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Escola Secundária de Francisco Franco

Ano Letivo:2019/2020
Disciplina: Psicologia “B”

Nome: Graça Letícia Nóbrega Camacho Ano/Turma: 12º01 Nº 9

“É no cérebro que a papoila se revela vermelha, que a maçã se torna


aromática, que a cotovia canta.” - Oscar Wilde
Esta afirmação evidência que o cérebro está dividido em diferentes estruturas que
funcionam de modo integrado e sendo estas dependentes umas das outras na
concretização de várias funções tais como: a visão, que nos faz ver a papoila e a sua
cor vermelha; o olfato, que nos faz sentir o aroma da maçã; e a audição que nos faz
escutar o cantar da cotovia.
Eu concordo com a afirmação de Oscar Wilde, pois é através do cérebro que o ser
humano interpreta e entende a realidade em que vive. É através destas várias
estruturas especializadas que conseguimos distinguir os vários tons de cor, os
diferentes objetos e sons que o meio ambiente apresenta. Estes e outros diferentes
aspetos descodificados pelo cérebro são importantíssimos, pois fazem-nos adaptar a
diferentes meios com maior eficácia em relação aos outros seres vivos.
O cérebro do ser humano está dividido em dois hemisférios, o direito e o esquerdo,
unidos por vários feixes de fibras de comunicação, sendo o maior de todos
denominado de corpo caloso.

Nos seres humanos cada um dos hemisférios especializou-se em funções diversas,


sendo que o hemisfério direito é responsável pelo lado esquerdo do corpo e o
hemisfério esquerdo responsável pelo lado direito.

O hemisfério direito controla a formação de imagens, as relações espaciais, a


perceção das formas, das cores, das tonalidades afetivas e o pensamento concreto.
O hemisfério esquerdo é responsável pelo pensamento lógico, pela linguagem verbal,
pelo discurso, pelo cálculo e pela memória. Desta forma, apesar de os dois
hemisférios terem funções especializadas, o seu funcionamento é complementar.
Cada hemisfério tem quatro lobos e cada um dos lobos integra áreas corticais.

Os lobos occipitais estão localizados na parte inferior do cérebro, processam os


estímulos visuais e há zonas especializadas em processar a visão da cor, do
movimento, da distância, etc. Na área visual primária recebe-se a informação visual
e na área visual secundária coordena-se os dados recebidos na área visual primária
permitindo reconhecer os objetos.
Os lobos temporais estão localizados na zona por cima das orelhas e têm como
função processar os estímulos auditivos. A área auditiva primária recebe os sons
elementares e a área auditiva secundária identifica e reconhece os sons recebidos na
área auditiva primária. A área de Wernicke está relacionada com a produção do
discurso, pois permite-nos compreender o que os outros dizem.

Os lobos parietais localizam-se na parte superior do cérebro e são constituídos por


duas subdivisões. A zona anterior designa-se por córtex somatossensorial, tem por
função receber as informações que têm origem na pele e nos músculos. A área
posterior é uma área secundária que coordena e integra as informações sensoriais
recebidas na área anterior.

Os lobos frontais localizam-se na parte da frente do cérebro e são responsáveis pelas


atividades cognitivas que requerem concentração, pelos comportamentos de
antecipação, planificação de atividades, pelo pensamento abstrato, pela memória de
trabalho, pelo raciocínio complexo e intervêm também na regulação das emoções. O
córtex motor é responsável pelos movimentos da responsabilidade dos músculos e a
área de Broca é responsável pela linguagem falada, pela produção do discurso. As
áreas pré-frontais são muito importantes, porque são responsáveis pelas principais
funções intelectuais, isto é, estão relacionadas com a memória, permitindo-nos
recordar o passado, planear o futuro, resolver problemas, antecipar acontecimentos,
refletir, tomar decisões, organizam o pensamento e envolvem complexas relações
com as emoções.

Apesar de o cérebro estar dividido em partes, funciona como um todo, isto é, como
uma rede funcional. Uma função perdida devido a uma lesão pode ser recuperada
por uma área vizinha da zona lesionada, função vicariante ou de suplência do cérebro.
É graças a esta função que pessoas que perderam a fala, devido a um acidente
cerebral, acabam por recuperar a capacidade perdida.

A plasticidade do cérebro explica o facto de outras regiões do cérebro poderem


substituir as funções afetadas por lesões cerebrais.

Pelo que foi dito anteriormente, conclui-se que o cérebro funciona de uma forma
sistémica, pois forma um conjunto de elementos que o constituem e que funcionam
de forma integrada e, desta forma, o cérebro trabalha como um todo de forma
interativa com uma dinâmica própria. Sendo assim, através da interação dos vários
elementos do cérebro, consegue-se interpretar a cor associada à papoila, o aroma
que a maça apresenta e o som transmitido pela cotovia, assim como as mais diversas
características que a natureza apresenta.

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