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da seleção
Pode parecer que para todo lugar que olhemos, vemos evidências de seleção natural: os
organismos parecem estar bem adaptados aos seus ambientes. Mas a teoria neutralista
da evolução molecular sugere que grande parte da variação genética nas populações é o
resultado de mutações e deriva genética e não de seleção.
Basicamente, a teoria sugere que se uma população carrega várias versões diferentes de
um gene, a probabilidade é de que cada uma dessas versões seja igualmente boa na
realização de seu trabalho – em outras palavras, que a variação é neutra: se você
carrega a versão A ou a versão B do gene, não afeta sua aptidão.
O ponto mais importante da teoria neutralista é simplesmente que quando vemos várias
versões de um gene em uma população, é possível que suas frequências estejam apenas
derivando por aí. Os dados apoiando e refutando a teoria neutralista são complicados.
Descobrir quão amplamente a teoria neutra se aplica é ainda tópico de muita pesquisa.
A teoria neutra pressupõe que a evolução a nível molecular seja dominada por processos
aleatórios, a chamada deriva gênica que irá atuar em pequenas populações.
Já a seleção natural agiria em grandes populações, sendo assim a neutralidade das mutações
dependeria do tamanho da população.
Esta nova ideia evolucionária sugeria que as mutações responsáveis pelo surgimento de
características adaptativas vantajosas possuiriam pouca contribuição para a variabilidade
genética das populações por serem extremamente raras e se fixarem muito rapidamente pela
seleção natural.
Além disso, Kimura excluiu, em sua teoria neutra, as mutações prejudiciais de suas
considerações já que estas não contribuiriam nem para a variabilidade genética nem para a
evolução molecular, uma vez que são rapidamente eliminadas por meio da chamada “seleção
negativa