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MOINHO DE MARTELOS

MCF-120
MANUAL DE INSTRUÇÕES E CATÁLOGO DE PEÇAS

MANUAL DE INSTRUÇÕES
E CATÁLOGO DE PEÇAS

MOINHO DE MARTELOS
MCF-120

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MOINHO DE MARTELOS MCF-120

Ao cliente

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A IMETEC parabeniza a sua aquisição e coloca-se a disposição para qualquer esclarecimento e


compra de materiais de reposição.

Nosso telefone é (41) 3663-6156 ou (41) 3037-9200.

Nosso atendimento via e-mail: imetec@imetec.com.br.

Prezado cliente,

Este Manual de Instruções e Catálogo de Peças foi especialmente preparado para orientá-lo
quanto ao melhor aproveitamento desta máquina que ora temos a satisfação de entregar.

Recomendamos a leitura atenciosa deste manual antes do funcionamento, observando alguns


procedimentos importantes após a sua instalação.

Para sua total satisfação, mantemos nosso departamento técnico para assessorá-lo em
eventuais dúvidas que possam surgir, em quaisquer fases de sua utilização.

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Índice
1. Dimensões.......................................................................................4
2. Assentamento.................................................................................5
3. Abertura e Fechamento...................................................................7
4. Pré-funcionamento..........................................................................9
5. Funcionamento.............................................................................11
6. Manutenção..................................................................................13
7. Peças de Reposição.......................................................................27
7.1 Moinho de Martelos MCF-120.................................................28
7.2 Revestimentos MCF-120..........................................................30
7.3 Rotor MCF-120.........................................................................32
7.4 Acoplamento elástico EL-300...................................................34
7.5 Martelo MCF-120.....................................................................35
7.6 Macaco Hidráulico MH-3.........................................................36

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1. Dimensões

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2. Assentamento
2.1 EM BASE DE CONCRETO
Para o assentamento do moinho é necessária a utilização de um quadro ou base metálica a
ser concretada.
Este quadro permite a fixação do moinho e funil de saída com precisão.

2.1.1 CONCRETAGEM DA BASE METÁLICA

Apoiar e nivelar a base metálica na posição desejada sem haver esforços que provoquem seu
empenamento.

Após o nivelamento, concretar de maneira que a superfície desta base fique ao mesmo nível
do concreto.

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2.2 EM BASE METÁLICA


No sistema modular (conjunto de moagem) os moinhos são fixados em plataformas metálicas,
e todo o conjunto é fixado ao piso através de chumbadores.

2.3 AFERIÇÃO DE ASSENTAMENTO


Após a fixação do moinho, proceder à abertura do mesmo e remover os martelos e suportes,
marcando suas posições originais.
Remover o protetor do acoplamento do motor e girar lentamente o eixo do rotor com a mão
liberando-o logo em seguida. Observe se ele gira livremente mantendo o embalo.

Antes de apertar os parafusos na base do moinho, verificar se não existem diferenças


acentuadas de apoio entre a base do moinho e a base metálica, pois se tal ocorrer após o
aperto, poderá haver empenamento do moinho, e desalinhamento do sistema dinâmico de
vedações dos mancais.
Se for constatada diferença no assentamento, pode-se compensar este empenamento com
calços de chapa ou arruelas lisas.

IMPORTANTE

Quando o eixo do rotor estiver preso ou muito pesado para o movimento com a mão, e mesmo
soltando os parafusos da base do moinho esta situação não se modificar, solicite instruções do
Departamento Técnico da IMETEC.

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3. Abertura e Fechamento
3.1 PARA ABRIR
1) Remover as presilhas de aperto do duto de ar e abrir a caixa;
2) Remover as presilhas de aperto frontal;
3) Encaixar o macaco hidráulico na posição de operação;
4) Acionar a alavanca, abrindo até a posição de travamento com o pino;

IMPORTANTE

Para sua segurança nunca deixe de travar o moinho quando aberto pois uma falha do macaco
hidráulico poderá causar acidentes.
Jamais abrir o moinho em funcionamento.

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3.2 PARA FECHAR


1) Limpar as bordas de assentamento superiores e inferiores;
2) Remover as travas do moinho;
3) Soltar lentamente o registro de retorno do macaco até que a tampa do moinho atinja cerca
de 20cm de abertura e interrompa o fechamento;
4) Com a descida da tampa, verificar se não houve queda de pó nas bordas de assentamento.
Caso isto ocorra remova o pó com ar comprimido ou com uma pequena vassoura;
5) Certifique-se de que não haja ninguém com as mãos nas bordas que possa correr riscos,
então libere o macaco para um fechamento rápido;
6) Caso não produza uma batida compacta e seca, o moinho deverá ser reaberto para:
a) Remover resíduos de pó prensado;
b) Remover a lâmina de grelha excedente, em caso de manutenção das grelhas.
7) Após a batida seca do moinho encaixe e aperte as duas presilhas dianteiras;
8) Feche o duto de ar, encaixe suas presilhas e aperte;
9) Remova o macaco hidráulico de sua posição de encaixe e guarde-o em local limpo.

IMPORTANTE

Nunca limpe colocando sua mão.


Nunca abrir demais o registro de retorno do macaco hidráulico e logo em seguida fechar para
frear bruscamente a descida da tampa do moinho, pois este procedimento pode danificar os
componentes internos do macaco.

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4. Pré Funcionamento
4.1 INSPEÇÃO DA MONTAGEM MECÂNICA
Inicialmente deve-se verificar se a montagem do moinho está correta e completa. A montagem
inclui a fixação dos flanges com vedante de silicone e inspeção das partes móveis e girantes.
A aprovação da montagem deve ser feita por um técnico da Imetec, para assegurar a garantia
e o bom funcionamento do equipamento.

4.2 NÍVEL DO ÓLEO E LUBRIFICANTES


Verificar o nível de óleo dos mancais do moinho através do visor de nível e completá-lo se
necessário até a altura média do visor. Se o óleo passar do nível recomendado, é necessário
drená-lo pelo bujão de dreno, até que atinja o nível recomendado. Para mais informações ver
seção Manutenção.

4.3 CORPOS ESTRANHOS


Retirar todos os corpos estranhos no interior dos equipamentos (porcas e parafusos soltos,
pedaços de metal, tocos de eletrodo e objetos remanescentes da montagem). Corpos
estranhos podem causar danos e até mesmo quebra nos equipamentos.

4.4 VERIFICAÇÃO DO SENTIDO DE ROTAÇÃO


Acionar a partida dos motores (individualmente) para verificar o sentido de rotação conforme
indicado pelas setas indicativas no equipamento. Somente acione os motores após a liberação
do eletricista responsável.

4.5 POSICIONAMENTO DOS MARTELOS TIPO PASTILHAS NO MOINHO


IMPORTANTE
Para melhor compreensão do termo “PASTILHA E SUPORTE” convencionamos que este seja
denominado “MARTELO”.

É imprescindível que o moinho funcione sem vibrações, e para isso é necessário sempre que
retirados os martelos, proceder à pesagem dos mesmos conforme a seguinte orientação:

Martelos opostos no rotor devem ter pesos iguais

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Eventuais vibrações podem provocar além do desgaste prematuro dos rolamentos,


vazamentos de óleo e aquecimento anormal dos mancais.

4.6 AUTOFIXAÇÃO DAS PASTILHAS


No sistema de martelo tipo “pastilhas” de encaixe longitudinal, a sua fixação é feita com o
próprio pó da moagem, daí a auto fixação que ocorre nos primeiros instantes de
funcionamento.
Por isso não é recomendado acionar o moinho para simples testes sem alimentá-lo quando
estiver com martelos novos, pois na parada do moinho, os martelos, pela pouca força
centrífuga, batem contra o próprio rotor, podendo deslocar as pastilhas de sua posição correta,
e quando dada uma nova partida no moinho poderão ocorrer batidas ou ruídos indesejados.

4.7 INSPEÇÃO DO DETECTOR DE METAIS


É de vital importância para o moinho que não existam corpos estranhos junto com o minério a
ser moído, tais como: pedaços de ferro, parafusos, porcas, etc.
A presença destes elementos junto com o minério poderá danificar seriamente o moinho.
Para tal, é de fundamental importância o uso de um detector de metal, que pode ser instalado
em alguma correia transportadora ou alimentador do moinho. Certifique-se que o detector de
metais funciona corretamente antes de abastecer o silo alimentador do moinho.

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5. Funcionamento
5.1 ALIMENTAÇÃO
A faixa de bitola recomendada para uma alimentação
ideal é de 15 a 50mm. Entretanto, bitolas mais finas que
15 mm também podem ser misturadas à faixa indicada.
Pedras de tamanho superior ao máximo diminuem a
eficiência do conjunto e podem até mesmo quebrar as
peças de reposição.
O maior rendimento do moinho depende de índices
menores de umidade, contudo este moinho pode
funcionar com minérios úmidos (dependendo do tipo do
minério).

Para início da operação deve-se começar com a regulagem mínima do alimentador e aumentá-
la gradativamente até que a corrente elétrica do motor do moinho chegue no valor nominal.
Recomendamos trabalhar com 90% da capacidade do motor para evitar que em algum pico
inesperado de alimentação não ocorra o entupimento do moinho e o desarme do motor.

Caso ocorra entupimento, o sistema deverá ser desligado, o moinho deverá ser aberto e será
necessário remover o material do interior do moinho até que seja possível girar o rotor com as
mãos. Após isto o moinho poderá ser fechado e o sistema religado.

Para evitar que a alimentação supere a capacidade do moinho causando entupimento, nós
recomendamos que seja feito um controle da alimentação em função da corrente elétrica do
motor do moinho (um controle PID por exemplo). Desta forma o sistema de alimentação
sempre alimentará o moinho de acordo com sua capacidade. Consulte o eletricista
responsável.

5.2 REGULAGEM INICIAL DOS MARTELOS


No rotor deste moinho existem furos escalonados com a finalidade de otimizar a posição dos
martelos, à medida que as pastilhas sofrem desgaste. Normalmente, a primeira posição
(posição mais próxima do eixo) é a mais usual na maioria dos casos.
Para boa produtividade, recomenda-se que a posição dos martelos nos respectivos furos do
rotor sejam observados, para que a folga dos martelos aos revestimentos dentados,
permaneça aproximadamente entre 12 e 18mm.

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Há situações onde o uso da segunda posição como inicial pode gerar uma moagem de maior
eficiência. Esta opção permite o ajuste da moagem aos diferentes tipos de minérios, fato este
geralmente determinado na prática.
5.3 ABERTURAS USUAIS DAS GRELHAS
Na maioria dos casos de moagem dos calcários, usam-se grelhas com aberturas de 2mm.
Qualquer outra medida a partir de 0,5mm, pode ser fornecida pela IMETEC.

No sistema de moagem direta, as grelhas tem importância fundamental na uniformidade


granulométrica da moagem. Isto requer precisão na montagem das grelhas.
A precisão na montagem e espaçamento das grelhas se consegue com grelhas perfeitamente
retas e com resíduos retificados. Denominamos a estas, “grelhas de precisão”, patenteadas
pela IMETEC.

5.4 ENTRADA FALSA DE AR


Os moinhos IMETEC, série MCF (moinhos de circuito fechado de ar), foram projetados
especialmente para impedir a emissão de poeira ao meio ambiente.
Para isso, é necessária uma vedação correta em suas bordas de fechamento da carcaça.
Eventualmente se houver emissão do pó pela boca de alimentação, certamente o moinho está
com entrada falsa de ar, por uma vedação deficiente.
Neste caso, deve-se abrir o moinho, travá-lo e proceder a limpeza cuidadosa das bordas e
feltros de vedações no eixo, e proceder o fechamento do moinho, conforme instruções do ítem
“Abertura e Fechamento”.
Entrada falsa de ar normalmente ocorre na região próxima ao eixo do moinho

5.5 TEMPERATURA DOS MANCAIS


No sistema de lubrificação a óleo dos rolamentos do moinho o aquecimento é um fator normal
(limite de 85˚C). Após uma hora de funcionamento do moinho deve-se verificar a temperatura
dos mancais através de um termômetro a laser. Superaquecimento pode causar vazamento de
óleo nos mancais e redução da vida útil dos rolamentos.

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Em caso de superaquecimento, o moinho deve ser desligado e deve-se solicitar orientação


técnica da IMETEC.

6. Manutenção
6.1 LUBRIFICAÇÃO
6.1.1 ROLAMENTOS DO MOINHO

A cada parada do moinho verificar o nível de óleo e completá-lo se necessário até a altura
média do visor. Se o óleo passar do nível indicado, drenar pelo bujão de dreno, até atingir o
nível recomendado.
Deve-se manter sempre limpo o respiro do bujão de entrada de óleo.
Em caso de vazamento, deve-se observar se existe vibração excessiva do moinho causado pelo
desbalanceamento dos martelos.
Troca do óleo do mancal: a cada 300 horas de funcionamento.

INSTRUÇÕES PARA TROCA DE ÓLEO

1) Retirar o óleo vencido soltando o bujão de dreno completamente;


2) Fechar o bujão de dreno após completamente esgotado o óleo;
3) Limpar e abrir o bujão de entrada e colocar o óleo, observando o nível médio do visor;
4) Fechar o bujão de entrada.

VOLUME: 2L

6.2 DESGASTE DOS MARTELOS (PASTILHA + SUPORTE)


Iniciando o trabalho efetivo do moinho, recomendamos que após 3 horas de funcionamento,
o moinho seja aberto para verificação de desgaste nas quinas das pastilhas.

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Este procedimento é para determinar quanto tempo ainda poderá ser usada esta pastilha até
que atinja o limite máximo conforme indicado na figura abaixo, antes da primeira virada.
Recomendamos anotar na tabela sugerida, os tempos de uso de cada virada, como orientação
para as próximas trocas de pastilhas.

VIRADA HORAS
1ª virada
2ª virada
3ª virada
4ª virada

6.2.1 VIRADA DOS MARTELOS

Quando a pastilha atingir o desgaste conforme indicado na figura abaixo, proceder à primeira
virada, e assim por diante, conforme o desgaste indicado nas próximas figuras.

Se o desgaste da região pontilhada atingir cerca de 2 cm da outra quina, vire o martelo


completo mantendo-o ainda no primeiro furo do rotor. Após a 1ª virada do martelo, escolher
o furo do rotor, para que sempre mantenha a distância original entre a pastilha e o queixo, ou
às grelhas.

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Sugerimos também, além da virada dos martelos, o rodízio, colocando os martelos das laterais
no centro, isto porque os martelos das laterais desgastam mais em suas extremidades.

6.2.2 REMOÇÃO DAS PASTILHAS

A remoção das pastilhas de seus suportes requer alguns cuidados, pois a compactação do pó
nas frestas do encaixe produz um travamento de grande resistência.
Para remover a pastilha do seu suporte recomendamos apoiá-lo de canto sobre um pedaço de
madeira e com um pequeno martelo bater continuamente, provocando vibrações no corpo do
suporte a fim de desprender o pó sedimentado nas frestas. Deve-se inverter a posição e
continuar batendo até que todo o pó se desprenda, e então o suporte se soltará.

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IMPORTANTE

Quando retirar os martelos usados, tomar cuidado para que não se molhem, pois o pó
compacto e umedecido não se desprende facilmente, tornando mais difícil à remoção das
pastilhas.
6.2.3 BALANCEAMENTO DOS MARTELOS

Sempre que virar ou trocar os martelos, é de vital importância proceder o seu balanceamento,
afim de eliminar vibrações durante o funcionamento do moinho. Segue abaixo o procedimento
de balanceamento dos martelos:

1) Pesar os martelos (pastilhas com suportes) agrupando-os dois a dois de mesmo peso.

IMPORTANTE

A variação de massa dos martelos entre um lado e outro do rotor pode ser máx. 100 g

2) Colocar os martelos de mesmo peso, num mesmo disco do rotor. Portanto temos martelos
opostos de pesos iguais.

Caso não haja martelos com pesos iguais é necessário arranjar os martelos de forma
que o desbalanceamento seja no máximo 100g como mostrado nas figuras abaixo.

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Em casos de diferenças maiores que 100 gramas sugerimos desmontar e pesar os


suportes e pastilhas separadamente, combinando-os da maneira mais balanceada
possível.

6.3 DESGASTE DAS GRELHAS


A região do moinho onde as grelhas apresentam maior
desgaste, localiza-se na primeira terça parte, logo abaixo do
queixo. Portanto, é necessário compensar este desgaste
fazendo o rodízio correto das lâminas da grelha.

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O desgaste máximo das lâminas é de 2/3 da sua altura total, ou seja, em cada lado
permite o desgaste de 1/3 da sua altura.

6.3.1 RODÍZIO E VIRADA DAS GRELHAS

O rodízio consiste primeiramente em remover o queixo


do moinho e o primeiro terço das lâminas gastas,
substituindo pelo último terço das lâminas com menor
desgaste.
Quando este procedimento não mais for possível, pelo
seu desgaste excessivo, remover o jogo completo de
grelhas e proceder à virada das lâminas, ou seja, colocar
o lado usado para baixo, possibilitando, posteriormente
outros rodízios até o aproveitamento total da grelha.

6.3.2 MONTAGEM DAS GRELHAS

É de vital importância, para se obter uma moagem fina, com a produção nominal do
moinho, usar grelhas de precisão. A perfeita e correta montagem das lâminas de grelha,
é imprescindível.
Antes da moagem, conferir se cada lâmina está perfeita e reta usando uma régua.

Começar a montagem das grelhas pela parte mais baixa do moinho, segurando as
primeiras lâminas na posição vertical, até que adquiram estabilidade, alinhando-as
paralelamente ao eixo do rotor. Quando já houver uma quantidade suficiente de
lâminas que não precise mais segurá-las, primeiro verificar se estão paralelas,
corrigindo-as, comparando visualmente pelo eixo do rotor, então completar a colocação

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das lâminas em ambos os lados até atingir a altura das bordas de fechamento do
moinho.

Colocar o queixo, sobre uma ou duas lâminas extra conforme ilustração, e apertar os
seus parafusos ajudando o assentamento do queixo com batidas de martelo com o
propósito de prensar para evitar uma possível fresta entre o queixo e a grelha.
Completar na parte posterior, com uma ou duas lâminas, e proceder o fechamento do
moinho afim de ajustar as lâminas. Abrir novamente o moinho e retirar a lâmina
excedente para que se possa fechar.

6.4 DESGASTE DOS REVESTIMENTOS


Os revestimentos internos do moinho são constituídos por
ligas especiais com a finalidade de reduzir desgastes na
moagem. Contudo alguns revestimentos sofrem maior
desgaste do que outros.
Os revestimentos de maior importância, que mais
desgastam são as barras de impacto ou queixo. A precisão
da moagem depende basicamente destes revestimentos,
e portanto a sua reposição deve ser observada com maior
critério.

Deve-se substituir ambos os queixos quando as ranhuras já estiverem bem rasas.

Outro revestimento de grande importância é a rampa de modelo MPC-6, situado na boca de


alimentação. O seu desgaste principal apresenta-se na borda mais próxima da linha de
passagem dos martelos.

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Esta peça pode ser invertida para


aproveitar a borda. Todos os demais
revestimentos podem ser aproveitados no
máximo da sua espessura, porém não
recomendamos deixar furar a ponto de
atingir a carcaça do moinho.

6.5 TROCA DE DISCOS DO ROTOR


Os discos do rotor também sofrem desgastes mais acentuados dependendo do minério a ser
moído. Uma das formas de reduzir o seu desgaste é manter as pastilhas reguladas.
Normalmente os dois discos externos gastam mais do que os internos nas laterais externas, e
portanto, deverão ser os primeiros a serem trocados.

6.5.1 PROCEDIMENTO DE TROCA

Para maior facilidade e rapidez da troca dos discos do rotor, sem necessidade de remover os
motores, mancais e o rotor inteiro, a IMETEC desenvolveu o sistema de discos bipartidos.
Com os discos de reposição fornecidos bipartidos (em duas metades), o procedimento para a
remoção dos discos gastos do rotor, consiste de cortá-los em duas metades, utilizando um
maçarico de corte conforme ilustração a seguir.

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Após o corte, afrouxar os parafusos de fixação, removendo as metades. Colocar as duas metades
do disco novo, fixando-as com seus parafusos, assegurando-se de que estejam bem apertados.
Em seguida girar o rotor do moinho manualmente para observar se o disco gira sem grandes
oscilações.
Em caso de grandes oscilações laterais, desapertar dois ou mais parafusos e bater com um
martelo sem muita força para acomodá-lo melhor em seu encaixe. Em seguida pontear com
solda as duas metades de forma cruzada, para evitar repuxos. Reapertar e novamente verificar
oscilações.
Possíveis oscilações podem ser eliminadas soldando-se, primeiramente mais de um lado do que
do outro.

6.6 ACOPLAMENTOS ELÁSTICOS


Nos flanges do acoplamento do motor ao moinho e do exaustor existem cintas de borracha
parafusadas com a finalidade de impedir o contato direto entre metais, evitando desgastes.
A longa durabilidade dos Acoplamentos depende de boa centragem e paralelismo dos flanges
do acoplamento.

1- Mancal
2- Flange do acoplamento
3- Parafuso
4- Cinta de Borracha
5- Régua de Aperto
6- Trava
7- Parafuso de Aperto
8- Arruela de Aperto

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Em caso da remoção dos motores, desacoplar abrindo as travas e desparafusando os parafusos


que prendem as cintas de borracha de cada flange.

Para recolocar os motores, siga as seguintes instruções:

1) Assentar o motor sobre a sua base, certificando-se de que os flanges do motor e do moinho
estejam devidamente centrados e paralelos entre si.
2) Posicionar o motor de forma a centrar os flanges que são de diâmetros iguais, ajustando
suas bordas, conforme ilustração.

3) Apertar os parafusos do motor, tomando o cuidado para não deslocá-lo durante o aperto.
4) Parafusar as cintas de borracha através do parafuso sobre a régua de aperto e sobre a trava.
Em seguida travar os parafusos já apertados amassando a trava sobre um dos lados da cabeça
do parafuso.

6.7 TROCA DE ROLAMENTOS E VEDANTES


Em condições ideais de manutenção a vida útil do rolamento é de aproximadamente três anos
de uso. Contudo, por deficiências de manutenção o rolamento pode sofrer desgaste
prematuro. Para otimização da vida útil dos rolamentos sugerimos a instalação de sensores de
temperatura e vibração nos mancais para monitoramento e prevenção.

6.7.1 DESMONTAGEM DOS ROLAMENTOS DO MOINHO

O rolamento do moinho pode ser substituído sem retirar o rotor do moinho, para isso siga as
instruções:

1) Retire todos os martelos;


2) Remova o protetor do acoplamento e drene o óleo do mancal;
3) Desacople o motor e remova-o de sua base;

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4) Remova o flange do acoplamento do moinho utilizando um sacador convencional;


5) Com o auxílio de uma alavanca, suspender o rotor do moinho, do lado que está sendo
desmontado e apoie o rotor de forma a aliviar o peso sobre o rolamento;

6) Retire a tampa do mancal, soltando os oito (8) parafusos, e com auxílio de um sacador
especial (fabricado pela IMETEC) que é fixado pelos mesmos parafusos da tampa, sacar o
mancal do eixo;
7) Com o mancal fora do eixo, retirar a tampa interna para remover o rolamento.

6.7.2 DESMONTAGEM DOS VEDANTES DO MOINHO

O sistema de vedação dinâmico do óleo do mancal não sofre desgaste em condições normais
de trabalho, pois suas partes não têm contato entre si desde que os rolamentos não
apresentem folgas acentuadas.
A troca de componentes de vedação dinâmica se faz necessária quando for constatado
vazamento excessivo de óleo ou quando os rolamentos, pelo seu excessivo desgaste,
provocarem fricção entre a tampa e a bucha de vedação, desgastando ambas.
A folga normal entre a tampa do mancal e a bucha de vedação é de 1,0 milímetro (no raio), e
um anel de feltro faz a vedação para impedir entrada de poeira no mancal.
Para retirar os elementos vedantes basta seguir o mesmo procedimento para desmontagem
dos rolamentos.

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6.7.3 MONTAGEM DOS ROLAMENTOS E VEDANTES DO MOINHO

Antes de tudo deve-se limpar completamente o mancal e seu reservatório de óleo. Então
proceder com a seguinte sequência de montagem:

1) Colocar primeiramente o anel de proteção interno sobre o eixo até o encosto;


2) Colocar a bucha de vedação lisa sobre o eixo até encostar no anel de proteção interno;
3) Colocar a tampa interna do mancal sobre a bucha de vedação lisa;
4) Colocar o anel defletor interno sobre a bucha de vedação (posição do anel defletor conforme
figura abaixo);
5) Montar o rolamento (perfeitamente limpo) sobre o eixo, e com o auxílio de um tubo que se
encoste à capa interna do rolamento, bater o rolamento até encostar-se à bucha de vedação;
6) Colocar o mancal sobre o rolamento batendo com um toco de madeira até atingir a posição
que permita colocar os oito (8) parafusos da tampa do mancal e apertá-los;
7) Colocar a bucha de vedação lisa do lado externo;
8) Colocar o anel defletor do lado externo sobre a bucha de vedação lisa (posição do anel
defletor conforme figura abaixo);

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9) Colocar a tampa externa do mancal sobre a bucha de vedação lisa e apertar os oito (8)
parafusos;
Então é preciso baixar o rotor assentando o mancal sobre a sua base, colocar os quatro (4)
parafusos de fixação do mancal sem apertar, e com o uso de um calibrador de lâminas, alinhar
o mancal afim de que a folga entre a tampa e a bucha de vedação fique idêntica em toda a
volta do mancal. Apertar os parafusos do mancal e conferir novamente a folga entre a bucha
de vedação e a tampa para certificar-se de que não houve desalinhamento do mancal com o
aperto.

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10) Colocar o anel de proteção externo sobre o eixo até encostar na bucha de vedação;
11) Colocar o flange do acoplamento do rotor até encostar no anel de vedação externo;
12) Colocar a arruela de aperto;
13) Apertar o parafuso da ponta do eixo, fixando todo o conjunto;

Por fim deve-se colocar óleo no mancal até completar o nível médio do visor de nível.

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7. Peças de Reposição

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7.1 Moinho de Martelos MCF-120

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7.1 Moinho de Martelos MCF-120


Fig. Código Qtd Descrição da Peça

00 00200000 01 Moinho de Martelos MCF-120

01 88232526 01 Motor elétrico trifásico 150cv / 6p /


220/380V / 440V / IP-55 / 60 Hz
02 00101021 01 Protetor do Acoplamento MCF-120
03 15010065 01 Conj. Acoplamento Elástico EL-300 120
04 00200850 02 Conj. Mancal MO-315 Completo
05 00200700 01 Conj. Rotor Completo MCF-120
06 00200005 01 Carcaça Inferior MCF-120
07 00200006 01 Caixa de Ar MCF-120
08 00200007 01 Boca de Alimentação MCF-120
09 00200008 01 Carcaça Superior MCF-120
10 00101800 01 Macaco Hidráulico MH-3
11 00200711 01 Copo de Proteção do Eixo MCF-120
12 60008470 01 Parafuso Aço 8.8 M20 x 50mm

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7.2 Revestimentos MCF-120

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Revestimentos MCF-120
Fig. Código Qtd Descrição da Peça

01 85325002 01 Queixo inferior Cr MPC-02


02 85225108 01 Queixo superior Cr MPC-03
03 85225208 05 Revestimento Mn MPC-04
04 85225308 01 Revestimento Mn MPC-05
05 85225408 01 Revestimento Mn MPC-06
06 85225508 06 Revestimento SAE-1345 MPC-07
07 84920101 02 Revestimento SAE-1345 MPC-08LA
08 84920102 02 Revestimento SAE-1345 MPC-08LB
09 84920201 02 Revestimento SAE-1345 MPC-09LA
10 84920202 02 Revestimento SAE-1345 MPC-09LB
11 84920301 02 Revestimento SAE-1345 MPC-10LA
12 84920302 02 Revestimento SAE-1345 MPC-10LB
13 84920401 02 Revestimento SAE-1345 MPC-11LA
14 84920402 02 Revestimento SAE-1345 MPC-11LB
15 84920500 02 Revestimento SAE-1345 MPC-12L
16 84920100 08 Revestimento SAE-1345 RML-14
17 84920099 04 Revestimento SAE-1345 RML-15
18 84920098 08 Revestimento SAE-1345 RCL-16A
19 84920097 08 Revestimento SAE-1345 RCL-16B
20 85556673 200 Grelhas ¼” x 2” x 660 x 2,5mm
21 84920052 01 Revestimento Barra RB-660

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7.3 Rotor MCF-120

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Rotor MCF-120
Fig. Código Qtd Descrição da Peça

01 15010122 01 Flange Acoplamento Motor EL-300


02 60008468 02 Parafuso sext. Aço 8.8 M20 x 45mm
03 00200703 01 Arruela de aperto do acoplamento
04 00200720 01 Flange Acopl. Rotor EL-300 MCF-120
05 15030015 02 Anel de proteção externo 315
06 00200714 04 Anel de feltro Ø95 x Ø114 x 10mm
07 15030011 04 Tampa lisa TMO-315
08 04 Anel O-ring de vedação MO-315
09 15030012 04 Bucha de vedação lisa MO-315
10 15030013 04 Anel defletor interno 315
11 69207502 02 Rolamento Aut. Par.22315 folga C4 com
separador de bronze
12 60704102 02 Bujão FG-3/4” NC Respiro
13 62700105 02 Visor de óleo ø ¾” Gás
14 60702601 02 Bujão FG-1/2” NC
15 15030014 02 Carcaça mancal MO-315
16 15030016 02 Anel de proteção interno 315
17 00200714 02 Anel de Feltro de vedação MCF-120
18 00200713 02 Anel Bipartido de vedação MCF-120
19 61520003 01 Chaveta ½” x ½” x 85mm
20 00200755 01 Conj. Solda do Rotor MCF-120
21 00102701 01 Disco Bipartido Externo Esquerdo
22 00102702 01 Disco Bipartido Interno
23 00102704 01 Disco Bipartido Externo Direito
24 00200003 02 Pino do martelo PM-38560
25 00200711 01 Copo de Proteção do Eixo MCF-120

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7.4 Acoplamento Elástico EL-300

Fig. Código Qtd Descrição da Peça

00 15010065 01 Conj. Acoplamento Elástico EL-300


Para MCF-120

01 60008068 24 Parafuso M16 x 40mm


02 15010001 12 Trava do parafuso EL-300
03 15010005 12 Régua de aperto da borracha EL-300
04 15010010 06 Borracha 3 lonas 200 x 120mm
05 15010066 01 Flange Acoplamento Motor EL-300
06 15010067 01 Flange Acopl. Rotor EL-300 MCF-120

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7.5 Martelo MCF-120B

Fig. Código Qtd Descrição da Peça

01 85610002 06 Pastilha Cr MP-120M


02 85510002 06 Suporte Mn MP-120S

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7.6 Macaco Hidráulico MH-3

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Macaco Hidráulico MH-3

Fig. Código Qtd Descrição da Peça

00 00101800 01 Macaco Hidráulico MH-3

01 00102000 01 Haste MH-3


02 64700102 01 Anel Raspador n˚ 849 MH-3
03 00101808 01 Porca
04 64700301 01 Anel de borracha n˚3035 MH-3
05 00101807 01 Pistão
06 64800303 01 Anel Raspador n˚539 MH-3
07 60702601 01 Bujão ½”
08 69700105 01 Visor de óleo 3/4”Gás
09 00102400 01 Alavanca MH-3
10 00101900 01 Carcaça MH-3
11 00102100 01 Acionador MH-3
12 63302713 03 Contra Pino 3/32” x1.1/4”
13 00101802 02 Pino Longo
14 00101803 01 Pistão pequeno
15 72011601 03 Esfera ø6mm
16 64800101 01 Anel Raspador n˚ 406 MH-3
17 00101804 01 Braço de Acionamento
18 00101801 01 Cilindro
19 64800404 01 Anel Raspador n˚ 827 MH-3
20 64700103 01 Anel de Borracha n˚ 039 MH-3
21 00101806 01 Parafuso
22 15001808 01 Mola Nº 08
23 60001107 01 Parafuso Sext. 5/16” x 7/8” NC
24 00101805 01 Pino Curto

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Importante
As informações contidas neste manual são de responsabilidade da IMETEC.
A Divisão Técnica não se responsabiliza quanto a montagens erradas na instalação ou
manutenção, falta de lubrificantes nos mancais e presença de corpos estranhos ao
equipamento.
Siga corretamente as instruções contidas neste manual para que seu equipamento lhe
proporcione a máxima produção de sua capacidade.

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