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Obrigação de utilização de programas informáticos de


faturação certificados pela AT
Desenvolvimento do tema

FAQ da AT

Questão: Utilizo um sistema de contabilidade para registar as receitas e despesas


nos termos do n.º 2 do artigo 50.º do CIVA, emito as faturas em impressos
tipográficos e o meu volume de negócios é inferior a € 50.000. Sou obrigado a
emitir as faturas através de programa informático de faturação certificado pela AT?

Resposta: Não, a não ser que opte por o fazer.

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 61
Página do manual 218

Obrigação de utilização de programas informáticos de


faturação certificados pela AT
Desenvolvimento do tema

Novidade

• Deixa de ser possível utilizar programas informáticos de faturação sem serem


certificados.

• Estando obrigado a utilizar software certificado, essa utilização é exclusiva, pelo que
ficam impedidos de emitir faturas simplificadas através de outros meios eletrónicos.

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 62
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Obrigação de utilização de programas informáticos de


faturação certificados pela AT
Desenvolvimento do tema

FAQ da AT

Questão: Estou enquadrado no regime de isenção do artigo 53.º do CIVA e utilizo


documentos pré-impressos em tipografia. Se optar por dispor de contabilidade
organizada quando é que passo a ser obrigado a utilizar programa informático de
faturação previamente certificado pela AT?

Resposta: Passa a estar obrigado a utilizar programa informático de faturação


certificado pela AT, a partir da data em que efetuar a opção pela contabilidade
organizada.

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 63
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Obrigação de utilização de programas informáticos de


faturação certificados pela AT
Desenvolvimento do tema

FAQ da AT

Questão: Posso emitir faturas por outros meios eletrónicos, nomeadamente


maquinas registadoras simultaneamente com documentos pré-impressos em
tipografia autorizada?

Resposta: Pode. No entanto, os outros meios eletrónicos (máquinas registadoras,


terminais eletrónicos ou balanças eletrónicas) só podem ser utilizados para a
emissão de faturas simplificadas (artigo 40.º do CIVA).

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 64
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Obrigação de utilização de programas informáticos de


faturação certificados pela AT
Desenvolvimento do tema

FAQ da AT

Questão: Qual o significado de inoperacionalidade dos programas informáticos de


faturação? Abrange apenas situações de avarias ou impossibilidade de acesso ao programa
(falta de eletricidade ou similar)?

Resposta: Considera-se existir inoperacionalidade do programa quando o acesso a este se


mostre inviável, podendo resultar, nomeadamente, de avaria do equipamento informático,
da falta de energia elétrica ou falha no acesso à aplicação por falta de cobertura de rede
pelo operador de telecomunicações (em caso de utilização de programa através da
internet ou de soluções de mobilidade).

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 65
Página do manual 219

Obrigação de utilização de programas informáticos de


faturação certificados pela AT
1.º caso prático

Quais os meios de processamento que as associações e outras entidades do setor não


lucrativo (IPSS, fundações e outras) podem utilizar para emitir faturas a partir de
01/01/2020?
• A partir de 01/01/2020, essas entidades são obrigadas a utilizar programas
informáticos certificados, quando cumpram alguma das condições previstas no artigo
4.º do DL 28/2019 (contabilidade organizada, volume de negócios superior a 50.000
euros ou utilizem algum programa de faturação).
• Esse programa certificado servirá para emitir faturas, recibos e outros documentos
fiscalmente relevantes (incluindo recibos de quotas e outros documentos nos termos
do n.º 20 do artigo 29.º do CIVA).

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 66
Página do manual 220

Obrigação de utilização de programas informáticos de


faturação certificados pela AT
4.º caso prático

Os trabalhadores independentes, sujeitos passivos da categoria B de IRS,


enquadrados no regime simplificado de determinação dos rendimentos tributáveis,
passam a ser obrigados a processar faturas através de programas informáticos
certificados pela AT?

• Sim. A partir de 01/01/2020, caso cumpram alguma das condições previstas no artigo
4.º do DL 28/2019, nomeadamente já estejam a utilizar programas informáticos,
ainda que não certificados pela AT, optem por adotar contabilidade, ainda que
enquadrados no regime simplificado ou tenham tido, no ano civil anterior, um
volume de negócios superior a € 50.000 (ou valor anualizado caso tenha sido o 1.º
ano de atividade).
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Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 67
Página do manual 220

Obrigação de utilização de programas informáticos de


faturação certificados pela AT
4.º caso prático

• Estes sujeitos passivos, ainda que obrigados a utilizar programas informáticos de


faturação certificados, podem sempre, em qualquer das condições, optar pelo
processamento de faturas através da aplicação do Portal das Finanças, para as
faturas-recibo eletrónicas.

• Até 31/12/2019, estes sujeitos passivos nunca estavam obrigados a processar faturas
através de programas informáticos certificados pela AT.

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 68
Página do manual 221

Obrigação de utilização de programas informáticos de


faturação certificados pela AT
5.º caso prático

Uma empresa holandesa que efetue vendas à distância a partir desse Estado-
Membro para consumidores finais domiciliados em Portugal está obrigada a
processar faturas através de programas informáticos certificados pela AT? Se sim, a
partir de que data?

• Sim, tratando-se dum sujeito passivo de IVA, registo em Portugal, para titular as
vendas de bens aos particulares domiciliados em Portugal, está obrigada a processar
faturas através de programas informáticos certificados pela AT.

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Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 69
Página do manual 221

Obrigação de utilização de programas informáticos de


faturação certificados pela AT
5.º caso prático

• Todavia, nos termos do Despacho n.º 349/2019-XXI, de 29/06/2019 do Secretário de


Estado dos Assuntos Fiscais, proferido na Informação n.º 1608, de 23/07/2019, da
Direção de Serviços do IVA, essa obrigação pode ser cumprida apenas a partir de
01/01/2021, que corresponde à data da entrada em vigor do artigo 2.º da Diretiva
2017/2455, que altera determinadas obrigações relativas a IVA para as prestações de
serviços e vendas à distância.

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 70
Página do manual 221

Obrigação de utilização de programas informáticos de


faturação certificados pela AT
6.º caso prático

Uma sociedade por quotas que exerce a atividades de transporte de passageiros


através de táxis é obrigada a emitir faturas através de programa informático de
faturação certificado pela AT?

• Sim.
• Como se trata duma sociedade por quotas, sendo obrigada a possuir contabilidade
organizada, independentemente do volume de negócios obtido em 2019, a partir de
01/01/2020 passa a ser obrigada a utilizar um programa informático de faturação
certificado pela AT.

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 71
Página do manual 221

Obrigação de utilização de programas informáticos de


faturação certificados pela AT
7.º caso prático

A casa-museu José Régio em Portalegre é obrigada a emitir faturas para titular às


respetivas entradas e visitas ao museu?

• Não.
• Nos termos do n.º 5 do artigo 40.º do CIVA, a obrigação de emissão de fatura para
titular a entrada em museus passa a poder ser cumprida através dum mero bilhete
de ingresso.

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 72
FATURAÇÃO POR VIA
ELETRÓNICA

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz 73
Página do manual 223

Faturação por via eletrónica


Desenvolvimento do tema

• Nos termos do n.º 10 do artigo 36.º do CIVA e do n.º 1 do artigo 12.º do DL 28/2019,
as faturas podem, sob reserva de aceitação pelo destinatário, ser emitidas por via
eletrónica.
• As faturas por via eletrónica podem ser emitidas através de programas informáticos
certificados pela AT, desde que seja garantida a autenticidade da origem, a
integridade do conteúdo e a legibilidade das faturas e demais documentos
fiscalmente relevantes emitidos, desde o momento da sua emissão até ao final do
período de arquivo, implementando controlos de gestão que criem uma pista de
auditoria fiável entre aqueles documentos e as transmissões de bens ou as
prestações de serviços.
Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 74
Página do manual 224

Faturação por via eletrónica


Desenvolvimento do tema

• A aposição de assinatura eletrónica qualificada e de selo eletrónico qualificado


apenas é obrigatória a partir de 01/01/2021.

• Até 31/12/2020 podem continuar a ser adotados os procedimentos de aposição de


uma assinatura eletrónica avançada ou de aposição de um selo eletrónico avançado,
sem prejuízo de poderem adotar a assinatura eletrónica qualificada e o selo
eletrónico qualificado antes de 01/01/2021.

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 75
Página do manual 232

Faturação por via eletrónica


1.º caso prático

O que são faturas por via eletrónica?

• As faturas processadas por via eletrónica, incluindo documentos retificativos, são


documentos com relevância fiscal, de forma idêntica às faturas impressas em papel, desde
que seja garantida a autenticidade da origem e a integridade do conteúdo da fatura e sejam
cumpridos os requisitos legais referidos.
• A grande vantagem é que todo o seu processamento é digital, desde a emissão, ao envio, à
receção e ao arquivo das faturas, decorre unicamente por via eletrónica, devendo ser
garantida a autenticidade da origem e a integridade do conteúdo da fatura através da sua
assinatura eletrónica.

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 76
Página do manual 232

Faturação por via eletrónica


3.º caso prático

Qualquer sujeito passivo pode optar por emitir, por via eletrónica, as suas faturas ou
documentos fiscalmente relevantes?

• Sim.
• Em termos gerais, os sujeitos passivos podem emitir faturas ou documentos fiscalmente
relevantes por via eletrónica, desde que seja garantida a autenticidade da sua origem e a
integridade do seu conteúdo, mediante uma assinatura eletrónica avançada ou intercâmbio
eletrónico de dados (EDI). Para as faturas e demais documentos fiscalmente relevantes é
exigido o consentimento do adquirente, através de acordo.

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 77
Página do manual 233

Faturação por via eletrónica


4.º caso prático

Os programas informáticos de faturação certificados podem emitir faturas por via


eletrónica?

• Sim, desde que esses programas possuam os procedimentos para a emissão por via
eletrónica através de certificado digital avançado, para que seja garantida a autenticidade da
sua origem e a integridade do seu conteúdo, mediante uma assinatura eletrónica avançada,
selo eletrónico avançado ou intercâmbio eletrónico de dados (EDI).
• A emissão de fatura através de programa informático certificado pela AT, efetuando a sua
impressão para um ficheiro “PDF”, não é considerada como emissão de faturação por via
eletrónica, se não for garantida a autenticidade da sua origem e a integridade do seu
conteúdo, mediante uma assinatura eletrónica avançada ou um selo eletrónico avançado.

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 78
Página do manual 234

Faturação por via eletrónica


7.º caso prático

Quais os benefícios associados à utilização da fatura por via eletrónica para efeitos do
exercício do direito à dedução do IVA suportado?

• Para efeitos do exercício do direito à dedução, é requisito essencial que os sujeitos


passivos estejam na posse da via original da fatura, conforme o n.º 4 do artigo 36.º
do CIVA.

• Essa norma considera-se, automaticamente, cumprida em caso de emissão de


faturas por via eletrónica, na medida em que tal emissão só pode ocorrer sob reserva
de aceitação pelo destinatário, de acordo com o n.º 10 do citado artigo 36.º.

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 79
Página do manual 237

Faturação por via eletrónica


8.º caso prático

Quais os benefícios associados à utilização da fatura por via eletrónica para efeitos da
obtenção do meio de prova para efetuar a regularização do IVA a favor do sujeito
passivo (n.º 5 do artigo 78.º do CIVA)?

• Face ao entendimento da AT na informação vinculativa n.º 6769, que mereceu


despacho concordante de 12/05/2014, para efeitos da obtenção do comprovativo
por parte do adquirente de que tomou conhecimento da retificação do IVA efetuada
nos termos do n.º 5 do artigo 78.º do CIVA, é suficiente a aceitação eletrónica por
parte do destinatário das notas de crédito emitidas por via eletrónica de acordo com
os procedimentos previstos no artigo 12.º e seguintes do DL 28/2019.

Apresentação
Casos práticos de|IVA
Autor
e novas regras de faturação I Fernando Roriz Setembro de 2020 80

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