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Aterramento Raios
Aterramento Raios
Nos estudos realizados sobre este fenômeno natural, constatou-se que o raio é um dos
impulsos elétricos da descarga atmosférica, que ocorre com a sobrecarga dos potenciais elétricos
existentes na nuvem.
A carga elétrica da nuvem é oposta à carga elétrica do solo. Quando os pólos negativos
encontram os positivos para eliminação, ocorre um faiscamento que são os impulsos elétricos, ou
raios.
Seus Danos
O raio nada mais é do que uma super corrente elétrica com milhares de KVA's, sendo seu
poder destrutivo potencialmente nocivo à prédios e edificações em geral.
Custo - benefício
O acesso à terra e a utilização adequada das armações metálicas das fundações como
eletrodo de aterramento podem não ser possíveis após o início dos trabalhos de construção. A
natureza e a resistividade do solo devem também ser consideradas no estágio inicial do projeto.
Outro exemplo a ser considerado são edificações que aparentemente não necessitam de
SPDA. Uma edificação com estrutura de sustentação metálica e cobertura (telhado) não metálica
pode apresentar baixo risco; no entanto, o acréscimo de um captor e um sistema de aterramento
aumentam substancialmente a proteção e a relação custo - benefício pode justificar a instalação
de um Sistema.
Implantação de SPDA
Para a implantação de SPDA em estruturas comuns, ou seja, com exceção àquelas com riscos
inerentes de explosão, inicialmente deve ser determinado se o Sistema é ou não exigido. Em
muitos casos, a necessidade de proteção é evidente, como os exemplos abaixo:
Obs.: Deve-se atentar, também, as exigências dos órgãos competentes quanto a implantação
do SPDA.
Adequação de SPDA
Podem ser sistemas cujo dimensionamento não protegem toda a edificação, tendo seu
sistema de captação não abrangente e o seu número de descidas e aterramentos insuficientes
para um bom escoamento das descargas, ou sistemas que possuam captores radioativos,
proibidos no mercado nacional.
Pára-Raios Radioativos
Direta: quando o raio atinge uma edificação e causa danos tanto na construção quanto nos
equipamentos. A proteção nesse caso é feita através de pára-raios, tipo Franklin e/ou gaiola de
Faraday.
Indireta: quando o raio cai nos proximidades de uma edificação e sua sobrecarga danifica
equipamentos através de rede elétrica. A proteção contra esse problema é através de aterramento
elétrico com protetores de surtos.
Interferência Eletromagnética
Importante
Equalização significa ligar todos os aterramentos elétricos entre si, inclusive pára-
raios, formando um corpo elétrico único.
Mesmo com um aterramento perfeito de 01 Ohms, por exemplo, mas não equalizado ,
o aparelho eletroeletrônico continua correndo riscos de queima.
As seguradoras não são obrigadas a cobrir perdas por raios se sua obra ou instalação
estiver fora das normas técnicas brasileiras (ABNT).
Por mais bem projetado que seja o sistema de pára-raios ele só irá proteger a
edificação
Uma norma básica do aterramento elétrico é a IEC 200 dos Estados Unidos, segundo a
qual todos os aterramentos têm de estar interligados fisicamente, em toda a estrutura física de
uma cidade. Os cabos elétricos naquele país possuem três pólos: fase, neutro e terra. Cada prédio
novo que é construído deve interligar seu fio terra com os dos demais. Isso cria uma “gaiola de
Faraday”, uma espécie de malha ou rede subterrânea que evita a diferença de potencial no solo.
Início errado – Ariosvaldo explica que apesar de possuir tecnologia avançada no setor, o Brasil
teve um início errado, pois a rede elétrica não tem o terceiro pólo e cada edificação tem – quando
tem – um sistema de aterramento diferente. E, no caso de Santos, o solo geralmente não é
preparado devidamente para o aterramento, o que complica ainda mais o problema.
Ainda se salvam os postos de gasolina, que seguem uma norma técnica específica para as
instalações dos depósitos de gasolina: eles devem ficar enterrados no solo e vedados contra a
entrada de oxigênio, o que evita a explosão do combustível: a descarga elétrica passa pelo
tambor e se dissipa no solo. Além disso, a estrutura de cobertura deve ser metálica, para que a
descarga elétrica seja conduzida para o solo. Existe apenas um raro momento de perigo: quando
o frentista está abastecendo um veículo, em meio à tempestade, e alguma bolha de oxigênio
possa passar pela mangueira para o tanque subterrâneo de combustível. Neste caso, um raio
poderia provocar uma explosão do posto, como aconteceu nos Estados Unidos, em que uma
centelha de um raio caído nas vizinhanças do posto atingiu a bomba de gasolina, causando a
explosão.
Por isso, embora pareça uma providência radical, o certo seria os postos de combustível
interromperem a venda de combustível aos motoristas durante o clímax da tempestades com
maior incidência de raios, e uma distribuidora de combustível inclusive passava essa
recomendação, em cursos para os frentistas dos postos.
Já em certas garagens de ônibus, o perigo pode ser grande. Por exemplo, num caso
encontrado na capital paulista, a empresa tinha um pára-raios comum no alto de uma caixa
d’água, e bombas de combustível nas proximidades, de tal forma que havia grande probabilidade
de o raio, ao atingir o pára-raios, emitir centelhas em direção às bombas de combustível.
Aeronaves – Nos aviões, existia uma situação parecida: depois de um acidente aéreo ocorrido
cerca de 20 anos atrás, os tanques de combustível da aeronave são instalados de forma a
“flutuar” sobre “coxinhos” de borracha, de forma a não ter contato algum com a carcaça da
aeronave.
Os aviões são costumeiramente atingidos pelos raios, porém como estão imersos no
ambiente ionizado, o raio passa pela carcaça metálica (que forma também uma “gaiola de
Faraday”) e continua a descida em direção ao solo, sem afetar os instrumentos de bordo. No caso
do acidente citado, o tanque de combustível tinha um minúsculo orifício, e devido ao contato
com a carcaça do avião, antes de ser adotado o sistema de isolamento, isso permitiu que a
descarga elétrica provocasse a explosão do combustível... e do avião.
Instalação de sistemas de proteção às descargas atmosféricas em embarcações
de pequeno porte.
1. Objetivo:
É comum encontrarmos muitas dúvidas e grande interesse sobre os dispositivos de proteção contra descargas
atmosféricas (raios) para embarcações de pequeno porte. A escassa bibliografia sobre o assunto motivou a
elaboração do presente trabalho.
O objetivo deste trabalho é orientar sobre a instalação de sistemas de pára-raios em embarcações de pequeno porte.
2.Introdução:
Uma embarcação navegando representa um ponto de condução proeminente sobre uma superfície plana, estando,
portanto, mais exposta a ser atingida por um raio que o resto do meio que a circunda (ver figura 1).
Apesar disso, a probabilidade de ser efetivamente atingida por um raio é muito baixa, já que o mar possui um baixo
índice ceráunico.
Figura 1 - Distribuição de cargas entre uma embarcação e suas imediações.
Pára-raios
Um sistema de pára-raios é um elemento constituído por três partes:
Terra Física (no caso das embarcações, um elemento que assegure contato elétrico com a
água na qual flutua a embarcação).
Precauções.
Todo elemento pelo qual circula uma corrente elétrica cria um campo magnético ao redor
de si. Por isso, devemos prestar atenção na localização do instrumental elétrico, eletrônico e de
navegação.
Recomendações
2) Use somente materiais de primeira qualidade e altamente resistentes à corrosão, para que sua
manutenção seja mínima. As braçadeiras, grampos, etc., devem ser de bronze ou cobre.
3)As conexões não devem ser soldadas. É melhor usar as conexões parafusadas com arruelas
dentadas de contato, tudo isso bem fixado.
A .Casco de aço:
Possuem proteção intrínseca. Os barcos com casco de aço em contato elétrico com
mastros metálicos ou outras partes metálicas da superestrutura não precisam de proteção
adicional contra raios. Os possíveis pontos de descontinuidade (estais, brandais e ovéns
metálicos com macacos esticadores, etc.) levarão pontes metálicas parafusadas.
Este tipo de embarcação não possui, por si mesma, nenhuma proteção. Por isso devemos
verificar o cumprimento dos itens 8 e 9 acima.
O condutor poderá ser esticado em linha reta nos estais e através do interior do casco — sem
ficar rodeado, em nenhum momento, por elementos ferromagnéticos — até o elemento de
contato ou placa de contato com a água.
Podemos usar as antenas dos equipamentos de rádio como pára-raios, se elas tiverem
suficiente capacidade (o que não é comum no tipo de embarcação aqui tratado).
Uma antena de rádio pode atuar como elemento protetor, se tiver uma condutividade adequada e
se estiver equipada — como também o aparelho específico (rádio) — com descarregadores,
espinterômetros, ou outro meio qualquer para fazer a ligação à "terra" (aterramento) durante as
tempestades elétricas.
Devemos instalar um pára-raios, ou outro elemento que cumpra esta função, em uma
posição mais elevada que a antena, para ela ficar protegida, e de acordo com as prescrições
indicadas acima.
Evidentemente, se já possuímos um sistema de proteção contra descargas atmosféricas, a
instalação da antena deverá ser realizada abaixo do pára-raios, e a uma distância prudente, para
evitar que ela funcione como elemento captor.