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PROFESSORA:
ALUNA:
Sumário
Exames Ginecológicos
Métodos Anticoncepcionais
Ciclo Menstrual
Pré Natal
Parto
Assistência de Enfermagem ao RN
Alojamento Conjunto
Puerpério
Complicações Obstétricas
Patologias Ginecológicas
Terminologias Ginecológicas
Referências Bibliográficas
Revisão de Anatomia/ Fisiologia
Receber os espermatozóides
Ovários
São responsáveis pela produção dos gametas e hormônios femininos. Localizam-se
lateralmente na cavidade pélvica, em depressões denominadas fossas ováricas.
Tubas Uterinas
As tubas uterinas têm como função a condução dos ovócitos. A tuba está subdividida
em quatro partes, que indo do útero para o ovário, é: intramural ou uterina, istmo, ampola e
infundíbulo. O infundíbulo tem forma de funil em cuja base se encontra o óstio abdominal da
tuba e é dotado em suas margens de uma série de franjas irregulares – as fímbrias.
Útero
É um órgão oco, cuja função é alojar o embrião/feto até que este complete seu
desenvolvimento pré-natal. Está localizado na cavidade pélvica, póstero-superiormente à
bexiga urinária e anterior ao reto. Sua posição é descrita como em anteversoflexão, formando
um ângulo de aproximadamente 90º com a vagina.
Vagina
As suas funções são: servir como órgão de cópula, canal do parto e via de excreção do
fluxo menstrual.
Está localizada entre a bexiga urinária, o reto e o canal anal. A cavidade da vagina
possui um lúmen estreito, sendo que suas paredes ficam praticamente unidas. A vagina se
comunica com o útero por meio do óstio uterino e com o meio externo por meio do óstio da
vagina, que se abre no vestíbulo da vagina.
Lábios maiores do pudendo - É duas pregas cutâneas, alongadas, que delimitam entre si uma
fenda, a rima do pudendo. Após a puberdade apresentam-se hiperpigmentadas e cobertos de
pelos somente nas suas faces externas, sendo suas faces internas lisas e desprovidas de pelos.
Lábios menores do pudendo - São duas pequenas pregas cutâneas, localizadas medialmente
aos lábios maiores. É recoberto por pele lisa, úmida e vermelha. Ficam protegidos pelos
lábios maiores, exceto nas crianças e na idade avançada, quando os lábios maiores apresentam
menor quantidade de tecido adiposo diminuindo assim o seu volume. O espaço entre os lábios
menores é o vestíbulo da vagina, onde estão localizados o óstio externo da uretra, o óstio da
vagina e os orifícios dos ductos das glândulas vestibulares.
Exames Ginecológicos
Papanicolau
É o exame que previne o câncer de colo uterino. Deve ser realizado em todas as
mulheres com vida sexualmente ativa, pelo menos uma vez ao ano. Se o resultado do
exame for negativo por três anos seguidos, a mulher pode fazê-lo de 3 em 3 anos. Consiste
na coleta de material do colo uterino para exame em laboratório, é um exame simples e
barato, porém algumas mulheres ainda resistem em realizá-lo por medo ou vergonha. Nos
últimos 50 anos a incidência e a mortalidade por câncer de colo uterino vêm diminuindo,
graças às novas técnicas de rastreamento do Exame de Papanicolau. Por isso, ele é um dos
mais importantes exames para prevenção da saúde da mulher.
Possíveis resultados:
Legenda:
O resultado deve ser interpretado pelo médico que deve explicá-lo à paciente. O
Papanicolau também serve para determinar outras condições de saúde de seu corpo tais
como nível hormonal, doenças da vagina e do colo do útero. Este exame também pode ser
feito gratuitamente em qualquer Unidade Básica de Saúde do Sistema Único de Saúde e
também em todas as Faculdades de Medicina do Brasil. Procure por um Serviço de Saúde da
Mulher.
Auto-exame de mamas
3° - Palpação deitada: Deitada, coloque uma toalha dobrada sob o ombro direito para
examinar a mama direita. Inverta o procedimento para examinar o outro lado. Apalpe toda a
mama através de suave pressão sobre a pele com movimentos circulares. Apalpe a metade
externa da mama que, em geral, é mais consistente. Apalpe, agora, as axilas.
O auto exame da mama deve ser realizado regularmente. Caso note alguma alteração
antes da menstruação, deve-se repetir o exame depois da menstruação. Se a alteração
persistir é necessário procurar um médico. Se o auto exame é normal, o exame médico deve
ser anual.
Mamografia
✓ Se o exame clínico for negativo raramente está indicada antes dos 40 anos, salvo se
houver fatores de risco.
✓ Dos 40 aos 50 anos, deve ser feita de 2 em 2 anos. A partir dos 50 poder-se-á manter
de 2 em 2 anos ou passar a anual (caso se justifique).
✓ Só para esclarecimento de casos duvidosos, é necessário repetir a mamografia com
intervalos inferiores há 1 ano.
Colposcopia e Vulvoscopia
São muito parecidos com o papanicolau, mas a diferença é que a colposcopia e a
vulvoscopia são bem mais detalhados, isso porque aumenta muito mais a visão do colo do
útero. Normalmente só é solicitado quando é encontrada alguma anormalidade no
papanicolau. Também podem ser feitos no consultório ou em um laboratório.
Ultrassom Transvaginal
Esse exame é um pouco mais complicado para a mulher, mas nada que assuste. Com
um aparelho de ultrassom em forma de tubo o médico consegue ter mais visualização da
região pélvica, útero, trompas, o endométrio e os ovários. Esse tubo é introduzido na vagina
envolto em preservativo e muito lubrificante. Esse exame pode ser pedido se a paciente sente
cólicas muito fortes ou tem a menstruação muito irregular, uma anormalidade no
papanicolau também pode ser motivo para esse exame ser pedido.
Captura híbrida
Esse deve ser feito uma vez, se o resultado for negativo não há necessidade de fazê-
lo novamente a não ser que a paciente sinta sintomas, leve coceira na vagina ou dores
durante a relação sexual. Este exame detecta o vírus HPV e infecções adquiridas nas
relações sexuais. Também é feito com o uso do espéculo, a médico abre a vagina e colhe a
secreção vaginal para análise.
Métodos Anticoncepcionais
Qualquer outra definição para explicar o que são métodos anticoncepcionais não
abrangeria sua verdadeira utilidade: eles servem para evitar uma gravidez. Não há como
classificar o melhor método, pois o melhor é aquele que a mulher e seu parceiro confiam e
também que não existam contra-indicações ao seu uso.
Por isso é sempre bom saber quais são os métodos existentes e procurar se adequar a algum
deles - sempre acompanhado de uma orientação médica.
Na tabela dos dias férteis acima a calculadora da ovulação estimou o dia 8 como primeiro dia fértil e o 19
como último dia fértil para uma mulher cujo menor ciclo menstrual é de 26 dias e o maior de 29 dias. Desta
forma, nas relações sexuais sem proteção entre os dias 8 e 19 do ciclo menstrual haveria risco de
engravidar.
Camisinha ou preservativo: quase todas as pessoas podem usar; protege contra doenças
sexualmente transmissíveis, inclusive AIDS; previne doenças do colo uterino; não faz mal a
saúde; é de fácil acesso.
Uso da feminina: retirar da embalagem somente na hora do uso. Flexionar o anel de modo que
possa ser introduzido na vagina. Com os dedos indicadores e médios, empurrar o máximo que
puder, de modo que fique sobrando um pouco para fora, o que deve permanecer assim durante
a relação. Retirar logo após a ejaculação, rosqueando o anel para que não escorra o líquido
seminal para dentro da vagina. Se usada corretamente, sua eficácia é alta, varia de 82 a 97%.
Diafragma: é um anel flexível, coberto por uma membrana de borracha fina, que a mulher
deve colocar na vagina, para cobrir o colo do útero. Como uma barreira, ele impede a entrada
dos espermatozóides, devendo ser utilizado junto com um espermicida, no máximo 6 horas
antes da relação sexual. A adesão da paciente depende da utilização correta do dispositivo. A
higienização e o armazenamento corretos do diafragma são fatores importantes na prevenção
de infecções genitais e no prolongamento da vida útil do dispositivo. Por apresentar vários
tamanhos (de acordo com o tamanho do colo uterino), deve ser indicado por um médico para
uma adequação perfeita ao colo uterino. Deve ser usado com espermicida. Recomenda-se
introduzir na vagina de 15 a 30 minutos antes da relação sexual e só retirar 6 a 8 horas após a
última relação sexual de penetração.
Dispositivo Intra-Uterino (DIU): os DIUs são artefatos de polietileno, aos quais podem ser
adicionados cobre ou hormônios, que são inseridos na cavidade uterina exercendo sua função
contraceptiva. Atuam impedindo a fecundação, tornando difícil a passagem do
espermatozoide pelo trato reprodutivo feminino. Os problemas mais frequentes durante o uso
do DIU são a expulsão do dispositivo, dor pélvica, dismenorreia (sangramentos irregulares
nos meses iniciais) e aumento do risco de infecção (infecção aguda sem melhora ou infecções
persistentes implicam na remoção do DIU). Deve ser colocado pelo médico e é necessário um
controle semestral e sempre que aparecerem leucorreias (corrimentos vaginais anormais).
Mulheres que têm hemorragias muito abundantes ou cólicas fortes na menstruação, ou que
tenham alguma anomalia intrauterina, como miomas ou câncer ginecológico, infecções nas
trompas, sangramentos vaginais ou alergia ao cobre não podem usar o DIU. Não é
aconselhado para nulíparas (mulheres que nunca engravidaram).
3. Hormonais - são aqueles que possuem substâncias que produzem algumas alterações no
aparelho genital da mulher. Sua atuação é principalmente em nível de ovário, trompas,
endométrio e muco.
Pílula
Ovários: cessa a ovulação durante a gravidez e a maturação dos folículos fica suspensa. Um
corpo lúteo funciona produzindo principalmente a progesterona.
Parede abdominal: a linha nigra pode forma-se de pigmentação escurecida que se estende da
cicatriz umbilical, seguindo a linha média, até a sínfise pubiana.
Circulação: o volume cardíaco aumenta em 40% a 50% desde o início da gravidez até seu
término.
Respiratório: ocorre aumento da frequência respiratória. O diafragma é elevado durante a
gestação em decorrência do aumento uterino.
2º mês - O embrião, agora, mede cerca de 3 cm e pesa em torno de 10g. O coração pulsa, mas
ainda não é possível ouvi-lo. Aparecem os brotos dos braços e das pernas, os ouvidos estão
em formação e há um esboço de rosto, com boca e nariz. A cabeça está mais redondinha, a
região do pescoço definida e as pálpebras individualizadas. Podem-se distinguir os dedos dos
pés. Faz os primeiros movimentos dentro da bolsa amniótica.
Até a 9ª semana, não há muita diferença entre os genitais masculinos e femininos. Os rins
estão formados, o aparelho respiratório e o urinário funcionam e o fígado produz bile. As
pernas ainda são curtas, mas ele já é capaz de dobrar os dedos dos pés. Dentro da bolsa
d’água, abre e fecha a boca, as mãos, faz xixi e suga o líquido amniótico, que é renovado a
cada seis horas. Na consulta pré-natal, o coração pode ser ouvido através de um aparelho
próprio – o sonar. Com 7 cm a 10 cm de comprimento, 18g de peso e as estruturas ósseas
mais consistentes, passa a ser chamado de feto. Se for menina, já tem ovários e o estoque de
óvulos para toda a vida.
4º mês - A movimentação no útero é intensa: o feto filho vira a cabeça, franze a testa,
movimenta o peito para cima e para baixo, se estica, dá cambalhotas. Os genitais estão
diferenciados, e no próximo ultrassom será possível ver o sexo do bebê. Com altura entre 15
cm e 18 cm e pesando, mais ou menos 150g, ainda tem a cabeça desproporcional, grande
demais em relação ao restante do corpo. A placenta está totalmente formada. Além de sugar e
engolir, o feto consegue soluçar. Seus dedos ganham unhas. A pele, transparente, deixa
aparecer os pequenos vasos sanguíneos. Uma leve penugem, conhecida como lanugem, surge
na cabeça e nas sobrancelhas.
6º mês - O bebê se mexe muito, gosta de brincar com os dedos e tem o corpo todo coberto de
pelos bem finos. No final deste mês, pesa quase 1 kg e chega a medir 35 cm. Sua
sobrevivência passa a ser cada dia mais possível, caso nasça prematuramente. Com o sistema
auditivo em pleno amadurecimento, reage aos ruídos externos. A pele, fina e brilhante, tem
um tom avermelhado e é muito enrugada. As pálpebras já se dividiram e ele abre os olhos.
Assim, percebe a diferença de luminosidade se você está em um ambiente mais claro ou mais
escuro. Suas impressões digitais são visíveis, tanto nos pés como nas mãos.
7º mês - Embalado pelo líquido amniótico, o feto descansa, cochila e chega a dormir
profundamente. Seu ritmo de vida costuma coincidir com o da mãe. Consegue perceber o
batimento cardíaco e os ruídos do organismo dela. Dependendo da intensidade, ouve o som da
música e até o barulho da rua. No final do mês, estará sugando com mais força e sentindo os
diferentes sabores - doce e amargo. Mede mais ou menos 40 cm e pesa 1,5 kg. A partir deste
mês, começa a engordar rapidamente, ganhando, em média, 150g por semana. O espaço no
útero diminui, restringindo seus movimentos. As impressões digitais dos pés e das mãos já são
visíveis. A essa altura, alguns bebês ainda estão na posição pélvica (sentados), mas ainda
podem virar e entrar na posição cefálica (de cabeça para baixo), ideal para o parto normal.
8º mês - Ele se vira para baixo, começando a tomar a posição cefálica. Seus olhos percebem
diferenças entre luz e sombra, mas não distinguem forma e cor. Além da visão e audição, testa
outros sentidos: o tato, ao bater com as mãozinhas na parede uterina ou agarrar o cordão
umbilical; o gosto, ao deglutir o líquido amniótico ou chupar os dedos. Reage instintivamente
aos estímulos externos. A voz suave da mãe o acalma, mas quando ela fica nervosa, o
bebezinho logo se agita. Com movimentos já mais consistentes, chuta a barriga, procurando
uma posição confortável. A penugem que cobria seu corpo vai desaparecendo. No final deste
mês, tem 45 cm, pesa em torno de 2,5 kg e está inteiramente formado. Mas ainda não tem as
reservas suficientes de gordura, que se desenvolverão a partir de agora, e sua capacidade
respiratória também não se completou.
9º mês – O feto engorda, perde as ruguinhas, ganha status de bebê. Na 36ª semana, a
quantidade de líquido amniótico diminui um sinal que, junto ao envelhecimento da placenta,
vai determinar a possível data do nascimento. Está totalmente formado. Na 38ª semana,
engorda até 28g por dia, e o que resta de líquido amniótico se renova a cada três horas. Seu
intestino está cheio de mecônio - secreção das glândulas alimentares, misturada ao pigmento
da bílis e das células da parede intestinal - que será eliminado assim que ele nascer. Com 50
cm e 3 kg, pode se considerar pronto para vir ao mundo.
Pré-natal
A avaliação pré-natal deverá ser iniciada logo após a descoberta da gravidez. Nessa avaliação
o médico irá realizar exames clínicos e laboratoriais para o acompanhamento do
desenvolvimento fetal. A periodicidade das consultas será determinada pelo médico, mas
geralmente é mensal, aumentando a frequência nos últimos dois meses. Quando houver
possibilidade de acompanhamento por parte da enfermagem essa deverá priorizar o
aprendizado de cuidados que envolvam a gestante, puérpera e ao recém-nascido.
Uso de drogas: drogas lícitas e ilícitas comprometem o desenvolvimento fetal e podem levar
a crises de abstinência nos recém-nascidos.
Exames laboratoriais:
Tipagem sanguínea
Hematócrito e hemoglobina
HPV Sorologia para sífilis Sorologia para rubéola Demais exames que o médico julgar
necessário durante o pré-natal.
Exames de imagem: Ultrassonografia para acompanhar o desenvolvimento fetal
Avaliação geral
Orientações de enfermagem
- Outra forma de calcular a DPP é somar sete dias ao primeiro dia da última menstruação e
subtrair três meses ao mês em que ocorreu a última menstruação (ou adicionar nove meses, se
corresponder aos meses de janeiro a março) – Regra de Naegrele. Nos casos em que os
números de dias encontrado for maior do que o número de dias do mês, passar os dias
excedentes para o mês seguinte, adicionando 1 ao final do cálculo de mês.
Exemplos.
DPP – 03/11/2004
Parto
Parto pré-termo
O parto antes de termo é o que começa antes da 37.ª semana de gravidez. Como os
bebês nascidos prematuramente podem ter problemas de saúde, os médicos tentam evitar o
parto antecipado. O parto pré-termo (ou prematuro) é difícil de deter se se verificar uma
hemorragia vaginal ou se as membranas que contêm o feto rebentarem. Se não ocorrer
hemorragia vaginal e se as membranas não deixarem escapar líquido amniótico, o repouso
absoluto, com líquidos administrados por via endovenosa, é útil em 50 % dos casos. No
entanto, se o colo uterino se dilatar mais de 5 cm, o parto segue normalmente o seu curso até
que o bebê nasça. O sulfato de magnésio aplicado por via endovenosa detém o parto em até 80
% das mulheres, mas pode provocar efeitos secundários, como aceleração da frequência
cardíaca na mulher, no feto ou em ambos. A terbutalina administrada mediante uma injeção
subcutânea também pode ser utilizada para deter o parto. Enquanto o parto antecipado se
detém, pode ser administrado à mulher um corticosteróide como a betametasona para dilatar
os pulmões do feto e reduzir o risco de ter problemas respiratórios (síndrome de dificuldade
respiratória neonatal) depois de nascer.
Uma gravidez depois do termo é a que continua para além das 42 semanas. A pós-maturidade
é uma síndrome em que a placenta começa a deixar de funcionar normalmente numa gravidez
pós-termo e põe o feto em perigo. Por vezes, é difícil determinar se passaram as 42 semanas,
porque nem sempre é possível estabelecer a data precisa da concepção devido ao fato de os
ciclos menstruais serem irregulares ou a paciente não estar certa do tempo que decorre entre
eles. No início da gravidez, uma ecografia, que é segura e indolor, facilita a determinação da
duração da gravidez. Posteriormente, mas antes da 32.ª semana (de preferência entre a 18.ª e a
22.ª) é útil fazer uma série de ecografias destinadas a medir o diâmetro da cabeça do feto, o
que pode ajudar a confirmar a duração da gravidez. Depois da 32.ª semana, a determinação da
duração da gravidez por meio de ecografias pode arriscar um erro de 3 semanas num ou
noutro sentido. Se a gravidez continuar para além da 42.ª semana, contada a partir do primeiro
dia do último ciclo menstrual, examina-se a mãe e o feto em busca de sinais de pós-
maturidade, tais como uma redução do tamanho do útero e da mobilidade fetal. Os testes
começam na 41.ª semana para avaliar o movimento do feto e a sua freqüência cardíaca, bem
como a quantidade de líquido amniótico, que são parâmetros que decrescem
consideravelmente nas gravidezes pós-maduras. Compara-se o tamanho da cabeça do feto
com o do seu abdômen. Para confirmar um diagnóstico de pós-maturidade, pode-se fazer uma
amniocentese (extração e análise do líquido amniótico). Uma indicação de pós-maturidade é a
detecção de uma coloração esverdeada do líquido amniótico, provocada pela matéria fecal do
feto (mecónio); isto indica sofrimento fetal. Enquanto o exame não detectar sinais de pós-
maturidade, pode deixar-se que a gravidez pós-termo continue. No entanto, se o exame der
resultados positivos, o parto é provocado. No caso de o colo uterino não ser suficientemente
flexível para que o feto o atravesse, faz-se uma cesariana (parto cirúrgico feito por meio de
uma incisão no abdômen e no útero da mãe).
O parto é o momento mais esperado durante toda a gravidez. Nas últimas semanas a gestante
poderá começar a sentir a “descida” da barriga.
Dilatação: O colo do útero, por onde o bebê passa para sair, começa a encurtar e a dilatar até
cerca de dez centímetros. As contrações tornam-se cada vez mais regulares e próximas. É o
período mais demorado do trabalho de parto, podendo demorar de 12 a 16 horas, por vezes
mais, num primeiro filho.
Orientações de enfermagem: quando a gestante estiver deitada, procurar virar-se para o lado
esquerdo, para facilitar uma melhor oxigenação do feto. No
início e durante a contração, inspirar profundamente pelo nariz, como se estivesse a “cheirar
uma flor”, e expelir o ar pela boca, como para “apagar uma vela”. Quando a contração
terminar, inspirar e expirar profundamente. No intervalo das contrações, respire normalmente,
relaxando o mais possível.
Parto Normal
✓ O trabalho de parto inicia-se com as contrações que deverão ser duração e freqüência
adequadas;
✓ Ocorre a dilatação do colo do útero (ideal 10 cm);
✓ Ocorre o rompimento da bolsa amniótica;
✓ Se necessário será feita anestesia peridural;
✓ O feto encaixa-se na entrada da pelve;
✓ São realizadas manobras de rotação para facilitar a expulsão;
✓ Se necessário será feito a episiotomia;
✓ Após o nascimento o cordão umbilical deverá ser cortado e serão prestados cuidados
ao recém-nascido;
✓ Ocorre a expulsão da placenta e observação de suas estruturas;
✓ Em caso de episiotomia deverá ser feito a episiorrafia.
Parto Cesárea
Apoiar à parturiente;
Assistência de Enfermagem ao RN
Cuidados essenciais
Responsabilidades da enfermagem
Prazo de Validade; O frasco depois de violado deve ser trocado diariamente, pois a
evaporação do diluente aumenta a concentração acentuando a ação caustica; A solução é
límpida e transparente (senão descartar); Contaminação do conta-gotas.
Alojamento conjunto
Orientar e incentivar a mãe (ou pais) na observação de seu filho, visando esclarecer dúvidas;
Mãe
Recém-nascido
- RN a termo, apropriados para Idade Gestacional e sem patologia, com boa vitalidade, boa
sucção, adequado controle térmico, sem risco de infecção (situações de risco de infecção: mãe
febril, recebendo antibiótico, bolsa rota há mais de 24 horas, RN nascido fora do centro
obstétrico).
44
- Em caso de cesariana, o RN será de levado para a mãe entre 2 e 6 horas após o parto,
respeitando-se as condições maternas.
Alimentação do RN
Ações de enfermagem
- Fornecer a mãe informações precisas sobre as condições de seu filho no momento de sua
admissão no Alojamento Conjunto.
- Colher dados pertinentes aos objetivos do Alojamento Conjunto, os quais propiciam ações
mais específicas à realidade da pessoa.
- Propiciar condições para que na mãe possa reconhecer seu filho, mostrando-se disponível
para auxiliá-la na amamentação ou situações que lhe pareçam difícil.
- Oportunizar que o pai participe nos encontros da enfermeira com a mãe, incentivando-o a
expressar suas opiniões.
- Supervisionar os cuidados prestados pela mãe: troca de roupa, medidas de higiene, cuidados
com o coto umbilical, avaliação da temperatura, etc., objetivando orientá-la e esclarecê-la em
suas dúvidas.
- Orientar a mãe sobre os demais cuidados com os filhos: vestuários, eliminações, avaliação
da cor da pele, atividades, sono, profilaxia da dermatite amonical, prováveis causas de choro,
necessidades afetivas, encaminhamentos e avaliações clínicas periódicas.
Puerpério
Involução uterina: o útero entra em um processo de regressão gradativo até voltar ao seu
tamanho original. Nas primeiras 24 horas a redução deverá ser de 50%. Cabe ao profissional
da enfermagem observar e anotar esse processo.
Técnica: com a mão no abdome da puérpera, localizar o fundo do útero, que deverá estar
próximo da cicatriz umbilical.
Loquiação: é a secreção que sai do útero após o parto, semelhante a uma menstruação, mas
com odor e características diferentes. O volume de loquiação será maior nos primeiros dias,
diminuindo ao passar do tempo até cessar em torno de 15 dias. A sua coloração também sofre
alterações indo do vermelho até o esbranquiçado.
Colostro: é a secreção liberada pela mama nos primeiros dias de amamentação. Tem
coloração amarelada, consistência grossa e rica em gordura. É a alimentação ideal do recém-
nascido nos primeiros dias.
Leite materno: apresenta uma consistência mais fina, mais transparente. É o alimento ideal
nos primeiros 6 meses. Possuem todos os nutrientes necessários, propriedades imunológicas e
água. Além de proporcionar momento de interação entre mãe e filho.
Cuidados de Enfermagem
Complicações Pós-parto
Hemorragia pós-parto
A hemorragia puerperal é a perda superior a meio litro de sangue durante ou após dequitação,
é a terceira causa mais comum de morte materna durante o parto, após as infecções e
complicações da anestesia. As causas variam e a maioria delas é evitável, sendo delas o
sangramento da área onde a placenta descola do útero, esse sangramento pode ocorrer quando
o útero não contrai adequadamente por ter sido distendido excessivamente, pelo trabalho de
parto prolongado ou anormal, pelas múltiplas gestações ou pela administração de um
anestésico miorrelaxante durante o trabalho de parto. A perda sanguínea grave geralmente
ocorre logo após o parto, mas pode ocorrer até um mês mais tarde. As medidas de prevenção
se dão antes da mulher entrar em trabalho de parto se a mulher apresentou episódios
anteriores de hemorragia puerperal pode permitir ao médico preparar-se para enfrentar
possíveis distúrbios hemorrágicos. A intervenção no parto é a mínima possível. Após a
placenta ter descolado do útero, é administrada ocitocina à mulher para ajudar o útero a
contrair e reduzir a perda sanguínea. Quando a placenta não descola espontaneamente até 30
minutos após a liberação do concepto, é removida manualmente. Quando a expulsão foi
incompleta, removem - se os fragmentos remanescentes manualmente. Em casos raros,
fragmentos infectados da placenta ou de outros tecidos devem ser removidos cirurgicamente
(por curetagem). Após a expulsão da placenta, a mulher é monitorizada por pelo menos uma
hora para se assegurar que o útero contraiu e também para se avaliar o sangramento vaginal.
Quando ocorre um sangramento intenso, o abdômen da mulher é massageado para auxiliar a
contração do útero e, a seguir, a ocitocina é administrada continuamente através de um cateter
intravenoso. Quando o sangramento persiste, a mulher pode necessitar de transfusão
sanguínea. A histerectomia (remoção do útero) é raramente necessária.
Infecção puerperal
A infecção puerperal ou febre puerperal continua sendo uma das principais causas de
mortalidade no puerpério. Origina - se do aparelho genital após parto recente, sendo, por
vezes, impossível caracterizar a infecção que ocorre após o parto, para melhor conceituar
morbidade febril puerperal, temperatura de no mínimo 38ºC, durante dois dias quaisquer, dos
primeiros 10 dias do pós-parto, excluídas às 24 horas iniciais. É tendência atual, conquanto
não sejam da genitália, incluir a infecção urinária, a pulmonar e a das mamas na morbidade
puerperal.
Bolsa rota - Quando há perda de líquido, tanto a mãe como o RN fica exposto a riscos. Não
se sabe ao certo quanto tempo o organismo da mãe e do bebê leva para o desenvolvimento de
uma infecção. Em alguns casos, observaram que a incidência de infecção no bebê só aumenta
após 24 horas de bolsa rota.
Puerpério é uma fase de readaptação em que alterações fisiológicas podem vir acompanhadas
de distúrbios de ordem psíquica, ligados às mudanças bioquímicas que ocorrem no organismo
materno logo após o parto, como aumento da secreção de corticosteroide e a queda repentina
dos níveis hormonais. É notória a cobrança imposta sobre a puérpera quanto a assumir uma
postura idealizada, onde demonstre tranquilidade, receptividade e disposição para amamentar
e cuidar da criança. A psiquiatria clínica classifica os distúrbios em três grandes grupos,
apresentado da forma mais leve para a forma mais grave:
É a infecção que ocorre após o parto, podendo ou não ser considerada como infecção
hospitalar. Normalmente está associada à falta de cuidados de higiene, ou contaminação por
profissionais que prestam assistência. Sinais e sintomas: dor no local da incisão, edema e calor
local, presença de secreção e hipertermia.
Tratamento: Medicamentoso
Cuidados de enfermagem
Toda gestação traz em si mesma risco para a mãe ou para o feto. No entanto, em pequeno
número delas esse risco está muito aumentado e é então incluído entre as chamadas gestações
de alto risco. Desta forma, pode-se conceituar gravidez de alto risco "aquela na qual a vida ou
saúde da mãe e/ou do feto e/ou do recém-nascido, têm maiores chances de serem atingidas
que as da média da população considerada" (Caldeyro-Barcia, 1973).
Placenta Prévia
Tratamento
A causa do DPP ainda não foi completamente desvendada pelos cientistas, mas alguns fatores
contribuem para que ela aconteça. A pressão alta, responsável por 50 % dos casos, ocasiona a
ruptura dos vasos sanguíneos na placenta e provoca hemorragia e descolamento da placenta.
O cordão umbilical curto, fumo e drogas, anemia, desnutrição, idade materna avançada, bolsa
d'água rompida (saco amniótico) antes do trabalho de parto, traumas e acidentes diretos
(batidas de carro e quedas de escada) sobre o ventre materno são outros possíveis fatores que
levam à DPP. Qualquer que seja a causa, a placenta se descola do útero e começa a sangrar,
produzindo uma hemorragia interna que pode ou não extravasar e causar sangramento externo
vaginal. Quando mais da metade da placenta se descola, a morte do bebê é inevitável. No
local do descolamento aparece uma "cratera" na placenta.
Não há exames ou testes laboratoriais que prevejam o DPP. O diagnóstico só é feito depois da
ocorrência do problema, e os sintomas são dor intensa e súbita na barriga. Pode não haver
hemorragia pela vagina, mas a hemorragia interna (dentro da barriga) com útero endurecido
confirma o diagnóstico. O bebê pode estar vivo ou não, dependendo da extensão do
descolamento. A hemorragia pode causar a morte da mãe por anemia e problemas de
coagulação sanguínea.
A mortalidade materna pode chegar a 3% dos casos e a fetal a 90%. Quando há chance de
sobrevivência do bebê o tratamento é a transfusão sanguínea e a cesariana. Se mesmo após a
retirada do bebê por cesariana o útero não se contrai e não parar de sangrar, é necessária a
cirurgia para a retirada do útero (histerectomia), evitando, assim, o óbito materno (morte da
mãe) por sangramento.
Hipertensão na gestação
Sempre que houver pressão alta (níveis de pressão maiores que 140/90) em gestantes. A
hipertensão induzida pela gestação refere-se ao aparecimento da hipertensão em conseqüência
da gestação, ocorrendo após as 20 semanas de gestação e desaparecendo até 6 semanas após o
parto. O diagnóstico é feito através da pressão arterial diastólica (mínima) igual ou superior a
90 mmHg ou o aumento da pressão arterial acima de 15 mmHg do valor medido antes de 20
semanas de gestação.
Hipertensão é o aumento dos níveis tensionais acima de 140 x 90 mmHg. A pressão arterial
deve ser medida com a paciente sentada e confirmada após período de repouso em 3 medidas.
✓ primeira gravidez
Eclâmpsia
Eclâmpsia é o aparecimento de convulsões que não podem ser atribuídas a outras causas
(como derrame cerebral ou intoxicação por drogas) em pacientes com quadro de pré-
eclâmpsia. Pacientes com pré-eclâmpsia podem evoluir para eclâmpsia. No manejo destas
pacientes leva-se em consideração a idade gestacional (tempo de gestação) e a gravidade da
pré-eclâmpsia (leve, grave ou eclâmpsia) para que se escolha a conduta mais adequada. O
tratamento definitivo é a interrupção da gestação, entretanto algumas vezes é possível
aguardarmos o amadurecimento do feto para realizar o parto.
✓ avaliação materna e do bem estar fetal seriada, uso de corticosteróides para ajudar o
amadurecimento do pulmão fetal e interromper a gestação
Síndrome HELLP
É uma síndrome (conjunto de sinais e sintomas) que ocorre com o agravamento do quadro de
pré-eclâmpsia. HELLP é uma sigla cujo significado é: H: hemólise (fragmentação das células
vermelhas do sangue na circulação); EL: alteração das provas de função hepática (elevated
liver functions tests) e LP: diminuição do número de plaquetas (células que auxiliam na
coagulação) circulantes (low platelets count). Quando uma gestante com pré-eclâmsia
apresenta alterações laboratoriais ou clínicas compatíveis com hemólise, alteração das
enzimas hepáticas e diminuição das plaquetas está com a síndrome HELLP. O tratamento da
síndrome HELLP é a correção dos distúrbios maternos permitindo que a gestação seja
interrompida de forma mais segura possível, independente da idade gestacional. Esta
síndrome está associada a um mau desfecho materno e fetal, com complicações maternas
graves como edema agudo de pulmão, falência cardíaca, insuficiência renal, CIVD
(coagulação intravascular disseminada) com hemorragias importantes, ruptura do fígado e
morte materna.
Hiperemese gravídica
Fatores etiológicos:
E um quadro clinico muito controverso, mas o que está mais em evidencia são, os níveis
elevados de estrógenos, progesterona, gonadotrofinas coriônicas, relaxamento da musculatura
lisa do estomago e os componentes imunológicos.
Solução clínica:
Agravando-se com a piora da sintomatologia, podendo chegar a um D.H.E com suas variações
metabólicas , perda de peso, que em media é de 4% a 10%. Chegando-se a um internamento,
em virtude do agravamento do quadro clinico com conseqüências para o concepto.
Fatores predisponentes:
Podemos citar a gemelidade, primigestas, adolescentes, gravidez não programada.
Tratamento:
Diabetes Gestacional
Mulheres que não têm histórico de diabetes na família podem vir a desenvolver a doença,
temporariamente, durante a gravidez, esse risco é maior quando a mulher ganha muito peso
durante o período de gestação, mais ainda se for uma mulher de idade acima dos 35 anos. É
um tipo de diabetes que tende a regredir espontaneamente, mas mesmo assim requer cuidados
porque pode afetar o bebê, o feto vive no útero materno, em regime de alta glicemia, o
excesso do açúcar no sangue da mãe faz com que tanto a mãe quanto a criança fiquem acima
do peso ideal. O choque acontece quando, após o parto, o bebê entra em hipoglicemia, pois o
ambiente uterino não está mais fornecendo glicose.
São várias as causas do diabetes gestacional, sem descartar o stress, que provoca alterações no
sistema de defesas do organismo materno. Essas causas são o excessivo ganho de peso,
alimentos doces em demasia, a falta de atividade, o fumo. No diabetes gestacional, alguns
alimentos são proibidos e, se ingeridos, agravam ainda mais o quadro.
Os sintomas da mulher grávida variam muito de pessoa para pessoa, embora alguns possam
ser comuns e mais visíveis, como o excessivo ganho de peso, inchaço, comer demais. Ela
também pode se queixar de vômitos incontroláveis, sua urina se modifica ou é abundante,
visão turva (às vezes, necessitando de óculos temporariamente) e, em alguns casos, a mulher
deve ser internada a intervalos regulares e monitorada em ambiente hospitalar.
Vários fatores em conjunto, durante a gravidez, podem então fazer com que a glicose não seja
utilizada adequadamente e, neste caso, ela se acumula no sangue, sendo o excesso eliminado
através da urina. A falta ou a não-ação da insulina impede o organismo de aproveitar as
proteínas, as gorduras e os hidratos de carbono, fontes de energia do organismo.
Exames e tratamento
- No diabetes gestacional, como nos outros tipos de diabetes, é importante saber que a maior
parte do tratamento deve ser feita pelo paciente, e não pelo médico. Este apenas tem o papel
de educar a grávida para que ela se auto regule, além de oferecer todas as informações para
garantir que ela saiba como conduzir a gravidez.
- Se a mulher não tem histórico de diabetes na família, a melhor forma de evitar a doença
durante a gravidez é através da alimentação. Uma vez constatado o diabetes, convém, além
dos cuidados médicos, seguir orientação de um nutricionista.
A mulher que tem propensão maior ao diabetes deve confiar seu pré-natal a um médico que
esteja disponível e acessível para dar orientação, inclusive por telefone, pois ela pode precisar
dele a qualquer momento. Exercícios de relaxamento contribuem muito para prevenir e
controlar a atuação do sistema imunológico. Em circunstâncias ideais, o sistema imunológico
confere ao organismo todas as defesas contra as doenças, fortalecendo a mãe e o bebê. Ao fim
da gestação, fazer exames e controles, pois o diabetes tende a desaparecer, neste caso, assim
como veio.
Gravidez ectópica
É qualquer gestação localizada fora da cavidade uterina. Podem ocorrer em tubas uterinas,
abdome, ovário e outras localizações do útero.
Fatores pré-disponentes:
- Salpingite
- Anomalias congênitas
- Uso de DIU
- Abortos induzidos
Sinais e sintomas:
Dor abdominal
Tratamento:
Cuidados de enfermagem:
✓ Aferir sinais vitais
✓ Preparo pré-operatório
✓ Observar e anotar volume e aspecto de sangramento
✓ Observar, anotar e comunicar queixas álgicas
✓ Administração de medicamentos
Aborto
Causas:
Sinais e sintomas:
Complicações:
Cuidados de enfermagem:
Patologias Ginecológicas
Hoje, quase todas as mulheres são submetidas ao exame de ultra-som ginecológico em alguma
fase da vida. Esse procedimento permitiu identificar vários cistos nos ovários em 20% a 30%
delas. São os ovários policísticos.
Na maior parte dos casos, porém, esses cistos não têm nenhuma importância fisiológica, não
modificam nada no corpo da mulher. Entretanto, ao redor de 10% deles, os ovários policísticos
estão associados a outros sintomas, principalmente a alterações menstruais, geralmente a longos
intervalos, às vezes até de meses, entre dois ciclos menstruais.
O ovário policístico é constituído por tecido normal, embora possua pequenos cistos, em geral
ao redor de dez.
Menopausa
Não existe idade predeterminada para a menopausa, geralmente ocorre entre os 45 e os 50 anos,
no entanto pode ocorrer a partir dos 40 anos sem que isto seja um problema. Não há relação
entre a primeira menstruação e a idade da menopausa nem tão pouco existe relação entre a idade
familiar da menopausa e a da paciente.
Sintomas da Menopausa
Se bem que em algumas mulheres não sintam nada durante o período da menopausa, a maioria
poderá sentir alguns sintomas:
Ondas de calor
Suores noturnos
Insônia
Irritabilidade Depressão
Ressecamento vaginal
O estrogênio também é responsável pela textura da pele feminina e pela distribuição de gordura.
Sua falta causará a diminuição do brilho da pele e uma distribuição de gordura mais masculina,
ou seja, na barriga.
É a falta de estrogênio que causa a secura vaginal que acaba por afetar o desejo sexual pois
transforma as relações em algo desagradável e doloroso.
Por último o estrogênio é responsável pela fixação do cálcio nos ossos. Após a menopausa
grande parte das mulheres passará a perder o cálcio dos ossos, doença chamada osteoporose,
responsável por fraturas e por grande perda na qualidade de vida da mulher. Estudos recentes
têm associado à falta de estrogênio ao Mal de Alzheimer, perda total da memória.
Se o que falta na menopausa é o estrógeno nada mais lógico que a base do tratamento seja a
reposição hormonal com o estrógeno.
Em mulheres que ainda tem o útero é importante associar a progesterona para proteger contra o
risco de câncer do endométrio.
Mas o mais importante hoje é que o tratamento deve ser individualizado. Médico e paciente
devem discutir todas as vantagens e riscos dos diversos tipos de terapia existentes e chegar a um
consenso sobre o que fazer.
Vantagens do tratamento:
Desvantagens:
Infecção Urinária
A mulher é mais susceptível a infecção urinária, por sua própria constituição anatômica (uretra
mais curta). A proximidade da região vulvar e perineal, os hábitos de higiene, as relações
sexuais, traumatismos da uretra, a gravidez, o climatério (devido ao hipoestrogenismo), a
menopausa, o diabetes, os cálculos renais são fatores predisponentes.
Febre
Disúria
Ardência a micção.
Neste quadro a paciente apresenta 3 ou mais infecções urinárias, durante 12 meses. A reinfecção
é resultante de microrganismo na flora do períneo.
Investigação Clínica:
Tratamento:
Existe condutas para tratamento de 3 dias, 7 dias 10 dias , 4 semana ou mais, dependendo da
gravidade da infecção .O seu médico é quem decidirá a conduta terapêutica e métodos de
investigação.
Miomas
Miomas são os tumores benignos (não cancerosos) mais comuns do trato genital feminino. Eles
também são conhecidos como fibromas, fibromiomas ou leiomiomas. Desenvolvem-se na
parede muscular do útero. Embora nem sempre causem sintomas, seu tamanho e localização
podem causar problemas em algumas mulheres, como por exemplo, sangramento ginecológico
importante e dor em baixo ventre.
As causas exatas do aparecimento dos miomas não são bem estabelecidas, mas os pesquisadores
acreditam que haja tanto uma predisposição genética quanto uma maior sensibilidade à
estimulação hormonal (principalmente estrogênio) nas mulheres que apresentam miomas.
Algumas mulheres que podem ter esta predisposição desenvolvem fatores que permitem que
estes cresçam sob a influência dos hormônios femininos. Isto explicaria porque certos grupos
étnicos e familiares são mais propensos a ter miomas.
Os miomas variam muito em tamanho. Em alguns casos eles podem causar um crescimento
acentuado do útero, simulando uma gravidez de até 5 ou 6 meses. Na maioria dos casos os
miomas são múltiplos.
A maioria dos miomas não causam sintomas – apenas 10 a 20% das mulheres que têm miomas
necessitarão de tratamento. Dependendo de sua localização, tamanho e quantidade, a mulher
pode apresentar os seguintes sintomas:
Períodos menstruais prolongados e com fluxo aumentado, sangramento fora de época, algumas
vezes com coágulos, podendo levar à anemia. Este é o sintoma mais frequentemente associado
aos miomas.
Dor em baixo ventre, ou mais precisamente, sensação de pressão ou desconforto causado pelo
tamanho e peso dos miomas que pressionam as estruturas adjacentes.
Dor na região lombar, flanco ou pernas (os miomas podem pressionar os nervos que inervam o
baixo ventre e as pernas).
Aumento do volume abdominal que pode ser mal interpretado como ganho progressivo de peso.
Predisposição:
Miomas são tumores muito comuns. O número de mulheres que têm mioma aumenta com a
idade até a menopausa, quando então eles regridem pela falta de estímulo hormonal.
Mulheres negras apresentam risco maior de desenvolver miomas: 50% delas podem ter miomas
de tamanho significativo. Não se sabe ao certo o porquê, embora pareça haver um fator genético
desempenhando papel importante.
Embora os miomas possam aparecer na mulher aos 20 anos, a maioria das mulheres não
apresenta sintomas até os 30-40 anos. Os médicos não são capazes de prever se um mioma vai
crescer ou causar sintomas.
Diagnóstico
Para as pacientes que desejam preservar seus úteros e são candidatas a uma embolização, a uma
miomectomia ou para saber se podemos apenas manter os miomas sob observação realizamos
uma ressonância magnética de pelve, exame igualmente indolor e que fornece um diagnóstico
mais preciso.
Displasia Mamária
O termo displasia mamária encerra uma grande variedade de condições clínicas e
histopatológicas, cujas principais manifestações são a mastalgia e graus variados de
espessamento do parênquima mamário. A classificação das doenças benignas da mama, onde se
inclui a displasia mamária, tem sido objeto de numerosos estudos. Apresenta ampla sinonímia,
como mastopatia fibrocística, mastopatia crônica cística, alterações fibrocísticas, mastopatia
funcional.
Diagnóstico:
É baseado nos dados de anamnese, propedêutica física e subsidiária, quando esta se fizer
necessária. É importante ressaltar que, na maioria dos casos, inspira-se apenas na sintomatologia
característica e na propedêutica incruenta. Os métodos invasivos (punção, biópsia, exérese de
nódulo ou setor) são indicados naqueles casos em que é imperioso o diagnóstico diferencial com
o carcinoma. Dor, tumor e fluxo papilar constituem a tríade sintomática da mastopatia
fibrocística.
Devemos lembrar que após excluir doença maligna ou inflamatória o tratamento é puramente
sintomático. Nesse sentido, a terapia mais importante é o esclarecimento para a paciente de que
esta não é portadora de doença maligna ou que predisponha ao carcinoma. A terapêutica é
baseada principalmente na orientação verbal e psicoterapia de apoio. Em casos selecionados
pode-se indicar terapia medicamentosa com uso de progesterona, diurético, tamoxifeno,
bromoergocriptina e danazol. A cirurgia é praticada em casos excepcionais. Em adição à
vitamina E, mostrou aliviar os sintomas da displasia mamária na maioria das mulheres e causou
a regressão em algumas. O mecanismo é desconhecido.
Terminologias Ginecológicas
intervalos irregulares.
Secundípara
Tercípara
Ministério da Saúde (BR). Assistência pré-natal : normas e manuais técnicos. Brasília (DF):
Ministério da Saúde; 1998.
Ministério da Saúde (BR). Gestação de alto risco. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2000.
Agradecimentos