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O TRABALHO DOCENTE NA EDUCAÇÃO BÁSICA: o Pará em questão.

Capitulo 1 : O trabalho docente na educação básica: conhecendo novos docentes e


suas condições.
Dalila Andrade de Oliveira
Observações: a rede estrado na américa latina vem acumulando estudos sobre os
efeitos que as reformas educacionais dos anos 90 vem tendo na escola básica
brasileira e no trabalho docente.
O objetivo dessa pesquisa foi conhecer as dimensões constituintes do trabalho
docente, em que pese, quem são os atores, o que fazem, o lugar onde atuam e em
que condições de trabalho atuam na educação básica?
A Regulação (também regulação educacional) pode ser definida como “o conjunto
de ações decididas e executadas por uma instância (governos, hierarquia de uma
organização para orientar as ações e as interações dos atores sobre os quais detém
uma certa autoridade” (MAROY e DUPRIEZ, 2000, p. 73-87). Diz respeito as
dimensões de coordenação, controle e influência exercida pelos detentores de uma
autoridade legitima como intervenção das autoridades públicas para “introduzir
regas e constrangimentos” no mercado e ação social.
A regulação pode ser tomada também como um processo ativo de produção de
“regras do jogo” (REYNAUD, 1997:7), que compreende não só definição de regras
(normas, injunções e constrangimentos) que orientam o funcionamento do sistema,
mas também seu reajustamento, provocado pela diversidade de estratégias e ações
de vários atores em função dessas mesmas regras. Ver página 12 sobre educação.
As mudanças ocorridas a partir dos anos 90, os sistemas educacionais passaram a
sofrer novas formas de regulações repercutindo no trabalho docente.
A hipótese desta pesquisa diz parte do principio que tais regulações efetuadas no
âmbito das reformas na educação básica no brasil impactou a identidade e
profissão docente no brasil.
A pesquisa buscou conhecer como os docentes enfrentam essas mudanças e em que
medida os mesmos desenvolvem estratégias para responder as novas exigências.
Procurou conhecer e analisar as mudanças promovidas pelas recentes políticas
públicas para educação básica no que se refere à organização e gestão escolar e
suas consequenciais para formação e carreira docente. Observando ainda seu
efeitos sobre a saúde docente. P 12 usar no meu texto
Foi traçado o perfil socioeconômico e cultural dos docentes em exercício na
educação básica no Brasil.; mapeadas a divisão técnica do trabalho na escola, a
emergência de postos, cargos e funções derivados, de novas exigências e
atribuições, bem como as atividades desenvolvidas pelos docentes. Buscou-se
conhecer as condições de trabalho dos docentes: os meios físicos, os recursos
pedagógicos, e o acesso a formação continuada, à literatura especifica, ás
tecnologias e bens culturais para o desenvolvimento do seu trabalho. Procurou-se
levantar também as formas de contratação, as condições salariais e de carreira, em
diferentes redes de ensino, e ainda, identificar necessidades de formação
continuada dos profissionais da educação básica.

A pesquisa buscou investigar em que medidas as mudanças trazidas por uma nova
regulação educativa produzem efeitos sobre organização escolar, e sobre os
docentes, sua identidade e o trabalho 11
A PESQUISA NO PARÁ
- Sujeito docente: são considerados sujeitos docentes os profissionais que
desenvolvem algum tipo de atividade de ensino ou docência, sendo compreendidos
pelo professores e por outros sujeitos que exercem atividade de docência. 14
- Unidade educacional: é considerado todo estabelecimento destinado a prática de
atividade docente em que existe sujeito docente e sujeito discente e integra a
educação escolar brasileira. 15
No Pará a mesma contou com 3496 estabelecimentos de ensino investigados, 77.341
professores. 1353 docentes foram pesquisados..
36,6% dos trabalhadores do Pará utilizam transporte para ir trabalhar
87,7% afirmam não ter tempo para atividade extraclasse ou Hora pedagógica.
Isso explica porque o estado está entre aqueles que os docentes afirmam ter
aumentado sua carga horária de trabalho sem ter aumentado seus vencimentos. 15
O pará apresentou o maior número de alunos por turma e 62,5 dos docentes
afirmam que não tem alunos auxiliares para ajudar.
70% avaliaram como ruim os materiais de avaliação e pedagógicos oferecidos
pelas escolas.
Esses dois últimos os maiores do Brasil entre os estados investigados.
É o estado com menor autonomia pedagógica em quem 30% afirmam que não
participam da construção do ppp.
Capitulo 2
O PARÁ NA PESQUISA: trabalho docente na educação básica
No pará o sistema estadual de educação foi criado em 1998 pela lei. Nº 6.170 em 15
de dezembro deste ano, embora já existisse a secretária de educação desde 1958. 25
Após a criação do fundef No pará, em 2009, 82,5% dos 143 municipios
municipalizaram o ensino fundamental, e neste mesmo ano o estado contava com
2.421.428 alunos matriculados, sendo que 271.441 mil no ensino infantil, 1.518.623
estudantes matriculados no ensino fundamental e 348.625 no ensino médio. 25
Mesmo após o fundef no pará ainda existia 3,2% de alunos fora de sala de aula
entre 7 a 14 anos de idade.
Em 2007 o pará constava com um total de 17.170 escolas sendo que 11.104 era de
escolas do ensino fundamental muito se deu pelo processo de municipalização do
ensino fundamental após o fundef, neste sentido 9.826 do ensino fundamental eram
de origem municial 26
Em 2006 75% das escolas no Pará estavam localizadas no campo.
Em 2007 o estado do Pará constava com 65.028 professores atuando na educação
básica, sendo 43.349 do sexo feminino e 16.679 do sexo masculino. A escolaridade
desses professores se distribuía entre 937 cursaram o ensino fundamental, 29.674
cursaram o ensino normal/magistério, 6.990 o ensino médio, 28.832 cursaram
alguma licenciatura, e 3.595 não haviam cursado nenhuma licenciatura. 27

As políticas educacionais dos anos 1990, tendo como fundamentos pressupostos


neoliberais, constituíram as bases para a reconfiguração da educação brasileira
com acentuadas mudanças na educação básica, acarretando ampliações das
responsabilidades aos municípios, particularmente, aos gestores educacionais que,
nesses últimos dezessete anos, vem se moldando ás políticas de resultados
determinada e monitorada pelo governo federal. 31
Como suporte a essas políticas, foi estruturado um conjunto de medidas que
alteram e ampliam o arcabouço jurídico, expressando-se nos seguintes aparatos
legais: Lei. 9394/96 e o plano nacional de educação de 2001; a instituição da prova
Brasil, em 2005 que serviu de base para a criação do IDEB; e plano de
desenvolvimento de educação de abril de 2007, que, entre outras ações, o PDE –
escola”- Plano de desenvolvimento da escola para fortalecer a autonomia da gestão
das escolas com apoio técnico e financeiro para que elaborassem seus planos de
gestão; a instituição, pela portaria normativa nº 10, da avaliação da alfabetização-
“Provinha Brasil” em 2007; a criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento
da Educação Básica e Manutenção do Magistério ( FUNDEF) em 2006 (SAVIANI,
2009:6), constituindo regulações que norteiam e conformam os sistemas municipais
de educação e suas políticas para a educação básica no Brasil. 31
CAPITULO 3: PERFIL, FORMAÇÃO E CONDIÇÃO DOCENTE NA
EDUCAÇÃO BÁSICA NO PARÁ
Neste capítulo analisa através de entrevistas o perfil, a formação e condição
docentes dos docentes do estado do Pará no ano de 2009.

AS CONDIÇÕES DE TRABALHO considerando Assunção (2003:91), Kuenzer e


Caldas (2007:15), e Santos (2008:24), são identificadas como recursos humanos
(todos os trabalhadores da escola), recursos físicos e materiais (edificação,
equipamentos, itens de consumo, material didático), recursos financeiros (caixa
escolas e outros financeiros administrados pela escola), e relações de emprego
( contratos de trabalho, jornada, salário, estatuto profissional, formação
continuada e cobertura previdenciária). 53
A JORNADA DE TRABALHO: é compreendida com base nas formulações de
Oliveira e Vieira (2009:16), como o período que indica o limite da duração do
trabalho, e define a quantidade de tempo que as pessoas dedicam a atividades
econômicas. 54
POR PRECARIZAÇÕES DAS RELAÇÕES DE TRABALHO: entende-se a
problemática do emprego e das relações de trabalho traduzidas no desemprego, na
flexibilização e na desregulamentação do trabalho (perda dos direitos
trabalhistas), manifestado nas crises econômicas e na consequente reestruturação
do capitalismo nas últimas décadas do capitalismo do século XX, tal como
preconizam Oliveira e Vieira (ibid). 54
A INTENSIFICAÇÃO DO TRABALHO: refere-se ao esforço despendido pelo
indivíduo no processo de trabalho, agravado pelo ritmos, tempos, condições de
trabalho, e exigências paralelas impostas aos trabalhadores somadas ás suas
atividades principais (OLIVEIRA e VIEIRA, 2009:17). 54
A FORMAÇÃO DOCENTE: diz respeito ao processo de qualificar o professor em
relação ao domínio de conhecimentos e habilidades necessários ao exercício da
profissão; deve representar a possibilidade de elevar o nível de qualificação e
abrange a formação inicial (que permite ao docente obter as condições legais que
lhe permitem atuar na profissão) e formação continuada (que tem como objetivo
possibilitar ao docente ampliar, aprofundar e ter um maior domínio sobre o
trabalho que desenvolve), além de contribuir para o desenvolvimento profissional
docente (GATTI, 2008:58; MAUÉS, 2003:99; GARCIA, 98:22; NÓVOA, 1997:24)
54.
Além disso, é igualmente importante entender questões de ordem mais geral,
conforme evidenciam estudos desenvolvidos por Hypolito (2010), Ball (2005),
Sampaio e Marin (2004), Lapo e Bueno (2004), Ludke e Boing (2004), entre outros.
Para estes autores, tem havido muita pressão sobre o trabalho docente na
atualidade, com professores sendo responsabilizados pelos resultados obtidos pelas
escolas, sobretudo, aqueles que resultam dos processos de avaliações em larga
escala. Com isso, acaba por enfraquecer o foco na precarização das condições de
trabalho nas quais o trabalho docente se desenvolve, enfatizando a culpa do
professor pelo sucesso e insucesso nas estatísticas educacionais. Dessa forma, em
inúmeras situações, o professor é estimulado a dar respostas do ponto de vistas do
currículo a problemas que, muitas vezes decorre das condições estruturais da
nossa sociedade e que não estão diretamente relacionados com o seu trabalho
propriamente dito. 55
Ver esteves 1995 sobre doze elementos que caracterizam o mal estar docente. 55
Em 2009 70% dos docentes eram do sexo feminino, no ensino fundamental era
51% diferente do ensino médio quando o masculino é 51% 55
Tempo livre e lazer 61
Ver páginas 63 sobre etapas do trabalho docente importante aqui
A questão docente adquire centralidade no contexto das políticas educacionais,
sobretudo, a partir da década de 1990, com a reforma do estado. Tais políticas
tem, entre outros aspectos, responsabilizado o professor pelos resultados
alcançados pela escola, em especial aqueles que decorrem das avaliações em larga
escala em âmbito nacional, como é o caso do exame nacional do ensino médio
(ENEM), Sistema de avaliação da educação básica (SAEB), Prova Brasil e
provinha Brasil. Tais avaliações são feitas com base em parâmetros internacionais
sem que sejam proporcionadas condições adequadas para efetivação da formação
a atuação desses profissionais (Santos, 2008:24; Lima, 2006:36). 65

Ver página 65 sobre carga horária de trabalho


Em relação a jornada de trabalho docente prolongada, Oliveira (2004:41) afirma
que as mudanças decorrentes das reformas educacionais tem resultado na
“intensificação do trabalho docente”, ampliação do seu raio de ação e,
consequentemente, em maiores desgastes e insatisfação por parte desses
trabalhadores (OLIVEIRA, 2004:41), o que, segundo a autora, tem contribuído
para o processo de flexibilização e precarização do trabalho docente. Para esta
autora, estes termos estão relacionados ao fato do professor ter de assumir na
escola múltiplas funções que não são próprias de sua formação profissional, além
de não ter garantidas condições favoráveis de trabalho e remuneração. 65
Em relação a intensificação do trabalho docente, Pino, Vieira, e Hypolito analisam
que a intensificação é um processo que: i) conduz à redução do tempo de descanso
na jornada de trabalho; ii) implica falta de tempo para atualização e
requalificação em habilidades necessárias; iii) implica uma sensação crônica, de
sobrecarga de trabalho [...], o que reduz áreas de decisão pessoal, envolvimento e
controle sobre planejamento, aumenta a dependências de materiais, e especialistas
externos ao trabalho, provocando maior separação, entre concepção e execução
entre planejamento e desenvolvimento; iv) reduz a qualidade do tempo, (para se
“ganhar” tempo, somente o “essencial” é realizado), o que aumenta o isolamento,
reduz a interação e limita a reflexão conjunta; v) as habilidades coletivas de
trabalho são perdidas ou reduzidas e as habilidades de gerência são
incrementadas; vi) impõe e incrementa o trabalho de especialistas para dar
cobertura a deficiências pessoais; vii) introduz soluções técnicas simplificadas
(tecnologias) para mudanças curriculares a fim de compensar o reduzido tempo de
preparo (planejamento); viii) as formas de intensificação são muitas vezes
interpretadas como profissionalização, e, assim, passam a ser voluntariamente
apoiadas pelo magistério (PINO, VIEIRA E HYPOLITO, 2009:124). 66-67.

Ver página 66, sobre intensificação do trabalho docente e formação continuada.


65 e 349 dos entrevistados dizem que sempre ou as vezes levam trabalho pra casa
66
USAR TODO ESSE CAPÍTULO PRA FAZER INFERÊNCIA NA MINHA
PESQUISA E DIALOGAR COM OS DADOS.
VER PÁGINA 69 FORMAÇÃO E TRABALHO DOCENTE 69 ORGANISMOS
INTERNACIONAIS COMO A GENTE DO MERCADO

CAPITULO 4
AS CONDIÇÕES DE TRABALHO E OS EFEITOS SOBRE A SAÚDE
DOCENTE 73
Na página 80 da pra usar o primeiro parágrafo pra usar do debate da questão
racial.
Dados da pesquisa página 81 muito foda
Fala de avaliação em larga escala, estado avaliador,
CAPITULO V POLITICAS DE VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAI DA
EDUCAÇÃO BÁSICA NO PARÁ CARREIRA E SALÁRIO.92
HARNACKER 2000... PG
Os sujeitos e trabalho docentes estão no centro da reforma educacional dos anos
90 .. pg 96
Ver página 97
Pressão por resultados e avaliações em larga escala, pg 104
CAPITULO XI
POLITICA DE AVALIAÇÃO E AUTONOMIA DO TRABALHO DOCENTE NA
EDUCAÇÃO BÁSICA NO PARÁ
Ver página 118 as reformas educacionais no brasil
Ver página 119
120-121 76% dos docentes sofrem pressão em seu trabalho pelas avaliações
externas uma vez que sente-se responsáveis pelos péssimos resultados das escolas
frente essas avaliações.
AVALIAÇÃO EM LARGA ESCALA E O TRABALHO DOCENTE TÓPICO 123
CAPÍTULO
CONDIÇÕES DE TRABALHO E FORMAÇÃO DOCENTE EM CINCO
MUNICÍPIOS DO PARÁ
Ver página 134 a expansão da educação básica e os impactos do trabalho docente a
partir da reforma do estado.
CAPITULO XIII
ORGANIZAÇÃO DOS DOCENTES E AÇÃO SINDICAL

CAPITULO IX
POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DOCENTE PARA EDUCAÇÃO BÁSICA
Ver página 178
Ver página 180

CAPÍTULO X
DOCENTES DA EDUCAÇÃO BÁSICA NO ESTADO D0 PARÁ
Ver página 202 sobre a saúde dos docentes
Ver página 205 gestão democrática importante o que ela é.

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