Você está na página 1de 303

Faturas sem papel e

arquivo digital
novas regras de faturação

Jorge Carrapiço

Apresentação | Jorge Carrapiço


Estrutura da Formação

1. Introdução
2. Análise às alterações legislativas – comparativos e
comentários
3. Resumo das alterações - Novos procedimentos
introduzidos com o Decreto-Lei n.º 28/2019
4. Alterações aos Códigos fiscais e legislação
complementar
5. Obrigações de utilização de programas informáticos
de faturação certificados pela AT
6. Documentos de faturação
7. Documentos de conferência de mercadorias ou de
prestação de serviços
8. Outros documentos

Apresentação | Jorge Carrapiço


2
Estrutura da Formação

9. Requisitos dos programas informáticos de faturação


e contabilidade
10.Faturação por via eletrónica
11.Emissão de faturas e outros documentos relevantes
fiscalmente manualmente através de impressos de
tipografia autorizada
12.Arquivo
13.Fiscalização da inspecção tributária
14.Comunicações

Apresentação | Jorge Carrapiço


3
1. Introdução

Apresentação | Jorge Carrapiço


Introdução

O Decreto-Lei n.º 28/2019, de 15 de fevereiro, procede à regulamentação das


obrigações relativas ao processamento de faturas e outros documentos fiscalmente
relevantes, bem como das obrigações de conservação de livros, registos e respetivos
documentos de suporte que recaem sobre os sujeitos passivos de IVA.

O diploma consolida e atualiza legislação dispersa relativa ao processamento e arquivo


de faturas e de outros documentos fiscalmente relevantes, introduzindo alterações aos
Códigos do IVA, do IRS, do IRC, ao Regime de Bens em Circulação, ao Regime que regula
a transmissão eletrónica dos elementos das faturas e outros documentos com relevância
fiscal.

Apresentação | Jorge Carrapiço


5
Introdução

O Decreto-Lei n.º 28/2019, de 15 de fevereito:

• Cria as condições para a “fatura sem papel», prevendo a possibilidade de dispensa de


impressão de faturas.

• Cria as condições para a desmaterialização de documentos, incentivando a adoção de


um sistema de faturação eletrónica e de arquivo eletrónico de documentos.

• Prevê mecanismos que permitem reforçar o controlo das operações realizadas pelos
sujeitos passivos, através da identificação dos programas de faturação
comercializados, dos estabelecimentos onde estão instalados terminais de faturação
e da obrigação de as faturas emitidas passarem a conter um código único de
documento.

Apresentação | Jorge Carrapiço


6
Introdução

A aplicação do novo quadro normativo depende da regulamentação de algumas das suas


matérias através de portaria do membro do Governo responsável pela área das finanças,
cuja publicação se aguarda, nomeadamente:

• Certificação de programas de faturação – Ainda não publicado;

• Definição de um código de barras bidimensional (código QR) e um código único de


documento – Portaria nº 195/2020, 13 de agosto;

• Dispensa da impressão de faturas em papel – Portaria nº 144/2019;

• Incentivo não fiscal;

• Aplicações de faturação disponibilizadas pela AT.

Apresentação | Jorge Carrapiço


7
Estrutura do Decreto-Lei n.º 28/2019

O diploma está estruturado em 7 capítulos:

• Capítulo I – disposições gerais e definições

• Capítulo II – emissão de documentos

• Capítulo III – programas informáticos de faturação e contabilidade

• Capítulo IV – impressão tipográfica de faturas e documentos de


transporte

• Capítulo V – obrigação de arquivo

• Capítulo VI – fiscalização e obrigações acessórias

• Capítulo VII – disposições complementares, transitórias e finais

Apresentação | Jorge Carrapiço


8
2. Análise
às alterações legislativas
comparativos
e comentários

Apresentação | Jorge Carrapiço


Análise comparativa
das alterações legislativas

O Decreto-Lei n.º 28/2019, de 15 de fevereiro apresenta algumas


alterações aos Códigos fiscais, relacionadas com a emissão de faturas e
outros documentos fiscalmente relevantes e relacionadas com o arquivo

Note-se que algumas das alterações só entram em vigor de 2023.

Apresentação | Jorge Carrapiço


10
Análise comparativa
das alterações legislativas

Alterações legislativas no Decreto-Lei n.º 28/2019

alterações ao alterações ao alterações ao alterações ao


CIVA CIRS CIRC RBC

Aditamento Alterações ao
ao CIVA DL 198/2012
novo artigo
35.º-A

Apresentação | Jorge Carrapiço


11
3. Resumo das alterações
Novos procedimentos
introduzidos
com o Decreto-Lei n.º 28/2019

Apresentação | Jorge Carrapiço


Novos procedimentos introduzidos
com o Decreto-Lei n.º 28/2019

Definições dos documentos de faturação e dos documentos fiscalmente relevantes

Artigo 2.º DL 28/2019

Definição de Fatura:
Documento em papel ou em formato eletrónico que:
• contenha os elementos referidos nos artigos 36.º ou 40.º do Código do
IVA, incluindo a fatura, a fatura simplificada e a fatura-recibo;
• Documento retificativo de fatura nos termos legais (notas de débito e
notas de crédito).

Nota: designam-se as “Faturas” como “documentos de faturação” para


tornar claro que se referem a todos os documentos referidos nesta
definição.

Apresentação | Jorge Carrapiço


13
Novos procedimentos introduzidos
com o Decreto-Lei n.º 28/2019

Definições dos documentos de faturação e dos documentos


fiscalmente relevantes As faturas de
consignação emitidas
nos termos do artigo 38º
do CIVA enquadram-se
Artigo 2.º DL 28/2019 na definição de
documentos de
Documentos fiscalmente relevantes: conferência

• Documentos de transporte emitidos nos termos do RBC;


• Recibos;
• Quaisquer outros documentos emitidos, independentemente da sua
designação, que sejam suscetíveis, nomeadamente, de apresentação ao
cliente que possibilitem a conferência de mercadorias ou de prestação
de serviços, vulgarmente conhecidos como “consultas de mesa” ou
“consultas de conta”, mesmo que sejam objetos de faturação posterior.
Nesta categoria incluem-se ainda os créditos de consignação, faturas
de consignação, folhas de obra, notas de encomenda, orçamentos e
faturas pró-forma.

Apresentação | Jorge Carrapiço


14
Novos procedimentos introduzidos
com o Decreto-Lei n.º 28/2019

Meios de processamento das faturas

Artigo 3.º DL 28/2019

As faturas e demais documentos fiscalmente relevantes devem ser


processados por uma das seguintes formas:
a)Programas informáticos de faturação, incluindo
aplicações de faturação disponibilizadas pela AT;
b)Outros meios eletrónicos, nomeadamente
máquinas registadoras, terminais eletrónicos ou
balanças eletrónicas;
c)Documentos pré-impressos em tipografia
autorizada.

Apresentação | Jorge Carrapiço


15
Novos procedimentos introduzidos
com o Decreto-Lei n.º 28/2019

Alterações às obrigações de utilização de programas informáticos –


Artigo 4.º DL 28/2019
Os sujeitos passivos com sede, estabelecimento estável ou domicílio em território
nacional e outros sujeitos passivos cuja obrigação de emissão de fatura se encontre
sujeita às regras estabelecidas no artigo 35.º-A do CIVA, estão obrigados a utilizar,
exclusivamente, programas informáticos que tenham sido objeto de prévia certificação
pela AT, sempre que:
• Tenham tido, no ano civil anterior, um volume de negócios superior a € 50 000 (no
ano de início de atividade é o valor anualizado);
• Utilizem programas informáticos de faturação;
• Sejam obrigados a dispor de contabilidade organizada ou
por ela tenham optado.

Apresentação | Jorge Carrapiço


16
Novos procedimentos introduzidos
com o Decreto-Lei n.º 28/2019

Código de barras bidimensional (código QR) e um código único de documento

Artigo 7.º DL 28/2019

(n.º 3) Nas faturas e demais documentos fiscalmente relevantes deve constar um código
de barras bidimensional (código QR) e um código único de documento, nos termos
definidos pela Portaria nº 195/2020, de 13 de agosto

Aplicável a partir de 01/01/2022

Aplicável a partir de 01/01/2023 ATCUD

Apresentação | Jorge Carrapiço


17
Novos procedimentos introduzidos
com o Decreto-Lei n.º 28/2019

Comunicação das despesas para deduções à coleta de IRS

A partir de 1 de janeiro de 2022 (2023), com a regulamentação do código de barras


bidimensional (código QR) e o código único de documento, passou a ser possível solicitar
faturas sem NIF para efeitos das deduções à coleta de IRS, desde que se proceda
posteriormente à comunicação dessas despesas no Portal e-fatura através desses novos
códigos associados às faturas.

Apresentação | Jorge Carrapiço


18
Novos procedimentos introduzidos
com o Decreto-Lei n.º 28/2019

Dispensa de impressão de faturas - Artigo 8.º DL 28/2019

Os sujeitos passivos estão dispensados da impressão das faturas em papel


ou da sua transmissão por via eletrónica para o adquirente ou destinatário
não sujeito passivo.

( trata-se de um procedimento opcional, regulamentado pela Portaria n.º


144/2019, de 15 de maio)

Apresentação | Jorge Carrapiço


19
Novos procedimentos introduzidos
com o Decreto-Lei n.º 28/2019

Documento a emitir por entidades isentas – Artigo 10.º DL 28/2019

Os sujeitos passivos de IRC que não emitam fatura por se encontrarem


dispensados nos termos da alínea a) do n.º 3 do artigo 29.º do Código do
IVA devem, para titular as transmissões de bens e prestações de serviços,
emitir documentos, datados e numerados sequencialmente, com os
elementos obrigatórios previstos neste artigo.

Apresentação | Jorge Carrapiço


20
Novos procedimentos introduzidos
com o Decreto-Lei n.º 28/2019

Documento a emitir por entidades isentas – Artigo 10.º DL 28/2019

Tais elementos são:


a) Nome ou denominação social e NIF do fornecedor dos bens ou prestador
dos serviços;
b) NIF do adquirente ou destinatário, quando este for sujeito passivo de IVA
ou, em qualquer caso, quando o adquirente ou destinatário o solicite;
c) Quantidade e denominação usual dos bens transmitidos ou dos serviços
prestados;
d) Valor da contraprestação, designadamente o preço;
e) Data em que os bens foram transmitidos ou em que os serviços foram
prestados.

Apresentação | Jorge Carrapiço


21
Novos procedimentos introduzidos
com o Decreto-Lei n.º 28/2019

Localização do arquivo fora do território da União Europeia - Artigo 21.º


DL 28/2019

O sujeito passivo deve submeter à AT um pedido, por via eletrónica, no


qual identifique o país terceiro onde pretende localizar o arquivo e se
responsabilize pela verificação das condições definidas.

Apresentação | Jorge Carrapiço


22
Novos procedimentos introduzidos
com o Decreto-Lei n.º 28/2019

Arquivo eletrónico de documentos em papel – Artigo 23.º DL 28/2019

Os documentos de faturação e outros documentos fiscalmente relevantes


emitidos ou recebidos em papel podem ser arquivados eletronicamente
através da respetiva digitalização.

Apresentação | Jorge Carrapiço


23
Novos procedimentos introduzidos
com o Decreto-Lei n.º 28/2019

Informação relativa aos estabelecimentos – Artigo 34.º DL 28/2019

Esta disposição foi revogada, nunca tendo entrado em vigor.

Apresentação | Jorge Carrapiço


24
Novos procedimentos introduzidos
com o Decreto-Lei n.º 28/2019

Comunicação das séries documentais em utilização – Artigo 35.º DL


28/2019

Os sujeitos passivos devem comunicar por via eletrónica à AT, antes da


sua utilização, a identificação das séries utilizadas na emissão de faturas e
demais documentos fiscalmente relevantes.

Esta disposição apenas entra em vigor a partir de 1 de janeiro de 2023.

Apresentação | Jorge Carrapiço


25
Novos procedimentos introduzidos
com o Decreto-Lei n.º 28/2019

Alterações à dispensa de emissão de faturas

Alteração substancial na dispensa de emissão de faturas que entra em vigor a


partir de 1 de janeiro de 2020.

Passa apenas a abranger as pessoas coletivas de direito público, organismos sem


finalidade lucrativa e instituições particulares de solidariedade social (IPSS) que:

• Pratiquem exclusivamente operações isentas de imposto; e


• Tenham obtido para efeitos de IRC, no período de tributação imediatamente
anterior, um montante anual ilíquido de rendimentos não superior a € 200
000.
Os restantes sujeitos passivos que exerciam exclusivamente operações isentas
sem direito à dedução, que não cumpram estas condições, passam a ser
obrigados a emitir faturas nos termos do CIVA.

Apresentação | Jorge Carrapiço


26
Novos procedimentos introduzidos
com o Decreto-Lei n.º 28/2019

Dispensa do anexo O – Mapa recapitulativo de clientes

Quanto ao Anexo O – Mapa recapitulativo de clientes passa a existir uma


dispensa generalizada da sua submissão para os sujeitos passivos
residentes ou não residentes com estabelecimento estável em território
nacional.

Apenas continuam a ser obrigados a entregar este anexo os sujeitos


passivos não residentes sem estabelecimento estável.

Esta dispensa aplicou-se imediatamente ao período de tributação de


2018, através da entrega da IES em 2019.

Apresentação | Jorge Carrapiço


27
Novos procedimentos introduzidos
com o Decreto-Lei n.º 28/2019

Dispensa do Anexo P para as microentidades

As microentidades passam a ficar dispensadas da submissão do Anexo O


e P da IES, independentemente de estar enquadradas no regime
simplificado de tributação em IRC.

Continuam ainda dispensadas da submissão do Anexo L, M e N.

Na prática, as microentidades ficam dispensadas de todos os Anexos da


IES referente às obrigações declarativas do IVA.

Apresentação | Jorge Carrapiço


28
Novos procedimentos introduzidos
com o Decreto-Lei n.º 28/2019

Simplificação na emissão de faturas emitidas a consumidores finais (não


sujeitos passivos)

• As faturas emitidas a consumidores finais (não sujeitos passivos)


deixam de ter que incluir, obrigatoriamente, a identificação (nome e
domicílio) desse tipo de adquirente.

• Deixa assim de existir a limitação de 1.000 euros para faturas emitidas


a consumidores finais sem identificação.

Apresentação | Jorge Carrapiço


29
Novos procedimentos introduzidos
com o Decreto-Lei n.º 28/2019

Obrigações de emissão de faturas nos termos do CIVA – artº 35º-A

Os adquirentes de transmissões de bens ou prestações de serviços


realizadas por sujeitos passivos não residentes sem estabelecimento
estável que realizem operações localizadas para efeitos de tributação em
território nacional são obrigados a emitir fatura nos termos do CIVA,
quando se aplique a regra de inversão do sujeito passivo e exista acordo
de autofaturação.

Apresentação | Jorge Carrapiço


30
Novos procedimentos introduzidos
com o Decreto-Lei n.º 28/2019

Aplicável a partir de 01/01/2021


Alterações ao Regime dos bens em circulação

São alterados os artigos 4.º, 5.º e 6.º e revogados os artigos 8.º a 11.º do
RBC.

A matéria constante dos artigos revogados consta agora dos artigos 15.º,
16.º, 17.º e 18.º do Decreto-Lei n.º 28/2019, de 15 de fevereiro.

De entre as alterações introduzidas, de salientar aquela que prevê que os


documentos de transporte, quando o destinatário ou os bens a entregar
em cada local de destino não sejam conhecidos na altura da saída dos
locais referidos no n.º 2 do artigo 2.º, são processados globalmente,
podendo ser emitidos eletronicamente (antes tinham de ser
obrigatoriamente impressos em papel).

Apresentação | Jorge Carrapiço


31
Novos procedimentos introduzidos
com o Decreto-Lei n.º 28/2019

Aplicável a partir de 01/01/2020

Alterações ao Regime dos bens em circulação

Deixa de ser possível o processamento de documentos


de transporte através de software produzido
internamente pela empresa ou por empresa integrada
no mesmo grupo económico, de cujos respetivos
direitos de autor seja detentor.

O prazo de arquivo dos documentos de transporte, que


decorria até ao final do 2.º ano seguinte ao da emissão
(salvo estando em causa faturas), passa a decorrer até
ao final do 4.º ano seguinte.

Apresentação | Jorge Carrapiço


32
Novos procedimentos introduzidos
com o Decreto-Lei n.º 28/2019

Comunicações à AT

Comunicação dos elementos das faturas

A comunicação das faturas e outros documentos passou, a


partir de 2020, a ter de ser efetuada até ao dia 12 do mês
seguinte ao da emissão da fatura (alterado pela Lei 110/2019).

As faturas emitidas a partir de 1 de janeiro de 2023, passam a


ser comunicadas até ao dia 5 do mês seguinte (durante o ano de
2023, até ao dia 8)

Apresentação | Jorge Carrapiço


33
Novos procedimentos introduzidos
com o Decreto-Lei n.º 28/2019

Comunicações à AT
Comunicação dos elementos das faturas
Além dos demais elementos que já tinham de ser comunicados, passam a
sê-lo igualmente:
j) Montante do IVA ou imposto do selo liquidado;

n) Identificação do documento retificado;
o) Identificação do país ou região do imposto;
p) Código único de documento.

Apresentação | Jorge Carrapiço


34
Novos procedimentos introduzidos
com o Decreto-Lei n.º 28/2019

Ainda não entrou em vigor


Comunicações à AT

Comunicação dos inventários

A comunicação dos inventários à AT passa a ser efetuada


através de um ficheiro valorizado.

Ficam dispensados da obrigação de comunicação os sujeitos


passivos enquadrados no regime simplificado de tributação em
sede de IRS ou IRC, ou seja, deixa de existir a anterior dispensa
que se aplica a quem apresentasse no ano anterior um volume
de negócios inferior a 100.000 euros.

Apresentação | Jorge Carrapiço


35
4. Alterações
aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Apresentação | Jorge Carrapiço


CÓDIGO DO IVA

Apresentação | Jorge Carrapiço


Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Obrigação e dispensa de emissão de faturas (nº 3 do artigo 29º)

Obrigação:

A alínea b) do nº 1 do artigo 29º do CIVA estabelece a


obrigação de se emitir uma fatura por cada transmissão de
bens ou prestação de serviços, independentemente da
qualidade do adquirente dos bens ou destinatário dos serviços,
ainda que estes não a solicitem, bem como pelos
adiantamentos a essas operações.

Apresentação | Jorge Carrapiço


38
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Obrigação e dispensa de emissão de faturas (nº 3 do artigo 29º)

Novidade – a partir de 1 de janeiro de 2020:

A anterior redação da alínea a) do nº 3 do artigo 29º do CIVA,


que dispensava os sujeitos passivos que pratiquem
exclusivamente operações isentas que não conferem o direito
à dedução da obrigação de emissão de fatura (e outras), passa a
estar prevista em duas alíneas (alíneas a) e c)).

Apresentação | Jorge Carrapiço


39
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Obrigação e dispensa de emissão de faturas (nº 3 do artigo 29º)

Dispensa de emissão de fatura:


A alínea a) passa a refletir unicamente a dispensa de
emissão de fatura e contempla apenas as pessoas
coletivas de direito público, organismos sem finalidade
lucrativa e instituições particulares de solidariedade
social (IPSS) que:
• Pratiquem exclusivamente operações isentas de
imposto;
• E, tenham obtido para efeitos de IRC, no período de
tributação imediatamente anterior, um montante
anual ilíquido de rendimentos não superior a €
200.000.

Apresentação | Jorge Carrapiço


40
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Obrigação e dispensa de emissão de faturas (nº 3 do artigo 29º)

A alínea c), aditada, reflete a anterior redação da alínea a), com


exclusão da dispensa de emissão de fatura, regulada na nova
redação desta alínea.

Decorre destas alterações que todos os sujeitos passivos não


contemplados na nova redação da alínea a) e anteriormente
dispensados da emissão de fatura, nomeadamente os titulares
de rendimentos da categoria B de IRS e as sociedades
comerciais, quando praticavam exclusivamente operações
abrangidas por isenções do artigo 9º do CIVA, passam a estar
obrigados à emissão de fatura nos termos do CIVA.

Esta alteração à dispensa de emissão de faturas produz efeitos


a 1 de janeiro de 2020.

Apresentação | Jorge Carrapiço


41
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Obrigação e dispensa de emissão de faturas


(n.º 3 do artigo 29º)

Mantém-se a dispensa de emissão de fatura


relativamente às operações isentas ao abrigo das
alíneas 27) e 28) do artigo 9.º, quando o destinatário
esteja estabelecido ou domiciliado noutro Estado
membro da União Europeia e seja um sujeito passivo
do IVA.

Apresentação | Jorge Carrapiço


42
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Documento a emitir pelas entidades dispensadas


– a partir de 1 de janeiro de 2020

Como já vimos, o artigo 10.º do DL 28/2019 prevê que as


pessoas coletivas de direito público, as IPSS e as restantes
entidades do setor não lucrativo, que estejam dispensadas
de emitir faturas (pratiquem exclusivamente operações
isentas de imposto e, tenham obtido para efeitos de IRC,
no período de tributação imediatamente anterior, um
montante anual ilíquido de rendimentos não superior a €
200 000), passam a ser obrigadas, para titular as
transmissões de bens e prestações de serviços, um
documento sem formalismos específicos, mas cujo
conteúdo também já referimos.

Apresentação | Jorge Carrapiço


43
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Documento a emitir pelas entidades dispensadas


– a partir de 1 de janeiro de 2020

Este documento não tem uma designação específica


prevista, nem tem que ser processado através de
programa informático certificado pela AT, por não ser
uma fatura nem um documento fiscalmente relevante.

No caso destas entidades emitirem estes documentos


sob a forma de fatura ou recibo, então terão que
obedecer à disciplina do DL 28/2019 e ser emitidos
através de software certificado.

Apresentação | Jorge Carrapiço


44
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Documento previsto no n. º 20 do artigo 29º do CIVA

A obrigação de emissão de faturas pode ser cumprida mediante a emissão


de outros documentos pelas pessoas coletivas de direito público, IPSS e
entidades do setor não lucrativo, relativamente às transmissões de bens e
prestações de serviços isentas ao abrigo do artigo 9.º do CIVA.

Com as alterações introduzidas com o DL 28/2019, nomeadamente


quanto às entidades dispensadas de faturas e ao documento previsto no
artigo 10.º do DL 28/2019, o documento previsto no nº 20 do artigo 29º
do CIVA é um documento fiscalmente relevante, tendo que cumprir o DL
28/2019.

Apresentação | Jorge Carrapiço


45
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Documento previsto no nº 20 do artigo 29º do CIVA

Passam a existir dois procedimentos distintos:

Pessoas coletivas de direito público, IPSS e entidades do setor não


lucrativo que exercem exclusivamente atividades isentas do artigo 9.º que
não conferem direito à dedução (sujeitos passivos isentos) e tenham
obtido para efeitos de IRC, no período de tributação imediatamente
anterior, um montante anual ilíquido de rendimentos não superior a €
200.000:

• Estão dispensadas de emitir faturas;

• São obrigadas a emitir o documento previsto no artigo 10º do DL


28/2019.

Apresentação | Jorge Carrapiço


46
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Documento previsto no nº 20 do artigo 29º do CIVA


Pessoas coletivas de direito público, IPSS e entidades do setor não
lucrativo que exercem simultaneamente atividades isentas do artigo 9.º
que não conferem direito à dedução e atividades que conferem direito à
dedução (“sujeitos passivos mistos”) ou que sejam sujeitos passivos
isentos (que exerçam exclusivamente operações isentas sem direito à
dedução), mas tenham obtido para efeitos de IRC, no período de
tributação imediatamente anterior, um montante anual ilíquido de
rendimentos igual ou superior a € 200.000:
• Para as operações tributadas (incluindo à taxa zero) e artigo
53º CIVA, obrigação de emissão de faturas nos termos do
artigo 36º ou faturas simplificadas nos termos do artigo 40.º,
ambos do CIVA;
• Para as operações isentas sem direito à dedução do artigo 9.º
do CIVA, emissão de outro documento, sem qualquer
formalismo, nos termos do n.º 20 do artigo 29.º do CIVA.

Apresentação | Jorge Carrapiço


47
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Documento previsto no n.º 20 do artigo 29º do CIVA

O documento do n.º 20 do artigo 29.º do CIVA passa a poder apenas a ser


emitido quando essas entidades sejam sujeitos passivos mistos (que
exercem simultaneamente operações que não conferem direito à dedução
e operações que conferem direito à dedução) ou sujeitos passivos isentos
(que exercem exclusivamente operações que não conferem direito à
dedução) com volume de negócios, do ano anterior, igual ou superior a
200.000 euros.

Apresentação | Jorge Carrapiço


48
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Documento previsto no n.º 20 do artigo 29º do CIVA

O documento emitido nos termos do n.º 20 do artigo 29.º do CIVA é um


documento fiscalmente relevante que terá que ser processado através de
programa certificado ou através de impressos de tipografia autorizada nos
termos do artigo 4.º do DL 28/2019.

Apresentação | Jorge Carrapiço


49
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Faturas emitidas no decurso de atos isolados

Apesar da revogação do n.º 21 do artigo 29.º do CIVA, os sujeitos passivos


que pratiquem atos isolados continuam a ter a opção de emissão da
respetiva fatura através da funcionalidade de emissão de faturas-recibos
eletrónicas (vulgo recibos-verdes) através do Portal das Finanças,
evitando, assim, a necessidade de aquisição de programas informáticos de
faturação, a contratação temporária de software para emitir essa fatura ou
subcontratação do serviço de processamento da fatura a um terceiro
(quando tal fosse possível).

Apresentação | Jorge Carrapiço


50
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Faturas emitidas no decurso de atos isolados

Em alternativa, à emissão de faturas-recibo eletrónicas no Portal das


Finanças, as pessoas que pratiquem atos isolados têm a opção de efetuar o
processamento através de programas informáticos certificados (adquiridos
ou por contratação desse serviço a terceiros) ou ainda efetuar o
procedimento de autofacturação por acordo com o adquirente.

Apresentação | Jorge Carrapiço


51
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Outras dispensas

Restantes sujeitos passivos que pratiquem operações isentas do artigo 9º


do CIVA sem direito à dedução.

Incluindo aqui sociedades comerciais e sujeitos passivos da categoria B de IRS,


nomeadamente com atividades na área da saúde (medicina, enfermagem),
setor imobiliário (construção e compra para venda e arredamento de imóveis).

Apresentação | Jorge Carrapiço


52
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Outras dispensas

Deixam de estar dispensados da emissão de fatura, exceto para as


transmissões de imóveis, em que a escritura substitui a fatura, caso a
escritura contenha todos os elementos previstos no artigo 36º do CIVA
(conforme previsto nº 2 do artigo 11º do Regime da renúncia à isenção do
IVA nas operações relativas a bens imóveis previsto no DL 21/2017, para
operações em que existiu a renúncia à isenção de IVA).

Apresentação | Jorge Carrapiço


53
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Anexo O – Mapa recapitulativo de clientes (Artigo 29.º, n.º 3, alínea d))

A alínea d), aditada ao n.º 3 do artigo 29.º, vem dispensar os sujeitos


passivos com sede, estabelecimento estável ou domicílio em território
nacional da entrega do mapa recapitulativo dos sujeitos passivos seus
clientes, a que se refere a alínea e) do n.º 1 do mesmo artigo.

Uma vez que esta obrigação será cumprida até ao dia 15 de julho, a
dispensa aplica-se já em 2019 relativamente aos mapas recapitulativos de
clientes referentes à IES do período de tributação de 2018.

Apresentação | Jorge Carrapiço


54
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Exclusão da dispensa

Permanecem obrigados ao cumprimento da entrega do mapa


recapitulativo de clientes os sujeitos passivos que não possuam sede,
estabelecimento estável ou domicílio em território nacional.

Apresentação | Jorge Carrapiço


55
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Dispensa de entrega dos Anexos L, M, N, O e P da IES

O Anexo L corresponde à Declaração Anual de Informação Contabilística e


Fiscal para efeitos de IVA.

O Anexo M corresponde à Declaração Anual de Informação Contabilística


e Fiscal para efeitos de IVA referente às operações realizadas em espaços
geográficos (continente, Região Autónoma dos Açores, Região Autónoma
da Madeira) diferentes da sede da empresa.

Apresentação | Jorge Carrapiço


56
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Dispensa de entrega dos Anexos L, M, N, O e P da IES

O Anexo N corresponde à declaração de resumo de atividades dos


regimes particulares e especiais de IVA (Regime dos revendedores de
combustíveis, regime do tabaco, regime das vendas ao domicílio e vendas
de pescado em lota, regime dos bens em segunda mão e regime das
agências de viagens).

O Anexo O corresponde ao mapa recapitulativo de clientes.

O Anexo P corresponde ao mapa recapitulativo de fornecedores.

Apresentação | Jorge Carrapiço


57
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Dispensas anteriores ao DL 28/2019

• Dos anexos L, M, N, O e P: sujeitos passivos da categoria B de IRS no


regime simplificado (nº. 16 do artigo 29.º do CIVA);

• Dos anexos L, M e N: os sujeitos passivos a que seja aplicável o regime


de normalização contabilística para microentidades (incluindo sujeitos
passivos de IRC e da categoria B de IRS) (n.º 18 do artigo 29.º do CIVA);

Apresentação | Jorge Carrapiço


58
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Dispensas anteriores ao DL 28/2019

Dentro desses, caso se tratassem de sujeitos passivos de IRC enquadrados


no regime simplificado de determinação da matéria coletável de IRC,
também ficavam dispensados do Anexo O e P (de acordo com o n.º 13 do
artigo 12.º da Lei 2/2014, de 16 janeiro e respetivas instruções de
preenchimento desses mapas recapitulativos).

Apresentação | Jorge Carrapiço


59
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Dispensas com o DL 28/2019

- Dos anexos L, M, N, O e P:

• Sujeitos passivos da categoria B de IRS no regime simplificado;

• Sujeitos passivos a que seja aplicável o regime de normalização


contabilística para microentidades (incluindo todos os sujeitos passivos
de IRC e da categoria B de IRS);

Novidade: Os sujeitos passivos de IRC, que estejam a aplicar a NC-ME,


passam também ficar dispensados dos mapas recapitulativos (Anexo O e
P), independentemente de estarem enquadrados no regime geral ou
simplificado de IRC;

Apresentação | Jorge Carrapiço


60
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Dispensas com o DL 28/2019

- Sujeitos passivos que exerçam a atividade económica de diversão


itinerante e estejam enquadrados nas CAE 93211 e 93295 (novidade).

- CAE 93211: Atividades de parques de diversão itinerantes

- CAE 93295: Outras atividades de diversão itinerantes

Apresentação | Jorge Carrapiço


61
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Dispensas com o DL 28/2019

Uma vez que esta obrigação será cumprida até ao dia 15 de julho, a
dispensa aplica-se já em 2019 relativamente aos mapas recapitulativos de
clientes referentes à IES do período de tributação de 2018.

Apesar de tal procedimento não estar explicitamente previsto no Ofício-


Circulado nº 30211/2019, o âmbito e o enquadramento para se aplicar a
dispensa já ao período de tributação de 2018, na IES submetida até
15/07/2019, é similar às razões invocadas para o Anexo O da IES.

Apresentação | Jorge Carrapiço


62
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Elementos obrigatórios nas faturas (artigo 36º)

A alínea a) do n.º 5 do artigo 36.º prevê os elementos de identificação do


fornecedor dos bens ou prestador dos serviços e do destinatário ou
adquirente, que devem constar da fatura.

Esta obrigação passa a ser aplicada apenas aos destinatários ou


adquirentes que sejam sujeitos passivos (fornecendo o respetivo NIF).

Apresentação | Jorge Carrapiço


63
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Elementos obrigatórios nas faturas (artigo 36º)

Deixa de ser obrigatória a colocação dos dados de identificação (nome e


domicílio) dos adquirentes não sujeitos passivos (consumidores finais),
independentemente do montante das faturas (anteriormente, esta
dispensa de indicação dos elementos de identificação dos consumidores
finais apenas se aplicava a faturas até 1.000 euros).

Apresentação | Jorge Carrapiço


64
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Elementos obrigatórios nas faturas (artigo 36.º)

Mantém-se, no entanto, a obrigação de indicação na fatura do NIF do


adquirente ou destinatário não sujeito passivo (consumidor final) quando
este o solicite, conforme o n.º 16 do artigo 36.º do CIVA.

A obrigação de, nas faturas processadas através de sistemas informáticos,


todas as menções obrigatórias, incluindo o nome, a firma ou a
denominação social e o número de identificação fiscal do sujeito passivo
adquirente, deverem ser inseridas pelo respetivo programa ou
equipamento informático de faturação, passa a constar do n.º 1 do artigo
7.º do DL 28/2019. Esta menção constava no n.º 14 do artigo 36.º do CIVA,
que foi revogado.

Apresentação | Jorge Carrapiço


65
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Autofaturação e processamento de faturas por terceiros em nome e por


conta do sujeito passivo

Autofaturação

Continua a ser possível a emissão de autofaturação, em condições


similares às estabelecidas anteriormente (n.º 11 do artigo 36.º do CIVA)

Apresentação | Jorge Carrapiço


66
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Autofaturação e processamento de faturas por terceiros em nome e por


conta do sujeito passivo
A elaboração de faturas por parte do adquirente dos bens ou dos serviços
(autofacturação) fica sujeita às seguintes condições:
• A existência de um acordo prévio, na forma escrita, entre o sujeito
passivo transmitente dos bens ou prestador dos serviços e o adquirente
ou destinatário dos mesmos;
• O adquirente provar que o transmitente dos bens ou prestador dos
serviços tomou conhecimento da emissão da fatura e aceitou o seu
conteúdo.
• Conter a menção 'autofaturação'.

Apresentação | Jorge Carrapiço


67
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Autofaturação e processamento de faturas por terceiros em nome e por


conta do sujeito passivo

A restante regulamentação para a emissão de autofacturação passa a estar


prevista no artigo 5.º do DL 28/2019, nomeadamente as autorizações para
serem efetuadas por sujeitos passivos sedeados em países terceiros.

Esta nova regulamentação apenas se aplica a partir de 1 de janeiro de


2020.

Apresentação | Jorge Carrapiço


68
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Autofaturação e processamento de faturas por terceiros em nome e por


conta do sujeito passivo

As autorizações concedidas ao abrigo do atual n.º 12 do artigo 36.º do


CIVA, o qual se encontra em vigor até 31 de dezembro de 2019 (ficando
revogado nessa data para emissão de autofaturação e processamento de
faturas por terceiros em nome e por conta do sujeito passivo através de
entidades sedeadas em países terceiros), mantêm-se em vigor por um
prazo máximo de 5 anos a começar na data da entrada em vigor do DL
28/2019 (16-02-2019), sujeito à verificação dos prazos e condições
determinados.

Apresentação | Jorge Carrapiço


69
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Processamento de faturas por terceiros em nome e por conta do sujeito


passivo

Continua a ser possível o processamento de faturas por terceiros em


nome e por conta do sujeito passivo, faculdade prevista no n.º 14 do
artigo 29.º do CIVA, passando a estar regulamentado no artigo 5.º do DL
28/2019.

A nova regulamentação relativa à autorização da AT para a emissão de


faturas por terceiros em nome e por conta do sujeito passivo, que não
disponham de sede, estabelecimento estável, ou domicílio em qualquer
Estado membro, apenas entra em vigor a partir de 1 de janeiro de 2020.

Apresentação | Jorge Carrapiço


70
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Processamento de faturas por via eletrónica

As referências e regulamentação do processamento, arquivo, envio e


outros procedimentos dos documentos de faturação por via eletrónica
passam a constar do DL 28/2019.

Continua apenas a existir no Código do IVA, a indicação da possibilidade


legal de emissão de faturação por via eletrónica, sob reserva de aceitação
pelo destinatário, nos termos do n.º 10 do artigo 36.º do CIVA.

Apresentação | Jorge Carrapiço


71
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Processamento de faturas por via eletrónica

Procedimentos de aceitação pelo destinatário:

Os procedimentos de aceitação pelo destinatário da emissão de faturas


por via eletrónica podem ser verificados através dos pontos 11 a 19 da
Informação Vinculativa Proc.: nº 14389, por despacho de 13-11-2018, da
Diretora de Serviços do IVA, (por subdelegação).

A menção dos normativos revogados pelo DL 28/2019 deve ser entendida


face à redação das novas normas introduzidas com esse diploma.

Apresentação | Jorge Carrapiço


72
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Processamento de faturas por via eletrónica

“(…) i) Cumprimento da obrigação de faturação: emissão de faturas eletrónicas

11. A obrigação de faturação encontra-se prevista na alínea b) do n.º 1 do


artigo 29.º do Código do IVA (CIVA), decorrendo desta norma a obrigação
generalizada de emissão de fatura por cada transmissão de bens ou prestação
de serviços, independentemente da qualidade do adquirente dos bens ou
destinatário dos serviços, ainda que estes não a solicitem, bem como pelo
recebimento de pagamentos antecipados.

Apresentação | Jorge Carrapiço


73
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Processamento de faturas por via eletrónica


12. As faturas devem ser datadas, numeradas sequencialmente e conter as
menções obrigatórias previstas no n.º 5 do artigo 36.º e no n.º 2 do artigo 40.º
do CIVA - consoante se trate de fatura ou fatura simplificada, respetivamente -
destinando-se original ao cliente e o duplicado ao arquivo do fornecedor (n.º 4
do artigo 36.º do CIVA).

13. As faturas podem ser emitidas em papel - sendo processadas através de


sistemas informáticos ou pré impressas em tipografias autorizadas - ou em
formato eletrónico, devendo estar garantida a autenticidade da origem, a
integridade do conteúdo e a legibilidade das faturas emitidas (cf. o artigo 5.º
do Decreto-Lei n.º 198/90, de 19 de junho e o n.º 10 do artigo 36.º do CIVA).

Apresentação | Jorge Carrapiço


74
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Processamento de faturas por via eletrónica

14. Relativamente à emissão de faturas por via eletrónica, na aceção do n.º 10


do artigo 36.º, importa referir que o Decreto-Lei n.º 196/2007, de 15 de maio,
que regula as condições técnicas para a emissão, conservação e arquivamento
de faturas emitidas por via eletrónica, nos termos do CIVA, define «fatura
eletrónica» como aquela que contenha os elementos referidos nos artigos 36.º
ou 40.º, n.º 2 do CIVA e que tenha sido emitida e recebida por via eletrónica
(cf. alínea a) do n.º 3 do artigo 3.º do Decreto-Lei 196/2007).

Apresentação | Jorge Carrapiço


75
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Processamento de faturas por via eletrónica

15. Com efeito, os sujeitos passivos podem emitir faturas eletrónicas, sob reserva de aceitação
do destinatário, desde que seja garantida a autenticidade da sua origem, a integridade do seu
conteúdo e a sua legibilidade através de quaisquer controlos de gestão que criem uma pista de
auditoria fiável entre as faturas e as transmissões de bens ou prestações de serviços,
considerando-se cumpridas essas exigências se adotada, nomeadamente, uma assinatura
eletrónica avançada, nos termos do Decreto-lei n.º 290-D/99, de 22 de agosto, ou um sistema
de intercâmbio eletrónico de dados, baseado em acordo que siga as condições jurídicas do
"Acordo tipo EDI Europeu" (n.ºs 3 e 4 do artigo 3.º do Decreto-Lei 196/2007).

Apresentação | Jorge Carrapiço


76
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Processamento de faturas por via eletrónica

16. Decorre do exposto que a utilização de faturas eletrónicas pressupõe a


possibilidade de recebimento da fatura, por essa via, por parte do respetivo
destinatário, justificando-se que este procedimento dependa da aceitação do
mesmo, conforme exige o n.º 10 do artigo 36.º do CIVA, assim transpondo para
a ordem jurídica interna o disposto no artigo 232.º da Diretiva 2006/122/CE
do Conselho, de 28 de novembro, relativa ao sistema comum do IVA (Diretiva
IVA).

17. Sobre o procedimento de aceitação, afigura-se dever existir um


assentimento do destinatário incidindo especificamente sobre a utilização de
faturas eletrónicas, não significando, porém, a adoção de formalidade
particular.

Apresentação | Jorge Carrapiço


77
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Processamento de faturas por via eletrónica

18. O mesmo decorre do conteúdo das Notas Explicativas sobre as Regras de


Faturação do IVA, elaboradas pela Comissão Europeia que, não sendo
vinculativas, fornecem orientação sobre a interpretação do requisito da
aceitação do destinatário constante do artigo 232.º da Diretiva IVA:
«(…)[u]ma vez que as faturas em suporte papel e eletrónicas devem ser
tratadas de modo idêntico, a aceitação pelo destinatário de uma fatura
eletrónica pode ser determinada do mesmo modo que uma fatura em suporte
papel pode ser considerada aceite pelo destinatário. Isso pode incluir qualquer
aceitação por escrito, de carácter formal ou não, ou por acordo tácito através,
por exemplo, do processamento ou pagamento da fatura recebida. Em
qualquer caso, a decisão relativa à utilização de faturas eletrónicas continua,
em última análise, a ser uma questão a acordar entre as partes envolvidas na
transação».

Apresentação | Jorge Carrapiço


78
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Processamento de faturas por via eletrónica

19. Assim, em relação à primeira questão suscitada pela Requente, conclui-se


que o procedimento que a mesma refere, segundo o qual o cliente dá o seu
consentimento para a utilização de faturas eletrónicas - às quais é aposta
assinatura eletrónica avançada - de uma só vez, através dos canais de
interação disponibilizados (como a "APP" ou "site" institucional da Requerente),
cumpre o requisito previsto no n.º 10 do artigo 36.º do CIVA, relativo à
aceitação do destinatário. (…)”.

Apresentação | Jorge Carrapiço


79
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Faturas simplificadas (artigo 40º)

O n.º 5 do artigo 40.º permite que a obrigação de emissão de fatura


prevista na alínea b) do n.º 1 do artigo 29.º possa ser cumprida por outros
meios para além de faturas, mediante a emissão de documentos (bilhetes
ou recibos) ou o registo das operações.

No caso das prestações de serviços de transporte, de estacionamento,


portagens e entradas em espetáculos, já se previa que a obrigação de
faturação pudesse ser cumprida mediante a emissão de um bilhete de
transporte, ingresso ou outro documento ao portador comprovativo do
pagamento.

Apresentação | Jorge Carrapiço


80
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Faturas simplificadas (artigo 40º)


Com a presente alteração essa possibilidade de emissão de
bilhetes de ingresso ou documento ao portador comprovativo
do pagamento é alargada, passando a ser aplicável às entradas
em bibliotecas, arquivos, museus, galerias de arte, castelos,
palácios, monumentos, parques, perímetros florestais, jardins
botânicos, zoológicos e serviços prestados por sujeitos passivos
que exerçam a atividade económica de diversão itinerante
enquadrados nos CAE 93211 e 93295.

Mantem-se a possibilidade da obrigação de faturação ser


substituída pelo mero registo das operações (nomeadamente
em folhas de caixa ou similar) para as transmissões de bens
através de máquinas de distribuição automática sem
capacidade de emissão de fatura.

Apresentação | Jorge Carrapiço


81
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Faturas simplificadas (artigo 40º)

Continua a não se prever a utilização da mesma simplificação para as


máquinas automáticas para prestações de serviços (p.e. máquinas de lavar
roupa automáticas), que terão forçosamente de emitir fatura recorrendo a
software certificado.

Apresentação | Jorge Carrapiço


82
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Faturas simplificadas (artigo 40º)

Sobre este assunto, inclui-se o entendimento da AT através da Informação


Vinculativa Proc.: nº 14148, por despacho de 2018-08-09, da Diretora de
Serviços do IVA, (por subdelegação):

“FICHA DOUTRINÁRIA
Diploma: CIVA
Artigo: nºs 5 e 6 do artigo 40º
Assunto: Fatura - Lavandaria self-service – Prestações de serviços, de caráter
massificado, destinadas a particulares. Obrigação de faturação, de possível
cumprimento, através de meios alternativos à fatura.
Processo: nº 14148, por despacho de 2018-08-09, da Diretora de Serviços do
IVA, (por subdelegação) (…) “

Apresentação | Jorge Carrapiço


83
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Faturas simplificadas (artigo 40º)


Outros meios eletrónicos (máquinas registadoras, terminais eletrónicos,
balanças eletrónicas)
Os outros meios eletrónicos só podem ser utilizados para a emissão de
faturas simplificadas nos termos do artigo 40.º do CIVA. Não é possível a
utilização desses equipamentos para a emissão de faturas nos termos do
artigo 36.º do CIVA.

Esses equipamentos serão aqueles sem um programa informático


certificado, ainda que permita o registo dos documentos de faturação
numa base de dados (mais ou menos complexa), rolo interno da fita da
máquina ou no jornal eletrónico.

Apresentação | Jorge Carrapiço


84
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Faturas simplificadas (artigo 40º)


Outros meios eletrónicos (máquinas registadoras, terminais eletrónicos,
balanças eletrónicas)

Apenas é possível a utilização de outros meios eletrónicos para a emissão


de faturas simplificadas, quando o sujeito passivo em causa não seja
obrigado a possuir e utilizar programa informático certificado nos termos
do artigo 4º do DL 28/2019.

A utilização destes “outros meios eletrónicos” estava prevista no n.º 4 do


artigo 40.º do CIVA, número que foi revogado pelo DL 28/2019,
constando agora das disposições conjugadas da alínea b) do artigo 3.º e do
n.º 5 do artigo 4.º do DL.

Apresentação | Jorge Carrapiço


85
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Prazo de arquivo e conservação de livros, registos e documentos de


suporte

Embora com um âmbito mais alargado, a conservação dos livros, registos e


documentos de suporte, encontra-se agora regulada no capítulo V, artigos
19.º a 30.º do Decreto-Lei n.º 28/2019.

No entanto, o disposto nos n.ºs 5 e 6 do artigo 52.º do Código do IVA


(arquivo de documentos eletrónicos em países terceiros por sujeitos
passivos residentes e não residentes sem estabelecimento estável)
manteve-se em vigor até 31 de dezembro de 2019, pelo que a sua
revogação apenas produziu efeitos em 1 de janeiro de 2020.

Apresentação | Jorge Carrapiço


86
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Prazo de arquivo e conservação de livros, registos e documentos de


suporte

As autorizações concedidas pela AT ao abrigo dos n.ºs 5 e 6 do artigo 52.º


podem ser mantidas pelo prazo máximo de cinco anos após a entrada em
vigor do presente decreto-lei, sujeito à verificação dos prazos e condições
determinados.

Mantem-se o prazo geral de arquivo em 10 anos, sendo que esse prazo


apenas começa a contar a partir de a data em que for efetuada a última
das regularizações previstas nos artigos 24.º e 25.º do CIVA (até 5 anos
para despesas de investimento em bens móveis e até 20 anos para
despesas de investimento em bens imóveis).

Apresentação | Jorge Carrapiço


87
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Delimitação de competências em matéria de faturação


(artigo 35.º-A do CIVA)

É aditado ao Código do IVA, um novo artigo 35.º-A, com a seguinte


redação:

«Artigo 35.º-A

Delimitação de competências em matéria de faturação

1 - A emissão de fatura pelas transmissões de bens e prestações de serviços


efetuadas no território nacional está sujeita às regras estabelecidas no
presente Código.

Apresentação | Jorge Carrapiço


88
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Delimitação de competências em matéria de faturação


(artigo 35.º-A do CIVA)

2- A emissão de fatura fica ainda sujeita às regras previstas no presente


Código quando o sujeito passivo tenha no território nacional a sua sede,
estabelecimento estável ou, na sua falta, o domicílio a partir do qual a
transmissão de bens ou prestação de serviços é efetuada e, de acordo com as
regras de localização:

a) A operação se considere localizada noutro Estado membro e a obrigação de


liquidação do imposto recair sobre o sujeito passivo a quem os bens foram
transmitidos ou os serviços prestados;

b) A operação não se considere efetuada na União Europeia.

Apresentação | Jorge Carrapiço


89
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Delimitação de competências em matéria de faturação

(artigo 35.º-A do CIVA)

3- Não obstante o disposto no n.º 1, a emissão de fatura por sujeito passivo


que não possua no território nacional a sua sede, estabelecimento estável ou,
na sua falta, o domicílio a partir do qual a transmissão de bens ou prestação de
serviços é efetuada, não está sujeita às regras estabelecidas no presente
Código quando a obrigação de liquidação do imposto recai sobre o sujeito
passivo adquirente dos bens ou destinatário dos serviços.

Apresentação | Jorge Carrapiço


90
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Delimitação de competências em matéria de faturação

(artigo 35.º-A do CIVA)

4 - As regras previstas no presente Código são ainda aplicáveis à fatura


elaborada pelo sujeito passivo adquirente dos bens ou destinatário dos serviços
que tenha sede, estabelecimento estável ou, na sua falta, o domicílio em
território nacional, quando as operações aqui se considerem efetuadas e a
obrigação de liquidação do imposto recair sobre ele.

5- Não obstante o disposto no n.º 1, a emissão de fatura pelas operações


efetuadas por sujeitos passivos que utilizem Portugal como Estado-Membro de
identificação para efeitos dos regimes especiais do IVA, aprovados pela Lei n.º
47/2020, de 24 de agosto, está sujeita às regras estabelecidas no presente
Código.

Apresentação | Jorge Carrapiço


91
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Delimitação de competências em matéria de faturação


(artigo 35.º-A do CIVA)

Esta norma acolhe o artigo 219.º-A da Diretiva IVA e define a competência


territorial em matéria de faturação, clarificando as situações em que a
emissão de fatura está sujeita às regras estabelecidas no Código do IVA.

Como regra geral, a emissão de faturas que titulem operações localizadas


no território nacional (aqui tributáveis) está sujeita às regras do Código do
IVA.

Apresentação | Jorge Carrapiço


92
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Delimitação de competências em matéria de faturação


(artigo 35.º-A do CIVA)

Não obstante, ainda que localizadas em território nacional, nas operações


em que se aplica o reverse charge, a emissão de fatura por sujeito passivo
que não possua no território nacional a sua sede, estabelecimento estável
ou, na sua falta, o domicílio não está sujeita às disposições do Código do
IVA, exceto quando o adquirente, sujeito passivo nacional, procede a
autofaturação nos termos do n.º 11 do artigo 36.º do CIVA.

Apresentação | Jorge Carrapiço


93
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Delimitação de competências em matéria de faturação


(artigo 35.º-A do CIVA)

Nas operações localizadas em outro Estado membro, realizadas por


sujeitos passivos com sede, estabelecimento estável ou, na sua falta, o
domicílio em território nacional, em que ocorre o reverse charge, a emissão
de fatura está sujeita às disposições do Código do IVA, exceto quando o
adquirente, sujeito passivo estabelecido naquele Estado membro, procede
a autofaturação.

Apresentação | Jorge Carrapiço


94
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Delimitação de competências em matéria de faturação


(artigo 35.º-A do CIVA)

Finalmente, nas operações abrangidas pelo Mini Balcão Único (MOSS) por
sujeitos passivos que utilizem Portugal como Estado membro de
identificação e, bem assim, nas operações realizadas por sujeitos passivos
com sede, estabelecimento estável ou, na sua falta, o domicílio em
território nacional que, de acordo com as regras de localização se
considerem efetuadas fora da União Europeia, a emissão de fatura está
sujeita às regras estabelecidas no Código do IVA.

Apresentação | Jorge Carrapiço


95
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Delimitação de competências em matéria de faturação


(artigo 35.º-A do CIVA)

Tabela exemplificativa das situações em que a emissão de fatura está, ou


não, sujeita à aplicação das regras previstas no Código do IVA.

Local do
Localização das Regras nacionais
estabelecimento do Reverse charge Autofaturação
operações (Código do IVA)
sujeito passivo

Território nacional - - Sim


Sim Não Sim
Outro Estado membro
Território nacional Sim Sim Não

Território ou país
- - Sim
terceiro

Sim Não Não


Outro Estado membro Território nacional
Sim Sim Sim

Território ou país Sim Não Não


Território nacional
terceiro Sim Sim Sim

Apresentação | Jorge Carrapiço


96
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Delimitação de competências em matéria de faturação


(artigo 35.º-A do CIVA)

Prestações de serviços de telecomunicações, de radiodifusão ou televisão


e serviços por via eletrónica efetuadas por sujeitos passivos que optem
pelo registo no regime especial aprovado pelo Decreto-Lei n.º 158/2014,
de 24 de outubro

Regras nacionais
Estado membro de identificação
(Código do IVA)
Território nacional Sim

Outro Estado membro Não

Apresentação | Jorge Carrapiço


97
CÓDIGO DO IRC

Apresentação | Jorge Carrapiço


Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Prazo de arquivo

O prazo geral de arquivo e conservação dos documentos e registos


contabilísticos de 10 anos mantém-se em vigor, agora decorrente do
artigo 19º do DL 28/2019.

Passa agora a prever-se o aumento desse prazo, sempre que os sujeitos


passivos exerçam direito cujo prazo é superior a 10 anos, devendo
atender-se que a obrigação de arquivo e conservação de todos os livros,
registos e respetivos documentos de suporte se manterá até ao termo do
prazo de caducidade relativo à liquidação dos impostos correspondentes.

Apresentação | Jorge Carrapiço


99
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Prazo de arquivo
Exemplos:

Para os sujeitos passivos de IRC, que sejam considerados como PME, os


prejuízos fiscais apurados em determinado período de tributação, são
deduzidos aos lucros tributáveis em um ou mais dos 12 períodos de
tributação posteriores, conforme previsto no nº 1 do artigo 52º do CIRC.

Para os sujeitos passivos da categoria B de IRS (no regime com base na


contabilidade – regras idênticas aos dos sujeitos passivos de IRC), os
prejuízos fiscais apurados na atividade da categoria B podem ser
reportados aos 12 anos seguintes àquele a que respeita.

Apresentação | Jorge Carrapiço


100
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Prazo de arquivo

Para estes casos, o prazo de arquivo e conservação de todos os livros,


registos e respetivos documentos de suporte desses períodos de
tributação em que existem prejuízos fiscais será de 12 anos.

O prazo da caducidade para estas situações é o prazo geral do direito à


dedução previsto no n.º 3 do artigo 45.º da Lei Geral Tributária.

Apresentação | Jorge Carrapiço


101
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Alterações aos procedimentos de arquivo dos documentos e registos


contabilísticos

Deixa de existir a substituição de documentos que não sejam documentos


autênticos ou autenticado por reprodução fiel através de microfilmagem.

Passa agora a ser possível que os documentos de faturação e documentos


fiscalmente relevantes originais em papel possam ser arquivados e
conservados de forma eletrónica através de digitalização.

Apresentação | Jorge Carrapiço


102
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Alterações aos procedimentos de arquivo dos documentos e registos


contabilísticos

Em princípio, os restantes documentos de suporte contabilístico também


poderão ser objeto de digitalização e arquivo eletrónico, mas tal não
resulta claro da legislação.

A regulamentação dos procedimentos de arquivo dos documentos e


registos contabilísticos, incluindo documentos de faturação e documentos
fiscalmente relevantes em formato de papel ou emitidos e recebidos por
via eletrónica, passa a estar previsto nos artigos 19.º e seguintes do DL
28/2019.

Apresentação | Jorge Carrapiço


103
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Centralização da contabilidade ou da escrituração simplificação

As obrigações de centralização da conservação e de arquivo, e


da respetiva indicação e comunicação dos locais utilizados,
passam a estar também previstos no artigo 19.º e seguintes do
DL 28/2019.

Apresentação | Jorge Carrapiço


104
CÓDIGO DO IRS

Apresentação | Jorge Carrapiço


Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Deduções à coleta de IRS

Deduções à coleta suportadas por faturas

Passa a ser possível efetuar deduções à coleta dos vários tipos de despesas
previstos no artigo 78º do CIRS, quando suportadas por faturas (despesas
gerais e familiares, despesas de saúde, despesas de formação e educação,
despesas com imóveis, despesas por exigência de faturas de determinados
setores de atividade, encargos com lares), mesmo que não seja solicitado
NIF nas faturas, desde que o adquirente efetue a comunicação dessa
fatura no Portal E-fatura através do respetivo código de barras
bidimensional (código QR) ou o código único de documento.

Apresentação | Jorge Carrapiço


106
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Deduções à coleta de IRS

Esta possibilidade apenas entrará em vigor a partir de 1 de janeiro de


2022, quando o código de barras bidimensional (código QR) ou o código
único de documento passarem a constar das faturas processadas (cuja
regulamentação está na Portaria 195/2020).

Apresentação | Jorge Carrapiço


107
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Deduções à coleta de IRS

Dedução à coleta das despesas gerais e familiares

O n.º 1 do artigo 78.º-B do CIRS, referente à dedução das despesas gerais


e familiares, foi alterado para clarificar que a referida dedução é também
possível com o suporte de faturas-recibo eletrónicas emitidas no Portal
das Finanças (vulgo recibos-verdes) por sujeitos passivos da categoria B,
nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 115.º do mesmo Código.

Apresentação | Jorge Carrapiço


108
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Deduções à coleta de IRS

Dedução à coleta das despesas gerais e familiares

A redação da alínea a) do n.º 1 do artigo 115.º prevê o seguinte:

Artigo 115.º do CIRS:


“1 - Os titulares dos rendimentos da categoria B são obrigados:
a) A passar fatura, recibo ou fatura-recibo, em modelo oficial, de todas as
importâncias recebidas dos seus clientes, pelas transmissões de bens ou
prestações de serviços referidas nas alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 3.º, ainda
que a título de provisão, adiantamento ou reembolso de despesas, bem como
dos rendimentos indicados na alínea c) do n.º 1 do mesmo artigo;
(…)”

Apresentação | Jorge Carrapiço


109
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Deduções à coleta de IRS


Disposição transitória

Nos termos do n.º 3 do artigo 43.º do DL 28/2019, enquanto não for


aprovada portaria a regulamentar as aplicações de faturação
disponibilizadas pela AT, mantém-se em vigor a Portaria n.º 338/2015, de
8 de outubro.

Na prática, enquanto não for alterada a aplicação dos designados


“recibos-verdes” no Portal das Finanças, as referências às faturas emitidas
no Portal das Finanças, continuam a ser referentes a essa aplicação.

A referida Portaria nº 338/2015 foi substituída pela Portaria nº


243/2022, de 23 de setembro

Apresentação | Jorge Carrapiço


110
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Centralização, arquivo e escrituração

Prazo de arquivo

Para os sujeitos passivos da categoria B de IRS (no regime com base na


contabilidade), os prejuízos fiscais apurados na atividade da categoria B
podem ser reportados aos 12 anos seguintes àquele a que respeita.

Para estes casos, o prazo de arquivo e conservação de todos os livros,


registos e respetivos documentos de suporte desses períodos de
tributação em que existem prejuízos fiscais será de 12 anos.

Apresentação | Jorge Carrapiço


111
REGIME DOS BENS
EM CIRCULAÇÃO

Apresentação | Jorge Carrapiço


Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Entrada em vigor

As alterações introduzidas ao Regime dos Bens em Circulação pelo DL


28/2019 entram em vigor a partir de 1 de janeiro de 2021.

Apresentação | Jorge Carrapiço


113
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Documentos de transporte globais

Os documentos de transporte globais, emitidos quando o destinatário ou


os bens a entregar em cada local de destino não sejam conhecidos na
altura da saída dos locais de carga, passam a poder ser emitidos
eletronicamente (em programa informático certificado ou no portal das
finanças), sem necessidade de ser impressos, nomeadamente quando
exista a obrigação de comunicação prévia à AT e obtenção do Código de
Identificação AT.

Apresentação | Jorge Carrapiço


114
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Documentos de transporte globais


Para as situações, em que o sujeito passivo esteja dispensado de efetuar a
comunicação prévia à AT dos documentos de transporte globais,
nomeadamente por não atingir o volume de negócios de 100.000 euros,
referente ao ano anterior, é obrigado a fazer-se a acompanhar desse
documento no transporte de bens (nomeadamente através da respetiva
impressão).
Esta alteração ao nº 6 do artigo 4º do RBC vem corrigir um procedimento
prático inadequado, que não foi objeto de consideração nas alterações ao
regime desde 2012. Não fazia sentido, que para os documentos de transporte
globais comunicados previamente à AT, com obtenção do Código de
identificação AT, fosse exigida a respetiva impressão para fazer acompanhar os
bens durante a circulação, quando para os documentos de transporte dito
normais não existia tal exigência.
.

Apresentação | Jorge Carrapiço


115
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Documentos de transporte globais

Essa obrigação de impressão em papel dos documentos de transporte


globais justificava-se para os procedimentos previstos anteriores às
alterações de 2012, em que era necessário efetuar o averbamento das
entregas e consumos dos bens transportados nesse documento impresso.

Com a obrigação de emissão de documentos de transporte para suportar


as entregas e os consumos dos bens no decorrer da circulação, tal
obrigação deixou de ter utilidade prática.

Apresentação | Jorge Carrapiço


116
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Documento de transporte acessório ao DT global

Clarificou-se que os bens utilizados para serem incorporados em


prestações de serviços, incluídos no documento de transporte global, têm
obrigatoriamente que implicar a emissão dum documento de transporte
acessório ao DT global emitido nos termos e com todos os formalismos do
RBC, ainda que seja designado como folha de obra ou documento similar.

Apresentação | Jorge Carrapiço


117
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Documento de transporte acessório ao DT global

Esta clarificação vem impor, por exemplo, que essas folhas de obra ou
similares utilizadas como documentos de transporte acessórios ao DT
global tenham que ser processados através de programas informáticos
certificados pela AT, através do Portal E-Fatura (área dos documentos de
transporte) ou em papel através de impressos de tipografias autorizadas
(neste último caso, apenas nos casos em que possa ser invocada
inoperacionalidade do sistema certificado por falta de condições técnicas e
ainda assim a ter que observar um conjunto de operações no sentido de
serem recuperados para o sistema certificado os documentos emitidos em
impressos tipográficos).

Apresentação | Jorge Carrapiço


118
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Documento de transporte acessório ao DT global

A AT já tinha este entendimento, apesar da redação anterior da alínea b)


do nº 6 do artigo 4º do RBC não ser muito clara, pois designava esses
documentos como “documento próprio”.

Apresentação | Jorge Carrapiço


119
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Comunicação dos documentos de transporte adicionais e acessórios ao


DT global

Os documentos de transporte adicionais são emitidos quando, no


decorrer da circulação, exista alguma alteração do destinatário ou
adquirente, do local de destino dos bens, ou a não aceitação imediata e
total dos bens transportados.

Os documentos de transporte acessórios ao DT Global são os


documentos de transporte emitidos no momento da entrega efetiva dos
bens aos adquirentes ou destinatários, ou os documentos de transporte
para registar as saídas de bens para incorporação em prestações de
serviços (folhas de obras e similares).

Apresentação | Jorge Carrapiço


120
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Comunicação dos documentos de transporte adicionais e acessórios ao


DT global
Estes documentos de transporte, quando sejam emitidos por programas
informáticos certificados, passam a ser comunicados à AT por transmissão
eletrónica de dados, até ao 5º dia útil seguinte ao transporte.
No caso de serem emitidos através de impressos tipográficos (por
situações de inoperacionalidade) têm de ser recolhidos para o sistema nos
termos do ponto 2.4 do Despacho 8632/2014, para poderem ser
comunicados à AT através de transmissão eletrónica de dados, conforme
previsto no n.º 11 do artigo 4.º do DL 147/2003.

Apresentação | Jorge Carrapiço


121
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Comunicação dos documentos de transporte adicionais e


acessórios ao DT global

Caso sejam emitidos no Portal das Finanças, estão comunicados


automaticamente, não carecendo de qualquer outro procedimento.

Se forem emitidos em papel através de impressos tipográficos, pelos


operadores económicos não abrangidos pela utilização exclusiva de
software certificado para emissão de faturas e de documentos fiscalmente
relevantes, são comunicados à AT por inserção no Portal das Finanças, até
ao 5.º dia útil seguinte ao do transporte.

Apresentação | Jorge Carrapiço


122
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Meios de processamento

As alterações ao artigo 5º do RBC referente aos meios de processamento


dos DT visam apenas adaptar o regime às disposições do DL 28/2019, não
existindo qualquer alteração relevante nos procedimentos já em vigor.

Apresentação | Jorge Carrapiço


123
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Meios de processamento

A revogação da menção ao software produzido internamente pela empresa


decorre desses programas já serem também obrigados a possuir
certificado pela AT, passando a enquadrar-se na alínea b) do nº 1 do
referido artigo 5.º do RBC.

A revogação à exigência da numeração dos documentos de transporte


dever ser progressiva, contínua e aposta no ato de emissão, decorre dessa
exigência passar a estar prevista das obrigações de emissão de
documentos prevista no DL 28/2019 (n.º 4 do artigo 7.º).

Apresentação | Jorge Carrapiço


124
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Comunicação prévia à AT dos documentos de transporte

Na comunicação prévia à AT dos documentos de transporte, passa


também a constar como elemento a incluir o código único do documento.

Essa obrigação apenas entrará em vigor a partir de 1 de janeiro de 2023,


no âmbito da regulamentação da Portaria nº 195/2020.

Apresentação | Jorge Carrapiço


125
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Comunicação prévia à AT dos documentos de transporte

Os transportadores dos bens em circulação nos termos do RBC (incluindo


os remetentes, adquirentes ou algum terceiro por conta deles – p.e.
empresas transportadoras) passam a deixar de ser obrigados a se fazer
acompanhar do documento de transporte, durante essa circulação, desde
que estes tenham sido comunicados previamente à AT, e se faça
acompanhar do código único de documento e do código de barras
bidimensional (código QR), quando este seja obrigatório.

Estes códigos complementam o Código de Identificação fornecido pela AT.

Apresentação | Jorge Carrapiço


126
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Comunicação prévia à AT dos documentos de transporte

Esta nova obrigação apenas entrará em vigor também a partir de 1 de


janeiro de 2023, quando o código de barras bidimensional (código QR) e o
código único de documento entram plenamente em vigor.

Apresentação | Jorge Carrapiço


127
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Comunicação prévia à AT dos documentos de transporte

Dispensa de comunicação

O limite de 100.000 euros de volume de negócios, reportado ao ano


anterior, a partir do qual é obrigatória a comunicação prévia passou a ser
definido nos termos do artigo 42.º do CIVA (e deixou de ser aquele para
efeitos de impostos sobre o rendimento (IRC/IRS).

Apresentação | Jorge Carrapiço


128
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Comunicação prévia à AT dos documentos de transporte


Nos termos do artigo 42.º do CIVA é considerado como volume de negócios:

“O volume de negócios previsto no artigo anterior é constituído pelo valor, com


exclusão do imposto, das transmissões de bens e prestações de serviços
efetuadas pelo sujeito passivo, com exceção:
a) Das operações referidas nos n.ºs 27) e 28) do artigo 9.º, quando
constituam operações acessórias;
b) Das operações referidas nos n.ºs 29) e 30) do artigo 9.º, quando
relativamente a elas se não tenha verificado renúncia à isenção e constituam
operações acessórias;
c) Das operações sobre bens de investimento corpóreos ou incorpóreos.”

Apresentação | Jorge Carrapiço


129
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Comunicação prévia à AT dos documentos de transporte

Como se constata, este limite de 100.000 euros passa a estar diretamente


relacionado com as operações indicadas nos campos 1, 3, 5, 7, 8 e 9 do
quadro 06 da Declaração Periódica, com exclusão das operações
identificadas no quadro 06-A.

Apresentação | Jorge Carrapiço


130
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Arquivo dos documentos de transporte


Prazo geral

O prazo de arquivo para os documentos de transporte emitidos (pelos


remetentes) e recebidos (pelos adquirentes ou destinatários), e ainda o
exemplar destinado aos serviços de inspeção que não tenham sido
recolhidos durante a circulação (pelos remetentes), devem ser mantidos
em arquivo, até ao final do 4º ano seguinte ao da sua emissão.

Anteriormente era até ao 2º ano seguinte.

Apresentação | Jorge Carrapiço


131
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Arquivo dos documentos de transporte

Prazo especial

Caso algum desses documentos de transporte tenha sido utilizado como


documento de suporte para os registos contabilísticos, esses documentos
têm que se manter em arquivo no prazo de 10 anos (ou o prazo alargado
previsto no n.º 2 do artigo 52.º do CIVA).

Apresentação | Jorge Carrapiço


132
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Fiscalização durante a circulação dos bens

Para os documentos de transporte comunicados previamente à AT,


continua a considerar-se exibidos os documentos durante a fiscalização
desde que apresentado o código de identificação atribuído pela AT.

Apresentação | Jorge Carrapiço


133
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Revogação dos artigos 8.º a 11.º do RBC – Tipografias autorizadas

Estes procedimentos relacionados com os impressos e com as tipografias


autgorizadas passam a estar regulados nos termos do DL 28/2019
(capítulo IV – artigos 15.º a 18.º).

Apresentação | Jorge Carrapiço


134
COMUNICAÇÃO
DOS ELEMENTOS DAS FATURAS

Apresentação | Jorge Carrapiço


Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Documentos obrigatoriamente comunicados à AT:


• Faturas (incluindo faturas-simplificadas e faturas-recibo);
• Documentos retificativos de faturas (notas de débito e notas de
crédito);
• Documentos de conferência de mercadorias ou de prestação de
serviços, incluindo:
• Consultas de mesa;
• Crédito de consignação;
• Fatura de consignação nos termos do artigo 38º do código do IVA;
• Folhas de obra;

Apresentação | Jorge Carrapiço


136
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Documentos obrigatoriamente comunicados à AT:

• Nota de Encomenda;

• Orçamentos;

• Faturas pró-forma;

• Outros similares;

• Recibos (apenas no âmbito do regime do IVA de caixa, emitidos por


sujeitos passivos enquadrados no regime ou emitidos a estes sujeitos
passivo).

Apresentação | Jorge Carrapiço


137
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Prazo

Novidade:

A partir de 2020 (faturas e documentos emitidos em janeiro de 2020):

- A comunicação é efetuada até ao dia 12 do mês seguinte ao da emissão


do documento (alterado com a Lei 110/2019).

A partir de 2023 (faturas e documentos emitidos em janeiro de 2023):

- A comunicação é efetuada até ao dia 5 do mês seguinte ao da emissão


do documento (será dia 8 durante o ano 2023).

Apresentação | Jorge Carrapiço


138
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Elementos dos documentos a serem comunicados:


- Número de identificação fiscal do emitente;
- Número da fatura ou do documento;
- Data de emissão;
- Tipo de documento, nos termos referidos na estrutura de dados do SAF-
T;
- Número de identificação fiscal do adquirente que seja sujeito passivo de
IVA, quando tenha sido inserido no ato de emissão;
- Número de identificação fiscal do adquirente que não seja sujeito passivo
de IVA, quando este solicite a sua inserção no ato de emissão;

Apresentação | Jorge Carrapiço


139
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Elementos dos documentos a serem comunicados:

- Valor tributável da prestação de serviços ou da transmissão de bens;

- Taxas de IVA aplicáveis;

- O motivo justificativo da não aplicação do IVA, se aplicável;

- Montante de IVA ou Imposto do Selo liquidado (redação alterada com o


DL 28/2019)

- A menção «IVA - regime de caixa», se aplicável;

Apresentação | Jorge Carrapiço


140
Alterações aos Códigos fiscais
e legislação complementar

Elementos dos documentos a serem comunicados:

- O número do certificado do programa que os emitiu;

- Identificação do documento de origem, se aplicável;

- Identificação do documento retificado, se aplicável (novo com o DL


28/2019);

- Identificação do país ou região do imposto (novo com o DL 28/2019);

- Código único de documento (novo com o DL 28/2019) (apenas em


2023).

Apresentação | Jorge Carrapiço


141
5. Obrigações de utilização de
programas informáticos de faturação
certificados pela AT

Apresentação | Jorge Carrapiço


Meios de processamento de
faturas e restantes documentos
fiscalmente relevantes

Apresentação | Jorge Carrapiço


Obrigações de utilização de programas
informáticos de faturação certificados
pela AT

Meios de processamento de faturas e restantes documentos


fiscalmente relevantes

- Programas informáticos de faturação certificados pela AT;

- Programas informáticos de faturação disponibilizados no Portal das


Finanças pela AT;

- Outros meios eletrónicos, nomeadamente máquinas registadoras,


terminais eletrónicos e balanças eletrónicas;

- Documentos pré-impressos em tipografia autorizada.

Apresentação | Jorge Carrapiço


144
Obrigações de utilização de programas
informáticos de faturação certificados
pela AT

Meios de processamento de faturas e restantes documentos fiscalmente


relevantes

Como se constata, os meios de processamento de documentos de


faturação e outros relevantes fiscalmente, continuam a ser idênticos aos
previstos antes da entrada em vigor do DL 28/2019.

Todavia, existem algumas alterações importantes no âmbito da utilização


de programas informáticos de faturação certificados pela AT, que se
passam a descrever.

Apresentação | Jorge Carrapiço


145
Obrigações e condições
a partir de 01/01/2020

De acordo com o artigo 4.º


do Decreto-Lei n.º 28/2019,
de 15 de fevereiro

Apresentação | Jorge Carrapiço


Obrigações de utilização de programas
informáticos de faturação certificados
pela AT

Obrigação
Os sujeitos passivos com sede, estabelecimento estável ou domicílio em
território nacional e outros sujeitos passivos cuja obrigação de emissão de
fatura se encontre sujeita às regras estabelecidas na legislação interna
nos termos do artigo 35.º-A do Código do IVA, estão obrigados a utilizar,
exclusivamente, programas informáticos que tenham sido objeto de prévia
certificação pela AT, sempre que se verifique uma das condições:

Novo artigo
Obrigação de emissão de 35.º-A
faturas do CIVA

Apresentação | Jorge Carrapiço


147
Obrigações de utilização de programas
informáticos de faturação certificados
pela AT

Obrigação
• Utilizem programas informáticos de faturação;

• Sejam obrigados a dispor de contabilidade organizada ou por ela tenham


optado;

• Tenham tido, no ano civil anterior, um volume de negócios superior a €


50.000 euros ou, quando, no exercício em que se inicia a atividade, o
período em referência seja inferior ao ano civil, e o volume de negócios
anualizado relativo a esse período seja superior àquele montante.

Apresentação | Jorge Carrapiço


148
Obrigações de utilização de programas
informáticos de faturação certificados
pela AT

Entidades abrangidas
Sujeitos passivos de IVA em território nacional:

• Transmitentes de bens ou prestadores de serviços que sejam entidades


com sede, estabelecimento estável ou domicílio em território nacional
(incluindo sujeitos passivos de IRC e IRS);

• Transmitentes de bens ou prestadores de serviços que sejam não


residentes sem estabelecimento estável, com registo para efeitos de IVA
em território nacional, para as operações aqui localizadas, quando não
se aplique regra de inversão do sujeito passivo (e não exista acordo de
autofaturação) (novidade/clarificação);

Apresentação | Jorge Carrapiço


149
Obrigações de utilização de programas
informáticos de faturação certificados
pela AT

Entidades abrangidas

• Adquirentes de operações localizadas em território nacional praticadas


por entidades não residentes (outro Estado-Membro da União Europeia
ou país ou território terceiro), em que se aplica a regra de inversão do
sujeito passivo e em que existe acordo de autofaturação
(novidade/clarificação).

Esta obrigação aplica-se aos programas informáticos que emitem faturas


ainda que localizados fora do território nacional.

Apresentação | Jorge Carrapiço


150
Obrigações de utilização de programas
informáticos de faturação certificados
pela AT

Novidade
Passam a estar abrangidas pela obrigação de possuir programa
informático de faturação certificado as entidades do setor não
lucrativo e os sujeitos passivos da categoria B de IRS
enquadrados no regime simplificado (estes últimos continuam a
poder emitir faturas-recibo eletrónicas no Portal das Finanças),
sem prejuízo das dispensas previstas nas alíneas do nº 1 do
artigo 4º do DL 28/2019.

Todos os sujeitos passivos de IVA com contabilidade


organizada, incluindo todas as sociedades comerciais,
cooperativas, sucursais, empresários em nome individual e
trabalhadores independentes no regime da contabilidade,
passam a ser obrigados a possuir programa informático de
contabilidade, independentemente do montante do volume de
negócios do ano anterior.

Apresentação | Jorge Carrapiço


151
Obrigações de utilização de programas
informáticos de faturação certificados
pela AT

Dispensas
Entidades do setor não lucrativo e sujeitos passivos da categoria B de IRS,
que não possuam nem sejam obrigados a possuir contabilidade organizada,
e:

• Tenham tido, no ano civil anterior, um volume de negócios inferior ou


igual a 50.000 euros ou, quando, no exercício em que se inicia a
atividade, o período em referência seja inferior ao ano civil, e o volume
de negócios anualizado relativo a esse período seja inferior ou igual
àquele montante;

• E, não utilizem programas informáticos de faturação.

Apresentação | Jorge Carrapiço


152
Obrigações de utilização de programas
informáticos de faturação certificados
pela AT

Deixa de ser possível utilizar programas informáticos de faturação sem


serem certificados.

Estando obrigado a utilizar software certificado, essa utilização é exclusiva,


pelo que ficam impedidos de emitir faturas simplificadas através de outros
meios eletrónicos.

Apresentação | Jorge Carrapiço


153
Exclusão à obrigação de utilização
de programas informáticos de
faturação certificados pela AT

Apresentação | Jorge Carrapiço


Obrigações de utilização de programas
informáticos de faturação certificados
pela AT

Exclusão à obrigação de utilização de programas informáticos


de faturação certificados pela AT

É possível a utilização de documentos pré-impressos em


tipografia autorizadas ou documentos emitidos através de
outros meios eletrónicos (equipamentos sem programas
certificados) para a emissão de:

• documentos comprovativos de transmissões de bens


efetuadas através de aparelhos de distribuição automática; e

Apresentação | Jorge Carrapiço


155
Obrigações de utilização de programas
informáticos de faturação certificados
pela AT

Exclusão à obrigação de utilização de programas informáticos


de faturação certificados pela AT

• Bilhetes de transporte, ingressos ou outros documentos ao portador


comprovativos do pagamento de prestações de serviços de
estacionamento, de portagens, entradas em espetáculos, bibliotecas,
arquivos, museus, galerias de arte, castelos, palácios, monumentos,
parques, perímetros florestais, jardins botânicos, zoológicos e serviços
prestados por sujeitos passivos que exerçam a atividade económica de
diversão itinerante enquadrados nas subclasses 93211 e 93295 da
Classificação Portuguesa das Atividades Económicas, Revisão 3 (CAE -
Rev. 3), aprovada em anexo ao Decreto-Lei n.º 381/2007, de 14 de
novembro, na sua redação atual.

Apresentação | Jorge Carrapiço


156
Programas informáticos de
faturação certificado

Apresentação | Jorge Carrapiço


Obrigações de utilização de programas
informáticos de faturação certificados
pela AT

Requisitos de obtenção da certificação

Neste momento, a certificação do software pela AT está regulamentada na


Portaria nº 363/2010, de 23 de junho, com alterações posteriores, quanto
às normas legais gerais, e pelo Despacho nº 8632/2014, de 3 de julho,
quanto aos requisitos técnicos.

Aguarda-se a publicação de nova Portaria que irá regulamentar os


requisitos e o procedimento de certificação dos programas de faturação.

Apresentação | Jorge Carrapiço


158
Obrigações de utilização de programas
informáticos de faturação certificados
pela AT

Inoperacionalidade de programas informáticos de faturação

Em caso de inoperacionalidade do programa de faturação, os sujeitos


passivos devem emitir faturas ou documentos fiscalmente relevantes em
documentos pré-impressos em tipografias autorizadas, os quais devem
posteriormente ser recuperados para o programa informático.

Para efeitos da emissão dos documentos de faturação e documentos


fiscalmente relevantes (com exceção dos documentos de transporte), não
estão definidas as situações consideradas de inoperacionalidade.

Apresentação | Jorge Carrapiço


159
Obrigações de utilização de programas
informáticos de faturação certificados
pela AT

Documentos de transporte emitidos nos termos do RBC

Para efeitos da emissão dos documentos de transporte previstos no RBC,


podem ser consideradas inoperacionalidade as seguintes situações:

1) A impossibilidade de proceder à emissão do DT através de programa de


computador ou via eletrónica, por inoperacionalidade do sistema
informático do sujeito passivo ou por impossibilidade de acesso ao sistema
(situação não prevista na legislação);

Apresentação | Jorge Carrapiço


160
Obrigações de utilização de programas
informáticos de faturação certificados
pela AT

Documentos de transporte emitidos nos termos do RBC

2) Inoperacionalidade do sistema informático da comunicação, desde que


devidamente comprovado pelo respetivo operador (MEO, Vodafone, NOS,
etc.);

3) Inoperacionalidade do sistema da AT (Portal das Finanças ou serviço de


telefone inativo ou em manutenção).

Apresentação | Jorge Carrapiço


161
Obrigações de utilização de programas
informáticos de faturação certificados
pela AT

Documentos de transporte emitidos nos termos do RBC

Nestes casos de inoperacionalidade o sujeito passivo pode


alternativamente proceder da seguinte forma:

1.º Caso – Inoperacionalidade do sistema informático do sujeito


passivo ou impossibilidade de acesso ao sistema → Esta
inoperacionalidade pode ser ultrapassada com a emissão de um
DT em papel tipográfico e comunicação pelo serviço de
telefone com inserção no Portal das Finanças até ao 5.º dia útil
seguinte.

Apresentação | Jorge Carrapiço


162
Obrigações de utilização de programas
informáticos de faturação certificados
pela AT

Documentos de transporte emitidos nos termos do RBC

2.º Caso - Inoperacionalidade do sistema informático da


comunicação, desde que devidamente comprovado pelo
respetivo operador (MEO, Vodafone, NOS, etc..) → O DT é
emitido nos termos normais previstos do RBC, sempre com
impressão em papel para acompanhamento dos bens e a
comunicação é efetuada pelo serviço de telefone com inserção
no Portal das Finanças até ao 5.º dia útil seguinte.

Apresentação | Jorge Carrapiço


163
Obrigações de utilização de programas
informáticos de faturação certificados
pela AT

Documentos de transporte emitidos nos termos do RBC

3.º Caso - Inoperacionalidade do sistema da AT (Portal das Finanças ou


serviço de telefone inativo ou em manutenção) → O DT é emitido nos
termos normais previstos previsto no RBC, sempre com impressão em
papel para acompanhamento dos bens e a comunicação é efetuada por
inserção no Portal das Finanças até ao 5.º dia útil seguinte.

Apresentação | Jorge Carrapiço


164
Obrigações de utilização de programas
informáticos de faturação certificados
pela AT

Outros meios eletrónicos de faturação

São considerados como outros meios eletrónicos de faturação, as


máquinas registadoras, terminais eletrónicos, as balanças eletrónicas e
outros equipamentos similares.

Os outros meios eletrónicos referidos só podem ser utilizados para a


emissão de faturas simplificadas previstas no artigo 40º do Código do IVA,
não podendo ser utilizados para a emissão de faturas nos termos do artigo
36º do CIVA.

Apresentação | Jorge Carrapiço


165
Obrigações de utilização de programas
informáticos de faturação certificados
pela AT

Outros meios eletrónicos de faturação


O processamento de faturas simplificadas através de outros meios
eletrónicos de faturação apenas é possível quando o sujeito passivo em
causa não seja obrigado a possuir e utilizar programa informático de
faturação certificado (incluindo o programa disponibilizado pela AT).

Quando esses outros meios eletrónicos não tenham capacidade de registo


das operações em base de dados ou não tenham capacidade de
comunicação com base de dados exterior, não são obrigados a possuir um
programa informático de faturação certificado pela AT.

Nesses casos, as faturas simplificadas emitidas através de outros meios


eletrónicos são comunicadas manualmente por inserção no Portal E-fatura.

Apresentação | Jorge Carrapiço


166
Autofaturação e processamento
de faturas por terceiros em nome
e por conta dos sujeitos passivos

Apresentação | Jorge Carrapiço


Obrigações de utilização de programas
informáticos de faturação certificados
pela AT

Autofaturação e processamento de faturas por terceiros em nome e por


conta dos sujeitos passivos

Nos termos do n.º 14 do artigo 29.º do CIVA, as faturas podem ser


elaboradas pelo próprio adquirente dos bens ou serviços ou por um
terceiro, em nome e por conta do sujeito passivo.

Apresentação | Jorge Carrapiço


168
Obrigações de utilização de programas
informáticos de faturação certificados
pela AT

Autofaturação

A autofaturação corresponde ao procedimento de processamento e


elaboração das faturas pelo adquirente dos bens ou serviços, em nome e
por conta do sujeito passivo transmitente ou prestador.

Apresentação | Jorge Carrapiço


169
Obrigações de utilização de programas
informáticos de faturação certificados
pela AT

Autofaturação

O n.º 11 do artigo 36.º do CIVA obriga a que a elaboração de faturas por


parte do adquirente dos bens ou dos serviços fique sujeita às seguintes
condições:

• A existência de um acordo prévio, na forma escrita, entre o sujeito


passivo transmitente dos bens ou prestador dos serviços e o adquirente
ou destinatário dos mesmos;

• O adquirente provar que o transmitente dos bens ou prestador dos


serviços tomou conhecimento da emissão da fatura e aceitou o seu
conteúdo;

• Conter a menção 'autofaturação'.

Apresentação | Jorge Carrapiço


170
Obrigações de utilização de programas
informáticos de faturação certificados
pela AT

Elaboração de documentos de faturação e outros documentos


fiscalmente relevantes por terceiros em nome e por conta dos
sujeitos passivos (incluindo autofaturação)

Caso exista o acordo de elaboração de documentos de faturação e outros


documentos fiscalmente relevantes por terceiros em nome e por conta dos
sujeitos passivos, continua a ser o transmitente dos bens ou prestador dos
serviços, em nome de quem as faturas (e outros documentos fiscalmente
relevantes) são emitidas, o responsável pela sua emissão e veracidade do
seu conteúdo.

Apresentação | Jorge Carrapiço


171
Obrigações de utilização de programas
informáticos de faturação certificados
pela AT

Elaboração por entidades de países terceiros

Quando as faturas e outros documentos fiscalmente relevantes forem


elaborados em nome e por conta dos sujeitos passivos por adquirentes ou
terceiros sedeados em países ou territórios terceiros (não dispondo de
qualquer estabelecimento estável ou domicílio fiscal em qualquer Estado-
Membro da União Europeia), está sujeita a autorização prévia da AT.

Esta obrigação apenas entra em vigor a partir de 1 de janeiro de 2020.

Apresentação | Jorge Carrapiço


172
Obrigações de utilização de programas
informáticos de faturação certificados
pela AT

Elaboração por entidades de países terceiros

A autorização prévia à AT é submetida através do Portal das Finanças, em


funcionalidade ainda a ser disponibilizada, pelo sujeito passivo, em nome
de quem as faturas serão emitidas, onde são fornecidos os seguintes
elementos:
• Identificação do país terceiro onde se irá localizar o sistema informático de faturação;
• Responsabilização pela verificação continuada de que o sistema informático de
faturação cumpra os requisitos gerais de integridade operacional e dos dados
(previstos no artigo 11º do DL 28/2019);
• Que se responsabilize pela utilização continuada dum programa informático de
faturação certificado pela AT;
• E que se responsabilize que seja assegurado a todo o momento o acesso em linha, o
descarregamento e a utilização dos dados pela AT, através de terminais localizados em
território nacional.

Apresentação | Jorge Carrapiço


173
Obrigações de utilização de programas
informáticos de faturação certificados
pela AT

Elaboração por entidades de países terceiros


Essa autorização prévia pela AT apenas será concedida quando se
verifiquem todas as seguintes condições:

• Exista com o país terceiro um mecanismo de trocas de informação ou


cooperação administrativa no âmbito da fiscalidade;

• O sujeito passivo não esteja em situação de incumprimento das


obrigações declarativas e de pagamento de imposto relativas ao IVA e
IRC/IRS (dependendo se se trata de sujeito passivo coletivo ou singular);

• E, o sujeito passivo não tenha sido condenado pela prática de crimes


fiscais.

Apresentação | Jorge Carrapiço


174
6. Documentos de faturação

Apresentação | Jorge Carrapiço


Obrigações de sistemas
de faturação

Apresentação | Jorge Carrapiço


Documentos de faturação

Obrigações de sistemas de faturação

Faturas emitidas nos termos do artigo 36º do CIVA

As faturas emitidas nos termos do artigo 36º do CIVA devem ser


processadas através de programas informáticos de faturação certificados
pela AT, quando os sujeitos passivos sejam obrigados a utilizar esses
programas ou, a partir do momento em que optem por essa utilização.

Apresentação | Jorge Carrapiço


177
Documentos de faturação

Obrigações de sistemas de faturação

É possível a utilização de documentos pré-impressos em tipografias


autorizadas, para proceder à emissão de faturas nos termos do artigo 36.º
do CIVA.

Incluem-se nesta obrigação as faturas-recibo e os documentos retificativos


de faturas (notas de débito e notas de crédito) previstos no n.º 7 do artigo
29.º do CIVA, e os documentos fiscalmente relevantes nos termos da
alínea b) do artigo 2º do DL 28/2019.

Não é possível emitir faturas nos termos do artigo 36.º do CIVA através de
outros meios eletrónicos.

Apresentação | Jorge Carrapiço


178
Documentos de faturação

Faturas simplificadas emitidas nos termos do artigo 40.º do CIVA

As faturas simplificadas emitidas nos termos do artigo 40.º do CIVA são


processadas através de programas informáticos de faturação certificados
pela AT, quando os sujeitos passivos sejam obrigados a utilizar esses
programas ou, a partir do momento em que optem por essa utilização.

É possível a emissão de faturas simplificadas nos termos do artigo 40º do


CIVA através de documentos pré-impressos em tipografias autorizadas ou
outros meios eletrónicos, desde que o sujeito passivo não seja obrigado à
utilização de programas informáticos de faturação certificados pela AT em
termos idênticos aos referidos para as faturas.

Apresentação | Jorge Carrapiço


179
Documentos de faturação

Faturas simplificadas emitidas nos termos do artigo 40º do CIVA

As faturas e faturas simplificadas emitidas através de programas


informáticos certificados são assinadas eletronicamente com a chave
privada em uso pelo programa prevista no artigo 6º da Portaria nº
363/2010, de 23 de junho.

Na face dessas faturas, deve constar indicado uma parte dessa chave, bem
como o número do certificado atribuído ao respetivo programa, utilizando
para o efeito a expressão "Processado por programa certificado n.º..." e
quatro caracteres da identificação única do documento.

Apresentação | Jorge Carrapiço


180
Processamento de faturas

Apresentação | Jorge Carrapiço


Documentos de faturação

Faturas emitidas nos termos do artigo 36.º do CIVA

Elementos obrigatórios:

Nas faturas processadas através de programas informáticos, devem ser


inseridos pelo respetivo programa ou equipamento todas as menções
obrigatórias nos termos do n.º 5 do artigo 36.º do CIVA.

As faturas devem ser processadas em duplicado, destinando-se o original


ao cliente e a cópia ao arquivo do fornecedor, a menos que essa fatura
sirva de documento de transporte para efeitos do RBC que nesse caso
devem ser emitidas em triplicado.

Apresentação | Jorge Carrapiço


182
Documentos de faturação

Faturas emitidas nos termos do artigo 36º do CIVA


Utilização de séries de faturação

As faturas, identificadas através das respetivas designações, são emitidas


em uma ou mais séries, convenientemente referenciadas, de acordo com
as necessidades comerciais, devendo ser datadas e numeradas de forma
progressiva e contínua, dentro de cada série, por um período não inferior a
um ano fiscal.

Passou a ser obrigatória a comunicação à AT das séries de faturação em


utilização, através do Portal das Finanças em aplicação disponibilizada e
regulamentação da Portaria nº 195/2020

Apresentação | Jorge Carrapiço


183
Documentos de faturação

Faturas emitidas nos termos do artigo 36º do CIVA


Utilização de séries de faturação
Para a obtenção do código de validação das séries documentais, previsto no n.º
2 do artigo 35.º do Decreto-Lei n.º 28/2019, de 15 de fevereiro, os sujeitos
passivos devem comunicar, nos termos do n.º 1 do mesmo artigo, por meio de
processamento utilizado, como forma de identificação da série:

a) O identificador da série do documento;

b) O tipo de documento, de acordo com as tipologias documentais definidas na


estrutura de dados a que se refere a Portaria n.º 321-A/2007, de 26 de março,
nas notas técnicas correspondentes aos campos «Tipo de documento» e «Tipo
de recibo» do grupo de dados «Documentos comerciais»;

Apresentação | Jorge Carrapiço


184
Documentos de faturação

Faturas emitidas nos termos do artigo 36º do CIVA

Utilização de séries de faturação

c) O início da numeração sequencial a utilizar na série, de acordo com o


definido no n.º 3 do artigo 3.º;

d) A data prevista de início da utilização da série para a qual é solicitado


o código de validação.

Apresentação | Jorge Carrapiço


185
Documentos de faturação

Faturas emitidas nos termos do artigo 36º do CIVA

Composição do código único do documento


(ATCUD)
O código de validação da série a atribuir pela AT é composto por uma
cadeia de carateres, com um comprimento mínimo de oito (8) carateres.

O ATCUD é composto pela concatenação dos seguintes elementos,


separados pelo carácter «-», sem aspas:

a) Código de validação da série, como definido no n.º 1;

b) O número sequencial do documento dentro da série.

Apresentação | Jorge Carrapiço


186
Documentos de faturação

Faturas emitidas nos termos do artigo 36º do CIVA


Composição do código único do documento (ATCUD)

O número sequencial a utilizar é a sequência de caracteres numéricos,


sendo que, no caso dos programas informáticos de faturação, é a que se
encontra imediatamente a seguir à barra (/), tal como definido na
estrutura de dados referida na Portaria n.º 321-A/2007, de 26 de março,
nas notas técnicas correspondentes aos campos «Identificação única do
documento de venda», «Identificação única do documento de
movimentação de mercadorias», «Identificação única do documento» e
«Identificação única do recibo» do grupo de dados «Documentos
comerciais».

Apresentação | Jorge Carrapiço


187
Documentos de faturação

Faturas emitidas nos termos do artigo 36º do CIVA

Menção do código único de documento


(ATCUD)
O ATCUD, com o formato «ATCUD:CodigodeValidação-
NumeroSequencial», deve constar obrigatoriamente em todas as faturas e
outros documentos fiscalmente relevantes, emitidos por qualquer dos
meios de processamento

Em documentos com mais do que uma página, o ATCUD deve constar em


todas elas e, quando aplicável o disposto no artigo 6.º, imediatamente
acima do código de barras bidimensional (código QR).

Apresentação | Jorge Carrapiço


188
Documentos de faturação

Faturas emitidas nos termos do artigo 36º do CIVA

Código de barras bidimensional (código QR)


A elaboração do código de barras bidimensional (código QR) deve
obedecer às especificações técnicas definidas pela Autoridade Tributária e
Aduaneira, a disponibilizar no Portal das Finanças.

Apresentação | Jorge Carrapiço


189
Documentos de faturação

Faturas emitidas nos termos do artigo 36º do CIVA

Código de barras bidimensional (código QR)


Os produtores devem garantir a correta geração do código de barras
bidimensional (código QR) que deve constar obrigatoriamente nas faturas
e outros documentos fiscalmente relevantes, emitidos por programas
certificados pela AT.

Em documentos com mais do que uma página, o código de barras


bidimensional (código QR) pode constar na primeira ou na última página.

Apresentação | Jorge Carrapiço


190
Documentos de faturação

Faturas emitidas nos termos do artigo 36º do CIVA

Código único do documento – SAF-T campo:

Faturas emitidas em modo treino

É obrigatório que as faturas emitidas em modo treino contenham uma


expressão de tal facto, pois não titulam qualquer operação real. Essas
faturas emitidas em modo treino têm que se manter registadas na base de
dados do programa informático, como tal (novidade).

Apresentação | Jorge Carrapiço


191
Documentos de faturação

Faturas simplificadas emitidas nos termos do artigo 40º do CIVA

Questões Frequentes no Portal E-Fatura:

“FAQ 18-1119 Na emissão de fatura simplificada, pode ser utilizada uma


máquina registadora que não permita inserir o número de identificação fiscal
do adquirente, quando este não o solicite?

Apresentação | Jorge Carrapiço


192
Documentos de faturação

Faturas simplificadas emitidas nos termos do artigo 40º do CIVA

Não. No caso de emissão de faturas simplificadas pelos aparelhos referidos na


segunda parte do n.º 4 do artigo 40.º do CIVA (por exemplo, máquinas
registadoras, terminais eletrónicos ou balanças eletrónicas), estes devem
possuir uma funcionalidade que permita a inserção de todas as menções
obrigatórias.

Assim, quando a fatura simplificada é emitida por uma máquina registadora,


esta deve estar apta a incluir o número de identificação fiscal do adquirente,
não só nos casos em que ele é indicado, mas também quando está dispensada
a sua inserção na fatura simplificada.”

Apresentação | Jorge Carrapiço


193
Impressão de faturas

Apresentação | Jorge Carrapiço


Documentos de faturação

Impressão de faturas
Regra
Como regra, as faturas e faturas simplificadas emitidas através de
programas informáticos certificados pela AT são objeto de impressão ou
de envio por via eletrónica.

A impressão é obrigatória para faturação emitida por programa informático


certificado que não cumpra os requisitos e condições da faturação emitida
por via eletrónica.

A impressão tem por objetivo a entrega do original da fatura ao


adquirente, com o objetivo de titular a operação e de obtenção de
documento para o exercício do direito à dedução do IVA.

Apresentação | Jorge Carrapiço


195
Documentos de faturação

Impressão de faturas

Regra
O envio por via eletrónica é efetuado para faturas emitidas por programas
informáticos certificados, que cumpram os requisitos e condições da
faturação por via eletrónica.

As faturas simplificadas emitidas através de outros meios eletrónicos terão


que ser impressas para disponibilização ao adquirente, não podendo ser
enviadas por via eletrónica.

Despacho nº 8/2022 – SEAF – permite para o ano de 2023 faturas em pdf

Apresentação | Jorge Carrapiço


196
Procedimentos para dispensar a
impressão das faturas em papel ou da
transmissão por via eletrónica para os
adquirentes não sujeitos passivos

Apresentação | Jorge Carrapiço


Documentos de faturação

Procedimentos para dispensar a impressão das faturas em


papel ou da transmissão por via eletrónica para os adquirentes
não sujeitos passivos

Âmbito geral

O procedimento de dispensa da impressão das faturas em papel ou da


transmissão por via eletrónica para os adquirentes particulares é opcional
para os sujeitos passivos emitentes das faturas, mediante o cumprimento
de alguns requisitos e condições.

Apresentação | Jorge Carrapiço


198
Documentos de faturação

Condição para os adquirentes


A dispensa de impressão das faturas em papel ou da sua transmissão por
via eletrónica para os adquirentes não sujeitos passivos apenas é possível
quando esses adquirentes tenham fornecido o respetivo NIF para ser
incluído como identificação do adquirente nessas faturas.

Apresentação | Jorge Carrapiço


199
Documentos de faturação

Forma e prazo de exercício da opção

Os sujeitos passivos emitentes das faturas que pretendam exercer a opção


de dispensa de impressão de faturas em papel e transmissão por via
eletrónica devem comunicar previamente essa opção à AT, através do
serviço atendimento E-Balcão do Portal das Finanças, em
www.portaldasfinancas.gov.pt.

Os sujeitos passivos que tenham exercido esta opção podem, a todo o


tempo, proceder ao seu cancelamento através de comunicação, pela
mesma via.

Apresentação | Jorge Carrapiço


200
Documentos de faturação

Forma e prazo de exercício da opção


No campo “Assunto" do E-Balcão, indicar: “Portaria 144/2019 –
Comunicação Opção – NIF_________", fazendo referência ao NIF do sujeito
passivo aderente.

No campo “Mensagem" sugere-se a seguinte formulação: “Declaro que


pretendo optar pela dispensa de impressão de fatura em papel reunindo as
condições previstas no Artigo 4.º da Portaria 144/2019 de 15 de maio".

Apresentação | Jorge Carrapiço


201
Documentos de faturação

Condições para o exercício da opção

Os sujeitos passivos que pretendam exercer a opção de dispensa de


impressão da fatura são obrigados a:

• Emitir as faturas através de programa informático certificado;

• Efetuar a comunicação dos elementos das faturas abrangidas pela


dispensa de impressão em papel à AT em tempo real (sistema
webservice);

• Não estar em situação de incumprimento relativamente à obrigação de


comunicação dos elementos das faturas prevista no artigo 3.º do
Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto.

Apresentação | Jorge Carrapiço


202
Documentos de faturação

Condições para o exercício da opção

Alternativamente, a comunicação dos elementos das faturas pode ser


efetuada via envio do SAF-T relativo à faturação até ao dia 5 do mês
seguinte à data da emissão das faturas (transitoriamente dia 8 em 2023),
desde que o sujeito passivo efetue a comunicação, em tempo real no
momento em que a fatura for emitida, do conteúdo das faturas aos
respetivos adquirentes ou destinatários através de meio eletrónico.

Apresentação | Jorge Carrapiço


203
Documentos de faturação

Condições para o exercício da opção

Esta comunicação do conteúdo das faturas para o adquirente pode ser


por email, em sítio de internet específico numa área de acesso exclusivo ou
adquirente.

Esse conteúdo da fatura não tem que corresponder a fatura emitida com
aposição de assinatura eletrónica avançada ou selo eletrónico avançado,
ou se pode ser uma mera impressão ou digitalização em “pdf” da fatura
sem qualquer controlo e garantia do conteúdo adicional.

Apresentação | Jorge Carrapiço


204
Documentos de faturação

Disponibilização pela AT dos elementos das faturas

Os elementos das faturas que sejam comunicados à AT na forma prevista


em tempo real, através do sistema webservice, bem como aquelas emitidas
aos adquirentes (não sujeitos passivos) através da aplicação de faturas-
recibo eletrónicas do Portal das Finanças, são imediatamente
disponibilizados no Portal E-Fatura, em área específica para o efeito.

As faturas que tenham sido comunicadas através do envio do SAF-T


relativo à faturação serão disponibilizadas no Portal E-Fatura, em área
específica para o efeito, no prazo de 10 dias após terminar o prazo dessa
comunicação.

Apresentação | Jorge Carrapiço


205
Documentos de faturação

Garantia de emissão de fatura

A dispensa de impressão da fatura em papel ou da sua transmissão por via


eletrónica depende de aceitação pelo respetivo destinatário.

Os destinatários das faturas abrangidas pela dispensa devem exigir a sua


impressão em papel sempre que tenham indícios de que a sua emissão não
tenha ocorrido, nomeadamente quando não ocorra a comunicação, em
tempo real, do respetivo conteúdo (seja pela AT ou pelo próprio sujeito
passivo emitente).

Apresentação | Jorge Carrapiço


206
Vários procedimentos para
emissão de faturas

Apresentação | Jorge Carrapiço


Documentos de faturação

Vários procedimentos para emissão de faturas

Atendendo a estas disposições legais previstas no DL 28/2019 e na


Portaria nº 144/2019, determinado sujeito passivo que emita faturas a
outros sujeitos passivos e, simultaneamente, a consumidores finais, pode
ter que dispor duma multiplicidade de diferentes procedimentos para o
processamento de faturas, senão vejamos.

Apresentação | Jorge Carrapiço


208
Documentos de faturação

Vários procedimentos para emissão de faturas

Faturas a consumidores finais (5 procedimentos disponíveis)

- Emissão de faturas através programa informático certificado, com


impressão e entrega em papel ao adquirente;

- Emissão de faturas manualmente em impressos de tipografia autorizada,


em situações de inoperacionalidade do sistema informático de faturação;

- Emissão por via eletrónica de faturas através programa informático


certificado, com acordo prévio do adquirente;

Apresentação | Jorge Carrapiço


209
Documentos de faturação

Vários procedimentos para emissão de faturas

Faturas a consumidores finais (5 procedimentos disponíveis)

- Emissão de faturas através programa informático certificado, sem


impressão em papel ou emissão e envio por via eletrónica, com
comunicação imediata em tempo real para a AT dos elementos dessa
fatura;

- Emissão de faturas através programa informático certificado, sem


impressão em papel ou emissão e envio por via eletrónica, com
comunicação em tempo real para o adquirente do conteúdo dessa fatura e
com comunicação para AT através de envio de SAF-T (até ao dia 5 do mês
seguinte – 8 para 2023)

Apresentação | Jorge Carrapiço


210
7. Documentos
de conferência
de mercadorias ou de
prestações de serviços

Apresentação | Jorge Carrapiço


Definição

Apresentação | Jorge Carrapiço


Documentos de conferência
de mercadorias ou de prestações
de serviços

Definição

O que são os documentos de conferência de mercadorias ou de


prestações de serviços?

São documentos fiscalmente relevantes, que independentemente da sua


designação, sejam suscetíveis de apresentação ao cliente para que
possibilitem a conferência das mercadorias entregues ou dos serviços
prestados, mesmo que sejam objeto de faturação posterior.

Apresentação | Jorge Carrapiço


213
Documentos de conferência
de mercadorias ou de prestações
de serviços

Definição

Os tipos de documentos de conferência de mercadorias ou de


prestações de serviços podem ser:
- Consultas de mesa;
- Crédito de consignação;
- Fatura de consignação nos termos do art.º 38º do código do
IVA;
- Folhas de obra;
- Nota de Encomenda;
- Orçamentos;
- Pró-forma;
- E outros similares.

Apresentação | Jorge Carrapiço


214
Documentos de conferência
de mercadorias ou de prestações
de serviços

Definição

Para o setor Segurador, estes documentos podem ser:

- Prémio ou recibo de prémio;

- Estorno ou recibo de estorno;

- Imputação a co-seguradoras;

- Imputação a co-seguradora líder;

- Resseguro aceite.

Apresentação | Jorge Carrapiço


215
Processamento
dos documentos

Apresentação | Jorge Carrapiço


Documentos de conferência
de mercadorias ou de prestações
de serviços

Processamento dos documentos

Os documentos de conferência de mercadorias e de prestações de


serviços não têm propriamente um formalismo específico ou elementos
que tenham que constar obrigatoriamente, tal como previsto para as
faturas.

Naturalmente, estes documentos pela sua natureza podem ser


constituídos com formato e elementos específicos para cada empresa ou
para cada atividade.

Apresentação | Jorge Carrapiço


217
Documentos de conferência
de mercadorias ou de prestações
de serviços

Processamento dos documentos


Ainda assim, nos documentos que possibilitem a conferência de
mercadorias ou de prestação de serviços processados através de
programas informáticos ou de outros meios eletrónicos,
independentemente do suporte em que sejam apresentados ao cliente,
devem ser inseridos pelo respetivo programa ou equipamento os seguintes
elementos:
- Número sequencial do documento;
- Data e hora de emissão;
- Denominação social e número de identificação fiscal do fornecedor dos
bens ou prestador de serviços;

Apresentação | Jorge Carrapiço


218
Documentos de conferência
de mercadorias ou de prestações
de serviços

Processamento dos documentos

- Denominação usual e quantidades dos bens transmitidos ou dos serviços


prestados;

- O preço líquido de imposto e o montante de imposto devido, ou o preço


com a inclusão do imposto;

- A indicação expressa de que não constituem fatura.

Quanto à hora de emissão, ainda não é claro se essa hora deve ser a hora
da produção e finalização do documento em causa ou da emissão
propriamente dita.

Apresentação | Jorge Carrapiço


219
8. Outros documentos

Apresentação | Jorge Carrapiço


Recibos

Apresentação | Jorge Carrapiço


Outros documentos

Recibos

Novidade:

Os recibos passam a ser expressamente documentos fiscalmente


relevantes, ficando sujeitos a ser emitidos obrigatoriamente pelos meios
de processamento previstos no artigo 3º do DL 28/2019, nomeadamente:
- Programas informáticos de faturação, incluindo aplicações de faturação
disponibilizadas pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT);
- Outros meios eletrónicos, nomeadamente máquinas registadoras,
terminais eletrónicos ou balanças eletrónicas;
- Documentos pré-impressos em tipografia autorizada.

Apresentação | Jorge Carrapiço


222
Outros documentos

Recibos

As obrigações de utilização dos programas informáticos de faturação


certificados pela AT, bem como as possibilidades de emissão através de
outros meios eletrónicos e de documentos pré-impressos em tipografias
autorizadas, também se aplicam à emissão de recibos, em condições
idênticas àquelas previstas para as faturas.

Enquanto não for publicada nova regulamentação de certificação dos


programas informáticos de faturação, os recibos continuam a ser assinados
nos termos do artigo 6º da Portaria nº 363/2010.

Apresentação | Jorge Carrapiço


223
9. Requisitos dos programas
informáticos de faturação
e contabilidade

Apresentação | Jorge Carrapiço


Requisitos dos programas
informáticos de faturação e
contabilidade

Os requisitos obrigatórios para os programas informáticos de faturação


previstos no artigo 11º do DL 28/2019 são similares àqueles previstos no
artigo 5º do DL 198/90, de 19 de junho, na sua redação atual.

Estes requisitos passam também a abranger os programas informáticos de


contabilidade.

Entraram em vigor no dia 16/02/2019 e aplicam-se obrigatoriamente a


partir de 1/07/2019, de acordo com o Despacho do SEAF nº 85/2019-XXI
de 1 de março de 2019, sob pena de aplicação de coimas a partir dessa
data.

Apresentação | Jorge Carrapiço


225
Requisitos obrigatórios

Apresentação | Jorge Carrapiço


Requisitos dos programas
informáticos de faturação e
contabilidade

Requisitos obrigatórios

Os produtores e instaladores e os utilizadores de programas


informáticos destinados a processar faturas, outros documentos
fiscalmente relevantes ou registos contabilísticos, devem
assegurar que os respetivos programas respeitam a integridade
operacional, a integridade dos dados de suporte aos programas
de faturação e contabilidade e a disponibilidade da
documentação técnica relevante.

Apresentação | Jorge Carrapiço


227
Integridade operacional
e integridade
dos dados de suporte

Apresentação | Jorge Carrapiço


Requisitos dos programas
informáticos de faturação e
contabilidade

Integridade operacional e integridade dos dados de suporte

Os programas devem garantir:

- O controlo de integridade, exatidão e fiabilidade da informação criada,


recebida, processada ou emitida, através de funções de gestão de acessos
às funções do programa, deteção de alterações diretas ou anónimas à
informação gerida ou utilizada no sistema e da preservação da informação
necessária à reconstituição e verificação da correção do processamento de
operações fiscalmente relevantes suportadas pelo sistema;

Apresentação | Jorge Carrapiço


229
Requisitos dos programas
informáticos de faturação e
contabilidade

Integridade operacional e integridade dos dados de suporte

- A possibilidade de os utilizadores autorizados fazerem as cópias de


segurança necessárias ao cumprimento do dever legal de conservação de
arquivos;

- Impossibilidade de continuação da utilização do sistema quando se


verifiquem alterações à informação gerida ou utilizada no sistema que
possam colocar em causa a integridade, a exatidão e a fiabilidade da
informação criada, recebida, processada ou emitida, enquanto o produtor
do programa não produzir relato técnico a identificar a anomalia detetada;

Apresentação | Jorge Carrapiço


230
Requisitos dos programas
informáticos de faturação e
contabilidade

Integridade operacional e integridade dos dados de suporte

- A acessibilidade e legibilidade pela AT da informação, através da


disponibilidade de funções ou programas para acesso controlado aos
dados, independentemente dos sistemas informáticos e respetivas versões
em uso no momento do processamento, e que permitam a exportação de
cópias exatas para suportes externos.

Apresentação | Jorge Carrapiço


231
Documentação técnica

Apresentação | Jorge Carrapiço


Requisitos dos programas
informáticos de faturação e
contabilidade

Documentação técnica

Os sujeitos passivos produtores ou utilizadores de programas


devem garantir a disponibilidade, acessibilidade e legibilidade
pela AT de documentação técnica relevante para a aferição da
integridade operacional dos programas informáticos que
produzem ou utilizam, documentando concretamente:

- As funcionalidades asseguradas e respetiva articulação;


- Os ciclos operativos de exploração do sistema;
- As funcionalidades de controlo disponíveis e a auditabilidade das
mesmas;
- Os mecanismos, utilizados na preservação da integridade e exatidão dos
dados e dos processos;
- O modelo e o dicionário de dados que permitam identificar o conteúdo
das estruturas de dados e respetivo ciclo de vida.

Apresentação | Jorge Carrapiço


233
Requisitos dos programas
informáticos de faturação e
contabilidade

Documentação técnica

Nos casos em que, ao longo do período legalmente previsto de


conservação dos dados, tenham sido usados diferentes sistemas
ou diferentes versões do mesmo sistema, a documentação
referida deve estar disponível, para cada sistema ou versão, nas
mesmas condições de acessibilidade e legibilidade.

Apresentação | Jorge Carrapiço


234
Obrigação de extração
do SAF-T

Apresentação | Jorge Carrapiço


Requisitos dos programas informáticos de
faturação e contabilidade

Obrigação de extração do SAF-T

Os sistemas informáticos de faturação ou contabilidade devem ter a


possibilidade de exportar o ficheiro de auditoria tributária previsto no n.º 8
do artigo 123.º do Código do IRC.

Apresentação | Jorge Carrapiço


236
Cópias de segurança das bases de
dados do programa de faturação e
contabilidade

Apresentação | Jorge Carrapiço


Requisitos dos programas informáticos de
faturação e contabilidade

Cópias de segurança das bases de dados do programa de faturação e


contabilidade

Os sujeitos passivos utilizadores de programas informáticos que


processem faturas, outros documentos fiscalmente relevantes ou registos
contabilísticos devem garantir a existência de cópias de segurança dos
dados.

Apresentação | Jorge Carrapiço


238
10. Faturação
por via eletrónica

Apresentação | Jorge Carrapiço


Emissão de fatura
por via eletrónica

Apresentação | Jorge Carrapiço


Faturação por via eletrónica

Emissão de fatura por via eletrónica

Nos termos do nº 10 do artigo 36º do CIVA e do nº 1 do artigo 12º do DL


28/2019, as faturas podem, sob reserva de aceitação pelo destinatário, ser
emitidas por via eletrónica.

As faturas por via eletrónica podem ser emitidas através de programas


informáticos certificados pela AT desde que seja garantida a autenticidade
da origem, a integridade do conteúdo e legibilidade das faturas e demais
documentos fiscalmente relevantes emitidos, desde o momento da sua
emissão até ao final do período de arquivo, implementando controlos de
gestão que criem uma pista de auditoria fiável entre aqueles documentos e
as transmissões de bens ou as prestações de serviços.

Apresentação | Jorge Carrapiço


241
Faturação por via eletrónica

Emissão de fatura por via eletrónica

Considera-se garantida a autenticidade da origem e a integridade do


conteúdo dos documentos emitidos por via eletrónica se adotado,
nomeadamente, um dos seguintes procedimentos:
- Aposição de uma assinatura eletrónica qualificada nos termos legais;
- Aposição de um selo eletrónico qualificado, nos termos do Regulamento
(UE) n.º 910/2014, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de julho
de 2014;
- Utilização de um sistema de intercâmbio eletrónico de dados, desde que
os respetivos emitentes e destinatários outorguem um acordo que siga as
condições jurídicas do «Acordo tipo EDI europeu», aprovado pela
Recomendação n.º 1994/820/CE, da Comissão, de 19 de outubro.

Apresentação | Jorge Carrapiço


242
Faturação por via eletrónica

Emissão de fatura por via eletrónica

Regime transitório

A aposição de assinatura eletrónica qualificada e de selo eletrónico qualificado apenas é


obrigatória a partir de 1 de janeiro de 2024 – Despacho nº 8/2022 - SEAF.

Até 31 de dezembro de 2023, podem ser adotados os procedimentos de aposição de uma


assinatura eletrónica qualificada ou de aposição de um selo eletrónico qualificado.

Apresentação | Jorge Carrapiço


243
11. Emissão de faturas e outros
documentos relevantes fiscalmente
manualmente através impressos de
tipografia autorizada

Apresentação | Jorge Carrapiço


Emissão de faturas e outros documentos
relevantes fiscalmente manualmente através
impressos de tipografia autorizada

Nos termos do disposto na alínea c) do artigo 3.º do presente decreto-lei e


da alínea e) do n.º 1 do artigo 5.º do RBC, é possível a emissão manual de
faturas, de documentos de transporte e de outros documentos fiscalmente
relevantes desde que se utilizem documentos pré-impressos em
tipografias devidamente autorizadas pelo membro do Governo
responsável pela área das finanças, devendo obedecer a um sistema de
numeração unívoca.

Apresentação | Jorge Carrapiço


245
Emissão de faturas e outros documentos
relevantes fiscalmente manualmente através
impressos de tipografia autorizada

A utilização de faturas pré-impressas em tipografias autorizadas apenas


pode ser efetuada em duas situações:

- Quando o sujeito passivo não utilize ou não seja obrigado a utilizar


programas informáticos de faturação certificados;

- E quando exista alguma de situação de inoperacionalidade desses


programas de faturação.

Apresentação | Jorge Carrapiço


246
Obrigações
das tipografias

Apresentação | Jorge Carrapiço


Emissão de faturas e outros documentos
relevantes fiscalmente manualmente através
impressos de tipografia autorizada

Obrigações das tipografias

O pedido de autorização para o exercício da atividade de tipografia para a


emissão de documentos de faturas e outros fiscalmente relevantes deve
ser efetuado através do Portal das Finanças, por sistema disponibilizado
para o efeito no Portal E-Fatura - Tipografias.

Apresentação | Jorge Carrapiço


248
Emissão de faturas e outros documentos
relevantes fiscalmente manualmente através
impressos de tipografia autorizada

Obrigações das tipografias

Condições para a concessão da autorização pelo ministro das finanças:

- Não tenham sofrido condenação nos termos dos artigos 87.º a 111.º,
113.º, 114.º, 116.º a 118.º, 120.º, 122.º, 123.º e 127.º do Regime Geral das
Infrações Tributárias (RGIT), nem nos termos das normas correspondentes
dos regimes jurídicos das infrações fiscais aduaneiras e não aduaneiras,
aprovados, respetivamente, pelos Decretos-Leis n.ºs 376-A/89, de 25 de
outubro, e 20-A/90, de 15 de janeiro;

Apresentação | Jorge Carrapiço


249
Emissão de faturas e outros documentos
relevantes fiscalmente manualmente através
impressos de tipografia autorizada

Obrigações das tipografias

- Não estejam em falta relativamente ao cumprimento das obrigações


declarativas e de pagamento do IVA e do pagamento do IRC (ou IRS);

- Não se encontrem em estado de falência ou insolvência;

- Não tenham sido condenadas por crimes previstos nos artigos 256.º,
258.º, 259.º, 262.º, 265.º, 268.º e 269.º do Código Penal.

Apresentação | Jorge Carrapiço


250
Emissão de faturas e outros documentos
relevantes fiscalmente manualmente através
impressos de tipografia autorizada

Obrigações das tipografias


Documentação a submeter para obtenção da autorização
O pedido de autorização referido anteriormente deve ser entregue, por via
eletrónica, no Portal das Finanças, contendo a identificação, as atividades
exercidas e o local do estabelecimento da tipografia, devendo ser
acompanhado dos seguintes elementos:
- Certificado do registo criminal do proprietário da empresa, ou, tratando-
se de sociedade comercial, de cada um dos sócios gerentes ou
administradores em exercício;
- Certificado, processado pela entidade judicial respetiva, para comprovar
que não se encontra em estado de falência ou insolvência.

Apresentação | Jorge Carrapiço


251
Emissão de faturas e outros documentos
relevantes fiscalmente manualmente através
impressos de tipografia autorizada

Obrigações das tipografias


Aquisição de faturas e de documentos de transporte
A aquisição dos impressos em tipografias autorizadas é efetuada mediante
requisição escrita do adquirente utilizador, a qual contém os elementos
necessários ao registo, especificamente: os elementos identificativos dos
adquirentes (nome ou denominação social, número de identificação fiscal,
concelho e distrito da sede ou domicílio) e as gamas de numeração dos
impressos.
O registo dos fornecimentos dos impressos tipográficos dos documentos
de transporte e/ou faturas é efetuado através de suporte informático,
devendo conter os elementos identificativos dos adquirentes e as gamas
de numeração dos impressos.

Apresentação | Jorge Carrapiço


252
Emissão de faturas e outros documentos
relevantes fiscalmente manualmente através
impressos de tipografia autorizada

Obrigações das tipografias


Aquisição de faturas e de documentos de transporte
Estas requisições de documentos de transporte ou faturas são
comunicadas pela tipografia à AT através do Portal das Finanças, por
sistema disponibilizado para o efeito no Portal E-Fatura - Tipografias, antes
da impressão dos referidos documentos, com indicação dos elementos
referidos no parágrafo anterior, incluindo ainda os dados de identificação
da tipografia, os documentos fornecidos, a respetiva quantidade e a
numeração atribuída.
Nos casos em que os adquirentes não se encontrem registados na AT para
o exercício de uma atividade comercial, industrial ou agrícola, a AT emite,
em tempo real, no Portal das Finanças, um alerta seguido de notificação,
advertindo a tipografia de que não pode proceder à impressão dos
documentos, sob pena de ser cancelada a autorização de impressão.

Apresentação | Jorge Carrapiço


253
12. Arquivo

Apresentação | Jorge Carrapiço


Obrigações

Apresentação | Jorge Carrapiço


Arquivo

Obrigações

Registo dos documentos arquivados

As faturas e demais documentos fiscalmente relevantes devem ser


guardados de forma sequencial e ininterruptamente e respeitar o plano de
arquivo e a individualização de cada exercício, abrangendo a integralidade
dos documentos.

Apresentação | Jorge Carrapiço


256
Arquivo

Condições gerais do arquivo de registos e documentos produzidos


através de meios informáticos:

Quando a contabilidade ou a faturação for estabelecida por meios


informáticos, deve ser assegurado quanto aos respetivos registos o
seguinte:

- O seu armazenamento seguro durante o período legalmente


estabelecido, através de:

Apresentação | Jorge Carrapiço


257
Arquivo

Condições gerais do arquivo de registos e documentos


produzidos através de meios informáticos:

- Preservação em condições de acessibilidade e legibilidade


que permitam a sua utilização sem restrições, a todo o tempo;

- Existência de controlos de integridade, impedindo a sua


alteração, destruição ou inutilização;

- Abrangência dos dados que sejam necessários à completa e


exaustiva reconstituição e verificação da fundamentação de
todas as operações fiscalmente relevantes;

Apresentação | Jorge Carrapiço


258
Arquivo

Condições gerais do arquivo de registos e documentos


produzidos através de meios informáticos:
- A sua acessibilidade e legibilidade pela AT da informação, através da
disponibilidade de:

- Funções ou programas para acesso controlado aos dados, independentemente


dos sistemas informáticos e respetivas versões em uso no momento do
processamento;

- Funções ou programas permitindo a exportação de cópias exatas para suportes


ou equipamentos correntes no mercado;

- Documentação, apresentada sob forma legível, que permita a sua interpretação.

Estas condições gerais de conservação do arquivo são extensivas à


documentação relativa à análise, programação e execução dos tratamentos
informáticos, e às cópias de segurança dos dados de suporte aos programas de
faturação e contabilidade.

Apresentação | Jorge Carrapiço


259
Formato e localização
do arquivo

Apresentação | Jorge Carrapiço


Arquivo

Formato e localização do arquivo

Sujeitos passivos com sede, estabelecimento estável ou domicílio em


território nacional:

Estas obrigações são aplicadas às faturas emitidas e recebidas, aos livros,


registos e demais documentos fiscalmente relevantes e de suporte para
efeitos contabilísticos, incluindo as operações realizadas no estrangeiro,
nomeadamente através de representações permanentes ou sucursais no
estrangeiro.

Apresentação | Jorge Carrapiço


261
Arquivo

Formato e localização do arquivo

Documentos em formato papel:

- São obrigatoriamente mantidos em estabelecimento ou instalação


situado em território nacional.

Apresentação | Jorge Carrapiço


262
Arquivo

Formato e localização do arquivo

Documentos em suporte eletrónico (incluindo cópias de segurança):

- Podem ser mantidos em Portugal ou em qualquer outro Estado-Membro


da União Europeia.

É possível manter o arquivo de documentos de faturação e outros


documentos fiscalmente relevantes, emitidos e recebidos por via
eletrónica, num país ou território terceiro, desde que se obtenha
autorização prévia da AT.

Apresentação | Jorge Carrapiço


263
Arquivo

Formato e localização do arquivo

Sujeitos passivos não residentes com estabelecimento estável em


Portugal:

As obrigações são as referidas para os sujeitos passivos residentes, mas


apenas se aplicam aos documentos relacionados com as operações
imputáveis ao estabelecimento estável (ou estabelecimentos estáveis,
quando exista mais do que um) em território nacional.

Apresentação | Jorge Carrapiço


264
Arquivo

Formato e localização do arquivo

Os sujeitos passivos sem sede, estabelecimento estável ou domicílio em


território nacional

Para as obrigações fiscais relacionadas com operações aqui localizadas ou


aqui sujeitas a tributação em IVA (ou IR):

- Que pretendam manter o arquivo das faturas emitidas e recebidas, dos


livros, registos e demais documentos, num local ou instalação de país ou
território terceiro, devem solicitar autorização prévia à AT.

Apresentação | Jorge Carrapiço


265
Arquivo

Formato e localização do arquivo

Comunicações e autorizações prévias do local do arquivo:

Para os sujeitos passivos com sede, estabelecimento estável ou domicílio


em território nacional:

- A identificação do local do arquivo (Portugal ou outro EM da UE) é


efetuada através da declaração de início/alterações de atividade, em
campo apropriado para o efeito.
Apenas entra em vigor quando forem publicados os novos formulários
dessas declarações que contenham os quadros e campos específicos
(conforme previsto no Despacho do Secretário dos Assuntos Fiscais
(SEAF) nº 85/2019-XXI de 1 de março de 2019).

Apresentação | Jorge Carrapiço


266
Arquivo

Formato e localização do arquivo

Para os sujeitos passivos sem sede, estabelecimento estável ou domicílio


em território nacional:

- O pedido de autorização prévia à AT é efetuado através do Portal das


Finanças, em funcionalidade a ser disponibilizada.

Esse pedido deve conter a identificação do país ou território terceiro onde


pretende localizar o arquivo, bem como, verificação das seguintes
condições:

Apresentação | Jorge Carrapiço


267
Arquivo

Formato e localização do arquivo

- O sistema informático de faturação e contabilidade


respeite os requisitos enunciados no artigo 11º do DL
28/2019 (integridade operacional, a integridade dos
dados de suporte aos programas de faturação e
contabilidade e a disponibilidade da documentação
técnica relevante).
- Seja utilizado um programa de faturação certificado
pela AT;
- Seja assegurado, através de terminais localizados em
território nacional, o acesso em linha, o
descarregamento e a utilização dos dados pela AT.

Apresentação | Jorge Carrapiço


268
Arquivo

Formato e localização do arquivo

Condições para ser deferido o pedido de autorização prévia:

- Exista com o país ou território terceiro um mecanismo de trocas de


informação ou cooperação administrativa no âmbito da fiscalidade;

- O sujeito passivo não está em situação de incumprimento das obrigações


de declaração de imposto e de pagamento relativas ao IVA e IRC ou IRS,
consoante o caso;

- O sujeito passivo não tenha sido condenado pela prática de crimes


fiscais.

Apresentação | Jorge Carrapiço


269
Arquivo eletrónico

Apresentação | Jorge Carrapiço


Arquivo

Arquivo eletrónico

Novidade

Os documentos de faturação, os documentos de transporte, recibos e


quaisquer outros documentos de conferência de mercadorias ou de
prestação de serviços que se apresentem em formato papel podem ser
digitalizados e arquivados em formato eletrónico.

Apresentação | Jorge Carrapiço


271
Arquivo

Arquivo eletrónico

Procedimentos de digitalização dos documentos em papel


Os procedimentos específicos para se realizar a digitalização dos
documentos em papel pode ser através de digitalização em formato “pdf”,
foto, outro.

Estão previstos requisitos e condições genéricas, nomeadamente de que


as operações de digitalização e arquivo eletrónico devem ser executadas
com o rigor técnico necessário à obtenção e reprodução de imagens
perfeitas, legíveis e inteligíveis dos documentos originais, sem perda de
resolução e informação, de forma a garantir a sua consulta e reprodução
em papel ou outro suporte eletrónico.

Apresentação | Jorge Carrapiço


272
Arquivo

Arquivo eletrónico

Procedimentos de digitalização dos documentos em papel

Na criação do arquivo devem ser assegurados:

- A execução de controlos que garantam a integridade, exatidão e


fiabilidade do arquivamento;

- A execução de funcionalidades destinadas a prevenir a criação indevida e


a detetar qualquer alteração, destruição ou deterioração dos registos
arquivados.

Apresentação | Jorge Carrapiço


273
Arquivo

Arquivo eletrónico
Destruição dos documentos originais emitidos ou recebidos em papel

Após a digitalização dos documentos de acordo com os requisitos e


condições definidas legalmente, é possível efetuar a destruição dos
originais emitidos ou recebidos em papel.

Para as faturas recebidas de fornecedores, essa destruição apenas pode


ser efetuada após se ter sido exercido o direito à dedução do IVA, se for o
caso, e efetuado o registo contabilístico da operação e do IVA deduzido.
Após a destruição dos originais, para efeitos fiscais, as reproduções
integrais em papel, obtidas a partir dos arquivos em formato eletrónico,
têm o valor probatório desses documentos originais.

Apresentação | Jorge Carrapiço


274
Arquivo

Arquivo eletrónico

Arquivo eletrónico efetuado e gerido por terceiros

O arquivo eletrónico, as operações de digitalização, de destruição de


originais e de reprodução de cópias eletrónicas podem ser efetuados por
uma terceira entidade, em nome e por conta do sujeito passivo.

Na realização do arquivo eletrónico, nomeadamente no registo dos


documentos, e na digitalização dos documentos em papel, efetuadas por
terceiros, deve ser aposto em todos os registos dos documentos ou grupo
de documentos uma soma de verificação pelo terceiro executante do
arquivo que certifica o desenvolvimento exato do processo.

Apresentação | Jorge Carrapiço


275
Arquivo

Arquivo eletrónico

Arquivo eletrónico efetuado e gerido por terceiros

A destruição dos documentos originais em papel, nos termos referidos,


apenas pode ser efetuada pela terceira entidade gestora do arquivo
quando se obtenha a confirmação do sujeito passivo.

Com a cessação do contrato de serviços, a entidade terceira contratada


deve assegurar a transferência do arquivo para o sujeito passivo ou para
outra entidade, por este indicada.

Apresentação | Jorge Carrapiço


276
Arquivo

Arquivo eletrónico

Integridade e legibilidade

Durante o prazo obrigatório de conservação do arquivo (10 anos ou mais),


os processos de arquivamento devem garantir que não se verifica perda de
informação nem alteração das imagens contidas nos documentos em
causa.

Devem ser efetuados controlos regulares, integrais ou por amostragem, à


legibilidade dos dados arquivados em formato digital.

Apresentação | Jorge Carrapiço


277
Arquivo

Arquivo eletrónico

Migração de arquivo para novo suporte eletrónico

Um arquivo em suporte eletrónico pode ser migrado para um novo


suporte, desde que assegurados os pressupostos elencados nos números
anteriores, sempre que:

- O suporte original se torne tecnologicamente obsolescente; ou

- Exista risco de que a legibilidade dos dados possa ser comprometida.

Apresentação | Jorge Carrapiço


278
Plano do arquivo

Apresentação | Jorge Carrapiço


Arquivo

Plano do arquivo

O plano de arquivo contém um ficheiro com a lista dos documentos


fiscalmente relevantes aí registados.

Quando os sujeitos passivos possuam ou devam possuir sistemas


informáticos de faturação ou contabilidade, esse plano de arquivo pode ser
gerado para um ficheiro com o mesmo formato e estrutura de dados e
seguir as regras definidas para o preenchimento do SAF-T (previsto com a
estrutura de dados da Portaria nº 321-A/2007, de 26 de março, com as
alterações promovidas pela Portaria nº 302/2016, de 2 de dezembro).

Apresentação | Jorge Carrapiço


280
Arquivo

Plano do arquivo

Caraterísticas do plano de arquivo

- Os ficheiros de imagens devem ser denominados ou organizados


sequencialmente por forma a permitir procurar a imagem de um
documento através da sua identificação;

- As imagens dos documentos emitidos por meios informáticos devem ser


identificadas conforme o que se encontrar preenchido nos campos «Tipo
de documento» ou «Tipo de recibo» e «Identificação única do documento»
ou «Identificação única do recibo» do grupo de dados «Documentos
comerciais» (nos termos da estrutura de dados do SAF-T);

Apresentação | Jorge Carrapiço


281
Arquivo

Plano do arquivo
Caraterísticas do plano de arquivo
- As imagens dos documentos não emitidos por meios informáticos, bem
como dos documentos rececionados, devem ser identificadas de acordo
com o respetivo preenchimento no campo «Chave única do movimento
contabilístico» do grupo de dados «Movimentos contabilísticos» (da
estrutura de dados do SAF-T);
- Quando as imagens dos documentos relativos ao mesmo período de
arquivo não sejam todas registadas no mesmo suporte (vários tipos de
formatos de ficheiros informáticos), o ficheiro do plano de arquivo pode
constar apenas do último suporte utilizado;
- O suporte utilizado deve identificar o sujeito passivo através do seu
nome, firma ou denominação social e número de identificação fiscal e, no
caso de ocorrer a necessidade da utilização de múltiplos suportes, o
respetivo número de suporte e número total de suportes utilizados.

Apresentação | Jorge Carrapiço


282
Conservação do arquivo

Apresentação | Jorge Carrapiço


Arquivo

Conservação do arquivo

Os sujeitos passivos são obrigados a possuir cópias de segurança dos


suportes eletrónicos.
Os originais e as cópias de segurança devem ser armazenados em locais
distintos e em condições de conservação e segurança necessárias a
garantir a impossibilidade de perda dos arquivos.

Ainda não é claro o que se entende por locais distintos, nomeadamente se


se tratam de instalações físicas distintas ou servidores, discos rígidos,
discos externos, cassetes ou similares distintos.

Em princípio, deve tratar-se de locais físicos distintos de forma a garantir


que não haja possibilidade de perda de dados.

Apresentação | Jorge Carrapiço


284
13. Fiscalização
da inspeção tributária

Apresentação | Jorge Carrapiço


Fiscalização da inspeção tributária

Procedimentos da inspeção tributária

Nos termos estabelecidos no Regime Complementar do


Procedimento de Inspeção Tributária e Aduaneira, a AT pode
comprovar nas instalações dos sujeitos passivos, bem como nas
instalações de outras entidades que prestem serviços de
contabilidade, faturação ou de receção, registo e arquivamento
de faturas e outros documentos fiscalmente relevantes, a
conformidade do sistema de faturação e/ou contabilidade
utilizado com os requisitos legalmente exigidos.

Apresentação | Jorge Carrapiço


286
Fiscalização da inspeção tributária

As ações da inspeção tributária da AT podem revestir a


seguinte forma:

- Acesso direto ao sistema informático de apoio à faturação


para consulta dos dados com relevância fiscal, utilizando o seu
próprio hardware e software, o do sujeito passivo ou o de
entidade terceira;

- Solicitação ao sujeito passivo para que forneça dados


relevantes num suporte digital em formato estandardizado;

- Cópia dos dados para suportes ou equipamentos correntes no


mercado.

Apresentação | Jorge Carrapiço


287
Fiscalização da inspeção tributária

As ações da inspeção tributária da AT podem revestir a


seguinte forma:

Se o sistema informático ou o arquivamento se situar fora do


território nacional, o sujeito passivo inspecionado é obrigado a
facultar o acesso à inspeção tributária a partir do território
nacional.

O sujeito passivo apoia a AT no exercício do acesso à


informação, designadamente através da instrução sobre os
procedimentos a adotar para aceder ao sistema informático de
apoio à faturação ou à contabilidade e para consultar os dados
arquivados.

Apresentação | Jorge Carrapiço


288
14. Comunicações

Apresentação | Jorge Carrapiço


Séries de faturação
e outros documentos
fiscalmente relevantes

Apresentação | Jorge Carrapiço


Comunicações

Séries de faturação e outros documentos fiscalmente relevantes

Novidade

A comunicação das séries de faturação e outros documentos fiscalmente


relevantes entra em vigor a partir de 1 de janeiro de 2023

(Regulamentação da Portaria nº 195/2020)

Apresentação | Jorge Carrapiço


291
Séries de faturação e outros documentos
fiscalmente relevantes

Código Único de Documento – ATCUD

O Código Único de Documento, ATCUD, é um código que permite


identificar de

forma unívoca qualquer documento fiscalmente relevante,


independentemente do seu emitente, do tipo de documento e da série
utilizada, resultando da concatenação do código de validação atribuído à
série com o n.º sequencial do documento dentro dessa série.

Apresentação | Jorge Carrapiço


292
Séries de faturação e outros documentos
fiscalmente relevantes

Código Único de Documento – ATCUD

O ATCUD é composto pelo código de validação da série documental e


pelo número sequencial do documento dentro da série, separados pelo
caracter “-” (sem aspas).

Este Código Único deve constar de todos os documentos fiscalmente


relevantes emitidos a partir de 1 de janeiro de 2023.

Apresentação | Jorge Carrapiço


293
Séries de faturação e outros documentos
fiscalmente relevantes

Quem está obrigado a ter o ATCUD?

Todos os sujeitos passivos de IVA em território nacional,


independentemente do respetivo enquadramento, dimensão ou volume
de negócios, estão obrigados a indicar o ATCUD nos documentos
fiscalmente relevantes que emitam

Aplica-se aos SP do regime normal do IVA, regime de isenção (artigo 9º e


artigo 53º ou que estejam enquadrados em regimes especiais, dos
pequenos retalhistas, etc.)

Apresentação | Jorge Carrapiço


294
Séries de faturação e outros documentos
fiscalmente relevantes

Quais os documentos que têm o ATCUD?

O ATCUD deve constar em todos os documentos fiscalmente relevantes,


nomeadamente em faturas, faturas simplificadas, faturas-recibo, recibos,
recibos emitidos no âmbito do regime de IVA de caixa, notas de débito,
notas de crédito, todos os documentos de transporte, notas de
encomenda, consultas de mesa, orçamentos, faturas proforma, folhas de
obra e quaisquer outros suscetíveis de serem apresentados a clientes e
que permitam o controlo de mercadorias ou serviços.

Apresentação | Jorge Carrapiço


295
Séries de faturação e outros documentos
fiscalmente relevantes

Como se obtem o código de validação necessário para construir o


ATCUD?

Efetuando a comunicação das séries documentais a utilizar, previamente


ao início da respetiva utilização.

Apresentação | Jorge Carrapiço


296
Séries de faturação e outros documentos
fiscalmente relevantes

Quais os meios para comunicar as séries de documentos fiscalmente


relevantes a utilizar em programas informáticos de faturação?

Através da comunicação em tempo real pelo sistema Webservice ou


comunicação direta no Portal das Finanças.

Apresentação | Jorge Carrapiço


297
Séries de faturação e outros documentos
fiscalmente relevantes

- Qual o procedimento aconselhado para efetuar a comunicação das


séries?

É a utilização do webservice disponibilizado pela AT.

Este meio permite que seja o próprio programa informático a efetuar a


comunicação das séries e associar à série o respetivo código de validação.

- Como se comunica as séries no caso de se utilizar máquina registadora


ou outro meio eletrónico para emitir faturas simplificadas?

A comunicação deve ser efetuada através de comunicação direta no


Portal.

Apresentação | Jorge Carrapiço


298
Séries de faturação e outros documentos
fiscalmente relevantes

- Como se comunica no caso de se utilizar faturas pré impressas em


tipografia autorizada?

Nesta situação a obrigação de comunicação das séries cabe à tipografia,


que deve depois imprimir o ATCUD respetivo em todos os documentos.

- E para as faturas-recibo do Portal das Finanças (recibos verdes)?

Neste caso não é necessário qualquer procedimento adicional, sendo o


ATCUD automaticamente incluído nos documentos no momento da
respetiva emissão.

Apresentação | Jorge Carrapiço


299
Séries de faturação e outros documentos
fiscalmente relevantes

- Procedimentos no caso de autofaturação sem acordo prévio, em


aquisições de madeira ou sucatas a particulares?

O SP adquirente pode usar a mesma série para as autofaturas que emite


de aquisições a particulares e para as faturas que emito aos meus
clientes?

No caso de autofaturação entre SP as autofaturas devem ser emitidas em


séries próprias. No caso de autofaturação na aquisição de madeira e
sucatas a a particulares pode utilizar a mesma série de autofaturação para
titular aquisições a vários fornecedores.

Apresentação | Jorge Carrapiço


300
Séries de faturação e outros documentos
fiscalmente relevantes

- Procedimentos a utilizar autofaturação com acordo prévio?

Posso utilizar a mesma série de autofaturação para todas as


aquisições que efetuo? Os meus fornecedores têm de efetuar
algum procedimento antes de comunicarmos as séries
respetivas?

Nestes casos, uma vez que a autofaturação depende de acordo


prévio entre as partes, o fornecedor deve registar o acordo de
autofaturação no Portal e, só depois desse registo, devem
proceder à comunicação da respetiva série de autofaturação,
sendo que, devem utilizar uma série de autofaturação para
cada fornecedor.

Apresentação | Jorge Carrapiço


301
Séries de faturação e outros
documentos fiscalmente relevantes

- É possível utilizar a partir de janeiro de 2023 faturas pré


impressas sem impressão do ATCUD? E se inserir o ATCUD
manualmente ou por um processo mecânico (carimbo-
numerador)?

Não, o ATCUD deve ser pré impresso pela tipografia em cada


um dos documentos. Da mesma forma não é possível continuar
a utilizar registadoras ou outros meios eletrónicos, caso estes
não permitam a introdução do respetivo ATCUD.

Apresentação | Jorge Carrapiço


302
Obrigado pela atenção

Apresentação | Jorge Carrapiço

Você também pode gostar