Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
História das crianças no Brasil é um livro que trata das particularidades das crianças
comuns que fazem parte daHistória do Brasil desde antes do descobrimento. Organizado
por Mary Lucy Murray Del Priore, professora e pesquisadora da USP, foi publicado
inicialmente em 1991 pela Editora Contexto, segunda edição em 1999, agraciado com
o Prêmio Casa Grande & Senzala da Fundação Joaquim Nabuco no ano de 2000.
Índice
[esconder]
1 Resumo
o 1.1 Fases da infância
o 1.3 Índios
2 Conclusão
3 Referências
4 Ver também
5 Ligações externas
Resumo[editar | editar código-fonte]
O livro tem como base a chamada Nova História, tendência iniciada na década de 1980
por historiadores que dirigiram suas pesquisas para dar voz aos
silenciados: crianças, mulheres e vítimas de preconceito.
A autora cita ainda Gilberto Freire, que em seu livro Em Tempo Morto, Outros Tempos diz
que desejou escrever um livro chamado A História do Menino Brasileiro, onde contaria a
passagem da infância à vida adulta sem ter adolescência.
A obra é composta por uma Introdução e 9 capítulos, cujos títulos e autores são os
seguintes:
São revelas também duas outras características gerais da infância dessa época antiga: a
alta taxa de ilegitimidade e o trabalho precoce. Divide ainda a população infantil segundo
sua origem social, entre originários da elite, das famílias escravas e dos índios, as três
classes mais representadas então.
As crianças da elite[editar | editar código-fonte]
Depois do descobrimento do Brasil, chegaram as primeiras famílias colonizadoras e com
elas vieram as crianças portuguesas, de diferentes classes sociais: a classe mais alta,
formada pelosnobres da corte e as famílias mais simples, mas que também possuiam
algum poder social. Nessas classes, além da mãe, do pai e dos filhos, havia uma
variedade de coadjuvantes como os professores particulares, as aias, as amas, as babás,
as criadas etc.
Um dado marcante era que quanto mais alta fosse a classe social dos pais, mais distantes
estavam eles dos filhos. A amamentação era considerada uma tarefa exaustiva para a
mãe. Anúncios de oferecimento de amas-de-leite eram publicadas nos jornais, onde
estavam incluídas outras informações, como a idade da ama e o período de lactação, ou
seja, o tempo que ela poderia amamentar.
Programadas para manter a exclusão social, ao chegar a certa idade eram afastadas
demucamas e amigos de infância filhos de escravos e enviados a estudar fora.
Índios[editar | editar código-fonte]
As crianças índias eram chamadas de "curumins" e, desde cedo, já ajudavam os pais
no plantio, na colheita, na caça e pesca etc.
As mães indias tinham um cuidado especial com a higiene, banhando as crianças várias
vezes ao dia. Nas aldeias e agrupamentos índigenas, antes do descobrimento do Brasil e
do povoamento das terras brasileiras, as crianças já se divertiam e tinha um papel nas
aldeias. Quando completavam quatro ou cinco anos aprendiam a caçar, a andar
pela floresta, a pescar e a fazer seus próprios brinquedos.
Os meninos ficavam com as tarefas mais difíceis e de maior responsabilidade e as
meninas aprendiam com as mães a tecer redes, limpar as ocas, a plantar e a colher, mas
também aprendiam a sustentar a família, como os meninos.
Depois do descobrimento muitos índios foram escravizados; filhos de escravos eram
vendidos ou iam trabalhar em casas de barões.
As crianças filhas de escravos negros[editar | editar código-fonte]
A partir dos sete anos, as crianças dos escravos já podiam ser separados dos pais e
vendidas para trabalhar para outras famílias. Às vezes os nobres compravam os escravos
crianças com a finalidade de proporcionar uma distração para os filhos, para serem
companheiros nas brincadeiras. Maus tratos eram freqüentes.
As crianças costumavam acompanhar a mãe no trabalho no campo e já ajudavam a
plantar e colher desde pequenas. Um dado pouco conhecido é que cerca de vinte por
cento dos transportados em navios de tráfico eram crianças, preferidos por ocuparem
menos espaço e comerem menos. Eram capturadas nas ruas da África ou ainda
compradas aos pais por preço vil.
A Lei do Ventre Livre[editar | editar código-fonte]
A Lei do Ventre Livre foi uma lei assinada em 1871 e que tornou livres as crianças filhas de
mães escravas.
Conclusão[editar | editar código-fonte]
Atualmente, num contexto demográfico muito diferente, a criança passou a ser
valorizada pela sociedade e os historiadores passaram a dedicar um novo olhar à
questão, embora a falta de dados dificulte muito a pesquisa.
Referências[editar | editar código-fonte]
Descobrimento do Brasil
Língua tupi
Brasil Império
Abolição da escravatura
Criança
Criança de rua