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Universidade Catolica de Moçambique

FRAGREFF - Bairro Chiuaula


Centro Polivalente
26941956 Cel. 844159760
e-mail: ucmlichinga@ucm.ac.mz

Material de apoio da Cadeira de Fiscalidade I, Contabilidade e Auditoria, 3º Ano,


SemestreI.
Estudo sobre o IRPC, aula 20/04/2020

PRINCIPAIS ASPECTOS SOBRE O IRPC - Imposto sobre os Rendimentos das Pessoas


Colectivas (Lei n.º 34/2007 de 31 de Dezembro)
Nb. O est udo da present e brochura deve ser acompnhada com a legislação
correspondende.

a) Incidência (artigo 4º CIRPC):


De acordo com o CIRPC – Código do IRPC, este imposto incide sobre:
As sociedades comerciais e as demais pessoas colectivas de direito público ou
privado com sede ou direcção efectiva em território moçambicano.

Mais ainda, são tributados pela totalidade dos seus rendimentos, incluindo os
obtidos fora do território nacional.
No entanto, existem convenções para evitar a dupla tributação internacional
aplicáveis assinadas com os seguintes países: Portugal, Itália, Maurícias, Emiratos
Árabes Unidos e África do Sul.

As entidades, com ou sem personalidade jurídica, que não tenham sede nem
direcção efect iva no território nacional, relativamente apenas à parcela dos
respectivos rendimentos obtidos no País e aqui não sujeitos a Imposto sobre o
Rendimento das Pessoas Singulares (IRPS).

Para efeitos de sujeição a imposto consideram-se obtidos no território nacional os


rendimentos imputáveis a estabelecimento estável (ver o artigo3º do CIRPC) aí
situado, e bem assim os que, não se encontrando nessas condições, sejam
relativos a imóveis aí situados, ou respeitem a rendimentos cujo devedor tenha
residência, sede ou direcção efectiva em território nacional, ou cujo pagamento
seja imputável a um estabelecimento estável nele situado.

Brochura de apoio ao estudo do IRPC-Cadeira de Fiscalidade 1, 3º ano SemestreI.


Elaborado por dr.Florentino Calton
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b) Transparência Fiscal (Artigo 6º CIRPC):

A matéria colectável, determinada nos termos do IRPC, das seguintes sociedades


com sede ou direcção efectiva em território nacional, é imputada aos sócios das
mesmas integrando-se na determinação do rendimento tributável destes para
efeitos de IRPS ou IRPC, consoante o que lhes seja imputável, ainda que, não
tenha havido distribuição de lucros:
 Sociedades civis não constituídas sob forma comercial;
 Sociedades de profissionais;
 Sociedades de simples administração de bens, designadamente quando a
maioria do respectivo capital social pertença, directa ou indirectamente, a
um grupo familiar.

A imputação aos sócios ou membros das entidades abrangidas é feita nos termos
e proporção que resultem do acto constitutivo das mesmas entidades ou, na falta
de tais elementos, em partes iguais.

c) Isenções (Artigo 9º CIRPC):


São, entre outros, isentos de IRPC:
Os rendimentos directamente resultantes do exercício da actividade sujeita ao
Imposto Especial sobre o Jogo estabelecido pela Lei n.º 8/94, de 14 de Setembro;
As sociedades e outras entidades às quais seja aplicável o regime de
transparência fiscal acima enunciado.

d) Taxas Aplicáveis:
A taxa do IRPC é de 32%, salvo nas seguintes situações:
Actividade agrícola e pecuária, até Dezembro de 2010 – 10%;
Rendimentos aos quais seja aplicável a obrigatoriedade de retenção na fonte do
correspondente imposto – 20%;

Entidades que, não tendo sede nem direcção efectiva em território nacional, aqui
não possuam também estabelecimento estável ao qual os correspondentes
rendimentos sejam imputáveis – a título de taxa liberatória – 20%;

Brochura de apoio ao estudo do IRPC-Cadeira de Fiscalidade 1, 3º ano SemestreI.


Elaborado por dr.Florentino Calton
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Entidades que, não tendo sede nem direcção efectiva em território nacional, aqui
não possuam também estabelecimento estável ao qual os correspondentes
rendimentos sejam imputáveis, quando derivados da prestação de serviços de
telecomunicações e transportes internacionais, bem como montagem e
instalação de equipamentos efectuados por essas entidades - a título de taxa
liberatória – 10%;

Rendimentos de títulos cotados na Bolsa de Valores de Moçambique – a título de


taxa liberatória – 10%;

Encargos não devidamente documentados e despesas de carácter confidencial


ou ilícito - 35%. Mais, estes custos não são aceites para efeitos do apuramento da
matéria colectável, sendo deduzidos no momento do preenchimento da
declaração de rendimentos (Modelo 22) no final do exercício.

e) Determinação do Rendimento e da Matéria Colectável (Arts.16 e17 CIRPC)


Por regra o exercício económico, para efeitos de tributação, coincide com o ano
civil, mas, existe a possibilidade de ser adoptado período anual de tributação
diferente, quando a nat ureza da actividade o justifique, ou quando se trate de
estabelecimento estável de sociedades e outras entidades sem sede nem
direcção efectiva no território nacional, na condição sempre de o período assim
adoptado dever ser mantido durante os cinco exercícios seguintes, pelo menos.

O rendimento colectável concebe:


 O lucro das sociedades comerciais e demais entidades que exerçam a título
principal uma actividade de natureza comercial, industrial ou agrícola,
considerando-se como tal todas as actividades que consistam na realização
de operações económicas de carácter empresarial, incluindo a prestação
de serviço;

 Os prejuízos fiscais apurados em determinado exercício, das referidas


sociedades e demais entidades, são deduzidos aos lucros tributáveis,

Brochura de apoio ao estudo do IRPC-Cadeira de Fiscalidade 1, 3º ano SemestreI.


Elaborado por dr.Florentino Calton
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havendo-os, de um ou mais dos cinco exercícios posteriores. O rendimento


global, correspondente à soma algébrica dos rendimentos das diversas
categorias consideradas para efeitos de IRPS, nos restantes casos.

Fonte: Lei 34/2007 Aprova o CIRPC – Código do Imposto sobre o Rendimento das
Pessoas Colectivas

Para questões de dúvidas, contatar o docente no Fórum (whatsap da turma)

Brochura de apoio ao estudo do IRPC-Cadeira de Fiscalidade 1, 3º ano SemestreI.


Elaborado por dr.Florentino Calton

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