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Perguntas e Respostas
Abril 2018
ICH
FDA – CGMP DE INGREDIENTES ATIVOS – ABRIL2018.1012853fnl (Versão em Português)
Tradução: Talk Learning (02/05/2018)
Abril 2018
ICH
Contém Recomendações Não Obrigatórias
ÍNDICE
REFERÊNCIAS.......................................................................................................................... 21
Contém Recomendações Não Obrigatórias
Esta orientação representa o pensamento atual da Food and Drug Administration (FDA, ou Agência)
sobre este tema. O documento não estabelece quaisquer direitos para qualquer pessoa e não é obrigatório,
quer ao FDA ou para o público. Você poderá usar uma abordagem alternativa, caso esta preencha os
requisitos dos regulamentos e leis aplicáveis. Para discutir uma abordagem alternativa, entrar em contato
com o escritório do FDA responsável por esta orientação, conforme listado na página do título.
I. INTRODUÇÃO (Prefácio)
Desde que o Guia Q7 ICH foi concluído, a experiência com a sua implementação em todo o
mundo deu origem a pedidos de esclarecimento a respeito de dúvidas quanto à interpretação
de determinadas seções. Este documento de perguntas e respostas (P&R) destina-se a
responder a esses pedidos.
O documento ICH Q7 deve ser lido na sua íntegra independentemente da natureza das
operações de fabricação sendo executadas, para que sejam plenamente entendidas as
ligações entre determinadas seções e implementadas com sucesso apropriadas boas
práticas de fabricação (GMPs) em todas as fases da cadeia de suprimento de ingredientes
farmacêuticos ativos (IFA), incluindo sua distribuição. Uma tabela é fornecida em anexo
mostrando a ligação entre cada P&R e as seções relevantes do ICH Q7 ou de outra
orientação ICH de qualidade.
O ICH gostaria de registrar o seu reconhecimento pelo trabalho realizado pelo Esquema
de Cooperação para Inspeção Farmacêutica (PIC/S). Os PIC/S contribuíram para este
documento selecionando e revisando P&Rs relevantes que haviam sido coletadas em
sessões de treinamento desde a implantação do Q7. O resultado dessas P&Rs foi
transferido para o ICH Q7 IWG para consideração e consolidação, como apropriado.
Perguntas adicionais foram desenvolvidas com base em respostas a um levantamento do
ICH. Os PIC/S contribuíram para o desenvolvimento do documento como Parte
Interessada do ICH.
Favor observar que o ICH Q7 deve ser aplicado em combinação com os princípios
estabelecidos para desenvolvimento e fabricação contidos no ICH Q11 (ver definição de
1
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material de entrada de um IFA; ver também ICH Q8 (R2) Parte II)², Gestão de Riscos de
Qualidade (ICH Q9), e Sistemas de Qualidade Farmacêutica (ICH Q10). Os princípios de
GMP descritos no ICH Q7 deverão ser aplicados independentemente de qual abordagem é
adotada na fabricação e desenvolvimento de fármacos.
O ICH Q7 também descreve os princípios de GMP a serem aplicados na fabricação de IFAs
para uso em testes clínicos (seção XIX (19)) e IFAs fabricados por cultura/fermentação de
células (secção XVIII (18))³.
A. Escopo (1)
1.1: Segundo o ICH Q7, GMP se aplicam também a etapas de fabricação anteriores à
definição dos materiais de entrada do IFA estarem definidos, ou seja, àquelas
etapas não identificadas em cinza na Tabela 1?
A ICH Q7 não se aplica a etapas anteriores à introdução dos materiais de entrada dos
IFAs. No entanto, espera-se que um nível adequado de controles seja aplicado na
produção dos materiais de entrada dos IFAs (ICH Q7, seção I. C (1.3)).
1
Este guia foi desenvolvido pelo Grupo de Trabalho para Implementação (IWG) do Q7 do Conselho
Internacional para Harmonização dos Requisitos Técnicos para Produtos Farmacêuticos de Uso Humano (ICH)
e têm sido objeto de consulta pelos órgãos reguladores, em conformidade com o processo do ICH. As perguntas
e respostas contidas neste documento foram aprovadas pelo Comitê Diretivo do ICH, conforme a Etapa 4 do
processo ICH, de junho de 2015. Na Etapa 4 do processo, a adoção da minuta final é recomendada aos órgãos
reguladores da União Europeia, Japão e Estados Unidos.
2
A lista de referências no final deste guia do ICH Q7 P&R contém detalhes sobre outros guias do ICH citados.
3
Os algarismos arábicos entre parênteses refletem o desdobramento organizacional do documento ICH Q7 e deste
documento Q7 P&R aprovado pelo Comitê Diretivo do ICH em novembro de 2000 e junho de 2015,
respectivamente
2
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2.2: O ICH Q7 espera que a unidade de qualidade execute testes para liberação de IFAs?
Embora a unidade de qualidade tenha a responsabilidade pela liberação dos IFAs, o que
inclui a supervisão dos testes e seus resultados, o ICH Q7 não prescreve especificamente
quem executa os testes. O termo controle de qualidade no Glossário ICH Q7 (seção 20)
refere-se às atividades, não à estrutura organizacional.
2.4: O ICH Q7 espera que a amostragem seja realizada pela unidade de qualidade?
Não. O ICH P7 não prescreve especificamente quem deverá realizar a amostragem
(ICH P7, parágrafo 2.22). Contudo, a unidade de qualidade é responsável pela revisão e
aprovação de planos de amostragem (ICH P7, parágrafo 11.12) e pelos processos. A
amostragem deverá ser realizada por pessoal suficientemente treinado (ICH P7,
parágrafo 3.10) e ser adequadamente documentada conforme o ICH P7, parágrafo 6.52.
4 Algarismos arábicos precedidos pela palavra “parágrafo” refletem parágrafos específicos do ICH Q7.
3
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Por exemplo, a revisão de qualidade de um produto pode abranger mais ou menos que 12
meses, dependendo da duração da campanha do produto (ICH Q7, parágrafo 2.50; ICH
Q10, seção III.F (2.6)).
C. Pessoal (3)
3.1: Qual é o objetivo da expressão contida no ICH Q7, parágrafo 3.12, "o treinamento
deverá ser periodicamente avaliado"?
No ICH Q7, parágrafo 3.12, a expressão "o treinamento deverá ser periodicamente
avaliado" diz respeito a um sistema para avaliar se o pessoal permanece proficiente e
competente em suas tarefas e responsabilidades, sejam elas mais frequentes ou
adicionais, ou ainda se novos treinamentos são necessários, e se os treinamentos
periódicos estão atualizados.
3.2: O ICH Q7 espera o uso de um consultor, e uma empresa pode delegar tarefas e/ou
responsabilidades a um consultor?
O ICH Q7 não prevê o uso de um consultor. Consultores podem executar tarefas
delegadas e/ou fornecer aconselhamento. No entanto, a responsabilidade final pela
qualidade do IFA não poderá ser delegada (ICH Q10, seção III.G (2.7); ICH Q7, seções
II.B (2.2), III.C (3. 3)).5
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O ICH Q7 espera que áreas exclusivas de produção sejam implantadas para materiais
de alta sensibilidade, tais como penicilinas e cefalosporinas, face aos riscos a pacientes
(p. ex., choque anafilático em pacientes alérgicos a penicilina) devidos a vestígios
destes compostos em outros medicamentos (ICH Q7, parágrafo 4.40).
4.2 Em que medida a gestão de riscos de qualidade pode ser usada para o
estabelecimento de medidas adequadas de contenção para evitar a contaminação
cruzada?
Os princípios da gestão de riscos de qualidade (ICH Q9, Anexo II.4) deverão ser aplicados
no projeto de prédios, instalações e controles para efeitos de contenção, levando em
consideração as propriedades farmacológicas/toxicológicas/químicas/ biológicas da
matéria-prima e dos materiais intermediários, e/ou o IFA a ser manipulado ou fabricado.
Medidas adequadas de contenção e controles (ICH Q7, parágrafo 4.42) incluem, mas não
se limitam, ao seguinte:
x Controles técnicos (p. ex., áreas exclusivas de produção; sistemas fechados/exclusivos
de aquecimento, ventilação e ar condicionado (HVAC); sistemas fechados de
fabricação; utilização de tecnologias descartáveis; projeto de instalações e
equipamentos de contenção e facilidade de limpeza); e
x Controles de procedimentos (organizacionais) (p. ex., limpeza, fluxo de pessoal,
monitoramento ambiental e treinamento).
Sistemas de monitoramento são importantes para verificar a eficácia dos controles de
contenção.
5.2 Critérios de aceitação de resíduos devem ser definidos para equipamentos exclusivos?
Sim. Independentemente de o equipamento ser exclusivo ou não, espera-se que critérios de
aceitação de resíduos sejam definidos e que o equipamento seja limpo a intervalos
adequados para evitar a acumulação e transferência de contaminantes. Esses intervalos
podem estar baseados em número de lotes, mudanças no produto, tempo, etc. (ICH Q7,
parágrafos 5.22, 5.23, 5.24, 5.25, 8.50).
Intervalos de limpeza e critérios de aceitação deverão ser estabelecidos com base em uma
compreensão do processo/reações/degradação, levando em conta solubilidade, potência,
toxicidade, etc. O estabelecimento de critérios de aceitação não implica necessariamente
na amostragem e teste após cada limpeza. A inspeção visual do equipamento para checar
sua limpeza é esperada, conforme o ICH Q7, parágrafo 5.21. Nos casos em que os dados
de validação confirmem uma limpeza eficaz, os procedimentos de limpeza deverão ser
monitorizados a intervalos adequados (ICH Q7, parágrafo 12.76).
5.3 Espera-se que os limites de tempo para limpeza do equipamento sejam confirmados na
validação de limpeza?
Sim. A limpeza do equipamento é abordada em duas secções do ICH Q7. Embora a
validação de limpeza (ICH Q7, seção XII.G (12.7)) não aborde especificamente os
limites de tempo para limpeza, o ICH Q7, parágrafo 5.21 indica que o tempo máximo
entre a conclusão do processamento e a limpeza dos equipamentos (dirty hold time) deve
ser estabelecido pela empresa. Esse tempo máximo estabelecido para o dirty hold time é
o período de tempo para o qual provas estejam disponíveis que demonstrem que o
equipamento ainda pode ser confiavelmente limpo. Esse máximo dirty hold time
estabelecido é confirmado durante a validação inicial de limpeza e pode ser estendido por
meio de dados de suporte adequados.
5.5 Quando houver mudança de produto, o exame visual e testes analíticos são necessários
para verificar se o equipamento está limpo?
Uma adequada validação de limpeza verifica se o processo de limpeza é eficaz.
Durante a validação de limpeza, tanto o exame visual quanto testes analíticos deverão
ser usados para verificar a eficácia da limpeza (ICH Q7, parágrafo 12.72 a 75). Uma
vez validado o processo de limpeza, o monitoramento rotineiro de limpeza dos
equipamentos quando da mudança de produtos deverá incluir a inspeção visual (ICH
Q7, parágrafo 12.76). A frequência dos testes analíticos para verificar a eficácia em
curso do processo de limpeza validado é determinada pelo fabricante do IFA, usando
uma abordagem com base em riscos. Em situações onde o processo de limpeza não
esteja ainda validado, tanto o exame visual quanto testes analíticos são mandatórios.
6.1: O que se entende por "completamente distribuído" no ICH Q7, parágrafo 6.13, que
determina que "registros devem ser mantidos por pelo menos 3 anos após o lote ter
sido distribuído completamente"?
Para IFAs com uma data de reteste, o ICH Q7, parágrafo 6.13 estabelece que registros
relacionados à produção, controle e distribuição deverão ser retidos por pelo menos 3
anos após o lote de IFA ter sido "completamente distribuído", o que é entendido como a
distribuição completa do lote inteiro do IFA pelo fabricante para a etapa seguinte da
cadeia de suprimentos.
A intenção do ICH Q7 é de que registros sejam mantidos por todo o período de tempo
durante o qual o IFA pode estar no mercado, a fim de investigar quaisquer problemas e/ou
reclamações sobre o produto. Com base em práticas aceitas pelas indústrias no momento
em que o ICH Q7 foi escrito, não foi previsto que um fabricante deveria definir uma data
de reteste superior a 3 anos. No entanto, o uso de "pelo menos 3 anos" nessa seção do
ICH Q7 abrange períodos mais longos de retenção de registros, o que está em
concordância com o princípio básico de GMP e/ou com requisitos regionais que indiquem
que os registros deverão ser mantidos durante todo o tempo em que o material esteja
disponível no mercado.
O ICH Q7, seção II.C (2.3) não especifica quem é o responsável pela emissão dos
registros de produção de lotes (ICH Q7, seção VI.D (6.5)), desde que o processo de
emissão seja apresentado por escrito e aprovado pela unidade da qualidade (ICH Q7,
parágrafo 2.21).
No ICH Q7, parágrafo 7.24, a frase "agrupamento de recipientes (lotes)" contém uma
palavra adicional "lotes" porque esta seção aborda o estabelecimento do rastreamento
dos lotes do material de entrada.
O ICH Q7, parágrafo 7.12 estabelece que todos os materiais deverão ser comprados de
fornecedores aprovados pela unidade da qualidade, a partir de uma especificação (ICH
Q7, parágrafo 7.31). Antes da aprovação de qualquer fornecedor, sua avaliação deverá ser
feita usando uma abordagem baseada em risco (ICH Q9, Apêndice II. 5; ICH Q7,
parágrafo 7.31). É importante que uma avaliação mais ampla seja feita para fornecedores
daqueles materiais classificados como "críticos" (ICH Q7, parágrafo 7.11).
7.3: O que se entende por "análise completa" (ICH Q7, parágrafo 7.31) de lotes de
matérias-primas para efeito de qualificação de um fornecedor?
Uma "análise completa" deverá incluir todos os testes especificados pelo usuário da
matéria-prima no seu documento de apresentação regulamentar. Nos casos em que
nenhum documento seja exigido, a análise completa deverá incluir testes de outras
especificações formais emitidas pelo usuário da matéria prima (ICH Q7, parágrafo
7.31). O Certificado de Análise de um fornecedor de matérias-primas (CoA) pode não
se alinhar necessariamente com as especificações do usuário.
relacionados deverão ser usados, conforme descrito nas seções pertinentes de alguma
monografia farmacológica, através do preenchimento de um documento regulamentar ou
de regulamentar aprovado, ou uma especificação interna (incluindo procedimentos
metodológicos/analíticos) (ICH Q7, parágrafo 7.30). Quando disponível, um teste de
discriminação deverá ser considerado como teste de identificação. O exame visual de um
rótulo ou do material não é considerado suficiente, exceto nos casos descritos no ICH
Q7, parágrafo 7.32.
Fabricantes de IFA podem reavaliar (ICH Q7, seção VII.E (7.5)) e, em seguida, usar uma
matéria-prima após a data de validade ou data de reteste, com base em uma adequada
justificativa de base científica e em uma avaliação de riscos (p. ex., a compreensão dos
atributos do material, testes e estabilidade). Justificativas semelhantes podem ser usadas
para estender a data em que o material deve ser reavaliado. É de responsabilidade do
fabricante do IFA assegurar que as matérias-primas são apropriadas para o uso pretendido
no momento de sua utilização.
8.1: Intervalos de rendimento definidos para o primeiro lote podem diferir dos últimos lotes em
uma campanha?
Sim. Diferentes faixas de rendimento (ICH Q7, parágrafo 8.14) podem ser descritas e
justificadas nos registros de produção/procedimentos do lote mestre, explicando as faixas
(ICH Q7, parágrafo 6.41). Por exemplo, o primeiro lote da série de produção de lotes de
um mesmo material (campanha) pode deixar algum material residual no equipamento, o
que resulta em um baixo rendimento no primeiro lote e contribui para um maior
rendimento em um lote subsequente da campanha.
8.2: O que se entende por "especificações adequadas [de cada lote] antes da mistura"
(ICH Q7, parágrafo 8.41)?
Em princípio, nenhum lote com resultados fora de especificação (OOS) deve ser
misturado (ICH Q7, parágrafo 8.41). Mistura é definida no ICH Q7, parágrafo 8.40.
Cada material intermediário e/ou lote de IFA deve estar em conformidade com as
especificações submetidas antes da mistura. Em regiões ou circunstâncias em que
existam materiais intermediários e/ou IFAs que não requerem registro, sua
conformidade com as especificações liberadas deverá ser demonstrada.
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Sem Perguntas.
10.1: O que se entende por "IFAs e materiais intermediários podem ser transferidos sob
quarentena para outra unidade controlada pela empresa...” e isso é aplicável a
fabricantes sob contrato?
O ICH Q7, parágrafo 10.20 estabelece que "IFAs e materiais intermediários só devem ser
liberados para distribuição a terceiros após terem sido liberados pela unidade de
qualidade. IFAs e materiais intermediários podem ser transferidos sob quarentena para
outra unidade controlada pela empresa desde que autorizado pela unidade de qualidade e
de posse da documentação e controles adequados."
A segunda frase do ICH Q7, parágrafo 10.20 descreve situações de transporte que não
são consideradas como distribuição. O item prevê normas para a movimentação física
(transferência mas não liberação) de material sob quarentena para outra unidade. Esta
unidade pode estar no mesmo local, em um local diferente (da mesma empresa) ou estar
em um fabricante sob contrato (ver último parágrafo abaixo).
Esta disposição para transferência sob quarentena está incluída no ICH Q7 para situações
em que uma empresa esteja transportando IFAs ou materiais intermediários de uma
unidade para outra e tenha (1) a necessidade de agilizar o transporte e (2) um sistema de
gestão de material em vigor que impeça o uso do material antes de sua completa
liberação. Exemplos de circunstâncias em que uma transferência sob quarentena pode ser
necessária incluem necessidades extraordinárias da cadeia de suprimentos (p. ex., vida
útil curta) e materiais que exijam um longo período de tempo para fazer os testes
necessários (p. ex., alguns testes microbiológicos).
Com supervisão adequada, tal como descrito no ICH Q10, seção III. G (2.7), incluindo
um acordo por escrito, conforme descrito em ICH Q7, parágrafo 16.12 e controles
adequados em vigor, um fabricante sob contrato pode ser considerado uma "unidade sob
controle da empresa." Ambas as partes têm uma responsabilidade comum por justificar
claramente e documentar a necessidade de transferir o material intermediário ou o IFA
ainda não liberado, bem como para assegurar que controles adequados sejam mantidos
para impedir o uso antes de sua completa liberação.
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11.1: O que se espera em termos de impurezas para IFAs extraídos de tecidos de origem
herbácea ou animal (ICH Q7, seção XI.B (11.2))?
Em casos em que o próprio IFA é o extrato de uma preparação de tecidos de base
herbácea ou animal, todos os componentes desse extrato (componentes concomitantes)
poderão ser considerados como parte do IFA. Portanto, não se espera em geral um perfil
de impurezas relacionadas ao processo de produção (exceto, por exemplo, solventes no
processo). No entanto, para todos os IFAs derivados de fontes herbáceas ou animais,
devem ser estabelecidos, com base em uma avaliação de riscos, testes e limites para
possíveis contaminantes provenientes dessas fontes (p. ex., pesticidas, micotoxinas, vírus,
herbicidas, impurezas elementares e espécies erradas).
Nos casos em que fontes herbáceas ou animais fornecem material que seja posteriormente
processado para fornecer um IFA químico definido, todos os componentes, que não o IFA,
são considerados impurezas. Nesse caso, o fabricante do IFA deverá estabelecer um perfil
de impurezas, bem como uma especificação para liberação do IFA que inclua os limites de
impurezas.
11.2: Nos casos em que um método de teste para IFAs for alterado, qual método deverá ser
usado para estudos de estabilidade já em andamento?
A empresa deverá decidir e justificar a decisão sobre qual método usar. Todos os métodos
de ensaio para estudos de estabilidade (ICH Q1A), deverão, antes de sua utilização, ser
validados e demonstrados (ICH Q7, parágrafo 11.51).
11.3: Quando é aceitável que um fabricante de IFAs estenda uma data de reteste de um
IFA (ICH Q7, seção XI. F (11.6))?
O propósito de uma data de reteste é garantir que o IFA ainda esteja adequado para
uso. O fabricante do IFA poderá estender a data de reteste de um lote específico, com
base em boa ciência e em resultados de estabilidade em longo prazo para esse IFA,
testando o lote específico desde que tenha sido armazenado de acordo com as
condições do rótulo. Em algumas regiões, pode ser necessária a aprovação da entidade
reguladora para a extensão de data de reteste do lote.
Se um fabricante de IFAs pretender alterar (ou seja, estender) a data de reteste para
futuros lotes de um IFA, o fabricante deverá realizar testes suficientes para sustentar a
alteração, e ainda incluir a nova data de reteste e dados de suporte em um documento
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11.4: O que se entende por "completamente distribuído" no ICH Q7, parágrafo 11.71, que
indica que amostras de retenção/reserva deverão ser mantidas por 3 anos após o lote
ser completamente distribuído pelo fabricante?
"Completamente distribuído" refere-se à distribuição pelo fabricante de todo o lote do
IFApara a etapa seguinte da cadeia de suprimentos. Note-se que essa retenção por três
anos de amostras de reserva/retenção aplica-se a todas as partes que fisicamente
processam ou reembalam o IFA (ICH Q7, ver o Glossário (seção 20) para definição de
fabricação).
A intenção do ICH Q7 é de que amostras sejam conservadas pelo período de tempo que
o IFA poderá estar no mercado, a fim de investigar quaisquer problemas e/ou
reclamações sobre o produto. Com base em práticas das indústrias aceitas no momento
em que o ICH Q7 foi escrito, não foi previsto que um fabricante poderia estabelecer uma
data de reteste de mais de três anos. É um princípio básico de GMP que amostras de
reservas sejam conservadas durante todo o período em que o material esteja disponível
no mercado. Por exemplo, se uma empresa define uma data de reteste de cinco anos e o
IFA foi totalmente distribuído imediatamente após a fabricação, não se pretende que a
amostra de reserva seja destruída antes que a data de reteste de cinco anos seja atingida.
11.5: Por que o ICH Q7 permite o uso de um sistema de empacotamento para reserva/retenção
de amostras que seja "mais protegido do que o sistema de embalagem comercializado"
(ICH Q7, parágrafo 11.72)?
Ao contrário das amostras de estabilidade, o objetivo da amostra de
reserva/retenção não é representar a qualidade do lote no mercado, mas sim
permitir uma futura avaliação da qualidade do lote original do IFA (p. ex., na
avaliação de potenciais falsificações). Portanto, as amostras de reserva/retenção
podem ser armazenadas em embalagens (e condições) que melhor preservem o
estado original do IFA.
L. Validação (12)
12.1: A abordagem de ciclo de vida para a validação de processos é aceitável para IFAs no ICH
P7?
Sim, o ICH Q7 não exclui a abordagem de ciclo de vida (ICH Q7, parágrafo 12.10; ICH
Q10; ICH Q11).
12.2: O intervalo de um parâmetro de processo pode ser expandido com base apenas
em um desvio de processo(s)?
Não. No entanto, informações tiradas da investigação sobre um desvio de processo
podem ser usadas para suportar a extensão do alcance de um parâmetro de processo.
Estudos e trabalhos adicionais são normalmente necessários para demonstrar que o
alcance estendido de um parâmetro de processo produz consistentemente IFAs com a
qualidade necessária (ICH Q7, parágrafos 2.16, 12.11, 13.13).
12.3: Estudos adicionais de validação de processo seriam necessários para dar suporte a
12
Contém Recomendações Não Obrigatórias
14.1: Materiais rejeitados devem ser armazenadas sob segregação física segura?
O ICH Q7 não especifica a necessidade de segregação física e segura. Os dois parágrafos,
4.14 e 10.11 do ICH Q7 fazem apenas menção ao uso de sistemas de controle alternativo
para o armazenamento de material rejeitado. Qualquer que seja o sistema de controle
usado, seu objetivo deverá ser o de evitar o uso não intencional ou não autorizado do
material rejeitado (ICH Q7, parágrafos 7.44, 10.11, Seção XIV.A (14.1)).
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Contém Recomendações Não Obrigatórias
Pode ser aceitável reprocessar (ICH Q7, Seção XIV.B (14.2)) ou retrabalhar (ICH Q7,
Secção XIV.C (14.3)) o IFA expirado quando o fabricante dispuser de toda
documentação histórica sobre GMP e todos os dados adicionais de estabilidade do IFA
retrabalhado ou reprocessado. Poderá haver também considerações sobre
registro/submissão que estão além do escopo do ICH Q7, bem como sobre GMP.
15.1: Defeitos de qualidade de IFAs liberados que sejam identificados por outra entidade
pertencente à mesma empresa podem ser tratados fora do procedimento para queixas do
fabricante do IFA?
Sim. Após a liberação de um IFA para utilização, qualquer defeito de qualidade
identificado deve ser investigado e abordado de acordo com o sistema de reclamações
do fabricante ou com sistema equivalente (ou seja, não-conformidades, desvios, etc.)
(ICH Q7, parágrafos 15.10 a 15.12). Quando forem utilizados sistemas equivalentes,
tais defeitos deverão ser categorizados de forma a permitir a clara visibilidade de que o
defeito foi descoberto após sua liberação pelo site do IFA.
15.2: Uma devolução devida a qualidade, a pedido do site de fabricação do IFA, a partir
de um outro local dentro da mesma empresa, deverá ser registrada como "recall"?
Não, desde que nenhuma porção do lote tenha deixado o controle direto da empresa
para venda ou uso. A devolução deverá estar claramente visível no próprio sistema
de qualidade do site do IFA como uma devolução desencadeada pelo site de
fabricação do IFA, para que o fato fique claro no relatório de tendência do sistema
de qualidade e na avaliação de qualidade do produto (ICH Q7, parágrafos 2,50,
15.13, 15.14).
Fabricantes sob contrato deverão ter uma unidade independente de qualidade que atenda
às responsabilidades definidas pela ICH Q7, seção II.B (2.2) para todas as atividades
realizadas.
16.3: O que se entende por “onde a subcontratação é permitida" (ICH Q7, parágrafo 16.14)?
A subcontratação, tal como usada no ICH Q7, parágrafo 16.14, refere-se ao contratante
que contrata adicionalmente uma atividade específica a outra parte (terceiros). Isso só
deverá ser feito quando o contrato original escrito e aprovado, tal conforme descrito no
ICH Q7, parágrafo 16.12, especificamente permite tal subcontratação. Mesmo quando
uma subcontratação é permitida, o contratante original deverá aprovar a subcontratação
caso ela ocorra, como consta do ICH Q7, parágrafo 16.14.
5 Ver 21 U.S.C 351 ("a frase ‘boas práticas atuais de fabricação' inclui a implementação de supervisão e
controles sobre o fabricante de medicamentos para assegurar sua qualidade, incluindo a gestão de riscos e a
confirmação da segurança das matérias-primas e materiais usados na fabricação de medicamentos e de
produtos acabados.").
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Contém Recomendações Não Obrigatórias
Esta disposição inclui, mas não está limitada, a acordos escritos apropriados, tal como
determinado pelo ICH Q7, parágrafo 16.12, que define as responsabilidades de cada
parte. Além disso, essas etapas de produção subcontratada devem ser descritas em
documentos de registro, solicitações ou equivalentes por requisitos regionais.
Devido ao potencial de contaminação (ICH Q5A, Seção 2.B), estudos de inativação viral
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Contém Recomendações Não Obrigatórias
T. Glossário (20)
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Cultura/Fermentação Celular
9: Embalagem e Identificação
(inclusive Laboratórios)
Distribuidores, Reembaladores e
8: Controles de Produção e
4: Prédios e Instalações
7: Gestão de Materiais
Seções do
ICH Q7
Intermediários
Processamento
12: Validação
1: Introdução
20: Glossário
Rerrotuladores
3: Pessoal
i
1. Introdução – Escopo
1 1.3 Q11
Q5B
Q5D
2 1.2 20
2. Gestão da Qualidade
1 2.13
2 2.13 11.12 16.10 20
2.22 11.10
3 2.22
4 2.22 3.10 6.52 11.12
5 2.50 Q10
6 2.50 Q9
2.51
3. Pessoal
1 3.12
2 2.2 3.3 Q10
4. Prédios e Instalações – Contenção
1 4.40 E2E
4.41 Q9
2 4.42 Q9
5. Equipamento de Processo – Limpeza
1 5.23 12.76
12.7
2 5.21 8.50 12.76
to
5.25
3 5.21 12.7
4 5.23 8.50 12.7
5 12.72to
12.76
6. Documentos e Registros
1 6.13 17
2 6.51
3 2.21 6.5
2.3
7. Gestão de Materiais
1 7.20
7.24
2 7.11 Q9
7.12
7.31
3 7.31
4 7.11
7.31
5 7.30
7.32
6 7.5 20
8. Controle de Produção e de Processamento
1 6.41 8.14
2 8.40
8.41
9. Embalagem e Identificação – Rotulagem de IFAs e Materais Intermediários
10. Armazenamento e Distribuição
1 2.22 10.20 16.12 Q10
19
Contém Recomendações Não Obrigatórias
Cultura/Fermentação Celular
9: Embalagem e Identificação
6: Documentação e Registros
8: Controles de Produção e
(inclusive Laboratórios)
Distribuidores, Reembaladores e
13: Controle de Alterações
4: Prédios e Instalações
7: Gestão de Materiais
Seções do
ICH Q7
Processamento
Intermediários
1: Introdução
12: Validação
20: Glossário
Rerrotuladores
3: Pessoal
5 11.72
12. Validação
1 12.10 Q10
Q11
2 2.16 12.11 13.13
3 7.14 12.1 13.13
4 12.44
13. Controle de Alterações
1 13.17 17.60
14. Rejeição e Reutilização de Materiais
1 4.14 7.44 10.11 14.1
2 14.2
14.3
3 12.11 14.40 20
12.12 14.41
14.43
15. Reclamações e Recalls
1 15.10
a
15.12
2 2.50 15.13
15.14
16. Gestão de Contratos (inclusive Laboratórios)
1 2.2 16.12
2.22
2 16 Q10
3 16.12
16.14
17. Agentes, Intermediários, Comerciantes, Distribuidores, Reembaladores e Rerrotuladores
1 17.1
2 16.12 17.1
3 9.42 17.2 20
9.43 17.40
17.61
4 11.4 17.20
17.6
18. Orientação Específica para IFAs Fabricados por Cultura/Fermentação Celular
1 18.51 Q5A
Q5D
Q6B
Q11
2 1.3 18.14 Q5B
18.2 Q5D
19. IFAs para Uso em Testes Clínicos
1 19.3
20. Glossário
1 2.50 14.30 20
20
Contém Recomendações Não Obrigatórias
REFERÊNCIAS
21