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- DISCURSO INDIRECTO LIVRE: mantém marcas do discurso indirecto e do discurso directo, mas com
omissão do verbo declarativo e da conjunção introdutória da oração completiva.
Por meio dele, o narrador pode, não apenas reproduzir indirectamente falas das
personagens, mas também o que elas não falam, mas pensam, sonham, desejam, etc.
Neste caso, discurso indirecto livre corresponde ao monólogo interior das
personagens, mas expresso pelo narrador.
Exercícios:
1. Lê a citação que se segue, retirada de Os Maias, de Eça de Queirós: “Carlos tomou-lhe a
mãozinha e beijou-lha – perguntando se a boneca também estava doente.
- Cricri também teve dor – respondeu ela muito séria, sem tirar dele os seus magníficos olhos.
- Eu já não tenho…”
1.1. Nesta citação, há
discurso directo.
discurso indirecto.
discurso indirecto livre.
discurso indirecto livre e discurso directo.
discurso directo e discurso indirecto.
2. Lê o excerto seguinte, retirado de “Os Maias”, de Eça de Queirós:
Uma noite que o coronel Sequeira, à mesa do whist, contava que vira Maria Monforte e Pedro
passeando a cavalo, «ambos muito bem e muito distingués», Afonso, depois dum silêncio, disse
com um ar enfastiado:
- Enfim, todos os rapazes têm as suas amantes... Os costumes são assim, a vida é assim, e seria
absurdo querer reprimir tais coisas. Mas essa mulher, com um pai desses, mesmo para amante
acho má.
O Vilaça suspendeu o baralhar das cartas, e ajeitando os óculos de ouro exclamou com espanto:
- Amante! Mas a rapariga é solteira, meu senhor, é uma menina honesta!...
Afonso da Maia enchia o seu cachimbo; as mãos começaram a tremer-lhe; e voltando-se para o
administrador, numa voz que tremia um pouco também:
- O Vilaça de certo não supõe que meu filho queira casar com essa criatura...
O outro emudeceu. E foi o Sequeira que murmurou:
-Isso não, está claro que não...
2.2. Identifica as modalidades de discurso presente.
2.3. Rescreve-o em discurso indirecto.
3. Lê as citações que se seguem, retiradas de Os Maias, de Eça de Queirós:
“Carlos tranquilizou Miss Sara. Oh, ela via bem que mademoiselle estava boa. O que a
assustara fora achar-se ali só, sem a mamã, com aquela responsabilidade. Por isso a tinha
deitado…Oh, se fosse uma criança inglesa, saía com ela para o ar… mas estas meninas
estrangeiras tão débeis, tão delicadas… “.
“Quis então que o pai fosse para a mesa: não havia motivos para que se não jantasse. Ele ia
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um bocado acima ao seu antigo quarto de solteiro… Ainda lá tinha a cama, não é verdade? Não,
não queria tomar nada…”