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Discente:
Carla António Bacar
Docente:
Eng. Dulce Mabote
I.
Introdução..........................................................................................................................3
1.1. Objetivos.................................................................................................................3
1.1.1.Horizontes e camadas...........................................................................................5
1.1.3Cor do solo.............................................................................................................6
1.1.4Textura do solo......................................................................................................7
1.1.5Estrutura do solo....................................................................................................7
1.1.6.Consistência do solo.............................................................................................8
1.1.7.Porosidade do solo................................................................................................8
1.1.8.Cerosidade do solo................................................................................................9
2.1.Propriedades Morfológicos.........................................................................................9
V. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS.......................................................................14
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I. INTRODUÇÃO
Na Ciência do Solo seu objectivo é a descrição, através de metodologia padronizada, da
aparência que o solo apresenta no campo, segundo características visíveis a olho nú, ou
perceptíveis por manipulação. A descrição morfológica do solo é o primeiro passo para a
identificação e a caracterização do mesmo (MUNSELL, 1994).
1.1. Objetivos
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II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Já perfil do solo é uma secção vertical, através do solo, englobando a sucessão de horizontes ou
de camadas transformados pelos processos pedogenéticos e o manto super de resíduos orgânicos;
assim como também é a secção vertical do solo encontrado no terreno que revela a presença de
horizontes ou camadas, na posição predominantemente horizontal, mais ou menos distintos
(MONIZ, 1975).
Horizontes são sessões horizontais isoladas encontradas no perfil do solo que sofreram a
pedogênese. Esses horizontes super postos ao material originário recebem o nome de solum do
latim solo. Determinado solo é conhecido através da individualização de seus horizontes e/ou
camadas. É discriminado dos demais, segundo a sequência e a natureza de seus horizontes,
organização dos constituintes e manifestação de atributos decorrentes (MONIZ, 1975).
Estrutura;
Textura;
Cor;
Presença de nódulos e concreções;
Espessura dos horizontes;
Nitidez e conformação dos limites entre eles;
Consistência;
Cerosidade.
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2.2. Horizontes e camadas
Praticamente todo o processo de identificação dos solos inicia-se no campo, através do exame
morfológico cuidadoso do perfi l, pelos quais os horizontes são identificados, delimitados uns
dos outros e nomeados. A denominação dos horizontes e camadas é feita por símbolos
representados por letras e números (CAMARGO, 1992).
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R – camada mineral de material consolidado que, em muitos solos, constitui o substrato rochoso,
isto é, embasamento litológico de tal sorte coeso que, quando úmido, não pode ser cortado com
uma pá.E a rocha sã. (CAMARGO, 1992).
Cores escuras: indicam acumulação ou presença de matéria orgânica e estão relacionadas com o
horizonte A, a não ser que a matéria orgânica tenha sido translocada, sob a forma dispersa e/ou
solúvel, para os horizontes inferiores. Cores pretas em horizontes B e C podem indicar a
presença de óxidos de manganês, sob forma de revestimentos ou nódulos;
Cores vermelhas: indicam condições de boa drenagem e aeração do solo e estão relacionadas
com a presença de hematita (Fe2O3);
Cores amarelas: podem indicar condições de boa drenagem, mas um regime mais úmido e estão
relacionadas com a presença de goethita (FeOOH);
Cores acinzentadas: indicam condições de saturação do solo com água e estão relacionadas à
redução de ferro. Em condições anaeróbias, podem formar-se cores azuladas ou esverdeadas,
devidas a compostos de Fe (II) e sulfeto;
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Cores claras ou esbranquiçadas: normalmente se relacionam com a presença de minerais
claros como caulinitas, carbonato de cálcio, quartzo, calcedónia e outros, porém podem significar
perda de materiais corantes. Estas cores são comuns em horizontes E e Ck;
É importante considerar que a sensação ao tato pode ser mascarada pela presença de elevado teor
de matéria orgânica ou devido ao tipo de argilominerais que compõe a fracção coloidal do solo, o
que dificulta o estabelecimento mais preciso de sua textura. Em solos com argilominerais do tipo
2:1, a sensação de pegajosidade e plasticidade é mais intensa do que em solos com argila 1:1. Os
óxidos de ferro, em alta proporção, tendem a diminuir a plasticidade do solo.
A estrutura do solo é uma característica morfológica que varia de um solo para outro e também
entre os horizontes de um mesmo solo, constituindo um critério usado para separação de
horizontes do perfil do solo. Para a descrição da estrutura são levados em conta o grau de
desenvolvimento das unidades estruturais, a classe e o tipo de estrutura.
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O grau expressa a intensidade das ligações dentro e entre os agregados e é determinado pela
nitidez com a qual os agregados se apresentam no perfil e pela resistência que oferecem à
desagregação quando são removidos e manipulados. A classe refere-se ao tamanho dos
agregados. O tipo refere-se a forma dos agregados (BRADY e WEIL, 2013).
A consistência do solo seco é caracterizada pela dureza ou tenacidade, ou seja, pela resistência a
ruptura ou fragmentação dos seus agregados quando comprimidos entre o dedo polegar e o
indicador. No solo úmido caracteriza-se pela friabilidade do solo, sendo determinado num estado
de humidade intermediário entre seco ao ar e a capacidade de campo, observando-se a resistência
oferecida a aplicação de pressão e a capacidade do material fragmentado tornar a agregar-se sob
nova pressão (BRADY e WEIL, 2013).
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2.2.1.7. Cerosidade do solo
Cerosidade é o aspecto brilhante, ceroso, observado na superfície das unidades estruturais dos
horizontes iluviais do solo. Ela compreende uma fina película de argila depositada nas
superfícies das unidades estruturais e nas paredes dos poros pelos processos de eluviação-
iluviação (BRADY e WEIL, 2013).
Profundidade e espessura - Após a separação dos horizontes, mede-se a espessura dos mesmos,
iniciando-se a medição a partir do topo do primeiro horizonte mineral. Quando a transição de um
horizonte para o outro não é representada por um plano paralelo à superfície do terreno, tomam-
se as espessuras máxima e mínima deste horizonte. No caso de horizontes orgânicos, coloca-se o
zero da fita métrica no topo do horizonte mineral superficial e faz-se a leitura inversa.
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Quanto à topografa da faixa de separação pode ser:
Cor - É uma das características que mais saltam à vista, mas tem pouca ou nenhuma influência
sobre os fenómenos que se passam no solo, excepto sobre o regime térmico. É considerada uma
das propriedades morfológicas mais importantes, na diferenciação de horizontes, na avaliação do
teor de matéria orgânica, na avaliação do grau de oxidação/hidratação dos compostos férricos, na
avaliação da drenagem do perfil, etc. Os principais agentes pigmentantes do solo são:
Matéria orgânica - tende a conferir aos solos as cores escuras, notadamente quando o material
está úmido.
Quando ocorre a redução do ferro (Fe+2) ele deixa de actuar como pigmentante e minerais como
caulinita (na fracção argila) e quartzo (na fracção areia) passam a expressar sua cor tornando o
solo cinzento.
A cor do torrão do solo (seco e úmido) é identificada por comparação e recebe um símbolo
alfanumérico, em que os grupos de dígitos indicam matiz (hue), valor (value) e croma (chroma),
os três elementos de uma cor (MUNSELL, 1994).
A cor do material do solo pode ser “simples” ou composta. É dita “simples” quando a olho nu
distingue-se uma única cor; é dita composta quando há manchas de cores diferentes. As cores
compostas podem ser de vários tipos: os mais importantes são o mosqueado de redução
(característico dos horizontes gleizados) e o mosqueado de tons vermelhos e amarelos chamado
plintita que indica alternância de hidratação e ressecamento de uma zona subsuperfcial, causada
pela drenagem difícil da faixa plintitizada (MUNSELL, 1994).
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Textura / Classe Textural - é uma propriedade muito importante na diferenciação de
horizontes, na avaliação das relações genéticas entre os horizontes A e B (gradiente textural), e
na estimativa da drenagem do perfil. A classe textural, no campo, é determinada por um processo
expedito, caracterizado pela avaliação de: sensações tácteis (aspereza, sedosidade, friabilidade);
e consistência do material úmido (plasticidade e pegajosidade).
Quanto à forma:
2. Granular - Os agregados têm forma e aspecto arredondados, sem apresentar faces de contacto.
Pode ser: granular p.pm/dita - pouco porosas, e grumosa – muito porosas.
3. Prismática - Os agregados têm um eixo vertical maior que o eixo horizontal. Pode ser: colunar
ápices arredondados, ou prismática propriamente dita – ápices angulosos.
4. Blocos - Os agregados têm dimensões equivalentes, nas três direcções x, y e z. Pode ser:
angular quando as faces são planas e os vértices angulares, e subangular, - quando as faces e
vértices forem ligeiramente arredondados, ou algumas faces e vértices o forem.
Quanto ao tamanho:
As diversas unidades estruturais são divididas em cinco classes, quanto ao tamanho: muito
pequena, pequena, média, grande e muito grande; em que os limites de cada classe variam com o
tipo de estrutura.
O grau de desenvolvimento diz respeito à coesão dentro dos agregados e entre eles, isto e, à
proporção entre material agregado e individualizado (terra f na) em uma amostra. Podem ser
divididos em:
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1. Sem agregação - Quanto não se observam unidades estruturais (peds) separadas por
superfícies de fraqueza. Pode ser grãos simples (material não coerente) ou maciça (material
coerente).
2. Com agregação - Pode ser fraca, moderada ou forte, em função da resistência dos agregados,
face ao manuseio, e da proporção entre material agregado e não agregado.
Cerosidade - Aspecto ceroso, um tanto brilhante, que ocorre na superfície dos agregados (peds),
em alguns solos. Decorre da deposição de película de material coloidal (argilo- minerais ou
óxido de ferro) na superfície dos peds (cutans de iluviação). É identificada quanto ao grau de
desenvolvimento (fraca, moderado ou forte), em função do contraste em relação a matiz do
agregado, quanto à quantidade (pouco, comum e abundante) e quanto à nitidez (difusa, distinta e
proeminente).
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IV. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O solo é um recurso essencial para todos os organismos terrestres, incluindo o homem, razão
pela qual deriva em grande parte sua importância e as funções do solo permitem que
ecossistemas e sociedades se desenvolvam e evoluam. A descrição morfológica do solo é o
primeiro passo para a identificação e a caracterização do mesmo.
Para finalizar, pode-se afirmar que o estudo dos atributos do solo é potencialmente útil para a
interpretação da relação solo-paisagem, além de fornecer informações importantes para o uso,
manejo e conservação desse recurso limitado. Os horizontes e as camadas principais do solo são
simbolizados pelas seguintes letras maiúsculas: O - H - A - E - B - C - F - R.
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V. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
MUNSELL COLOR. Munsell soil color charts. New Windsor, 1994. Revised edition.
SANTOS, R.D.; LEMOS, R.C.; SANTOS, H.G.; KER, J.C.; ANJOS, L.H.C.; SHIMIZU, S.H.
Manual de descrição e coleta de solo no campo. 7ª ed. revisada e ampliada, Viçosa. Sociedade
Brasileira de Ciência do Solo. 101p, 2015.
BRADY, N.C; WEIL, R.R. Elementos da Natureza e Propriedades dos Solos. 3ª ed. Tradução
técnica: Igo Fernando Lepsch. Editora Bookman, Porto Alegre, RS, 2013. 685 p.
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