Você está na página 1de 68

Solu€•es para problemas mec‚nicos

Índice
Eletroeletrônica............................................................................................................3
Motor..........................................................................................................................45
Sistema de suspensão..................................................................................................63
Freios..........................................................................................................................66
Eletroeletrônica
Golf 1.8 MI ar/combustível) foi constatado que a válvula
EGR havia emperrado na situação aberta,
– Sistema Digifant permitindo a passagem excessiva dos gases
Detalhes: O carro apresentava marcha de escape para o coletor de admissão.
lenta normal durante três minutos
Solução: Foi necessário substituir
proximadamente, depois começava a
a válvula EGR.
oscilar até morrer.

Chevrolet S-10 2.2 EFI


Código 31: Motor não apaga, oscila
e falha em qualquer regime de rotação.
Testes realizados: Foram realizados
os testes na válvula solenóide, EGR,
Testes realizados: Limpeza de Tbi, verificado todo o chicote, teste dos
pressão da bomba, limpeza de bicos sensores, bomba de combustível e até
injetores, ponto da correia, e ao passar o sistema de ar-condicionado; o diagnóstico
o scanner, no momento que a marcha lenta foi feito com o auxílio de um scanner
oscilava, a tensão da bateria também e verificado o alternador.
oscilava; porém, ao checar a bateria com Solução: Devido à reincidência da falha,
o multímetro, esta não oscilava. através de um multímetro, descobrimos
Solução: Troca de relê da injeção - No 30 - que a UCE estava magnetizada. Quando
da caixa de fusíveis. tinha tensão inferior a 12 Volts o carro
ficava bom e o código desaparecia.
Conclusão: Realizei um jump no conector
do ar-condicionado por alguns minutos
e o problema desapareceu, não voltando
Kadett 1.8 a gasolina a dar mais problemas.
Detalhes: O carro apresentava Comentário: A válvula do ar-condicionado
aquecimento da mistura em marcha estava em curto-circuito, provocando todo
lenta e em baixas rotações; com isso esse problema, o que gerava o distúrbio
o funcionamento era muito irregular. na UCE e o código 31 (esse já é o terceiro
caso que aparece em minha oficina).
Testes realizados: Após checar todo
o sistema e componentes responsáveis
por essa função (dosagem da mistura

3
Omega 4.1 Testes realizados: Feita a checagem de
alimentação da E.C.U., teste com o relê
Motronic da bomba de combustível e do sensor
Detalhes: Lâmpada de diagnose acusava indutivo (sensor de rotação).
alta tensão nos bicos injetores e sensor
Solução: O sensor de rotação falhava
de rotação com falha; motor não levantava
e não enviava informação ao módulo sobre
giro.
o sinal de rotação do motor; sem esta
Testes realizados: Testado o sensor informação, o módulo não pulsa os bicos,
de rotação e as válvulas injetoras, não foi não aciona o relê da bomba de combustível
encontrado qualquer problema; foi até e não envia sinal do ângulo de permanência
trocada a bomba de combustível para a bobina. Foi necessário a troca do
e o problema persistiu; na seqüência, foi sensor de rotação.
realizado teste individual de todos
os sensores e da central separadamente,
sem localizar nenhuma falha, e o motor
continuava com problema.
Solução: Tudo isso estava acontecendo Corsa 1.0 MPFI – 8V
porque o tanque de combustível estava
muito sujo e não estava havendo retorno Detalhes: Motor não pega, luz de anomalia
da gasolina para o quebra-ondas da injeção acende fraca, equipamento
e a válvula estava entupida. Isso “enganava” de diagnóstico não consegue comunicar-se
a central, fazendo com que ela interpretasse com o módulo.
que, com a aceleração que ia acontecendo, Testes realizados: Checada a alimentação
o módulo também tinha que aumentar e aterramento do módulo de injeção
a tensão dos bicos injetores e o sensor eletrônica.
de rotação com parâmetros errados. Solução: Após esses testes, verificou-se
que o módulo não estava corretamente
conectado ao terra. Consultando o esquema
elétrico, foi possível identificar que o fio
de terra que entra no módulo é o mesmo
Omega 2.0 93/94 que alimenta a bobina e o sensor de rotação,
entre outros. A ponta desse fio está presa
(Bosch Motronic 1.5.1)
ao motor, por meio de uma porca, que
Motor vira, mas não pega estava adequadamente torqueada (frouxa).
Detalhes: Foi verificado que o motor não Comentário: Após ser comunicado
tinha centelha, os bicos injetores não do problema, o proprietário do veículo
pulsavam e a bomba de combustível não informou que horas antes de o veículo parar,
funcionava. ele havia passado por uma oficina, onde

4
haviam sido feitos reparos no cabeçote do estava muito alta, o que chamou a atenção.
motor. Portanto, muita atenção ao apertar Testes realizados: Por experiência, percebi
os parafusos e porcas do motor, especialmente que havia algo errado com a correia
os que possuem ligação com o chicote. de sincronismo do motor. Foi desmontada
a frente da correia e para minha surpresa
tinha quatro dentes fora e faltavam alguns
dentes na correia.
Solução: Foi providenciada a substituição
Uno Mille eletronic da correia de sincronismo, acertado
(carburado) ignição o ponto do motor e tudo voltou ao normal.
microplex estática Na seqüência, zerei os parâmetros
e o veículo voltou a funcionar normalmente.
Detalhes: Motor não entra em
funcionamento (não dá nem sinal).
Testes realizados: Efetuado diagnóstico
com equipamento (scanner) e nada foi
encontrado. Verificadas bobina 1 e 2, Palio 1.6 16V
eletroválvula e tudo estava em ordem,
porém foi verificado que não havia faíscas – Bateria descarregava,
para as velas. apesar de nova
Solução: Ao tentar verificar a folga entre Detalhes: Este problema pode ocorrer
a ponta do sensor e o ressalto da polia com outros veículos Fiat com a mesma
(dente) de 0,4 a 1,0, notei que o ressalto motorização. A bateria, mesmo sendo
estava quebrado. Foi colocada uma nova nova, perdia carga rapidamente. À noite,
polia e o motor entrou em funcionamento com os faróis acesos, ao acelerar o motor
normalmente. a intensidade da iluminação diminuía.
Testes realizados: Com um voltímetro
instalado na bateria e o veículo em
funcionamento, a tensão estava abaixo
de 13,5V e a corrente medida com um
Chevrolet S-10 com amperímetro estava abaixo de 5A, caracteri-
motor 2.2 sem potência zando deficiência no sistema de recarga.

Detalhes: Feito o diagnóstico com um Solução: Medindo a tensão no próprio


equipamento do tipo Scanner, não foi alternador (parafuso positivo), ela estava
encontrado nenhum código de falha, oscilando entre 14,0 V e 14,4 V, dando
porém todos os parâmetros estavam fora indícios de que estava havendo fuga
de suas escalas e a leitura do sensor MAP de corrente entre o cabo positivo da bateria

5
e o alternador. Foi removido o cabo Solução: Foi feita uma inspeção mais
e verificou-se que os terminais estavam minuciosa de cada componente,
oxidados e a sua bitola era muito fina para escolhendo iniciar por aqueles que, apesar
aquela finalidade. Foi substituído o cabo de estarem funcionando dentro das faixas
em questão e o problema foi sanado. de especificação do fabricante do veículo e
do preconizado nos programas dos
scanners utilizados, estivessem nos limites
extremos dessas especificações. Feita a
substituição do sensor combinado (MAP
e sensor da temperatura do ar) o veículo
Vectra 97 8V
voltou a funcionar normalmente.
– Luz da injeção acesa
Detalhes: O motor do modelo Chevrolet
Vectra equipado com sistema Bosch
Motronic 1.5.4 morria alguns segundos
após a partida pela manhã ou após o motor Astra II 99 motor 2.0
permanecer desligado por algumas horas.
Outro sintoma era quando o veículo tinha – Luz da injeção acende com
de vencer uma rampa forte ainda frio, o veículo em movimento
parecia faltar potência ao motor Código capturado pelo equipamento
momentaneamente. de diagnóstico: interrupção do circuito
Com o auxílio de um equipamento de da sonda lambda - código 133.
diagnóstico (scanner) verificou-se que o
sistema apresentava o código de falha 44, Detalhes: Após vários testes na oficina,
acusando leitura dos gases no escapamento incluindo troca da sonda lambda, medições
pobre (sonda lambda). no componente, troca do módulo, teste
em fiação, resistências e alimentações,
Testes realizados: Inicialmente, foi o problema persistia. Quando o veículo
testada a sonda lambda, que não entrava em movimento, a luz de alerta
apresentou nenhum problema. Após uma no painel voltava a acender, indicando
criteriosa análise nos componentes das problema na sonda lambda.
linhas de alimentação de ar e combustível,
arrefecimento, ignição, escapamento
e sistema elétrico, sem que nenhum destes
itens avaliados apresentasse leitura fora de
suas especificações, o sistema continuava
indicando a mesma falha, além da carga
do motor estar levemente baixa. Feito um
novo diagnóstico com outro tipo de
scanner, os resultados foram os mesmos.

6
Teste de rodagem: Com o multímetro Após verificar as condições do sistema
ligado na sonda, constatou-se que no elétrico, constatei que faltava polaridade
momento da falha tinha leitura fora da negativa no módulo DIS (ignição).
faixa prevista e isso indicava um problema Solução: Revisei com cuidado até
não na sonda, mas no aterramento. encontrar uma interrupção num terminal
Diagnóstico: A sonda do Astra é de um conectado ao Massa junto com outros
fio e usa o aterramento do motor. dois, localizado atrás do motor na parte
Deduziu-se então que a interrupção do superior (tampa de válvulas).
circuito da sonda não era na fiação, mas Após sanar este defeito, o sistema elétrico
sim no aterramento. retomou a alimentação e permitiu auxílio
Solução: Feito o reparo no cabo que dava do scanner; o módulo DIS funcionou
terra ao motor, que apresentava resistência perfeitamente, liberando sinal e o motor
quando o veículo estava em movimento pegou na primeira partida.
(mau contato na prensa do terminal).

Gol CLI ou Fiat Uno i.e.


Blazer 2.2 a gasolina – Marcha lenta irregular
– Motor sem sinal Detalhes: Após realizar a verificação com
Detalhes: O veículo chegou guinchado o scanner, notei que na função Código de
à oficina sem sinal nenhum de partida Defeitos aparecia nos defeitos passados
e o proprietário informou que havia feito Parâmetros Adaptativos. Depois de tentar
várias tentativas. Como não havia todos os testes cabíveis para a situação,
alimentação do sistema elétrico, não pude observei que continuava ocorrendo uma
contar com auxílio de um equipamento entrada falsa de ar.
de diagnóstico (scanner). Solução: Retirei o TBI e desmontei todo
o corpo; a seguir retirei o eixo da borboleta
e troquei o retentor de borracha do eixo.
Feita a montagem, o motor voltou
a funcionar normalmente.

7
Kadett GSi Kadett 1.8 EFI
Sistema LE Jetronic – Sistema Multec Rochester
– Motor funciona bem Detalhes: O cliente reclamava que depois
por alguns minutos de trafegar por um determinado tempo com
o veículo em regime de operação do motor
e depois apaga mais elevado, percebia que ao ser solicitado
Detalhes: O motor entrava em funciona- um regime de operação mais baixo (marcha
mento e em seguida morria. Após aguardar lenta), o motor não desacelerava.
alguns minutos voltava a funcionar normal-
mente. Foram feitos os testes de pressão
e vazão da linha de combustível, teste no
sensor de temperatura da água, CTS, verifi-
cação do sistema de ignição e troca dos
cabos de velas, as próprias velas e da UCE.
Solução: Após todos os testes, verificou-se
que o relê de comando apresentava uma
falha intermitente. Quando aquecia, este
relê desarmava.

Testes realizados: Foram checados todos


os sensores e atuadores do sistema de
injeção, sendo que nenhum dos
Vectra 2.0 componentes estava fora dos parâmetros
– Dificuldade na partida aceitáveis.
Detalhes: Após algum tempo parado, Solução: Mesmo com a verificação de que
o veículo apresentava partida difícil e, o atuador de marcha lenta estava com
ao pegar, o motor falhava continuamente. resistência e alimentação em condições
Após revisar os componentes do sistema, normais, foi diagnosticado um problema
identificou-se que a válvula reguladora mecânico no acionamento da haste do
de pressão estava com o diafragma danifi- atuador, o que provocou sua substituição
cado, permitindo a passagem de combustível e correção da falha apresentada.
para a mangueira de vácuo e causava
uma mistura rica.
Solução: Substituição da válvula
reguladora de pressão.

8
Peugeot 306 XT notou-se que não havia combustível.
– Veículo falha Testes realizados: Ao testar a alimentação
da bomba de combustível, constatou-se
de vez em quando
que não havia 12 Volts nos fios do sistema
Detalhes: O veículo apresentava falhas de alimentação elétrica do componente.
ocasionalmente e, ao chegar à oficina, tudo Ao verificar mais detalhadamente,
era checado e o problema não era confirmou-se que não havia 12 Volts
localizado. Certo dia o veículo apresentou por falta de massa (aterramento).
o defeito na oficina e ao fazer o diagnóstico
Solução: Interruptor inercial desativado.
verificou-se que os sensores que deveriam
Em conversas com o cliente, deduziu-se
ser alimentados com até 5 Volts estavam
que ele havia levado o veículo a um
recebendo 12 Volts, ocasionando as falhas.
lava-rápido e por algum motivo o interruptor
Solução: O cabo terra instalado na parte havia sofrido um impacto que provocou
de cima do câmbio estava com mau sua desativação.
contato. Feita a nova ligação do cabo
terra, o problema desapareceu.

Dicas para o Monza


Palio 1.0 - até 1999
– Motor gira, mas não pega
Detalhes: O motor girava, mas não dava
partida. Verificado se havia centelhamento,
tudo estava OK. Ao verificar se havia
pressão correta na linha de combustível,
1o) Um Monza 1995 a álcool que só fazia
cinco quilômetros por litro e não aceitava
aceleração rápida. Feito o teste com um
scanner, nada foi constatado. Ao verificar
as velas de ignição, notou-se que elas
estavam com 0.80 mm. Feita a correção
para 1.00 mm, o veículo passou a fazer 10
km/l e trabalhar normalmente.
2o) Outro Monza não desenvolvia
velocidade e passava combustível para
o cárter. Feito o teste com o scanner,

21 9
também não foi localizado nenhum defeito. verificamos que o comando de escape
Ao fazer uma verificação nas válvulas estava fora do ponto. Realizamos a troca
injetoras, notou-se que, embora o motor da correia dentada e do respectivo esticador.
fosse a gasolina, estava sendo utilizado Com o comando adiantado em relação ao
um bico para motor a álcool. fasador, o veículo não pega, pois o sensor
de fase está posicionado no comando
escape, uma vez que o sistema M 2.10.4
emprega um sistema de injeção seqüencial
fasado, isto é, a injeção de combustível
é feita em seqüência para cada cilindro
Sistema Bosch
na fase de admissão.
Motronic M 2.10.4 – Veículo Para realizar isto, a unidade eletrônica de
não pega – Sensor Hall comando utiliza, além do sinal de rotação
Detalhes: Um veículo Fiat Marea 98 e PMS, também este sinal de fase para
a gasolina, sem Fiat Code, estava determinar o ponto de injeção. O sinal
funcionando normalmente, e ao desligar enviado à central é gerado por um sensor
o motor, não mais “pegou”. Com o auxílio de efeito Hall montado em correspondência
de um scanner, foi verificado se havia códigos com a polia da árvore de comando de
de defeitos e o mesmo acusou o código válvula, lado escape.
de Sensor de fase; porém, mesmo após Comentários: Conseguimos descobrir este
substituir o componente, o carro não pegou. defeito, pois geramos um sinal no sensor
Solução: Partimos então para a verificação de fase e o carro pegou, funcionando
do ponto do veículo. Afastamos o motor, perfeitamente como se não existisse defeito
retiramos a proteção da correia dentada e da algum; mas se o veículo fosse desligado
tampa de válvulas e, com a ajuda do fasador, não tornava a dar partida.

Santana a álcool
com sistema de injeção
EEC-IV – Motor morrendo
Após um determinado tempo funcionando,
o motor morria e só voltava a funcionar
depois de alguns minutos; voltando
a repetir o problema de forma cíclica.
Detalhes: Procedendo o rastreamento,

10
para localizar a causa da falha, a perder desempenho; quando acima de
foi detectado que havia um problema 60 km/h o motor funciona normalmente.
na resistência existente no circuito da bomba Detalhes: Após realizado todos os testes
de combustível, abaixo da carroceria. com auxílio de um equipamento de
Causa: Esta resistência se encontrava diagnóstico (scanner), observou-se que,
com suas características normais alteradas, embora o problema ainda persistisse,
levando-a ao aquecimento, o que aumentava a leitura dos códigos de falhas indicava
seus valores e gerava uma queda de tensão sistema em ordem. Ao realizar uma varre-
na alimentação da bomba e provocava dura completa no sistema e teste individual
a interrupção do funcionamento da bomba. dos componentes, notou-se que ao desligar
Após alguns minutos com o motor o sensor MAP o defeito desaparecia.
desligado, a bomba baixava de temperatura Solução: Troca do sensor MAP
e voltava a funcionar, até atingir novo e o veículo voltou a funcionar normalmente.
superaquecimento.
Solução: Substituída a resistência,
o problema foi sanado.

Fiat Coupê 2.0 16V -


IAW P8 – Veículo falhando
Monza 2.0 EFI – Motor e sem força
Detalhes: O proprietário informou que
falha e perde rendimento
toda vez que o marcador de combustível
Motor falha em retomadas e quando baixava de 1/4 de tanque o motor falhava
o veículo está rodando em velocidade e perdia rendimento. Foi feita a verificação
média entre 40 e 50 km/h, o motor começa de cabos, velas e bobinas, conferida
a pressão da linha de alimentação de combus-
tível e checagem do sensor de rotação.
Na verificação da pressão da linha de
combustível, identificou-se que ela estava
abaixo do especificado. Esse indício de
Sensor
MAP
Suporte do defeito levou à retirada da bomba para
filtro de ar
exame mais minucioso, onde foi localizado
um pequeno furo na mangueira de envio
localizada entre a bomba e a tampa.
Isso explicava o porquê de o problema
ocorrer quando o tanque baixava para
volumes próximos de 1/4. Isso ocasionava

11
entrada de ar na tubulação, baixando assim Foi retirado e feita a limpeza, mas não
a pressão na linha de alimentação. adiantou; substituído o MAF, a lenta
Solução: Substituição dessa mangueira de estabilizou e voltou ao normal.
envio do combustível localizada entre
a bomba e a tampa.

Santana a álcool com


sistema de injeção EECIV
Kadett – Motor funciona Detalhes: Após um determinado tempo de
em marcha lenta e pára funcionamento, o motor morria e só voltava
quando acelera a funcionar após alguns minutos, voltando
a se repetir o problema.
Detalhes: O veículo funciona normalmente
em marcha lenta, porém quando era Testes realizados: Procedendo
acelerado, falhava e morria, a ponto o rastreamento para diagnóstico da causa,
de não mais pegar. foi detectado que o problema estava
Foi verificado corpo de na resistência existente no circuito da bomba
borboleta, bomba de de combustível, abaixo da carroceria.
combustível, sem que Resistência esta que se encontrava com suas
fosse encontrado nenhum características alteradas, levando ao aqueci-
indicativo do problema. mento e aumentando assim a resistência, o
que gerava uma queda de tensão na alimen-
Causa: O catalisador estava danificado. tação da bomba e parando de funcionar por
Solução: Substituído o catalisador, alguns minutos, até que, com o motor
o problema foi resolvido. parado, esfriava e voltava a funcionar.
Solução: Substituída a bomba, o problema
foi sanado.

Fiesta oscilando
a marcha lenta
Detalhes: A oscilação era baixa, mas Polo Classic - Relé da
se percebia um leve sobe e desce da rotação. bomba de combustível
Ligado o scanner, nenhuma falha foi Detalhes: Motor com auto-ignição (não
detectada. pára ao desligar a chave).
Ao realizar a leitura do sensor MAF,
notou-se que ele oscilava demasiadamente. Causa: Relé da bomba de combustível

12
montado no veículo não é o liberado para Solução: Refazer o chicote e mudar o per-
esta função. curso, para que a falha não volte a ocorrer.
Solução na série: Implementado controle
na produção a partir de 05/97.
Solução na oficina: Nos veículos que
apresentarem a irregularidade, verifique
o relé da bomba de combustível (posição Vectra 8V – Alto
12). O n o correto da peça liberada é consumo de combustível
191/906383/C, cuja identificação é 167. e módulo indicando falha
na sonda lambda
Detalhes: Foi trocada a sonda, porém
a falha continuou. Em teste, foi constatada
que faltava terra no coletor de escape, sendo
Tipo 1.6 ele a causa da falha na sonda de fio único.
– Motor não quer pegar
Solução: Soltar os parafusos de fixação do
Detalhes: Quando frio o motor funciona coletor de escape e reapertar novamente,
normal, após aquecer o motor apaga e não resolvendo a falha.
pega mais. Teste com scanner deu OK,
sem falhas.
Causa: Injetor travado, após aquecer
o injetor travava fechado, não injetando
combustível. Monza (Multec 700)
Solução: Substituir o injetor. – Veículo, ao ser freado,
apaga
Detalhes: Ao ser analisado o sistema,
suspeitamos do sensor de velocidade,
porém havia códigos de falhas armazenado
Fiesta Zetec RoCam na memória e a lâmpada de marcha
– Motor falhando ascendente funcionava corretamente.
Detalhes: Em verificações, foi constatado Partimos então para a análise do sinal
que as velas estavam encharcadas. do VSS, usando o scanner ligado com
o veículo em movimento e monitorando
Causa: Chicote da bobina de ignição
o seu sinal de resposta do VSS para a ECM.
interrompido próximo ao seu conector,
Resolvemos consultar a parte elétrica do
causando falha de centelha no cilindro 1
veículo e vimos que havia um sistema de
e 4 ou 2 e 3.
alarme ligado junto com a mesma

13
alimentação do sensor de VSS. Pois, nem Solução: Reposicionar corretamente os
sempre o defeito se manifestava. pinos 3 e 4 do conector do chicote do
sensor de PMS ao módulo ECM.

Logus (CFI) – O veículo


não pega com facilidade Monza (Multec 700)
Detalhes: Pressão e estanqueidade Detalhes: Após certo percurso rodado
da linha de combustível, teste do sensor o motor engasga na retomada.
de temperatura da água e do ar, avaliação Testes realizados: Com o veículo parado
do sistema de escapamento, tudo OK e, e na sua temperatura normal, bem como
no scanner, nenhuma falha foi encontrada. em aceleração rápida, tudo OK, mas
Após vários testes, verificou-se que o cabo ao trafegar um certo tempo, ele começava
da bobina ao distribuidor estava ressecado a dar falhas na retomada de velocidade.
na altura da polia do comando, não sendo Pela experiência em veículos a álcool
visualizado, pois este cabo tem um cano carburados que manifestam o mesmo
protetor para dissipar o calor. sintoma, tudo levava a crer que fosse um
Solução: Troca do cabo e feito um defeito causado pela falta de aquecimento
suporte, para que ele não ficasse em na admissão.
contato direto com o motor. Partimos, então, para a análise do circuito
de refrigeração; tudo estava dentro das
especificações, porém ao ser retirada
a válvula termostática, vimos que ela
não era original do veículo.

Tempra (IAW-P8) Solução: Troca da válvula termostática,


bem como a troca do líquido de
– Motor não pega arrefecimento.
Detalhes: Ao analisar o sinal do sensor Nota: Cuidado na aplicação dessas
de PMS com o uso do multímetro, estava válvulas, pois a temperatura de trabalho é
gerando um valor correto, mas, mesmo a mesma para veículos a gasolina e álcool.
assim, o motor não entrava em O que diferencia uma da outra é o defletor
funcionamento. da ponta.
Analisamos então o sinal com o uso do
osciloscópio e vimos que ele estava com
a sua crista invertida.
Aberto o chicote, havia a inversão dos pinos
3 e 4 no plug conectado ao sensor de PMS.

26 14
Gol 1.8 (EFI) Santana CFI 1.8
– O veículo não pega – Queimava o fusível da
Detalhes: Enrolamento da bobina estava bomba de combustível
OK, resistência, cabos de velas e rotor, Detalhes: Era só ligar a ignição para
tudo OK, pressão de combustível tudo OK, queimar o fusível. Foi então feito um
e sincronismo da correia dentada perfeito. teste prático para localizar o curto circuito
Com o auxílio de um osciloscópio, no sistema. Foram desligados todos
verificou-se uma fuga de tensão, após isso os componentes alimentados por esse
foi novamente analisado o rotor fusível.Quando foi desligada a sonda
e constatou-se uma rachadura interna do lambda, parou de queimar fusível, pois
rotor, o que ocasionava a fuga de tensão o positivo da sonda estava descascado
pelo eixo do distribuidor. e aterrando no monobloco.
Solução: Troca do rotor. Solução: Trocar o sensor (Sonda).

Santana (Bosch LE) Kadett GSI – Apresentava


– Motor amarra na funcionamento irregular
aceleração rápida Detalhes: Apresentava funcionamento
Detalhes: Ao se manifestar o defeito, a luz muito irregular seguido de estouros no corpo
de anomalias piscava quatro vezes, o que de borboleta quando solicitava o acelerador.
indicaria defeito no sensor de detonação. Depois de checado todo o sistema,
Examinando o seu circuito, notamos que constatou-se que havia óleo no distribuidor,
o chicote do mesmo passava muito perto afetando a leitura do sensor Hall (rotação).
da alta-tensão, sofrendo, assim, Solução: Foi necessário lavar o distribuidor
interferências que modificavam o seu e substituir o anel o’ring do distribuidor.
verdadeiro sinal de resposta para a ECM.
Solução: Trocar os cabos de vela e afastar
do chicote de alta-tensão.

Ford Ka – Marcha lenta


acelerada
Detalhes: Apresentava marcha lenta muito
acelerada quando em desaceleração. Foi

15
constatado que com o veículo parado no canal de leitura que vai para o sensor.
isso não acontecia, mas se movimentasse Solução: Foi preciso trocar a junta do
o veículo só um pouco para frente já era corpo.
suficiente para a rotação disparar. Foi
feito, então, um teste prático desligando
o sensor VSS e sanou o problema.
Solução: Trocar o sensor de velocidade.
Ford Ka
– Falha intermitente
Detalhes: Às vezes falhava seguido de um
Uno EP 1.0 – Falhando desligamento do motor. Esse defeito não
foi resolvido trocando o atuador, como é
na aceleração feito costumeiramente, e sim substituindo a
Detalhes: Falhava nas acelerações com sonda lambda que apresentava travamento
mais freqüência quando o veículo estava intermitente de funcionamento.
em movimento e a luz de anomalias Solução: Foi preciso trocar o sensor de
acendia simultaneamente. oxigênio.
Foi verificado todo o sistema, até
encontrar no alternador um terminal
quebrado não por completo, causando uma
falha de alimentação no sistema elétrico.
Solução: Foi preciso trocar o terminal. Palio 1.0 – Estourava no
corpo de borboleta quando
se solicitava o acelerador
rapidamente
Gol CFI 1.6 a gasolina Detalhes: Depois de verificar tudo,
– Falhava em baixas constatou-se que o problema era excesso
rotações e, principalmente, de carbonização nas válvulas, impedindo
o assentamento delas no cabeçote.
com o motor frio
Solução: Foi preciso refazer o
Detalhes: Depois de um diagnóstico assentamento das válvulas.
completo no sistema, percebeu-se uma
leitura incorreta do sensor MAP, não por
defeito dele e sim porque a junta do corpo
de borboleta, com o tempo e o acúmulo de
carvão, havia criado uma obstrução parcial

16
Fiesta 1.3 importado Kadett GSI – Não pegava
– Motor falhando apenas Detalhes: Depois de tudo verificado,
fora da marcha lenta constatou-se que o sensor de temperatura
havia sido trocado e colocado um sensor
Detalhes: O veículo chegou à oficina com de aplicação incorreta. O sensor certo tem
uma falha, que não se apresentava em duas resistências internas, que informam
marcha lenta. Depois de certificarmos que a central L.E e a central E.Z.F, cada uma
o sistema de ignição estava em perfeitas por um fio, sendo assim o terra é na carcaça
condições de uso, fomos logo para do sensor. Colocaram um sensor do Corsa,
o catalisador, um dos principais suspeitos que só tem uma resistência e o terra é no
nestes casos. O tiro foi tão certeiro que outro fio do terminal.
logo após a substituição o veículo voltou Foi preciso substituir o sensor de temperatura,
a funcionar perfeitamente, com melhor agora na aplicação certa.
rendimento e com uma dirigibilidade
garantida. Mesmo assim não pude deixar
de garantir o serviço, realizando as demais
revisões no motor, sistema de injeção
eletrônica, arrefecimento e filtros.
Carro M.I – Não aceitava
regulagem pelo scanner
Problema: Carro oscilando.
Solução: Chave desligada, desconectar
Omega 2.0 – Não entrava a central por uma hora, colocar a central
em funcionamento e tirar o Shot Plug. Ligar a ignição por no
Detalhes: Após efetuar todos os testes, mínimo 20 minutos, desligar novamente
descobri que o sistema de ignição não a ignição e colocar a porta do Shot Plug
tinha faísca. Foi testado o sensor de rotação novamente. Ligar os faróis e dar na
e estava normal, mas não saía sinal do partida, deixando o motor funcionar até
sensor para a Central. armar a ventoinha pelo menos umas quatro
Verificou-se, então, que a roda fônica vezes seguidas. O carro estará pronto.
dentro do motor, fixada na árvore de
manivelas, tinha quebrado os parafusos
de fixação. O motor tinha sido retificado
recentemente e os parafusos foram
deixados frouxos (torque inadequado), Tempra – Regulagem do
por isso a quebra deles.
trimmer
Detalhes: Colocar a rotação entre 900

17
e 1.000 rpm. (atracado). Isso ocorreu porque o conector
Colocar a borboleta de octanagem, que teria de estar na posição
com 0%. “95”, que é a ideal para o nosso combustível,
Colocar no tempo de injeção estava na posição “91”, que era o ideal
(scanner) pelo tri-ran (um parafuso que tem para o combustível com menos octanagem,
atrás da central). que é para combustíveis de outros países,
Regulá-lo até chegar o mais próximo de 2 para o caso da exportação do veículo. Foi
(são necessárias duas pessoas para esta preciso colocar o sensor na posição correta.
tarefa). Retorne e entre em atuadores.
Regulagem de CO: Procure o maior
e menor valor (+ ou -20) e aperte “sim”.
O trimmer estará regulado.
Palio ED 1.0 MPI-8V -
Magnetti Marelli IAW G7
– Veículo falhando e com
Regulagem do CO dificuldade na partida
– Mille EP G7 Outros detalhes: Consumo excessivo de
combustível; oscilação da marcha lenta;
Deixe o motor do carro armar a ventoinha veículo falhando.
duas vezes.
Entrar em atuadores (Função Reg. de CO) Testes realizados: Verificação e limpeza
no scanner (tem um no no canto de cima do corpo de injeção; verificação dos cabos,
do scanner), controlá-lo até chegar no no 12. velas e bobinas; verificação do sensor de
Entrar em leitura para confirmar a regulagem. temperatura da água.
Com a utilização do equipamento de
diagnóstico foram realizados testes em
todos os sensores e atuadores. Com os testes
realizados, verificou-se a presença de
falhas registradas na memória da central
Vectra 95 8V 2.0 de injeção e, mesmo após o cancelamento
a gasolina – Perda de dessas falhas, o veículo ficou em
funcionamento por alguns minutos
potência
e os registros de falhas voltaram a ocorrer.
Detalhes: O veículo apresentava uma
Solução: O cabo massa do chicote de
perda considerável de potência. Depois de
injeção, localizado sobre a tampa de
verificar todo o sistema de injeção, quase
válvulas, se encontrava oxidado, isolando,
tudo estava OK, com exceção do ponto,
assim, o contato entre as partes.
que estava trabalhando fora da faixa

18
Observação: Esta oxidação pode ser Palio 1.0 MPI - 8V
decorrente do fato de o veículo trafegar
– Injeção Magnetti Marelli
constantemente em áreas salinas (praias).
IAW G7 – Veículo falhando
e sem potência
Outros detalhes: Motor com baixo
rendimento (consumo excessivo de
Elba 1.6 IE - 8V - combustível); veículo apresentando um
Magnetti Marelli IAW G7 vazio na aceleração; veículo estancando
na redução das marchas, principalmente
– Veículo falha e perde po- em semáforos.
tência com o motor quente Testes Realizados: Verificação do
e em alta velocidade posicionamento do sensor de rotação;
Outros detalhes: Motor com baixo verificação da pressão na linha de
rendimento (consumo excessivo de alimentação de combustível; verificação
combustível); motor jogando compressão dos cabos e velas; verificação da
pelo corpo de injeção. compressão nos cilindros; verificação da
continuidade do chicote de injeção.
Testes realizados: Verificação do
Com auxílio do equipamento de diagnóstico,
posicionamento do sensor de rotação;
observou-se a presença de um erro “sinal
verificação da pressão na linha de
não plausível no pino 30 e 34 da central de
alimentação de combustível; verificação
injeção” e Microprocessador.
do sensor de temperatura da água.
Na utilização do equipamento de Solução: Substituição da central de
diagnóstico, nenhuma anomalia foi injeção. O inconveniente foi solucionado
encontrada em termos de parâmetros dos após a substituição da central de injeção.
sensores e atuadores.
Solução: Substituição das bobinas, pois
verifiquei que, com o veículo aquecido,
as resistências das bobinas se encontravam
acima do especificado pelo fabricante, Palio 1.6 8V SPI -
afetando assim o centelhamento nas velas e Magnetti Marelli IAW G7
com isso a queima da mistura no interior dos
cilindros, afetando diretamente no consumo.
– Veículo com perda de
potência acima de 80 km/h
Outros detalhes: Alto consumo; dificuldade
na partida; marcha lenta irregular.

19
Defeito encontrado: Sensor de rotação - pois se tratava de um bico injetor para um
Altura do sensor de rotação fora do carro de motor 1.0.
especificado com relação à roda fônica. Solução: Foi colocado um bico adequado
Ele apresentava uma altura de 120 mm, para aquele carro e assim foi resolvido
enquanto o especificado é a de 70 a 100 mm. o problema. O bico que estava no carro,
Solução: Como o suporte do sensor não por se tratar de injetor de um carro de
possui regulagem, por formar uma peça menos potência, injetava uma quantidade
única com a tampa do retentor do eixo, insuficiente de combustível, provocando
a solução encontrada foi rebaixar o encaixe deficiência no funcionamento do motor.
do sensor com uma lima, até que o sensor
atingisse o espaçamento especificado de
70 mm com a roda fônica.
O inconveniente foi solucionado após essa
intervenção. Kadett 94
– Motor não pega
Testes realizados: Usando um centelhador,
foi feito o teste nas velas e foi constatado
Elba 1.5 IE Sistema de que as centelhas estavam fracas.
Injeção G7.10 – Gasolina, Solução: Foi verificado que o rotor estava
com boa aparência, mas tinha falta de
carro convertido para gás isolação (pequenas trincas), ocorrendo fuga
natural de centelha para o eixo do distribuidor. Foi
Detalhes: Funcionamento normal no gás, trocado o rotor.
mas ao passar para gasolina o motor apre-
senta uma marcha lenta irregular, morrendo
de vez em quando. O motor sem peso
apresentava pequenas falhas na aceleração,
mas ao manter a aceleração o motor perdia Fiat Tipo 1.6 IE - Motor
força, apresentava um funcionamento ruim.
não pega
Foram feitos testes de pressão de bomba,
diagnóstico com o scanner e foi constatado Detalhes: Sensor de rotação sem sinal.
que tudo funcionava perfeitamente. Mas, Testes realizados: Com a caneta de
após efetuar a limpeza do bico injetor, polaridade nos fios preto e vermelho (- e +)
foram feitos os testes de estanqueidade nada foi encontrado. Com o multímetro
e vazão do bico e, ao fazer o teste de em modo BIP, porém não foi encontrado
vazão, observou-se que a vazão daquele continuidade no fio branco do conector do
bico era inapropriada para aquele motor, sensor no lado chicote ao conector da ECU.

20
O fio branco estava quebrado próximo ao mas ao andar o veículo
conector do sensor. começava a falhar
Comentário: Devemos fazer o teste de con- e apagava
tinuidade com freqüência nos diagnósticos. repentinamente.
Após alguns minutos, dada
nova partida, o veículo entrava
em funcionamento normalmente.
Causa: Ao analisar o veículo em
movimento, com um scanner, verificou-se
Kadett 1.8 EFI Sistema
que havia um código de defeito (19 - falha
Multec 700 - Rochester – no sensor de rotação).
Veículo sem marcha lenta Solução: O sensor de rotação foi substituído,
Problema: O cliente reclamava que depois e o veículo voltou a andar normalmente.
de trafegar durante determinado tempo com
o veículo em regime de operação do motor
mais elevado, percebia que, ao ser solicitado
um regime de operação mais baixo (marcha
lenta), o motor não desacelerava. Blazer 4.3 V6 – Falha em
Testes Realizados: Testados todos alta, dificuldade de partida
os sensores e atuadores do sistema de
injeção. Nenhum dos componentes estava Este diagnóstico é difícil, pois mesmo
fora dos parâmetros aceitáveis. a bomba apresentando valores aceitáveis
não é o suficiente para este sistema.
Solução: Mesmo com o atuador de marcha
lenta (IAC) estando com sua resistência e Valores encontrados: pressão na partida =
alimentação em condições perfeitas, foi 4 BAR; em marcha lenta = 3,5 BAR;
diagnosticado um problema mecânico no vazão = 600 ml/30s.
acionamento da haste do atuador, Valores práticos: bomba nova - pressão
e conseqüentemente realizada sua troca. na partida = 4,2 BAR; em marcha lenta =
3,6 BAR; vazão = 1.100 ml/30s.
Solução: Substituição da bomba de
combustível.

Vectra 2.0 MPFI/97 -


Bosch Motronic M1.5.4
Problema: O veículo apresentava
funcionamento normal quando parado,

21
Omega 4.1 borboleta oscilava entre 0 e 3%
– Motor falhando e cheiro Solução: Substituído o TPS, resolvido
o problema.
forte do catalisador
Coloquei o scanner e apresentava sonda
inoperante. Antes de trocar a sonda
lambda, verifiquei a pressão e vazão da
bomba e estanqueidade dos eletro-
injetores. Tudo normal. Ford Fiesta 1.0
Tirei a mangueira de vácuo do regulador de – Motor acelerado
pressão e coloquei uma mangueira de cristal Chegou à minha oficina um Fiesta que
(plástico transparente); funcionei o motor estava acelerado (em torno de 1.200 rpm).
e depois de um certo tempo vi a gasolina Em outra oficina haviam trocado o atuador
passar pela mangueirinha. e não resolveu.
Solução: Troquei o regulador e o defeito Através do scanner, fiz a verificação
sumiu. no teste estático e acusou um problema no
Observação: Com excesso de gasolina, interruptor de ponto neutro e luz de ré
a sonda não conseguia corrigir a mistura, (conjugado). Soltei o soquete do sensor e fiz
a ECM achava que a sonda estava pifada. um jump no interruptor, nessa mesma hora a
Depois de trocado o regulador, através do marcha lenta estabilizou e voltou ao normal.
scanner, verifiquei que a sonda voltou Testei manualmente o sensor e o mesmo
a funcionar perfeitamente, e tudo estava estava pifado. Troquei por um novo
dentro dos parâmetros. Apaguei os códigos e resolveu o problema. Curiosidade:
de defeito e liberei o carro. O módulo de injeção sentia falta desse sinal,
aumentava a marcha lenta e alterava o PMS.

Chevrolet S-10 motor 2.2


Astra 2.0 MPF/95 -
– Marcha lenta oscilando
Bosch Motronic M1.5.2
Cliente reclamando da marcha lenta
oscilando. Coloquei o scanner e não tinha
– Motor estourando
nenhum código de falhas. Verificando em Problema: O veículo apresentava
modo de leituras, tudo parecia normal. funcionamento normal quando parado, mas
Deixei o carro funcionando, e ele começou ao andar o veículo começava a estourar
a apresentar o defeito. Através do scanner, pela descarga (4.000 rpm - 120 km/h).
reparei que o sensor de posição da

22
Causa: Ao analisar o veículo em desligado. Foi só corrigir o defeito e ter
movimento, com um scanner, verificou-se ligado as lanternas. Com isso, concluí que
que havia um código de defeito (19 - sinal o sistema ABS só funciona corretamente
incorreto de rpm). Foram testados todos os se todas as lâmpadas de freio e demais sen-
sensores e não se constatou nenhuma sores estiverem funcionando corretamente.
irregularidade. O sensor de rotação foi substi-
tuído e o veículo continuou com o defeito.
Solução: Foi substituída a UCE e
o veículo voltou a andar normalmente.
Comentários: Nem sempre o scanner pode Vectra 2.0 MPF/97
dar um diagnóstico preciso, pois o sistema Bosch Motronic M1.5.4P
de injeção eletrônica é bastante complexo – Motor falha e apaga
e só funciona perfeitamente quando todos
os componentes (sensores e atuadores) repentinamente
funcionam isentos de defeitos. Neste caso, Problema: O veículo apresentava
só consegui resolver o problema porque con- funcionamento normal quando parado,
segui um veículo idêntico e de mesmo ano. mas ao andar começava a falhar e apagava
repentinamente. Após alguns minutos,
poderia dar na partida e o veículo entrava
em funcionamento normalmente.
Causa: Ao analisar o veículo em
F-1000 Diesel /98 movimento, com um scanner, verificou-se
Sistema RWAL Varga que havia um código de defeito (19 - falha
no sensor de rotação).
Freios ABS
Solução: O sensor de rotação foi substituído,
Detalhes: Quando a chave de ignição era e o veículo voltou a andar normalmente.
ligada, a lâmpada de anomalia acendia e
apagava em seguida; até aí tudo bem,
pois está normal. Mas quando começava
a andar com o carro e atingia a velocidade
de 20 km/h, a lâmpada de anomalia acendia
e não apagava mais (sem pisar no freio). Fiorino 1.6 MPI/95
Ela só apagava quando o carro era Bosch Motronic M1.5.4
desligado. E começava tudo novamente – Motor estourando
após ligar o carro.
Problema: O veículo apresentava falhas
Solução: Ao verificar o chicote, concluí e falta de desempenho e estourava pelo
que as lanternas traseiras não estavam corpo de borboleta (admissão).
funcionando, pois o chicote havia sido

23
Causa: Ao analisar o veículo com um Chevrolet S-10 2.2 EFI
scanner, verificou-se que havia código
– Veículo quando esquenta
de defeito.
Sensor de detonação: o chicote do sensor pára
encontrava-se partido. Foi substituído. Problema: Quando o motor do veículo
Sensor de rotação: o chicote do sensor atingia sua temperatura ideal de
estava danificado, havia sido queimado funcionamento (após o acionamento do
pela descarga.Também foi substituído e eletroventilador do radiador), o motor
o veículo voltou a funcionar normalmente. parava. Quando o motor esfriava, voltava
a funcionar normalmente.
Diagnóstico: Foram testados todos
os componentes do sistema de injeção,
com o auxílio de um scanner, porém nenhum
Logus CFI – Veículo defeito foi apresentado. Passou-se assim
não pega (às vezes) para os testes passo-a-passo com o auxílio
de um multímetro e manômetro de pressão.
Problema: O cliente reclamava que Foram verificados todos os componentes
o veículo às vezes não pegava. do sistema de alimentação de combustível
Diagnóstico: Foram realizados testes (pressão da linha de alimentação, relê da
em todos os componentes do sistema bomba, fusíveis, filtro de combustível)
de injeção, inclusive relês, alimentação e nada de irregular foi encontrado, foram
e aterramento da unidade de comando testados também alimentação e aterramento
(módulo) e nada foi encontrado fora dos do módulo de injeção, tudo OK.
parâmetros. Foi testado também o sistema Solução: Não encontrando nada de
de alarme original do veículo, tudo OK; irregular e o problema persistindo,
porém, durante a realização desse teste verificou-se que o motor parava por falta
percebi que quando a partida era acionada de centelha nas velas; como o módulo DIS
o relê principal da injeção começava (bobina) já havia sido testado e o sensor de
a atracar e desatracar. rotação apresentava-se normal, decidiu-se
Solução: O relê, que já havia sido trocado, testar curto e continuidade do chicote, no
foi retirado e observou-se que no momento qual foi encontrado o fio de terra do
da partida ocorria falta do sinal de 12 V no módulo DIS com mau contato.
pino 86 do relê, problema este causado por Substituído e o problema solucionado.
um mal contato no circuito impresso da
caixa de fusíveis. A caixa de fusíveis foi
trocada, e o problema, solucionado.

24
Motor somente funciona as conexões e aterramento.
Em resumo, após alguns testes, ficou claro
quando desliga a chave que o problema estava mesmo no “regulador
Custou algum tempo, mas descobri o defeito de voltagem”; este, quando apresenta defeito
de um Escort GL ano 89 de um amigo. elétrico, deve ser substituído imediatamente,
Era um domingo quando ele me ligou pois sua falha provoca sobrecarga nas
avisando do problema; ao dar partida na baterias.
ignição tudo funcionava bem, mas o motor
não funcionava, apenas solava. Realizados
alguns testes, percebemos que nesse instante
não ocorria a centelha, necessária para
ocorrer a inflamação/combustão. Foi dito por
ele e comprovado por nós que o “motor Como fazer um socorro
somente pegava quando desligava a chave”. na partida com auxílio de
Como se a centelha acontece ao inverso, forma correta
ou seja, ao contrário?
Uma prática errônea já estruturada no setor
Em resumo, após substituir o chicote/contato
automotivo é a forma de dar partida no motor
da ignição, que é uma peça de plástico,
com cabos auxiliares (a famosa chupeta),
o problema foi resolvido. Segundo o cliente,
sem falar que a maioria prefere o “tranco”,
este defeito já vinha acontecendo havia
o famoso “empurrãozinho”.
algumas semanas.
Procedimentos recomendados para
utilização de cabos auxiliares:
ü Posicione os veículos de forma que eles
não se toquem.
ü Desligue o motor e todo o equipamento
Oscilação das lâmpadas elétrico desnecessário.
no painel: mau contato ou ü Ligue o terminal positivo (+) da bateria
descarregada ao terminal positivo (+) da
sobrecarga? bateria auxiliar.
Alguns veículos podem apresentar este ü Ligue uma das extremidades do
tipo de problema (oscilação das lâmpadas segundo cabo ao terminal negativo da
no painel de instrumentos). Obviamente bateria auxiliar e a outra extremidade
que isto caracteriza um problema, um a uma parte metálica do motor no qual
defeito elétrico a ser diagnosticado. se deseja dar a partida e não ao terminal
A primeira impressão é que se trata de um negativo (-) da bateria descarregada
mau contato nos terminais e/ou chicote; (coisa que não é praticada).
foi o que nos tomou algum tempo para ü Acelere o motor do veículo com a bate-
concluir o diagnóstico, faltou apenas ria auxiliar para uma rotação elevada.
desmontar o painel, mas checamos todas

25
ü Agora, dê partida no motor do veículo ü Se o problema retornar, repetir toda
com a bateria descarregada. a operação e o problema será solucionado
ü Uma vez dada a partida deixe ambos os definitivamente.
veículos funcionando por mais de 3 (três)
minutos antes de desligar os cabos.

Sistema ABS
Ajuste básico do VW Gol Devido aos grandes avanços pelos quais
1.0 16 válvulas - Sistema a indústria automobilística vem passando
e pela pouca quantidade de informações
Magnetti Marelli IAW-IAVS técnicas publicadas pelo setor, gostaria de
Sintoma: O cliente reclamava que seu passar algumas informações que considero
veículo morria ao ser freado e que nas muito importantes sobre os sistemas de
retomadas de velocidade o motor freios ABS.
também falhava. Desconectar os cabos da bateria antes de
Causa: O diagnóstico, com o scanner, não recarrega-lá ou antes de qualquer reparo no
detectou qualquer falha elétrica ou eletrônica. sistema antibloqueio (ABS).
Não havia código de falha gravado na Não conectar qualquer fonte de tensão, seja
memória e os sinais de sensores e atuadores, bateria ou carregador, com valor superior
em teste contín uo, estavam dentro do a 16 Volts, como auxiliar de partida.
especificado pelo fabricante. Havendo necessidade de efetuar reparos
Diante disso, resolvemos efetuar o ajuste com solda elétrica no veículo, deve-se
básico, o que resolveria temporariamente desligar o alternador e a unidade ABS.
o problema; porém, após alguns Retirar a unidade ABS quando o veículo
minutos, o problema voltou a aparecer. for colocado em estufa de secagem com
temperatura igual ou superior a 80 graus.
Solução: O problema só foi resolvido Não desligar a bateria com o motor em
de forma definitiva após remover a ECU, funcionamento.
mantendo-a desligada por aproximada- Não remover ou instalar os conectores
mente duas horas e refazer o ajuste básico. da unidade do ABS com o comutador
Obs: Neste sistema, existe um critério de ignição ligado.
para a execução do “Ajuste-básico” que é: Não alterar o diâmetro dos pneus.
ü Com o scanner, verificar se a memória Substituir o fluido de freio seguindo
de falha está limpa. as especificações do fabricante e observando
ü Caso não esteja, limpá-la antes de o período de troca, pois o fluido de freio é
realizar o ajuste. higroscópio, ou seja, possui a característica

26
de absorver umidade (água), o que vai Obs.: o aterramento da UCE está
danificar a unidade hidráulica do ABS. localizado na coluna ao lado esquerdo.

Ford Fiesta 99 – Motor Ford Fiesta 1.3


morre e volta a funcionar Sistema EEC IV
Detalhes: O cliente reclamava que seu Sintoma: O veículo tinha seu funcionamento
veículo, um Ford Fiesta ano 99, funcionava perfeito, acelerava bem, tinha bom rendi-
bem, às vezes morria e não mais funcionava mento, porém apresentava consumo elevado.
e de repente voltava a funcionar; e isso tudo Causa: Após análise com o NGS, nenhum
se repetia freqüentemente. código de falhas presente, nem armazenado
Após checagem na parte mecânica e no na memória, foi registrado. No teste dinâ-
sistema de alimentação, tudo estava OK, mico também tudo OK. Os sistemas de
porém o problema persistia. Resolvi alimentação e ignição estavam perfeitos,
fazer uma análise com o NGS, aparelho o motor apresentava-se em perfeito estado
utilizado pela Ford, pois trabalho em uma mecânico, compressão e equilíbrio de
concessionária. Não apresentou qualquer cilindros. A partir daí, partimos para
código de falha, porém ao acessar os pids o teste ponto-a-ponto com o auxílio
- que são parâmetros de funcionamento de um multímetro automotivo.
dos sensores e atuadores - notei algo
interessante no pid VPWR - alimentação da Solução: Ao testar o sensor MAP, analisando
UCE: o mesmo oscilava muito para baixo, sua freqüência, foi observado que a mesma
mas o veículo não morria, pois devido estava acima do normal (127 Hz em marcha
estar conectado ao aparelho, o mesmo lenta, quando o normal é por volta de 106 Hz).
aterrava a UCE; ao desconectar Substituímos o sensor e a freqüência caiu
o aparelho, o veículo parava de funcionar. ao normal e o consumo também.
Então cheguei à conclusão de que
o problema era no aterramento da unidade,
pinos 20-40-60. Fazendo uma revisão
no aterramento, o mesmo estava frouxo,
oxidado e causando todo esse transtorno. Linha Ford – Interruptor
Solução: Feita uma limpeza nos terminais inercial de corte de
e reapertando-os, o carro ficou perfeito, combustível
e o cliente, muito contente.
A dica não é sobre um defeito em
particular, mas sim sobre um componente

27
que equipa os veículos com sistema de sistema ignição, nada foi encontrado.
injeção eletrônica da Ford. Distribuidor, velas e cabos de vela estavam
Trabalho em uma concessionária Ford bons, resolvemos analisar o sistema de
e certo dia um amigo que tem uma oficina alimentação. Medindo pressão e vazão da
particular me pediu uma ajuda, pois estava bomba de combustível, tudo estava OK.
com um Fiesta em sua oficina que não Solução: Como o defeito só ocorria em
funcionava. Ele já havia trocado a bomba rotações mais elevadas, desligamos o plug
de combustível, o relê e nada. Quando elétrico do microswicth (interruptor do
cheguei lá, dei uma analisada e perguntei primeiro corpo), resolvendo o problema.
se ele tinha checado o interruptor inercial Após retirar o corpo de borboleta para
de corte de combustível. Sabe qual foi sua análise do interruptor, o mesmo encontrava-
resposta: o que é isso? se travado na posição fechada. Sendo assim,
Vou explicar melhor. Esse interruptor a UCE recebia sempre a informação de
é colocado em série com o circuito de “borboleta fechada - marcha lenta”,
alimentação da bomba de combustível fazendo com que houvesse o corte de
e sua função é interromper a alimentação combustível acima de 1.800 RPM.
da bomba de combustível em caso de Substituído o conjunto de interruptor, foi
acidente, desligando o veículo. Estão resolvido o problema.
assim localizados:
ü Fiesta e Courier: Coluna A (da
esquerda) lado esquerdo próximo
ao pedal de embreagem.
ü Ford Ka: Coluna B lado direito.
ü Ranger: Lado direito embaixo do porta- Conhecimentos de
luvas. eletroeletrônica
Com os constantes avanços da indústria
automobilística torna-se cada vez mais
necessário um conhecimento mais
aprofundado sobre a parte elétrica, que
Ford Versailles 1.8 93 deixou de ser uma exclusividade para
Sistema Bosch LE - Jetronic eletricistas. Por isso gostaria de passar
algumas informações e precauções para
– Motor falha na aceleração obter um bom funcionamento e também
Sintoma: Falha durante as acelerações. evitar prejuízos com um componente, haja
Andando com o veículo, num teste de vista a quantidade de componentes eletro-
estrada, ficou comprovada a falha cujo eletrônicos nos veículos a alternador.
sintoma era típico de ignição. Ao instalar a bateria, ficar atento para não
Causa: No entanto, após análise no inverter a ligação dos pólos.

28
Nunca polarize o alternador, a placa de Palio 1.6 16V
diodos será queimada instantaneamente.
– Marcha lenta irregular
Desligue sempre os terminais do alternador
quando for realizar solda elétrica. O carro apresentava marcha lenta irregular
Não colocar os terminais do alternador ou (sobe e desce). Após um diagnóstico com
do regulador em curto com a massa. o scanner na função visual gráfico, consta-
Nunca ligue o carregador com os terminais tamos que todos os perímetros estavam
conectados à bateria, pois picos de tensão fora do eixo, principalmente bateria, que
podem danificar módulos eletrônicos. alternava entre 3 e 6 Volts até 17 ou 18 Volts,
Nunca desligue os cabos da bateria e suas caracterizando mau contato. Foi acompa-
conexões com o motor em funcionamento. nhada toda a extensão do chicote e achamos
Quando utilizar uma bateria auxiliar para muito zinabre no cabo negativo da bateria,
a partida, esta deverá ser ligada em paralelo entre o terminal e o cabo. Foi preciso
(positivo com positivo e negativo com trocar o cabo.
negativo) em conexões bem firmes.

Gol MI 99
Monza 2.0 a álcool EFI – Temperatura aumentando
– Motor perde potência Quando liga o ar-condicionado, a tempera-
O veículo apresentava perda de potência tura do motor aumenta. Trocada a válvula
muito grande quando o motor era termostática e o sensor de temperatura e
solicitado, apresentando falta de não adiantou. Trocado o cabo-terra que
combustível. Colocamos o manômetro no liga a bateria na lataria e o mesmo voltou
circuito de combustível e a pressão, que a funcionar normal.
teria que ser entre 19 e 21 BAR, estava
com 2 BAR. Quando acelerava o motor,
a pressão caía até para 12 BAR de pressão,
confirmando assim um problema de vazão.
Fomos até o filtro de combustível Corsa 1.0 Wind 99
e o mesmo estava parcialmente obstruído.
Foi preciso trocar o filtro.
– Carro perde potência
Quando liga o farol ou pisa no freio,
o carro perde a potência e começa a falhar
até apagar. Trocado o regulador de
voltagem, mas não adiantou. Lixado

29
o cabo-terra e o mesmo voltou a funcionar Fiat Uno EP 96
normal, pois o cabo estava oxidado.
– Sem marcha lenta
Detalhes: O carro normalizava a marcha
lenta por tempo indeterminado e voltava
a apresentar o defeito.
Gol 1000 99/00 Defeito: Interruptor de borboleta fechada
impregnado com óleo e poeira, gerando
– Temperatura registrada (às vezes) a falta deste sinal.
é alta, mas o veículo Solução: Limpeza do corpo de borboleta
está normal e troca do interruptor.
Com um scanner foi testado todo o sistema,
não encontrando nenhum defeito. Inclusive
foram trocados sensores e a válvula
termostática e o defeito continuou.
Examinando o cabo-massa que liga Kadett GSI Sistema LE
a caixa de marcha ao chassi, constatou-se
que o mesmo estava folgado, apertando-o
Jetronic – Motor morre
não deu mais o defeito. O carro funciona bem por alguns segundos
e “morre em segunda”.
Outros detalhes: Esperando alguns minutos
o veículo volta a funcionar normalmente.
Testes realizados: Testes de pressão
Gol 1.6 MI 97 e vazão da linha de combustível. Teste de
sensor de temperatura da Água - CTS.
– Motor falha e morre Teste do sistema de ignição, troca dos
Problema: Quando ligava motor, ainda cabos de velas, velas de ignição e UCE.
frio, o mesmo falhava e morria nas
Solução: Falha no relé do comando.
paradas do veículo.
Comentários: O problema ocorria porque,
Causa: Verificou-se que o conector do
quando aquecido, o “relé desarmava”.
sensor de detonação estava no sensor CTS.
Solução: Inverter o conector e realizar
a ligação correta.

30
Corsa 1.0 MPFI – Motor arrefecimento dos motores é passível de
falhas por interrupção de contato ou
corta em alta rotação defeito elétrico. São problemas raros,
porém podem acontecer.
A dica vai para os eletricistas que
realizam a manutenção preventiva. Esta
Dica tem a finalidade de alertar quanto
à necessidade da verificação prévia das
condições do sensor da temperatura do
motor antes que seja procedida a sua
substituição, ou mesmo para checar o seu
correto funcionamento.
Tal verificação consiste na medição da
resistência interna do sensor com base nas
indicações do manual; isto evita surpresas
e substituição desnecessária.
Quanto à instalação do sensor, deve-se
utilizar/aplicar o produto Auto-Lock 1
Testes realizados: Verificada a pressão (designação comercial do Loctite 241) da
e vazão da bomba de combustível, avalia- Loctite do Brasil Ltda. no alojamento do
ção do sistema com scanner, testes dos cabos sensor. Antes da aplicação, limpar conve-
de velas e limpeza das válvulas injetoras, nientemente o sensor e seu respectivo
mas o defeito persistia. alojamento, remover eventuais resíduos
e aplicar o torque recomendado sempre -
Solução: Ao checar o sensor de rotação,
normalmente baixo (de 8 a 15 Nm).
observou-se que a roda fônica estava empe-
nada. Substituída, o problema foi sanado.
Comentário: Ao ser comunicado do proble-
ma, o proprietário informou que o defeito
apareceu após colisão frontal do veículo,
ocasionando o empenamento da roda fônica. Fiat Palio 1.0 - Magnetti
Marelli
Problema: O carro, quando quente,
demorava a funcionar.
Testes realizados: Passamos o scanner
Sensor de temperatura: e estava tudo normal; medimos a pressão
verificação/instalação da bomba e estava normal; checamos
O Sensor de Temperatura do sistema de velas, filtros, canister e tudo estava perfeito.

31
Solução: Ao verificar o ponto de correia, e Pms, também este sinal de fase para
antes de desmontar, constatei que o sensor determinar o ponto de injeção.
de rotação (CKP) estava fora de medida; O sinal enviado à central é gerado por um
deixei-o dentro da medida, que seria de 0,60 sensor de efeito Hall montado em
a 1,00 mm, e o problema foi solucionado. correspondência com a polia da árvore de
comando de válvula, lado do escape.
Obs.: Conseguimos descobrir este defeito,
pois geramos um sinal no sensor de fase
e o carro pegou e ficou redondo, como
Marea 98 a gasolina se não existisse o defeito.
sem Fiat Code Sistema Estão se tornando comum esses defeitos
nestes tipos de veículo, pois a troca da
Bosch Motronic M 2.10.4 correia dentada nem sempre é respeitada
– Veículo não pega e, com o tempo, o esticador começa
Detalhes: O veículo estava funcionando a perder sua carga de tração e às vezes,
normal; ao ser desligado, não mais pegou. em uma aceleração brusca, o veículo pula
Com o auxílio de um scanner foram o ponto com o motor em movimento e
verificados os códigos de defeitos depois de estacionar e desligar o veículo
e o mesmo acusava sensor de fase; trocado o mesmo não pega mais.
o sensor de fase, o carro não pegou. Importante: Depois de testes realizados
Solução: Partimos para verificar o ponto na oficina, se o comando estiver atrasado
do veículo; afastamos o motor, retiramos em relação ao sensor de fase o carro pega
a proteção da correia dentada e da tampa com um pouco de dificuldade; já com
de válvulas e, com a ajuda do fasador de o comando adiantado em relação ao sensor
comando, verificamos que o comando de de fase o carro não pega mesmo.
escape estava fora do ponto. Partimos para
a troca da correia dentada e do esticador
da correia. Com o comando adiantado em
relação ao fasador, o veículo não pega,
pois o sensor de fase está posicionado no Monza 94 – Luz de
comando de escape. O sistema M.2.10.4 anomalia acende no painel
é dotado de um sistema de injeção
seqüencial fasado, isto é, a injeção de Injeção eletrônica: acende a luz de
combustível é feita em seqüência para injeção (de vez em quando). Testado todo
cada cilindro na fase de admissão. o sistema de injeção e está OK. Analisando
Para realizar isto, a unidade eletrônica de o sistema de carga, verifico que o alternador
comando utiliza, além do sinal de rotação está liberando 15,50 V, quando o normal é
13,70 a 14,20 V.

32
Solução: Foi feita a troca do relé e a luz ECT - temperatura da água - e sensor de
não mais acendeu. detonação defeituoso. Nos testes dos
Correção: A substituição do relé não é sensores não surgiram problemas;
a solução do problema, pois não atua no ao conferir a tensão de alimentação dos
sistema do alternador, responsável por sensores, descobri que no sensor ECT não
manter a carga da bateria. havia os 5 Volts. Esta tensão chega ao
sensor de detonação, foi quando concluí
Relé: É um componente que tem uma que os conectores estavam invertidos.
única função, qual seja, ligar ou desligar
um determinado circuito. Solução: Chequei o esquema elétrico
e religuei os conectores corretamente.
Alternador: Responsável pela transformação O cliente ainda brincou comigo: “Como
de energia mecânica em elétrica, para podem dois fios fazerem um estrago tão
a correta alimentação dos componentes grande no funcionamento de um motor?”
elétricos do motor, bem como para
a recarga da bateria. É composto de Rotor,
Estator, Regulador de Voltagem e Corpo
Retificador.
Regulador de Voltagem: Responsável por Veículo não pega
manter a voltagem da carga da bateria no
seu padrão específico (13,50 a 14,50 V) – Bomba de combustível
Examinado o sistema, vimos que a bomba
de combustível não funcionava; testada
a mesma vimos que estava OK.
Partiu-se para uma análise detalhada da
Gol MI motor AP alimentação da bomba em si e vimos que
não havia comutação para o relé da
– Estourando sem potência bomba; verificando a causa havia a trilha
Diagnóstico: Verifiquei o sincronismo da queimada em ECM, provocado por um
correia dentada, velas, cabos de velas, curto no sensor de O2, e alguém colocou um
pressão e vazão de combustível, tudo relé de 30Ah no lugar do original, que é
estava OK. Como o cliente estava de 15Ah, rompendo assim a trilha da ECM.
acompanhando o serviço, perguntei sobre Foi retirada a ECM para o conserto da
como e quando ocorrera esse problema e trilha e eliminado o curto-circuito da
ele me relatou que tudo começou depois sonda de O2, bem como foi reposto
que o motor foi removido para a retirada o fusível original de 15Ah.
de vazamento. Resolvi passar o scanner
e fazer diagnóstico da injeção, quando
apresentou dois códigos de falhas: Sensor

33
Gol 1.0 com motor AE consumo de combustível.
Para identificar o problema, usamos um
– Não pega ou pega e morre scanner, que rapidamente acusou um pro-
em seguida blema no sensor de temperatura de água.
Diagnóstico: Ao ligar a ignição, já percebi Trocamos o sensor, mas a anomalia persistia.
que a bomba não funcionava. Para confir- Então resolvemos verificar o chicote do
mar instalei o manômetro de pressão sensor e constatamos a falta de continuidade
e liguei novamente a ignição, confirmando dos fios.
que a bomba não mandava combustível. Solução: Foi necessário fazer um reparo
Fiz o teste de faísca com o centelhador, no chicote, feito por um eletricista. Feito
também não havia faísca. Examinei isso, o carro voltou ao normal.
fusíveis e relés, aparentemente tudo OK.
Resolvi medir a tensão da bomba de
combustível e ao ligar o multímetro em
paralelo com o conector de alimentação da
bomba e ligar a chave de ignição, percebi
uma violenta queda de tensão; para confirmar Saveiro CL Mi 2000 98
o teste, liguei a bomba direto, via bateria, – Motor apaga
e a mesma funcionava normalmente. em desacelerações
Cheguei à conclusão de que o problema
estava no relé do sistema de injeção. Problema encontrado: O veículo apagava
nas desacelerações e às vezes falhava nas
Obs.: A medida da tensão da bomba deve retomadas.
ser feita com o conector da mesma ligado.
Testes realizados: Fez-se o rastreamento
Solução: Substituição do relé do sistema no sistema com o scanner e o mesmo não
de injeção. O relé está localizado na porta constatou nenhuma falha.
relés, sob o porta-luvas, e é um relé Prosseguindo com os testes, colocou-se
normalmente na cor verde. o scanner na leitura dinâmica e então cons-
tatou-se que o sensor de posição de borbo-
leta não variava sua leitura corretamente
e, assim, informava à unidade um
posicionamento incorreto da borboleta.
Fiat Uno Mille 96 Solução: Feita a troca do sensor e
– Motor falhando a limpeza na memória da UC.
Defeito: O carro apresentava falhas na
retomada, quando era solicitado um maior
torque, como, por exemplo, em acelerações
rápidas; o motor vacilava e havia um alto

46 34
Fiat Prêmio 1.5 IE 95
a álcool – Motor sem marcha
lenta e luz de anomalia
acesa
Detalhes: O veículo engasgava, apagava
na marcha lenta e ficava com a lâmpada de
anomalias acesa constantemente. corrosão em muitos dos seus componentes.
Testes realizados: Feito o rastreamento no
sistema de injeção com o scanner, o mesmo Solução: Troca da unidade de comando.
constatava vários defeitos. Foram testados
vários componentes, como atuadores
e sensores, e até mesmo a unidade de
comando, e o defeito não foi solucionado.
Aprofundados os testes, descobri que as Fiat Uno 1.6 R (Bosch LE)
velas de ignição não eram corretas para – Motor apaga na trepidação
o veículo, que funcionava com as velas
não resistivas, o que interferia na unidade Testes realizados: Analisado todo o sistema
de comando. de alimentação, ignição e injeção, nada foi
constatado. Pelo sintoma apresentado, era
Solução: Trocadas as velas comuns óbvio que fosse um defeito de corte elétrico;
pelas velas resistivas, o veículo voltou examinado o chicote, notamos entre
a funcionar normalmente. a ligação B do alternador e a bateria pouca
folga, isto é, o chicote estava muito esticado,
fazendo com que o mesmo interrompesse
a alimentação esporadicamente, quando era
forçado o motor do veículo.
Fiat Tipo 1.6 IE Solução: Consertado e alongado o chicote.
Monomotronic MA 1.7
– Motor não pega ou pega
afogado
Detalhes: Ao ser ligada a ignição do veí-
culo, a luz de anomalia não acendia, o que
Logus 1.8 a gasolina
nos leva, pela experiência, a acreditar que EEC - IV – Marcha lenta
exista água ou umidade no interior da ECM. variando
Realmente, ao ser aberta a unidade de Detalhes: Como neste veículo o sistema
comando, constatamos muita água em seu de injeção é meio complexo, averiguamos
interior, ou seja, havia também uma grande

35
com um scanner em modo contínuo, e Santana 2000 Evidence
o sistema apresentava mensagem de OK.
– Motor pega, mas falha
Verificamos o sistema de ar, bateria, sensor
de temperatura da água, válvula reguladora Defeito: Ao dar partida no motor, tanto na
de pressão, sonda lambda, sensor map. primeira partida a frio como em temperatura
normal de trabalho, o motor pega, mas fica
Solução: Com o auxílio de um multímetro,
falhando.
verificamos todos os sensores, porém um
sensor estava com problema de resistência - Testes: Foram substituídas as velas, verificada
o sensor de temperatura do ar - que por a resistência dos cabos de velas,compressão
sua vez estava com uma leitura travada, dos cilindros e verificados os componentes da
impossibilitando a informação para a UC. injeção eletrônica e bicos injetores.
Trocamos o sensor de ar e o veículo parou Solução: Ao remover a mangueira de
de oscilar em marcha lenta. vácuo do regulador de pressão, a mesma
estava cheia de combustível; substituído
o regulador, o problema foi solucionado.

Monza EFI – Veículo


perde velocidade e estouros
no coletor Chevrolet S-10 EFI
Defeito: Veículo em trânsito perde
Sistema Rochester
a velocidade e ao manter a aceleração Detalhes: O veículo chegou à minha
no motor ocorre estouro no coletor, vindo oficina com dois defeitos:
a parar o motor; depois de alguns minutos 1o) Falhando dois cilindros na marcha lenta.
de partida, o veículo percorre normalmente. 2o) Em alta rotação sofria cortes e o motor
trabalhava embaralhado.
Testes: Verificando a pressão na linha com-
Feitos os testes de ignição e injeção (velas,
bustível, substituído o módulo e até mesmo
bobinas, cabos, sensores, bomba, bico
o distribuidor completo; com o auxílio do
injetor), todos estavam OK. Passado
scanner, os parâmetros estavam normais
o scanner, não se constatou nenhum
e foi retirada a tubulação do escapamento.
código de defeito. Feita uma análise
Solução: Retirado e feita a limpeza no constatou-se que o primeiro problema
massa de injeção, ligado nos parafusos de era o sensor de pressão do ar do coletor
cabeçote o massa da bateria, solucionando e o segundo defeito era a sonda lambda,
o problema. solucionando totalmente o problema.

36
Ford Versailles linha e o certo seriam 3 BAR. Foi trocada
a bomba e o filtro de combustível, corrigido
Sistema Bosch LE o ponto do distribuidor. O veículo ficou OK.
Jetronic 2.1 – Veículo com
Obs.: Depois de 3 dias de testes, foi
marcha lenta irregular e solucionado o problema. Mas calcule
quando acelerava morria quanto o proprietário gastou pelos estragos
Detalhes: Este veículo possui a famosa causados por outros mecânicos?
injeção eletrônica “burra”; com duas uni-
dades de comando é impossível de rastrear
com o aparelho. Outro detalhe é que este
veículo já havia passado por quatro oficinas
antes de entrar na minha. Isso prejudicou Tempra SW 2.0 8V
muito, pois foram encontrados vários Magnetti Marelli 1 AW P8
defeitos no veículo que foram causados
por mecânicos não capacitados. – Leituras no scanner
Problemas encontrados deixados por trocadas
outros mecânicos: Defeito: O veículo veio na oficina para
1. A correia dentada estava fora de ponto. uma preventiva, e o carro estava normal,
2. As velas de ignição eram do Kadett. não apresentava falha, mas ao passar
3. O sensor de temperatura d’agua era do o scanner, as leituras vinham todas trocadas.
Fiat Palio.
4. O batente da borboleta tinha sido mexido Testes realizados: Sistema de carga
e, quando o veículo estava em marcha lenta, operante, alimentação do módulo normal,
o interruptor não informava ao módulo, pois cabos e velas novos e aterramento normal.
o batente não chegava até o interruptor que Solução: Retirei o módulo e deixei dois
informa: Plena Carga ou Marcha Lenta. dias desligado fora do carro, depois
5. Aparentemente, o medidor do fluxo de instalei e as leituras voltaram ao normal.
ar foi desmontado e o mesmo parou de
mandar informações da palheta sensora
para o módulo.
Após diagnosticado e resolvidos (com
a troca das peças) estes cinco problemas, Sensor Lambda
que foram causados por outros mecânicos,
o carro ainda estava com problema, o que Sua função é detectar o teor de oxigênio
fez o proprietário levá-lo ao mecânico pela nos gases de escape e informar para
primeira vez. Continuando com os testes a unidade de comando quanto à sua presença
foi verificado que a bomba de combustível em relação ao ar de amostragem dentro do
mandava apenas 1 BAR de pressão na sensor para cálculo estequiométrico.
O sensor lambda gera 1000 Volts conforme

37
o teor de oxigênio nos gases de escape. Monza 2.0 EFI 92
O “coração” de um sensor lambda é um
a gasolina – Motor rateando
elemento em formato de um dedal,
fabricado de dióxido de zircônio (um O veículo chegou com problemas de
material cerâmico). “rateamento”, por vezes no cilindro 2,
Os defeitos mais comuns ocasionados por outras no cilindro 4. Segundo o proprietário,
falha no sensor lambda são: o veículo pegava bem, andava bem, mas
ü Gasto exagerado de combustível; depois de um certo tempo seu funciona-
ü Perda de potência. mento era bastante ruim e o mesmo
Tanque cheio demais danifica o canister, passava a consumir muito. O proprietário
causando mistura rica. alegou que já havia trocado em menos de
Na substituição deve-se ter cuidado para re- um mês as seguintes peças, sem nada
mover o sensor usado, pois provavelmente resolver o problema: bobina, distribuidor,
ele estará preso na rosca por corrosão ou velas, cabos de vela, duas bombas de
oxidação. Na montagem do novo sensor gasolina e bico injetor.
utilizar graxa para alta temperatura em Feita uma análise com o scanner, nada foi
rosca para que a próxima troca possa ser constatado; pelo percurso, o mesmo
feita com facilidade. apresentou defeito e logo voltou o “rateado”.
Verificando este “rateamento”, notou-se
que o cilindro 2 e o 4 estavam com
problemas. Medidos, os cabos estavam
OK e eram novos. Verificou-se que
o combustível que saía para o retorno
Fiesta 1.0 Endura estava intermitente, mas havia pressão.
– Motor falhando A bomba fazia um barulho estranho, mas
O veículo chegou à oficina apresentando testada fora do veículo estava normal.
sintomas de falhas no atuador de marcha Após dois dias de exaustivo exame,
lenta, pois morria após ser acelerado. constatou-se que o “rateado” era
Fazendo-se uma análise com scanner auto- proveniente dos cabos, que, depois de
motivo nada de anormal foi constatado, muito aquecidos, provocavam o defeito;
além de o sistema de pressão e vazão da e o problema da gasolina era entupimento
bomba e componentes estarem OK. no copo interno de gasolina. Após a troca
Numa análise mais minuciosa em cada dos cabos e tanque de combustível,
componente, verificou-se que havia muito o mesmo ficou bom.
vestígio de óleo e poeira nos filamentos do
sensor MAF. Após ser efetuada a sua limpeza,
o mesmo voltou a funcionar corretamente.

38
Omega 2.0 Motronic 1.5 Desligou-se a mesma por duas horas
e a bateria, sem resolver o problema. Então
– Problemas na injeção ligamos novamente a UC e desligamos
O proprietário reclamava que já havia feito os cabos da bateria e fez-se uma simulação
diversas revisões no sistema de injeção sem de partida através da chave de ignição por
que o defeito fosse resolvido. 20 segundos e unindo os cabos da bateria
Sintoma: Após rodar com o veículo em pelo mesmo tempo. Feito isso, o veículo
longo ou pequeno percurso, o mesmo, ficou normal por dois dias, voltando
quando parava, não voltava a funcionar o mesmo defeito e código de erro.
ou morria ocasionalmente. Verificou-se que Solução: Trocar a Sonda Lambda e refazer
havia centelha nas velas e o relé principal o procedimento acima; ligou-se o veículo
armava, além de os bicos também armarem. com todos os consumidores ligados (luzes
Após um exame minucioso, todo o sistema internas, faróis, rádio, limpadores de
estava OK. Passou-se a desconfiar do párabrisa e outros sistemas alimentados
sistema de ignição e na retirada da tampa pela bateria) e o veículo ficou bom.
de distribuidor notou-se umidade nos pólos
de condução corrente. Feita a secagem,
o veículo voltou a apresentar o defeito.
Solução: Foi trocada a tampa e o problema
foi solucionado. Constatou-se então que Gol 1.6 CFI
havia pequenas rachaduras internas na tam-
pa, pois é muito comum este tipo de defeito
– Códigos de falha
neste tipo de tampa; a mesma coisa vale na memória
para o Vectra, que usa esta mesma tampa. O veículo chegou à oficina apresentando
diversos códigos de erro. Em um exame
minucioso, todos os componentes
estavam bons.
Solução: A maioria dos terminais da UC
Fiat Fiorino 1.5 MPI estava oxidada.
Furgão – Rotação variando Obs.: Todas as vezes que fizer uma revisão
O veículo chegou com problemas de de injeção, principalmente do tipo EEC-IV,
rotação variando, T.I e MAP altos e IAC é primordial que se faça a limpeza dos
variando muito. Feita uma análise com o bornes do conector da UC, pois sempre
scanner, observou-se que havia código de estão oxidados.
erro da Sonda Lambda. Após testar todos
os sensores, chegou-se à conclusão de que
a UC havia perdido os parâmetros.

39
Sistema EEC-IV do Ford Marcha lenta oscilando
Escort Zetec 1.8 - 16V Com o ar-condicionado desligado, a marcha
Testes realizados: 1. Com o motor parado lenta fica normal; com o ar-condicionado
e a ignição desligada, desligue todas as ligado, a marcha lenta oscila bruscamente
ligações elétricas e de vácuo da válvula. e o veículo morre em desacelerações.
2. Ligue uma bomba de vácuo na saída da Causa: Verificação de entradas falsas de
mangueira da válvula para o coletor de ar em todas as mangueiras que vão ao
admissão. 3. Crie vácuo com a bomba e coletor de admissão, verificação de
verifique se o ponteiro do vacuômetro da adulterações no batente da borboleta de
bomba não abaixa; se abaixar, a válvula aceleração e testes dos sensores.
está sem vedação e precisa ser substituída; Solução: No teste da sonda lambda,
caso contrário, prossiga os testes. 4. Faça observei que a mesma não trabalhava;
chegar uma tensão de 12 Volts nos terminais o sinal não oscilava rapidamente quando
da válvula; o ponteiro do vacuômetro da a 100 Volts VDC, e a 900 Volts VDC o sinal
bomba deverá abaixar de imediato. da sonda ficava travado em 0,250 Volts
Solução: Se não acontecer, a válvula está VDC, mesmo se fosse simulado um brusco
bloqueada e precisa ser substituída. enriquecimento na mistura (injetando-se
um spray lubrificante abaixo da borboleta
de aceleração, por exemplo); portanto,
conclui-se que a falha estava na sonda.

Vectra B 2.0 16V


– Motor não pega depois
de aquecido Marcha lenta oscila
Outros detalhes: Motor funciona normal- bruscamente
mente enquanto está frio.
Às vezes, quando a marcha lenta oscila,
Causa: Fiz um teste de alimentação da UCE, o motor chega a morrer. Eu observava que
teste de pressão e vazão da linha de combus- se o motor estiver funcionando o scanner
tível, teste dos sensores de rotação e de fase, não se comunica com a UCE. Só há
troca da UCE, troca dos relés do sistema. comunicação se o motor estiver desligado
Solução: Mau contato na conexão sensor/ (somente com ignição ligada).
chicote do sensor de rotação; para solucionar A lâmpada de manutenção do sistema de
o problema foi necessário trocar o sensor e injeção acende (intermitente) e ficam
refazer a conexão/chicote. gravados os números de defeitos na UCE
e o motor apresenta bom desempenho em
altas rotações.

40
Causa: Observou-se que se a UCE fosse Gol 1.6 CFI
retirada do seu local original de
– Motor afogado
funcionamento (no centro do corta fogo)
e posicionada o mais distante possível do O veículo chegou à oficina com sintomas
motor o problema deixava de existir. de afogamento. Após testes, verificou-se
que quando dava a partida o problema
Solução: Interferência eletromagnética
aparecia e o bico injetor armava direto.
na UCE, provocada pela utilização de
Após o teste do chicote, verificou-se que
velas de ignição comum; para solucionar
o mesmo continha alguns fios desencapados
o problema, foi necessário substituir as velas
na região que atravessa a parede corta-fogo
instaladas no veículo por velas resistivas.
do motor, abaixo da bateria, pelo lado de
dentro do veículo, abaixo do porta-luvas.
Feito o reparo do chicote, o carro voltou
a funcionar corretamente.
Obs.: Um dos fios que estavam desenca-
Ford Ka (motor Endura) pados era o fio que faz o aterramento do
– Veículo morre nas duas bico injetor.
primeiras partidas
Outros detalhes: Depois das duas
primeiras tentativas, passa a pegar
normalmente; se no momento em que
o defeito está presente o motor for leve- Gol MI 8V - Injeção
mente acelerado a falha deixa de existir. MP 9.0 – Motor falha
Testes Realizados: Inicialmente Defeito: Falha esporádica nas acelerações
suspeitou-se de adulteração no batente e retomada de velocidade. Realizado
da borboleta de aceleração. Medindo-se o diagnóstico com scanner, nada foi
o sinal do sensor da borboleta TPS, detectado. Fazendo o rastreamento do
constatei que o sinal do mesmo estava na sistema de ignição, alimentação, nada
faixa normal de trabalho. Fiz limpeza em foi constatado. Suspeitamos do sensor
todo o sistema (injetores, borboleta, de pressão do coletor, pela razão de
atuador da marcha lenta, etc.). o sintoma ser característico do mesmo;
Foram verificadas entradas falsas de ar. procedida a substituição, o carro
Solução: Trocar o atuador da marcha lenta. não mais apresentou problema.

41
Vectra B 2.0 16V entre a central Code e a UCE. Troca da
chave principal (azul).
– Motor não pega depois
Solução: Folga no cilindro de ignição
de aquecido
(essa folga “deixava” o transponder da
Detalhes: Motor funciona normalmente chave fora do raio de ação da antena).
quando está frio.
Comentários: Observou-se que se fosse
Testes realizados: Teste de alimentação dada a partida forçando a chave para dentro,
da UCE, teste de pressão e vazão da linha o veículo entrava sempre em funcionamento.
de combustível, teste de sensores de Se a partida fosse dada sem forçar a chave,
rotação e de fase, troca da UCE; troca dos o veículo não “pegava” algumas vezes.
relés do sistema.
Solução: Mau contato na conexão (sensor/
chicote do sensor de rotação). Para
solucionar o problema, foi necessário trocar
o sensor e refazer a conexão sensor/chicote. Fiat Tipo 1.6 IE SPI
Comentário: Neste caso, o defeito foi de – Motor não funciona
difícil solução. Na medição do sensor de
rotação os valores de resistência elétrica e Detalhes: Motor não funciona, foi colocada
de tensão enviada à UCE estavam corretos para teste uma central e um sensor de
(resistência = 1000 ohms e tensão 2,0 VAC rotação, mas o veículo não pegou.
- durante a partida). Chegou-se à solução Testes realizados: Foram feitos vários testes:
do problema após ter sido verificado que pressão da bomba, teste de sensores e atua-
mexendo na conexão do sensor o motor dores (com multímetro), não dispunha de
entrava em funcionamento. scanner para ajudar a encontrar alguma falha.
Solução: Como estava muito difícil
encontrar o defeito, decidi verificar
a continuidade do chicote elétrico da injeção
em relação à central. Para minha surpresa
Palio 1.0 MPI – Motor não havia continuidade nos fios 19 e 1 que
vão da central aos pinos 1 e 3 da bobina de
vira, mas não pega
ignição. Entre esses fios havia uma emenda,
Detalhes: Defeito intermitente. Observou-se e eles estavam rompidos dentro da emenda.
que quando o motor não pegava, a lâmpada Feito o reparo, o veículo voltou a funcionar.
do Fiat Code ficava acesa. Isso caracterizou
Comentários: O chicote elétrico geral do
que o defeito estava no sistema Code.
veículo, inclusive da injeção, estava com
Testes realizados: Teste de alimentação muitos remendos. Mesmo com o veículo
da central Code, teste da lâmpada do funcionando, o proprietário foi
sistema Code, teste do fio de comunicação

54 42
aconselhado a trocar todo o chicote para jumpear o Relé de Velocidade localizado no
prevenir eventuais falhas. cofre do motor e o problema solucionado.
Substituído o Relé de Velocidade.
Obs.: No relé velho, ao desmontá-lo, foi
encontrado um ponto de solda trincado.

Monza Multec 700


Painel Digital – Falta
desempenho
Santana Mi com
Monza equipado com Transmissão
Automática e Painel Digital. problema no A/C
Reclamação: Falha no desempenho, falha Defeito: Ao ligar o ar-condicionado,
de resposta na aceleração, principalmente a marcha lenta oscilava e o compressor do
ao cruzar uma rua ou avenida, marcha lenta A/C começava a ligar e desligar sozinho.
irregular e o painel, mesmo com o veículo Diagnóstico: Foi verificado o gás do
parado, indicava valores de velocidade de sistema de A/C, alimentação do GEM
0 a 240 Km/h. (Gerenciador Eletrônico do Motor), verifi-
Diagnóstico: Ao funcionar o veículo cado o sistema de injeção com scanner, etc.
parado, foi verificado que realmente Solução: Ao ligar o A/C, o IAC (Motor de
o painel indicava esta oscilação de veloci- Passo) não corrigia a marcha lenta como
dade e foi notado que a rotação do motor deveria, então o GEM ligava o A/C, mas
também oscilava conforme a velocidade. como a rotação não subia, ele automatica-
Solução: O famoso cabo massa do VSS mente desligava o A/C. Substituído o IAC.
que vai ligado no parafuso de fixação do
alternador estava quebrado.

Corsa 1.0 Wind


– O motor custa a pegar
Vectra B – Velocímetro na fase fria e aumenta
Vectra B ano 97, o veículo apresentava um o giro sozinho
defeito intermitente; às vezes, na estrada,
o painel parava de indicar velocidade, Testes realizados: Feito o teste de
porém o veículo trafegava normal. varredura do sistema com um equipamento
Foram verificados os sinais de entrada e de diagnóstico, não foi encontrada
alimentação. Sistema OK. A solução foi nenhuma anomalia na parte eletrônica;

43
avaliou-se então os componentes Apertamos os terminais do alternador
mecânicos e também não foi encontrado e o defeito desapareceu.
nenhum indício que originasse o problema.
Solução: Iniciar o teste individual dos
componentes com o auxílio de um
multímetro. Localizou-se uma falha na
sonda lambda, que apresentava um corte de Marcha lenta irregular
resistência, não identificado pelo scanner. Se o veículo estiver com a marcha lenta
irregular, apresentando o código 172, ou
seja, mistura pobre, verifique os contatos
da sonda lambda.
Uma infiltração de água no fio da sonda
Kadett 1.8 EFI gerou oxidação no terminal da resistência
– Ventilador do radiador de aquecimento, o que prejudicaria
o funcionamento da sonda com o motor
não funciona frio. Com isso, a marcha lenta ficará
Testamos o ventilador, chicote fusível e oscilando até que o motor esquente
relé, tudo estava OK. Trocamos a unidade e a sonda comece a operar.
de comando (UC) e o ventilador voltou Neste caso, desconecte a sonda e faça
a funcionar normal. a limpeza de seus terminais com um
Obs.: No sistema Multec 700 é a unidade produto - limpa contato. No caso de
de comando que aciona o relé do ventilador. marcha lenta oscilante sem apresentar
código de falha, efetue um alternamento
externo na sonda lambda com o motor em
funcionamento e verifique também se
a marcha lenta do motor se normaliza.
Se isso ocorrer, verifique os aterramentos
Fiat Uno Mille SX do centro. Se o defeito persistir, verifique
– Luz de anomalia acendia também uma possível contaminação da
e o motor parava com sonda por componentes do combustível
adulterado, que deixa resíduos geralmente
freqüência brancos na sonda e velas do motor.
Fizemos os testes com o scanner O líquido do arrefecimento do motor que
e o sistema indicava OK; fizemos os testes contenha uma capacidade de condução
de alimentação de combustível, também elétrica elevada propicia o mesmo tipo
estava tudo OK; no teste de chicote de irregularidade.
notamos que o terminal positivo do
alternador estava solto.

56 44
Motor
Corsa 1.0 8V com Tampa do
batida de válvulas radiador/válvula
Defeito: Batida de válvula com motor É necessário atenção ao adquirir uma nova
ainda frio. Após o veículo aquecer, a batida tampa do radiador d’água do veículo em
sumia gradativamente. Isso ocorria apesar uma eventual substituição deste
de o veículo ter apenas 22 mil km rodados componente, que na verdade não é
e o óleo do motor ter sido trocado recente- simplesmente uma tampa, mas sim uma
mente, portanto novo. válvula do sistema de arrefecimento, que
Testes: Retirada da tampa de válvulas tem por finalidade manter o sistema
e examinados visualmente o comando, pressurizado, para o bom funcionamento
tuchos e balancins. Todos aparentemente do motor de qualquer veículo.
em boas condições. Ao movimentar a polia É comum observar os proprietários,
do comando de válvulas, verificou-se que vendedores de lojas de autopeças ou
duas das válvulas não acompanhavam mesmo os mecânicos ignorando este fato
o movimento, ficando por poucos instantes e tratando-a como uma simples tampa.
presas em suas guias. Deve ser observado que alguns veículos
têm sua aplicação específica, inclusive
Solução: Como se tratava possivelmente com um número gravado (70, 80 ou 100).
de “goma” de combustível impregnada nos Ao substituir esta válvula, escolha
componentes, foi feita a “descarbonização” o fabricante recomendado e com o valor
(limpeza química) do motor e o carro igual ao aplicado no componente original.
voltou a funcionar bem, confirmando
que esse era realmente o problema.
Comentários: O tipo de gasolina com
que o cliente da oficina abastece seu carro,
na grande maioria das vezes sem nenhum
Sistema de arrefecimento
critério, apenas com base no preço, é Certo dia tive de realizar um reparo em um
o grande causador de diversos problemas veículo que tinha explodido a mangueira
apresentados no motor. É importante que liga o radiador ao motor.
o profissional da reparação estar informado Aproveitei que estava substituindo a man-
sobre a qualidade dos combustíveis gueira acidentada para verificar o estado
e orientar seus clientes a terem mais das outras e constatei a necessidade de
cuidado com o que estão colocando trocá-las, pois apresentavam ressecamento.
no tanque de combustível de seu carro. Mesmo assim, enchi o reservatório de
expansão do sistema de arrefecimento
e liguei o motor. Por duas vezes com a tampa
do tanque aberta, o líquido transbordou;
desliguei o veículo e procurei identificar

45
as possíveis razões para o problema. ratura era normal e a aceleração era rápida.
Na terceira vez que acionei o motor, Após rodar por um certo tempo, começava
constatei a causa: um dos terminais que liga a engasgar nas retomadas.
a válvula termostática (cebolão) estava com Testes realizados: Pela experiência com
mal contato; troquei por um novo, usando veículos com carburador e motores a álcool
fita teflon na rosca do sensor. A especificação que já tinham apresentado o mesmo
do teflon é de 240o C e atende aos fins a que sintoma, tudo levava a crer que fosse um
se destinava, ou seja, estanqueidade. defeito causado pela falta de aquecimento
Tudo em ordem, liguei o motor, aguardei na admissão. Foi feita uma análise do
o aquecimento normal e o acionamento e sistema de arrefecimento e verificado que
parada do ventilador. Aproveitei para medir tudo estava de acordo com as especificações;
o tempo do sensor (que é de 30 segundos, porém, ao retirar a válvula termostática,
no mínimo, para a linha leve VW). foi constatado que a mesma não era
Após a certeza de que tudo estava bem, adequada ao veículo.
entreguei o veículo para o cliente,
tranqüilizando-o e dando segurança quanto Solução: Troca da válvula termostática
às boas condições do veículo, pois ele e substituição da solução de arrefecimento.
estava muito nervoso com o ocorrido. Observação: Observe atentamente
as especificações de aplicação dessas
válvulas, pois, embora a temperatura de
trabalho seja a mesma para motores a álcool
ou gasolina, o que diferencia as duas apli-
Cuidados com retentores cações é o defletor existente em uma delas.

Para evitar que os retentores saiam (pulem)


de seus alojamentos, após substituí-los,
limpe o sistema de recirculação de gases
do motor. Isto pode ser ocasionado pela
pressão excessiva no interior do motor. Cuidados na
substituição de um retentor
Um retentor, ao ser removido, deve ser
sempre substituído.
O canto de vedação do retentor não deve
Monza Sistema Multec 700 em hipótese alguma trabalhar (ou ser
montado) na mesma posição em que estava
Falha: Após rodar certo percurso, o motor
trabalhando o antigo retentor.
começa a falhar na retomada de
A antiga área de contato é visível no eixo.
velocidade (engasga).
Isto pode ser conseguido das seguintes
Detalhes: Com o veículo parado, a tempe- formas:

46
à oficina com o mesmo problema:
o vazamento persistia e havia a necessidade
de refazer todo o trabalho.
Causa: Esse problema ocorreu em virtude
de o retentor ter ficado descentralizado,
forçando mais para um lado do que para
o outro. Na primeira instalação foram
apertados primeiramente os parafusos que
fixam o retentor (tampa) ao cárter.
Solução: Reinstalar corretamente a tampa
• montando o retentor em uma profundidade
no lugar, centralizar o retentor e apertar
diferente;
primeiro os parafusos ao bloco do motor
• trocando as luvas ou buchas do eixo;
e depois os do cárter por baixo.
• instalando anéis espaçadores.
Nunca lixar o eixo.
Lubrificar o lábio de vedação
com óleo adequado,
evitando que o retentor
trabalhe a seco nos Renault Scénic
instantes iniciais. – Sistema de arrefecimento
O dispositivo de montagem deve se apoiar
Um certo dia entrou na oficina um Renault
o mais perto possível do diâmetro externo,
Scénic que apresentava o seguinte problema:
caso contrário pode danificar a carcaça do
com o motor ainda frio, o carro dava partida
retentor.
e funcionava normalmente; após alguns
minutos, com o motor já aquecido, ao
desligar e dar nova partida, demorava muito
a “pegar” e quando “pegava” exalava um
cheiro muito forte do catalisador, custava a
Marea 2.0 20V estabilizar e vez por outra “afogava”.
– Vazamento de óleo Após alguns testes, foi verificado que o
problema estava no sensor de temperatura,
Depois de remover o cárter para eliminar
que enviava informações erradas à central.
um vazamento de óleo, o problema
Após ter substituído o sensor, foi
continuou. Ao efetuar a remoção da caixa
completada a solução do sistema de
de câmbio para verificar o retentor (tampa)
arrefecimento, colocamos o motor para
do volante, percebeu-se que estava ali
funcionar, porém, alguns segundos depois,
a razão do referido vazamento. Foi montada
o motor parou novamente; e isso se repetiu
a tampa nova com todo o cuidado, porém
mais duas vezes. Conferimos tudo
alguns dias depois o veículo retornou

47
novamente e depois de analisar chegamos um veículo Monza. Como havia feito
à conclusão: o motor estava com bolhas de naquela oportunidade, removi a bomba de
ar no circuito de arrefecimento; como água e dentro de seu alojamento existe um
medida de segurança, a central não recebia selo que, com o passar dos anos e sem
a informação correta do sensor e cortava a utilização correta de aditivo na solução
a corrente do motor. Depois de efetuada a de arrefecimento, perde a eficiência,
devida sangria do sistema, o motor voltou apodrece, e então o óleo contamina a água
a funcionar normalmente. e vice-versa.
Solução: Limpeza do motor, troca do selo e
reposição de óleo e solução de arrefecimento
nova e na proporção adequada.

Omega
– Bomba de água
Este veículo apresentava um problema no
motor com a água do radiador passando Superaquecimento do
para o óleo lubrificante e o óleo para Motor – Válvula Termostática
o reservatório de água. A princípio foi Quando o cliente chegar à sua oficina ou
removido o cabeçote e substituída a mesmo vier a realizar o atendimento na
junta por uma nova, além da estrada, e o problema apresentado for
limpeza do radiador. Após uns quinze dias, superaquecimento do motor, às vezes até
o veículo voltou a apresentar o mesmo jogando água para fora, sua primeira
problema. Novamente foi removido observação deverá ser a verificação da
o cabeçote, enviado para testes e nada foi diferença de temperatura no radiador,
encontrado que justificasse a falha; porém, simplesmente pelo “tato”, tocando na parte
conseguimos um outro cabeçote para teste superior e na parte inferior. Caso exista
e assim foi feita a substituição. O veículo esta diferença, ou seja, caso seja perceptível
rodou mais um mês e em determinado a parte superior do radiador quente e
momento o cliente (proprietário do a parte inferior fria, não há outro diagnós-
veículo) notou que a água do reservatório tico senão a “válvula termostática”.
ia baixando de nível no reservatório A função desta é permitir a circulação da
e surgia uma pasta branca em seu lugar, água entre o motor e o radiador, realizando
voltando à oficina. assim o resfriamento. Quando frio, a água
Ao puxar a vareta do óleo, ali havia mais circula apenas entre o cabeçote e o bloco
pasta branca; ao remover a tampa de do motor; à medida que o motor atinge sua
válvulas, estava tudo coberto pela pasta temperatura de trabalho, a válvula termos-
branca. Então lembrei de um problema tática abre-se e a água passa a circular
parecido encontrado alguns anos atrás em também pelo radiador. Quando ocorre

48
o seu engripamento fechada, a água pára Monza
de circular e o motor aquece, o radiador
– Motor fumaçando
esquenta apenas a parte superior, pois
a água fria permanece na parte inferior. Problema: O veículo chegou à oficina
Lembre-se: superaquecimento no motor soltando uma grande quantidade de
com diferença de temperatura no radiador, fumaça pelo escapamento.
substitua a válvula termostática. Diagnóstico: Verificando-se o estado
superficial do motor, foi constatado que
o cabeçote havia sido removido há pouco
tempo; resolveu-se então retirá-lo novamente.
Solução: Com o cabeçote retirado, foi
Omega 2.0 (Motronic constatado que ocorria um vazamento de
1.5.L) – Dificuldade na óleo interno entre uma das galerias de óleo
e o cilindro do motor, vazamento este
partida causado pela utilização da junta do cabeçote
Testamos o sistema de alimentação de de má qualidade e a não-realização da
combustível e notamos que o mesmo não retífica do cabeçote. O cabeçote foi reti-
ficava estanque após ser desligada a bomba. ficado e montado com juntas e retentores
Retirada a bomba, vimos que a mesma era originais e o problema foi solucionado.
nova, porém havia indícios de sujeira, terra
e areia, os quais eram responsáveis pelo
defeito em sua válvula de retenção.
Após comentários com o cliente, o mesmo
relatou que a referida bomba fora trocada
havia poucos dias. Concluímos assim que
Retentor traseiro do
o mecânico que havia efetuado a troca motor em veículos Monza,
não conferiu a entrada destas impurezas Kadett, Corsa e Omega
no tanque.
Problema: Vazamento de óleo lubrificante.
Foi retirado então o tanque e notamos que
o mesmo estava cheio de sujeira. Partimos Análise: Foi verificado todo o sistema de
para a origem desta entrada de sujeira vedação do motor (juntas, anéis de
e notamos que o gargalo de abastecimento vedação, retentores) e constatado
estava rachado. vazamento na parte traseira do motor.
Retirados o sistema de transmissão
Solução: Limpeza do tanque, troca do
e embreagem do veículo, e fazendo-se
gargalo, bomba e também do combustível,
uma análise mais detalhada, observou-se
pois o mesmo estava contaminado.
que o vazamento ocorria na vedação do
mancal traseiro e não no retentor traseiro

49
do motor, como era de esperar. Toda vez Mangueiras originais já
que for necessário realizar a troca do
têm as curvas certas
retentor traseiro do motor, retirar o cárter
do motor, para que seja possível realizar Esta dica vai para você reparador que
a retirada do mancal traseiro e, tem o hábito de “reinventar a roda”. Certa
eventualmente, realizar a vedação do vez chegou até nossa oficina um veículo
mesmo, vedação esta que deve ser feita rebocado, pois havia superaquecido o motor.
com cola adesiva apropriada. Ao iniciar o atendimento, vimos que não
Para evitar problemas futuros, utilizar havia líquido no sistema de arrefecimento
sempre juntas e retentores originais. (água no radiador), mas também não havia
indícios de ter jogado água para fora pela
tampa do radiador (válvula).
No final do reparo, já com a substituição
da junta do cabeçote do motor, entre outras
peças, ficou evidenciada a adaptação de
Juntas - Cuidados uma mangueira no circuito do sistema de
na montagem arrefecimento; nesta adaptação, a mangueira
1. Toda vez que for necessária a desmon- não possuía a “curva certa” e ficou roçando
tagem de componentes na qual sua vedação em outra peça do motor; com pouco tempo
é feita por juntas, sua troca na montagem começou a apresentar vazamento até
sempre será necessária. comprometer o motor.
2. Na montagem de uma junta nova, A mangueira original já possui as
certifique-se de que o local no qual ela será curvas certas. Não faça adaptações de outras
aplicada esteja isento de impurezas, tais mangueiras, use a mangueira original,
como resíduos da junta velha, óleo, poeira, que é melhor. Não precisa reinventar a roda.
água, etc.
3. Na montagem de uma nova junta,
tome sempre o cuidado com o torque
aplicado, pois o excesso de aperto poderá
danificar a junta nova. Cuidado esse que
deve ser dobrado se a junta não possuir
anel espaçador.
4. Na montagem do cabeçote, respeite
sempre o torque e a seqüência de aperto
determinado pelo fabricante.
5. Utilize sempre juntas originais
para assegurar a qualidade do serviço.

50
Reaproveitamento Corsa 1.0 – Motor “grilando”
de Juntas: prática Problema: O veículo chegou à oficina
com o motor apresentando o fenômeno da
economicamente inviável pré-ignição.
Costumo pegar muitos casos de vazamento
Testes realizados: Foram verificados todos
de óleo pelo motor,principalmente caixas
os componentes do sistema de injeção ele-
de mudanças e diferenciais. Ao desmontar
trônica (sensores,atuadores,pressão do
a tampa ou componente, fica claro
combustível) e tudo se encontrava dentro
o "reaproveitamento de juntas" por ocasião
dos parâmetros normais.
de uma manutenção corretiva recente.
Solu ção: Como tudo se encontrava normal,
Isto acontece desde a junta da tampa de
foi necessário fazer uma análise do combus-
válvulas até a junta do cárter de óleo do
tível, na qual se chegou à conclusão de que
motor. Quando o fato é comunicado ao
o mesmo se encontrava adulterado.
proprietário do veículo,a comprovação
O combustível foi trocado, e o problema,
vem logo com a afirmação que foi
solucionado.
realizado este determinado serviço poucos
dias atrás.
É o que acontece na maioria das oficinas
que não dispõem de loja de peças interna
ou nas proximidades,ou seja,durante
a manutenção é mais fácil reapr oveitar a
junta colocando cola específica ou similar Abastecimento de óleo
do que providenciar a substituição da do motor: mínimo
referida junta. ou máximo?
“Não basta consertar o defeito do carro,
Esta é uma dúvida que acompanha inclusive
é preciso saber como consertá-lo de forma
os mecânicos e lubrificadores. Alguns
profissional.”
acham que o correto é abastecer até a marca
“Mínimo”, outros acreditam ser correto
abastecer até a marca “Máximo”, e assim
por diante.
Na vareta medidora do óleo existem as duas
marcas; esta é a faixa de operação, a faixa
ainda adequada para trabalho; isso significa
que você “pode” abastecer no máximo e
está correto. Por outro lado, se você for
verificar o nível e estiver na faixa mínima,
também está correto.

51
A experiência de campo nos leva a afirmar ocorria o fechamento da “Mangueira do
que o ideal é não abastecer no máximo, pois Radiador”. Como esta se fechava quase que
é o limite. Isso acaba aumentando a pressão por completa, a circulação da água era
interna e poderá provocar vazamentos pelo comprometida, havia pouca circulação e
retentor ou juntas laterais, do cárter ou o motor aquecia.
mesmo junta da tampa de válvulas, Efetuados novos testes, descobrimos que
principalmente em motores mais possantes. a “Válvula/Tampa do Radiador” estava
Deixar o óleo no mínimo também não é com defeito, provocando uma depressão
recomendável, pois se o veículo pegar um muito alta no sistema de arrefecimento;
aclive muito acentuado ou uma inclinação como a bomba d’água continuava
maior na estrada, a bomba de óleo poderá succionando a água, a conseqüência era
não alcançar o óleo, como também se a mangueira fechar.
houver pequenos vazamentos - Essas “tampas” são dotadas de válvulas que
considerando que todo veículo consome um mantêm a pressão e a depressão do sistema
pouco de óleo. de arrefecimento em valores próximos ou
Então, o ideal mesmo é deixar o óleo entre iguais aos descritos pelo fabricante.
as marcas “Mínimo e Máximo”, ou seja,
um pouco abaixo do máximo. Isso vai
garantir o bom funcionamento do motor
e com segurança.
Calço hidráulico no
motor em pleno verão!
Foi uma surpresa para nós chegar
Depressão no sistema à oficina um veículo com calço hidráulico
no motor em pleno verão, pois não havia
de arrefecimento - chovido nem o motorista havia passado
superaquecimento por terreno alagado.
Pegamos um caso complicado de Era um veículo de uma certa idade, por isso
superaquecimento do motor; após várias fomos logo identificando as possíveis causas,
avaliações e testes, ficou evidenciado que entre elas junta do cabeçote, lavagem
o superaquecimento era causado por incorreta do veículo e assim por diante.
deficiência da circulação da água, ou seja, Ao desmontar o conjunto, havia bielas
ao ligar o veículo e aumentar a rotação, empenadas, cilindros comprometidos, mas
nada da causa lógica. Batíamos de um lado

52
para o outro e tínhamos receio de montar correta, o problema maior acontecia numa
novas camisas e o problema continuar. eventual reparação ou complementação
Havíamos percebido que a coloração da da água; alguns deles até colocavam
água do radiador estava amarelada, havia o produto diretamente no radiador.
presença de ferrugem e ausência de aditivo. O excesso de produto forma uma parede
Ao enviar o bloco do motor para inspeção, isolante nas camisas e bloco do motor, não
comprovou-se a perfuração na camisa do permitindo que ocorra a troca de calor das
cilindro por “Cavitação”. peças com o líquido de arrefecimento.
A causa de tudo isto foi a não-utilização
do aditivo no sistema de arrefecimento do
motor.

Cuidados que devem ser


tomados ao instalar uma
Aditivação em excesso junta de cabeçote
também provoca Escolha uma junta que tenha procedência
no seu processo de fabricação, que seja
superaquecimento conceituada no mercado. Dê sempre
Todo e qualquer aditivo recomendado pelo preferência às juntas originais porque são
fabricante tem o seu percentual a ser de linha de montagem.
utilizado, bem como a sua tolerância para Examine as superfícies de contato quanto
mais ou para menos. Fiz um trabalho de à oleosidade, sujeira e empenamento.
consultoria numa empresa e um dos Não utilize qualquer espécie de material
pontos atacados foi a utilização de aditivo na junta, como graxa, cola, tinta e outros.
anticorrosivo e anticongelante na água do Esses materiais contêm solvente, o que irá
radiador, ou seja, o sistema de arrefeci- danificar a junta. Mesmo porque as juntas
mento não trabalhava com líquido e sim de cabeçote possuem uma camada de
com água pura. verniz especial que irá criar uma película
Passados alguns meses, quase um ano, de vedação.
os veículos começaram a apresentar Limpe bem roscas e parafusos e certifique-
superaquecimento. O engraçado é que isso se de que não haja óleo ou água dentro do
acontecia um atrás do outro, como se alojamento do parafuso. Isso irá provocar
fossem contaminados pelo primeiro. um calço hidráulico, dando uma falsa
Após todo o levantamento, diagnosticamos impressão de aperto.
excesso de aditivo na água; a proporção Passe um pouco de óleo nas roscas dos
recomendada era de 50% e 5% de parafusos e aperte-os na seqüência correta,
tolerância para mais ou para menos. No observando o torque correto de aperto,
primeiro abastecimento, a proporção era se é medido ou angular.

53
Nota: Vale observar que o torque angular poderá diminuir a folga predeterminada
confere um melhor torque e conseqüen- e causar danos em outros componentes.
temente uma melhor vedação, devido
aos parafusos com maiores deformações;
além de reduzir a margem de ocorrência
de erros humanos e técnicos devido
a aparelhos (torquímetros) descalibrados. Ford Courier - Sistema
FIC EEC-V OBDII – Motor
falhando
Sintoma: O veículo apresentava falhas em
As juntas originais têm qualquer tipo de percurso quando era exigida
a espessura recomendada maior potência do motor, porém funcionava
muito bem quando o veículo estava parado.
Muitas são as situações e as partes do motor, O cliente fez uma observação que foi muito
caixa de transmissão, enfim, de todo o importante para a solução do problema: com
veículo que trabalham com juntas. É comum 1/4 de combustível o veículo ficava pior.
vermos profissionais fabricando juntas de
última hora, principalmente porque Solução: Na Courier, o conjunto bomba de
esqueceram de relacionar no orçamento. combustível e bóia é fixado no tanque e na
Todas as juntas originais são fabricadas com carcaça da bomba com travas. O conjunto é
o mais alto controle de qualidade. encaixado no suporte e girado no sentido
Inclusive um dos pré-requisitos no horário até travar - ouve-se um “clique”.
que diz respeito a “espessura da Nesse veículo a que estou me referindo,
Junta” a ser utilizada na montagem de o cliente havia feito um reparo no conjunto
algum componente. Todas elas têm espessura da bomba, e o mecânico não travou
determinada de acordo com a aplicação. corretamente e, com a vibração, o conjunto
Essa espessura é determinada também pelo soltou-se dentro do tanque, fazendo com que
tipo de material utilizado na sua produção, não houvesse a captação de combustível.
pois de acordo com este é que se deve Feita a fixação do conjunto bomba e bóia
considerar o valor de “esmagamento” após o problema foi resolvido.
o aperto da peça onde foi instalada, ou
mesmo após o aperto de uma tampa.
Portanto, não devemos fabricar juntas
utilizando Velomóide ou qualquer outro
material, ou papel, para confeccionar
a junta que precisamos; dependendo da
aplicação, após o aperto e esmagamento,

54
Ford Courier 1.3 - Sistema Monza com motor
FIC EEC-V OBDII – Motor misturando água no óleo
falha em marcha lenta Problema: A água do sistema de arrefeci-
Sintoma: Veículo apresentava falhas e mento do motor estava misturando com
oscilava a marcha lenta, principalmente o óleo lubrificante do motor.
quando atingia a temperatura normal de Testes realizados: Foi testado todo
funcionamento. o sistema de arrefecimento e nada de
Causa: Após realizar diagnóstico com irregular foi encontrado. Resolveu-se, então,
o NGS, nenhum DTC foi encontrado, não retirar o cabeçote do motor. Com o cabeçote
havendo falhas na memória, tudo estava OK. retirado, foi verificado se havia algum dano
Depois de realizar todos os testes possíveis na junta, mas nada foi encontrado.
nos sistemas de injeção e ignição e nada O cabeçote do motor foi trocado, pois havia
encontrar, chegamos à conclusão de que era suspeita de que o mesmo estivesse trincado;
um problema mecânico. Porém resolvi dar mesmo assim o problema persistia.
uma volta com o veículo. Quando entrei no Solução: Decidiu-se, então, retirar
carro e pisei na embreagem para engatar o motor para uma análise mais detalhada.
a primeira marcha e sair, notei uma diferença Com o motor fora, retirou-se novamente
no funcionamento e a marcha lenta parou de o cabeçote, verificou-se o estado dos cilin-
oscilar; acelerando com o pedal de embrea- dros, e tudo estava em perfeitas condições.
gem acionado, o carro não falhava. Depois Depois de uma série de testes, retirou-se a
de raciocinar um pouco, resolvi remover bomba d’água e verificou-se a presença de
o sensor CKP - esse sensor é o de posição um selo de vedação que se localizava entre
da árvore de manivelas e instalado no bloco o sistema de lubrificação e o de
do motor e a roda fônica é no próprio arrefecimento, o qual se apresentava em
volante do motor. péssimo estado. O selo foi trocado
Quando removi o sensor, o mesmo apresen- e o problema solucionado.
tava sinal de interferência; após verificar
a folga axial da árvore de manivelas,
a mesma encontrava-se muito superior ao
normal. Resolvi remover o cárter para exa-
minar e fiquei surpreso com o desgaste que
houve em uma das bronzinas de encosto,
porém o motor estava bom. Troquei as duas
bronzinas de encosto, ajustando a folga dentro
do valor especificado e o veículo ficou bom.

55
Aditivaç ã o do líquido O importante é utilizar o produto e a propor-
ção certa recomendada pelo fabricante do
de arrefecimento - (%) veículo. Em hipótese alguma a concentração
Atualmente, sabemos que usar água pura do líquido de arrefecimento poderá ser
no radiador é condenar o motor à morte. inferior ao valor recomendado, pois não
Sabemos também que são inúmeros terá a eficiência a que se destina, como
os fabricantes de aditivos anticorrosivos também o excesso de aditivo é prejudicial.
e/ou anticongelante, cada um com suas
especificações de percentuais. Em resumo,
todos sabemos que é necessário.
A dica de hoje é quanto à necessi-
dade da correta aditivação do líquido de
arrefecimento dos motores. A utilização dos
Barulho no motor
aditivos anticongelantes-anticorrosivos na Motor com barulho diferente (grilando)
proporção correta/prescrita é imprescindível e normalmente aparecia quando estava
para evitar danos no motor decorrentes de reduzindo as marchas em subidas.
corrosão e/ou cavitação e os prejuízos Foi verificado o ponto de ignição, para
decorrentes do superaquecimento do motor, checar se estava muito adiantado, o que
tais como grimpagem de cilindros, empena- poderia estar causando uma pré-ignição,
mento do cabeçote, etc. mas o ponto estava OK. Foi também veri-
Alguns fabricantes fornecem produtos para ficada a qualidade do combustível, por
proporção de 50% (meio a meio), outros suspeitar de uso de um combustível
indicam uma proporção de 4% e ainda exis- adulterado, que estaria queimando no
tem outros que indicam proporção de 40%; tempo errado, mas também estava OK.
obviamente que há uma tolerância, e esta Então removi o cabeçote do motor, desmon-
também deveria ser informada pelo tei as válvulas de admissão e escapamento
fabricante. e notei que, devido ao excesso de folga
nas guias de válvulas, havia se formado
uma grande quantidade de carbonização
(crosta de óleo queimado) na parte inferior
das válvulas. Toda essa carbonização se
transformava em uma brasa com o motor
em funcionamento, fazendo uma pré-queima
de combustível e era onde o motor “grilava”.
Solução: Troquei todas as válvulas e guias
e montei tudo com os retentores
e o veículo ficou com o motor “zerado”.

56
Monza – Motor sem Solução: Feita a substituição do catalisador,
o veículo voltou a funcionar normalmente.
retomada e consumo
acima da média
Ao analisar o sistema, notamos que havia
um índice de CO elevado e também o “TI”
estava acima do normal. Testado o sistema Pointer (CFI) - Veículo
com uso do scanner, vimos que havia código
de falha 33 - problema com o sensor MAP; às vezes não pega
analisado o sensor e estava correto. Porém, Ao ligar a ignição, a bomba de combustível
ao analisar a leitura de vácuo do motor nem sempre pressurizava, porém ouvia-se
estava muito elevado, o que nos leva sempre o barulho característico de seu
a crer que tenhamos um defeito mecânico. funcionamento. Retirou-se a bomba para
Partimos então para a análise da um teste em bancada e verificou-se uma
compressão do motor, e estava OK. fuga de combustível na tubulação entre
Seguindo mais adiante nos testes a bomba e sua tampa.
verificamos que a correia de comando Solução: Trocar a tubulação da bomba até
estava fora do seu sincronismo. a sua tampa e colocar, também, abraçadei-
Solução: Reposicionar a correia de ras nas suas pontas, pois estas não mais
comando corretamente. existiam.

Verona Cli 1.8 a gasolina Ford Ka Endura E


95 – Motor não aceita – Veículo morre quando
aceleração abaixa a aceleração
Problema: Motor entrava em funciona- Como é conhecido, o veículo possui um
mento, mas não aceitava acelerações. atuador de marcha lenta e, com o tempo,
Testes feitos: Testou-se a pressão forma uma crosta de óleo, provocando
da bomba de combustível e feito o defeito em aceleração.
o rastreamento no sistema de injeção, Para eliminar este problema a Manutenção
não se constatou nenhuma falha. Ao tirar Preventiva deveria ser feita de seis em seis
o purificador de ar, notou-se que ao tentar meses. Tiramos o atuador, mergulhamos num
acelerar, provocava estouros no corpo de recipiente com thinner e, com auxílio de um
borboleta, e então se constatou que ciclador, deixamos pelo menos uma hora.
o catalisador estava comprometido. No filtro de ar, costuma formar uma

57
camada de óleo que vem do respiro corta-
fogo da tampa da válvula. Remover Solução: Coletamos um litro de
o filtro de ar, limpar. Desconectar combustível em uma bureta graduada e
a mangueira do filtro, limpar e substituir depois mergulhamos um densímetro na
o corta-fogo do respiro da tampa da válvula. escala de 700 a 750 (gasolina comum),
observamos por 1/2 hora e o resultado
Obs.: Há casos em que o atuador deve ser estava fora de especificação. Para
substituído. certificar, pegamos uma bureta de 100 ml,
misturamos 50 ml de gasolina e 50 ml de
água filtrada, agitamos os dois
componentes e obtivemos por alguns
minutos o resultado de 40%, sendo que
Kombi Mi – Motor a norma pede no máximo 26%.
falhando e sem força A temperatura de combustível estava com
24,5 ºC na escala de 0,792 - 0,8040.
O cliente reclamava que o veículo falhava
e não tinha força. Conclusão: Trocamos o combustível
Averiguamos todos os sistemas possíveis e o problema foi sanado.
que poderiam causar a falha e o sistema de
injeção estava OK.
Analisando com mais cuidado, fomos
averiguar as válvulas e elas se
encontravam presas. Regulamos as Gol 1.0 94
válvulas e o veículo voltou a funcionar Carburador Weber
normalmente.
Sintoma: O carro dava excesso de
Obs.: Na Kombi Mi é um item que não pode combustível, principalmente quando
ser descartado; dependendo do uso do veículo, o motor estava desligado, dificultando
tem que regular periodicamente, obedecendo a partida e encharcando as velas de
a quilometragem a cada 10.000 Km. ignição. Verificados a agulha, bóia, válvula
da máxima, canister, etc. Estava tudo OK.
A cápsula acionadora do 2o estágio estava
cheia de combustível. Verificou-se que
o combustível desvia pelo canal que
Celta 1.0 a gasolina aciona a cápsula do 2o pelo 1o estágio.
– Veículo “grila” (batida de Conclusão: Uma obstrução no canal dos
pino) giclês do 2 o estágio com o canal do
acionamento da cápsula do 2o estágio.
Averiguamos todos os componentes, apesar Como o canal de acionamento do 2o estágio
de o veículo estar com baixa quilometragem. é mais baixo que o nível de combustível

58
da cuba, quando parava o veículo, o com- Causa: Depois de desmontar a bomba de
bustível passava pelo giclê e escorria pelo combustível, verificou-se que a mangueira
canal de acionamento do 2o estágio, dando interna da bomba estava furada.
excesso e encharcamento. Solução: Substituição da mangueira e troca
Solução: A solução tomada, sem que do filtro de combustível. A mangueira é do
fosse feita a substituição do carburador, tipo sanfonada, confeccionada em material
foi bloquear as entradas de ar acionadoras plástico e está em contato direto e contínuo
do 2o estágio, que se encontram pós ven- com a parte metálica do tanque, por isso é
toinha. Assim, tudo voltou a funcionar necessário observar esse detalhe sempre
normalmente. que for feita uma revisão.

Dica para motor VW Gol CLI 1.6


No motor VW refrigerado a ar, o único – Motor falha nas partidas
retentor que ele tem é o retentor do volante. Detalhes: No instante da partida o motor
Depois de algum tempo ele apresenta quase morre; depois estabiliza. Foi notado
vazamento e deve ser substituído por outro também um consumo excessivo.
retentor de qualidade original. Mas para obter
um ótimo resultado, deve-se verificar se ele Testes realizados: Pressão, vazão, estan-
não tem folga de mancal. Se tiver folga, queidade da linha de combustível. No teste
o retentor pode apresentar vazamento. de sensores, observou-se que o sinal do
sensor MAP digital estava fora da faixa
(indicava baixo vácuo no coletor de
admissão, em marcha lenta).
Solução encontrada: Mangueira de tomada
de vácuo do sensor MAP defeituosa quando
Fiat Tipo 2.0 SLX
fechava-se internamente. Por isso ocorria
– Falha Intermitente o referido problema.
Detalhes: Com o tanque cheio o motor
funciona normal, falha somente abaixo de
meio tanque. Foram realizados testes em
todo o sistema elétrico e sistema de
alimentação e constatou-se baixa pressão
na linha de combustível.

59
Kadett EFI – Ruído no deformar suas bordas, provocando com
isto vazamentos, dando a entender que
tanque de combustível os retentores originais não têm qualidade!
Detalhes: O ruído aumentava em marcha No caso das juntas de cabeçote e
lenta e desaceleração do veículo, intercambiador de calor, há sempre uma
incomodando quem estava dentro do carro. seqüência de aperto a ser seguida, normal-
Testes realizados: Pressão e vazão da mente do centro para as extremidades,
bomba de combustível; tudo OK. para evitar deformações e/ou empeno,
e em outras há ainda uma escala de torques
Obs.: A bomba havia sido trocada duas
variados, etapas de aperto, que, se não
vezes anteriormente, em outro lugar.
observado, compromete todo o trabalho
Solução e defeito encontrado: A mangueira e confiabilidade desses produtos já
de retorno de combustível estava prensada consagrados por nós reparadores.
com o tanque de combustível,aumentando Sabemos que a embalagem dos produtos
o barulho, quando aumentava o retorno originais vêm com todas as informações na
(marcha lenta e desaceleração). Isto foi erro embalagem para garantir ainda mais
de montagem, pois a mangueira de montagem a “Aplicação Correta”.
estava fora da canaleta do tanque, forçando
mais o retorno. Foi só colocar a mangueira
na canaleta e o defeito sumiu.

Retentor Original
– Distribuição do Motor
Aplicação Correta dos (vazamento)
Produtos Originais É comum encontrarmos na linha pesada,
(Retentores e Juntas) principalmente em ônibus urbano e
caminhões, retentores da distribuição
Uma aplicação correta dos produtos originais, (parte frontal do motor) com vazamento
principalmente juntas de cabeçote, do óleo do motor. Como também é comum
intercambiador de calor (radiador de óleo) vermos o retorno do veículo após alguns
e retentores, requer uma atenção especial quilômetros rodados, depois que fora
no que diz respeito à sua colocação; no caso efetuada simplesmente a substituição
dos retentores, utilizar ferramentas especiais desse “retentor”.
como o mandril para sua instalação. Numa situação como esta, devemos avaliar
Nunca utilizar o próprio martelo, como a causa e não somente a conseqüência
vemos na maioria das oficinas particulares. (retentor novo vazando). Tenho observado
Este procedimento não garante um perfeito que na maioria das vezes o vazamento se
alinhamento do retentor, além de dá devido ao excesso de óleo no motor,

60
criando pressão e expulsando por onde for Gol Mi 8 e 16V
mais fraco.
– Carbonização
Em outros casos por mim observado,
o problema está na pista onde trabalha esse Carbonização excessiva no corpo de
retentor, desgaste acentuado, e mesmo um borboleta. O carro voltava à oficina dois
retentor novo não resolverá o problema. ou três dias após feita a limpeza do corpo,
É preciso substituir a peça causadora, sempre com o mesmo defeito, apagando
no caso a pista,o anel intermediário. e engasgando.
Testes realizados: Após verificarmos vários
itens, descobrimos que o suspiro ao lado do
bloco do motor se encontrava completa-
mente obstruído pela carbonização do óleo,
Marea 2.0 20V mesmo tendo apenas 30.000 Km rodados.
– Vazamento de óleo Solução: Limpeza e eventual troca do
reparo do suspiro e também do corpo de
Depois de remover o cárter para eliminar
borboleta, troca e correção do nível do
um vazamento de óleo, o problema
óleo, que nesses motores é de 3,3 litros
continuou. Então removi a caixa de câmbio
e não 3,5 litros.
para verificar o retentor (tampa) do volante
e percebi que era o referido vazamento.
Montei a tampa nova com todo o cuidado,
mas o pior estava por vir; alguns dias depois
o veículo retornou à oficina e o vazamento
persistia. Todo o serviço novamente... Aplique o Retentor
A causa: O retentor ficou descentralizado, no lugar certo
forçando mais para um lado que para Alguns veículos chegam à nossa oficina
o outro. Apertei primeiro os parafusos com o cliente já desesperado; este já vem
que fixam o retentor (tampa) ao cárter. de outras oficinas com o mesmo problema:
A solução: Colocar no lugar, centralizar “Já troquei esse retentor várias vezes
o retentor e apertar primeiro os parafusos e o problema continua”. Quando isso
ao bloco do motor e depois os do cárter acontece, é necessário um bom diagnóstico.
por baixo. Várias vezes tenho observado a aplicação
incorreta de um retentor. Foi dado um
“jeitinho” porque não tinha o original, ou
seja, tem o mesmo diâmetro externo e às
vezes até o mesmo diâmetro interno,
porém os detalhes passam despercebidos.
Cada retentor tem a sua aplicação definida;

61
observe que nos lábios desses retentores há Marcha lenta irregular,
desenhos diferentes, traços que têm a sua
válvula de ventilação do
razão de existir, uns para a direita, outros
para a esquerda, traços no sentido do cárter
diâmetro, dupla vedação interna, etc. Verifique a tomada de vácuo, o veículo
Tudo isso tem a sua função específica. continua com a marcha lenta irregular
Se pegarmos um retentor original com apresentando o código de falha 172.
as mesmas dimensões, mas que a sua Verifique a válvula de ventilação do cárter,
aplicação é para um determinado local onde a válvula está localizada no tubo de
o eixo gira “à direita” e aplicarmos no local ventilação do cárter que vai para o coletor
onde o eixo gira “à esquerda”, é vazamento de admissão. Remova-o de seu alojamento
na certa! Para isso, os produtos originais são e movimente a válvula de um lado para
identificados na embalagem: - No de peças o outro; deve-se ouvir um ruído resultante
que acompanha, Descrição, Informações do deslocamento do êmbolo que indica
adicionais e Aplicação. o perfeito funcionamento da válvula.
Se não houver o ruído, o pistão está
travado, mantendo a válvula
constantemente aberta. Com isso, uma
quantidade de óleo falso adentra no coletor
Fiat Palio 1.0 MPI de admissão sem que a central seja
informada, empobrecendo a mistura. É
– Motor sem rendimento causado por resíduos carboníferos
e alto consumo acumulados na válvula em função dos
Após verificarmos todo o sistema de gases do motor. No caso, tem que fazer
injeção e ignição e estando tudo OK, limpeza da válvula deixando-a de molho
o cliente nos informou que o defeito em solvente descarbonizante.
apareceu depois que foi trocada a correia
dentada; ao verificarmos a correia,
notamos que havia dois dentes fora do
ponto de sincronismo. Após colocarmos
a correia no sincronismo, o veículo voltou
a ter desempenho normal.

62
Sistema de Suspensão
Verificar o desgaste Na substituição de amortecedores de
veículos na linha Fiat observar a correta
de pneus em uso pode aplicação, inclusive informando ao
auxiliar no diagnóstico de fornecedor da peça o número do chassis
defeitos na suspensão ou do veículo.
indicar veículo desalinhado. Em veículos que possuem suspensão com
lubrificação (Blazer, S-10, Kombi, Fusca,
De acordo com o desgaste Brasília) engraxar a cada 10.000 Km.
podemos diagnosticar Não lubrificar ou pulverizar óleo em
as possíveis falhas, veículos que utilizam buchas de borracha
em sua suspensão, pois as buchas serão
conforme segue: danificadas e a vida útil reduzida.
• Desgaste interno - buchas de batentes e/ou Quando o veículo apresentar estalos
batentes dos amortecedores; falta de e a suspensão estiver em ordem, verifique
alinhamento; possíveis trincas na longarina e/ou
• Desgaste externo - falta de alinhamento; monobloco do veículo.
• Desgaste irregular - amortecedores sem ação.
Na substituição de bandeja completa ou de
buchas de bandejas, o aperto final dos
parafusos e porcas de fixação sempre
Graxa das rodas
deverá ser efetuado com as rodas na
posição de trabalho, ou seja, o aperto esbranquiçadas (água)
deverá ser com as rodas apoiadas no solo. Defeito: Constatamos que, ao retirarmos
A não-observação deste procedimento os cubos das rodas, a graxa estava
diminui a vida útil das buchas de bandeja esbranquiçada.
em pelo menos 40%.
Causa: Retentores defeituosos ou de má
A verificação dos pivôs de suspensão deve
qualidade.
ser efetuada com uma alavanca/espátula
no sentido vertical (para cima e para Solução: Retirar toda a graxa, lavar
baixo) para observar possível folga ou os cubos e rolamentos, colocar graxa nova
coifa rasgada. e Retentores de Dupla Vedação.
Atenção ao testar a suspensão dos veículos
GM (Vectra/Omega/Suprema), que
apresentam barulho em piso irregular;
verificar possível folga nas bieletas da
suspensão.

63
Defeito Blazer - 2000/ 2001
Marcha a ré com defeito. – Roncada na transmissão
Cliente tem dificuldade para engatar em todas as marchas
a marcha a ré - sensação de componentes
“arranhando”. Desmontou-se a transmissão e foram
substituídos todos os rolamentos e a árvore
intermediária; montada novamente
e o veículo rodou num percurso de 70 km
e voltou a roncar novamente. Depois de
muita troca de idéias, decidiu-se trocar o óleo
da caixa de câmbio, e o problema foi sanado.
Conversando com o cliente, ele contou que
mandou trocar o óleo em um posto de
gasolina, e lá foi colocado óleo errado.

Causa:
a) Falta de lubrificação/impureza no
estriado do disco e eixo; No caso de embreagem
b) Curso da embreagem desregulado; com problema, troque o kit
c) Uso inadequado da embreagem. Passei por uma situação dessa ao tratar de
Solução: um veículo com dificuldade de engrenar
ü Limpar e lubrificar o estriado do disco a 1a marcha e a ré. Após comprovação,
e eixo primário; (foto) decidimos checar regulagem do
ü Regular curso da embreagem, conforme trambulador, acreditando ser um problema
especificado no manual de reparação de “curso” na alavanca de marcha.
(catálogo do fabricante); Após algumas horas, nada resolvido;
ü Acione o pedal de embreagem até decidimos então remover a caixa de
o final de seu curso, espere entre 3 e 4 mudanças e o conjunto embreagem,
segundos e engate a marcha. o qual estava aparentemente em ordem,
até o disco de embreagem era novo.
Resolvemos então abrir a caixa, e para
nossa surpresa, após desmontagem,
lavagem e inspeção, não havia nada. Tudo
estava dentro das especificações.
A esta altura o cliente já estava conosco, e
conversando alegou ter feito serviço de
embreagem; ao mostrar a nota das peças,

64
observamos que haviam trocado apenas qualquer uma das outras posições, isso
o disco e o colar, como o platô não significa que o interruptor de partida está
mostrava danos, foi reutilizado. Daí para defeituoso. A partida do motor em uma
frente, foi só substituir o platô, montar posição seletora diferente de (N) fará com
a caixa e o problema foi resolvido. que o veículo possa mover-se ao dar
Mesmo a aparência estando boa, o platô partida, podendo causar um acidente.
com mola tipo membrana (chapéu chinês)
sofre calor excessivo e a mola perde a sua
pressão, com o veículo parado a solicitação
desta peça é ainda maior. Portanto, no caso
de substituição da embreagem, troque o kit Transmissões automáticas:
(platô, disco e colar de embreagem).
necessidade de reparo
Esta dica vai para os mecânicos
responsáveis pela troca do óleo da caixa
de mudança automática nos ônibus e/ou
Interruptor de partida caminhões. Através desta dica poderá
determinar a necessidade de reparos da
defeituoso - Transmissões transmissão, evitando maiores danos mais
automáticas à frente.
Peguei na oficina de nossa empresa um Nestes câmbios o óleo da transmissão
ônibus urbano equipado com transmissão é resfriado através de um trocador de
automática Alison, identificada como “MT calor, que utiliza a água do motor.
643”. No comando do painel existem A cada troca de óleo verifique quanto
as identificações: “R”/ “N”/ “D”/ “1”, “2” à existência de água no óleo (aspecto
e “3”. Cada uma tem a sua utilização. leitoso) ou de partículas metálicas em
A reclamação do motorista é que excesso (que não sejam retidas pelo filtro).
o veículo começa a se mover ao dar partida. Caso haja uma destas contaminações,
Para dar partida no veículo, deve-se consultar o distribuidor quanto
selecionar a posição “N” (Neutro) na à necessidade de reparo da transmissão,
alavanca seletora e dar a partida caso esteja em garantia. A limpeza dos
normalmente. circuitos externos e dos resfriadores de
Após alguns ensaios e testes, observamos óleo são absolutamente necessários.
que o interruptor de partida estava
defeituoso, pois este tem a função de
bloquear. Se for possível dar a partida em

65
Freios
Pick-up Fiat LX 1.6 MPI retornavam, após remoção dos tambores,
ficava claro que as lonas somente partiam-se
– Barulho na dianteira ao meio, formavam-se trincas e/ou quebras
Após troca dos amortecedores dianteiros localizadas.
e coxins da suspensão, calço da caixa de Pedimos aos auxiliares que rebitassem
mudança e calço do motor e pastilhas de outras lonas novas, para observarmos
freio surgiu um barulho na parte dianteira o procedimento. Foi quando descobrimos
do veículo sempre que este passava por a verdadeira causa: eles não seguiam
alguma irregularidade no piso, como se a seqüência correta de rebitagem;
tivesse alguma chapa solta no veículo. iniciavam da extremidade para o centro,
Foi realizada revisão de todo o serviço quando o correto é iniciar rebitando do
executado, inclusive da pastilha de freio, centro para as extremidades, como no
onde foi constatado que as presilhas de aperto de cabeçote de motor.
fixação da mesma eram menores que
A dica é: rebitagem de lonas de
o diâmetro interno do cilindro de
freio também tem seqüência. Existem lonas
acionamento da pinça de freio.
de freio de caminhão com até 12 furos para
A solução foi abrir mais as presilhas,
rebitagem, em quatro colunas de três.
fixando a pastilha no cilindro de
acionamento, acabando assim com a folga
existente no conjunto e conseqüentemente
com o barulho.

Tambor de Freios - Limite


para Retífica
Recebi na oficina um caminhão com
Lonas de Freio - Linha reclamação de freio. Segundo o motorista,
Pesada - Rebitagem o veículo não segura quando freia, freio
insuficiente, mesmo vazio não arrastava
Devido ao aumento de serviço, alguns
as rodas. Saímos em teste e comprovamos
meses atrás nós contratamos dois
a deficiência.
auxiliares para serviço rápido em nossa
Após desmontagem das rodas traseiras
oficina. Como em “freios” aparentemente
e dianteiras, constatamos que as lonas de
não há “segundos” para troca de lonas,
freio eram novas e que estava tudo em
começaram a trabalhar neste setor.
ordem com o sistema de freios, inclusive
Poucos dias depois começaram a chegar
a pressão do ar foi testada. Em diálogo
reclamações e retorno desses serviços;
com o motorista, este afirmou que havia
alguns alegavam ter substituído novamente
realizado serviço de freios completo
as lonas de freio na estrada, pois algumas
havia uma semana, em um posto de
estavam quebradas. Dos caminhões que
combustíveis.

66
Ao medir o diâmetro interno dos roda. Em condições normais de utilização
tambores, notei que quatro deles estavam do freio, ocorre sempre maior desgaste da
fora de especificação, ou seja, foram pastilha de freio do lado interno, dotada de
retificados além do limite. Isso significa sensor de desgaste.
que a parede do tambor ficou com No entanto, em alguns casos verificamos
espessura inferior à medida recomendada, o maior desgaste da pastilha de freio na
o que reduz a sua vida útil e provoca perda face oposta àquela dotada de sensor, ou seja,
de eficiência na frenagem. a pastilha externa. Tal ocorrência se dá em
Todo o tambor de freio tem seu limite de veículos em que o freio é submetido a gran-
medidas para retífica, que é o diâmetro des solicitações e acionamentos constantes.
máximo que o tambor pode chegar, Neste caso, quando não detectados a tempo,
a partir daí a peça deve ser substituída. poderá ocorrer danos no disco de freio.
No caso da linha pesada, esta tolerância A dica é: quando da próxima
vem gravada nos próprios tambores estada desses veículos na oficina, verificar
e expressa em polegadas. as condições de desgaste das pastilhas de
A dica é: se for retificar o tambor, freio. Caso constatado maior desgaste na
observe sempre o limite de retífica, pastilha oposta àquela dotada de sensor,
tolerância, para que esta ação não traga proceder o reposicionamento do sensor,
conseqüências desastrosas ao veículo, fixando-o na pastilha externa, nesta onde
à carga e à sociedade. ocorreu o maior desgaste, pois irá garantir
a proteção ao disco de freio.

Reposicionamento do
sensor de desgaste das Regulagem do freio de
pastilhas de freio serviço e estacionamento:
Alguns utilitários possuem um sensor de VW Gol e família
desgaste de pastilhas de freio, facilitando 1. Retirar um parafuso de cada roda
o controle para o operador do veículo, ou traseira e suspender o veículo.
seja, quando as pastilhas de freio atingem 2. Procurar (girando a roda, com o freio
o limite máximo de desgaste, ou o limite solto) a “cunha” de regulagem automática.
mínimo para frenagem, o motorista é 3. Usar uma chave de fenda (pontuda)
informado por intermédio de uma lâmpada e introduzir no furo da cunha.
no painel de instrumentos. 4. Pedir que alguém pise no freio
Porém, esse sensor somente é colocado em fortemente e puxar para baixo a cunha
um dos lados do disco, um sensor em cada neste momento.

67
5. Repetir o processo na outra. Pedal do freio duro
6. Bombear várias vezes o pedal de freio,
Servofreio com vazamento interno,
puxar e soltar várias vezes o freio de mão.
obstrução na fonte de vácuo, entrada de ar
7. Verificar se as rodas guiam livres,
no servo (filtros), cilindro mestre
recolocar os parafusos.
emperrado, cilindro de roda, freio a disco
emperrado, pinça, lonas, pastilhas vidradas
ou de baixa qualidade.
Solução: Substituir o servofreio, desobstruir
os canais, substituindo os componentes
Cuidados com o freio danificados, substituir todo o conjunto
hidráulico e substituir pastilhas ou lonas.

Verifique periodicamente o nível de fluido


de freio, porque eles podem vir a apresentar
vazamentos, e também troque o fluido de
freio a cada 10.000 Km ou 12 meses,
porque ele possui propriedades
higroscópicas, ou seja, absorção de água,
o que diminui a segurança de todo
o sistema de freio devido à queda
do ponto de ebulição.

68

Você também pode gostar