 80 x 115
cal. do artista, PE
210 Moça de vestido laranja 1982
óleo s/eucatex, 91 x 122
col. do artista, PE

214 KATZ, RENINA


211 Favela s.d.
xilogravura, 29,7 x 27
cal. Haron Cohen, SP
212 Favela s.d.
xilogravura, 30,5 x 19,5
cal. Domingos Tadeu Chiarelli, SP
213 Fome e frio 1953
xilogravura, 18,7 x 15
cal. José Mindlin, SP
214 Retirantes s.d.
xilogravura, 14 x 19,5
cal. Domingos Tadeu Chiarelli, SP

KUTKA Neto, VICENTE


215 Z one from the heart 1984
técnica mista s/tela, 129 x 208
cal. Daniela Libman, SP
216
O corsário azul 1984
técnica mista s/tela, 107 x 157
col. José Pascovitch, SP
217 Prá VOZe, Metrópolis 1985
técnica mista s/tela, 250 x 140
cal. do artista, SP

LAMBRECHT, KARIN Marilin Haessler


218 Resta pensar em seu vagar e seu encontro: o amor de
Anita. Série "A fertilidade de Anita" 1985
óleo s/tela, 170 x 315
cal. da artista, RS

LEE, WESLEY DUKE


219 Arkadin d'y Saint Amere 1962-64
têmpera s/tela, 154 x 153,2
cal. Museu de Arte Contemporânea da U.S.P, SP
220 O macaco s.d.
técnica mista s/tela, 185 x 240
cal. particular, SP
107
221 Tríptico: O guardião; A guardiã; As circunstâncias 1966
técnica mista, 197 x 107; 150 x 56; 136 x 60
col. Luisa Strina
222 A explosão 1976
acrílica s/tela, 190 x 140
Sr. e Sra. Paulo Egydio Martins, SP

LESKOSCHEK, AXL
223 Ilustração, "O eterno marido", Dostoiévski. 1943
xilogravura, 15,7 x 9,8
col. José Roberto Monteiro Soares, RJ
224 Ilustração, "Os irmãos Karamázovi", Dostoiévski.
1944
xilogravura, 12,2 x 9,8
col. José Roberto Monteiro Soares, RJ
225 Ilustração, "Os irmãos Karamázovi", Dostoiévski. s.d.
(c.1944)
xilogravura, 15 x 11
col. José Roberto Monteiro Soares, RJ
226 Ilustração, "O adolescente", Dostoiévski. 1945
xilogravura, 11 x 9,8
col. José Roberto Monteiro Soares, RJ
227 Ilustração, "O adolescente", Dostoiévski. 1945
xilogravura, 10,5 x 9,5
col. José Roberto Monteiro Soares, RJ
228 Ilustração, "Os demônios", Dostoiévski. s.d.
xilogravura, 16 x 9;5
col. José Roberto Monteiro Soares, RJ
229 Ilustração, "Os demônios", Dostoiévski. s.d.
xilogravura, 16 x 9,4
col. José Roberto Monteiro Soares, RJ
230 Ilustração, "Os demônios", Dostoiévski. s.d.
xilogravura, 16 x 9,8
col. José Roberto Monteiro Soares, RJ

LI MA, JORGE Mateus DE


231 Crucificação 1944
óleo s/tela, 64 x 80
col. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE

MAGLlANI, MARIA LíDIA


232 Figura sorridente 1985
vinil s/tela, 140 x 103
col. da artista, SP
233 Modelo 19. Série Anotações-figuras 1983
pastel s/papel, 70 x 100
col. da artista, SP
233 227 234 Sem título. Série Anotações-figuras 1983
lápis de cera s/papel, 70 x 100
col. da artista, SP

MALFATTI, ANITA Catarina


235 O barco 1915
óleo s/tela, 46 x 40,5
col. Raul Souza Dantas Forbes, SP
236 Mui her de cabelos verdes 1915/16
óleo s/tela, 61 x 51
col. Ernesto Wolf, SP
237 Rochedo 1915/16
óleo s/tela, 30,6 x 40,5
col. Antonio Maluf, SP
238 Mário de Andrade s.d. (1921/23)
óleo s/tela, 51 x 44
col. particular, SP
239 O homem de 7 cores 1915/16
carvão e pastel s/papel, 60,7 x 45
col. Sr. e Sra. Roberto Pinto de Souza, SP
240 Nu feminino 1915/16
carvão e pastel s/papel, 60,5 x 45
col. Aparício Basílio da Silva, SP

108
241 Nu masculino (exibindo musculatura) 1915
carvão s/papel, 56 x 42,5
col. Gilberto Chateaubriand, RJ
242 Nu masculino (marchando) 1915/16
carvão s/papel, 62 x 47,5
col. Marta Rossetti Batista, SP
243 Cabeça de mulher 1915/16
carvão s/papel, 62,6 x 47,8
col. Israel Dias Novaes, SP

MARCIER, EMERIC
244 O quarto 1943
óleo s/tela, 33,5 x 46
col. José Paulo Gandra Martins, RJ

MARTINS, MANOEL Joaquim


245 Con'strução/contrastes s.d.
linoleogravura, 24,8 x 18,5
col. Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP
246 Sem título s.d.
linoleogravura, 14 x 18
col. Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP
247 Sem título s.d.
linoleogravura, 17,8 x 13,8
col. Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP
248 Retirantes s.d.
linoleogravura, 18 x 24
col. Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP
249 Samba s.d.
linoleogravura, 22 x 26,5
col. Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP

MIGUEZ, FÁBIO Marques


250 Paisagem 1984
óleo s/tela, 130 x 110,5
col. Subdistrito Comercial de Arte, SP

MOHALYI, YOLANDA Lederer


251
251 Sem título 1947/1948
254 óleo s/tela, 72 x 59
col. José Scarano
252 Gravura 1957
técnica mista s/teia, 48,5 x 64,5
col. Museu de Arte Moderna da Bahia, BA
252A Sem título s.d.
óleo s/tela, 80,6 x 99,6
col. Mauro Lindemberg Monteiro, SP

MOUSSIA von Rilsenkamp Pinto Alves


253 Retrato de Eunice Porchat c.1935
óleo s/tela, 65 x 50
col. Eunice Porchat, SP
254 Retrato de Carlos Pinto Alves déc.'30
óleo s/tela, 64 x 50
col. da artista, SP

NERY, ISMAEL
255 A família s.d
óleo s/tela, 37 x 47
col. Rodolpho Ortemblad Filho, SP
256 Auto-retrato s.d.
óleo s/tela, 36,2 x 26
col. Aldo Narcisi, SP
257 Duas cabeças s.d.
óleo s/tela, 39,2 x 30
col. Aldo Narcisi, SP
109
ODRIOZOLA, Fernando
258 Paisagem 1975
óleo s/madeira, 29,3 x 128
col. Fernando Millan, SP
259 Sem títu lo 1977
óleo s/eucatex, 78,8 x 57
col. Antonio Maluf, SP
260 Sem título 1977
óleo s/eucatex, 79,5 x 59,5
col. Haron Cohen, SP

OESTROEM, RUBENS
261 Proeminência 1984
acrílica s/lona, 145 x 205
col. do artista, SC
262 Máscaras 1984
acrílica s/lona, 130 x 140
col. do artista, SC
263 Flamingo 1984
acrílica s/lona, 145 x 130
col. do artista, SC
264 Barriga 1984
acrílica s/lona, 130 x 140
col. do artista, SC

PINHEIRO, LUCIANO
265 Uma exposição 1980
acrílica s/tela, 60 x 80
col. do artista, P~
266 Altar 1981
acrílica s/tela, 90 x 180
col. do artista, PE
267 Passagem 1982
acrílica s/tela, 60 x 90
col. do artista, PE

PIZARRO, LUIZ Antonio Ferreira


268 Narciso 1984
acrílica s/tela, 165,3 x 125
col. do artista, RJ
269 Figura (nu no sofá) 1985
acrílica s/eucatex, 122,2 x 175,5
col. do artista, RJ

PORTINARI, CÂNDIDO Torquato


270 Nova York 1940
óleo s/papel colado s/madeira, 44,5 x 37,2
col. Rodolpho Ortemblad Filho, SP
271 Os espantalhos 1940
óleo s/tela, 81 x 100
col. Gilberto Chateaubriand, RJ
272 O anjo mau 1944
óleo s/tela, 100 x 80,5
271 col. Sr. e Sra. loannis Bethanis, SP
273 Pranto 1947
óleo s/tela, 80 x 65
col. João Carlos Leite Bastos, SP

POTY; Napoleon Potyguara Lazzarótto, dito


274 Coveiros. Álbum Edições Joaquim s.d.
monotipia, 20 x 15
col. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
275 Barbeiro. Álbum Edições Joaquim s.d.
gravura em metal, 14,5 x 20
col. Museu de Arte Contemporânea de OI inda, PE
276 Caldeiras. Álbum Edições Joaquim s.d.
gravura em metal, 20 x 15,5
col. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
110
277 Cão danado. Álbum Edições Joaquim 1942
gravura em metal, 16 x 12,5
col. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
278 Macumba. Álbum Edições Joaquim 1945
gravura em metal, 16 x 12,5
cal. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
279 Trem noturno. Álbum Edições Joaquim 1943
gravura em metal, 20 x 15,5
cal. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE

PRADO, CARLOS da Silva


280 Varredores 1935
óleo s/tela, 81 x 101,5
cal. Aparício Basílio da Silva, SP
281 Nu feminino c.1941
óleo s/tela, 73 x 54
cal. Aparício Basílio da Silva, SP
282 Maternidade 1946
óleo s/cartão, 61 x 42
colo particular, SP

PRADO, VASCO
283 Negrinho no tronco. Série "Negrinho do pastoreio"
1954/55
xilogravura, 20 x 25
cal. do artista, RS
284 Corujas. Série "Negrinho do pastoreio" 1954/55
xilogravura, 20,5 x 25,2
cal. do artista, RS
285 A casa. Série "Negrinho do pastoreio" 1954/55
xilogravura, 20,5 x 25,2
cal. do artista, RS
286 As apostas. Série "Negrinho do pastoreio" 1954/55
xilogravura, 20,5 x 25,5
cal. do artista, RS

RAMOS, NU NO Alvares Pessoa de Almeida


287 Sem título 1984
esmalte sintético s/papel, 240 x 210
cal. Subdistrito Comercial de Arte, SP

RODRIGUES, AUGUSTO
288 Casal 1934
desenho, 18 x 15
cal. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
289 Artista cantando 1937
desenho, 18 x 19,5
cal. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
290 Caricaturas 1945
desenho, 22 x 21
cal. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
291 Casal 1947
desenho, 26 x 17
cal. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
292 Rapaz s.d.
desenho, 16 x 13,5
cal. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
293 Homem com cara feia s.d.
desenho, 36 x 20
cal, Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
294 Redação de jornal s.d.
desenho, 28 x 36,5
cal. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE

SCALDAFEFml, SANTE
295 O homem porco no orelhão 1985
óleo s/tela, 60 x 50
cal. do artista, BA
111
296 Eu mexo muito bem 1985
óleo s/tela, 60 x 50
col. do artista, BA
297 Eu também sei fazer pose 1985
óleo s/tela, 50 x 60
col. do artista, BA

SEGALL, LASAR
298 Retrato de Margareth 1913
óleo s/tela, 70 x 50
col. Simão Guss, SP
299 Deux êtres (Os amantes) 1919
óleo s/tela, 100 x 80
col. Ernesto Wolf, SP
300 Nu no quarto 1916
aquarela, 44,8 x 29,2
col. particular, SP
301 Refugiados 1922
aquarela, 64 x 48
col. Museu Lasar Segall/Fundação Pró-Memória, SP
302 Grupo em um interior c.1922
bico de pena e aquarela, 36,4 x 46,9
col. particular, SP
303 Dois meninos com pás c.1920
pastel, 50 x 39,5
col. particular, SP
304 III Classe 1928
ponta sêca, 28 x 32,5
col. Museu Lasar Segall/Fundação Pró-Memória, SP
305 Grupo de emigrantes no tombadilho -1111929
ponta sêca, 27,5 x 33
col. Museu Lasar Segall/Fundação Pró-Memória, SP
306 Emigrantes com lua 1926
xilogravura, 24,5 x 18
col. Museu Lasar Segall/Fundação Pró-Memória, SP
307 Emigrante debruçado na murada 1929
xilogravura, 18 x 24,5
col. Museu Lasar Segall/Fundação Pró-Memória, SP

SENISE, DANIEL
308 Sem título 1984
acrílica s/tela, 144 x 154
col. Rubem Breitmann/João Manoel Sattamini, RJ

SERPA, IVAN Ferreira


309 Sem título 1963
óleo s/tela, 124 x 155
col. Lygia Serpa, RJ
310 Sem título 1963
óleo s/tela, 95 x 114,5
col. João Leão Sattamini, RJ
311 Eles e elas 1965
óleo s/tela, 90 x 100
313 col. Gilberto Chateaubriand, RJ
312 A grande cabeça 1964
óleo s/tela, 200 x 180
col. Lygia Serpa, RJ
313 Cabeça 1964
óleo s/tela, 100,4 x 114,9
col. Museu de Arte Contemporânea da U.S.P, SP
314 Sem título 1964
óleo s/tela, 95 x 114,5
col. João Leão Sattamini, RJ

SHIRÓ, FLÁVIO
315 Mergulho na Pituba 1959
óleo s/tela, 130 x 151
col. João Leão Sattamini, RJ
316 Noturno 1959
óleo s/tela, 191 x 130
col. João Leão Sattamini, RJ

112
317 Sem título 1961
óleo s/tela, 74 x 93,5
col. João Leão Sattamini, RJ
318 Sem título 1962
óleo s/cartão, 64,7 x 48
col. Afonso Henrique Costa, RJ
319 Horas de Xauén 1965
óleo s/tela, 121 x 193
col. João Manoel Sattamini, RJ

STOCKINGER, FRANCISCO
320 Sem título 1958
xilogravura, 30 x 20
col. Danúbio Gonçalves, RS
321 Sem título 1958
xilogravura, 19,5 x 30
col. Danúbio Gonçalves, RS
322 Sem título 1959
xilogravura, 25,5 x 14,5
col. Danúbio Gonçalves, RS
323 Sem título 1959
xilogravura, 23 x 24
col. Danúbio Gonçalves, RS
324 Sem título 1960
xilogravura, 28,5 x 20,1
col. Museu de Arte Contemporânea da U.S.P, SP

VERGARA, CARLOS
325 A patronesse de mais uma campanha paliativa 1965
óleo s/tela, 141 x 146
col. Adolpho Leiner, SP

VI ARO, GUIDO
326 Homem sem rumo 1940
óleo s/tela, 72 x 59,2
col. Museu Guido Viaro, PR
327 No barc.1950
grafite s/papelão, 25,7 x 22,7
col. Museu Guido Viaro, PR
328 Na escola 1955
cera s/papelão, 22,5 x 19,8
col. Museu Guido Viaro, PR
329 Figuras (três cabeças) c.1960
nanquim s/papel, 30,8 x 21
col. Museu Guido Viaro, PR
330 Najanela 1950
zincogravura, 12,9 x 9
col. Museu Guido Viaro, PR
331 Natividade 1950
zincogravura, 15,8 x 20,2
col. Museu Guido Viaro, PR
332 Conversa déc. '50
322
zincogravura, 14,8 x 10
col. Museu Guido Viaro, PR
333 A carta déc. '50
água-forte, 17 x 20,7
col. Museu Guido Viaro, PR
334 Lázaro déc. '50
água-forte, 30 x15
col. Museu Guido Viaro, PR

VI RGOLl NO de Souza, WELLI NGTON


335 Cortador de cana. Álbum Clube de Gravuras do
Recife. 1957
xilogravura; 32,5 x 25
col. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
336 Barqueiros. Álbum Clube de Gravuras do Recife. 1957
xilogravura, 28 x 19,5
col. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE

113
337 Construção. Álbum Clube de Gravuras do Recife.
1957
xilogravura, 30 x 36,5
col. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
338 Horticultores. Álbum Clube de Gravuras do Recife.
1957
xilogravura, 23,5 x 32
col. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE

WEGA Néri Gomes Pinto


339 Campo de papoulas 1963
óleo s/tela, 200 x 100
col. Antonio Maluf, SP
340 Paisagem imaginária 1969
óleo s/tela, 120 x 130
col. Museu de Arte Moderna, SP
341 Desfiladeiro dos ventos 1975
óleo s/tela, 120 x 130
col. da artista

WEISS, LUISE
342 Peixe 1985
xilogravura, 21 x 28
col. da artista, SP
343 Perfil com águia 1985
342
xilogravura, 25 x 21
col. da artista, SP
344 Caveira 1985
xilogravura, 20 x 25,5
col. da artista, SP
345 Figura sentada 1985
xilogravura, 22,5 x 25
col. da artista, SP
346 Elefante 1985
xilogravura, 20 x 25
col. da artista, SP
347 Sombras 1985
xilogravura, 19 x 25
col. da artista, SP

114
ABRAMO, LíVIO mática que se verifica em suas telas atuais mais
Araraquara,SP, 1903 próximas do ideário surrealista. Expõ.e com regu-
laridade em várias capitais do Brasil, apresentan-
Gravador, desenhista, pintor, jornalista e professor.
do-se também em individuais, salões e coletivas no
Um dos implantadores da gravura moderna no Bra-
exterior.
sil, iniciou-se nessa técnica como autodidata em
1926, quando a pintura e o desenho ainda eram
suas preocupações maiores. Na passagem dos
ÁQUILAda Rocha Miranda, LUIZ
anos 20/30, visitou uma exposição de gravuristas
Rio de Janeiro, RJ, 1943
alemães em São Paulo - entre eles Kollwitz, Fei-
ninger, Schmidt-Rotluff, Emil Nolde e Erik Hekel- Pintor, desenhista, cenógrafo e professor. No Riode
de grande impacto para sua obra futura. Por in- Janeiro frequentou o curso de pintura de Aloísio
fluência de Segall registrou de modo expressionis- Carvão no Museu de Arte Moderna e o cursode de-
ta, tipos e paisagens dos arredores paulistanos (dé- senho de Tiziana Buonazola. Em 1962 transferiu-
cada de '30). Colaborou com o "Teatro da Experiên- se para Brasíliaonde assistiu, como aluno livre, aos
cia" de Flávio de Carvalho (1933) como decorador. cursos do Instituto de Arte e Arquitetura da UnB.
Produziu entre 1935-38 a série "Espanha", veemen- Viajou sucessivamente para Paris (1965), como
te protesto contra as atrocidades da guerra civil es- bolsista do Governo Francês, trabalhando na Cité
panhola, em meio a outros temas como "Operá- Internacionale des Arts; Lisboa (1967), pela Fun-
rios", "Macumba", "Rio", "Festa". Ilustrou livros de dação Gulbenkiàn, onde ingressou no atelier de
importantes aujores nacionais. Em 1950 seguiu pa- gravura em metal da Cooperativa de Gravadores
ra a 'Europa dom prêmio de viagem obtido no Portugueses; e Londres (1972), estudando litogra-
S.NAM. Apartir de 1962, tornou-se diretor da área fia na Slade School of Fine Arts. Em 1979 retornou
de artes plásticas e visuais da MissãoCultural Bra- definitivamente ao Rio de Janeiro, atuando como
sileira em Assunção, Paraguai, onde reside até ho- professor na Escola de Artes Visuais e como cenó-
je. Desde 1935 vem apresentando-se em mostras grafoe ilustrador. Numa abstração expressionista,
coletivas, salões e individuais pelo Brasil e no ex- vigorosa, sua obra pictórica se constitui a partir de
terior, tendo recebido importantes premiações, en- cores quentes em convulsão, com pinceladas lar-
tre elas a de melhor gravador nacional na II Bienal gas e gestuais que vão se compondo de maneira
de São Paulo (1953). geometrizante, quase construtiva. Expôs pela pri-
meira vez no Rio, na passagem dos anos 1959/60
e, desde essa época, vem apresentando-se em in-
AGUILAR-VIGYAN, dividuais, salões e coletivas pelo Brasil e exterior.
José Roberto Aguilar/Swami Antar Vigyan, dito
S. Pau/o, SP, 1941.
BABINSKI, Maciej Antoni
Pintor, gravador, performermulti-mídia. Integrante
Varsóvia, Polónia, 1931
do Grupo Kaos, liderado por Jorge Mautner, no fi-
nal dos anos 50, começou a apresentar seu traba- Desenhista, pintor e gravador. Após um período de
lho plástico em 1963. Autodidata, inicialmente liga- sete anos (1940-47) em que residiu na Inglaterrá,
do ao realismo fantástico, passou a dedicar-se às transferiu-se para o Canadá onde iniciou-se nas ar-
experiências de pintura a pistola em quadros de tes com o pintor John Lyman. Estudou desenho e
grandes dimensões, rumo a um abstracionismo gravura na Montreal School of Artsand Design,
:::l
expressivo permeado de grafismos e explosões participando do movimento artístico local. Em 1953 co
energéticas. Um dos primeiros a utilizar o vídeo co- veio para o Brasil, fixando-se no Rio de Janeiro, N
mo linguagem artística no Brasil, organizou o I.' quando recebeu orientação de Oswaldo Goeldi.
Encontro Internacional de vídeo-arte de São Pau- Dedicando-se principalmente à gravura, produziu
10(1978). Criou a Banda Performática e oCircoAn- um universo sombrio e angustiado povoado por
tropofágico (Teatro Ruth Escobar, 1977 - ópera con- monstros e figuras, muitas vezes próximas de um
ceituai). Realizou inúmeras individuais e participou Kubin, Goeldi ou Grassmann (anos '50 e'60). Em
, de mostras coletivas no Brasil (entre elas a Bienal suas pinturas e aquarelas mais recentes, soltou-se
de São Paulo na qual foi duas vezes premiado)e no em imagens luminosas, coloridas e fortemente
exterior (Bienal de Paris, 1965). Nos últimos tem- gestuais. Desde 1956 vem participando de salões
pos, sua pintura tem sido fortemente influenciada e coletivas. Expôs individualmente pela primeira
pela filosofia Rajneesh, da qual tornou-se adepto. vez na E.N.BA em 1.955, apresentando-se em di-
versos estados brasileiros e no exterior. Vive em
Uberlândia, MG.
AMARAL, ANTONIO HENRIQUE Abreu
S. Paulo, SP, 1935
BAKUN, MIGUEL
Gravador, desenhista e pintor. Iniciou-se em gravu-
Marechal Mal/et, PR, 1909 - Curitiba, PR, 1963
ra com Lívio Abramo na Escola de Artesanato do
MAM. deS. Paulo(1957)ecomShiko Munakata no Pintor e desenhista. Ex-aprendizde alfaiate em Pon-
Pratt Graphic Art Center, em Nova York, dois ta Grossa e ex-grurnete da Marinha de Guerra no
anos após. Realizou sua primeira individual no Rio de Janeiro (onde travou contato com o pintor
MAM. -SPem 1958, expondoaseguir noChilee Pancetti). Após um acidente que o obrigou a aban-
Êstados Unidos. Expressionista, em suas gravuras donar áMarinha, radicou-se em Curitiba (1930) on-
'iniciais desenvolveu uma temática social agressi- de, incentivado por Groff e Guido Viáro, passou a se
va, transposta depois para a pintura. No final dos
anos '60 e no transcorrer da década seguinte, de-
senvolveu a série das "Bananas", numa aproxima-
ção às idéias veiculadas pelo lropicalismo e, numa
referência mais remota, às figuras antropofágicas
de Tarsila do Amaral, com a mesma pujançacro-

115
dedicar profissionalmente às artes. Autodidata, es- BIANCHETTI, GLÊNIOAlves Branco Executou trabalhos murais em cerâmica em diver-
tudioso dos problemas da pintura, manteve uma Bagé, RS, 1928 sos ediffcios públicos e particulares nas Cidades de
atividade artfstica ininterrupta, participando de Recife, Sâo Paulo, Rio de Janeiro e Miami (USA).
Pintor, desenhista, gravador, tapeceiro e professor.
grande número de coletivas e salões, ehtre outros Sob influência da literatura de cordel e de todo o
Iniciou seus estudos de pintura com o Prof. José
os Salões Oficiais do Clube Concórdia, nos quais universo cultural nordestino, preocupou-se· em
Morais ainda em Bagé (1946) quandO organizou,
obteve premiações (1947-62). Sua obra, de forte transmitir - com suas pinturas, cerâmicas e mu-
com um grupo de jovens, um atelier coletivo. Trans-
apelo expressionista e marcada por uma existên- rais - mensagens acerca do meio natural em que
ferindo-se para Porto Alegre, ingressou no Institu-
cia mística, privilegiou paisagens suburbanas de . vive: a paisagem, a sociedade, a religião e a histó-
to de Belas Artes (1947) e mais tarde num curso de
Curitiba, marinhas, retratos e naturezas-mortas. ria épica de Pernambuco. Vem participando de sa-
gravura ministrado por Iberê Camargo. Fundou em
Após uma vida tortuosa e de grandes privações, lões e coletivas desde 1947, recebendo premia-
1950 oClube de Gravura de PortoAlegre,juntamen-
põs fim à sua existência suicidando-se em seu ate- ções. Apresentou-se em inúmeras individuais pe-
te com outros artistas gaúchos, responsável pela
lier (1963). Em 1980, uma retrospectiva de sua obra lo Brasil.
grande difusão das artes gráficas naquela cidade
inaugurou a "Sala Miguel Bakun" em Curitiba.
e de repercussão nacional pela defesa de uma ar-
te figurativa no momento de maior abrangênciado
CABRAL, ANTONIO Hélio
abstracionismo geométrico informal no Brasil. Foi
BANDEIRA, ANTONIO Marília, Sp, 1948
diretor do Museu de Arte do RS (60), transferindo-
Fortaleza, CE, 1922 - Paris, França, 1967
se no ano seguinte para Brasília onde dedica-se ao Pintor, professor e arquiteto. Formou-se em arqui-
Pintor e desenhista. Iniciou-se na pintura pratica- magistério das Artes na UnB, desde sua formação. tetura pela FAU-USP(1970-197 4). Por esse tempo,
mente como autodidata. Fundou com alguns artis- Sua obra, configurada num realismo expressionis- desenvolveu projetos editoriais experimentais com
tas de Fortaleza o Centro Cultural Cearense de Be- ta de temática gaúcha, documentou situações co- Flávio Motta. De 1973 a 1984, atuou como profes-
las Artes (depois Sociedade Cearense de Artes tidianas da vida rural do RS (anos'50). Nos últimos sor de pintura e desenho em instituições culturais,
Plásticas) participando de seus salões (1942-45). tempos, desenvolve a linha dos expressionistas especialmente na Pinacoteca do Estado de São
Após uma individual no IAB. - RJ (1945), recebeu modernos na pintura, trabalhando com diversida- Paulo e Museu Lasar Segall sendo que, neste últi-
bolsa de estudos do governo francês. Em Paris de détemas. Realizou exposições individuais e co- mo, foi também orientador do atelier de artes plás-
(1946) frequentou a ~cole Nationale Superleure letivas. ticas e organizador de diversas mostras temporá-
des Beaux Arts e as aulas livres de desenho da rias de arte brasileira. Desenvolveu seu trabalho
Académie de la Grande Chaumiére. Ligou-se a plástico a partir de referências intencionais à his-
Wols e Bryen (fins dos anos '40), formando o grupo BOI, José Carlos Cézar Ferreita, dito tória de nosso modernismo. Atualmente, incursio-
BANBRYOLS (que jamais chegou a expôr junto, de- Marília, SP, 1944 nando por um figurativismoexpressionista degran-
vido à morte de Wols em 1951). Retornou ao Brasil de consistência, apresenta telas de colorido inten-
Pintor e desenhista. Começou a pintar em 1965, a
(1950) onde atuou até 1954 executando murais e so numa atmosfera sensorial e romântica. Reali-
partir de sua convivência com Dudi Maia Rosa, na
expondo em mostras individuais. Regressou à Eu- zou individuais em São Paulo, Marília e Rio de Ja-
época iniciando-se como artista plástico. Em 1968
ropa com auxílio do "Prêmio Internazionale Fiat di neiro, e vem participando de exposições coletivas
realizou estudos de desenho e composição na
Torino': obtido na 11 Bienal de S. Paulo (195"3), fixan- desde 1970.
Chovinard Art School da Califórnia. Ingressou co-
do-se em Paris. Em seus trabalhos iniciais apresen-
mo aluno na Escola Brasil (SP), que tinha como pro-
tou paisagens e marinhas de caráter expressionis-
fessores Fajardo, Baravelli, Nasser e José Resen-
ta, inspiradas na rica natureza de seu estado natal.
de, integrando-se ao corpo docente no período CALASANS NETO, José Júlio de
Foi em Paris que adquiriu sua verdadeira expres-
1973-1974. Foi um dos fundadores da Cooperativa Salvador, BA, 1932
são, filiando-se à abstração informalista em voga
dos Artistas Plásticos de São Paulo. Mantém-se fiel
na França naquele momento. Sua pintura tomou Gravador, pintor, ilustrador e cenógrafo. Iniciou-se
aos temas desenvolvidos desde o início de sua car-
corpo sob a influência tachista de Wols, dissolven- em pintura no atelier de Genaro de Carvalho. Pos-
reira: paisagens, ambientes, figuras, objetos, preo-
do formas numa atmosfera ricamente colorida. Ex- teriormente, interessou-se pela xilogravura fre-
cupado com a fidelidade cromática e, principal-
põs individualmente e em salões e mostras coleti- quentando as aulas de MárioCravoJúnior na Esco-
mente, com a luz. Desde 1965 participa de salões
vas no Brasil e no exterior. la de Belas Artes da Universidade da Bahia. Parti-
e coletivas. Na última individual em São Paulo
(1982) apresentou a série "O caminho da luz". Vive cipou intensamente do mOvimento de renovação
em São Paulo. das artes e das letras de seu estado, fundando a re-
BARRIO de Souza Lopes, Artur Alípio vista "Mapa", dedicada aos intelectuais baianos da
Pôrto, Portugal, 1945 década de'50ea Editora Macunaímaque seespe-
Pintor, desenhista, performer multi-mídia. Vindo pa- BRANNIGAN, SHEILA Patrícia cializou em livros de artista. Ilustrou obras literá'
ra o Brasil, começou a desenhar por volta de 1967 Chester, Inglaterra, 1914 rias, em especial de autores baianos, ecriou cená-
no Rio de Janeiro. Nesse ano, ingressou na Esco- rios para teatro e cinema. Artista figurativo, de te-
Pintora e desenhista. Veio para o Brasil em 1957, mática inspirada no casario, aspectos e persona-
la de Belas Artes (abandonando-a algum tempo da-
fixando-se em São Paulo, depois de residir na Sui- gens do rico imaginário baiano, variou de um rea-
pois) e realizou sua primeira participação numa co-
ça - quando começou a pintar - e em Paris, on- lismo expressionista das primeiras fases até um
letiva, na Galeria Gemini -RJ.lnicialmente trilhan-
de frequentou os ateliers de André Lhote, Henry certo fauvismo em sua produção mais recente.
do os caminhos da nova figuração. desenvolveu no
Goetz e a Academia La Grande Chaumlére, por Realizou exposições individuais em museus e ga-
percurso da década de '70, situações ambientais
quase dois anos. Seus desenhos, criados a partir lerias do Brasil, além de figurar em vários salões de
e manifestações públicas nas ruas, praias, praças
de traços finos, econômicos, incisivos, inserem-se arte. Seus trabalhos também foram vistos em mos-
e museus do Rio de Janeiro. Editou livros de feitu-
numa linguagem informalista que evolui para um fi- tras na Europa e E.UA
ra artesanal, assim como filmes, fotos, bandas
gurativismo de formas livres e dinãmicas, o mes-
magnéticas e VIs., registros de seu trabalho. Con-
mo ocorrendo com as pinturas, das mais caracte-
siderado um dos introdutores da arte conceitual no
rísticas do expressionismo abstrato no Brasil. Des- CÂMARA Filho, JOÃO
Brasil, em 1975 transferiu-se para Paris. Atualmen-
de fins da década de '50, vem apresentando sua João Pessoa, PB, 1944
te divide sua residência entre o Rio de Janeiro e
obra em individuais, salões e coletivas pelo Brasil
Amsterdam, onde vive desde 1980. Nos últimos Desenhista, pintor e gravador. Entre 1960 e 1963,
e no exterior. Atualmente reside em Londres.
tempos vem desenvolvendo uma pintura de cará- frequentou o curso livre da Escola de Belas Artes
ter eminentemente expressionista, à exemplo das da U.F.P. em Recife. Em Salvador, com Henrique
"máscaras" de sua Série Africana e dos últimos Oswald e Emanoel Araújo, aperfeiçoou-se na téc-
BRENNAND, FRANCISCO de Paula
trabalhos expostos em S. Paulo. comoo "Retrato de nica xilográfica. Juntamente com Adão Pinheiro e
Coimbra de Almeida
mulher d'apfes Picasso': Vem apresentando-se in- outros artistas locais, fundou o Atelier Coletivo da
Recife, PE, 1927
dividualmente no Brasil e Europa e participando de RibeiraemOlinda(1964)edoisanosapósoatelier
mostras coletivas. Pintor e ceramista. Iniciou seus-estudos de pintu- "+ Dez" com Anchises Azevedo, Delano e Maria
ra com Álvaro Amorim no Recife (1945). A partir de
1949 realizou sucessivas viagens à Europa, aper-
feiçoando-se com André Lhote e Fernand Léger em
Paris (1949-52). Fêz estudos de cerâmica na Itália
e pesquisas livres na Espanha, Bélgica e Suissa.

116
Carmen (1966). Ensinou pintura na Universidade da de Durham e frequentando a King Edward the Cozzo. No ano seguinte, expôs individualmente pe-
Paraíba (1967-70). Formou-se em psicologia pela Seventh School of Fine Arts (Inglaterra). Retor· la primeira vez em Salvador. Durante seis meses
Universidade Católica de Pernambuco (1968). A nou ao Brasil fixando·se em S. Paulo (1922) e parti· estudou com o escultor iugoslavo Ivan Mestrovic
partir de 1970 dedicou-se à litografia, montando cipando de vários concursos com projetos ousa· na Siracuse University (USA), fixando·se poste-
atelier com Delano, transformado depois na Ofici- dos que o colocaram como um dos precursores da riormente em Nova York (1947 -49). De volta a Sal-
na Guaianases de Gravura (Olinda). Sua expressão modern'a arquitetura nacional. Aderindo à antropo- vador, participou ativamente do movimento de re-
se configurou a partir de uma perspectiva socioló- fagia Oswaldiana, defendeu teses antropofágicas novação nas artes plásticas locais. Em 1955 defen-
gica. A figura humana - sempre otema principal em congressos de arquitetura no início dos anos deu tese e tornou-se livre docente na Escola de Be-
- aparece com humor e ironia, como na série "Ce- '30. Foi um dos fundadores doC.A.M. -Clube dos las Artes da U,F,BA. No biênio 1964/65 residiu na
nas da Vida Brasileira", vigoroso painel da era ge- Artistas Modernos (1932) e do Teatro da Experiên- Alemanha. Foi diretordo MAM-BA(1966-67), exer-
tulista. Nos últimos tempos, discursando sobre a cia (1933). Em sua obra pictórica e desenhos, cap- cendo outros cargos públicos. Nessa trajetória uti-
sensualidade e o ato de pintar, idealizou a série tou a psicologia da figura humana, numa lingua- lizou os meios de expressão com absoluta liberda-
"Dez casos de amor e uma pintura de Câmara". gem expressionista pela deformação das imagens de e grande espírito de investigação. Em seus de-
Realizou diversas individuais e vem participando e pelo uso transgressivo da cor. É famosa a sua senhos, gravuras e esculturas (em que utilizou os
de salões e coletivas no Brasil e no exterior, rece- "Série trágica", desenhos de sua mãe agonizante mais diferentes materiais), variou na temática de
bendo importantes.premiações. (1947), de forte apelo dramático. Cenógrafo, figuri- um figurativismo inspirado em aspectos da cultu·
nista, escritor, decorador de bailes carnavalescos, ra popular e erudita às mais inusitadas composi·
escultor, foi vigoroso animador do meio artístico ções abstracionistas. Foi um dos pioneiros em ex·
CAMARGO, IBERÊ paulistano nas décadasde'30,'40 e '50, sendo con· posições ao ar livre no país, tendo realizado inúme-
Restinga Sêca, RS, 1914 siderado, inclusive, um introdutor do happening no ras esculturas para logradouros públicos e institui-
país. Além de inúmeras individuais (a primeira em ções particulares. Expõe regularmente em indivi-
Pintor, gravador, desenhisw e professor. Iniciou·se
1934, fechada pela polícia), participou de salões e duais e mostras coletivas no Brasil e no exterior.
em pintura na Escola de Artes e Ofícios de Santa coletivas. Na 17.' Bienal de São Paulo, foi organiza·
Maria(RS), e fêz o cursotécnicode arquitetura no
da uma grande retrospectiva de sua obra.
Instituto de Belas Artes de Porto Alegre. Nessa ci-
dade recebeu orientação do pintor João Fahrion. CUNHA Borges, FRANCISCO José
Com uma bolsa de estudos transferiu-se para o Rio Rio de Janeiro, RJ, 1957
de Janeiro (1942) onde constituiu, com outros artis·
CASTRO, SONIA
tas, o Grupo Guignard. Orientado por Guignard e Pintor e arquiteto. Formado em arquitetura pela
Salvador, BA, 1934
Hans Steiner, realizou suas primeiras experiências Universidade Santa Úrsula do Rio de Janeiro
com gravura. Em 1947, com oóleo ')\ Lapa", rece- Gravadora, desenhista e pintora. Iniciou-se na pin- (1982), iniciou-se em desenho e pintura na Escola
beu no Salão de Arte Moderna o prêmio de viagem tura em 1954 quando ingressou na Escola de Be- de Artes Visuais do Parque Lage (1980·1982) estu·
ao estrangeiro. Na Europa estudou pintura com las Artes da Universidade da Bahia. Obteve seus dando com John Nicholson e LuizÁquila, entre ou-
Giorgio de Chirico e André Lothe, afrêsco com An- primeiros ensinamentos em artes gráficas no tros. Neo-expressionista da chamada "Geração
tônioAchillee materiais de pintura com Leone Au- M.A.C. de São Paulo, com Hedwig Ziegler, então de 80", pesquisa em suas telas planos e texturas, a
gusto Rosa, aperfeiçoando-se em gravura com passagem pelo Brasil (1958), e na Fundação Ar- partir de formas figurativas que exploram os cli-
Carlo Alberto Petrucci (1948/49). Passando por mando Álvares Penteado. Em Salvador estudou chês românticos como temática. Desde 1982 vem
uma figuração expressiva nos primeiros anos ('40), gravura com Henrique Oswald por cinco anos. Tra- participando de salões e mostras coletivas.
sua obra paulatinamente foi incorporando elemen- balhando principalmente com xilogravuras e pro-
tos abstracizantes, culmínando nos "Carretéis" duzindo uma arte de expressão sintética e'incisiva,
('50/'60), gênese de sua produção mais contempo- revela um forte sentido humano e social em suas DAREL Valença Lins
rânea, marcada por um expressionismo abstrato, figuras sofridas e universais. Vem participando de Palmares, PE, 1924
em telas de cores escuras, permeadas por signos coletivas e salões desde 1955, tendo realizado in-
Desenhista, gravador, pintor e professor. Ainda me-
e figuras sugeridas. Desde 1942 vem realizando dividuais em São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador.
nino foi admitido no Escritório Técnico da Usina
exposições individuais e participações em salões Atualmente leciona na Universidade Federal da
Grande em Pernambuco, como aprendiz de dese-
e mostras coletivas pelo Brasil e no exterior. Resi- Bahia.
nhista (1937). Transferiu-se para Recife, frequentan-
de em Porto Alegre, RS. doa Escola de Belas Artes local (1941/42). Iniciou
seus estudos de gravura no Liceu de Artes e Ofí-
cios do Rio de Janeiro com Henrique Oswald
CARAM Loureiro, MARINA CAVALCANTI, NEWTON (1948). Por essa época, conheceu Oswaldo Goel-
Sorocaba, SP. 1925 Bom Conselho, PE, 1930 di de quem recebeu importantes ensinamentos.
GravadOra, desenhista e pintora. Foi apresentada Gravador, desenhista, pintor, escultor e professor. No início dos anos '50 interessou-se pelas técnicas
ao mundo artístico por Oswald de Andrade e Pie- transferindo·se para o Rio de Janeiro, iniciou sua litográficas. Dedicou-se intensamente à ilustração
tre Maria Bardi em 1951, quando realizou sua pri- formação artística frequentando o atelier de Rai· de jornais, revistas e obras literárias, e ao magisté-
meira exposição individual no Museu de Arte de mundo Cela (1952). Nessa mesma época estudou rio das artes em instituições de nível superior. Com
São Paulo. Logo em seguida, com uma bolsa de xilogravura com Oswaldo Goeldi. Por dois anos curo prêmio de viagem ao estrangeiro (SNAM-1957) per-
estudos concedida pelo governo francês, perma- sou a E. N. B.A. (1954/55). Fêz estudos na área de maneceu dois anos na Europa, quando manteve
neceu cerca de um ano e meio estudando em Pa- arte-educação, dedicando-se ao magistério a partir contato com Giorgio Morandi. Gravador, desenvol-
ris, de onde retornou em 1953. Trabalhando uma de 1960, tendo atuado em instituições no Rio, Nite- veu sua obra a partir de afinidades com o universo
figuração de características expressionistas den- rói e Brasília. Na década de '70 realizou viagens de fantástico de Kubin e com as soluções plásticas de
tro de uma temática eminentemente social, apre- aperfeiçoamento para a Inglaterra, Itália, Alema- Goeldi. A partir de sua vivência européia, voltou·se
sentou em seus trabalhos o registro do popular (os nha e Portugal. Incursionando pelo cinema, criou mais para o desenho produzindo- especialmente
personagens anônimos das grandes cidades e argumentos e ambientações para filmes de curta - paisagens urbanas num grafismo ágil e nervo·
das manifestações folcióricas), numa configura- e longa metragem. Fêz ilustrações para jornais, re- so, insinuando edifícios, ruas e casaríos, vistos do
ção dramática, acentuada pela atmosfera som- vistas e livros. Expressionista na tradição de Goeldi alto, à distância. Atualmente, a figura humana rea-
briaque, em geral, predomina em sua obra. Além e Grassmann, seus trabalhos são marcados pela parece em seus trabalhos, numa atmosfera eróti-
de mostras individuais, vem participando de sa· tradição popular do Nordeste (especialmente nos ca e intimista, com a presença constante da cor.
lões e coletivas pelo Brasil e no exterior. Vive em anos '50) e pelo fantástico e mitológico, compon- Tem realizado individuais e participado de salões
São Paulo, SP. do uma verdadeira iconografia da tragédia huma- e coletivas no Brasil e no exterior, recebendo impor-
na. Desde 1958 vem realizando exposições indivi- tantes premiações, entre elas a de melhor dese-
duais e participando de coletivas. nhista nacional na Bienal de S. Paulo de 1963.

CARVALHO, FLÁVIO DE Resende


Barra Mansa, RJ, 1899· Valinhos, SP. 1973 CRAVO Júnior, MÁRIO
Salvador, BA, 1923
Engenheiro civil, arquiteto, pintor, desenhista, es-
cultor, cenógrafo e escritor. Estudou na Europa, Escultor, gravador, desenhista e professor. Autodi-
formando·se engenheiro civil pela Universidade data, trabalhou por algum tempo com o santeiro Pe-
dro Ferreira. Em 1946 seguiu para o Rio de Janei-
ro onde estagiou no atelier do escultor Humberto

117
DE FlORI, ERNESTO FRANCO, SIRON GONÇALVES, DANÚBIOVillamil
Roma, Itália, 1884 - São Paulo, SP, 1945 Goiás, GO, 1947 Bagé, RS, 1925
Escultor e pintor. Frequentou aAcademia de Artes Pintor, desenhista e gravador. Iniciou-se em pintu- Pintor, desenhista, gravador e professor. Residindo
de Munique, onde estudou desenho e pintura com ra no atelier de D.J. Oliveira e Cleber Gouveia em no Rio de Janeiro (1935-50), estudou pintura e de-
Olto Greiner (1903). Em Roma (1904) travou contato Goiânia (1959), passando a viver do seu trabalho. senho com Cândido Portinari (1943) e com Rober-
com a obra do pintor expressionista suiço Ferdi- Em 1970 transferiu-se para São Paulo, onde fre- to Búrle Marx. Ingressou na Fundação Getúlio Var-
nand Hodler. No período 1911-1914, estabeleceu-se quentou o atelier de Bernardo Cid, por um ano, re- gas, onde recebeu orientação de Carlos Oswald,
em Paris onde conheceu Matisse, Picasso e ou- tornando então para a capital goiâna. Em 1976, Axl Leskoschek e Tomás Santa Rosa. Em 1950-51,
tros. Nessa época, abandonando a pintura, passou com prêmio obtido no XXIV S. N .AM., viajou para a viajou pela Europa, aperfeiçoando-se na Acadé-
a produzir esculturas com o auxílio de Hermann Europa, residindo em diversas cidades do conti- mie Julien de Paris. Devolta ao Brasil, fixou-se no
Haller. Em 1915, na Alemanha, combateu como nente. Sua obra, e especialmente suas pinturas, re- Rio Grande do Sul participando do Clube da Gravu-
soldado pelo exército alemão. Entre 1913 e 1935, gistra os arquétipos universais da tragédia huma- radePortoAlegre. Em 1951 foi um dos fundadores
expôs sua obra escultórica em coletivas por diver- na: o poder, o medo, o conflito entre o individual e do Clube de Gravura de Bagé. De 1962 a 1964 re-
sas cidades européias. Chegando ao Brasil em o coletivo, são expressos com agressividade e vio- cebeu ensinamentos de litografia de Marcelo
1936, prosseguiu sua trajetória de escultor já defini- lência cromática. Expôs pela primeira vez em Goiâ- Grassmann e Edmundo Brasil. Vem atuando como
dia no clima cultural da Alemanha, com influên- nia (1967). Vem participando de mostras individuais professor no atelier livre da Prefeitura de Porto Ale-
cias, também, de Rodin. Retomou a pintura, sem- e coletivas no Brasil e exterior, recebendo impor- gre (do qual é diretor) desde 1963 e no Instituto de
pre marcada pelo expressionismo de Hodler, com tantes premiações, dentre elas o Prêmio Interna- Artes da U.F.R.S. (1969-71). Ao desenvolver uma ex-
a presença constante da figura humana, registran- cional de Pintura na XIII Bienal de S. Paulo (1975). pressão figurativa de grande densidade, privilegiou
do outras vezes, paisagens, naturezas mortas e ce- a temática gaúcha, especialmente nos aspectos
nas de São Jorge e o Dragão. Expôs individualmen- sociais do trabalho, como nas séries "Xarqueada"
teemS. Paulo(1936/37, 39, 41 e44)e RiodeJanei- e "Mineiros" dos anos '50. Vem realizando exposi-
ro (1937). Participou dos Salões de Maio e da Famí- GERCHMAN, RI.jBENS ções individuais e participando de coletivas pelo
lia Artística Paulista, entre outros, constando várias Rio de Janeiro, RJ, 1942 Brasil e no exterior (com oClube da Gravura), des-
retrospectivas de sua obra como a Sala Especial de 1944.
Pintor, desenhista e gravador. Egresso do liceu de
da Bienal de Veneza (1950) e no MAC-USP (1975).
Artes e Ofícios do Rio 'de Janeiro (1957/58) e da an-
tiga E.N.B.A (1959/62) onde estudou xilogravura
com Adir Botelho, de início, nos anos 60, a partir de GRACIANO, CLÓVIS
DI CAVALCANTI; Emiliano Augusto Araras, SP, 1907
figuras anêmicas, expressionistas, voltou-se para
Cavalcanti de Albuquerque Melo, dito
a realidade das ruas e jornais: o transporte coleti- Pintor, desenhista, muralista, ilustrador. ligado ao
Rio de Janeiro, RJ, 1897 - 1976
vo, a habitação popular, o trabalho, a cultura de GrupoSanta Helena. Iniciou-se na pintura através
Pintor, desenhista, caricaturista, jornalista e escri- massas, a repressão sexual nas classes média e do trabalho de pintar tabuletas e letreiros para a Es-
tor. Iniciou-se como ilustrador e chargista autodida- baixa. Depois de uma reflexiva estadia em Nova trada de Ferro Sorocabana no interior paulista. Veio
ta na imprensa carioca. Expôs pela primeira vez no York (1968/72), retornou ao Brasil adotando os pre- para a capital de São Paulo em 1934, quando ob-
Salão dos Humoristas, RJ (1916). Transferindo-se ceitos da "nova pintura", em pinceladas soltas, de servou a obra de Portinari. Estudou dois anos com
para São Paulo, frequentou a Faculdade de Direi- colorido intenso, em telas cada vez maiores e liber- Waldemar da Costa e frequentou o curso livre de
to, conhecendo pessoas integradas aos meios jor- tas do chassis. Tem realizado exposições em gale- desenho na Escola de Belas Artes, onde conheceu
nalístico e artístico de então, entre elas Oswald de rias e museus, participando de inúmeros salões e alguns pintores com os quais formou a "Família Ar-
Andrade, Guilherme de Almeida e Ferrignac. Ilus- coletivas pelo Brasil e exterior, entre elas as Bienais tística Paulista", participando de seus três salões
trou diversas revistas da época, expondo em 1917 de São Paulo, Paris e Tóquio (1968-1972). (1937,39 e 40). Em sua obra de temática variada
e 1921. Um dos organizadores da Semana de Arte privilegiou muitas vezes a figura humana, principal-
Moderna de 1922, participou com 12 obras, crian- mente de operários ou personagens anônimos,
do os catálogos e programas da mostra. Sua pri- apresentando à miúde, acentuados caracteres ex-
meira viagem à Europa (1923-25) permitiu-lhe tra- GOELDI, OSWALDO
pressionistas. Nos anos 50/60 voltou-se para a pin-
var conhecimento direto com a obra de artistas da Rio de Janeiro, RJ, 1895 - 1961)
tura mural, geralmente inspirada em motivos his-
vanguarda. Em 1931, em S. Paulo, foi um dos funda- Desenhista, gravador, ilustrador Eiprofessor. Filho tóricos. Dedicou-se, também, à ilustração de obras
dores do CAM, juntamente com Flávio de Carvalho, do naturalista suiço Emílio Augusto Goeldi, viveu literárias, à cenografia e figurinos para teatro. Fêz
Gomide e Carlos Prado. Realizou uma segunda via- em Belém do Pará antes de residir com a família em gravuras, desenhos e monotipias. Sua primeira in-
gem, permanecendo em Paris de 1935 a 40. Em Berna, Suiça(1901). Em 1915 ingressou na Escola dividuai em São Paulo, aconteceu em 1941. Parti-
sua obra - especialmente após seu regresso ao Politécnica de Zurique, abandonando-a dois anos cipou de coletivas e salões, recebendo premia-
Brasil- transparecem o forte apêgo às coisas na- depois. Frequentou durante alguns meses as au- ções, dentre as quais a de viagem ao exterior no
cionais e um sentido agudo de crítica social, utili- las da Escola de Artes e Ofícios de Genebra, no ate- S.N.B.A (1948). De 1976 a 1978 foi Adido Cultural
zando como temática o morro, o carnaval, o man- lier de Serge Pahnke e Henri van Muyden. Data de Brasileiro em Paris.
gue. Expôs individualmente e em diversas mostras 1917 sua primeira individual de desenhos na Gale-
coletivas, contando-se inúmeras retrospectivas ria Wyss, em Berna. Por essa época, descobriu a
póstumas. obra de Edvard Munch e Alfred Kubin (com quem GRANATO Filho, IVALD
viria a encontrar-se pessoalmente em 1930). De Campos, RJ, 1949
volta ao Rio de Janeiro (1919), expôs em 1921 no li-
Desenhista, pintor, gravador e performer Começou
FONSECA, José CLÁUDIO Cavalcante da ceu de Artes e Oficios. Foi o paulista Ricardo Bam-
a desenhar ainda jovem. Estudou pintura com Ro-
Rio de Janeiro, RJ, 1949 pi, de regresso da Alemanha, quem o introduziu
bert Newman (1966) e ingressou na Escola de Be-
nas técnicas da gravura (1924). No final da década
Pintor, desenhista e arquiteto. Formou-se em arqui- las Artes da U.F. R.J. (1967). Datam de 1968 seus pri-
estava em contato com os modernistas de São
tetura e urbanismo no Rio de Janeiro (1975-1979) e meiros contatos com a técnica litográfica e seus
Paulo. Pioneiro do expressionismo brasileiro, pro-
realizou estudos de arte com Anna Bella Geiger e primeiros desenhos e bicos-de-pena nos caminhos
duziu xilogravuras de grande dramaticidade, mar-
Umberto França. Expressionista, em suas telas da nova figuração, com temática extraída de situa-
cadas por uma atmosfera noturna e visionária. Ilus-
aparecem os elementos naturais (a água, as pe- ções cotidianas ou de um imaginário fantástico,
trou obras importantes da literatura nacic ,ai e es-
dras e montanhas) registrados de maneira quase com nuances de erotismo. Performer, autor de hap-
trangeira. Realizou inúmeras individuais e partici-
abstracizante, com pinceladas nervosas e ges- penings, vem utilizando em seus trabalhos várias
pou de salões e mostras coletivas no Brasil e exte-
tuais, em que a luz altera e molda as formas. As co- mídias: Super-8, xerox, arte pelo correio. Publicou
rior, recebendo importantes premiações.
res são quentes e incisivas. A composição, geral- manifestos, editou livros e criou em 1976 a Grana-
mente na diagonal, cria uma atmosfera mística, lo's Produclions para divulgação de sua obra. A
sobo sígno da ascendência. desde 1974 vem par- partir dos anos '70 seu trabalho plástico caminhou
ticipando de salões e coletivas no Brasil e Europa. rumo à uma figuração expressionista, tônica de
Expôs individualmente no Rio(1981, 82 e 84).lnte- sua produção atual. Participou de inúmeras indivi-
gra também o núcleo I da18' Bienal de São Pau- duais e coletivas pelo Brasil, especialmente Rio e
lo, como artista convidado. São Paulo, e no exterior.

118
GRASSMANN, MARCELO Diego Rivera que conheceu em 1953). Ao longo de HORA, ABELARDO Germano DA
São Simão, SP, 1925 sua carreira manteve-se adepto de uma expressão São Lourenço da Mata, PE, 1924
figurativa chegando, inclusive, a postar-se radical-
Desenhista, ilustrador, gravador. Mudando-se pa- Escultor, desenhista, gravadore professor. Estudou
mente contra a tendência abstrato-expressionista
ra São Paulo (1930); ingressou no Instituto Profissio- artes decorativas e freqüentou o curso livre de es-
nal Masculinoonde estudou fundição, mecânica e surgida no Brasil com as 1." Bienais de S. Paulo.
cultura da Escola de Belas Artes do Recife. Com Ri-
Realizou inúmeras individuais, participando de sa-
entalhe (1939/42). Aluno do Liceu de Artes e Ofícios cardo Brennand iniciou-se na confecção de cerâ-
(1943), começou a aprender xilogravura no ano se- lões e coletivas pelo Brasil e no exterior.
micas. Foi um dos fundadores da Sociedade de Ar-
guinte. Em 1949, residindo no Rio de Janeiro, fre- te Moderna daquela cidade, exercendo sua presi·
quentou o cursade água-forte no Liceu de Artes e dência por dez anos, quando criou o Atelier Cole-
Ofícios daquela cidade. Em 1952 trabalhou com GUINLE Filho, JORGE
tivo (1952), de grande importância para a formação
Nova York, EUA, 1947
Mário Cravo Júnior em Salvador e no ano seguin- das novas gerações de artistas pernámbucanos.
te, com prêmio de viagem ao exterior obtido no_ Pintor. Nascido em Nova York, desde cedo entrou Participou do chamado Movimento de Cultura Po-
S.NAM., seguiu curso de aperfeiçoamento na em contato com as obras dos grandes mestres do pular, marcado pela interação das artes e com
Academia de Artes Aplicadas em Viena, Áustria. século XX. Estudou pintura na École des Roches preocupações eminentemente sociais, até sua ex-
Iniciou-se na xilogravura com uma linguagem mui- (1958/63) e na Académie de la Grande Chaumiere tinção em 1964. Atuou no âmbito da política cultu-
to próxima à dos expressionistas germânicos. Mais de Paris (1969). Começou a pintar em meados da ral exercendo diversos cargos públicos e no magIs-
tarde, optou pela gravura em metal, com expressi- década de '60, realizando sua primeira individual tério das artes. Residiu em S. Paulo por alguns
vas imagens do fantástico, figuras bestiais, am- em 1973, no Rio de Janeiro. Expressionista abstra- anos, a partir de 1966, retornando em seguida pa-
bientes visionários (seduzido pelos mestres Bosch to, seus trabalhos (geralmente de grandes dimen- ra Recife. Expressionista, vem desenvolvendo sua
e Kubin) e damas e cavaleiros medievais imersos sões) caracterizam-se por uma total liberdade ges- arte nas diversas técnicas, abordando de manei-
num clima de irreal idade e fantasmagoria. Desde tual e pela utilização de côres fortes e várias, em ra contundente os temas sociais do nordeste. Des-
meados da década de '40, vem realizando indivi- pinceladas largas e nervosas, resultando em telas de 1948 vem realizando individuais e participando
duais e participando de salões e coletivas no Bra- de grande impacto visual. Além de individuais no de salões e coletivas pelo Brasil, tendo recebido
sil e no exterior, entr-e elas a do "Grupo dos 19", SP Rio de Janeiro, Niterói, São Paulo e Brasília, vem premiações.
(.1947), Bienal de Veneza (1950) e várias Bienais de participando de salões e coletivas pelo Brasil.
S. Paulo, recebendo em 1955 o prêmio de melhor
gravador nacional. JOSÉ CLÁUDIO da Silva
GÜTLlCH KESZY, JOHANN Ipojuca, PE, 1932
Rotterdam, Holanda, 1920
Escultor, pintor edesenhista. Principiou sua carreI-
Pintor e desenhista. Estudou na Academia de Ar- ra artística em 1952, no atelier coletivo da Socieda-
GRILO, RUBEM Campos te de Rotterdam (1935-1940). Durante cerca de dois de de Arte Moderna do Recife. Mais tarde, em Sal-
Pouso Alegre, MG, 1946 anos levou uma vida nômade com ciganos pela vador, recebeu orientação de Mário Cravo Jr., Cary-
França e Espanha. Suas primeiras exposições béeJenner Augusto. Apartirde 1955, residindo em
Gravador e professor. Transferindo-se para o Rio de
aconteceram em Rotterdam (1943-1944). Veio pa- São Paulo, trabalhou com Di Cavalcanti e estudou
Janeiro, formou-se em agronomia pela UFRRJ
ra o Brasil em 1952, fixando-se em São Paulo, on- gravura com Lívio Abramo na Escola de Artesanato
(1969). Iniciou-se nas artes por essa época, na Es-
de realizou várias individuais a partir de1953.Com do MAM .. Fêz ilustrações para jornais eem 1957.
colinha de Arte do Brasil. De 1971 a 1973, trabalhou
suas figuras e paisagens de grande vigor expres- com bolsa de estudos da Fundação Rotelini da Itá-
com o pintor Lenio Braga, frequentou o atelier de
sivo análogo a Vlamink e Permeke, trouxe-nos no lia, frequentou por um ano a Academia de Belas Ar-
Iberê Camargo - com quem obteve os primei ros
princípio a temática holandesa que foi gradualmen- tes de Roma. Admirador e conhecedor dos mes-
ensinamentos de gravura em metal- e féz o cur-
te substituida pelos motivos nacionais. Residiu no tres da pintura brasileira e internacional, em sua
so de litografia no Parque Lage, sob orientaçao de
interior de São Paulo, indo a São José dos Campos obra - quase sempre relacionada com o nordes-
Antonio Grosso. Apartir de 1973 colaborou como
(1962)onde lecionou na Escola de Belas Artes do te - fixou figuras e paisagens de maneira forte-
ilustrador em diversos jornais do Rio e de S. Paulo
Valedo Paraíba. No Brasil, participou ainda de sa- mente expressiva. Nos anos sessenta, passou a
e nas revistas Gráfica e Graphis (Suiça). Além de
lões e mostras coletivas. produzir esculturas de grande porte, em granito.
realizar trabalhos de paisagismo vem atuando co-
mo professor de xilogravura no Centro Educacio- Desde 1954, quando participou da I Exposição do
nal de Niterói. Com um desenho imaginativoecon- Atelier Coletivo, vem mostrando sua obra em cole-
HANSEN-BAHIA; Karl-Heinz Hansen, dito tivas e individuais pelo Brasil e no exterior, tendo re-
tundente que transfigura e recria formas, retoma
Hamburgo, Alemanha, 1915 - São Paulo, Sp, 1978 cebido importantes premiações. Também é conhe-
em suas xilos a tradição de Goeldi e Abramo, pro-
curando uma reinserção da gravura na prática so- Gravador e ilustrador. Iniciou-se na xilogravura co- cido como cronista e ensaísta, tendo escrito três li-
cial. Sua temática inspira-se na realidade nacional. mo autodidata em 1948. Veio para o Brasil fixando- vros sobre a arte em Pernambuco.
Expôs no Brasil e França e vem participando de sa- se em S. Paulo (1950-1955) e depois em Salvador
lões e coletivas desde 1972. Integra também o nú- (1955-1958), influenciando artistas gravadores ba-
cleo I da 18.' Bienal de S. Paulo. hianos comoCalasans Neto e Hélio Oliveira. Voltou KATZ, RENINA
para aAlemanha onde prosseguiu com sua ativida- Rio de Janeiro, RJ, 1925
de artística até 1963 quando partiu para Addis Abe- Gravadora, desenhista, pintora e professora. Rea·
ba, Etiópia, onde lecionou na Fine-Arts-School. Re- lizou cursos de formação em pinturOl pela Escola
GRUBER Correia, MÁRIO tornou definitivamente ao Brasil em 1967, residin- Nacional de Belas Artes da Universidade do Bra-
Santos, SP, 1927 do na Bahia. De temática variada, abordando as- sil; gravura em madeira na Fundação Getúlio Var-
pectos sociais, religiosos e da cultura popular da gas do Rio de Janeiro sob orientação de Axl Leskos-
Pintor, desenhista e gravador. Inicic'u-se nas artes
região, manteve em toda a sua trajetória caracte- check; de gravura em metal no Liceu de Artes e Ofí-
em 1943.Transferiu-se para S. Paulo (1946) onde in-
rísticas emergentes do expressionismo alemão cios com Carlos Oswald; licenciatura em desenho
gressou na Escola de Belas Artes, frequentando-
das primeiras décadas deste século e íntima liga- na Faculdade de Filosofia da Universidade do Bra-
a por breve período. Participou da exposição do
ção com a arte gótica de seu país. Expôs individual- sil- todos no Rio deJaneiro. Adepta da linguagem
Grupo dos 19, recebendo premiação em pintura
mente pela primeira vezem São Paulo (1950), ten- neo-realista, utilizou elementos do expressionismo
(1947). Estudou gravura com Poty Lezzarotto e rea-
do participado de mostras coletivas pelo Brasil e - como a deformação da figura - para exprimir
lizou sua primeira individual emS. Paulo(1948). Por
no exterior. Produziu inúmeras ilustrações. Parte de importantes temas da trama social: a favela, os re-
essa época, trabalhou no atelier de Di Cavalcanti.
sua obra encontra-se no Museu Hansen-Bahia em tirantes, os desamparados de toda a sorte (anos
Em 1949, com bolsa de estudos concedida pelo go-
Cachoeira, BA '50). Em sua trajetória adotou, também, aspectos
verno francês, seguiu para Paris aperfeiçoando-se
com o gravurista Edouard Goerg. De volta ao Bra- abstracizantes que foram envolvendo as figuras e
sil, fundou oGlube da Gravura(depois Clube das Ar- paisagens. Tem atuado no magistério das artes
tes) em Santos-SP Nas décadas de '50 e '60 foi pro- desde 1952, em diversas instituições do Rio e São
fessor de gravura no MAM e na FAAP ambos em S. Paulo, além de colaborar com arquitetos na execu-
Paulo. Manteve intensa atividade na área da políti- ção de murais, vitrais e módulos de azulejo para
ca cultural. Realizou painéis para entidades públi- edifícios públicos e privados. Desde 1948 - quan-
cas e privadas (motivado pela obra do mexicano

119
do expôs pela primeira vez no SNAM e doqual par- LESKOSCHEK, AXL MALFATII, ANITA Catarina
ticipou ininterruptamente até 1959 - vem inte- Graz, Áustria, 1889 - Viena, Áustria, 1975 São Pau/o, SP, 1889 - 1964
grando mostras coletivas e realizando individuais Pintor, gravador e professor. Formou-se em direito, Pintora, desenhista e gravadora. Indo para a Ale-
no Brasil e no exterior, tendo· recebido inúmeras realizando seus estudos em Graz, Viena e Praga, manha em 1912, frequentou durante um ano a Aca-
premiações. Vive em S. Paulo. a partir de 1909. Depois da 1.' Grande Guerra - na demia Imperial de Belas Artes de Berlim e o Museu
qual foi ferido em 1918 - frequentou a Escola de de Dresden, estudando ainda- com Fritz Burger,
Belas Artes de sua cidade natal e a Escola de Ar- Bischoff Culm e Lowis Corinth, mestres do expres-
KUTKA Neto, VICENTE tes Gráficas de Viena, tendo como professores sionismo. Realizou sua primeira individual em São
São Pau/o, SP, 1952 Schrotter, Hofbauer eCossmann. Em 1921, com a Paulo (1914) viajando em seguida para Nova York,
Pintor, desenhista e gravador. Estudou história na primeira individual, iniciou-se profissionalmente na onde ingressou na Art Students League e, espe-
Universidade de São Paulo. De Hedva Megged, re- vida artística. Com o advento do nazismo transfe- cialmente, na Independent School 01 Art, de Ho-
cebeu ensinamentos de desenho e composição, riu-se para a Suiça, e em fins de 1939 para o Brasil, mer Boss, de capital importância para sua defini-
introduzindo-se nas técnicas da gravura com Bran- fixando-se no Rio de Janeiro. Realizou extensa obra ção artística. Produziu desenhos, pinturas e gravu-
ca de Oliveira. Numa linguagem gestual e energé- como ilustrador, incluindo-se livros de Dostoiévs- ras expressionistas, sendo considerada a introdu-
tica, utiliza-se de recursos do desenho e da pintu- ki e de outros autores nacionais e estrangeiros. In- tora dessa questão no Brasil. Retornou a São PalJ-
ra, transmutando signos do real em formas abstra- tegrou o corpo de professores do Curso de Dese- lo, apresentando seus trabalhos em dezembro de
tas e intuitivas. Desde 1979 vem participando de nho de Propaganda e Artes Gráficas da Fundação 1917 numa exposição tida como marco na história
mostras e salões no Brasil e no exterior, tendo rea- Getúlio Vargas, influenciando importantes artistas da renovação das artes plásticas de nosso país e
lizado individuais em São Paulo (1980 e 83), Vene- nacionais como Renina Katz, Fayga Ostrower e geradora de grande polêmica em sua época. Par-
za, Itália (1982), entre outras, e projetos visuais para Ivan Serpa, com seu trabalho realista-expressionis- ticipou da Semana de Arte Moderna de 1922 com
espetáculos de dança (1981/82). taque sempre privilegiou a figura humana nos seus a maior representação individual, porém, muito ir-
aspectos mais cotidianos. No início dos anos '50 regular, sua pintura debilitou-se em razão da forte
retornou para sua terra. Realizou exposições no oposição do ambiente conservador e provinciano
LAMBRECHT, KARIN llAarilin Haessler Brasil e retrospectivas de sua obra foram organiza- de seu tempo. Realizou, ainda, inúmeras indivi-
PortoA/egre, RS, 1957 das, a mais recente em 1985 no MAM de S. Paulo. duais pelo Brasil, figurando em salões e coletivas
também no exterior. Amplas retrospectivas de sua
Desenhista, gravurista e pintora. Estudou desenho
obra foram organizadas em S. Paulo no MAB.
no atelier livre da Prefeitura Municipal de Porto Ale- (1971) e MAC-USP (1977).
gre(1973-1976)e ingressou no Instituto de Artes da LIMA, JORGE Mateus DE
Universidade Federal do Rio Grande do Sul onde União, AL, 1893 - Rio de Janeiro, RJ, 1953
graduou-se em desenho e gravura (1975-79). Estu- Médico, poeta, escritor e pintor. Formou-se em me-
dou litografia com Danúbio Gonçalves (1977/78) e dicina em 1914 no RiodeJaneiro, após ter iniciado
gravura em metal com Romildo Paiva no Centro de seus estudos em Salvador. No ano seguinte trans- MARCIER, EMERIC
Criatividade de Porto Alegre. Foi uma das criadoras ,feriu-se para Maceió, dedicando-se à clínica e ao C/uj, Romênia, 1916
do Espaço NO - Centro Alternativo da Cultura em magistério. Em 1928 publicou "Essa Nega Fulô" de Pintor e muralista. Na Itália, a partir de 1935, fre-
Porto Alegre, juntamente com Vera Chaves Barcel- concepção modernista. Retornou ao RiodeJanei- quentou a Real Academia de Belas Artes de Brera
los, Regina Coelli e outras. No período 1980-82, es- ro cercade 15 anos depois (1930), quando, além de em Milão. Nessa cidade, interessou-se pela pintu-
tudou pintura com Raimond Girke na Hochschu- suas atividades médicas, ingressou como profes- ra mural dos séculos XIII e XIV Transferindo-se para
le der Künste em Berlim Ocidental. Trabalhando sor de literatura,na Universidade do Distrito Fede- Paris (1939) ingressou como aluno livre na Escola
com côres fortes, realiza composições expressio- ral. Espírito inquieto, incursionou pelas artes plás- de Belas Artes. Em 1942 emigrou para o Brasil, fi.-
nistas a partir de movimentos rápidos com o pincel, ticas como autodidata atento à produção dos mes- xando-se em Barbacena-MG. Expressionista, con-
criando zonas de tensão ou sugerindo formas. Rea- tres, seus contemporâneos. Féz pinturas (que de- vivendo com o barroco mineiro passou a produzir
lizou individuais na capital gaúcha (1979 e 1984) e notam, em certos momentos, maior aproximação obras com temas bíblicos e paisagens das Minas
vem participando de coletivas e salões pelo Brasil. com o ideário surrealista - caso de vários de seus Gerais. Realizou inúmeros murais com motivos re-
retratos - e em outros, uma realização de efeito ligiosos em S. Paulo, Riode Janeiro e Minas. Des-
expressionista - como em "Crucificação", óleo de de 1944 vem participando de mostras coletivas no
1944), colagens e esculturas. Paralelamente à rea- Brasil e exterior, tendo expôsto pela primeira vez
LEE, WESLEY DUKE lização de sua obra literária, participou de coletivas em 1949 no MNBAdo RiodeJaneiro.
São Pau/o, SP, 1931 e salões. Em 1962, organizou-se uma retrospecti-
va de seu trabalho pictórico no Recife.
Pintor, desenhista, gravador e artista gráfico. Fre-
quentou as aulas livres de desenho do MASP
MARTINS, MANOELJoaquim
(1950). Cursou artes gráficas na Parsons School
MAGLlANI, MARIA LÍDIAdos Santos São Pau/o, Sp, 1911 - 1979
01 Design de Nova York (1952-55), No Brasil, traba-
lhou em publicidade e em 1957 começou a pintar Pe/otas, RS, 1946 Pintor, desenhista e gravador. Aprendiz de ourives
no atelier de Karl Plattner em S. Paulo. Na Europa Desenhista, pintora e gravadora. Iniciou seus es- (1925) e guarda-livros, iniciou-se na vida artística
(1958) estudou com o gravador Johnny Friedlander tudos em Porto Alegre na Escola de Artes da com o escultor Vicente Larocca em 1931, frequen-
e na Académie de la Grande Chaumiére de Pa- U.F.R,G.S. (1963-66), pós-graduando-se em pintu- tando, também, as sessões livres de modelo vivo
ris. Colaborou com Plattner na execução dos mu- ra (1967-68). Frequentou oAtelier Livre da Prefeitu- na Escola Paulista de Belas Artes. A partir de 1936
rais da Air France em S. Paulo (1958) e da Salz- ra da capital gaúcha, nos cursos de xilogravura e integrou-se ao Grupo Santa Helena, compartilhan-
burg Neulestspielhaus,Áustria(1959). em 1963 litogravura (1969 e 1974). Avessa a comercialis- do com Mario Zanini seu atelier no histórico prédio,
organizou o Movimentodo Realismo Mágico com mos, em sua obra privilegia a figura humana: a lu- filiando-se no ano seguinte à Família Artística Pau-
Pedro Manoel Gismondi e outros, na Galeria Seta- ta e o dilaceramento da mulher, o homem e as pri- lista. Em sua obra, interessado pela temática de cu-
Sp, sendo autor do primeiro happening brasileiro no vações da vida social, entre outros temas, são ex- nho social, captou o movimento desordenado das
João Sebastião Bar, SPlngressou no Groupe Pha- pressos de maneira punjente e radical. Realizou ruas paulistanas, com seus transeuntes anônimos
ses de Paris (1964), figurando em suas exposições. no trabalho ou lazer, numa crítica constante à qua-
ilustrações para livros e jornais, cenários e figuri-
Atuou como professor de desenho (1964-65). Criou lidade de vida e às transformações desordenadas
nos para teatro. Iniciou sua participação em mos-
a Rex Gallery &Sons, dando origem ao Grupo Rex tras coletivas pelo Brasil em 1964,tendo realizado da grande cidade. Ilustrou livros para diversos au-
integrado também por Nelson Leirner, Geraldo de tore~ nacionais. Realizou individuais em São Pau-
inúmeras exposições individuais.
Barros, Frederico Morais, Carlos Fajardo e José lo e Rio de Janeiro, tendo participado de salões e
Rezende, numa reação aos sistemas de exposi- coletivas, destacando-se os da Família Artística
ções e galerias existentes (1966-1967). Apaixona- Paulista(1937, 39 e40) e os Salões de Maio (1938
do por ToulouseLautrec, Paul Klee e Mareei Du- e 1939).
champ, expressa em sua obra todo o esforço de re-
olhar o mundo a partir dos elementos mágicos que
energizam a realidade Objetiva. Expõe desde 1961,
tendo recebido premiações no Brasil e no exterior.

120
MIGUEZ, FABIO Marques Zadkine. Em fins de 1921 foi nomeado desenhista· PIZARRO Ferreira, LUIZ Antonio
São Paulo, SP, 1962 arquiteto da antiga Diretoria do Patrimônio Nacio· Rio de Janeiro, RJ, 1958
nal . Ministério da Fazenda. Pensador original,
Pintor e gravador. Estudante de arquitetura na Pintor e desenhista. Graduado em administração
FA.U. da Universidade de São Paulo, introduziu-se construiu um sistema filosófico - o essencialismo
pública na Fundaçâo Getúlio Vargas e em enge·
nas técnicas da gravura em metal no atelier de Sér- - sobre o qual deixou parcos apontamentos. Em
nharia de produção na U.FR.J. (1980), ingressou
gio Fingermann (1980-82). Desde 1982 vem parti- 1927 retornou à EuropaconhecendoAndré Breton
na Escola de Artes Visuais do Parque Lage onde
e Mareei NolI em Paris, iniciando grande amizade
cipando dogrupo paulistano "Casa 1': Impressio- estudou com Luiz Áquila, John Nicholson e Luiz
nado pela obra de Philip Guston e pelas pinturas com Marc Chagall. Regressou ao Brasil e expôs Ernesto, entre outros (1981). Neo-expressionista
neo-expresilionistas de Lupertz, vistas nas Bienais seus trabalhos em Belém-PA, Argentina e Uruguai integrante da chamada "Geração 80", trabalha
de São Paulo, trabalha seus temas - em geral pai- (1928) e·no Rio de Janeiro (1929). Os últimos anos em suas pinturas a figura humana, a partir de pino
sagens com árvores e pedras - com grande liber- de sua vida foram marcados pela descoberta da celadas nervosas e de grande gestualidade. As
dadegestual, pinceladas largas, nervosas, resul- poesia e pela grave enfermidade que o acometeu. côres fortes preenchem todo o suporte que, às
tando em ambientações sombrias, quase proféti- Em sua obra plástica apresentou características vezes, aparece também recortado. Desde 1983
cas. Há dois anos integra salões e coletivas com o expressionistas e influências do cubismo, observa· vem participando de salões e mostras coletivas
grupo, em São Paulo e no.Rio de Janeiro. É artista do em sua primeira estadia européia. Da segunda, no Rio de Janeiro, onde realizou sua primeira in-
convidado do núcleo I da 18.' Bienal de S. Paulo. trouxe o ideá rio surrealista, especialmente sensi· dividuai (1984).
bilizado pela aproximação com Chagai I. Participou
de salões e coletivas nos anos'30, tendo recebido
MOHALYI, YOLANDA Lederer inúmeras homenagens e retrospectivas póstumas, PORTINARI, CÂNDIDO Torquato
Kolozsvar-7i"ansilvânia, Hungria, 1909- entre elas a do MAC.· USP (1984). Brodósqui, SP, 1903· Rio de Janeiro, RJ, 1962
S. Paulo, Brasil, 1918
Pintor, desenhista e gravador. Ainda menino, che-
Pintora, desenhista e professora. Após estagiar na ODRIOZOLA, FERNANDO Pascual de gou a trabalhar como pintor com alguns artesãos
Escola Livre de Nagygania, ingressou na Real Aca· Oviedo, Espanha, 1921 no restauro da pequena igreja de Brodósqui (1912).
demia de Belas'Artes de Budapest. Em 1931 veio Mais tarde, empregou·se numa ferraria decorando
para o Brasil, naturalizando·se tempos depois. Em Pintor e desenhista. Realizou estudos universitá· os carros lá fabricados. Em 1918 seguiu para o Rio
São Paulo, travou conhecimento com Flávio de rios em seu país natal e frequentou aAcademia Mi· de Janeiro. Estudou desenho no Liceu de Artes e
Carvalho e o grupo do Clube dos Artistas Moder· litar de Infantaria. Participou da guerra civil espa· Ofícios e na Escola Nacional de Belas Artes onde
nos. Trabalhando fundamentalmente com a figura nhola e serviu como oficial entre as tropas indíge· foi aluno de Lucílio de Albuquerque, Amoedo,
humana à maneira do expressionismo alemão pré nas no Norte da África. Veio para o Brasil em 1953, Chambelland e Batista da Costa. Com prêmio de
2.' Guerra, iniciou, a partir dos anos'50umapassa- radicando-se em São Paulo, onde expôs pela pri· viagem ao exterior obtido no S.N.BA, partiu para
gem gradual para o abstracionismo expressivo que meira vez na Galeria Portinari (1954). Autodidata, a Europa, visitando museus, estudando a obra dos
caracterizou toda a sua produção das últimas duas lentamente desenvolveu sua obra a partir de gra· mestres (especialmente da renascença) e obser·
décadas, influenciada pelas pinturas de Piero Della fismos delicados, de uma expressão onírica e de vando o movimento artístico dos modernos em Pa-
Francesca que vira em Arezzo, Itália. A partir de côres sensíveis. De índole simbolista, criou um uni· ris. De volta ao Brasil (1931) ensinou na E.N.B.A.,
1937 começou aexpõr no Brasil em salões e cole- verso lendário ora explosivo, ora lírico, de grande durante a gestão de Lúcio Costa. Em 1936 obteve
tivas, realizando sua primeira individual no IAB. de densidade plástica. Atuou, também, como profes· o prêmio Carnegie nos E.u.A., significativo em sua
São Paulo em 1945. Recebeu inúmeras premia· sor, ilustrador, decorador e cenógrÇlfo. Nas três úl· carreira. Sob a influência dos muralistas mexica·
ções, entre elas o Prêmio Leirner de Pintura (1960). timas décadas, tem exposto ininterruptamente em nos, concebeu a série de murais para o edifício do
Representou o Brasil em diversos eventos interna- salões, mostras coletivas e individuais no Brasil e e
Ministério da Educação Saúde, RJ, na segunda
cionais. no exterior. metade da década de '30. Impressionado pelo tra-
balho de Picasso (vira "Guernica" em 1941) com·
pôs inúmeros murais e painéis no Brasil (Pampu·
OESTROEM, RUBENS lha, Cataguases, Rádio Tupi), na Biblioteca doCon-
MOUSSIA von Rilsenkamp Pinto Alves
Sebastopol, Rússia, 1910
Blumenau, se,
1953
gressoem Washington, na sede da ONU em Nova
Pintor, escultor e gravador. Iniciou sua formação ar· York e em estabelecimentos bancários do Rio, S.
Desenhista, pintora, gravadora e escultora. Estu·
tísticaem Blumenau, estudando pintura com Kurt Paulo, Bahia, entre outros. Aberto a todas as mani·
dou desenho e pintura em sua terra natal com Ivã
Boerger (1968/69) e escultura com Elke Hering Bell festações da arte universal, encontrou nas obras
Schevelefl e Catharina Sernofl e, mais tarde, em
(1970/73). Transferindo·se para a Alemanha - on- de temática social seu momento de expressão
academias livres da França. No Brasil desde 1923,
de reside até hoje - ingressou nocursodegravura mais radical. Considerado "Pintor Nacional", sua
frequentou os ateliers de Comide e Di Cavalcanti,
da Academia de Artes de Düsseldorf. No períOdO obra figurou nos mais importantes espaços cultu·
expondo pela 1.' vez em S. Paulo em 1932. Sua obra
1978·1983 fêz cursos de mestrado em pintura e li· rais do Brasil e do exterior.
pictórica, desenvolvida especialmente nos anos
tografia na Escola Superior de Artes de Berlim com
30/40, revela a retratista vigorosa e apaixonada na
Max Kaminski, Bernd Koberling e KunoConschoir.
busca do universo interior de seus modelos, à POTY; Napoleon Potyguara Lazzarotto, dito
Em seus trabalhos revelam·se as pinceladas lar-
exemplo de certas figuras expressionistas de Se· Curitiba, PR, 1924
gas, nervosas, numa postura abstrato·expressio-
gall e Anita Malfatti. Amiga de Ernesto de Fiori e Vic·
nista de gestualidade e coloridos intensos. Desde Desenhista, gravador, muralista e ilustrador. Bolsis·
tor Brecheret, realizou extensa produção escultó·
1970 vem participando de exposições coletivas no ta do Governo do Paraná, frequentou a antiga
rica dentro de um certo expressionismo abstrato,
Brasil e na Europa. Realizou individuais nas cida· E.N.BA no Rio de Janeiro e estudou com Carlos
a partir de contatos mantidos com Alexander Cal-
des de Blumenau, Florianópolis e Berlim. Oswald no curso de gravura do Liceu de Artes e Ofí·
der, Mareei Deschamp e Henry Moore em Nova
York, por ocasião de sua individual na Galeria Pas- cios daquela cidade (1942·45). Com bolsa de aper·
sedoit (1948). Realizou inúmeras individuais pelo feiçoamento do governo francês, seguiu para a
Brasil, participando de salões e coletivas. Possui PINHEIRO, LUCIANO École de Beaux Arts de Paris(1946-48). Na volta,
imagens sacras de sua autoria em capelas de Bos· Recife, PE, 1946 fundou em S. Paulo, com Flávio Mota, a Escola Li·
ton (USA) e S. Paulo. vre de Artes Plásticas (1950) onde lecionou gravu·
Pintor e desenhista. Autodidata, iniciou·se no dese- ra e desenho. lI.ustrou livros de importantes autores
nho em 1965 e no ano seguinte integrou·se à Oficio nacionais e estrangeiros. Executou murais de gran·
na 154, em Olinda-PE, onde permaneceu até sua des dimensões, especialmente no Paraná. Expres-
NERY, ISMAEL
extinção. Introduzindo·se nas técnicas litográficas sionista figurativo, desenvolveu sua obra emdife·
Belém, PA, 1900 - Rio de Janeiro, RJ, 1934
com João Câmara, foi um dos fundadores da Ofi· rentes fases: viu de forma realista a figura humilde
Pintor, desenhista, filósofo e poeta. Desde cedo no cina Guaianases de Gravura (1977), sociedade de do trabalhador sulino (anos '40). Depois, descobriu
Rio de Janeiro, em 1915 entrou para a Escola de Be· artistas plásticos ainda existente em Olinda, e da pelo norte e nordeste do país o sentido da brasilida·
las Artes, não aderindo a sua orientação acadêmi· qual é diretor artístico. Seus desenhos em preto e de que expressou em ilustrações para livros. Da re·
ca. Em 1920fêzsuaprimeiraviagemàEuropa,on· branco e suas litos expressavam a partir de símbo· ligiosidade manifesta em inúmeros trabalhos, pas-
de estudou os mestres antigos da pintura. Frequen· los, as tensões e contradições sociais, as paixões sou para uma arte fantástica, o bestiário metafóri·
tou por um ano a Académie Julian de Paris, en· e a solidão do homem. No final dos anos '70, pas· co da fraqueza humana, como na série "Guerra",
trando em contato com Léger, Picasso, Lhote e sou a produzir óleos e aquarelas permeadas por
uma atmosfera mística, com a cor aparecendo co-
mo elemento marcante. Desde 1965 vem realizan-
do exposições individuais e participando de salões
e coletivas de arte pelo Brasil e no exterior, tendo
recebido diversas premiações.

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de produção mais recente. Vem realizando, desde SCALDAFERRI, SANTE SERPA, IVAN Ferreira
1943, individuais e coletivas no Brasil e no exterior, Salvador, BA, 1928 Rio de Janeiro, RJ, 1923-1973
obtendo importantes premiações, entre elas a de Pintor, desenhista, gravador e professor. Em mea-
Pintor, muralista e professor. Estudou pintura na Es-
Ilustração na VIII BienaldeS. Paulo(1965). Vive no cola de Belas Artes da Universidade Federal da Ba- dos dos anos '40 foi aluno do gravador austríacoAxI
Rio de Janeiro. Leskoschek na Fundação Getúlio Vargas-RJ. Con-
hia, onde foi assistente de ensino em anatomia ar-
tística. No mesmo local, fez o curso livre de gravu- sagrou-se em 1951, recebendo o prêmio para jo-
ra com MárioCravoJúnior, e cenografia com Gian- vem pintor, na I Bienal de S. Paulo. Por essa época
PRADO, CARLOS da Silva ni Rato na Escola de Teatro. Foi assessor de arte no começou a ensinar pintura para crianças e adultos
São Paulo, SP, 1908 MAM e museu de Arte Popular, ambos de Salvador. no MAM-RJ, prosseguindo nessa atividade até sua
Arquiteto, pintor, gravador e desenhista. Formou-se Planejou e implantou os centros deformação arte- morte. Um dos precursores doconcretismo no Bra-
engenheiro-arquiteto pela Escola Politécnica de sanal do SESI, SESC e do Instituto do Patrimônio Ar- sil, criou o Grupo Frente juntamente com Lígia
São Paulo, tendo estudado urbanismo na Europa. tístico e Cultural da Bahia. Fez cenários, cartazes Clark, Franz Weissmann, Hélio Oiticica e outros
Alunode Jorge Fischer Elpons, dedicou-se à pintu- e catálogos para teatro, tendo realizado alguns mu- (1954-56). Com o prêmio de viagem ao estrangei-
ra incentivado por Quirino da Silva. Em 1931 dividiu rais e ilustrações para livros. Nos anos '50 foi um ro obtido no S.NAM. de 1957, viajou para a Euro-
um atelier com Gomide e Flávio de Carvalho, gru- dos editores da revista "Mapa". Em sua pintura vem pa, lá permancendo por dois anos. Iniciou sua pro-
po que no ano seguinte fundou o CAM -Clube dos refletindo o drama e a tragédia do povo nordestino, dução artística com um figurativismo ligado à cha-
Artistas Modernos (juntamente com Di Cavalcan- numa linguagem expressionista que a partir de mada Escola de Paris. Mantendo-se sempre na
ti) de existência efêmera até 1933. Figurativo- 1957 utilizou o ex-voto como símbolo-signo, assu- vanguarda em busca das novas linguagens, pas-
expressionista, em sua obra privilegiou as cenas e mindo nos trabalhos atuais uma condição huma- sou do geométrico ao abstracionismo informal,
tipos populares, retratos e naturezas mortas, utili- na em atitude crítica e irônica às estruturas sociais. que explodiria nos anos '60 com a "Fase Negra"
zando o óleo, a têmpera, a aquarela e o desenho. Realizou inumeras individuais pelo Brasil e vem (caracterizada por um expressionismo de grande
Publicou dois álbuns de desenhos: Memórias sem participando de salões e coletivas. gestualidade em que a figura humana aparece co-
palavras (1954) e A cidade moderna (1958). Vem mo principal elemento). Nos últimos anos retomou
apresentando-se em individuais, salões e coleti- a vertente construtiva, com pesquisas de efeitos
vas, desde 1932, no Brasil e no exterior. Vive e tra- óticos. Após 1947, quando participou pela primei-
SEGf,LL, LASAR ravezdoSNBA, figurou em inúmeras mostras in-
balha em Bragança Paulista, SP Vilna, Lituânia, 1891 - Sâo Paulo, Sp, 1957 dividuais e coletivas no Brasil e no exterior, rece-
Pintor, desenhista, gravador e escultor. Frequentou bendo premiações.
RAMOS, NU NO Alvares Pessoa de Almeida a Academia Imperial de Belas Artes de Berlim
São Paulo, Sp, 1960 (1907-1909). Expôs na "Freie Sezession" de 1909,
rebelando-se contra o academicismo do ensino. SHIRÓ, FLÁVIO
Pintor e·desenhista. Formou-se em filosofia pela Transferiu-se para Dresde (1910) ingressando como Sapporo, Japão, 1928
Universidade de São Paulo (1978-82). Interessado aluno-instrutor na Academia de Belas Artes. Con-
pela arte energética norte-americana da escola de Pintor, desenhista e gravador. Nascido no Japão,
siderado um dos precursores do expressionismo chegou ao Brasil contando três anos de idade. Re-
Nova York e pelos neo-expressionistas alemães, alemão, realizou em 1913 uma rápida viagem ao
iniciou-se na pintura por volta de 1982 como auto- sidiu em Acará (PA), transferindo-se posteriormen-
Brasil, expondo em S. Paulo e Campinas. Nova- te para São Paulo, onde cursou a Escola Profissio-
didata, incentivado por José Roberto Aguilar. Rea- mente em Dresde, participou com Olto Dix e outros
lizou sua primeira individual em São Paulo em 1983 nal. Em 1953 foi para Paris, ingressando na Esco-
do "Dresdner Sezession - Groupe 1919"; publi- la Superior de BelasArtes, quando estudou as téc-
e, nesse mesmo ano, integrou-se ao "Grupo Casa cou álbuns de gravura e realizou individuais. Retor-
7". Em seus trabalhos, o corpo humano se insinua nicas da litografia. Com Johnny Friedlaender ini-
nou definitivamente ao Brasil (1923), radicando-se ciou-se na gravura, aprendendo mosaico com Gi-
como grandes formas orgânicas, dominando todo em S. Paulo e naturalizando-se tempos depois. Ex-
o espaço pictórico. Vem participando de salões e no Severini. Um dos mais atuantes expressionistas
põs em 1924 e ligou-se aos modernistas, abstratos nas décadas de '60 e '70, sua obra até ho-
de mostras coletivas com o grupo em S. Paulo e Rio interessando-se pelas cores e temáticas brasilei-
de Janeiro. Em 1984 recebeu o prêmio de "Viagem je caracteriza-se por uma gestualidade nervosa,
ras. Mostrou essa produção naAlemanha(1926), agressiva, com pinceladas vigorosas, cõres pun-
ao Exterior" no 7.' S. N AP-RJ. Integra, também, o Rio(1927)eS. Paulo (1928). Em Paris(1928-31), rea-
núcleo I da 18." Bienal deSão Paulo, como artista gentes e temas fortes, filtrando reminiscências da
lizou uma individual e introduziu-se na escultura. cultura oriental, de sua vivência brasileira, em so-
convidado. Foi um dos fundadores da S.PAM. (1932), decoran- luções estéticas assimiladas na França. Residin-
do seus tiailes e integrando sua primeirá exposição do em Paris e em São Paulo, realizou inúmeras ex-
(1933). De 1936 a 1950, desenvolveu os grandes te- posições individuais no Brasil, Estados Unidos e
RODRIGUES, AUGUSTO mas humanos universais (emigrantes, guerra,
Recife, PE, 1913 Europa. Desde 1949 vem participando de salões e
campo de concentração, entre outros) e no último coletivas.
Desenrdsta, caricaturistà, pintor e educador. No ciclo de sua obra as séries ''As erradias", "Flores-
Recife, foi um dos fundadores do Salão de Artes do tas" e "Favelas': Introdutor da questão moderna no
Estado (1929). Trabalhou como ilustrador e publici.- Brasil ~ ao lado de Anita Malfalti ~ parte de sua
produção encontra-se preservada no Museu Lasar STOCKINGER, FRANCISCO
tário no atelier comercial de Percy Lau (1932) e, co-
Segall/Fundação Pró-Memória, SP 7i"aum, Áustria, 1919
mo caricaturista, colaborou com o Diário de Per-
nambuco (1933). Juntamente com Luis Jardim e Escultor, desenhista e gravador. Chegou ao Brasil
Manuel Bandeira, decorou o Pavilhão de Pernam- em 1922, naturalizando-se tempos depois. Autodi,
buco na exposição Comemorativa da Revolução data em gravura, realizou estudos de escultura
Farroupilha em Porto Alegre (1935). Fixou-se no Rio SENISE, DANIEL com Bruno Giorgi no RiodeJaneiro(1947-1950). A
de Janeiro a partir de 1936. Conhecido, sobretudo, Rio de Janeiro, RJ, 1955 partir de 1954, passou a residirem Porto Alegre, di-
por seus desenhos de sátira política e social, utili- Pintor, programador visual e professor. Formou-se rigindo o AtelierLivre da Prefeitura local (1961-64)
zou como meioexpressivoa linha pura, em traços engenheiro em 1980 pela U.FR.J.; na Escola de Ar- e o Museu de Arte do Rio Grande doSul (1963). Es-·
rápidos, buscando captar o movimento e a essên- tes Visuais, onde atualmente leciona pintura, estu- pecialmente conhecido por suas gravuras ~ ge-
cia de seus personagens. Ilustrou diversas publi- dou desenho com John Nicholson e frequentou o ralmente de conteúdo social ~ e suas esculturas
cações no Rio e em São Paulo. Dedicou-se à edu· atelier de pintura livre de Luiz Áquila (1982). Pintor "guerreiras" produzidas na madeira, na pedra,
cação artística, sendo o criador da Escolinha de Ar- emergente da chamada "Geração 80", trabalha mármore e metais, caracterizou-se por um figura-
te do Brasil no Rio de Janeiro(1948) e de congêne- suas telas ~ em geral de grandes dimensões ~ tivismo expressionista de teôr crítico, nos últimos
res em Porto Alegre (1949), Recife (1953), Paraguai a partir de pinceladas gestuais, vigorosas, forman- tempos substituído por peças escultóricas de fatu-
(1960)eArgentina(1963). Expôs individualmente no do ou sugerindo figuras extraídas de um universo ra abstracizante. Desde 1948, quando participou
RiodeJaneiro(1942, 1956, 1961 e 1963)eemSão simbólico, num exercíciodeauto-(re)conhecimen- do SNBA pela primeira vez, vem mostrando seus
Paulo (1956 e 1964), participando de salões e cole- to. Expôs individualmente no Riode Janeiro (1984) trabalhos em coletivas e individuais pelo Brasil e no
tivas desde 1934. e em São Paulo (1985). Tem participado de salões exterior, tendo conquistado diversas premiações.
e mostras coletivas, recebendo no IV Salão Brasi-
leiro de Arte (1984/85) o prêmio de viagem ao
Japão.

122
PRADO, VASCO balhador brasileiro, construiu sua obra através de
Uruguaiana, RS, 1914 imagens deformadas, de evidente conotação po-
lítica. Xilogravuras tituladas como "Barqueiros",
Escultor, gravador e desenhista. Como bolsista do
"Construção" e "Cortador de Cana", integraram em
governo francês (1947 -48), estudou em Paris com
1957 o importante álbum do Clube de Gravuras do
Fernand Léger e com o escultor Etiénne Hadju.
Recife. Nas últimas décadas, vem registrando de
Frequentou a Escola Superior de Belas Artes, par-
maneira lírica os elementos da vida popular, numa
ticipando do Salão dos Artistas Estrangeiros de atmosfera mágica e de exuberância cromática.
1948. De volta ao Brasil, iniciou pesquisas em gra-
Tem realizado individuais pelo Brasil, participando
vura, figurando como um dos fundadores do Clube
de coletivas nacionais e internacionais. Em 1974
de Gravu ra de Porto Alegre (1950). No transcorrer
fêz ilustrações para bilhetes da lotéria federal.
da década de '60, lecionou desenho e escultura na
capital gaúcha, viajando sucessivamente para a
Polônia, Espanha e Alemanha, a convite dos gover-
WEGA Néri Gomes Pinto
nos locais. Em suas xilogravuras, criadas a partir
Corumbá, MS, 1916
de um realismo expressivo e grande apuro técnico,
privilegiou a temática social e os aspectos culturais Pintora, desenhista e gravadora. Estudou pintura e
de sua região, como na série "Negrinho do Pasto- desenho, em São Paulo, na Escola de Belas Artes,
reio" de 1954/55. Nas esculturas feitas na pedra, aperfeiçoando-se com Joaquim da Rocha Ferrei-
madeira ou bronze, as formas aparecem em linhas~ ra, Yoshiya Takaoka e Sanson Flexor. Integrou o
de elasticidade rítmica e expressividade apurada. Grupo Guanabara (1952) e o Abstração (1953), am-
Desde 1947 vem apresentando-se em mostras in- bos de São Paulo. Da figuração expressionista de
dividuais e coletivas pelo Brasil e exterior, obtendo seus primeiros anos de vida artística, progressiva-
diversas premiações, entre elas a Medalhade Pra- mente foi transmutando sua obra para uma abstra-
ta na I Bienal do Metal em Varsóvia, Polônia (1968). ção lírica que alcançaria a maturidade nas déca-
das de '60 e '70 com as paisagens imaginárias, de
um gestualismo vigoroso, de equilíbrio quase ar-
VERGARA, CARLOS Augusto quitetural, e não raro, espacial e apocalíptico. Des-
Santa Maria, RS, 1941 de 1949, quando expôs no Salão Paulista de Belas
Artes, vem apresentando seus trabalhos em mos-
Pintor, desenhista e artesão de jóias, A partir de
tras coletivas e individuais no Brasil e no exterior,
1943 residiu em São Paulo, seguindo para o Rio de
obtendo inúmeras premiações, entre elas o Prêmio
Janeiroem 1954. Ingressou noatelierdecerãmica
Leirner de 1958. Uma grande retrospectiva de sua
e de trabalhos manuais do Ginásio BrasileirodeAI-
obra foi organizada no MASP em 1985.
meida, quando iniciou-se na produção de jóias ar-
tesanais. Algumas delas foram expostas na 7.' Bie-
nal de São Paulo (1963). Por essa época, conheceu
WEISS, LUISE
Iberê Camargo que o introduziu nas questões do
São Pau/o, SP, 1953
desenho e da pintura, às quais passou a se dedicar
desde então, mantendo-se sempre próximo aos Gravadora, ilustradora, escultora e arte-educa-
movimentos de renovação das artes. Desenvolveu dora. De 1973 a 1977 cursou artes plásticas na Es-
murais e atividades ligadas à arquitetura, cenários cola de Comunicações e Artes da Universidade de
e figurinos para teatro. Na década de '70 passou a São Paulo, licenciando-se em educação artística.
utilizar a fotografia como linguagem. Desde 1963 Estudou litografia com Evandro Carlos Jardim na
vem participando de mostras individuais e coleti- FAA.P (1974), aquarela e desenho sob orientação
va~ no Brasil e no exterior. de Rubens Matuck (1976-78) e construção de ob-
jetos com Marcelo Nitsche na Pinacoteca do Es-
tado de S. Paulo (1978). Preocupada com arte-edu-
cação, vem realizando inúmeros cursos de inicia-
VIARO, GUIDO ção artística para crianças e adolescentes em ins-
Badia Po/esine, Itália, 1897 - Curitiba, Brasil, 1971 tituições culturais e dedicando-se ao magistério
Pintor, desenhista, gravador e professor. Realizou em faculdades particulares. Publicou livros de ar-
seus estudos de pintura ainda na Itália, em Vene- te de pequena tiragem e álbuns xilográficos. Suas
za e na Escola Rossi de Bolonha. Veio para o Bra- xilos coloridas, em linguagem expressionista,
sil em 1927, residindo temporariamente no Rio de apresentam figuras imersas numa atmosfera fan-
Janeiro e em São Paulo, onde trabalhou como ca- tástica e misteriosa. Realizou individuais em S.
ricaturista na imprensa paulistana. Em 1930 trans- Paulo, participando de coletivas e salões no Bra-
feriu-se para o Paraná, atuando como professor em sil e no exterior.
diversas escolas de Curitiba. Em sua trajetória ar-
tística fixou de maneira impressionista a paisagem
paranaense. Gradativamente, partiu para um ex-
pressionismo de característica? sociais em que
cenas da vida popular camponesa e urbana foram
tratadas com dramaticidade em desenhos,
gravuras e óleos, atingindo seu clímax nos temas
religiosos. Desde 1927, quando realizou sua pri-
meira individual em São Paulo, expôs quase que
ininterruptamente em salões, coletivas e indivi-
duais pelo Brasil. Em 1975 foi inaugurado o Museu
Guido Viaro, em Curitiba.

VIRGOLlNO de Souza, WELLlNGTON


Recife, PE, 1929
Pintor, gravador e escultor. Desde cedo demons-
trou vocação para o desenho e a pintura. Em 1950
frequentou o curso de desenho patrocinado pela
Sociedade de Arte Moderna do Recife, participan-
do de seus salões a partir do ano seguinte. Nesses
primeiros tempos, marcado pela realidade do tra-

123
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124
Colecionadores Francisco Cunha
Francisco Stockinger
Museu de Arte Contemporânea de Olinda Gastão Augusto Vídigal
Museu de Arte Contemporânea da USP George L. Esteve
Museu de Arte Moderna da Bahia Gilberto Chateaubriand
Museu de Arte Moderna de São Paulo HaronCohen
Museu de Arte de SãO Paulo '~ssis Chateaubriand" Sr. e Sra. loannis Bethanis
Museu de Arte do Rio Grande do Sul Israel Dias Novaes
Museu Guido Viaro/Fundação Cultural de Curitiba Ivald Granato Filho
Museu Lasar Segall/Fundação Pró - Memória Joachin José Esteve Jr.
Museu Nacional de Belas Artes João Carlos Leite Bastos
Pinacoteca do Estado de São Paulo João Leão $attamini
Abelardo da Hora João Manoel Sattamini
Adolpho Leirner João Marino
Afonso Henrique Costa José Cláudio da Silva
Aldo Narcisi José Geraldo Scarano
Alfredo Mesquita José Kalil Filho
Antonio Henrique Amaral José Mindlin
Antonio Luiz Teixeira de Barros Jr. José Pascovitch
Antonio Maluf José Paulo Gandra Martins
Aparício Basílio da Silva José Roberto Monteiro Soares
Augusto Lívio Malzoni Karin Lambrecht
Bruno Musatti Lourenço Meirelles Reis
Calasans Neto Luciano Pinheiro
Conrado Malzone Luisa Strina
Sr. e Sra. Danielloschpe LuiseWeiss
Daniela Libman Luiz Áquila
Danúbio Gonçalves Luiz Pizarro
Domingos Tadeu Chiarelli LygiaSerpa
Eduardo dos Santos Marcos Marcondes
Elizabeth Esteve Marcus O. Camargo Arruda
Ernesto Wolf Maria Lídia Magliani
Eunice Alves de Lima Porchat Maria de Lourdes C.S. Gomes
Fernando Millan Maria de Lourdes Moraes Andrade Camargo
Sr. e Sra. Francisco de Assis Esmeraldo Marina Caram Loureiro
Francisco Brennand Marta Rossetti Batista
Maureen Bisilliat
Maurício Segall
Mauro Lindenberg Monteiro
Moussia Pinto Alves
Oscar Klabin Segall
Patrícia Mendes Caldeira
Sr. e Sra. Paulo Egydio Martins
Paulo N. Kuczynski
Raul Souza Dantas Forbes
Renato Magalhães Gouvêa
Sr. e Sra. Roberto Pinto de Souza
Rodolpho Orteml5lad Filho
Rubem Breitmann
Rubem Grilo
Rubens Oestroem
Sante Scaldaferri
Simão Mendel Guss
Sônia Castro
Sylvia Monteiro
Vasco Prado
Vicente Kutka
Victor Arruda
Galeria Arco-Arte Contemporânea
Subdistrito Comercial de Arte
Thomás Cohn Arte Contemporânea

Agradecimentos Especiais
Agradecemos a todos que colaboraram para a realização desta mostra, em especial a Adalice Araújo, Ana
Maria Belluzzo, Anna Carboncini, Domingos Tadeu Chiarelli, Emanoel Araújo, Evelyn Berg loschpe, Família de
Anita Malfatti, Família de Luiz Carlos Daher, Ida Hanemann Campos, Frederico Morais, Luis Gê, Magali Sidney
Canedo, Marcelo Mattos de Araújo, Marta Rossetti Batista, Pedro Xexeo, Raul Antelo, Rubem Breitmann, Silvia
Athayde, Vicente Jair Mendes.
125
Curadores

Ci3 Stella Teixeira de Barros


Ivo Mesquita

O Assessoria especial

~
Renina Katz

Pesquisa
Márcio Martinez

Z Auxiliar de pesquisa e montagem


Maysa Rovai

~
Marcelo Gersztel Black
Ellen Elizabeth Igersheimer Soares

Assessoria técnica
w Afonso Champi Jr.
Tércio Levy Toloi

(/)<c Projeto de arquitetura e montagem

aZ Haron Cohen/arquiteto
Felippe Crescentilarquiteto
Carlos José Dantas Dias
Heloísa Iverssen
Lilian Ayako Shimizu

Secretaria

82
W
Regina Augusta da Cruz
Sonia Regina Rago .
Maria Rita de Cássia Marinho
Marilene Gonçalves Mello Munford
I Nina Hokka

126
--\
Z
O
O
m

Apresentação, 7
Roberto Muylaert

"Expressionismo no Brasil: Heranças e Afinidades" na 18.a BISP, 9


Sheila Leirner

A Luiz Carlos Daher 11


Expressionismo no Brasil: Heranças e Afinidades -Introdução, 13
Stella Teixeira de Barros e Ivo Mesquita

Relação de Artistas Participantes 20


Reproduções 21
Roteiro da Exposição 96
Catálogo 97
Notas Biográficas, 115
Marcio Martinez

Bibliografia Sumária 124


Agradecimentos 125
Crédito da Exposição 126
127
Editor
Ivo de Almeida

Diretora de Arte
Cláudia Scattamachia

Edição e Catalogação
Stella Teixeira de Barros
Ivo Mesquita
Márcio Martinez
Maysa Rovai

Revisão
Márcio Martinez

Projeto Gráfico
Virgínia Fujiwara
Jean Michel Gauvin

Fotografia (*)
Leonardo Crescenti Neto
(*) exceto as fotos n~s:
39,277,279,326 de Sérgio Sade
49,94, 123, 126, 150, 151,244 e pág. 80 de Rômulo Fialdini
43, 282 de German Lorca
51,55,119,167 de Luiz Hossaka
218 de Martin Streibel
207,335 de Josenildo Freire Leitão
e da pág. 63 do Núcleo de Artes Desembanco

Composição
Linoart

Fotolitos
Marprint

Impressão
IMESP -Imprensa Oficial do Estado de São Paulo

Uma realização da Fundação Bienal de São Paulo

CAPA:
ANITA MALFATII
Rochedo 1915/16
óleo s/tela, 30,6x40,5
(n? cat. 237)
LUIZÁQUILA
Urgência 111985
acrílico s/tela, 240x260
(n? cat. 29)

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