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ESCOLA BÁSICA DOS 2º E 3º CICLOS DE PAREDES

Curso de Educação e Formação de Adultos (EFA) – Nível


Secundário

Sociedade, Tecnologia e Ciência


2011/2012

Formando - _______________________________________ Data: ____/____/____

Unidade de Competência 4: Identificar, compreender e intervir em situações de gestão e economia, desde o orçamento privado e
familiar até a um nível mais geral através da influência das instituições monetárias e financeiras na economia em que se está
inserido e tendo em conta princípios das ciências económicas.
Núcleo Gerador: Economia e Gestão (EG)
Domínio Tema Competência Critérios de evidência
Sociedade: Atuo no sistema económico, monetário e financeiro, reconhecendo novos
problemas e oportunidades geradas pelas interacções que se estabelecem a nível global,
Perspetivar a e em particular, no contexto da União Europeia, e seus efeitos no bem-estar e progresso
influência dos social.
Sistemas sistemas Tecnologia: Atuo ao nível das tecnologias relacionadas com o conhecimento e a
DR3 Monetários e monetários e segurança de diferentes meios de transacção e na comunicação com instituições
Financeiros financeiros na económicas e financeiras.
economia e na
sociedade Ciência: Atuo com conhecimento dos indicadores macroeconómicos tendo em conta que
os problemas económicos envolvem politicas monetárias, e considerando a utilização de
modelos matemáticos que permitam simular e prever diversas situações.

Vamos refletir – NG4 (DR3)

Antes de mais, vamos entender alguns conceitos...

Sistema financeiro: Em Finanças é qualquer estrutura que tenha como objetivo descrever a circulação do
dinheiro em determinada organização. O Sistema Financeiro engloba a obtenção de recursos e a sua aplicação.
Tais atividades denominam-se por atividade financeira.
Sistema monetário: Um sistema monetário é um conjunto de regras e instituições cujo objetivo é organizar a
moeda num determinado espaço monetário. A principal função da moeda é a mensuração (ato ou efeito de medir)
do valor das mercadorias. Hoje em dia, incluem-se no seu conceito todos os instrumentos de crédito utilizáveis
pelo sistema económico: os depósitos, títulos de créditos, cartões de crédito e fundos do tesouro.
Sistema económico: Um sistema económico é o sistema de produção, distribuição e consumo de bens e serviços
de uma economia. Alternativamente, é o conjunto de princípios e técnicas com os quais os problemas de
economia são endereçados. O sistema económico é composto por pessoas e instituições. Exemplos atuais de
sistemas económicos incluem os sistemas capitalistas, sistemas socialistas, e economias mistas.
Diferença entre crescimento e desenvolvimento: Muita gente confunde os conceitos de crescimento e
desenvolvimento económico. O Crescimento económico é o aumento do Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, uma
elevação da produção da região estudada. O PIB é calculado através da soma de todos os produtos e serviços
finais de uma região para um determinado período. Já o conceito de desenvolvimento económico está relacionado
com a melhoria do bem-estar da população. Este mede-se através de indicadores de educação, saúde, renda,
pobreza, etc.
Crise financeira e crise económica: O termo crise financeira é aplicado a uma variedade de situações nas quais
instituições ou ativos financeiros se desvalorizam repentinamente. No século XIX e no início do século XX, muitas
crises financeiras estiveram associadas a corridas aos bancos, durante períodos de recessão. Outras
caracterizaram-se pelo estoiro de uma bolha financeira e pela quebra do mercado de ações, por ataques
especulativos à moeda de um país ou quando um país suspende o pagamento de sua dívida. Há várias teorias
acerca do desenvolvimento das crises financeiras e como evitá-las. Entretanto, não há consenso entre os
economistas. As crises continuam a ocorrer por todo o mundo e parecem produzir-se com certa regularidade,
podendo ser inerentes ao funcionamento da economia capitalista. Nos dias atuais, a Crise económica de 2008,
que atingiu a economia de todo o planeta, é a mais forte desde a Crise de 1929.
A função do FMI: O Fundo Monetário Internacional é uma organização internacional que pretende assegurar o
bom funcionamento do sistema financeiro mundial pelo monitoramento das taxas de câmbio e da balança de
pagamentos, através de assistência técnica e financeira. A sua criação deu-se após a segunda guerra mundial,
em Julho de 1944, e a sua sede é em Washington, DC, Estados Unidos. Actualmente conta com mais de 187
nações. Os objectivos da organização são: promover a cooperação monetária internacional, fornecendo um
mecanismo de consulta e colaboração na resolução dos problemas financeiros; favorecer a expansão equilibrada
do comércio, proporcionando níveis elevados de emprego e trazendo desenvolvimento dos recursos produtivos;
oferecer ajuda financeira aos países membros com dificuldades económicas, emprestando recursos com prazos
limitados e contribuir para a instituição de um sistema multilateral de pagamentos e promover a estabilidade dos
câmbios.

O que entendo por PEC: O Pacto de Estabilidade e Crescimento (ou PEC) é um acordo entre os países da União
Europeia. O PEC foi adoptado para evitar que políticas fiscais irresponsáveis tivessem efeitos nocivos sobre o
crescimento e a estabilidade macroeconómica dos países da União Europeia, em particular aqueles que
adoptaram o Euro como a sua moeda. De acordo com o PEC, todos os países da União Europeia devem
apresentar regularmente programas de estabilidade ou programas de convergência, devem respeitar os objectivos
macroeconómicos contidos nesses programas e devem evitar défices públicos superiores a 3% do PIB, bem como
valores da dívida pública superiores a 60% do PIB. Défices superiores àquele valor podem levar a sanções,
incluindo pagamento de multas.

Vamos tentar entender um pouco das competências do Banco


Central Europeu sobre inflação e estabilidade de preços.

Visita o endereço:

http://www.youtube.com/watch?v=qAWq74ucPG0&feature=player_embedded#!
Na nossa memória ainda estão alguns acontecimentos que marcaram
a economia mundial, no século XXI, como é o caso da crise do Subprime
(EUA - ano de 2007) e os ataques do dia 11 de Setembro.

1. O que é o 'subprime'? É um crédito à habitação de alto risco que se destina a uma fatia
da população com rendimentos baixos e uma situação económica instável. A única garantia exigida nestes
empréstimos é o imóvel.
2. Há 'subprime' em Portugal? O 'subprime' em Portugal está associado ao crédito ao consumo. As empresas de
crédito por telefone, como por um exemplo, a Mediatis, Cofidis ou a Credial, compram o dinheiro ao banco
central a baixo custo, com uma taxa de juro na ordem dos 4% e concedem empréstimos a quase 30%.
3. Como surgiu o 'subprime'? O 'subprime' surgiu quando a Reserva Federal norte-americana (Fed) começou a
baixar as taxas de juro para estimular o mercado imobiliário com o intuito de controlar os efeitos dos ataques
terroristas do 11 de Setembro nos mercados de tecnologias. Mas em 2003, a criação de emprego e o
investimento empresarial estavam em níveis baixos e a taxa de juro descia para 1%. Simultaneamente, as várias
instituições bancárias deixaram de ser tão exigentes nas condições requeridas para conceder créditos. Quando a
Fed começou a subir de novo os juros o problema estalou. Com juros mais altos acompanhados pela queda dos
preços das casas, as famílias ficaram sem capacidade para saldar as suas dívidas.
4. Como se dá o contágio para a Europa? Como os mercados estão interligados e há bancos e fundos europeus
com investimentos em produtos das instituições norte-americanas que operam no segmento 'subprime', a crise
de liquidez atingiu também a Europa.

No entanto, a história económica do século XX fica marcada pela


Grande Depressão (ou crise de 1929) e pelo surgimento da U.E..

A tempestade financeira que atingiu a América continua a atravessar o Atlântico na sua


máxima força e ainda não se sabe quando terminará.
Na história, encontramos a Grande Depressão, também conhecida por Crise de 1929.
Com origem nos EUA, esta crise foi uma grande recessão que teve início no ano de 1929, estendendo-se pela
década de 30. Foi considerada o pior e mais longo período de recessão económica do século XX, causando
elevadas taxas de desemprego e quedas na produção, no produto interno bruto e preço das acções.

Qualquer semelhança com a actualidade é pura coincidência... (ou não!...)


A necessidade de intervenção de instâncias supranacionais
na adopção de medidas que permitam manter a estabilidade
económica.

Dia da Europa

No dia 9 de Maio de 1950, Robert Schuman, ministro dos Negócios Estrangeiros francês, profere um
importante discurso, através do qual propõe que a França e a República Federal da Alemanha ponham em
comum os seus recursos de carvão e de aço, numa organização aberta a outros países da Europa.
Reconhecendo a importância da data que marcou o início do processo de construção europeia, os chefes
de Estado e de Governo decidiram, na cimeira de Milão de 1985, consagrar o dia 9 de Maio como o Dia da Europa.
Ao verem nas agendas e nos calendários o dia 9 de Maio identificado como "Dia da Europa", muitas
pessoas interrogam-se sobre o que se terá passado nessa data e em que ano terá tido lugar esse acontecimento.
Com efeito, poucos cidadãos europeus sabem que a 9 de Maio de 1950 nasceu a Europa comunitária, numa altura
em que, devemos recordá-lo, a perspetiva de uma terceira guerra mundial angustiava toda a Europa. Nesse dia,
em Paris, a imprensa foi convocada para as 18h no Salon de l'Horloge do Quai d'Orsay, quartel-general do
Ministério dos Negócios Estrangeiros francês, para uma "comunicação da maior importância".
As primeiras linhas da declaração de 9 de Maio de 1950, redigida por Jean Monnet, comentada e lida à
imprensa por Robert Schuman, Ministro dos Negócios Estrangeiros da França, dão imediatamente uma ideia da
ambição da proposta:

"A paz mundial não poderá ser salvaguardada sem uma criatividade à medida dos perigos que a
ameaçam. Através da colocação em comum de produções de base e da instituição de uma Alta Autoridade
nova, cujas decisões ligarão a França, a Alemanha e os países que a ela aderirem, esta proposta constituirá a
primeira base concreta de uma federação europeia, indispensável à preservação da paz".

Era assim proposta a criação de uma instituição europeia supranacional, incumbida de gerir as matérias-
primas que nessa altura constituíam a base do poderio militar, o carvão e o aço. Ora, os países convidados a
renunciar desta forma ao controlo exclusivamente nacional destes recursos fundamentais para a guerra, só há
muito pouco tempo tinham deixado de se destruir mutuamente num conflito terrível, de que tinham resultado
incalculáveis prejuízos materiais e, sobretudo, danos morais: ódios, rancores e preconceitos.
Assim, tudo começou nesse dia, razão que levou os Chefes de Estado e de Governo, na Cimeira de Milão
de 1985, a decidirem celebrar o 9 de Maio como "Dia da Europa". Os diversos países, ao decidirem
democraticamente aderir à União Europeia, adoptam os valores da paz e da solidariedade, pedra angular do
edifício comunitário. Estes valores concretizam-se no desenvolvimento económico e social e no equilíbrio
ambiental e regional, únicos garantes de uma repartição equilibrada do bem-estar entre os cidadãos.
A Europa, enquanto conjunto de povos conscientes de pertencerem a uma mesma entidade que

abrange culturas análogas ou complementares existe já há séculos. No entanto, a consciência desta unidade
fundamental, enquanto não deu origem a regras e a instituições, não pôde evitar os conflitos entre os países
europeus. Ainda hoje, alguns países que não fazem parte da União Europeia não estão ao abrigo de tragédias
terríveis.
Como qualquer obra humana desta envergadura, a integração da Europa não se constrói num dia, nem
em algumas décadas: as lacunas são ainda numerosas e as imperfeições evidentes.
Hoje ambicionamos algo completamente diferente: construir uma Europa que respeite a liberdade e a
identidade de cada um dos povos que a compõem, gerida em conjunto e aplicando o princípio segundo o qual
apenas se deve fazer em comum o que pode ser mais bem feito dessa forma.
Só a união dos povos pode garantir à Europa o controlo do seu destino e a sua influência no mundo.

Portugal atual...

No total Cavaco acumulou um défice ao longo de 10 anos de quase 30mil M€, o que dá uma média de
3mil M€/ano, numa altura em que PORTUGAL crescia a mais de 3% ao ano e convergíamos com a Europa!
Guterres acumulou um défice de 36 mil M€ ao longo de 6 anos, o que dá uma média de 6 mil M€/ano
(deve ter sido para construir os "Estádios Sociais") o início do descalabro.
Durão/Santana acumulou um défice de 12mil M€ ao longo de 2 anos, o que dá uma média de 6 mil
M€/ano, que não tiveram tempo para corrigir nada (Durão já na altura chamou a atenção que o país estava de
"tanga").
Sócrates acumulou um défice de quase 60 mil M€ ao longo de 6 anos, o que dá uma média de 10 mil
M€/ano, o afundanço de vez (Manelinha avisou, mas ninguém quis saber!).
Está a ficar descontrolado, não está?!?!
Abril de 2011
TAREFA:

1. É inegável a existência de interações, entre os sistemas monetários dos diversos países a


nível mundial.
Explique o porquê da intervenção de instâncias supranacionais, como a UE e o Banco Central
Europeu, na valorização e desvalorização do Euro e o porquê das poupanças ou dos consumos
individuais afetarem a economia e consequentemente os níveis de bem-estar de uma sociedade.

2. Elabore uma pequena pesquisa onde explicite e explique:


 As funções da moeda (ou, para que serve o dinheiro);
 Que características têm em comum os diferentes tipos de moeda (papel-moeda, moeda
escritural (cheques), cartões de crédito, moeda electrónica (internet))?
 Porque é que está a aumentar a introdução de sistemas de segurança para validação da
moeda? (por exemplo, introduzir o chip de segurança em resposta à disseminação de
leitores de bandas magnéticas)
http://www.ocaixa.com.br/artigos/funcoesdamoeda.htm
http://economiax.blogspot.com/2009/04/conceito-e-funcoes-da-moeda.html
http://solangeisabel.blogspot.com/2007/11/histria-e-tipos-de-moeda.html

3. O Pacto de Estabilidade e Crescimento é um conjunto de normas que visam evitar, nos


países aderentes ao euro, défices orçamentais excessivos.
A diminuição do nosso défice nos últimos dois anos só foi possível com o sacrifício de todos os
portugueses. Justifique esta afirmação, tendo em conta as medidas de combate ao défice
adoptadas pelo governo.

4. Diga o que entende por inflação.

5. Como se estabelece a estabilidade de preços?

6. Quais as medidas adotadas pelo BCE (Banco Central Europeu) para manter a estabilidade
económica?

Bom Trabalho!

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