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Soldagem TIG PDF
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SOLDAGEM TIG
A soldagem com eletrodo não consumível de tungstênio e proteção
gasosa (GAS TUNGSTEN ARC WELDING – GTAW (EUA) ou
TUNGSTEN IONERT GAS – TIG (EUROPA) ) é um processo no qual a
união de peças metálicas é produzida pelo aquecimento e fusão desta
através de um arco elétrico estabelecido entre a peça e o eletrodo, não
consumível, de tungstênio. A proteção gasosa serve para estabilizar o arco
elétrico e a poça de fusão.
A adição de metal de enchimento pode ser
ou não feita.
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SOLDAGEM TIG
Característica do Processo:
A proteção do eletrodo e da poça de fusão contra a oxidação do ar é feita por
um gás inerte, geralmente argônio, hélio ou uma mistura destes;
SOLDAGEM TIG
Vantagens
Este processo possui excelente controle do calor cedido à peça, devido ao
controle independente da fonte de calor e da adição de metal;
Possibilita a soldagem sem a
adição de metal (chapas finas);
Não existem reação metal-gás
e metal-escória, sem grande
geração de fumos, o que permite
ótima visibilidade para o soldador;
Possui um arco elétrico suave,
produzindo soldas com boa
aparência e acabamento, exigindo
pouco ou nenhuma limpeza após a
operação;
- Permite um controle preciso das variáveis de soldagem;
- A operação do processo pode ser manual ou mecanizada/automatizada.
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SOLDAGEM TIG
LIMITAÇÕES
A taxa de deposição é menor que em processo com eletrodo
consumível (para uma dada corrente);
É menos econômico para espessuras maiores que 10 mm;
Exige mais destreza do soldador para soldagem manual;
Dificuldade em manter a proteção gasosa em trabalhos de campo.
Aplicações
É aplicado à maioria dos metais e suas ligas, numa ampla faixa
de espessura (incluindo soldas dissimilares);.
SOLDAGEM TIG
Equipamentos:
Fonte de energia (CA ou CC), cabos, tocha, eletrodo de tungstênio,
fonte de gás de proteção com regulador de vazão, ferramentas e material de
proteção. Para a abertura de arco em CA - ignitor de alta freqüência.
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SOLDAGEM TIG
Fontes de energia
As fontes de energia podem apresentar diversas variações em termos
do projeto, capacidade e características operacionais.
Característica estática da fonte - Fonte de Corrente Constante
Tensão (V)
Tensão (V)
CEF a„
a„ a0
a0
CEF a“
a“
(a) (b)
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Fontes de energia
VARIÁVEIS DO PROCESSO
Comprimento de arco (voltagem);
Corrente;
Velocidade de soldagem;
gás de proteção;
tipo, diâmetro e ângulo da ponta do eletrodo;
alimentação do material de adição.
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CORRENTE DE SOLDAGEM
+ +
Corrente ou tensão
Corrente ou tensão
Tempo Tempo
_ _ (b)
(a)
+ +
Corrente ou tensão
Corrente ou tensão
Tempo Tempo
_ _
(c) (d)
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Corrente de soldagem
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CORRENTE CONTÍNUA CC-
Cátodo (-)
Eletrodo
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Corrente Pulsada
Corrente
tempo
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CORRENTE PULSADA
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CORRENTE ALTERNADA
Utilizada em solda de alumínio, magnésio e suas ligas.
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CORRENTE ALTERNADA
Ânodo (+)
Teorias - “Emissão por Campo”, também
Eletrodo conhecida como “Emissão por Cátodo
Frio”, é a de que por sobre a poça se
forma uma camada muito fina de óxido (1
a 10 mícron), a qual libera elétrons
Fonte facilmente, tornando-se carregada
positivamente.
Por alguma razão, elétrons se concentram
íon
sob esta camada de óxido (de cerca de 1
elétron
Camada de óxido nm de diâmetro), criando um elevado
Metal de base gradiente elétrico (estimado em 109 V/m).
Cátodo (-) Estes elétrons adentram à camada de
óxido, gerando alta temperatura.
O calor liberado nesses pontos é
suficiente para fundir e evaporar
localmente a camada de óxido nessa
região (limpando o óxido).
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Abertura de arco
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Abertura de arco
Dispositivos para abertura do arco:
Técnicas tradicionais:
Arco-piloto: necessita de eletrodo e fonte
de corrente secundários e é pouco
usado.
Ignitor de alta freqüência: gera,
superposto à corrente de soldagem um
sinal de alta tenção e alta freqüência,
com valores em torno de 3KV e 5KHz,
que produz a ionização da coluna de
gás entre o eletrodo e a peça,
permitindo a abertura do arco com
baixas tensões na fonte da soldagem.
Apesar de ser de alta tensão, este
sinal é de baixíssima potencia e não
oferece perigo para o operador.
Alta tensão: técnica utiliza apenas em sistemas automatizados, devido
ao grande risco do operador sofrer um choque elétrico letal ao abrir o
arco com uma tensão DC de 10KV.
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Abertura de arco
Técnicas modernas:
Contato programado - Rampa de corrente é apenas usada em fontes
eletrônicas e permite a abertura com o toque do eletrodo na peça, mas
com uma corrente inicial bem reduzida, insuficiente para permitir sua
fusão e transferência para a peça. Após a abertura, a corrente no arco é
elevada até o valor de operação selecionado.
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Tipos de tocha
Manuais: eletrodo e cabo em ângulo de 90º a 120º;
com interruptor para acionar ignitor, corrente e vazão de gás;
Automáticas: retas para montagem em suportes posicionadores;
Refrigerada a água ou gás: o cabo de corrente geralmente é embutido no
conduite de refrigeração (tochas refrigeradas a água geralmente são mais
leves, mas são menos silenciosas).
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TOCHA PARA SOLDAGEM TIG
Tipos de tocha
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TOCHA PARA SOLDAGEM TIG
Refrigeração da tocha
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Bocal
Objetivo - produzir um fluxo laminar do gás de
proteção.
Os aspectos mais importantes nos bocais são
suas dimensões e perfis. Os bocais devem
ser largos o suficiente para prover cobertura
da área de soldagem pelo gás e devem estar
de acordo com o volume e a densidade
necessária do gás no processo.
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Bocal
Os bocais são produzidos em diversos comprimentos, sendo que os
mais longos provêm um fluxo mais firme e menos turbulento.
Outro recurso utilizado na melhoria do fluxo são “gas lens”, que
asseguram um fluxo laminar do gás de proteção, através de sua
estrutura porosa que é fixada ao redor do eletrodo. Desta forma, elas
permitem ao operador trabalhar com a extremidade da tocha a uma
maior distância da peça, auxiliando na visualização e facilitando o
trabalho em locais de difícil acesso para a tocha, como cantos.
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Eletrodos
Designação Composição
(impurezas totais 0,10 %) Cor de
ANSI/AWS
identificação
A5.12 Aditivo Óxido tungstênio
EWTh-2 ThO2: 1,70 - 2,20 % Balanço Vermelha
EWLa-1.5 La2O3: 1,30 - 1,70 % Balanço Dourada
EWP 99,95 % Verde
EWLa-1 La2O3: 0,80 - 1,20 % Balanço Preta
EWZr-1 ZrO2: 0,15 - 0,40 % Balanço Marrom
EWCe-2 CeO2: 1,80 - 2,20 % Balanço Alaranjada
EWLa-2 La2O3: 1,80 - 2,20 % Balanço Azul
EWTh-1 ThO2: 0,80 - 1,20 % Balanço Amarela
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Eletrodos
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Eletrodos
Afiação do eletrodo - facilita a emissão de elétrons por Efeito Termiônico
(além da ponta facilitar o aquecimento por ter menos volume, há o efeito
emissivo das “pontas”) e por garantir um arco estável.
Uma forma de manter a ponta do eletrodo afiada durante a soldagem é
por meio da seleção correta do tipo de eletrodo.
Polaridade direta (eletrodo negativo), aplicadas em aços ao carbono e
inoxidáveis, os eletrodos dopados com tória, lantânia ou céria são
recomendados justamente pela capacidade de manter a ponta afiada em
ângulo. Facilita a abertura de arco e confere maior estabilidade à
soldagem.
Corrente alternada, aplicadas em alumínio e ligas similares, maior
aquecimento da ponta do eletrodo.
- Eletrodo de tungstênio puro, a ponta do eletrodo se funde,
ficando com uma forma abaulada. Apesar da perda de afiação é utilizado
em soldagem a plasma.
- Óxido de zircônio (zircônia), componente que, também por
facilitar a emissão termiônica, reduz a temperatura de trabalho do
eletrodo, mas sem conseguir evitar a fusão da ponta. São utilizados no
processo a plasma, porém são mais caros.
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Eletrodos
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Eletrodos
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Eletrodos
Exemplos de afiador de eletrodo
Porta pinça
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Alimentação de arames
Sistema de alimentação de arame
A alimentação do metal de adição pode ser feita de forma independente,
utilizando um sistema convencional de soldagem MIG/MAG ou um
equipamento específico para este caso.
Caneta alimentadora
Alimentação de arames
Pode ser manual ou contínua;
Se contínua necessita de guias;
Com varetas ou arames.
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Alimentação de arames
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Gases
Gases de proteção e purga;
Ar e He são os mais comuns;
He transfere mais calor (mais caro);
A vazão de He deve ser maior pois este
é menos denso;
O He dificulta a abertura do arco.
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Técnicas de soldagem
Manual
Automática:
– Orbital
– Linear
– AVC
– Oscilação do arco:
» Mecânica
» Magnética
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Técnicas de soldagem
Técnica para a
soldagem GTAW
manual com metal
de adição:
(a) Desenvolvimento
da poça de fusão,
(b) recuo da tocha,
(c) adição de
material,
(d) afastamento da
vareta e
(e) avanço da tocha
conduzindo a
poça de fusão.
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Técnicas de soldagem
Orbital:
Os cabeçotes orbitais são utilizados na mecanização da
soldagem de tubos e dutos em uma variedade de espessuras, em
situações em que a qualidade da solda deve estar em conjunto
com a produtividade. Dentre os diversos setores que os mesmos
são empregados, pode-se citar: a indústria de extração e refino de
petróleo, bem como transporte de seus derivados, a indústria
aeroespacial, farmacêutica, nuclear e naval.
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Técnicas de soldagem
Orbital:
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Técnicas de soldagem
Orbital:
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Técnicas especiais
Arame quente
No processo de arame quente há um preaquecimento por resistência
elétrica. O arame é aquecido por uma fonte que opera em CA e fonte com
característica estática de tensão constante. A CA minimiza o efeito do
sopro magnético.
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Técnicas especiais
Soldagem por Pontos
Técnicas especiais
TIG com dupla proteção: maior constrição do arco pelo fluxo
externo;
TIG multieletrodo: possibilidade de maior produtividade;
A-TIG: aumento da produtividade por uso de fluxos ativos.
TIG A-TIG
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PROBLEMAS OPERAIONAIS
O arco se apresenta errático ou não se mantém:
- O metal de base não foi convenientemente limpo;
- A junta é muito estreita e o arco oscila entre as faces do chanfro;
- O arco está muito longo;
- O eletrodo está contaminado;
- O eletrodo é de diâmetro muito grande para a corrente utilizada –
densidade de corrente muito pequena;
- O contato elétrico do eletrodo na tocha está defeituoso.
PROBLEMAS OPERAIONAIS
Desgaste muito rápido do eletrodo:
- Abertura do arco por contato;
- Falta de gás de proteção (eletrodo oxida) – manter o gás fluindo após
a extinção do arco (1seg para cada 10 A); aumentar a vazão de gás;
verificar fugas ou interrupção no gás;
- A bitola do eletrodo é pequena para a corrente empregada;
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PRÁTICAS DE SEGURANÇA
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FIM
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