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CASOS PRÁTICOS DE IVA E

NOVAS REGRAS DE FATURAÇÃO

BLOCO FORMATIVO 2
Fernando Roriz

Apresentação | Autor
MEIOS DE PROCESSAMENTO DOS
DOCUMENTOS E NOVOS CONCEITOS

Apresentação
Casos práticos de|IVA
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Página do manual 182

Meios de processamento dos documentos e


novos conceitos
Desenvolvimento do tema

• O Decreto-Lei n.º 28/2019, de 15 de fevereiro introduziu novos conceitos de


âmbito fiscal para efeitos da aplicação das obrigações relacionadas com este
diploma.

• Foram introduzidos os conceitos de fatura e de documentos fiscalmente


relevantes.

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Meios de processamento dos documentos e


novos conceitos
Desenvolvimento do tema

O que se considera “fatura” para efeitos do DL 28/2019?

Inclui as faturas, as faturas simplificadas, as faturas-recibo e os documentos


retificativos de fatura (notas de débito e notas de crédito)

Conceito abrangente que apenas se aplica às


obrigações decorrentes do DL 28/2019

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Meios de processamento dos documentos e


novos conceitos
Desenvolvimento do tema

O que se consideram “documentos suscetíveis de apresentação ao cliente que


possibilitem a conferência de mercadorias ou de prestação de serviços”?

Independentemente da sua designação, sejam suscetíveis de apresentação ao cliente


para que possibilitem a conferência das mercadorias entregues ou dos serviços
prestados, mesmo que sejam objeto de faturação posterior.

Podem ser consultas de mesa; Crédito de consignação; Fatura de consignação


nos termos do artigo 38.º do Código do IVA; Folhas de obra; Nota de
Encomenda; Orçamentos; Faturas pró-forma; e outros similares

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Meios de processamento dos documentos e


novos conceitos
2.º caso prático

O que se consideram “documentos fiscalmente relevantes” para efeitos do DL


28/2019?

• Documentos de transporte;
• Recibos e
• Quaisquer outros documentos emitidos, independentemente da sua designação,
que sejam suscetíveis, nomeadamente, de apresentação ao cliente que possibilitem
a conferência de mercadorias ou de prestação de serviços.

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Meios de processamento dos documentos e


novos conceitos
Desenvolvimento do tema

Meios de processamento (artigo 3.º do DL 28/2019)

As faturas e os documentos fiscalmente relevantes passam a ser obrigatoriamente


processados através dos seguintes meios:
• Programas informáticos de faturação certificados pela AT (com impressão em papel ou
emissão por via eletrónica) – ver artigo 4.º do DL 28/2019;
• Aplicações de faturação disponibilizadas pela AT;
• Outros meios eletrónicos, nomeadamente máquinas registadoras, terminais eletrónicos
ou balanças eletrónicas;
• Ou, documentos pré-impressos em tipografia autorizada.

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Meios de processamento dos documentos e


novos conceitos
Desenvolvimento do tema

Quais as novas obrigações introduzidas pelo DL 28/2019 relativas aos recibos e aos
documentos de conferência (orçamentos, faturas-proforma, notas de encomenda e
outros documentos similares)?

Novidade
Passam a ter que ser processados através dos meios previstos no
artigo 3.º do DL 28/2019 (os documentos de conferência já eram
assinados eletronicamente)

Até aqui apenas estavam abrangidos por aquela obrigação de processamento as faturas, notas de
crédito e débito e os documentos transporte.

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Meios de processamento dos documentos e


novos conceitos
Desenvolvimento do tema

• Se a entidade emitente for obrigada a utilizar programas informáticos certificados,


esses documentos de conferência de mercadorias e de prestações de serviços têm
que ser emitidos através desses programas.

• Se a entidade emitente não for obrigada a utilizar programas informáticos


certificados, esses documentos de conferência de mercadorias e de prestações de
serviços têm que ser emitidos através de impressos de tipografia autorizada (ou
outros meios eletrónicos).

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Meios de processamento dos documentos e


novos conceitos
Desenvolvimento do tema

FAQ da AT

Questão: Quando emito orçamentos, faturas-proformas, folhas de obras e outros


documentos fiscalmente relevantes, também tenho que utilizar: i) Programas
informáticos de faturação previamente certificados pela AT; ii) Outros meios
eletrónicos; ou iii) Documentos pré-impressos em tipografia autorizada?

Resposta: Sim. São esses os meios legalmente admissíveis para processar faturas e
outros documentos fiscalmente relevantes.

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Meios de processamento dos documentos e


novos conceitos
5.º caso prático

Os recibos são considerados como documentos fiscalmente relevantes? Quais as


obrigações associadas?

• Os recibos passam a ser expressamente documentos fiscalmente relevantes,


ficando sujeitos a ser emitidos obrigatoriamente pelos meios de processamento
previstos no artigo 3.º do DL 28/2019.

• Os recibos emitidos através de programas informáticos de faturação não são objeto


de assinatura nos termos dos artigos 6.º e 7.º da Portaria n.º 363/2010.

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Meios de processamento dos documentos e


novos conceitos
5.º caso prático

FAQ da AT

Questão: Os recibos do Regime do IVA de caixa são considerados «documentos


fiscalmente relevantes», para efeitos do DL 28/2019, de 15 de fevereiro?

Resposta: Sim.

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OBRIGAÇÃO / DISPENSA DE
EMISSÃO DE FATURAS

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Obrigação/dispensa de emissão de faturas


1.º caso prático

Quais as entidades que estão dispensadas de emitir faturas a partir de 1/01/2020?

• As pessoas coletivas de direito público, organismos sem finalidade lucrativa e


instituições particulares de solidariedade social que:

• Pratiquem exclusivamente operações isentas de imposto;


• e, que tenham obtido para efeitos de IRC, no período de tributação
imediatamente anterior, um montante anual ilíquido de rendimentos não
superior a € 200.000.

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Obrigação/dispensa de emissão de faturas


2.º caso prático

Quais as entidades que passam a ser obrigadas a emitir faturas a partir de 1/01/2020,
e que até 31/12/2019 estavam dispensadas?

• Os sujeitos passivos da categoria B do IRS, as sociedades comerciais e outros sujeitos


passivos, quando abrangidos pela isenção do artigo 9.º do Código do IVA (exceto os
anteriormente mencionados).

Exemplo: os médicos e enfermeiros, explicadores, as sociedades imobiliárias, as sociedades


financeiras (exceto as operações previstas na alínea b) do n.º 3 do artigo 29.º do CIVA) e
outros considerados como sujeitos passivos isentos de IVA (que exerçam exclusivamente
operações que não conferem direito à dedução).

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Obrigação/dispensa de emissão de faturas


3.º caso prático

As associações e outras entidades do setor não lucrativo (IPSS, fundações e outras)


que estejam dispensadas de emissão de faturas a partir de 01/01/2020, qual o
documento que passam a poder emitir para titular as transmissões de bens e
prestações de serviços?

• Se essas entidades exercerem exclusivamente operações isentas sem direito à


dedução (sujeitos passivos isentos), estando dispensadas de emitir faturas, passam a
emitir o documento previsto no artigo 10.º do DL 28/2019.
• Esse documento não tem que ter uma designação específica (por exemplo recibo),
nem tem que ser processado através de programas informáticos certificados.

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Página do manual 196

Obrigação/dispensa de emissão de faturas


3.º caso prático

Esse documento tem de conter os seguintes elementos obrigatórios:


• Data e numeração sequencial;
• Nome ou denominação social e número de identificação fiscal do fornecedor dos bens ou
prestador dos serviços;
• Número de identificação fiscal do adquirente ou destinatário, quando este for sujeito passivo
de IVA ou, em qualquer caso, quando o adquirente ou destinatário o solicite;
• Quantidade e denominação usual dos bens transmitidos ou dos serviços prestados;
• Valor da contraprestação, designadamente o preço;
• Data em que os bens foram transmitidos ou em que os serviços foram prestados.

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Obrigação/dispensa de emissão de faturas


4.º caso prático

Quais os documentos que as imobiliárias que exercem exclusivamente operações


isentas de IVA podem emitir para titular as transmissões de bens e prestações de
serviços?
• Até 31/12/2019, essas entidades estão dispensadas de emitir faturas, podendo emitir um
qualquer outro documento para titular essa operação.
• Recorde-se que tratando-se da transmissão de imóvel através de escritura, a entidade
transmitente está dispensada de emitir fatura para titular essa operação, desde que a
escritura contenha os elementos obrigatórios previstos no artigo 36.º do CIVA.
• No caso das rendas isentas de IVA, pode ser um documento de quitação sem qualquer
formalismo.
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Obrigação/dispensa de emissão de faturas


4.º caso prático

• A partir de 1 de janeiro de 2020, essas entidades são obrigadas a emitir fatura nos
termos do CIVA para titular as suas transmissões de bens e/ou prestações de serviços
(incluindo as rendas de imóveis), sem prejuízo das escrituras de compra e venda de
imóveis poderem substituir essa obrigação conforme referido em cima.

• Essas faturas terão que ser obrigatoriamente processadas através de programas


informáticos de faturação certificados pela AT.

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Obrigação/dispensa de emissão de faturas


5.º caso prático

E para os médicos, enfermeiros, explicadores e outros profissionais que exerçam


atividades exclusivamente isentas pelo artigo 9.º do CIVA?

• A partir de 1 de janeiro de 2020, essas entidades são obrigadas a emitir fatura nos
termos do CIVA.

• Essas faturas terão que ser processadas através de programa informático de


faturação certificado ou impresso de tipografia autorizada nos termos das obrigações
previstas no artigo 4.º do DL 28/2019.

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Obrigação/dispensa de emissão de faturas


Casos práticos

FAQ da AT

Questão: Somos um organismo sem finalidade lucrativa. Os documentos que


emitimos nos termos do n.º 20 do artigo 29.º do CIVA são considerados
fiscalmente relevantes?

Resposta: Sim, os documentos emitidos nos termos do n.º 20 do artigo 29.º do


CIVA são considerados «documentos fiscalmente relevantes» para efeitos do DL
28/2019.

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DELIMITAÇÃO DE COMPETÊNCIAS
EM MATÉRIA DE FATURAÇÃO
(artigo 35.º-A do CIVA)

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Delimitação de competências em matéria de faturação


(artigo 35.º-A do CIVA)
Desenvolvimento do tema

É aditado ao Código do IVA o artigo 35.º-A, com a seguinte redação:

«Artigo 35.º-A
Delimitação de competências em matéria de faturação

1 - A emissão de fatura pelas transmissões de bens e prestações de serviços


efetuadas no território nacional está sujeita às regras estabelecidas no presente
Código.

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Delimitação de competências em matéria de faturação


(artigo 35.º-A do CIVA)
Desenvolvimento do tema

2 - A emissão de fatura fica ainda sujeita às regras previstas no presente Código quando o
sujeito passivo tenha no território nacional a sua sede, estabelecimento estável ou, na sua falta,
o domicílio a partir do qual a transmissão de bens ou prestação de serviços é efetuada e, de
acordo com as regras de localização:

a) A operação se considere localizada noutro Estado-Membro e a obrigação de liquidação


do imposto recair sobre o sujeito passivo a quem os bens foram transmitidos ou os
serviços prestados;
b) A operação não se considere efetuada na União Europeia.

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Delimitação de competências em matéria de faturação


(artigo 35.º-A do CIVA)
Desenvolvimento do tema

3 – (autoliquidação) Não obstante o disposto no n.º 1, a emissão de fatura por sujeito passivo
que não possua no território nacional a sua sede, estabelecimento estável ou, na sua falta, o
domicílio a partir do qual a transmissão de bens ou prestação de serviços é efetuada, não está
sujeita às regras estabelecidas no presente Código quando a obrigação de liquidação do
imposto recai sobre o sujeito passivo adquirente dos bens ou destinatário dos serviços.

4 – (autofacturação + autoliquidação) As regras previstas no presente Código são ainda


aplicáveis à fatura elaborada pelo sujeito passivo adquirente dos bens ou destinatário dos
serviços que tenha sede, estabelecimento estável ou, na sua falta, o domicílio em território
nacional, quando as operações aqui se considerem efetuadas e a obrigação de liquidação do
imposto recair sobre ele.

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Delimitação de competências em matéria de faturação


(artigo 35.º-A do CIVA)
Desenvolvimento do tema

5 – (MOSS) Não obstante o disposto no n.º 1, a emissão de fatura pelas operações


efetuadas por sujeitos passivos que utilizem Portugal como Estado-Membro de
identificação para efeitos do regime especial aprovado pelo Decreto-Lei n.º 158/2014,
de 24 de outubro, está sujeita às regras estabelecidas no presente Código.

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Página do manual 204

Delimitação de competências em matéria de faturação


(artigo 35.º-A do CIVA)
1.º caso prático

Quais as novidades relacionadas com obrigações de emissão de faturas nos termos


do CIVA introduzidas pelo aditamento do artigo 35.º-A desse Código?

• O artigo 35.º-A do CIVA vem, no entanto, clarificar quais as operações em que é obrigatória a
emissão de fatura nos termos do CIVA e quais as operações em que tal não é obrigatório.
• Como regra, todos os sujeitos passivos de IVA registados como tal em Portugal, incluindo as
entidades não residentes sem estabelecimento estável, que aqui pratiquem operações
(localizadas para efeitos de tributação em território nacional), são obrigados a emitir fatura
nos termos do CIVA para titular essas operações (exceto nas operações referidas de seguida).

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Página do manual 204

Delimitação de competências em matéria de faturação


(artigo 35.º-A do CIVA)
2.º caso prático

Os sujeitos passivos de IVA não residentes, sem estabelecimento estável, com registo
em Portugal, são obrigados a emitir faturas nos termos do CIVA?

• Sim, para as operações realizadas e localizadas para efeitos de tributação em território


nacional, nos termos do n.º 1 do artigo 35.º-A do CIVA, nomeadamente para vendas de bens
efetuadas internamente no território nacional.

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Página do manual 205

Delimitação de competências em matéria de faturação


(artigo 35.º-A do CIVA)
3.º caso prático

Um sujeito passivo português que efetue uma transmissão intracomunitária de bens


com destino a um sujeito passivo estabelecido noutro Estado-Membro é obrigado a
emitir uma fatura nos termos do CIVA, ainda que se trate duma operação isenta de
IVA em território nacional nos termos do artigo 14.º do RITI, e a obrigação de
liquidação recaia sobre o sujeito passivo adquirente sediado no outro Estado-
Membro?

• Sim, nos termos da alínea a) do n.º 2 do artigo 35.º-A do CIVA.

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Página do manual 205

Delimitação de competências em matéria de faturação


(artigo 35.º-A do CIVA)
4.º caso prático

Um sujeito passivo português que efetue prestações de serviços a um adquirente,


sujeito passivo estabelecido noutro Estado-Membro, localizadas para efeitos de
tributação no local onde esse adquirente tem a sua sede a partir da qual adquire os
serviços (nos termos do artigo 6.º do CIVA), é obrigado a emitir uma fatura nos
termos do CIVA, quando a obrigação de liquidação recaia sobre o sujeito passivo
adquirente sedeado no outro Estado-Membro?

• Sim, nos termos da alínea a) do n.º 2 do artigo 35.º-A do CIVA.

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Página do manual 205

Delimitação de competências em matéria de faturação


(artigo 35.º-A do CIVA)
5.º caso prático

E no caso de exportações de bens efetuadas por um sujeito passivo português?


E no caso de prestações de serviços efetuadas por um sujeito passivo português a um
adquirente sediado num país terceiro, que não sejam localizadas para efeitos de
tributação no território nacional nos termos das regras de localização do artigo 6.º do
CIVA?
• No caso de exportações efetuadas a partir do território nacional por um sujeito passivo
português, este é obrigado a emitir uma fatura nos termos do CIVA, ainda que seja isenta nos
termos do artigo 14.º do CIVA.
• No caso de serviços prestados por sujeito passivo português a um adquirente sediado num
país terceiro, o primeiro é obrigado a emitir fatura nos termos do CIVA, ainda que a operação
não seja localizada no território nacional nos termos do artigo 6.º do CIVA.

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Página do manual 206

Delimitação de competências em matéria de faturação


(artigo 35.º-A do CIVA)
6.º caso prático

E no caso de vendas de bens à distância com destino a particulares domiciliados em


território nacional, efetuada por um sujeito passivo sediado noutro Estado-Membro?

• Sim, é obrigatória a emissão de fatura nos termos do CIVA, quando os sujeitos passivos de
outros Estados-Membros efetuem vendas à distância a não sujeitos passivos com domicílio
em território nacional, desde que o IVA seja devido em Portugal, pelo facto de as vendas
para Portugal terem ultrapassado, no ano civil anterior ou no ano civil em curso, o limiar de
35.000 euros, e sejam obrigados, por esse facto, a registo em IVA em Portugal.

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Página do manual 206

Delimitação de competências em matéria de faturação


(artigo 35.º-A do CIVA)
7.º caso prático

Um sujeito passivo português que efetue uma aquisição intracomunitária de bens no


território nacional pode considerar, nomeadamente para efeitos do direito à
dedução, uma fatura emitida por um sujeito passivo estabelecido noutro Estado-
Membro que não cumpre os requisitos previstos no CIVA?

• De acordo com o n.º 3 do artigo 35.º-A do CIVA, a emissão de fatura por sujeito passivo que
não possua no território nacional a sua sede, estabelecimento estável ou, na sua falta, o
domicílio a partir do qual a transmissão de bens ou prestação de serviços é efetuada, não
está sujeita às regras estabelecidas no CIVA quando a obrigação de liquidação do imposto
recai sobre o sujeito passivo adquirente dos bens ou destinatário dos serviços, tal como
acontece no caso das aquisições intracomunitárias.

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Página do manual 206

Delimitação de competências em matéria de faturação


(artigo 35.º-A do CIVA)
7.º caso prático

• Atendendo a que a fatura emitida pelo fornecedor do outro Estado-Membro não tem de
cumprir as regras do CIVA, para o exercício do direito à dedução do sujeito passivo
português, adquirente dos bens, é suficiente um documento interno com a comprovação da
autoliquidação do IVA ao Estado português, suportado por esse adquirente.
• A norma constante do n.º 2 do artigo 19.º do Código do IVA, que estabelece que só confere
direito a dedução o imposto mencionado em faturas passadas na forma legal, não se aplica
nos casos em que o IVA é autoliquidado.
• Consequentemente, a resposta à questão colocada é no sentido de que o sujeito passivo
português tem direito à dedução do IVA por si autoliquidado.

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Página do manual 207

Delimitação de competências em matéria de faturação


(artigo 35.º-A do CIVA)
8.º caso prático

E no caso de se tratar de serviços adquiridos por um sujeito passivo português,


prestado por um sujeito passivo sediado nos EUA, que sejam localizados para efeitos
de tributação no território nacional nos termos do artigo 6.º do CIVA?

• De acordo com o n.º 1 do artigo 35.º-A do CIVA, a emissão de fatura por sujeito passivo que
não possua no território nacional a sua sede, estabelecimento estável ou, na sua falta, o
domicílio a partir do qual a transmissão de bens ou a prestação de serviços é efetuada, não
está sujeita às regras estabelecidas no CIVA quando a obrigação de liquidação do imposto
recai sobre o sujeito passivo adquirente dos bens ou destinatário dos serviços, tal como
acontece no caso das aquisições de serviços a prestadores de países terceiros.

Apresentação
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Página do manual 207

Delimitação de competências em matéria de faturação


(artigo 35.º-A do CIVA)
8.º caso prático

• Atendendo a que a fatura emitida pelo prestador de serviços estabelecido nos EUA não tem
de cumprir as regras do CIVA, para o exercício do direito à dedução do sujeito passivo
português, adquirente dos bens, é suficiente um documento interno com a comprovação da
autoliquidação do IVA ao Estado português, suportado por esse adquirente.

• Consequentemente, a resposta à questão colocada é no sentido de que o sujeito passivo


português tem direito à dedução do IVA por si autoliquidado.

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Página do manual 207

Delimitação de competências em matéria de faturação


(artigo 35.º-A do CIVA)
9.º caso prático

E no caso de o fornecedor de outro EM acordar com o adquirente sujeito passivo


português a emissão da fatura por este último, através do procedimento de
autofaturação?
• Nos termos do n.º 4 do artigo 35.º-A do CIVA, é obrigatória a emissão de fatura nos termos
do CIVA, quando um fornecedor de bens, não residente no território nacional, efetue
transmissões de bens a sujeitos passivos estabelecidos no território nacional, caso se aplique
a regra de inversão do sujeito passivo em território nacional e exista acordo de
autofaturação, passando a obrigação de emissão da fatura para o adquirente, sujeito passivo
português.
• Se quem vai emitir a autofatura é um sujeito passivo português, faz todo o sentido que esse
documento tenha de cumprir as regras exigidas pelo Código do IVA.

Apresentação
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Página do manual 207

Delimitação de competências em matéria de faturação


(artigo 35.º-A do CIVA)
10.º caso prático

Um sujeito passivo americano que utilize Portugal como Estado-Membro de


identificação para efeitos do regime especial do Mini Balcão Único (MOSS), que
efetue serviços por via eletrónica (por exemplo, disponibilização de downloads de
música num sítio de internet), é obrigado a emitir uma fatura nos termos do CIVA?

• Nos termos do n.º 5 do artigo 35.º-A do CIVA, se um prestador de serviços de um país


terceiro efetuar o registo no MOSS em Portugal, utilizando o território nacional como Estado-
Membro de identificação, é obrigado a emitir faturas nos termos do CIVA para todos os
serviços prestados por via eletrónica, independentemente do local do domicílio dos
adquirentes não sujeitos passivos.

Apresentação
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ELEMENTOS OBRIGATÓRIOS
NAS FATURAS
(Artigo 36.º do CIVA)

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Página do manual 210

Elementos obrigatórios nas faturas (artigo 36.º do CIVA)


1.º caso prático

Quais os elementos obrigatórios nas faturas emitidas a consumidores finais (não


sujeitos passivos)?

• As faturas emitidas a consumidores finais (não sujeitos passivos de IVA) deixam de


conter a identificação (nome e domicílio) do adquirente não sujeito passivo,
independentemente do valor da fatura (deixa de existir o limite de 1.000 euros).

• O NIF dos adquirentes não sujeitos passivos continua apenas a ser obrigatório
quando estes o exijam.

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Página do manual 210

Elementos obrigatórios nas faturas (artigo 36.º do CIVA)


2.º caso prático

Deixa de ser possível a indicação do NIF do adquirente nas faturas quando este seja
consumidor final?

• Não.

• Mantém-se a obrigação de indicação na fatura do NIF do adquirente ou destinatário


não sujeito passivo (consumidor final) quando este o solicite, conforme o n.º 16 do
artigo 36.º do CIVA.

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Página do manual 210

Elementos obrigatórios nas faturas (artigo 36.º do CIVA)


3.º caso prático

Deixou de ser obrigatório que todas as menções obrigatórias que devam constar das
faturas sejam introduzidas pelo programa informático de faturação?

• Não.
• A obrigatoriedade de nas faturas processadas através de sistemas informáticos, todas as
menções obrigatórias, incluindo o nome, a firma ou a denominação social e o número de
identificação fiscal do sujeito passivo adquirente, deverem ser inseridas pelo respetivo
programa ou equipamento informático de faturação, manteve-se, passando, no entanto, a
constar do DL 28/2019 (constava no n.º 14 do artigo 36.º do CIVA, que foi revogado pelo DL
28/2019, e passou a constar do n.º 1 do artigo 7.º deste decreto-lei).

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 42
FATURAS SIMPLIFICADAS,
BILHETES E REGISTOS
(artigo 40.º do CIVA)

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz 43
Página do manual 212

Faturas simplificadas, bilhetes e registos


Desenvolvimento do tema

• O n.º 5 do artigo 40.º do CIVA permite que a obrigação de emissão de fatura prevista
na alínea b) do n.º 1 do artigo 29.º possa ser cumprida por outros meios para além
de faturas, mediante a emissão de documentos (bilhetes ou recibos) ou o registo
das operações.

• No caso das prestações de serviços de transporte, de estacionamento, portagens e


entradas em espetáculos, já se previa que a obrigação de faturação pudesse ser
cumprida mediante a emissão de um bilhete de transporte, ingresso ou outro
documento ao portador comprovativo do pagamento.

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 44
Página do manual 212

Faturas simplificadas, bilhetes e registos


Desenvolvimento do tema

• Com a presente alteração promovida pelo DL 28/2019, essa possibilidade de emissão


de bilhetes de ingresso ou documento ao portador comprovativo do pagamento é
alargada, passando a ser aplicável às entradas em bibliotecas, arquivos, museus,
galerias de arte, castelos, palácios, monumentos, parques, perímetros florestais,
jardins botânicos, zoológicos e serviços prestados por sujeitos passivos que exerçam
a atividade económica de diversão itinerante enquadrados nos CAE 93211 e 93295.

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 45
Página do manual 213

Faturas simplificadas, bilhetes e registos


Desenvolvimento do tema

• Mantém-se a possibilidade da obrigação de faturação ser substituída pelo mero


registo das operações (nomeadamente em folhas de caixa ou similar) para as
transmissões de bens através de máquinas de distribuição automática sem
capacidade de emissão de fatura.

• Continua a não se prever a utilização da mesma simplificação para as máquinas


automáticas para prestações de serviços (por exemplo, máquinas de lavar roupa
automáticas), que terão forçosamente de emitir fatura recorrendo a software
certificado.

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 46
Página do manual 213

Faturas simplificadas, bilhetes e registos


Desenvolvimento do tema

Outros meios eletrónicos (máquinas registadoras, terminais eletrónicos, balanças


eletrónicas)

• Apenas é possível a utilização de outros meios eletrónicos para a emissão de faturas


simplificadas, quando o sujeito passivo em causa não seja obrigado a possuir e
utilizar programa informático certificado nos termos do artigo 4.º do DL 28/2019.
• A utilização destes “outros meios eletrónicos” estava prevista no n.º 4 do artigo 40.º
do CIVA (número que foi revogado pelo DL 28/2019), constando agora das disposições
conjugadas da alínea b) do artigo 3.º e do n.º 5 do artigo 4.º deste DL.

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 47
Página do manual 214

Faturas simplificadas, bilhetes e registos


1.º caso prático

Poderão as máquinas automáticas de prestações de serviços substituir a emissão de


faturas pela mera existência de registo das operações?

• Não.
• Essa possibilidade apenas está disponível para as máquinas automáticas de
transmissão de bens (vulgo “máquinas de vending”), sendo obrigatório que as
máquinas automáticas de prestações de serviços emitam faturas ou faturas
simplificadas.

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 48
Página do manual 214

Faturas simplificadas, bilhetes e registos


2.º caso prático

É permitida a utilização de balanças eletrónicas, sem programa informático


certificado, para emitir faturas e faturas simplificadas?

• Não.
• As balanças eletrónicas sem programa informático certificado apenas podem ser
utilizadas para emitir faturas simplificadas nos termos do artigo 40.º do CIVA, não
podendo ser utilizadas para a emissão de faturas nos termos do artigo 36.º do CIVA.

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 49
Página do manual 214

Faturas simplificadas, bilhetes e registos


3.º caso prático

Quais os sujeitos passivos que podem utilizar balanças eletrónicas ou outros meios
eletrónicos que não possuam programa certificado?

• Um empresário em nome individual com a atividade de frutaria, enquadrado no


regime simplificado de IRS e que não tenha optado por contabilidade organizada,
com volume de negócios no ano anterior inferior ou igual a € 50.000 (a partir de
01/01/2020), pode utilizar uma balança eletrónica sem programa informático
certificado para a emissão de faturas simplificadas nos termos do artigo 40.º do CIVA.

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 50
Página do manual 214

Faturas simplificadas, bilhetes e registos


3.º caso prático

• Uma sociedade comercial que exerce a atividade de talho, sendo obrigada a possuir
contabilidade organizada, não pode, independentemente do volume de negócios,
utilizar balança eletrónica sem programa informático certificado.
• Tal sociedade é obrigada a utilizar uma balança eletrónica ou outro sistema
informático de faturação, desde que este equipamento possua um software
certificado pela AT.

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 51
OBRIGAÇÃO DE UTILIZAÇÃO DE
PROGRAMAS DE FATURAÇÃO
CERTIFICADOS PELA AT

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz 52
Página do manual 216

Obrigação de utilização de programas informáticos de


faturação certificados pela AT
Desenvolvimento do tema

De acordo com o artigo 4.º do DL 28/2019:


• Os sujeitos passivos com sede, estabelecimento estável ou domicílio em território
nacional
e
• outros sujeitos passivos cuja obrigação de emissão de fatura se encontre sujeita às
regras estabelecidas na legislação interna nos termos do artigo 35.º-A do CIVA,

estão obrigados a utilizar, exclusivamente, programas informáticos que tenham sido


objeto de prévia certificação pela AT, sempre que se verifique uma das condições:

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 53
Página do manual 216

Obrigação de utilização de programas informáticos de


faturação certificados pela AT
Desenvolvimento do tema

• Utilizem programas informáticos de faturação;

• Sejam obrigados a dispor de contabilidade organizada ou por ela tenham optado;

• Tenham tido, no ano civil anterior, um volume de negócios superior a 50.000


euros (a partir de 01/01/2020), ou quando, no exercício em que se inicia a
atividade, o período de referência seja inferior ao ano civil, e o volume de
negócios anualizado relativo a esse período seja superior àquele montante.

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 54
Página do manual -

Obrigação de utilização de programas informáticos de


faturação certificados pela AT
Desenvolvimento do tema

Ficha doutrinária n.º 15943, com despacho de 2019-08-22

8. Quanto à correlação entre a obrigação de utilização de programas de faturação


certificados, quando exista, e o exercício do direito à dedução do IVA mencionado nas
faturas, deve dizer-se que as regras de processamento de faturas são distintas e
encontram-se a montante das normas relativas à emissão das faturas previstas no
CIVA, estas sim, com base legal comunitária na Diretiva 2006/112/CE, de 28 de
novembro de 2006 (Diretiva do IVA). Como tal, o incumprimento de regras de
processamento nacionais não pode pôr em causa o direito à dedução do imposto,
sem prejuízo das sanções contraordenacionais que sejam aplicáveis.

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 55
Página do manual 216

Obrigação de utilização de programas informáticos de


faturação certificados pela AT
Desenvolvimento do tema

Entidades abrangidas

Sujeitos passivos de IVA em território nacional:

• Transmitentes de bens ou prestadores de serviços que sejam entidades com sede,


estabelecimento estável ou domicílio em território nacional (incluindo sujeitos
passivos de IRC e IRS);

Apresentação
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Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 56
Página do manual 217

Obrigação de utilização de programas informáticos de


faturação certificados pela AT
Desenvolvimento do tema

• Transmitentes de bens ou prestadores de serviços que sejam não residentes sem


estabelecimento estável, com registo para efeitos de IVA em território nacional,
para as operações aqui localizadas, quando não se aplique regra de inversão do
sujeito passivo (e não exista acordo de auto faturação)

(esta obrigação apenas se inicia a partir de 01/01/2021 nos termos do Despacho n.º
349/2019-XXI, de 29/06/2019, do SEAF, proferido na Informação n.º 1608, de 23/07/2019,
da DSIVA);

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 57
Página do manual 217

Obrigação de utilização de programas informáticos de


faturação certificados pela AT
Desenvolvimento do tema

Sujeitos passivos de IVA em território nacional:

• Adquirentes de operações localizadas em território nacional praticadas por entidades


não residentes (outro Estado-Membro da União Europeia ou país ou território
terceiro), em que se aplica a regra de inversão do sujeito passivo e em que existe
acordo de autofaturação (novidade/clarificação).

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 58
Página do manual 217

Obrigação de utilização de programas informáticos de


faturação certificados pela AT
Desenvolvimento do tema

Novidade:

• Passam a estar abrangidas pela obrigação de possuir programa informático de


faturação certificado as entidades do setor não lucrativo e os sujeitos passivos da
categoria B de IRS enquadrados no regime simplificado (estes últimos continuam a
poder emitir faturas-recibo eletrónicas no Portal das Finanças), sem prejuízo das
dispensas previstas nas alíneas do n.º 1 do artigo 4.º do DL 28/2019.

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 59
Página do manual 218

Obrigação de utilização de programas informáticos de


faturação certificados pela AT
Desenvolvimento do tema

Dispensas:
Entidades do setor não lucrativo e sujeitos passivos da categoria B de IRS, que não
possuam nem sejam obrigados a possuir contabilidade organizada, e:
• Tenham tido, no ano civil anterior, um volume de negócios inferior ou igual a 50.000
euros (a partir de 01/01/2020) ou, quando, no exercício em que se inicia a atividade,
o período em referência seja inferior ao ano civil, e o volume de negócios anualizado
relativo a esse período seja inferior ou igual àquele montante;

• e, não utilizem programas informáticos de faturação.

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 60
Página do manual -

Obrigação de utilização de programas informáticos de


faturação certificados pela AT
Desenvolvimento do tema

FAQ da AT

Questão: Utilizo um sistema de contabilidade para registar as receitas e despesas


nos termos do n.º 2 do artigo 50.º do CIVA, emito as faturas em impressos
tipográficos e o meu volume de negócios é inferior a € 50.000. Sou obrigado a
emitir as faturas através de programa informático de faturação certificado pela AT?

Resposta: Não, a não ser que opte por o fazer.

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 61
Página do manual 218

Obrigação de utilização de programas informáticos de


faturação certificados pela AT
Desenvolvimento do tema

Novidade

• Deixa de ser possível utilizar programas informáticos de faturação sem serem


certificados.

• Estando obrigado a utilizar software certificado, essa utilização é exclusiva, pelo que
ficam impedidos de emitir faturas simplificadas através de outros meios eletrónicos.

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 62
Página do manual -

Obrigação de utilização de programas informáticos de


faturação certificados pela AT
Desenvolvimento do tema

FAQ da AT

Questão: Estou enquadrado no regime de isenção do artigo 53.º do CIVA e utilizo


documentos pré-impressos em tipografia. Se optar por dispor de contabilidade
organizada quando é que passo a ser obrigado a utilizar programa informático de
faturação previamente certificado pela AT?

Resposta: Passa a estar obrigado a utilizar programa informático de faturação


certificado pela AT, a partir da data em que efetuar a opção pela contabilidade
organizada.

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 63
Página do manual -

Obrigação de utilização de programas informáticos de


faturação certificados pela AT
Desenvolvimento do tema

FAQ da AT

Questão: Posso emitir faturas por outros meios eletrónicos, nomeadamente


maquinas registadoras simultaneamente com documentos pré-impressos em
tipografia autorizada?

Resposta: Pode. No entanto, os outros meios eletrónicos (máquinas registadoras,


terminais eletrónicos ou balanças eletrónicas) só podem ser utilizados para a
emissão de faturas simplificadas (artigo 40.º do CIVA).

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 64
Página do manual -

Obrigação de utilização de programas informáticos de


faturação certificados pela AT
Desenvolvimento do tema

FAQ da AT

Questão: Qual o significado de inoperacionalidade dos programas informáticos de


faturação? Abrange apenas situações de avarias ou impossibilidade de acesso ao programa
(falta de eletricidade ou similar)?

Resposta: Considera-se existir inoperacionalidade do programa quando o acesso a este se


mostre inviável, podendo resultar, nomeadamente, de avaria do equipamento informático,
da falta de energia elétrica ou falha no acesso à aplicação por falta de cobertura de rede
pelo operador de telecomunicações (em caso de utilização de programa através da
internet ou de soluções de mobilidade).

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 65
Página do manual 219

Obrigação de utilização de programas informáticos de


faturação certificados pela AT
1.º caso prático

Quais os meios de processamento que as associações e outras entidades do setor não


lucrativo (IPSS, fundações e outras) podem utilizar para emitir faturas a partir de
01/01/2020?
• A partir de 01/01/2020, essas entidades são obrigadas a utilizar programas
informáticos certificados, quando cumpram alguma das condições previstas no artigo
4.º do DL 28/2019 (contabilidade organizada, volume de negócios superior a 50.000
euros ou utilizem algum programa de faturação).
• Esse programa certificado servirá para emitir faturas, recibos e outros documentos
fiscalmente relevantes (incluindo recibos de quotas e outros documentos nos termos
do n.º 20 do artigo 29.º do CIVA).

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 66
Página do manual 220

Obrigação de utilização de programas informáticos de


faturação certificados pela AT
4.º caso prático

Os trabalhadores independentes, sujeitos passivos da categoria B de IRS,


enquadrados no regime simplificado de determinação dos rendimentos tributáveis,
passam a ser obrigados a processar faturas através de programas informáticos
certificados pela AT?

• Sim. A partir de 01/01/2020, caso cumpram alguma das condições previstas no artigo
4.º do DL 28/2019, nomeadamente já estejam a utilizar programas informáticos,
ainda que não certificados pela AT, optem por adotar contabilidade, ainda que
enquadrados no regime simplificado ou tenham tido, no ano civil anterior, um
volume de negócios superior a € 50.000 (ou valor anualizado caso tenha sido o 1.º
ano de atividade).
Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 67
Página do manual 220

Obrigação de utilização de programas informáticos de


faturação certificados pela AT
4.º caso prático

• Estes sujeitos passivos, ainda que obrigados a utilizar programas informáticos de


faturação certificados, podem sempre, em qualquer das condições, optar pelo
processamento de faturas através da aplicação do Portal das Finanças, para as
faturas-recibo eletrónicas.

• Até 31/12/2019, estes sujeitos passivos nunca estavam obrigados a processar faturas
através de programas informáticos certificados pela AT.

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 68
Página do manual 221

Obrigação de utilização de programas informáticos de


faturação certificados pela AT
5.º caso prático

Uma empresa holandesa que efetue vendas à distância a partir desse Estado-
Membro para consumidores finais domiciliados em Portugal está obrigada a
processar faturas através de programas informáticos certificados pela AT? Se sim, a
partir de que data?

• Sim, tratando-se dum sujeito passivo de IVA, registo em Portugal, para titular as
vendas de bens aos particulares domiciliados em Portugal, está obrigada a processar
faturas através de programas informáticos certificados pela AT.

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 69
Página do manual 221

Obrigação de utilização de programas informáticos de


faturação certificados pela AT
5.º caso prático

• Todavia, nos termos do Despacho n.º 349/2019-XXI, de 29/06/2019 do Secretário de


Estado dos Assuntos Fiscais, proferido na Informação n.º 1608, de 23/07/2019, da
Direção de Serviços do IVA, essa obrigação pode ser cumprida apenas a partir de
01/01/2021, que corresponde à data da entrada em vigor do artigo 2.º da Diretiva
2017/2455, que altera determinadas obrigações relativas a IVA para as prestações de
serviços e vendas à distância.

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 70
Página do manual 221

Obrigação de utilização de programas informáticos de


faturação certificados pela AT
6.º caso prático

Uma sociedade por quotas que exerce a atividades de transporte de passageiros


através de táxis é obrigada a emitir faturas através de programa informático de
faturação certificado pela AT?

• Sim.
• Como se trata duma sociedade por quotas, sendo obrigada a possuir contabilidade
organizada, independentemente do volume de negócios obtido em 2019, a partir de
01/01/2020 passa a ser obrigada a utilizar um programa informático de faturação
certificado pela AT.

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 71
Página do manual 221

Obrigação de utilização de programas informáticos de


faturação certificados pela AT
7.º caso prático

A casa-museu José Régio em Portalegre é obrigada a emitir faturas para titular às


respetivas entradas e visitas ao museu?

• Não.
• Nos termos do n.º 5 do artigo 40.º do CIVA, a obrigação de emissão de fatura para
titular a entrada em museus passa a poder ser cumprida através dum mero bilhete
de ingresso.

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 72
FATURAÇÃO POR VIA
ELETRÓNICA

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz 73
Página do manual 223

Faturação por via eletrónica


Desenvolvimento do tema

• Nos termos do n.º 10 do artigo 36.º do CIVA e do n.º 1 do artigo 12.º do DL 28/2019,
as faturas podem, sob reserva de aceitação pelo destinatário, ser emitidas por via
eletrónica.
• As faturas por via eletrónica podem ser emitidas através de programas informáticos
certificados pela AT, desde que seja garantida a autenticidade da origem, a
integridade do conteúdo e a legibilidade das faturas e demais documentos
fiscalmente relevantes emitidos, desde o momento da sua emissão até ao final do
período de arquivo, implementando controlos de gestão que criem uma pista de
auditoria fiável entre aqueles documentos e as transmissões de bens ou as
prestações de serviços.
Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 74
Página do manual 224

Faturação por via eletrónica


Desenvolvimento do tema

• A aposição de assinatura eletrónica qualificada e de selo eletrónico qualificado


apenas é obrigatória a partir de 01/01/2021.

• Até 31/12/2020 podem continuar a ser adotados os procedimentos de aposição de


uma assinatura eletrónica avançada ou de aposição de um selo eletrónico avançado,
sem prejuízo de poderem adotar a assinatura eletrónica qualificada e o selo
eletrónico qualificado antes de 01/01/2021.

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 75
Página do manual 232

Faturação por via eletrónica


1.º caso prático

O que são faturas por via eletrónica?

• As faturas processadas por via eletrónica, incluindo documentos retificativos, são


documentos com relevância fiscal, de forma idêntica às faturas impressas em papel, desde
que seja garantida a autenticidade da origem e a integridade do conteúdo da fatura e sejam
cumpridos os requisitos legais referidos.
• A grande vantagem é que todo o seu processamento é digital, desde a emissão, ao envio, à
receção e ao arquivo das faturas, decorre unicamente por via eletrónica, devendo ser
garantida a autenticidade da origem e a integridade do conteúdo da fatura através da sua
assinatura eletrónica.

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 76
Página do manual 232

Faturação por via eletrónica


3.º caso prático

Qualquer sujeito passivo pode optar por emitir, por via eletrónica, as suas faturas ou
documentos fiscalmente relevantes?

• Sim.
• Em termos gerais, os sujeitos passivos podem emitir faturas ou documentos fiscalmente
relevantes por via eletrónica, desde que seja garantida a autenticidade da sua origem e a
integridade do seu conteúdo, mediante uma assinatura eletrónica avançada ou intercâmbio
eletrónico de dados (EDI). Para as faturas e demais documentos fiscalmente relevantes é
exigido o consentimento do adquirente, através de acordo.

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 77
Página do manual 233

Faturação por via eletrónica


4.º caso prático

Os programas informáticos de faturação certificados podem emitir faturas por via


eletrónica?

• Sim, desde que esses programas possuam os procedimentos para a emissão por via
eletrónica através de certificado digital avançado, para que seja garantida a autenticidade da
sua origem e a integridade do seu conteúdo, mediante uma assinatura eletrónica avançada,
selo eletrónico avançado ou intercâmbio eletrónico de dados (EDI).
• A emissão de fatura através de programa informático certificado pela AT, efetuando a sua
impressão para um ficheiro “PDF”, não é considerada como emissão de faturação por via
eletrónica, se não for garantida a autenticidade da sua origem e a integridade do seu
conteúdo, mediante uma assinatura eletrónica avançada ou um selo eletrónico avançado.

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 78
Página do manual 234

Faturação por via eletrónica


7.º caso prático

Quais os benefícios associados à utilização da fatura por via eletrónica para efeitos do
exercício do direito à dedução do IVA suportado?

• Para efeitos do exercício do direito à dedução, é requisito essencial que os sujeitos


passivos estejam na posse da via original da fatura, conforme o n.º 4 do artigo 36.º
do CIVA.

• Essa norma considera-se, automaticamente, cumprida em caso de emissão de


faturas por via eletrónica, na medida em que tal emissão só pode ocorrer sob reserva
de aceitação pelo destinatário, de acordo com o n.º 10 do citado artigo 36.º.

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 79
Página do manual 237

Faturação por via eletrónica


8.º caso prático

Quais os benefícios associados à utilização da fatura por via eletrónica para efeitos da
obtenção do meio de prova para efetuar a regularização do IVA a favor do sujeito
passivo (n.º 5 do artigo 78.º do CIVA)?

• Face ao entendimento da AT na informação vinculativa n.º 6769, que mereceu


despacho concordante de 12/05/2014, para efeitos da obtenção do comprovativo
por parte do adquirente de que tomou conhecimento da retificação do IVA efetuada
nos termos do n.º 5 do artigo 78.º do CIVA, é suficiente a aceitação eletrónica por
parte do destinatário das notas de crédito emitidas por via eletrónica de acordo com
os procedimentos previstos no artigo 12.º e seguintes do DL 28/2019.

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 80
DISPENSA DE IMPRESSÃO DE
FATURAS

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz 81
Página do manual 243

Dispensa de impressão de faturas


Casos práticos

1.º caso
Em que situações é possível a emissão de faturas sem papel?

2.º caso
Como se efetua a opção pela emissão de faturas sem papel?

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 82
Página do manual 244

Dispensa de impressão de faturas


Desenvolvimento do tema

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 83
Página do manual 244

Dispensa de impressão de faturas


Desenvolvimento do tema

Condições para o exercício da opção


Os sujeitos passivos que pretendam exercer a opção de dispensa de impressão da
fatura são obrigados a:
• Emitir as faturas através de programa informático certificado;
• Efetuar a comunicação dos elementos das faturas abrangidas pela dispensa de
impressão em papel à AT em tempo real (sistema webservice);
• Não estar em situação de incumprimento relativamente à obrigação de comunicação
dos elementos das faturas prevista no artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24
de agosto.

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 84
Página do manual -

Dispensa de impressão de faturas


Desenvolvimento do tema

FAQ da AT

Questão: Se optar pela dispensa de impressão das faturas em papel («fatura sem papel»),
estou obrigado a enviar a fatura por transmissão eletrónica de dados para o meu cliente?

Resposta: Não, a dispensa abrange, também, a transmissão da fatura por via eletrónica.
Note-se que a dispensa só é aplicável se o cliente for um particular que fornece o seu NIF e
não solicite a impressão da fatura ou a sua transmissão por via eletrónica.

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Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 85
ARQUIVO

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Página do manual 248

Arquivo
Desenvolvimento do tema

• As faturas e demais documentos fiscalmente relevantes devem ser guardados de forma


sequencial e ininterruptamente e respeitar o plano de arquivo e a individualização de cada
exercício, abrangendo a integralidade dos documentos.
• Os sujeitos passivos são obrigados a arquivar e conservar em boa ordem todos os livros,
registos e respetivos documentos de suporte por um prazo de 10 anos, se outro prazo não
resultar de disposição especial.
• Sempre que os sujeitos passivos exerçam direito cujo prazo é superior a 10 anos, a obrigação
de arquivo e conservação de todos os livros, registos e respetivos documentos de suporte
mantém-se até ao termo do prazo de caducidade relativo à liquidação dos impostos
correspondentes.

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e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 87
Página do manual 249

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Desenvolvimento do tema

• Para efeitos de IVA, o prazo de regularização do IVA deduzido relativamente a despesas de


investimento em bens imóveis é de 20 anos, contados a partir do ano da aquisição ou do
ano da ocupação de imóvel construído, nos termos do n.º 2 do artigo 24.º do CIVA.
• O prazo de regularização do IVA deduzido relativamente a despesas com bens de
investimento móveis é de 5 anos, contados a partir do ano da aquisição ou da produção, nos
termos do n.º 1 do artigo 24.º do CIVA.
• Para estes casos, o prazo de arquivo e conservação de todos os livros, registos e respetivos
documentos de suporte para as despesas de investimento em bens imóveis será de 10 anos,
contados a partir a partir da data em que for efetuada a última das regularizações previstas
no artigo 24.º ou artigo 25.º do CIVA.
• Por isso, no limite, o prazo para o arquivo para essas operações pode, no caso de despesas
em bens imóveis, chegar aos 30 anos.
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Página do manual 249

Arquivo
Desenvolvimento do tema

• Para os sujeitos passivos de IRC, que sejam considerados como PME, os prejuízos fiscais
apurados em determinado período de tributação são deduzidos aos lucros tributáveis em um
ou mais dos 12 períodos de tributação posteriores, conforme previsto no n.º 1 do artigo 52.º
do CIRC.
• Para os sujeitos passivos da categoria B de IRS, os prejuízos fiscais apurados na atividade da
categoria B podem ser reportados aos 12 anos seguintes àquele a que respeitam.
• Para estes casos, o prazo de arquivo e conservação de todos os livros, registos e respetivos
documentos de suporte dos períodos de tributação em que foram apurados prejuízos fiscais
será de 12 anos.

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Casos práticos de|IVA
Autor
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Página do manual 251

Arquivo
Desenvolvimento do tema

• Os documentos em formato papel são obrigatoriamente mantidos em


estabelecimento ou instalação situado em território nacional.

• Quanto aos documentos em suporte eletrónico (incluindo cópias de segurança),


podem ser mantidos em Portugal ou em qualquer outro Estado-Membro da União
Europeia.

• É possível manter o arquivo de documentos de faturação e outros documentos


fiscalmente relevantes, emitidos e recebidos por via eletrónica, num país ou
território terceiro, mas, neste caso, desde que seja obtida autorização prévia da AT.

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Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 90
Página do manual 259

Arquivo
4.º caso prático

É obrigatória a comunicação à AT da localização dos arquivos? E qual o prazo para


essa comunicação?

• Sim, através da declaração início de atividade ou da declaração de alterações,


quando existam alterações posteriores.

• A comunicação do local dos arquivos dos sujeitos passivos em atividade está


dependente da adaptação da declaração de início/alterações para entrar em vigor.

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COMUNICAÇÕES PREVISTAS
NO DL 28/2019

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Página do manual 261

Comunicações previstas no DL 28/2019


Desenvolvimento do tema

Informação relativa aos estabelecimentos (artigo 34.º do DL 28/2019)


O artigo 34.º do DL 28/2019 previa a comunicação à AT dos seguintes elementos:
• A identificação e localização dos estabelecimentos da empresa em que são emitidas faturas e
demais documentos fiscalmente relevantes;
• A identificação dos equipamentos utilizados para processamento de faturas e outros documentos
fiscalmente relevantes;
• O número de certificado do programa utilizado em cada equipamento, quando aplicável;
• A identificação dos distribuidores e dos instaladores que comercializaram e/ou instalaram as
soluções de faturação.

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Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 93
Página do manual 261

Comunicações previstas no DL 28/2019


Desenvolvimento do tema

Informação relativa aos estabelecimentos

• O referido artigo foi, porém, revogado pelo artigo 12.º do Decreto-Lei n.º 48/2020, de
3 de agosto, atendendo, segundo é referido no preâmbulo do diploma, às dificuldade
da respetiva operacionalização evidenciadas pelos intervenientes no processo de
comunicação

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Página do manual 265

Comunicações previstas no DL 28/2019


1.º caso prático

Qual o novo prazo de comunicação dos elementos das faturas, documentos


retificativos e documentos de conferência? A partir de quando entra em vigor?

• As faturas emitidas a partir de 01/01/2020, deverão ser comunicadas à AT até ao


dia 12 do mês seguinte.

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Página do manual 265

Comunicações previstas no DL 28/2019


2.º caso prático

Os recibos passam a ser obrigatoriamente comunicados?

• Sim.
• Mas, apenas os recibos emitidos no âmbito do regime do IVA de caixa.

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e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 96
Página do manual 265

Comunicações previstas no DL 28/2019


3.º caso prático

Quais as alterações na comunicação dos inventários?

• Por força das alterações introduzidas pelo DL 28/2019, os inventários referentes


ao período de tributação de 2019 (a efetuar até 31/01/2020 ou até ao final do 1.º mês
seguinte à data do termo do período de tributação diferente do ano civil) deviam ser
comunicados devidamente valorizados.

• A medida, no entanto, foi adiada por um ano pelo Despacho n.º 66/2019-XXII, do
SEAF, de 13.12.2019, pelo que o 1.º inventário que terá de ser comunicado
valorizado será o referente ao período de tributação de 2020.

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e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 97
Página do manual 266

Comunicações previstas no DL 28/2019


4.º caso prático

Quais as entidades obrigadas à comunicação dos inventários em janeiro de 2020?

• Outra importante alteração relacionada com a comunicação dos inventários à AT


está relacionada com o âmbito de aplicação desta obrigação.

• Passam apenas a estar dispensados desta obrigação os sujeitos passivos de


IRC e IRS enquadrados no regime simplificado de tributação previsto para
esses impostos no ano a que o inventário se reporta.
• Deixou de existir o limiar de volume de negócios de 100.000 euros.

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Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 98
Página do manual 266

Comunicações previstas no DL 28/2019


5.º caso prático

Quando e como se deve comunicar as séries de faturação e dos documentos


fiscalmente relevantes?
• As séries de faturação e dos documentos fiscalmente relevantes são comunicadas
antes da sua utilização.
• Recorde-se que, caso a entidade utilize séries de faturação contínuas ao longo dos
anos, apenas necessita de efetuar uma única comunicação.
• O início da comunicação das séries de faturação está previsto a partir de 01/01/2021.
Ter em atenção, no entanto, o regime transitório estabelecido no artigo 7.º da
Portaria n.º 195/2020, de 13 de agosto.

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e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 99
CÓDIGO ÚNICO DE DOCUMENTO
E QR CODE

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Página do manual 267/9

Comunicações previstas no DL 28/2019


Desenvolvimento do tema

Código de barras bidimensional (código QR) e um código único de documento (n.º 3 do artigo
7.º do DL 28/2019)

Nas faturas e demais documentos fiscalmente relevantes deve constar um código de barras
bidimensional (código QR) e um código único de documento, nos termos a definir por portaria
do membro do Governo responsável pela área das finanças.

Aplicável a partir de 01/01/2021

Automatização do registo dos documentos mediante leitura QR CODE.

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ENTRADA EM VIGOR DAS
ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS

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Página do manual 272

Entrada em vigor das alterações introduzidas

Medida Entrada em vigor

1. Utilização exclusiva de programas certificados por entidades com sede 01/01/2020


ou estabelecimento estável em Portugal
2. Utilização de programas de faturação certificados por sujeitos passivos
não estabelecidos que efetuem operações tributáveis em território 01/01/2021 (1)
nacional (fichas doutrinárias 15943 e 15948)
3. Código de barras bidimensional - código QR (Portaria n.º 195/2020) 01/01/2021
4. Código único de documento (Portaria n.º 195/2020) 01/01/2021
(1) Com o adiamento da entrada em vigor das Diretivas (UE) 2017/2455 e 2019/1995 para 01/07/2021,
conforme Decisão (UE) 2020/1109 do Conselho, de 20 de julho de 2020, é provável o adiamento da entrada em
vigor desta medida para 01/07/2021.
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Página do manual 272

Entrada em vigor das alterações introduzidas

Medida Entrada em vigor

5. Não indicação do nome e morada dos não sujeitos passivos nas


16/02/2019
faturas
6. Dispensa de impressão das faturas (Portaria n.º 144/2019) 16/05/2019
7. Obrigatoriedade de emissão de faturas por entidades isentas 01/01/2020

8. Requisitos gerais dos programas informáticos de faturação e 01/01/2020


contabilidade
9. Comunicação do estabelecimento ou instalação em que é feita a Até 30 dias após a
centralização do arquivo alteração da DI/DA

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Página do manual 272

Entrada em vigor das alterações introduzidas

Medida Entrada em vigor

10. Digitalização e arquivo dos documentos em papel 16/02/2019

11. Informação relativa aos estabelecimentos (b)


12. Comunicação das séries documentais em utilização 01/01/2021
13. Alterações ao Regime dos Bens em Circulação 01/01/2020
14. Comunicação das faturas e outros documentos até ao dia 12 do mês Faturas emitidas após
seguinte 01/01/2020

(2) Esta obrigação foi revogada pelo artigo 12.º do Decreto-Lei n.º 48/2020, de 3 de agosto

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e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 105
Página do manual 272

Entrada em vigor das alterações introduzidas

Medida Entrada em vigor

15. Comunicação dos inventários valorizados 01/01/2021

16. Dispensa de entrega do Anexo O da IES 16/02/2019

17. Dispensa de entrega do Anexo P da IES pelas microentidades 16/02/2019


18. Utilização de assinaturas eletrónicas qualificadas e selos eletrónicos
01/01/2021
qualificados nas faturas eletrónicas

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e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 106
Obrigado

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