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Sala do Coral da Ufes

PESSOAS QUE COSTUMAM FREQUENTAR A SALA DO CUFES


 Coralistas
 Alunos de canto
 Regentes
 Professores de canto
 Pianista correpetidor / preparador vocal

PRINCIPAIS MATERIAIS UTILIZADOS NA SALA DO CUFES


 Teclado
 caixa de som
 Quadro branco
 Computador
 Pastas de partitura
 Armário de arquivos
 Partituras Avulsas
 Bebedouro
 Cadeiras
 Escrivaninha

INTRODUÇÃO
De acordo com os Protocolos de Seguranca Sanitária para a Prática
Musical em ambiente publico em tempos de pandemia de Covid-19, concebidos pelo
Fórum Brasileiro de Ópera, Dança e Música de Concerto (2020), a prática coral é uma
das mais discutidas em relação à segurança necessária para o retorno à sua atividade.

RISCOS GERAIS
Segundo o Fórum Brasileiro de Ópera, Dança e Música de Concerto (2020),
estudos preliminares indicam que um elevado número de indivíduos cantando no
mesmo ambiente aumenta, em geral, a ocorrência de partículas contaminantes no ar da
sala. Também descrevem que a técnica usada para a inspiração no canto aumenta a
quantidade de partículas de ar inaladas pelo cantor, aumentando sua chance de
contaminação. O ato de cantar ainda facilita a retirada de partículas de regiões mais
profundas do pulmão, onde costumam encontrar-se mais patógenos, aumentando assim
a quantidade de partículas contaminadas no ar expelido. Ainda não existem estudos
científicos que avaliem a distância que essas partículas podem atingir durante o canto,
seja por aerossóis, seja pela propagação de perdigotos.

PRECAUÇÕES NECESSÁRIAS
 Readequação do tamanho do Espaço físico
Defendemos a necessidade de realocação das atividades corais em salas
maiores, tanto em altura quanto em sua área de piso; essa prática deve ocorrer no maior
ambiente possível. Dimensões mais amplas ajudam na dispersão das partículas pelo ar,
diminuindo a capacidade de contágio. Ainda não há estudos que determinem qual seria
o tamanho ideal para o número de integrantes do coro. Contudo, deduzimos que, quanto
maior o espaço do ambiente de ensaio, maior se torna o número de pessoas que podem
participar do ensaio coral de modo presencial e concomitante.
O Fórum Brasileiro de Ópera, Dança e Música de Concerto (2020) também
defende que, até para a prática de aulas de música, salas maiores com ventilação
ambiente constante são as mais indicadas.

 Práticas presenciais restritas


Quando dentro da sala do CUFES, localizada nos fundos do prédio da
EDUFES, recomenda-se que as práticas artísticas presenciais só ocorram quando: (1)
em estudo musical individual, seja de canto, de teclado, de pesquisa ao computador ou
afins; (2) em ensaio de música de câmara, desde que totalizando cinco integrantes no
máximo (por exemplo: quarteto vocal com regente), e (3) em aula (de canto, de teoria,
musical e afins), sendo permitido no máximo cinco pessoas cohabitando o mesmo
ambiente. Tomando em conta que a principal atividade artística presencial que ocorria
em tempos anteriores à Pandemia de Covid-19 na sala dos fundos da EDUFES era o
ensaio do Coral da UFES, indicamos que os ensaios presenciais do CUFES ocorram
com no máximo quatro coralistas. Isto estabelece provisoriamente, logo, a formação de
um quarteto de câmara vocal amador com regente. Tal medida respeita as
recomendações de espaçamento entre os cantores, à luz das diretrizes do Fórum
Brasileiro de Ópera, Dança e Música de Concerto (2020).
 Maior ventilação
Segundo o Fórum Brasileiro de Ópera, Dança e Música de Concerto (2020),
as recomendações gerais referentes à ventilação são especialmente importantes no caso
de atividades ligadas à voz. A ventilação deve ser uma das principais medidas de
segurança, com janelas abertas que proporcionem aumento das correntes de ar, ou
quiçá, o uso de filtros HEPA e luzes ultravioletas germicidas para ambientes fechados.
Ainda, para maior precaução, evitaremos, num primeiro momento, que ensaios e aulas
realizados na sala do CUFES ultrapassem 60 minutos de atividade por vez. Somente
quando estritamente necessário tais práticas poderão exceder esse tempo de duração.
Mesmo assim, as mesmas deverão sofrer pausas de 20 minutos de intervalo para
ventilação a cada 1 hora de atividades. O professor de canto, quando em período de
aulas, também deve observar o intervalo de 20 minutos entre um aluno e outro, para
uma melhor purificação do ar ambiente.

 Especificações para o uso adequado da máscara de pano


Segundo o Fórum Brasileiro de Ópera, Dança e Música de Concerto (2020),
o uso da máscara de pano interfere diretamente na projeção sonora, aumentando o
trabalho cardíaco e respiratório no ato de cantar. No canto coral, especificamente, a
demanda respiratória depende do tipo de repertório executado – se popular ou erudito –
e, por conseguinte, a possibilidade do uso de máscaras deverá ser avaliada conforme
essa demanda.
De modo geral, os cantores, alunos, pianistas e regentes devem possuir e
usar as máscaras de pano de maneira adequada durante o tempo total de sua atividade
presencial na sala dos fundos da EDUFES, devendo, ainda, possuir máscaras reservas e
trocá-las a cada 2 horas ou quando ficarem úmidas (FÓRUM BRASILEIRO DE
ÓPERA, DANÇA E MÚSICA DE CONCERTO, 2020).
Ainda, de acordo com as diretrizes dos Protocolos de Seguranca Sanitária
para a Prática Musical em ambiente publico em tempos de pandemia de Covid-19
(FÓRUM BRASILEIRO DE ÓPERA, DANÇA E MÚSICA DE CONCERTO, 2020),
no canto popular a demanda respiratória é menor. Logo, o uso de máscaras de pano é
possível e recomendado. Portanto, quando a atividade artística for realizada de forma
presencial, pretendemos estimular mais o ensaio e preparo do repertório de música
popular coral, por permitir o uso da máscara de pano sem gerar maiores prejuízos para o
esforço físico do cantor e para a qualidade artística desempenhado pelo grupo musical,
mantendo, assim a maior segurança para todos os envolvidos.
No caso do repertório de canto lírico erudito, a demanda energética e
respiratória é muito alta, e o uso de máscaras pode exigir em demasia fisicamente de seu
intérprete, além de interferir negativamente na capacidade da projeção sonora do cantor.
Portanto, o uso de máscaras não é indicado durante o ato do canto, sendo necessário,
assim, um cuidado extra com a distância segura. Recomenda-se também que a máscara
seja retirada do rosto apenas para o ato de cantar, mantendo-se com ela em momentos
de pausa.

Quando em aula de canto, seja popular ou lírico, o professor deve manter-se


sempre com a máscara, retirando-a apenas em caso de necessidade de alguma
demonstração específica – tomando a distância de 3,5m – e a recolocando logo a seguir.
Ainda, em ambos os casos, na entrada e saída das aulas, os alunos devem usar máscaras.

 Maior distanciamento entre os coristas


Ainda não há estudos científicos que avaliem a distância que as partículas
expelidas durante a atividade do canto podem atingir, quer por aerossóis, quer pela
propagação de perdigotos. No entanto, segundo o Fórum Brasileiro de Ópera, Dança e
Música de Concerto (2020), estudos preliminares indicam que uma distância com raio
de 3,5 metros seja a mais segura, quando não for possível o uso de máscaras, como, por
exemplo, durante a prática do canto de repertório lírico erudito. Já quando combinada
ao uso constante da máscara de pano, bastam 1,5 metros como raio da distância entre os
coristas, ideal, por exemplo, para a prática de repertório popular. A distância lateral
entre os integrantes do coro poderá, contudo, ser reduzida caso haja a disponibilidade de
protetores de acrílico, alocados nas laterais de cada cantor.
O regente precisa ficar a 3,5 metros de raio de distância de todo e qualquer
cantor ou músico que esteja ensaiando em sala presencialmente. Não obstante, o regente
não deverá usar máscaras de pano durante o ensaio, em virtude da importância da
expressão facial para a comunicação não-verbal, tão cara à realização de um ensaio
coral eficiente e prazeroso. Ao invés disso, deverá o mesmo utilizar a faceshield em
tempo integral.
Já para a prática de aulas de canto popular, a distância entre professor e
aluno poderá ser de 1,5 metros, desde que se respeite o uso da máscara de pano em
tempo integral de atividade para ambos professor e aluno. Já para a prática da aula de
canto lírico erudito, o distanciamento mínimo deverá ser de 3,5 metros, uma vez que o
aluno de canto (e somente este) não poderá se valer da máscara.

 Partituras e pastas de arquivos individuais


Para as partituras, o uso de pastas individuais com envelopes plásticos é o
mais recomendável. Cada coralista / aluno de canto precisa tornar-se responsável pela
sua própria pasta, levando-a para casa e trazendo a mesma de volta para a atividade em
sala. Com isso, caberá ao indivíduo responsável higienizar a pasta após a prática do (a)
coro / aula.
 Restrições ao uso do teclado
De acordo com o Fórum Brasileiro de Ópera, Dança e Música de Concerto
(2020):
A frequência respiratória dos instrumentistas de teclado pode ser aumentada
de acordo com as passagens a serem tocadas, em geral respirando pelo nariz.
O risco de gotículas de saliva ou aerossóis é menor do que durante o contato
social normal em uma conversa. Portanto, as medidas de segurança devem
ser as mesmas do contato social, que são: uso de máscaras e distância de
1,5m.

Para os tecladistas, o risco de transmissão por contato é maior quando


diferentes instrumentistas tocam o mesmo instrumento, algo muito comum nas práticas
musicais da sala do CUFES. Antes de tocar, cada executante deve higienizar as mãos
com álcool gel disponível no local. As teclas devem ser limpas com toalhetes
descartáveis antes e depois da prática de cada instrumentista. Caso o tecladista atue
também como preparador vocal do coro ou correpetidor e ensaiador coral, o mesmo
deverá usar faceshield em tempo integral de atividade, abstendo-se da máscara de pano,
e ficando a uma distância de 3,5 metros dos demais cantores.
Em uma situação de acompanhamento ao teclado ou ensaio de música de
câmara com teclado – com dois até cinco músicos ao mesmo tempo –, devem ser
respeitadas as distâncias de acordo com os instrumentos e / ou cantores envolvidos,
segundo os Protocolos de Seguranca Sanitária para a Prática Musical em ambiente
publico em tempos de pandemia de Covid-19 (FÓRUM BRASILEIRO DE ÓPERA,
DANÇA E MÚSICA DE CONCERTO, 2020).
 Higienização completa da sala de fundos da EDUFES
Sâo necessários a retirada total do mofo, limpeza geral e conserto das
infiltrações da sala de ensaio, para não trazer problemas alérgico-respiratórios para os
que usufruem da sala do CUFES, o que aumentaria nos indivíduos propensos os fatores
de risco para covid-19.

 Estímulo à prática coral de maneira remota


Empreender ensaios e apresentações com todos os coralistas e de forma
concomitante, usando o aplicativo para smartphone denominado Coro Virtual, descrito
em artigo disponível no link a seguir: http://www3.eca.usp.br/node/24925.

 Mais algumas recomendações importantes:


a) Estantes de partitura pertencentes à UFES
As estantes musicais pertencentes à instituição UFES também devem ser
sempre higienizadas antes e depois de seu uso.

b) Armário de arquivos da sala do CUFES


Para o manuseio seguro dos arquivos de partitura alocados no armário da
sala do CUFES, indicamos o uso de máscaras de pano de forma integral, bem como a
higienização com álcool gel 70º antes e após o manuseio dos documentos.

c) Computador da sala do CUFES


Indicamos a higienização das mãos com álcool gel antes e após o manuseio
do computador localizado na sala do CUFES.

d) Entrada e saida dos musicos da sala de ensaios ou palco: recomendado o


uso do fluxo único: os músicos entram por uma porta e saem por outra. Pode-se
organizar a saída da sala por seções, partindo-se sempre dos músicos mais
próximos à porta, e assim, sucessivamente.
e) Conversas e falas nos ensaios: não recomendável entre os
músicos/coralistas. Para o maestro, recomenda-se o uso de microfone individual.
Sua higienização deve ser feita antes e depois de qualquer uso. Em relação às
conversas entre os músicos, antes e depois das aulas, ensaios ou concertos,
devem ser evitadas, e, quando necessárias, devem sempre seguir as
recomendações para interação social, a saber: sem contato físico, mantendo a
distância de 1,5m entre as pessoas e com uso de máscaras de pano;
f) Compartilhamento de objetos: deve ser evitado;
g) Higienizacao de equipamentos: Recomenda-se a higienização diária
(antes e depois dos ensaios) das estantes de partituras, cadeiras, bancos,
microfone do regente, escudos de proteção e demais equipamentos que são
manuseados pelos músicos e demais pessoas da produção, montagem, transporte
etc.
h) Instrumentistas de teclado:
- Partituras: de uso individual. O músico deve ser responsável por trazer e
levar a sua partitura;
- suporte para partituras: deve ser feita antes e depois de qualquer
Uso.

i) Cantores populares e líricos:


- Estantes: de uso individual, devem ser higienizadas antes e depois de
qualquer prática musical, seja ensaio, aula ou concerto.

j) Regentes:
- Distancia segura: em conformidade com as recomendadas
respectivamente para cada grupo vocal ou instrumental;
- Uso de mascaras de pano: recomendado durante todo o tempo em que
não estiver regendo um coro.
- Partituras: de uso individual, o regente deve ser responsável por trazer e
levar a sua partitura;
- Estante: de uso individual somente, devendo ser higienizada antes e
depois de qualquer prática musical.
Considerações Finais:
Sendo a pandemia causada pelo Sars-CoV-2 um evento inédito na história
da humanidade, as informações aqui reunidas derivam de estudos preliminares
conduzidos pelos profissionais da saúde, devendo ser ajustadas na medida em que novas
informações se façam disponíveis. O conteúdo aqui reunido é de caráter indicativo.
Estima-se que a adoção das regras e procedimentos acima permitirá a retomada das
atividades artísticas e pedagógicas envolvendo instrumentistas e/ou cantores de forma
segura e responsável, a partir do cronograma de flexibilização das medidas de
isolamento social estabelecido pelo poder público de cada cidade ou estado do país.
O presente documento trata também de um ponto de partida para o retorno,
ou seja: à medida em que questões de distanciamento social forem flexibilizadas, os
cuidados aqui descritos também poderão ser adaptados. Como recomendação geral,
qualquer músico com sintomas da Covid-19 deve aplicar medidas de isolamento,
evitando completamente o contato com outras pessoas. Músicos com fatores de risco
devem seguir recomendação médica. Recomenda-se que, a partir do decreto dos
governos estaduais e municipais autorizando a reabertura de teatros e salas de concerto,
sejam retomadas gradualmente as atividades internas e externas, segundo as medidas e
recomendações deste documento para a contenção da pandemia da Covid-19.

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