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Universidade de Brasília – UnB

Instituto de Letras – IL
Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas – LIP
Laboratório de Ensino de Gramática
Estudo Dirigido 1

Estudo do texto: Duarte, Inês (2008) Uso da língua e criatividade.

1) Universalidade: não há línguas mais ou menos complexas e percebemos semelhança


nos processos gramaticais. A seguir, vemos exemplos de construções causativas em duas
línguas: o português e o tsonga. Identifique semelhanças e diferenças quanto à formação
dessas construções nas duas línguas.

(1) a. O gato saiu


b. O cão fez sair o gato

(2) a. Xipixi xihumile


b. Mbyana yihumesile xipixi

Podemos observar que ambas as línguas “dispõem de um processo para formar


construções causativas a partir de construções não causativas.” (Pág. 108)

2) Considere os conceitos de ‘uniformidade’, ‘espontaneidade’ e ‘rapidez’ do processo de


aquisição: quais argumentos a autora apresenta para explicar a rapidez da aquisição de
uma língua?

Segundo a autora, “uma primeira resposta a esta questão consistiu na descoberta


de que a linguagem humana é um dos poucos sistemas do do mundo natural que se pode
caracterizar com um sistema combinatório discreto.” (Pág. 109)

3) Como os enunciados a seguir se relacionam à afirmação: ​o falante é capaz de


estabelecer nexos entre elementos não contíguos na cadeia da fala​?

(a)Não só​ o João leu o artigo ​como​ o comentou brilhantemente.

(b)O​ ​que​ achas que a Maria vai oferecer ao Pedro?

Segundo Duarte, “a compreensão de (​a)​ implica que sejamos capazes de associar


as conjunções correlativas ​não só​ e ​como​, que ocorrem separadas por várias palavras. Do
mesmo modo, a compreensão de (​b)​ supõe a nossa capacidade de associarmos o pronome
interrogativo ​o que​, em posição inicial da oração subordinante, com a posição da oração
subordinada em que ocorreria habitualmente o complemento direto do verbo oferecer.”

4) Ambiguidade também é fator de afirmação da hierarquia. Quais são as interpretações


possíveis para o enunciado abaixo?
(a)Ele trouxe o livro da biblioteca.

O seguimento “da biblioteca” pode ser lido como “complemento direto” ou “advérbio
locativo”, ou seja, “Ele trouxe o livro que pertence a biblioteca” ou “Ele trouxe da biblioteca o
livro” são possíveis interpretação para essa frase. Ou seja, fazendo dessa forma duas
combinações distintas entre ​o livro​ e ​da biblioteca​. (Pág. 12)

5) Qual a relação entre o conceito de ‘criatividade linguística’, tal como descreve a autora,
com a filosofia e com a biologia? Em que se diferencia (ou não) da criatividade literária?

De acordo com o texto: “A criatividade manifesta-se igualmente no âmbito dos


processo regulares da formação de palavras, envolvam eles derivação ou composição, e da
reanálise de sintagmas como compostos sintagmáticos.

6) Por que a exploração da criatividade linguística supõe uma sólida formação linguística
dos professores de língua portuguesa?

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