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1 – DEFINIÇÃO
2 – ELEMENTOS NECESSÁRIOS À ELABORAÇÃO DO
ORÇAMENTO
3 – PLANILHA ORÇAMENTÁRIA
4 – RELAÇÃO DAS ATIVIDADES E SERVIÇOS CONTANTES DA
PLANILHA ORÇAMENTÁRIA
5 – LEVANTAMENTO QUANTITATIVO
6 – LEVANTAMENTO DOS PREÇOS
1 – DEFINIÇÃO
Orçamento é o resultado de um montante dos serviços previstos e planejados,
necessários a execução de uma obra, variando conforme o tipo. Orçar é prever o
custo de uma obra antes da sua execução. É uma previsão de custos e/ou
estabelecimento de preços dos serviços a serem realizados. Um orçamento pode se
referir ao todo de um empreendimento, ou se referir apenas a alguns itens (serviços)
de uma obra. No caso da construção de um muro, por exemplo, o custo irá variar
conforme o projeto do muro e de suas características: é um muro de divisa?, vai
sustentar empuxo do terreno ao lado (arrimo)?, vai receber impermeabilização?, de
que tipo?, o revestimento será feito com que material? Para outros tipos de serviços
os pontos a serem levados em consideração poderão ser outros, como por exemplo,
no revestimento externo de um edifício com pastilhas cerâmicas: há necessidade de
remoção do revestimento existente (se edificação já existente)?, precisa de
andaime?, que tipo?, e os equipamentos de segurança?
A previsão dos custos e preços dependerá muito do grau de conhecimento que o
orçamentista tem do projeto, ficando o sucesso de um empreendimento, entre outros
fatores, dependente do acerto entre o que foi previsto (orçado) e o que irá ocorrer na
prática (custeio). O orçamento é um dos elementos para a tomada de decisões,
junto com o cronograma físico-financeiro. O proprietário (cliente) deve saber a priori
se terá condições de arcar com os custos ou, no caso de uma obra própria, a
construtora precisa saber como será o desembolso ao longo da obra. No caso de
uma concorrência para a execução de obra pública, não importando a modalidade
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3 – PLANILHA ORÇAMENTÁRIA
É o documento onde são registradas todas as operações de cálculos e
discriminados todos os serviços que serão executados da obra. As planilhas podem
ser de vários modelos, dependendo do tipo de obra e/ou contrato firmado entre o
construtor e o cliente. As planilhas registram as quantidades de cada serviço e seus
custos/preços. Algumas planilhas, mais detalhadas podem separar os custos/preços
da mão-de-obra, dos materiais e equipamentos. Numa planilha devem constar, no
mínimo, as seguintes informações:
a) no cabeçalho (início)
logotipo da construtora;
identificação da obra;
área construída;
local;
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cliente.
b) no encerramento
custo ou preço final;
data;
assinatura do autor do orçamento;
nome do responsável técnico (autor);
número do CREA/UF.
Projeto
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7 REVESTIMENTO INTERNO
7.1 Chapisco m2 200,0 3,00 600,00
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7.4 azulejos m2 40,0 18,00 720,00 1.320,00
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7 REVESTIMENTO INTERNO
7.1 Chapisco m2 200,0 3,00 600,00
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7.4 azulejos m2 40,0 18,00 720,00
1.320,00
* Papel A4 Retrato
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C
Obra: Edifício Comercial
CONSTRUTORA ENGENHARIA Área: 2.450,0 m2
Local: Ponta Grossa - Pr
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16 SERV. COMPLEMENTARES
16.1 Calçada m2 50,0 60,00 3.000,00
. . . . . .
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16.4 Limpeza final vb - 300,00 300,00
3.300,00
Total 85.700,00
______________________________
20 de setembro de 2000 Eng. Civil Fulano de Tal
CREAPR 13459467850-D
5 – LEVANTAMENTO QUANTITATIVO
Esta etapa da elaboração do orçamento se resume a levantar de forma técnica as
quantidades de serviços informados nas especificações (projetos e memoriais) e
estimar os serviços que não foram devidamente especificados, mas que são
essenciais e necessários à obra. As quantidades dos serviços devem ser
transferidas para a coluna 4 da planilha, adotando-se as unidades correspondentes
a cada tipo de serviço na coluna 3. As unidades mais comuns para os serviços
usuais são: metro - m (estacas, calhas, tubos); metro quadrado - m2 (alvenaria,
fôrmas, revestimentos); metro cúbico - m3 (concreto, argamassa, reaterro); kilograma
- kg (cimento, armadura); milheiro – mil (tijolos, telhas); unidades – ud ou peças – pç
(portas, caixas, pontos de luz); verba – vb ou global – gb (instalações, projetos).
Recomenda-se utilizar um memorial ou roteiro de cálculos no levantamento das
quantidades em seqüência aos itens colocados na planilha orçamentária, para
facilitar a conferência em caso de dúvida posterior e para, também, manter um
histórico do trabalho realizado.
FORNECEDOR
ITENS UNID
A B C
Areia média m3
Tijolos 4 furos mil
Cimento (50 kg) sc
Cal virgem20 kg sc
Ripas pinho 1x2” IIB m
OBSERVAÇÕES: TELEFONE
VALIDADE __/__/___ CONTATO
COND. PAGTO
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LST
Despesas
indiretas
Lucro
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Cotação
Apropriação LST
Tabelas Perdas
Cotação
TO TA L 169,51
Apropriação
Tabelas
(já considerados os
fatores de perdas e LST)
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ENCARGOS SOCIAIS
Taxas de leis sociais e riscos do trabalho
A - Encargos sociais básicos Horistas (%)
A1 Previdência social 20,00
A2 FGTS 8,00
A3 Salário-educação 2,50
A4 Serviço Social da Indústria 1,50
A5 Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial 1,00
A6 Serviço de Apoio a Pequena e Média Empresa 0,60
A7 Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária 0,20
A8 Seguro contra acidentes do trabalho (INSS) 3,00
A9 Seconci 1,00
Subtotal 37,80
B - Benefícios sociais Horistas (%)
B1 Repouso semanal e feriados 22,90
B2 Auxílio-enfermidade (adotado Pini) 0,79
B3 Auxílio-paternidade (adotado Pini) 0,34
B4 13º salário 10,57
Dias de chuva, faltas justificadas, acidentes do
B5 4,57
trabalho, greves, atrasos, outras (adotado Pini)
Subtotal 39,17
C - Rescisão e aviso-prévio Horistas (%)
C1 Multa 40% FGTS (dispensa injusta) 4,45
C2 Férias 14,06
C3 Aviso-prévio (adotado Pini) 13,12
Subtotal 31,63
D - Reincidências Horistas (%)
D1 A sobre B 14,81
D2 A2 sobre C3 1,05
Subtotal 15,86
Vale-transporte
Café da manhã
calcular
Refeições
Seguro de vida e acidentes em grupo
TOTAL 124,46
Fonte: adaptado da Revista Construção - Região Sul (agosto de 2000)
7.2.1 – Administrativas
1) rateios para a administração central:
a) remuneração dos sócios-proprietários (acionistas, diretores etc.) – são os
dividendos e/ou pro-labore pagos aos dirigentes (sócios) da construtora;
b) indenização de despesas diversas – pagas por determinação judicial ou da
assembléia (diretoria);
c) fundos ou provisões vários – para constituição de fundo para aquisição de
equipamentos ou pagamentos de prêmios (abonos);
2) amortização ou depreciação:
a) instalações de apoio –usadas em várias obras ou de capital empregado na
compra de escritórios paletizados, banheiros etc;
b) equipamentos – elevadores, gruas, betoneiras etc;
c) acessórios e suprimentos;
d) mobilização e desmobilização;
3) rateios por obra:
a) gerenciamento – administração, produção e controle das obras;
b) desgaste de ferramentas, móveis e utensílios;
c) transporte e veículos;
d) terceiros (alugueres, energia, água, telefone etc.);
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e) publicidade;
f) manutenção (abastecimento, lubrificação, oficina etc.);
g) perdas diversas (ações trabalhistas, dias de chuva, acidentes etc.).
7.2.2 – Financeiras
a) gastos com financiamentos – empréstimos bancários, atrasos e inadimplência
de clientes etc.;
b) cauções e retenções contratuais;
c) multas devidas por atraso e outros motivos estabelecidos em contrato.
7.2.3 – Tributárias
a) impostos e taxas (ISS, IPI, IR, IPMF, CPMF etc.);
b) Cofins, PIS, Pasep etc.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
CHING, Francisco. D. K. Técnicas de construção ilustradas. 2 ed. São Paulo:
Bookman, 2001. 250p.
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL DA UEPG. Notas de aulas da disciplina
de Construção Civil. Carlan Seiler Zulian; Elton Cunha Doná. Ponta Grossa:
DENGE, 2000.
DINSMORE, Paul C. Gerência de programas e projetos. São Paulo: Pini, 1992.
176p.
DIRETÓRIO ACADÊMICO DE ENGENHARIA CIVIL DA UFPR. Notas de aulas da
disciplina de Construção Civil (primeiro volume). Diversos autores. Revisor: Lázaro
A. R. Parellada. Apostíla. Curitiba: DAEP, 1997.
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A armação é a parte estrutural, constituída pelas tesouras, cantoneiras, escoras, etc... e a trama
é o quadriculado constituído de terças, caibros e ripas, que se apoiam sobre a armação e por
sua vez servem de apoio às telhas.
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- vigas: 6 x 12cm ou 6 x 16cm, comprimento 2,5; 3,0; 3,5; 4,0; 4,5; 5,0m
- caibros: 5 x 6cm ou 5 x 7 (6 x 8)cm, comprimento 2,5; 3,0; 3,5; 4,0; 4,5; 5,0m
- ripas: 1,0 x 5,0cm; geralmente com 4,50m de comprimento e são vendidas por dúzia.
Peças metalicas
As peças metálicas utilizadas em estruturas de telhado são os pregos, os parafusos, chapas de
aço para os estribos e presilhas.
2 latas de água
1 saco de
cimento
5 latas de areia
Concreto para 9 latas ou 0,16 metros
6 latas e meia de
fundações cúbicos
pedra
1 lata e meia de
água
1 saco de
cimento
4 latas de areia 8 latas ou 0,14 metros
Concreto para pisos
6 latas de pedra cúbicos
1 lata e meia de
água
1 saco de
Concreto para
cimento
pilares, vigas,
4 latas de areia
vergas, lajes e 8 latas ou 0,14 mertos
5 latas e meia de
produção de cúbicos
pedra
pré-moldados em
1 lata e um quatro
geral
de água
Atenção:
• * Construção do Sumidouro
• * Mau cheiro
• * Links
flickr_vieux bandit
Sumidouro medidas
Poço sem laje de fundo que permite a penetração do efluente da fossa séptica no solo.
Mas não devem ter menos que 1m de diâmetro e mais que 3m de profundidade, podem ser
feitos com blocos de concreto ou com anéis pré-moldados de concreto.
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Numero de
Altura Diametro
Pessoas
Até 07 2,50 2,00
Até 10 3,00 2,00
Até 14 3,50 2,00
Até 21 4,0 2,00
Até 24 4,5 2,00
Construção do Sumidouro
Atenção:
• Os ralos do lado de fora da casa não podem ser ligados à rede de esgotos.
Se isso acontecer, corre-se o risco de que o esgoto volte pelos ralos e pias, para
dentro de casa, trazendo uma série de riscos de doenças.
A profundidade do buraco deve ser 80cm maior que a altura final do sumidouro.
É recomendável que o diâmetro dos sumidouros com paredes de blocos de concreto não seja
inferior a 1,5m para facilitar o assentamento. Os blocos só podem se assentados com
argamassa de cimento e areia nas juntas horizontais.
As juntas verticais não devem receber argamassa de assentamento, para facilitar o escoamento
dos efluentes.
Se as paredes forem feitas com anéis pré-moldados de concreto, eles devem ser apenas
colocados uns sobre os outros, sem nenhum rejuntamento, para permitir o escoamento dos
efluentes.
A laje ou tampa dos sumidouros pode ser feita com uma ou mais placas de concreto.
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Elas podem ser executadas no próprio local ou adquiridas dos fabricantes de pré-moldados ou
artefatos de cimento da região.
fonte: SEBRAE
Mau cheiro
Para evitar mau cheiro, verifique se o fecho hídrico dos desconectores estão com água em
volume suficiente. Desconectores são caixas dotadas de uma camada de água para evitar a
penetração dos gases da rede de esgotos no interior do imóvel.
É o caso do vaso sanitário, que deve ter sempre aquela pequena camada de água no fundo. O
vaso é um desconector e a água que ali permanece é o fecho hídrico.
Outros exemplos de desconectores são o ralo sifonado, a caixa de gordura e a caixa sifonada,
todos dotados de camadas de água no interior. A canalização de ventilação é indispensável
para eliminar os gases da instalação e da rede pública de esgotos.
Formas de instalar:
Sua construção começa pela escavação no local do terreno onde a fossa deverá ser instalada.
O fundo do buraco deverá ser compactado, nivelado e coberto com uma camada de cinco
centímetros de concreto magro.
Em seguida, uma laje de concreto armado de 7cm de espessura deverá ser providenciada.
As paredes podem ser feitas com blocos de concreto de 15cm ou de 20cm de largura e as
paredes internas da fossa devem ser revestidas com argamassas à base de cimento.
As paredes internas das câmaras (chicanas), bem como a tampa da fossa, são feitas com
placas pré-moldadas de concreto.
Para a separação das câmaras são necessárias cinco placas: duas de entrada e três de saída.
A tampa é subdividida em duas ou mais placas (com 5cm de espessura e armadura também
feita em forma de tela). O número de subdivisões dependerá do tamanho da fossa, já que o
objetivo é facilitar a execução e até sua remoção, em caso de necessidade.
A concretagem das placas deve ser feita sobre uma superfície bem lisa, revestida de papel,
para evitar a aderência do concreto ao piso onde é feita a concretagem, uma vez que as fôrmas
não têm fundo.
Uma maneira fácil e econômica de construir esse tipo de fossa é usar blocos de concreto e
placas pré-moldadas de concreto.
Veja as ilustrações para ter uma ideia mais precisa do trabalho de implantação de um sistema
de fossa e sumidouro...
Fossas Sépticas
As fossas sépticas, uma benfeitoria complementar às moradias .
Esse tipo de fossa nada mais é do que um tanque enterrado, que recebe os esgotos
(dejetos e águas servidas), retém a parte sólida e inicia o processo biológico de purificação da
parte líquida (efluente).
Mas é preciso que esses efluentes sejam infiltrados no solo para completar o processo
biológico de purificação e eliminar os riscos de contaminação.
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As fossa sépticas não devem ficar muito perto das moradias (par evitar mau cheiro) nem
muito longe (para evitar tubulações muito longas, que são mais caras e exigem fossa mais
profundas, devido ao caimento da tubulação).
Elas devem ser construídas do lado do banheiro, para evitar curvas nas canalizações.
Também devem ficar num nível mais baixo do terreno e longe de poços ou de qualquer outra
fonte de captação de água (no mínimo, a 30m de distância), para evitar contaminações, no
caso de um eventual vazamento.
O tanque séptico, mais conhecido como fossa séptica, vem sendo utilizado há pouco mais de
100 anos. Foi a primeira unidade inventada para o tratamento de esgotos e até hoje é a mais
extensivamente empregada.