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CASOS PRÁTICOS DE IVA E

NOVAS REGRAS DE FATURAÇÃO

BLOCO FORMATIVO 2
Fernando Roriz

Apresentação | Autor
MEIOS DE PROCESSAMENTO DOS
DOCUMENTOS E NOVOS CONCEITOS

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz 2
Página do manual 182

Meios de processamento dos documentos e


novos conceitos
Desenvolvimento do tema

• O Decreto-Lei n.º 28/2019, de 15 de fevereiro introduziu novos conceitos de


âmbito fiscal para efeitos da aplicação das obrigações relacionadas com este
diploma.

• Foram introduzidos os conceitos de fatura e de documentos fiscalmente


relevantes.

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Página do manual 183

Meios de processamento dos documentos e


novos conceitos
Desenvolvimento do tema

O que se considera “fatura” para efeitos do DL 28/2019?

Inclui as faturas, as faturas simplificadas, as faturas-recibo e os documentos


retificativos de fatura (notas de débito e notas de crédito)

Conceito abrangente que apenas se aplica às


obrigações decorrentes do DL 28/2019

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Página do manual 183

Meios de processamento dos documentos e


novos conceitos
Desenvolvimento do tema

O que se consideram “documentos suscetíveis de apresentação ao cliente que


possibilitem a conferência de mercadorias ou de prestação de serviços”?

Independentemente da sua designação, sejam suscetíveis de apresentação ao cliente


para que possibilitem a conferência das mercadorias entregues ou dos serviços
prestados, mesmo que sejam objeto de faturação posterior.

Podem ser consultas de mesa; Crédito de consignação; Fatura de consignação


nos termos do artigo 38.º do Código do IVA; Folhas de obra; Nota de
Encomenda; Orçamentos; Faturas pró-forma; e outros similares

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Meios de processamento dos documentos e


novos conceitos
2.º caso prático

O que se consideram “documentos fiscalmente relevantes” para efeitos do DL


28/2019?

• Documentos de transporte;
• Recibos e
• Quaisquer outros documentos emitidos, independentemente da sua designação,
que sejam suscetíveis, nomeadamente, de apresentação ao cliente que possibilitem
a conferência de mercadorias ou de prestação de serviços.

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Meios de processamento dos documentos e


novos conceitos
Desenvolvimento do tema

Meios de processamento (artigo 3.º do DL 28/2019)

As faturas e os documentos fiscalmente relevantes passam a ser obrigatoriamente


processados através dos seguintes meios:
• Programas informáticos de faturação certificados pela AT (com impressão em papel ou
emissão por via eletrónica) – ver artigo 4.º do DL 28/2019;
• Aplicações de faturação disponibilizadas pela AT;
• Outros meios eletrónicos, nomeadamente máquinas registadoras, terminais eletrónicos
ou balanças eletrónicas;
• Ou, documentos pré-impressos em tipografia autorizada.

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Meios de processamento dos documentos e


novos conceitos
Desenvolvimento do tema

Quais as novas obrigações introduzidas pelo DL 28/2019 relativas aos recibos e aos
documentos de conferência (orçamentos, faturas-proforma, notas de encomenda e
outros documentos similares)?

Novidade
Passam a ter que ser processados através dos meios previstos no
artigo 3.º do DL 28/2019 (os documentos de conferência já eram
assinados eletronicamente)

Até aqui apenas estavam abrangidos por aquela obrigação de processamento as faturas, notas de
crédito e débito e os documentos transporte.

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Meios de processamento dos documentos e


novos conceitos
Desenvolvimento do tema

• Se a entidade emitente for obrigada a utilizar programas informáticos certificados,


esses documentos de conferência de mercadorias e de prestações de serviços têm
que ser emitidos através desses programas.

• Se a entidade emitente não for obrigada a utilizar programas informáticos


certificados, esses documentos de conferência de mercadorias e de prestações de
serviços têm que ser emitidos através de impressos de tipografia autorizada (ou
outros meios eletrónicos).

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Meios de processamento dos documentos e


novos conceitos
Desenvolvimento do tema

FAQ da AT

Questão: Quando emito orçamentos, faturas-proformas, folhas de obras e outros


documentos fiscalmente relevantes, também tenho que utilizar: i) Programas
informáticos de faturação previamente certificados pela AT; ii) Outros meios
eletrónicos; ou iii) Documentos pré-impressos em tipografia autorizada?

Resposta: Sim. São esses os meios legalmente admissíveis para processar faturas e
outros documentos fiscalmente relevantes.

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Meios de processamento dos documentos e


novos conceitos
5.º caso prático

Os recibos são considerados como documentos fiscalmente relevantes? Quais as


obrigações associadas?

• Os recibos passam a ser expressamente documentos fiscalmente relevantes,


ficando sujeitos a ser emitidos obrigatoriamente pelos meios de processamento
previstos no artigo 3.º do DL 28/2019.

• Os recibos emitidos através de programas informáticos de faturação não são objeto


de assinatura nos termos dos artigos 6.º e 7.º da Portaria n.º 363/2010.

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novos conceitos
5.º caso prático

FAQ da AT

Questão: Os recibos do Regime do IVA de caixa são considerados «documentos


fiscalmente relevantes», para efeitos do DL 28/2019, de 15 de fevereiro?

Resposta: Sim.

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OBRIGAÇÃO / DISPENSA DE
EMISSÃO DE FATURAS

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Página do manual 195

Obrigação/dispensa de emissão de faturas


1.º caso prático

Quais as entidades que estão dispensadas de emitir faturas a partir de 1/01/2020?

• As pessoas coletivas de direito público, organismos sem finalidade lucrativa e


instituições particulares de solidariedade social que:

• Pratiquem exclusivamente operações isentas de imposto;


• e, que tenham obtido para efeitos de IRC, no período de tributação
imediatamente anterior, um montante anual ilíquido de rendimentos não
superior a € 200.000.

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Obrigação/dispensa de emissão de faturas


2.º caso prático

Quais as entidades que passam a ser obrigadas a emitir faturas a partir de 1/01/2020,
e que até 31/12/2019 estavam dispensadas?

• Os sujeitos passivos da categoria B do IRS, as sociedades comerciais e outros sujeitos


passivos, quando abrangidos pela isenção do artigo 9.º do Código do IVA (exceto os
anteriormente mencionados).

Exemplo: os médicos e enfermeiros, explicadores, as sociedades imobiliárias, as sociedades


financeiras (exceto as operações previstas na alínea b) do n.º 3 do artigo 29.º do CIVA) e
outros considerados como sujeitos passivos isentos de IVA (que exerçam exclusivamente
operações que não conferem direito à dedução).

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Obrigação/dispensa de emissão de faturas


3.º caso prático

As associações e outras entidades do setor não lucrativo (IPSS, fundações e outras)


que estejam dispensadas de emissão de faturas a partir de 01/01/2020, qual o
documento que passam a poder emitir para titular as transmissões de bens e
prestações de serviços?

• Se essas entidades exercerem exclusivamente operações isentas sem direito à


dedução (sujeitos passivos isentos), estando dispensadas de emitir faturas, passam a
emitir o documento previsto no artigo 10.º do DL 28/2019.
• Esse documento não tem que ter uma designação específica (por exemplo recibo),
nem tem que ser processado através de programas informáticos certificados.

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Página do manual 196

Obrigação/dispensa de emissão de faturas


3.º caso prático

Esse documento tem de conter os seguintes elementos obrigatórios:


• Data e numeração sequencial;
• Nome ou denominação social e número de identificação fiscal do fornecedor dos bens ou
prestador dos serviços;
• Número de identificação fiscal do adquirente ou destinatário, quando este for sujeito passivo
de IVA ou, em qualquer caso, quando o adquirente ou destinatário o solicite;
• Quantidade e denominação usual dos bens transmitidos ou dos serviços prestados;
• Valor da contraprestação, designadamente o preço;
• Data em que os bens foram transmitidos ou em que os serviços foram prestados.

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Obrigação/dispensa de emissão de faturas


4.º caso prático

Quais os documentos que as imobiliárias que exercem exclusivamente operações


isentas de IVA podem emitir para titular as transmissões de bens e prestações de
serviços?
• Até 31/12/2019, essas entidades estão dispensadas de emitir faturas, podendo emitir um
qualquer outro documento para titular essa operação.
• Recorde-se que tratando-se da transmissão de imóvel através de escritura, a entidade
transmitente está dispensada de emitir fatura para titular essa operação, desde que a
escritura contenha os elementos obrigatórios previstos no artigo 36.º do CIVA.
• No caso das rendas isentas de IVA, pode ser um documento de quitação sem qualquer
formalismo.
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Obrigação/dispensa de emissão de faturas


4.º caso prático

• A partir de 1 de janeiro de 2020, essas entidades são obrigadas a emitir fatura nos
termos do CIVA para titular as suas transmissões de bens e/ou prestações de serviços
(incluindo as rendas de imóveis), sem prejuízo das escrituras de compra e venda de
imóveis poderem substituir essa obrigação conforme referido em cima.

• Essas faturas terão que ser obrigatoriamente processadas através de programas


informáticos de faturação certificados pela AT.

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Obrigação/dispensa de emissão de faturas


5.º caso prático

E para os médicos, enfermeiros, explicadores e outros profissionais que exerçam


atividades exclusivamente isentas pelo artigo 9.º do CIVA?

• A partir de 1 de janeiro de 2020, essas entidades são obrigadas a emitir fatura nos
termos do CIVA.

• Essas faturas terão que ser processadas através de programa informático de


faturação certificado ou impresso de tipografia autorizada nos termos das obrigações
previstas no artigo 4.º do DL 28/2019.

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