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Página do manual 210

Elementos obrigatórios nas faturas (artigo 36.º do CIVA)


2.º caso prático

Deixa de ser possível a indicação do NIF do adquirente nas faturas quando este seja
consumidor final?

• Não.

• Mantém-se a obrigação de indicação na fatura do NIF do adquirente ou destinatário


não sujeito passivo (consumidor final) quando este o solicite, conforme o n.º 16 do
artigo 36.º do CIVA.

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Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 41
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Elementos obrigatórios nas faturas (artigo 36.º do CIVA)


3.º caso prático

Deixou de ser obrigatório que todas as menções obrigatórias que devam constar das
faturas sejam introduzidas pelo programa informático de faturação?

• Não.
• A obrigatoriedade de nas faturas processadas através de sistemas informáticos, todas as
menções obrigatórias, incluindo o nome, a firma ou a denominação social e o número de
identificação fiscal do sujeito passivo adquirente, deverem ser inseridas pelo respetivo
programa ou equipamento informático de faturação, manteve-se, passando, no entanto, a
constar do DL 28/2019 (constava no n.º 14 do artigo 36.º do CIVA, que foi revogado pelo DL
28/2019, e passou a constar do n.º 1 do artigo 7.º deste decreto-lei).

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Casos práticos de|IVA
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FATURAS SIMPLIFICADAS,
BILHETES E REGISTOS
(artigo 40.º do CIVA)

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Casos práticos de|IVA
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Página do manual 212

Faturas simplificadas, bilhetes e registos


Desenvolvimento do tema

• O n.º 5 do artigo 40.º do CIVA permite que a obrigação de emissão de fatura prevista
na alínea b) do n.º 1 do artigo 29.º possa ser cumprida por outros meios para além
de faturas, mediante a emissão de documentos (bilhetes ou recibos) ou o registo
das operações.

• No caso das prestações de serviços de transporte, de estacionamento, portagens e


entradas em espetáculos, já se previa que a obrigação de faturação pudesse ser
cumprida mediante a emissão de um bilhete de transporte, ingresso ou outro
documento ao portador comprovativo do pagamento.

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Faturas simplificadas, bilhetes e registos


Desenvolvimento do tema

• Com a presente alteração promovida pelo DL 28/2019, essa possibilidade de emissão


de bilhetes de ingresso ou documento ao portador comprovativo do pagamento é
alargada, passando a ser aplicável às entradas em bibliotecas, arquivos, museus,
galerias de arte, castelos, palácios, monumentos, parques, perímetros florestais,
jardins botânicos, zoológicos e serviços prestados por sujeitos passivos que exerçam
a atividade económica de diversão itinerante enquadrados nos CAE 93211 e 93295.

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Faturas simplificadas, bilhetes e registos


Desenvolvimento do tema

• Mantém-se a possibilidade da obrigação de faturação ser substituída pelo mero


registo das operações (nomeadamente em folhas de caixa ou similar) para as
transmissões de bens através de máquinas de distribuição automática sem
capacidade de emissão de fatura.

• Continua a não se prever a utilização da mesma simplificação para as máquinas


automáticas para prestações de serviços (por exemplo, máquinas de lavar roupa
automáticas), que terão forçosamente de emitir fatura recorrendo a software
certificado.

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e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 46
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Faturas simplificadas, bilhetes e registos


Desenvolvimento do tema

Outros meios eletrónicos (máquinas registadoras, terminais eletrónicos, balanças


eletrónicas)

• Apenas é possível a utilização de outros meios eletrónicos para a emissão de faturas


simplificadas, quando o sujeito passivo em causa não seja obrigado a possuir e
utilizar programa informático certificado nos termos do artigo 4.º do DL 28/2019.
• A utilização destes “outros meios eletrónicos” estava prevista no n.º 4 do artigo 40.º
do CIVA (número que foi revogado pelo DL 28/2019), constando agora das disposições
conjugadas da alínea b) do artigo 3.º e do n.º 5 do artigo 4.º deste DL.

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Faturas simplificadas, bilhetes e registos


1.º caso prático

Poderão as máquinas automáticas de prestações de serviços substituir a emissão de


faturas pela mera existência de registo das operações?

• Não.
• Essa possibilidade apenas está disponível para as máquinas automáticas de
transmissão de bens (vulgo “máquinas de vending”), sendo obrigatório que as
máquinas automáticas de prestações de serviços emitam faturas ou faturas
simplificadas.

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Faturas simplificadas, bilhetes e registos


2.º caso prático

É permitida a utilização de balanças eletrónicas, sem programa informático


certificado, para emitir faturas e faturas simplificadas?

• Não.
• As balanças eletrónicas sem programa informático certificado apenas podem ser
utilizadas para emitir faturas simplificadas nos termos do artigo 40.º do CIVA, não
podendo ser utilizadas para a emissão de faturas nos termos do artigo 36.º do CIVA.

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Faturas simplificadas, bilhetes e registos


3.º caso prático

Quais os sujeitos passivos que podem utilizar balanças eletrónicas ou outros meios
eletrónicos que não possuam programa certificado?

• Um empresário em nome individual com a atividade de frutaria, enquadrado no


regime simplificado de IRS e que não tenha optado por contabilidade organizada,
com volume de negócios no ano anterior inferior ou igual a € 50.000 (a partir de
01/01/2020), pode utilizar uma balança eletrónica sem programa informático
certificado para a emissão de faturas simplificadas nos termos do artigo 40.º do CIVA.

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Faturas simplificadas, bilhetes e registos


3.º caso prático

• Uma sociedade comercial que exerce a atividade de talho, sendo obrigada a possuir
contabilidade organizada, não pode, independentemente do volume de negócios,
utilizar balança eletrónica sem programa informático certificado.
• Tal sociedade é obrigada a utilizar uma balança eletrónica ou outro sistema
informático de faturação, desde que este equipamento possua um software
certificado pela AT.

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OBRIGAÇÃO DE UTILIZAÇÃO DE
PROGRAMAS DE FATURAÇÃO
CERTIFICADOS PELA AT

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Obrigação de utilização de programas informáticos de


faturação certificados pela AT
Desenvolvimento do tema

De acordo com o artigo 4.º do DL 28/2019:


• Os sujeitos passivos com sede, estabelecimento estável ou domicílio em território
nacional
e
• outros sujeitos passivos cuja obrigação de emissão de fatura se encontre sujeita às
regras estabelecidas na legislação interna nos termos do artigo 35.º-A do CIVA,

estão obrigados a utilizar, exclusivamente, programas informáticos que tenham sido


objeto de prévia certificação pela AT, sempre que se verifique uma das condições:

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Obrigação de utilização de programas informáticos de


faturação certificados pela AT
Desenvolvimento do tema

• Utilizem programas informáticos de faturação;

• Sejam obrigados a dispor de contabilidade organizada ou por ela tenham optado;

• Tenham tido, no ano civil anterior, um volume de negócios superior a 50.000


euros (a partir de 01/01/2020), ou quando, no exercício em que se inicia a
atividade, o período de referência seja inferior ao ano civil, e o volume de
negócios anualizado relativo a esse período seja superior àquele montante.

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Obrigação de utilização de programas informáticos de


faturação certificados pela AT
Desenvolvimento do tema

Ficha doutrinária n.º 15943, com despacho de 2019-08-22

8. Quanto à correlação entre a obrigação de utilização de programas de faturação


certificados, quando exista, e o exercício do direito à dedução do IVA mencionado nas
faturas, deve dizer-se que as regras de processamento de faturas são distintas e
encontram-se a montante das normas relativas à emissão das faturas previstas no
CIVA, estas sim, com base legal comunitária na Diretiva 2006/112/CE, de 28 de
novembro de 2006 (Diretiva do IVA). Como tal, o incumprimento de regras de
processamento nacionais não pode pôr em causa o direito à dedução do imposto,
sem prejuízo das sanções contraordenacionais que sejam aplicáveis.

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Obrigação de utilização de programas informáticos de


faturação certificados pela AT
Desenvolvimento do tema

Entidades abrangidas

Sujeitos passivos de IVA em território nacional:

• Transmitentes de bens ou prestadores de serviços que sejam entidades com sede,


estabelecimento estável ou domicílio em território nacional (incluindo sujeitos
passivos de IRC e IRS);

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Obrigação de utilização de programas informáticos de


faturação certificados pela AT
Desenvolvimento do tema

• Transmitentes de bens ou prestadores de serviços que sejam não residentes sem


estabelecimento estável, com registo para efeitos de IVA em território nacional,
para as operações aqui localizadas, quando não se aplique regra de inversão do
sujeito passivo (e não exista acordo de auto faturação)

(esta obrigação apenas se inicia a partir de 01/01/2021 nos termos do Despacho n.º
349/2019-XXI, de 29/06/2019, do SEAF, proferido na Informação n.º 1608, de 23/07/2019,
da DSIVA);

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Obrigação de utilização de programas informáticos de


faturação certificados pela AT
Desenvolvimento do tema

Sujeitos passivos de IVA em território nacional:

• Adquirentes de operações localizadas em território nacional praticadas por entidades


não residentes (outro Estado-Membro da União Europeia ou país ou território
terceiro), em que se aplica a regra de inversão do sujeito passivo e em que existe
acordo de autofaturação (novidade/clarificação).

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Obrigação de utilização de programas informáticos de


faturação certificados pela AT
Desenvolvimento do tema

Novidade:

• Passam a estar abrangidas pela obrigação de possuir programa informático de


faturação certificado as entidades do setor não lucrativo e os sujeitos passivos da
categoria B de IRS enquadrados no regime simplificado (estes últimos continuam a
poder emitir faturas-recibo eletrónicas no Portal das Finanças), sem prejuízo das
dispensas previstas nas alíneas do n.º 1 do artigo 4.º do DL 28/2019.

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Casos práticos de|IVA
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e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 59
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Obrigação de utilização de programas informáticos de


faturação certificados pela AT
Desenvolvimento do tema

Dispensas:
Entidades do setor não lucrativo e sujeitos passivos da categoria B de IRS, que não
possuam nem sejam obrigados a possuir contabilidade organizada, e:
• Tenham tido, no ano civil anterior, um volume de negócios inferior ou igual a 50.000
euros (a partir de 01/01/2020) ou, quando, no exercício em que se inicia a atividade,
o período em referência seja inferior ao ano civil, e o volume de negócios anualizado
relativo a esse período seja inferior ou igual àquele montante;

• e, não utilizem programas informáticos de faturação.

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Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 60

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