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Destinatários: Formandos que frequentem cursos de formação inicial ou contínua de Operador de Máquinas Agrícolas, ou que frequentem outros cursos em que está
inserida formação equiparada à de Operador de Máquinas Agrícolas
Unidades/Módulos de Formação: IV – Engate e regulação de alfaias; V – Máquinas de mobilização do solo; VI – Distribuidores de fertilizantes;
VII – Equipamentos para tratamento e protecção das plantas; VIII – Máquinas de Sementeira e Plantação; IX – Máquinas de Transporte; X – Máquinas de Colheita
4 – Regulações comuns.
2 – Grades.
3 – Cultivadores rotativos. 36
4 – Escarificadores.
5 – Rolos.
FICHA DE CARACTERIZAÇÃO DO MANUAL
3 – Atomizadores.
3 – Semeadores de precisão/monogrão. 24
4 – Semeadores pneumáticos.
5 – Plantadores.
6 – Transplantadores.
2 – Reboques. 6
3 – Caixas de carga.
4 – Carregadores hidráulicos.
FICHA DE CARACTERIZAÇÃO DO MANUAL
2 – Gadanheiras e viradores/juntadores.
3 – Colhedores de forragem.
5 – Arrancadores de tubérculos.
6 – Colhedores de azeitona.
7 – Máquinas de vindimar.
8 – Ceifeiras debulhadoras.
Domínio cognitivo
Competências a adquirir pelos formandos 8 – Tecnologias e equipamentos agrícolas utilizados para a aplicação de fertilizantes.
Domínio Psico-motor
3 – Adequar os parâmetros de regulação dos tractores, reboques, máquinas e alfaias agrícolas de acordo com as
instruções recebidas e a especificidade do trabalho.
4 – Identificar anomalias de funcionamento de tractores, reboques, alfaias e máquinas agrícolas, pelo reconhecimento
de sintomas apresentados pelos veículos e/ou equipamentos.
5 – Utilizar técnicas e produtos adequados à manutenção das condições de limpeza e de utilização dos equipamentos
e instrumentos.
Competências a adquirir pelos formandos
6 – Identificar reboques, alfaias e máquinas agrícolas e relacioná-las com as operações culturais a realizar.
8 – Utilizar tractores, reboques, alfaias e máquinas agrícolas nos trabalhos de mobilização de solos, aplicação de
fertilizantes, tratamentos fitossanitários, sementeira e plantação, colheita e transporte de materiais e produtos.
10 – Utilizar técnicas de manutenção, reparação e afinação de tractores, reboques, alfaias e máquinas agrícolas.
Domínio Afectivo
Competências a adquirir pelos formandos 2 – Decidir sobre as soluções mais adequadas na resolução de problemas decorrentes de avarias técnicas, durante o
exercício da actividade.
3 – Integrar as normas de protecção e melhoria do ambiente e de segurança, higiene e saúde no trabalho agrícola, no
exercício da actividade.
GUIÃO DE UTILIZAÇÃO
2º VOLUME · MÁQUINAS AGRÍCOLAS 19
Numa exploração agrícola há necessidade de travões lhe reduzem a velocidade ou o param. Caixa – em madeira ou metal, está provida
transportar mercadorias na, de e para a exploração O travão de estacionamento serve para o de taipais que se unem através de fechos,
e isso faz-se, na sua grande maioria, com os imobilizar quando se encontra desengatado. apoia-se no quadro e serve para receber os
reboques agrícolas; portanto, reboque agrícola é Os travões podem ser mecânicos, hidráulicos materiais a transportar.
um veículo puxado por uma máquina agrícola e que e pneumáticos; os dois últimos são utilizados,
transporta todo o género de produtos adaptados ao de uma maneira geral, em modelos com peso Os taipais estão ligados à plataforma, soalho ou
emprego em agricultura e sobre pisos diversos. bruto (1) superior a 7 toneladas. chão do reboque e, para aumentar a capacidade,
podem colocar-se-lhe taipais suplementares.
Qualquer reboque agrícola consta de: Lança – faz a união com o puxo do tractor
através de uma “argola” rotativa, a fim de A figura 26.2 ilustra quatro tipos de fechos de
- Quadro ou “chassis” – local onde se fixam os evitar acidentes em caso de viragem; taipais.
restantes órgãos que o constituem e que são: nos semi-reboques e para facilitar o engate
e o desengate, está equipada com um suporte
Eixo (ou eixos) – provido de rodas pneumáticas de descanso, que pode ser hidráulico ou (1) Peso bruto é o peso total, máximo, do reboque carregado
e travões; as rodas suportam o reboque e mecânico; este último pode ser de sapata (tara + carga útil). Tara = peso do reboque.
permitem a sua deslocação, enquanto que os ou de macaco. Carga útil = peso máximo da carga transportada.
NOTA TÉCNICA Nº 26
REBOQUES AGRÍCOLAS 25
Taipais
Taipais Taipal Taipais suplementares Taipal lateral Taipal dianteiro suplementares
suplementares dianteiro
Taipal Abertura
Soalho e fecho Macaco
Travão Soalho
automático do hidráulico
Argola Quadro Lança taipal traseiro
rotativa
Suporte de descanço Quadro Eixos gémeos
Lança Taipal lateral
Quadro
Os reboques agrícolas podem dividir-se em: Chamam-se semi-reboques de eixos gémeos ou repartição dos pesos, os reboques só podem
semi-reboques de eixos tipo “tandem”, tal como bascular para os lados, enquanto que os
- Reboques clássicos (Fig 26.1) – possuem dois a figura 26.4 ilustra. semi-reboques o fazem lateralmente e para trás;
eixos, a carga incide totalmente sobre as rodas e neste último caso chamam-se tribasculantes ou
são rebocados pelo tractor ou por outra máquina Há também semi-reboques de eixo motor que são basculantes nos três sentidos.
adequada. accionados pela tomada de força da máquina
rebocadora, dita tdf tractor, isto é, a velocidade de A figura 26.5 mostra um semi-reboque tribasculante
- Semi-reboques (Fig 26.3) – possuem um eixo rotação é proporcional ao seu avanço. Têm interesse na posição de basculamento para trás.
e a carga é repartida sobre as rodas e o ponto de quando o veículo que reboca tem fraca aderência tal
engate do tractor. como sucede, principalmente, nos motocultivadores É evidente que os sistemas basculantes permitem
e quando é exigido grande poder de tracção como, descargas muito mais rápidas.
Há semi-reboques de grande capacidade que têm por exemplo, nos equipamentos florestais.
dois eixos paralelos (2), muito próximos um do
outro, a fim de reduzir a pressão sobre o terreno, Também há reboques agrícolas basculantes, mercê
pois repartem melhor as cargas sobre as rodas, da existência de macacos hidráulicos. No entanto,
as quais podem ser simples ou duplas. por questões de estabilidade e em virtude da (2) Casos há em que, com capacidades maiores, têm três eixos.
NOTA TÉCNICA Nº 26
26 REBOQUES AGRÍCOLAS
Semanais:
Anuais:
Macaco
hidráulico
- Reparar as amolgadelas e/ou outras avarias;
Soalho
- Retocar as falhas de tinta.
Lança
Quadro
Como segurança lembramos que nunca se deve
Fig 26. 6 fazer qualquer reparação a um reboque basculante
sem o calçar entre o soalho e o quadro; o macaco
hidráulico pode falhar e a caixa desce.
A figura 26.6 representa um semi-reboque
basculante para transbordo. Trata-se de um tipo Também não esquecer a ligação da patilha dos
especial que vai levantando e mantendo a caixa na travões do tractor, a ligação das correntes nos seus
horizontal até atingir a altura que se deseja, após devidos lugares, bem como a ligação eléctrica do
o que se inicia o basculamento, que pode ser com tractor ao atrelado e um cordel ligado da alavanca
abertura e fecho automático do taipal traseiro, como do travão do reboque a um ponto fixo do tractor.
é o caso.
Diários:
O desenvolvimento agrícola tem um percurso Em 1847 patenteou-se a charrua de discos e em Da mecanização à super-mecanização e à
paralelo à civilização. 1863 aparecem os cultivadores com assento; só em mecanização electrónica medeia relativamente
1884 se usou a primeira charrua com assento e três pouco tempo, mas a máquina super-desenvolvida
Ao princípio, todos os trabalhos dedicados à terra rodas de apoio. só tem lugar numa estrutura de orientação de
foram executados com as mãos e melhorados com aproveitamento, amplitude de exploração e grau
o auxílio de instrumentos em madeira e/ou pedra. Em 1890 desenvolveu-se a charrua de discos. técnico de evolução perfeitamente determinados.
Foram as primeiras ferramentas agrícolas, que se
definem como instrumentos que o agricultor maneja A partir daqui a evolução é mais rápida e chegou-se A lavoura é um dos mais importantes trabalhos
com o braço para auxiliar o trabalho e alargar o aos dias de hoje, com tudo o que se conhece. de mobilização do solo arável e tem por objectivo
efeito da sua força. revolvê-lo, isto é, melhorar a circulação da água
Podemos classificar por épocas as fases por que e do ar em consequência do aumento do volume
O arado é, provavelmente, a ferramenta agrícola foram passando os trabalhos na agricultura e temos: e proceder ao enterramento de infestantes, resíduos
mais antiga utilizada nos trabalhos de mobilização da colheita, correctivos e fertilizantes.
do solo. 1º) – Época das ferramentas manuais e dos
trabalhos realizados à mão e com animais; O que foi descrito consegue-se através das
No Egipto começou-se por utilizar um pau, em charruas e ficar melhor ou pior depende, entre
forma de forquilha, aproximadamente 6000 anos 2º) – Época das máquinas de tracção animal, outros factores, da resistência específica do solo
A.C. Este arado pré-histórico era arrastado pelo caracterizada pelas numerosas máquinas cujo peso e do tipo de charrua.
homem; um dos ramos do pau era um pouco mais é suportado pela roda (s) que marcha (m) sobre o
comprido e servia de comando ou guia e o mais terreno, algumas das quais com órgãos accionados Há três tipos de charruas: clássica ou de aivecas,
curto “mexia” a terra. pelas referidas rodas; de discos e especiais.
Por volta de 900 A.C. arava-se com bois, libertando-se 3º) – Época da mecanização, também chamada de Todas são constituídas por peças activas que
o homem de trabalho tão duro. motorização parcial ou época dos animais de tiro contactam e/ou realizam trabalhos no terreno e
e do tractor, uma vez que ambas as forças se não activas ou de engate, suporte e protecção.
A seguir ao arado nasce a charrua em ferro fundido apresentam, conjuntamente, uma ao lado da outra;
e depois em aço.
4º) – Época da super-mecanização, também
Em 1788 Thomas Jefferson, 3º presidente dos EUA de chamada da motorização total.
1801 – 1809, estabeleceu as equações matemáticas
da conformação das aivecas das charruas. 5º) – Época da mecanização electrónica.
NOTA TÉCNICA Nº 27.1
28 CHARRUAS DE AIVECAS
D
X
C
B
A
P
L
Como se pode ver na figura 27.1.1, quando uma Os referidos prismas de terra denominam-se leivas
relha se introduz no terreno realiza a ruptura de e têm uma determinada profundidade e largura.
sucessivos prismas de terra, os quais são depois
sujeitos a flexão e torção pela aiveca dando origem O esquema da figura 27.1.2 mostra o que foi
ao seu fendilhamento e, consequentemente, a um explicado, sendo P a profundidade de lavoura, L a
esmiuçamento, bem como ao reviramento da leiva. largura de trabalho e X o ângulo de reviramento.
Ficam assim, em teoria, prismas de terra invertidos A lavoura com uma charrua de aivecas faz-se com o
e apoiados uns nos outros formando um ângulo de contributo de todas as suas peças.
reviramento, maior ou menor, ângulo esse de grande
influência no arejamento da terra pois quanto maior
for maior será o arejamento, se bem que nunca
ultrapasse os 145º.
NOTA TÉCNICA Nº 27.1.1
PEÇAS DAS CHARRUAS DE AIVECAS 29
As peças activas de uma charrua de aiveca são as um disco de aço, com o bordo cortante, disposto
seguintes: na vertical e gira sobre um eixo.
- Sega – colocada à frente da aiveca, tem por Corta o solo com mais facilidade do que a de faca,
A C
função cortar a terra e preparar a parede do rego, bem como raízes e restos de culturas que fiquem
diminuindo o esforço e o desgaste do peito da sobre o terreno, necessitando menos esforço de
aiveca. Há segas de dois tipos: tracção para o seu deslocamento.
B D
1 – Sega de faca (Fig 27.1.1.1-A) – também As suas posições em relação à relha estão
conhecida por sega recta, é constituída por representadas na figura 27.1.1.1.
uma barra de ferro com o bordo anterior afiado
e colocada de forma a formar um ângulo de 30º - Relha – peça em forma de trapézio, é colocada na
com a vertical, para facilitar a penetração e o parte da frente da aiveca e faz o corte horizontal da Fig 27.1.1. 2
avanço no terreno. leiva no fundo do rego (1).
- Relha bico de pato (Fig 27.1.1.2-A) – a ponta tem
2 – Sega de disco (Fig 27.1.1.1-B) – também Como se pode ver na figura 27.1.1.2, pode ter as a forma parecida ao bico da dita ave.
conhecida por sega circular, é constituída por seguintes formas:
Há países onde é muito utilizada, pois rasga muito
bem o solo e pode ser utilizada em terrenos
pedregosos;
O formão facilita o abicamento ou penetração da leves e soltos deve ser montado ao contrário, ou - Raspadeira (Fig 27.1.1.8) – também chamada
charrua e reduz o desgaste da relha. Em terrenos seja com o bico voltado para cima. estonadeira e sega roçadoira, é um acessório
colocado à frente do peito da aiveca que raspa a
- Chapa de encosto – também designada por superfície do solo e lança-o para o fundo do rego
chapa de rasto e rasto (Figs 27.1.1.3,4 e 8), é uma anteriormente aberto.
Acrescento chapa de protecção e de desgaste que está no
Aiveca prolongamento do bico da relha e encosta à parede - Aiveca (Figs 27.1.1.3, 4, 5 e 8) – é a peça que
lateral do rego. Suporta as forças laterais infligidas à revira ou volta a leiva. Podendo ser peça única,
Cepo
charrua, assegurando o alinhamento do rego e a divide-se em três partes:
Calcanhar direcção do tractor.
1 – Peito – junto da relha. É a parte da aiveca mais
- Calcanhar (Figs 27.1.1.3 e 8) – também sujeita a desgaste, principalmente quando não há
Chapa de encosto denominado calço e talão, é uma peça de desgaste sega. Por uma questão de economia pode ser
fixada no final da chapa de encosto, a qual impede
o seu desgaste excessivo e suporta uma parte do
Fig 27.1.1. 3 peso da charrua (2). (2) Há charruas que não vêm equipadas com calcanhar.
NOTA TÉCNICA Nº 27.1.1
Peito
2 – Estômago – imediatamente a seguir ao peito; Cilindrica
Alavanca de
Corrente de reviramento
reversão
Munhão
Fig 27.1.1. 8
- Semi–montadas (Fig 27.1.2.2) – também O corpo (ou corpos) pode estar a 90 ou 180 graus
conhecidas por semi-suspensas, estão ligadas designando-se por, respectivamente, de um quarto
aos dois braços inferiores do hidráulico do tractor de volta (Fig 27.1.2.3) e de meia volta (Fig 27.1.2.4).
e apoiam-se no solo, atrás, por uma roda. Estas charruas podem ainda ser:
do circuito hidráulico do tractor, consoante se trate, indica, no fundo do rego e a menor, chamada roda
respectivamente, de sistema mecânico ou Patilha Mola de trinco da terra crua, vai na terra por lavrar. A tracção
hidráulico (1); Peça de balanço faz-se por intermédio de uma corrente.
Cachimbo
- De reversão automática (Fig 27.1.2.3) – quando o Destrancador Caixa da
cabeça
reviramento é accionado, mecânica ou hidráulicamente,
Afinador Apos
Cabeça
pelo levantamento hidráulico do tractor.
Cabeça dos apos
A figura 27.1.2.5 mostra a constituição de um tipo
de sistema de reversão automática.
Corrente de
Se não se desejar a reversão do corpo da charrua Mola do tracção
há uma patilha, de comando manual, que o imobiliza. automático
Roda da
Corrente de Roda do terra crua
Armador do
reversão rego
automático
Fig 27.1.3. 2
1 – Por parafuso (Fig 27.1.3.3) – é vulgarmente
conhecido por parafuso fusível. A coluna da
charrua é articulada num eixo e está fixa por um
parafuso; quando a relha (ou o formão) encontra um
Fig 27.1.3. 1 com o tipo e estado do solo e o fim em vista, sem obstáculo a coluna força o parafuso e este, a partir
sequer parar o trabalho. de uma determinada força, parte; a coluna fica solta
na articulação e o obstáculo é ultrapassado. Coloca-
Este sistema proporciona as seguintes vantagens e se novo parafuso com igual resistência e o trabalho
Há charruas que podem variar a largura de corte, possibilidades: continua sem outros inconvenientes para além do da
normalmente de 30 a 50 cm (12 a 20”) (Fig 27.1.3.1). perda de tempo.
- Ajuste da largura de corte de acordo com as
Nos primeiros modelos os ângulos ajustam-se condições do solo: em terrenos secos e duros o 2 – Disparo automático (Fig 27.1.3.4) – neste
mecanicamente movendo 2 ou 3 parafusos, ou por ângulo deve ajustar-se ao mínimo; nos húmidos e sistema a coluna está dividida em duas partes: a
intermédio de um tensor. ligeiros deve-se aumentar; superior, fixa à armação e a inferior, fixa à primeira
por intermédio de um eixo transversal. Na zona
Nos modelos em que a variação é hidráulica esta - Maior facilidade de trabalho; superior da parte inferior há uma reentrância, tipo
pode fazer-se sem que o operador saia do seu posto. canelura, que pressiona um perno transversal fixo a
Têm uma escala graduada e um cursor (Fig 27.1.3.2) - Melhor enterramento de estrumes e/ou resíduos umas articulações accionadas pela tracção de uma
visível ao operador e este faz a variação de acordo vegetais; forte mola. O perno serve de travão para evitar que
NOTA TÉCNICA Nº 27.1.3
a parte inferior da coluna se desloque, quando em Passado o obstáculo a mola distende-se e volta
condições normais de trabalho. tudo à posição normal.
Parte superior
Mola
Sempre que a coluna é submetida a um esforço Aiveca 3.2 – Mola de lâminas (Fig 27.1.3.6) – a mola,
anormal o perno movimenta-se, comprimindo a mola Canelura tipo mola de carroça, é montada por cima da
e permitindo o deslocamento da coluna para trás, coluna ou lateralmente, conforme o modelo e
que assim se liberta do obstáculo, conjuntamente permite o retrocesso da aiveca sempre que surja
com a aiveca e o formão, se existir. qualquer obstáculo, aumentando-lhe a resistência
Parte inferior
e voltando à posição inicial logo que o mesmo
Para colocar tudo novamente no seu lugar, apoia-se Relha seja ultrapassado.
a alfaia no solo e faz-se marcha atrás para que o
perno volte a encaixar na canelura. Chapa de Formão No caso da figura 27.1.3.6 a sega levanta com o
encosto
conjunto relha–aiveca, para uma melhor protecção.
A colocação da aiveca novamente em
funcionamento é mais rápida do que no sistema Este simples, silencioso e rápido sistema permite
anterior. Fig 27.1.3. 4 que a charrua ultrapasse determinados obstáculos
NOTA TÉCNICA Nº 27.1.3
Aiveca Mola
Válvula de comando
B
Bomba
Cilindros
hidráulicos Acumulador
A
Relha
Sega
Óleo
Obstáculo
Válvula
Conduta Depósito
Fig 27.1.3. 6 Manometro
de carga
Válvula reguladora
de pressão
sem grandes sobrecargas para o tractor e sem que
o operador intervenha em absoluto. Fig 27.1.3. 7
- Quanto mais plana e comprida for a chapa de - Quanto menor for a resistência do solo.
encosto;
7 – A pressão sobre o braço superior do hidráulico
- Quanto mais as linhas de resistência apontarem (força regulável) é maior:
para a direita do meio do tractor (centro de tiro
ou tracção). - Quanto maior for a resistência do solo;
5 – A capacidade de condução do tractor é melhor - Quanto menor for o peso da charrua e do solo;
quando as linhas de resistência convergem no seu
eixo central; torna-se pior quanto mais elas se - Quanto maior for a distância entre as pontas
encontram fora da sua linha longitudinal. das relhas e os munhões de engate;
6 – A necessidade de força de tracção da charrua - Quanto menor for a distância entre os munhões
é cada vez menor: e o braço superior do hidráulico;
- Quanto mais pequenas forem as forças da - Quanto maior forem as forças de suporte da
base e da aiveca; base e da roda de tancharia, quando existe.
NOTA TÉCNICA Nº 27.1.5
40 DIMENSÕES DAS CHARRUAS DE AIVECAS
Um trabalho realizado com uma charrua bem - Maior consumo de combustível, esforço do motor Para desengatar procede-se de forma inversa.
regulada provoca um menor: e desgaste do tractor.
Caso se trate de tractores com manivela de regulação
- Desgaste das peças da alfaia; Primeiro procede-se ao engate da charrua com o em ambos os pendurais, tanto se pode começar pelo
- Consumo de combustível; tractor. Esta ligação, quando não existe um sistema lado esquerdo como pelo direito.
- Desgaste dos pneus do tractor; de engate rápido, obedece à seguinte ordem:
- Esforço do operador. A figura 27.1.6.1 mostra-nos um esquema das
1 – Engate do braço inferior esquerdo do hidráulico regulações necessárias numa charrua.
Há também um maior aproveitamento da potência do tractor no respectivo munhão da alfaia;
do tractor e uma perfeição de trabalho, o que A partir daqui vamos descrever, da forma mais
beneficiará a cultura a instalar. 2 – Engate do braço inferior direito do hidráulico do simples possível, as regulações a fazer e que são:
tractor no respectivo munhão da alfaia, com o auxílio
Para que a charrua funcione correctamente é da manivela de regulação do pendural direito do 1 – Regulação transversal – o eixo transversal da
necessário que haja um perfeito equilíbrio entre a tractor; charrua deve manter-se paralelo ao eixo traseiro do
força de tracção e a resistência oferecida pelo terreno tractor, para que os dois fiquem com o mesmo
à sua penetração, pelo peso e atrito da terra sobre 3 – Engate do braço superior do hidráulico do tractor comprimento. Os pontos de referência para este
as peças activas e o peso da própria charrua. na furação respectiva do cabeçote da alfaia. acerto são os cavilhões superior e inferior de cada
Regulação da
- Trabalho defeituoso, irregular ou mais lento; profundidade
Posição correcta
- Deformação das várias peças e desgaste excessivo da sega Braço inferior
das activas; do hidráulico
Relhas
Aiveca
Fig 27.1.6. 11
menos fundo do que o outro, ficando as leivas mais arranjam-se réguas compridas e colocam-se, cada
altas umas do que as outras. uma por sua vez, encostadas às chapas de encosto.
Com uma fita métrica mede-se a distância de uma
Para além do exposto tem que haver paralelismo ponta da régua até à linha do centro do tractor; em
das chapas de encosto e das relhas e aivecas seguida faz-se o mesmo com as outras réguas.
(Fig 27.1.6.11). As medidas obtidas têm que ser iguais; estando
a primeira chapa de encosto alinhada acertam-se
Todas as chapas de encosto das charruas, com mais todas as outras à mesma distância, ficando assim
de um ferro, devem estar no mesmo alinhamento, ou paralelas umas às outras.
seja em paralelo umas com as outras. Para que isto
aconteça deve-se, em primeiro lugar, tirar uma linha O alinhamento final, em relação ao tractor, varia
longitudinal paralela ao centro do tractor. Em seguida consoante o ângulo de ataque da charrua.
NOTA TÉCNICA Nº 27.1.7
46 CHARRUAS REBOCADAS
As charruas rebocadas adaptam-se aos tractores de A profundidade aumenta-se levantando a roda que na terra pelo seu próprio peso. Também pode ser
rodas e de lagartas. São as melhores quando o peso vai na terra crua de tal modo que, durante o trabalho, usada a disposição inversa: o excêntrico é colocado
e o número de ferros não permite a utilização das o chassis mantenha o plano horizontal, condição no cubo e, ao accionar o sistema (embraiagem da
charruas suspensas ou semi-suspensas, pelo excesso indispensável para que os diversos corpos trabalhem charrua), o chassis levanta-se no momento oportuno.
de peso sobre o hidráulico. à mesma profundidade. A roda posterior tem, do
mesmo modo, uma regulação de altura para assegurar b) – No momento de saída do solo, quando a corda
Estas charruas são formadas por um certo número a horizontalidade da charrua no sentido longitudinal. é puxada, dá-se a blocagem da roda que vai na terra
de corpos montados, na sua parte anterior, sobre crua; avançando o tractor a roda comporta-se como
um chassis que se apoia em duas rodas de diâmetro Dispositivo de levantamento suporte que levanta o chassis. Para isto funcionar
diferente; a maior gira pelo fundo do último rego bem é necessário que a roda não patine pelo que,
aberto e a menor sobre a terra crua. Este dispositivo é hidráulico e comandado pelo normalmente, está munida de garras.
operador.
Na parte posterior há, por vezes, uma terceira roda Dispositivo de puxo
que rola pelo fundo do rego acabado de abrir. Têm Nos sistemas mais antigos, dos quais ainda há
uma estabilidade total. É necessário que o operador muitos em funcionamento, é activado pelo condutor Para assegurar uma união correcta e sem reacções
do tractor, do seu lugar, possa efectuar, no final de através de uma corda que é por ele puxada ao chegar oblíquas, o dispositivo de puxo, também chamado
cada rego, as manobras de saída e entrada dos ferros à extremidade do rego, para que o sistema funcione, de tiro, pode ser regulado, hidráulica ou
no terreno, pelo que estão providas de um dispositivo, obrigando a charrua a sair da terra, isto é, eleva-se e mecanicamente, das seguintes formas (exporemos
hidráulico ou mecânico, de elevação e descida fixa-se. O tractor gira na cabeceira e, ao começar as formas mecânicas pois e como referimos para o
automático. novo rego, a corda volta a ser puxada, o dispositivo levantamento, actualmente é tudo hidráulico):
dispara e a charrua desce e entra na terra.
A direcção da charrua é assegurada pelo tractor, ao 1 – No sentido da largura (Fig 27.1.7.1) – dado que
qual vai unida por um dispositivo de engate rígido no Este duplo movimento pode obter-se: a charrua se encontra engatada de uma forma rígida
sentido lateral e que é constituído por dois ferros a largura mantém-se através das barras de tracção,
que, juntamente com a barra de puxo, formam um a) - Por intermédio de um excêntrico situado no deslocando-se então em direcção paralela à do
triângulo indeformável. As rodas dianteiras estão chassis: pela sua excentricidade o chassis levanta-se tractor, portanto não é necessário que a roda
montadas sobre um eixo acotovelado e podem elevando os ferros e ficando enganchado ou ligado do rego vá encostada à parede; pelo contrário,
manobrar-se independentemente uma da outra, nessa posição. Deixando o chassis liberto, por meio a regulação faz-se de forma a que se afaste dela,
hidraulicamente ou por intermédio de uma alavanca. de novo puxão na corda, a charrua desce e penetra aproximadamente, 4 centímetros.
NOTA TÉCNICA Nº 27.1.7
CHARRUAS REBOCADAS 47
48 CHARRUAS REBOCADAS
Uma das grandes preocupações para os agricultores em contacto com ele, visto que este atrito é a origem Concavidade do disco – pode ser definida pelo raio
e para os fabricantes de charruas é a de diminuir o de uma parte importante do consumo da energia de curvatura e pela flecha.
atrito entre o solo e as partes metálicas da charrua necessária para o trabalho. Depois de várias
experiências chegaram à conclusão de que a solução Raio de curvatura – raio da superfície esférica a que
mais eficaz estava nas charruas de discos. pertence a calote.
Engate
ao 3º
Apo
ponto Estas charruas, tal como as de aivecas, têm órgãos Espessura – como o próprio nome indica, é a
activos e não activos ou de engate e suporte. “grossura” do disco.
Os activos são os discos que fazem o trabalho dos
Munhão formões, das relhas, das aivecas e dos acrescentos A parte central do disco tem um orifício quadrado
das charruas clássicas. Os não activos são o alçado e à volta deste outros, igualmente quadrados ou
e a coluna que suporta o disco ou coluna porta-disco. redondos, que o fixam, por meio de parafusos, no
Roda de
cubo e este à coluna ou teiró que, por sua vez,
Discos lisos Cubo
guia A figura 27.2.1 mostra uma charrua de três discos está solidamente ligada ao chassis. Trata-se,
Teiró fixos, montada, com algumas das suas principais praticamente, do braço porta-disco que se vê na
peças. figura 27.2.4.
Fig 27.2. 1
Diâmetro
As dimensões que caracterizam um disco (Fig 27.2.3)
são o diâmetro, a concavidade e a espessura. Concavidade
Espessura
Diâmetro do disco – é o diâmetro da circunferência
do seu bordo.
Fig 27.2. 2 Fig 27.2. 3
NOTA TÉCNICA Nº 27.2
CHARRUAS DE DISCOS 49
Braço central
Disco Charrua
Charrua reversível
Porca de regulação fixa
Parafuso
Carcaça
Ângulo
Eixo do disco
B Ângulo
A Mínimo
Rolamentos
Máximo Máximo Mínimo
Placa de suporte
do disco
O disco gira livremente à volta do eixo sobre limpadora, colocada no terço superior e para a e reversível. Quanto maior for o ângulo de ataque
rolamentos (antigamente sobre chumaceiras). Cada retaguarda, com o bordo superior um pouco acima do maior será o esforço de tracção por ser maior o
disco tem, geralmente, uma (ou duas) raspadeira centro do disco e deve ficar o mais próxima possível volume de terra mobilizado.
da sua face interna (1 a 5 mm) sem que haja fricção.
- 2 - Ângulo de inclinação ou ângulo de incidência
A posição do disco é caracterizada em relação à (Fig 27.2.7) – também conhecido por ângulo vertical
Direcção da marcha
Ângulo de direcção de avanço e à vertical, definindo-se assim de corte, está compreendido entre o plano do disco
ataque
dois ângulos: e a vertical; é regulável e varia, normalmente, entre
20 e 25º.
40 a 45º
- 1 - Ângulo de ataque ou ângulo de corte (Fig
27.2.5) – também conhecido por ângulo horizontal A regulação faz-se no braço porta-disco através da
de corte, é compreendido entre a direcção de porca de regulação (Fig 27.2.4). Quanto maior for
avanço da alfaia e o plano do disco; é regulável e o ângulo melhor será o reviramento da terra, mas
varia de 40 a 45º. a capacidade de penetração diminuirá e aumentará
o esforço de tracção para mover a mesma
A figura 27.2.6, A e B, ilustra a forma de variar quantidade de terra.
Fig 27.2. 5 o ângulo de ataque numa charrua de discos fixa
NOTA TÉCNICA Nº 27.2
50 CHARRUAS DE DISCOS
Ângulo de
incidência
20 a 25º
Na figura 27.2.8 vemos perfeitamente os ângulos de As charruas de discos têm a mesma classificação
ataque e de incidência. do que as de aivecas.
Direcção da marcha
Fig 27.2. 8
NOTA TÉCNICA Nº 27.2.1
REGULAÇÕES DAS CHARRUAS DE DISCOS 51
Tal como para as charruas de aivecas, primeiro subindo-a ou descendo-a através da manivela de é feita no suporte da roda de pousio, modificando-se
procede-se ao engate da alfaia ao tractor, da mesma regulação. Quando não existe roda de tancharia a o seu ângulo com o chassis. Nas suspensas e
forma que foi descrita na Nota Técnica Nº 27.1.6. regulação é obtida no tractor pelo sistema de controlo semi-suspensas a regulação é feita nos batentes.
de tracção do hidráulico, tal como descrito na Nota
Após o engate executam-se as regulações vulgarmente Técnica Nº 22.2; - Ângulo de inclinação ou ângulo de incidência –
conhecidas como de atrelamento e que são: faz-se, como se disse na Nota Técnica Nº 27.2,
- Largura de trabalho – após se adaptar, se variando a inclinação do braço porta-disco em relação
- Regulação transversal – ver Nota Técnica Nº 27.1.6. necessário, a largura do rodado do tractor à do corte ao chassis. Deve ser aumentado em terras argilosas
No entanto, uma vez feito o nivelamento da alfaia da charrua, esta regulação completa-se: ou com vegetação abundante e diminuído nas terras
deve verificar-se se a ponta da parte mais larga leves, para que o reviramento seja melhor.
do bordo da calote do 1º disco está na direcção do 1 – Modificando o corte através da roda de
plano médio do pneu traseiro do tractor. Caso isto pousio ou roda do rego, nas charruas Actualmente, uma grande parte das regulações
não aconteça há que variar a bitola do tractor; rebocadas; descritas são feitas hidraulicamente.
Embate no obstáculo e pode partir Rola sobre o obstáculo 1 – Utilização em terrenos com afloramentos
rochosos sem grande perigo de quebras ou
distorções;
Caixa das
engrenagens Munhão
Transmissão do
movimento
Pás Roda de
da tdf
tancharia
Corpo
rotativo Aiveca Relha
Chamam-se charruas especiais a todas aquelas condições, de uma potência superior em, dentro do rego. A roda de tancharia pode existir ou
que têm uma concepção original e que se destinam aproximadamente, 20 %. não. Trata-se de uma charrua descentrável,
à execução de lavouras, visando objectivos vulgarmente conhecida como charrua de bordas.
específicos e bem definidos. Charrua de limitação ou de desbordar (Fig 27.3.2)
– é uma charrua fixa em que as armações dos ferros A charrua representada na figura 27.3.4 é
Dentro desta classificação temos: podem ser movidas de forma a que o último lavre o descentrável e como tal assim conhecida.
“relevo” esquerdo do tractor. Servem, por exemplo, É especialmente indicada para trabalhos em estufas
Charrua centrifugadora (Fig 27.3.1) – pode ser de para trabalhar em canteiros de arroz a fim de lavrar e pomares, podendo trabalhar descentrada para
dois ou três corpos. A terra virada pela aiveca é mesmo junto à parede dos mesmos. qualquer dos lados, mesmo fora do rodado do
apanhada por um corpo rotativo, com um diâmetro tractor; lavra, portanto, para dentro ou para fora.
maior em cima do que em baixo, que a esmiuça Há charruas normais em que, para o mesmo efeito,
com o auxílio de umas pequenas pás. se lhes adapta um ferro conhecido por alongador. Derregador – pode ter um, dois (Fig 27.3.5) ou três
corpos simétricos, cada um dos quais formado,
A profundidade de trabalho pode ir até, A figura 27.3.3 mostra outra charrua que lavra junto praticamente, pela junção de duas aivecas.
aproximadamente, 30 centímetros e necessita, em aos muros dos canteiros do arroz e, simultaneamente, A distância entre os corpos é regulável, possibilitando
relação a uma charrua normal e em igualdade de limpa-lhes a face de todas as ervas ficando estas uma perfeita adaptação ao tractor.
NOTA TÉCNICA Nº 27.3
CHARRUAS ESPECIAIS 55
Rabo nivelador
e destorroador
Movimentam a terra para um e outro lado formando O modelo do corpo derregador pode ter, normalmente, camalhões e também em determinadas culturas,
camalhões, leiras ou margens, separados por regos três formatos diferentes, tal como se pode ver na como o milho e o tomate, para amontoa.
de largura e profundidade reguláveis. figura 27.3.5 – 1, 2 e 3.
Valadora (Fig 27.3.8) – também denominada
Há derregadores cujo corpo vem equipado com abre-valas, é uma alfaia semelhante ao derregador,
rabos niveladores-destorroadores (Fig 27.3.6) para mas destinada a trabalhar a maior profundidade.
redução da mão de obra na sementeira em margens.
Charrua para surriba – vulgarmente designada por
O derregador também pode ser utilizado como charrua subsoladora, é semelhante a qualquer
amontoador. charrua clássica normal, com diferença nas
1 dimensões que são muito maiores.
Amontoador – alfaia que trabalha nas entrelinhas
1 das culturas a fim de lhe colocar (amontoar) terra na Executam a operação denominada surriba, que
2
3 base do caule. Podem ser de discos ou de aivecas. consiste numa lavoura a grande profundidade (pode
ir a 80 centímetros ou mais) atingindo o subsolo,
Derregador-amontoador de discos (Fig 27.3.7) – o qual é trazido para cima, colocando no seu lugar
Fig 27.3. 5 alfaia para abertura de regos e armação em o solo.
NOTA TÉCNICA Nº 27.3
56 CHARRUAS ESPECIAIS
Charrua vinhateira – também conhecida, nalgumas (Fig 27.3.9), cuja missão consiste em trabalhar a Escavadora – alfaia destinada a trabalhar o terreno
zonas, como charrua pomareira, é constituída por totalidade do espaço compreendido entre duas filas compreendido entre cepas (ou outras fruteiras) da
vários corpos montados num quadro extensível de cepas. mesma linha. Tem um dispositivo que permite o
CHARRUAS ESPECIAIS 57
Molas de
segurança
Braço apalpador
Discos
A velocidade a que uma charrua deve trabalhar varia - Lubrificar todos os copos de lubrificação. Para o - Sempre que se mude de local, lavar muito bem a
com a potência do tractor, tipo de solo e humidade efeito, limpar, lubrificar e voltar a limpar os referidos alfaia para que não haja infestações de ervas daninhas
do mesmo, cobertura vegetal, topografia do terreno, copos; no terreno para onde ela vai.
peso da charrua, largura do corte e profundidade do
trabalho. No entanto e apesar das condicionantes - Deitar alguns pingos de óleo em todos os pontos Depois:
expostas, podemos quantificar os seguintes valores: de atrito.
- Substituir as peças com desgaste excessivo;
- 4 a 7 km/hora para as charruas de aivecas e Durante:
especiais; - Ajustar folgas;
- Tratando-se de charruas novas reapertar todas as
- 5 a 8 km/hora para as charruas de discos. porcas, parafusos e munhões de engate, no final do - Lavar com água sob pressão;
1º dia de trabalho;
Manutenção - Retocar a pintura;
- Proceder às verificações anteriores de 50 em 50
As charruas exigem, como qualquer outra alfaia, uma horas de trabalho; - Lubrificar todos os copos de lubrificação;
cuidadosa manutenção antes, durante e depois da
- Diariamente (+ ou – 10 horas) lubrificar todos os - Besuntar, com óleo queimado, todos os locais sem
campanha. Assim temos:
copos de lubrificação e deitar alguns pingos de óleo tinta, com especial destaque para as peças activas;
Antes: nos pontos de atrito;
- Guardar a alfaia sob coberto e em cima de uma
- Verificar o aperto de todas as porcas e parafusos, - Vigiar e ajustar as peças de desgaste e substituí-las superfície dura e seca.
reapertando-os se necessário; sempre que necessário;
NOTA TÉCNICA Nº 28
GRADES - GENERALIDADES 59
Depois da lavoura o terreno fica com torrões, consoante o executam de uma forma ou de outra
pequenos sulcos mais ou menos profundos, leivas assim se designam, respectivamente, de arrasto ou
maiores ou menores, espaços vazios entre leivas e rolantes.
um pouco desnivelado.
O quadro seguinte diz-nos, resumidamente, as que
Para se efectuar uma boa sementeira ou plantação existem.
há que proceder ao destorroamento e nivelamento
das leivas, trabalho esse que é efectuado pelas
grades que também têm outras aplicações muito
RÍGIDAS
úteis tais como, por exemplo:
DE ARRASTO MALEÁVEIS
GRADES DE ARRASTO 61
62 GRADES DE ARRASTO
As peças activas das grades rolantes têm variadas O diâmetro das pás é de 30 a 40 centímetros e têm Dentadas (Fig 28.2.3)
formas, conforme a função a que se destinam. duas séries que trabalham em movimentos opostos.
Algumas aparecem associadas a outras máquinas A profundidade de trabalho pode ir até 20 cm e a Também denominadas de gaiolas rolantes e
para efectuarem operações combinadas. potência mínima necessária é de 14,7 kW (20 hp). conhecidas por serrilhadas, são constituídas por
Normalmente, a velocidade de deslocação em trabalho barras oblíquas com dentes. Têm um efeito
As principais grades rolantes existentes são as varia de 8 a 12 Km/hora. compressor e destorroam bem terrenos difíceis.
seguintes:
Oblíquas (Fig 28.2.2) De arame (Fig 28.2.4)
De pás (Fig 28.2.1)
Têm barras lisas em aço colocadas com, Têm instalados arames de aço com 5 a 8 mm de
Têm, em cada eixo, 4 a 5 pás curvas. Possuem um aproximadamente, 7 graus de obliquidade em relação espessura, os quais são colocados obliquamente em
bom efeito de trituração e de destorroamento. ao sentido da deslocação, de modo a originarem relação ao sentido da deslocação. O efeito de
Na prática são boas misturadoras e cortadoras de uma forma cilíndrica. O efeito de destorroamento destorroamento anda na relação de 4 para 1,
restolhos e palhas. Trabalham, de preferência, em e de compressão é praticamente o mesmo. portanto, mais eficaz que o efeito de compressão.
cruz e, se necessário, com pesos suplementares.
Armação
Armação Barras
oblíquas Eixo
Eixo
Pás
Dentes
Barras lisas em aço
64 GRADES ROLANTES
Barras transversais
Dentes
Armação
Eixos
Dentes
Barra em espiral
GRADES ROLANTES 65
De estrelas (Figs 28.2.7 e 28.2.8) - Simples, descentrada ou offset e de quatro O corpo da frente mobiliza a terra para um dos lados
corpos em X ou tipo tandem cujos esquemas e o de trás apanha-a e atira-a para o lado contrário,
Também denominadas por norueguesas, têm um ou estão representados, respectivamente, nas figuras visto que a curvatura dos seus discos é contrária à
vários elementos. As peças activas são estrelas de 28.2.9, 28.2.10 e 28.2.11. dos discos do outro corpo.
dentes, normalmente 5 por estrela, montadas nos
eixos à volta dos quais rolam. A grade simples é constituída por dois corpos em A grade de quatro corpos em X, também
V, aberto para a frente. Era utilizada em tracção denominada tipo tandem, é constituída por quatro
Permitem dar como que uma sacha na terra e animal e, posteriormente, foi adaptada à tracção corpos de discos dispostos em dois V, em posição
arrancar as ervas daninhas recém nascidas, mecânica tendo, a pouco e pouco, perdido qualquer inversa, o que permite movimentar a terra duas
destorroam e desfazem a crosta formada após a interesse, pelo que hoje em dia não é utilizada. vezes: os corpos da frente voltam-na para os lados
sementeira. O efeito de compressão é de 2 para 1, e os de trás recolocam-na no local inicial, uma vez
portanto, maior que o de destorroamento. A grade descentrada, também designada por offset, que as curvaturas dos discos de cada corpo estão
é constituída por dois corpos de discos colocados em posição contrária umas das outras.
De discos um atrás do outro e dispostos em V, mas com
abertura lateral.
São as mais utilizadas e existem vários tipos, os
quais podem ser englobados em três grupos:
66 GRADES ROLANTES
As grades de discos, consoante o seu peso, podem cónicos (Fig 28.2.13 – A) os quais têm a vantagem
ser suspensas ou rebocadas. Normalmente, as mais de permitirem um melhor “escorrimento” da terra.
pesadas são rebocadas e as mais leves suspensas.
O rebordo dos discos é talhado em forma de bisel
De acordo com o peso dos discos podem ser: para ser mais fácil a sua penetração no terreno e
mais eficaz o corte. Por sua vez o referido rebordo
- Ligeiras – quando o peso por disco não excede 50 kg; pode ser liso ou recortado, conforme a aplicação,
o tipo de solo e o estado do terreno a trabalhar.
- Semi-pesadas – quando o peso por disco se situa
entre 51 e 100 kg; Os lisos utilizam-se em terrenos trabalhados e com
A B
pouca vegetação; os recortados, que permitem maior
- Pesadas – quando o peso por disco é superior a profundidade de trabalho, usam-se mais em terrenos
100 kg. Fig 28.2. 13 pouco trabalhados e com bastante vegetação, raízes
e/ou outros resíduos.
Os discos das grades estão afastados uns dos cada corpo, é variável. Os discos de cada corpo estão
outros 15 a 20 cm, afastamento esse que é mantido montados sobre um veio que gira em chumaceiras, De uma maneira geral, não sendo norma, as grades
por intermédio de um separador e o número, em de casquilhos ou, tal como acontece nas grades ligeiras têm os dois corpos com os discos lisos, as
actuais, de rolamentos (Fig 28.2.12). O diâmetro
varia, normalmente, entre 450 e 610 mm para as
Discos Corpo de trás
Separador grades ligeiras e 760 a 915, ou mais, para as pesadas,
recortados
situando-se as semi-pesadas nos valores intermédios.
GRADES ROLANTES 67
pesadas têm os discos dos dois corpos recortados A versatilidade das grades de discos é muito grande, o que não deixaria de suceder com qualquer grade
e as semi-pesadas têm os discos do corpo da frente o que permite a sua utilização em inúmeras situações de dentes;
recortados e os do corpo de trás lisos. A figura tais como, por exemplo:
28.2.14 mostra uma grade de discos offset, suspensa, - Na incorporação de adubos ou sementes depois
semi-pesada e com 14 discos, em que os do corpo da - No esmiuçamento e pulverização dos torrões de espalhados sobre o terreno;
frente são recortados e os do corpo de trás são lisos. formados pelas charruas, quando haja interesse
em obter um destorroamento minucioso antes da - Em substituição de lavouras ligeiras antecedendo a
As grades de discos estão montadas de forma a que sementeira; sementeira de certas culturas menos exigentes tais
os discos do corpo de trás cortem no intervalo dos como a aveia, tremocilha, tremoço ou fava.
do corpo da frente a fim de haver nivelamento, tal - Em mobilizações pouco profundas que completem
como se pode verificar na figura 28.2.15. os alqueives, visando a destruição de ervas daninhas; Grade de discos vinhateira (Fig 28.2.16) – é uma
grade específica, de dois corpos e com 3 ou 4
- No grangeio de olivais, pomares, eucaliptais, etc., discos por corpo, os quais estão montados num
em terrenos leves com vista à eliminação da vegetação quadro que permite variar a largura de trabalho de
expontânea e à criação de boas condições de acordo com as entrelinhas. Faz descavas e
arejamento e humidade do solo; amontoas.
Uma vez a grade engatada, há que proceder às do tractor - Ver Nota Técnica Nº 22.2. Nas grades
seguintes regulações: rebocadas é o próprio peso que as regula, o qual
pode ser aumentado com pesos adicionais sobre o
1 – Regulação transversal – ver Nota Técnica quadro ou em caixa própria para o efeito, quando
Nº 27.1.6;
existe. A posição de montagem das ponteiras também
tem influência na profundidade de trabalho.
2 – Regulação lateral ou centralização – ver Nota
Técnica Nº 27.1.6;
Nas grades de discos o ângulo de abertura e a
velocidade de deslocação também têm influência.
3 – Regulação longitudinal – ver Nota Técnica
Nº 27.1.6; Quando o terreno é leve, solto ou arenoso, portanto,
de fácil penetração, deve-se diminuir o ângulo de
4 – Regulação da profundidade de trabalho – nas abertura dos corpos; quando é pesado, duro e de
grades montadas é feita pelo comando do hidráulico difícil penetração deve aumentar-se.
NOTA TÉCNICA Nº 28.4
SEGURANÇA E MANUTENÇÃO DAS GRADES 69
O manuseamento das grades deve ser feito com o Durante: - Lavar com água sob pressão;
maior cuidado, a fim de se evitarem acidentes.
- Tratando-se de grades novas, reapertar todas as - Retocar a pintura nos pontos onde tenha sido
A escolha errada do tipo de grade para a execução porcas e parafusos no final do primeiro dia de danificada;
de um determinado serviço também pode ocasionar trabalho;
dissabores, uma vez que o terreno pode não ficar - Lubrificar todos os copos de lubrificação;
em perfeitas condições para as operações seguintes - Em grades de discos, reapertar as porcas dos veios
e os prejuízos serão inevitáveis. de 5 em 5 horas; - Besuntar com óleo queimado todas as peças não
pintadas;
Em relação à manutenção, as grades necessitam - Proceder às verificações anteriores de 50 em 50
dela antes, durante e após a campanha. horas de trabalho; - Guardá-las sob coberto e em cima de uma
superfície dura e seca.
Antes: - De 100 em 100 horas lubrificar todos os copos de
lubrificação. - Uma deficiente manutenção danifica as grades e
- Verificar o aperto de todas as porcas e parafusos e origina uma menor duração com maiores despesas.
reapertá-los, se necessário; Após:
É uma alfaia muito popular pela sua versatilidade e terreno ligeiramente armado, o que pode trazer
com grande capacidade de trabalho. Utiliza-se, vantagens em zonas com excesso de humidade;
principalmente, nas seguintes funções:
Quadro - Sementeiras ao rego, tais como milho, grão, girassol,
Mola
- Fragmentação dos torrões formados pelas charruas, etc., em que os sulcos abertos pelo escarificador
especialmente quando se trata de lavouras fundas com aivequilhos são, depois de conterem a semente
em terrenos compactos, visando a posterior aplicação e o adubo, cobertos com uma grade de arrasto, que
de grades ligeiras; não seja oscilante nem giratória;
Bicos
Dentes - Mobilizações pouco intensas que completam os - Sachas de culturas em linhas em que os aivequilhos,
alqueives, destruindo as ervas daninhas ou levantando além de destruírem a erva e quebrarem a crosta
a terra depois de uma cultura de revestimento; superficial da terra, ainda fazem amontoa;
Fig 29. 1
- Substituição de lavouras ligeiras, antecedendo a - Grangeio de olivais, vinhas, pomares, eucaliptais,
sementeira de certas culturas menos exigentes, tais etc., visando a eliminação da vegetação expontânea
Dá-se o nome de escarificador (Fig 29.1) a uma alfaia, como aveia, fava, tremocilha, etc.; e a criação de boas condições de arejamento e
mais ou menos pesada, composta por um quadro, humidade do solo;
armação ou chassis (pode ser uma simples barra), - Enterramento de sementes espalhadas a lanço ou
ao qual se fixa um número variável de braços ou por semeadores sem dispositivos de enterramento, - Incorporação de adubos, quando espalhados a
dentes, rígidos ou flexíveis, que terminam por ferros em terrenos devidamente lavrados e gradados; neste lanço.
ou bicos de vários tipos. caso o uso de aivequilhos ou margeadores deixa o
NOTA TÉCNICA Nº 29.1
PEÇAS ACTIVAS DOS ESCARIFICADORES 71
As peças activas dos escarificadores são os bicos, Estes bicos fazem, com a superfície do terreno, D – Bico sulcador – largo e bombeado, é bom para
também denominados por ferros, os quais estão ângulos de cerca de 35º. Promovem um bom corte misturar restolhos mediante expulsão lateral. A sua
fixados nos dentes, também denominados por com fragmentação do solo em profundidade, sem dupla largura de corte facilita o trabalho contra as
braços (Fig 29.1 da Nota técnica Nº 29). reviramento da leiva e fazem a separação dos torrões plantas adventícias em terras húmidas criando, na
que vêm à superfície e que se acumulam na zona da superfície do solo, enrugamentos que ajudam ao
O escarificador pode utilizar os seguintes tipos de cama de sementeira. escorrimento dos excedentes de água e aumentam
bicos: a penetração da humidade. Os enrugamentos ajudam
Em relação às formas representadas na figura 29.1.1, a preservar as terras de cultura contra a erosão
1 – Bico escarificador (Fig 29.1.1) – também temos: provocada pelo vento e pela chuva;
designado por ferro escarificador, é o mais corrente
no nosso País. É comprido, estreito e afiado nas A – Bico curvo de ponta dupla – rompe o calo do E – Bico cavador – parte e corta o solo de uma
duas extremidades a fim de poder ser virado quando sulco sem criar outro, visto que quebra a massa forma mais vigorosa do que os outros e deixa a
estiver desgastado. compacta do solo à frente e à roda dela. É polivalente superfície do solo com um aspecto mais ondulado.
e utiliza-se nos trabalhos para incrementar a É aconselhado em terrenos secos.
penetração da água, facilitar a drenagem e aprofundar
o solo sem destruir a sua estrutura nem alterar os 2 – Bico extirpador – também designado por ferro
diferentes níveis da vida microbiana; extirpador, fixa-se ao dente da mesma forma do
3 – Bico margeador (Fig 29.1.3) – também designado que a fixação é conjunta e feita com os mesmos
por aivequilho, tem a forma de uma aiveca dupla de parafusos.
dimensão reduzida. É um pequeno derregador e o
seu trabalho faz um rego e um ligeiro reviramento do Os bicos fixam-se, como inicialmente se disse, aos
solo, deixando-o armado num espigoado de pequena dentes e estes são todos iguais, o que lhes permite
profundidade. serem aplicados independentemente na fila da frente
ou na de trás. O seu número é impar e a fila de trás
Utiliza-se, com muita frequência, na sementeira de tem sempre mais um do que a da frente. Os de trás
culturas em linha, tais como milho, girassol, grão, trabalham nos intervalos equidistantes dos da frente,
etc., depois da terra lavrada e gradada, cujas excepto os de fora, esquerdo e direito.
sementes são posteriormente tapadas com uma
grade. Quando se formam grupos de dentes devem ser
simétricos em relação ao eixo de tracção da alfaia.
Cada aivequilho funciona sempre em conjunto com
o bico escarificador. Monta-se directamente no
dente e depois, em cima, o bico escarificador, visto
NOTA TÉCNICA Nº 29.2
TIPOS DE ESCARIFICADORES 73
Molas
Segundo a natureza e as características dos dentes - Escarificador de dentes articulados de molas. - Escarificador de dentes vibráteis (Fig 29.2.4) –
e dos bicos que os equipam, temos vários tipos de Há dois tipos: também designado por vibrocultor, é caracterizado
escarificadores, tais como: pela grande flexibilidade dos braços que, pela sua
1 - De molas duplas (Fig 29.2.1)
2 – De molas simples (Fig 29.2.2)
74 TIPOS DE ESCARIFICADORES
acção vibratória em todos os sentidos, removem de secção quadrada e de dupla volta (Fig 29.2.7); Estes escarificadores tiveram uma fraca aceitação
energicamente a terra, o que origina a remoção de possui uma flexibilidade limitada, pelo que a por parte dos agricultores portugueses.
raízes e más ervas que ficam à superfície, vibração é bastante menor do que a do vibrocultor.
decompondo-se mais rapidamente. - Escarificador pesado (Fig 29.2.8) – também
designado por “chisel”, é um escarificador cujos
A densidade das linhas de rotura e a intensidade do dentes, rígidos ou flexíveis, têm grandes dimensões.
destorroamento dependem da amplitude e
frequência das vibrações dos braços, as quais Os modelos mais correntes são do tipo montado e o
aumentam segundo a sua tensão e resistência do quadro é muito robusto e constituído por duas ou
solo, da frequência do trabalho, da velocidade de três barras de grande secção, as quais suportam
deslocação e do ângulo de entrada dos braços. A cinco, sete, nove ou, no máximo, 11 dentes de
figura 29.2.5 mostra o funcionamento de um braço grande dimensão.
de vibrocultor.
Utilizam-se em mobilizações profundas e tanto os
- Escarificador de dentes quadrados de dupla dentes como os bicos podem ser de vários modelos,
volta (Fig 29.2.6) – também designado por consoante as condições e os serviços a executar.
escarificador de dentes espiralados, tem dentes Fig 29.2. 7 As figuras 29.2.9, 29.2.10, 29.2.11, 29.2.12 e 29.2.13
NOTA TÉCNICA Nº 29.2
TIPOS DE ESCARIFICADORES 75
Com mola
Reforçado com
Braço com mola contra-mola
O engate de um escarificador ao tractor é igual ao culturas alinhadas é possível modificarem-se as - Tensão das molas – com o uso as molas perdem
de qualquer outra alfaia de mobilização do solo. distâncias relativas dos braços, dispondo-os em a elasticidade e afectam a qualidade de trabalho.
pares ou em grupos segundo as conveniências, ou Quando isso acontece deve aumentar-se a sua
Após o engate seguem-se as regulações até retirarem-se alguns, se necessário. Para o efeito: tensão. No caso de molas duplas muda-se a
necessárias e que são: posição para o furo seguinte (Fig 29.3.1).
- Nos braços articulados com molas – aliviam-se
1 – Regulação transversal – ver Nota Técnica os parafusos de fixação dos braços a deslocar,
Nº 27.1.6; mudam-se estes para a posição pretendida e
reapertam-se os parafusos. Nos escarificadores
2 – Regulação lateral ou centralização – ver Nota
deste tipo, quando se pretende trabalhar com
Técnica Nº 27.1.6;
menos braços é indispensável, para não diminuir a Mola
resistência do quadro, voltar os braços excedentes
3 – Regulação longitudinal – ver Nota Tecnica
para cima, por inversão das fixações ao quadro,
Nº 27.1.6; Batente Segundos
mantendo-as bem fixas; furos de
fixação
4 – Regulação da profundidade de trabalho – ver das molas
- Nos vibrocultores – desapertam-se as porcas dos
Nota Tecnica Nº 22.2.
parafusos de fixação à barra dos braços a mudar, Mola
Uma vez a alfaia regulada deve ser afinada no local retiram-se os parafusos, deslocam-se os braços
de trabalho, conforme o tipo e a necessidade da para a posição desejada, voltam a colocar-se e a
cultura ou do terreno. Assim: apertar os parafusos. Ter em atenção que é Fig 29.3. 1
essencial dispor os grupos de braços
- Distância entre dentes – para permitir a utilização simetricamente em relação ao eixo de qualquer
dos escarificadores em amanhos ou granjeios de destes aparelhos.
NOTA TÉCNICA Nº 29.4
VELOCIDADES E MANUTENÇÃO DOS ESCARIFICADORES 77
- Lubrificar, nos escarificadores de molas, os casquilhos - Fazer uma revisão geral sobre o estado de desgaste
das articulações dos braços. das peças e substituí-las, se necessário;
NOTA TÉCNICA Nº 30
78 SUBSOLADORES
Subsolador (Fig 30.1) é uma alfaia destinada a São máquinas montadas ou semi-montadas e os
mobilizar o terreno no subsolo, mas sem o revirar órgãos activos são os bicos e as réguas de
Quadro
nem alterar as posições das diversas camadas. protecção ou canelas, as quais se encontram à
É vulgarmente conhecido por ripper. frente dos teirós, a fim de os proteger do desgaste
e cortar as raízes das plantas.
Os principais objectivos do subsolador são os
seguintes: Na parte posterior do teiró pode-se montar, a fim de
Régua de
protecção formar uma galeria que facilita a drenagem de
Teiró - Disponibilizar às raízes das plantas uma maior terrenos fortes, uma peça denominada dispositivo
Bico quantidade de terra mobilizada; toupeira (Fig 30.2), também conhecida por obus de
drenagem.
- Facilitar a infiltração da água e aumentar a sua
Fig 30. 1 capacidade de armazenamento; Os teirós dos subsoladores podem ter os formatos
que se vêm na figura 30.3, A, B e C.
- Melhorar o arejamento do solo.
Dispositivo toupeira
Curvo Inclinado Recto
A B C
SUBSOLADORES 79
Rolos são alfaias com elementos cilíndricos que puxo e órgãos activos que são os elementos, os
rodam livremente num eixo horizontal, o qual está quais têm várias formas conforme o tipo de rolo.
disposto transversalmente em relação à direcção da Puxo
marcha. Distinguimos os seguintes tipos:
Quadro
Têm como missão destruir torrões, uniformizar a Rolo liso (Fig 31.1) – é constituído por um ou mais
superfície do solo para a sementeira e nivelar a parte elementos de superfície lisa e faz uma boa
superior do terreno a fim de regular a humidade do compressão da terra, portanto, é essencialmente
mesmo. Elementos compressor. Serve, entre outras coisas, para calcar
Eixo
a terra antes da sementeira de sementes miudas e
Também ajudam a germinação das sementes e o para rolar culturas já nascidas, aconchegando a
desenvolvimento das plantas jovens visto que, ao terra às raízes sem molestar as plantas.
comprimirem a terra, reduzem as cavidades do solo, Fig 31. 1
o que permite um contacto mais íntimo semente-terra É quase sempre rebocado e o seu peso médio varia,
ou raíz-terra. Eixo
normalmente, entre 200 e 350 kg por metro de largura
Puxo
de trabalho. Tem o inconveniente de, em épocas
Os rolos mais vulgarmente utilizados têm um diâmetro secas ou após geadas, provocar a formação de uma
de cerca de 40 a 60 cm, uma largura aproximada de crosta na superfície do terreno, o que dificulta o
2 metros e um peso na ordem dos 600 a 800 kg. nascimento das plantas.
Elementos
Necessitam de uma potência na ordem dos 2,2 a maiores
2,9 kW (3 a 4 cv) por metro de largura. Os mais Rolo “croskill” (Fig 31.2) – é constituído por vários
Elementos
pesados são rebocados e os mais ligeiros podem menores elementos dentados que giram num eixo. Os
ser suspensos. A velocidade de deslocação, em elementos são desiguais e colocados alternadamente:
trabalho, é de 5 a 7 km/hora, conforme o peso do um maior, um menor e assim sucessivamente. Além
rolo, o tipo de terreno e o seu estado. disso o diâmetro do furo central dos elementos
Elemento
maior maiores é superior ao diâmetro do eixo onde giram
Como as suas principais funções são comprimir o que, com o andamento, lhes permite tomarem
e destorroar, uns são compressores, outros posições descentradas em relação aos elementos
destorroadores e outros compressores- Elemento menor menores do mesmo conjunto. Tal particularidade
destorroadores ou mistos. Qualquer deles é confere-lhe um grande poder destorroador, que
Fig 31. 2
constituído por uma armação ou chassis, barra de aumenta com a velocidade evitando, ao mesmo
NOTA TÉCNICA Nº 31
tempo, a aderência da terra aos elementos, mesmo Pode ter dois corpos (Fig 31.3) ou um (Fig 31.4) e
em solos argilosos e húmidos e faz com que ser rebocado ou suspenso. Quando tem dois corpos
Armação
quaisquer corpos estranhos, tais como paus ou estes estão deslocados lateralmente um em relação
pedras, por exemplo, que entre os elementos se ao outro, pelo que as arestas dos elementos do
possam meter, sejam projectados para fora. corpo traseiro coincidem com o intervalo entre duas
arestas do corpo dianteiro, o que lhe dá uma maior
Este rolo só se pode usar antes da sementeira; caso eficácia no destorroamento.
contrário desenterraria as sementes ou as plantas já
nascidas. Elementos Eixo Rolo canelado – também designado por rolo
ondulado, tem uma concepção semelhante à do rolo
É quase exclusivamente rebocado e o seu peso traçador, mas os elementos apresentam a superfície
pode atingir os 500 kg por metro de largura de ondulada, tal como se pode ver na figura 31.5.
trabalho.
Elemento
Há semeadores para sementes miúdas que têm rolos
Rolo traçador – também designado por rolo semelhantes a este para o aconchegamento do solo
“cultipacker” e rolo cuneiforme duplo, é às referidas sementes.
Fig 31. 4
Em cunha Dentado
Rolo “Cambridge” (Fig 31.6) – é constituído por de saliências em forma de cunha; além disso possui
dois tipos de elementos, dispostos alternadamente, também, de um lado e do outro, coroas dentadas.
uns em forma de cunha e outros dentados; estes
últimos são de diâmetro maior que os outros. É essencialmente destorroador.
Os elementos rodam todos independentemente uns Rolo anelado (Fig 31.8) – também designado por
dos outros e com diferente número de rotações, de rolo esqueleto, é constituído por elementos metálicos
tal forma que há, constantemente, um movimento estreitos e de grande diâmetro, que servem para
relativo entre os distintos elementos do rolo, tal como compactar em profundidade, podendo trabalhar
acontece no “croskill” e com a mesma finalidade. enterrados até quase ao eixo.
Só pode ser utilizado antes da sementeira, pois é
essencialmente destorroador. O peso é de, aproximadamente, 300 kg por metro de
largura de trabalho. São bons para terrenos arenosos.
Rolo “cambridge-croskill” (Fig 31.7) – é constituído
por discos que têm a periferia com um grande número
NOTA TÉCNICA Nº 31.1
REGULAÇÕES E MANUTENÇÃO DOS ROLOS 83
- Verificar o aperto de todas as porcas e parafusos - Retocar a pintura nos pontos onde tenha sido
e reapertá-los, se necessário; danificada;
Fig 32. 1
NOTA TÉCNICA Nº 33
FRESAS - GENERALIDADES, VANTAGENS E INCONVENIENTES 85
Mobiliza a terra através de facas, de diferentes A potência necessária varia, consoante as condições
configurações, as quais estão montadas em falanges referidas para a velocidade, de 12 a 20 kW/metro de
Veio telescópico equidistantes que giram por intermédio de um veio, largura de trabalho (16 a 27 cv), para as fresas
de cardan Cabeçote
Cabeçote
denominado rotor, o qual se dispõe transversalmente ligeiras e pesadas.
“Capot”
e é accionado pela tdf do tractor por intermédio de
Caixa do
par cónico Rotor um veio telescópico de cardans. As facas, que são as peças activas, podem ter
diversas formas consoante a sua aplicação e o tipo
A velocidade de deslocação da fresa varia de 1 a 4 de solo, sendo as principais as seguintes (Fig 33.2):
Corrente de km/h, consoante o estado do terreno, a largura do
transmissão Avental golpe das facas, seu número por falange e estado, A – Em forma de I – utilizada principalmente como
Falange
peso da fresa e avental descido ou levantado. regenerador de prados;
Corrente de
Faca afinação A largura de trabalho varia, normalmente, de 0,90 a B – Em forma de L – boa para destorroamento e
Patim de regulação do avental
da profundidade 2,80 metros, sendo as larguras mais usadas de 1,40 pulverização do solo;
a 1,80 metros.
Fig 33. 1
E – Tipo universal – mais curta que a faca comprida O uso contínuo (abuso) ou imponderado da fresa pode
(F), podendo esta ser utilizada em cultivos a maior danificar a estrutura da terra, para além da formação
profundidade; de um forte calo que, como é sabido, dificulta a
penetração das raízes e da água, bem como a vida
F – Tipo universal – mais comprida que a E, Fig 33. 3 microbiana abaixo dele.
utilizando-se para as mesmas circunstâncias;
O preço é elevado e a utilização e manutenção cara
G – Tipo banana ou veloz – concebida para terras devido, principalmente, ao alto preço das facas, que
duras, deixando menos calo; tradicionais. Esta questão não pode conciliar-se de se estragam com bastante frequência nos terrenos
uma maneira definitiva, já que cada operação de pedregosos e gastam-se rapidamente nos siliciosos.
H –“rotocadet” – em forma de concha, concebida preparação do solo é, na realidade, um caso especial
para promover um acondicionamento de terreno cuja solução varia grandemente segundo a natureza Também contribuem para um maior desgaste do
muito grosso, em solos onde a erosão é problema. do mesmo e as condições meteorológicas. No entanto, tractor face ao esforço demasiado do veio da tdf e
pode afirmar-se que a fresa permite efectuar um transmissão.
Há fresas em que o rotor é dentado (Fig 33.3). Estão
afofamento bastante perfeito do solo, portanto, uma
previstas para trabalhos de picar ou destorroar sendo,
boa cama para a sementeira, deixando a terra armada
portanto, consideradas como um aperfeiçoamento
ou não e isto, por vezes, com uma só passagem o
das grades.
que, frequentemente, dá ao agricultor a possibilidade
Vantagens da fresa de recuperar tempo que tenha perdido por causas
alheias à sua vontade. Por outro lado, existem alguns
Podemos perguntar se é preferível uma preparação trabalhos que não têm equivalência nos que realizam
do solo com estas máquinas ou utilizando os meios as alfaias clássicas como por exemplo alguns
NOTA TÉCNICA Nº 33.1
TIPO DE FRESAS E SUA CONSTITUIÇÃO 87
Falange
Rotor
Facas
As fresas podem ser: A largura de trabalho da fresa deve exceder a do Fresa descentrada (Fig 33.1.2) – também designada
rodado traseiro do tractor, para que o terreno já por fresa “offset”, não só permite a aproximação a
Montadas ou suspensas – quando estão ligadas ao fresado não seja calcado pela roda do mesmo (tractor). culturas de grande “desenvolvimento” como pode
hidráulico do tractor através do sistema de 3 pontos executar trabalhos debaixo de arvoredo.
(Fig 33.1.1);
Este tipo de fresa permite cobrir sempre o rasto do
Semi-montadas ou semi-suspensas – quando tractor de um dos lados.
estão ligadas apenas a dois pontos do hidráulico do
tractor e são arrastadas pelo solo sem possibilidade Multifresa (Fig 33.1.3) – também designada por
de serem levantadas pelo sistema hidráulico. fresa de vários elementos, é um modelo especial
destinado a trabalhar nas entrelinhas das culturas;
Há ainda: os elementos podem-se aproximar ou afastar uns
dos outros, consoante as necessidades culturais,
Fresa axial (Fig – 33.1.1) – também designada por deixando ou não o terreno armado em camalhões.
fresa simétrica, fica centrada com o eixo longitudinal
do tractor. Seja qual for a fresa, as facas estão implantadas nas
Fig 33.1. 3 falanges, cada uma das quais pode conter 2, 3, 4
NOTA TÉCNICA Nº 33.1
Alavanca
ou 6 facas. Ao conjunto formado por uma falange e número de dentes. Coloca-se, por exemplo, o carreto de r.p.m.; invertendo os carretos as rotações serão
pelas facas a ela fixadas dá-se o nome de estrela 1 (verde) do lado direito da caixa e o 2 (azul) do lado outras. Se em seguida retirarmos estes carretos e no
de facas (Fig 33.1.4). A figura 33.1.5 mostra uma esquerdo; isto dará ao rotor um determinado número seu lugar colocarmos o 3 (amarelo) e o 4 (vermelho),
estrela de facas desmontada. nova rotação obteremos; se depois lhe invertermos
a posição outra rotação se terá. Portanto podemos,
O rotor pode ter apenas uma velocidade ou várias: 3 Caixa de carretos
neste caso, obter 4 r.p.m. diferentes, com dois pares
ou 4 conforme se trate, respectivamente, do tipo de carretos.
caixa de velocidades (Fig 33.1.6) ou caixa de 1
3
carretos intermutáveis (Fig 33.1.7). Estes sistemas A transmissão do movimento para o rotor pode
equipam as fresas vulgarmente conhecidas por ser feita por carretos (Fig 33.1.8) ou por corrente
desmultiplicadoras. (Figs 33.1 e 33.1.9).
Na caixa de velocidades engrena-se a alavanca na Qualquer dos sistemas encontra-se encerrado numa
velocidade 1, 2 ou 3 e a cada uma corresponde uma 2
caixa estanque com óleo adequado.
determinada velocidade do rotor em r.p.m.; na caixa 4
de carretos intermutáveis há 4 carretos, cada um
Fig 33.1. 7
com sua cor e a que corresponde um determinado
NOTA TÉCNICA Nº 33.1
Dentro do mesmo sistema há casos em que o falange, estão implantadas facas com dois
esticador é interior e actua automaticamente. comprimentos diferentes; a revolução das facas
mais curtas efectua-se ao lado das mais compridas,
Fresa de dois corpos (Fig 33.1.10) – trata-se de um o que evita a compactação, portanto, o solo fica
Esticador
modelo de dois eixos com facas, accionado sempre com interstícios entre as suas inúmeras
directamente do solo pelo primeiro eixo, o qual faz partículas.
girar o segundo.
Atrás pode levar um rolo adequado e um dispositivo
Permite a realização satisfatória de trabalhos com hidráulico para a montagem de um semeador.
velocidades que podem ir até cerca de 12 km/h.
Faca Para o
maior Faca semeador
menor
Rolo
“Capot”
destorroador
Sentido da Avental
deslocação
Facas
Rolo
Corrente de ligação
dos eixos
Nxn
Avental Nº golpes/m2 = xK em que:
descido V
trabalho; velocidade baixa corresponde a maior o esmiuçamento seja grosseiro (Fig 32.2.5), pois a Para sabermos o número de facas por metro temos:
esmiuçamento, o qual se vai tornando mais grosseiro sua missão, para além das razões de segurança do
à medida que a velocidade aumenta. trabalho, é a de pulverizar o solo contra ele
projectado pelas facas. Portanto, com o avental Nt
Velocidade de avanço reduzida + alto regime do rotor totalmente em baixo (Fig 32.2.4) obtém-se uma Nº facas/m = em que:
A
+ avental descido = esmiuçamento intenso; maior pulverização, ao mesmo tempo que se vai
velocidade de avanço rápida + baixo regime do rotor nivelando a área trabalhada. Se em cima dele lhe
+ avental levantado = esmiuçamento grosseiro. forem colocados pesos ainda o esmiuçamento será
Nt = Número total de facas;
maior. A potência exigida nestas condições é maior
Independentemente do exposto e em relação ao A = Largura de trabalho em metros.
do que com ele levantado.
avental (1), basta que ele esteja levantado para que
A montagem das facas de uma fresa tem que ser
feita de forma a que a chamada espiral fique certa,
tal como se pode ver na figura 32.2.6.
(1) Quando a fresa trabalha com o avental levantado ninguém se deve colocar atrás dela, pois há o perigo da projecção de pedras e/ou
outros materiais.
NOTA TÉCNICA Nº 33.2
Fig 33.2. 6
Boné
Misturas não homogéneas de solidos + líquidos
Colarinho
abotoado
Camisa de Estrumes Chorumes
manga larga
Luvas
Chorume
Calças
grossas Fertilizante
Calçado de
borracha
AZOTADOS
a) Minerais, os quais podem ser: Nítricos Nitrato de cálcio Triturado 180 65
FOSFATADOS
Superfosfato Pulverulento 100 Débil
- Adubos;
Escórias Pulverulento 50 Débil
quantidades a utilizar por hectare, mas exige uma as necessidades das plantas, os quais podem ser de
distribuição mais precisa. Além disso e por se tratar dois tipos: de superfície e de profundidade.
de produtos geralmente bastante corrosivos, os
fertilizantes colocam problemas de resistência dos Fertilizantes líquidos – são os adubos minerais
aparelhos à corrosão, o que exige cuidados na sua líquidos e os chorumes.
concepção mecânica, bem como na sua utilização
e limpeza. O termo chorume aplica-se sempre que se trate de
fracções líquidas escorrentes do estrume e compostas
Qualquer distribuidor de fertilizantes sólidos deve ser principalmente pelas dejecções líquidas dos animais,
de fácil e rápida regulação, sendo classificados em mais ou menos diluídas em água.
três tipos:
Tanto para um caso como para o outro há
1 – Por gravidade, em que a largura da máquina distribuidores especiais. No entanto, os fertilizantes
corresponde, normalmente, à largura de distribuição minerais líquidos têm como vantagens fundamentais
e o fertilizante cai para o solo por acção da a comodidade de utilização e a eficácia da adubação.
gravidade;
Estrumes – são misturas não homogéneas de
2 – Centrífugos, em que a largura de distribuição é produtos sólidos e líquidos. Têm que ser espalhados
superior à da máquina e o fertilizante é projectado ou distribuídos pelo solo e posteriormente enterrados.
para o solo mecânicamente; Tanto para o espalhamento como para a distribuição
há máquinas específicas para o fazer.
3 – Pneumáticos, em que a largura de distribuição
é, aproximadamente, a mesma da rampa de Cada tipo de equipamento de fertilização tem,
distribuição e o fertilizante é arrastado por uma como veremos, a sua composição e funcionamento
corrente de ar, sob pressão, gerada por um específicos.
ventilador centrífugo ao longo da referida rampa, a
qual está provida de deflectores que garantem a
distribuição.
Segundo o tipo de distribuidor o reservatório para o por causa do peso, principalmente quando são
fertilizante, denominado tremonha (Fig 34.1.1), pode rebocadas.
ser largo e de secção trapezoidal, troncocónica ou
piramidal. Algumas são duplas e com um tabique Muitos distribuidores têm, no interior da tremonha,
intermédio para os sistemas de distribuição dupla. um agitador (Fig 34.1.2) cuja missão é desfazer
torrões de adubo, bem como evitar a formação de
Podem ser metálicas (1), de preferência inoxidáveis abóbadas ou zonas ocas no interior da massa do
por causa da corrosão, de poliester ou polietileno. fertilizante a fim de facilitar a sua saída e proporcionar
A capacidade é variável; as maiores evitam numerosas uma melhor alimentação dos órgãos de distribuição.
operações de abastecimento que originam grande
quantidade de tempos mortos, mas têm o Sempre que se termine o trabalho de fertilização,
inconveniente de fazerem calcar bastante o terreno, a tremonha e o agitador devem ser bem lavados
Dentro deste grupo existe uma grande diversidade A regulação da quantidade a distribuir é feita por velocidade de rotação dos pratos, que se pode
de tipos embora, actualmente, ainda se use apenas variação da abertura de saída do adubo, denominada modificar por mudança de carretos.
o distribuidor de pratos. Os restantes têm apenas adufa, através de uma alavanca, assim como pela
interesse histórico; de qualquer forma faremos a sua Os pratos também podem ser em forma de estrela,
descrição. como se pode ver na figura 34.1.1.2; geralmente,
Adufa este formato aparece associado aos semeadores
1 – Distribuidor de pratos (Fig 34.1.1.1) – no fundo Tremonha distribuidores de adubo. É um sistema com alguma
da tremonha há um determinado número de pratos, sensibilidade, resistente e de fácil manutenção,
côncavos e giratórios, que transportam o fertilizante sobretudo nos modelos em que a desmontagem dos
para o exterior onde é distribuído por um ejector pratos é fácil.
rotativo, formado por dedos ou palhetas, que gira
Abertura de
a grande velocidade. Um deflector impede que o Alimentação A distribuição dos fertilizantes é prejudicada em
fertilizante volte ao interior da tremonha. terrenos declivosos e irregulares devido às sacudidelas;
Prato em estrela
é o principal inconveniente que se lhe aponta.
Tubo de saída
É um sistema que permite grande homogeneidade
de distribuição na direcção da deslocação. 2 – Distribuidor de fundo móvel (Fig 34.1.1.3) –
Fig 34.1.1. 2
neste sistema o fertilizante é arrastado para fora da
NOTA TÉCNICA Nº 34.1.1
Fundo móvel Ripas metálicas Entre as grelhas fixas há duas meias grelhas, animadas
de movimento rectilíneo alternado e oposto, que
Fig 34.1.1. 3 Fig 34.1.1. 5 arrastam o fertilizante das aberturas da placa fixa
tremonha através de um fundo móvel constituído O fertilizante sai para o exterior através de uma
por uma série de ripas metálicas longitudinais, adufa regulável e também pode ser impulsionado Tremonha
montadas sobre duas a quatro correntes motrizes. por intermédio de um ejector rotativo semelhante ao
sistema do distribuidor de pratos. Grelha fixa
Meia superior
3 – Distribuidor de parafuso sem-fim (Fig 34.1.1.4) grelha
Tremonha
– este sistema, também denominado de helicóide e
Meia
helicoidal, é o mais perceptível e económico. grelha
Sem-fim Grelha fixa
A distribuição é assegurada por um sem-fim situado inferior
Fundo
perfurado
horizontalmente no fundo da tremonha, o qual obriga Tremonha
superior para cima das aberturas da placa fixa velocidade de deslocação da corrente de
inferior e daí para o solo. distribuição.
A regulação do caudal é feita pela alteração da posição Funciona mal com fertilizantes pulverulentos. Tremonha
de fixação de uma das grelhas fixas.
A perfeita manutenção da corrente é difícil de
5 – Distribuidor de correntes (Fig 34.1.1.9) – é conseguir, a não ser que seja de aço inoxidável.
constituído por uma corrente, com elos metálicos
de parafuso sem-fim
grandes e oblíquos, com um dedo saliente que obriga 6 – Distribuidor de rolo (Fig 34.1.1.10) – uma peça com
o fertilizante a sair através de uma abertura. movimento alternativo leva o fertilizante a um rolo
distribuidor colocado no exterior da tremonha. A Tremonha
A regulação obtém-se mediante uma adufa que regulação consegue-se pela abertura da janela de saída
controla a saída do fertilizante, assim como pela e da altura do rolo. Adapta-se bem a todos os tipos
de fertilizantes sólidos, excepto os muito higroscópicos.
de correntes
7 – Distribuidor de tremonha central (Fig 34.1.1.11) –
Tremonha
a largura de distribuição é muito superior à da tremonha. Fig 34.1.1. 11
Tremonha Corrente
Velocidade
devida à força Tremonha
centrífuga
Velocidade
periférica A
Palheta
1/3 de volta Disco
Disco
Chapa
protectora
Palheta Disco
Fig 34.1.2. 4
alterar a velocidade de deslocação, visto que o - mais velocidade mais fertilizante e vice-versa,
andamento das esteiras é proporcional ao da roda: portanto, é sempre constante a quantidade por Fig 34.1.2. 7
hectare.
A regulação deste distribuidor, tal como a dos fertilizante é projectado por um tubo cónico animado
distribuidores por gravidade, consegue-se fazendo de movimento de vaivém, daí a designação de
girar a roda um determinado número de voltas, oscilante e pendular.
recolhendo e pesando o fertilizante transportado
pelas esteiras. Pelo perímetro da roda ficamos a saber O tubo faz, aproximadamente, 400 oscilações por
Esteiras o espaço percorrido. Como temos a largura fertilizada minuto, segundo um arco de 90 a 120º. Na ponta é
Disco ficamos a saber a quantidade de fertilizante distribuído frequente haver um anel de dispersão que ajuda a
naquela área. A partir daqui e com uma simples fazer uma distribuição mais uniforme.
Roda
regra de três temos os quilogramas por hectare.
Pode-se alterar a largura de trabalho variando o
3 – Distribuidor de tubo oscilante (Fig 34.1.2.6) – ângulo do arco ou substituindo o tubo por outro
Fig 34.1.2. 5 também designado por distribuidor pendular, o com comprimento diferente.
NOTA TÉCNICA Nº 34.1.2
(4) Apenas um ensaio com tabuleiros próprios para o efeito informa qual a sobreposição exacta a fazer; dado que, normalmente, não se
O diagrama da figura 34.1.2.8 exemplifica uma
dispõe de tal material trabalha-se com a sobreposição de 25 % que é o valor mais próximo e mais vezes atingido nos referidos ensaios. sobreposição.
NOTA TÉCNICA Nº 34.1.2
Deflector B
Fig 34.1.3. 1
A máquina é accionada pela tdf do tractor ou por A figura 34.1.4.1 mostra um localizador com Quando estão combinados com semeadores
uma roda motriz e o fertilizante é conduzido até ao anteparas laterais que orientam o fertilizante até colocam o fertilizante a pouquíssima profundidade e
solo por gravidade. ao local desejado. ao lado das sementes (1).
A figura 34.1.4.2 mostra outro modelo de localizador, Na figura 34.1.4.3 vemos um distribuidor com
Antepara
que é um distribuidor centrífugo ao qual se adaptou tremonha dupla (2) e accionado pela tdf do tractor.
uma peça com várias saídas às quais se ligam O fertilizante é transportado até ao local por um
dente tipo ripper (3), com uma conduta interior, onde
tubos, sujeitos a uma armação. O fertilizante é
chega por gravidade.
conduzido pelos tubos até à proximidade do solo
e nele depositado junto às linhas das plantas.
Localizador de adubo em profundidade – é (1) Alguns autores integram-nos nos localizadores à superfície visto
accionado pela tdf do tractor ou por uma roda motora que, neste caso, a profundidade de enterramento é diminuta.
108 LOCALIZADORES
Alimentação
foliar
Relha de
Relha de fertilização
sementeira
Semente
3 cm
Pulverização Enterramento
à superfície superficial
5 a 10 cm
A B Alimentação radicular
30 a 35 cm
15 a 20 cm
Por enterramento
3.2 – Por pulverização localizada (Fig 34.2.5) entre aspersão, garante precisão da dosagem do produto
as linhas de plantação e sem atingir as plantas. dissolvido na água e é de manutenção simples.
3.3 – Por enterramento localizado a cerca de 15 a O armazenamento dos fertilizantes líquidos numa
20 centímetros de profundidade (Fig 34.2.5) para exploração agrícola faz-se em depósitos fechados e
plantas anuais, ou aproximadamente 30 a 35 de material não corrosível.
centímetros para vinha e árvores de fruto (Fig 34.2.6).
A trasfega dos fertilizantes faz-se por gravidade ou
4 – Em simultâneo com um tratamento – a por meio de bomba resistente à corrosão e accionada
aplicação, ao mesmo tempo, do fertilizante e do pela tdf do tractor ou por motor independente.
fitofármaco tem grandes vantagens desde que as
partes das plantas ou do solo a atingir sejam O transporte destes fertilizantes faz-se em cisternas
as mesmas e os produtos sejam compatíveis. de material não corrosível e sobre um reboque ou
semi-reboque.
5 – No circuito da rega por aspersão – este sistema
é fácil de executar e, para além das vantagens da
NOTA TÉCNICA Nº 34.2.1
TIPOS DE DISTRIBUIDORES 111
Os fertilizantes líquidos são distribuídos por O dosificador tem como missão regular o fluxo de de um tubo de ventilação e equipado com um agitador
distribuidores de vários tipos, conforme o fertilizante; fertilizante para a sua distribuição uniforme por e um indicador de nível. Tem, saindo do fundo do
no entanto, explicitaremos apenas os que unidade de superfície, a qual se faz por intermédio depósito, uma canalização independente para cada
consideramos como mais significativos e com de dentes de escarificador, aos quais se ligam tubos linha, com uma torneira e um recipiente de decantação
esquemas das suas bases de funcionamento. para depositarem o fertilizante no terreno, atrás dos e termina num doseador, que também pode estar
sulcos abertos pelos referidos dentes. situado à saída do depósito. O débito da aplicação
1 – Distribuidor sob pressão (Fig 34.2.1.1) – pouco regula-se nos doseadores e depende, em simultâneo,
empregue entre nós, é utilizado principalmente para É um distribuidor específico para fertilizante azotado da abertura daqueles e da velocidade de deslocação.
adubo azotado e consta de um “chassis” suportado sob forma gasosa por nitroinjecção. O transporte
por rodas pneumáticas, que inclui uma cuba ou faz-se sob a forma líquida e a aplicação no estado 3 – Mistura na água de rega por aspersão – neste
tanque, dosificador, dentes de escarificador e gasoso. O terreno deve ter uma certa humidade. caso pode-se usar fertilizante sólido ou líquido.
distribuidor.
As diferentes linhas de incorporação do fertilizante 3.1 – Fertilizante sólido – intercala-se um dosificador
O tanque é cilíndrico, em aço inoxidável, com devem ser ajustáveis às linhas das plantas. Os tubos (Fig – 34.2.1.2) na tubagem de impulsão que alimenta
capacidade variável e dispõe de manómetro, válvula de alimentação devem estar o mais próximo possível os aspersores. Uma vez introduzido o fertilizante no
de descarga e retrocesso e indicador de nível. do solo para evitar a congelação, em consequência depósito, enche-se este de água deixando que a
da expansão do amoníaco. No manuseamento do
equipamento devem manter-se as adequadas normas
Válvula de Conduta principal
de segurança a fim de se evitarem problemas graves.
descarga Tampa
Filtro Dosificador
É um equipamento para explorações especializadas
Depósito
Cuba e até com uma certa dimensão, pois é caro e a Fertilizante
Conduta Distribuidor amortização só é possível se a utilização for elevada
Água
e o benefício obtido compensador. Filtro
Bomba
Aspiração Solução
Dente de concentrada
Tubo escarificador 2 – Distribuidor por gravidade – está concebido Água
Solução
para a aplicação de produtos em profundidade. diluída
Válvula de estrangulamento
Normalmente está adaptado a semeadores e consta
essencialmente de um depósito, com capacidade
Fig 34.2.1. 1 Fig 34.2.1. 2
variável, mantido à pressão atmosférica por intermédio
NOTA TÉCNICA Nº 34.2.1
Fertilizante
podem ser do seguinte tipo: um êmbolo de efeito simples e movimento lento.
Aspira o fertilizante directamente do reservatório,
3.2.1 – Pulverizador pneumático (Fig 34.2.1.3) – com débitos variáveis consoante a regulação da
também designado doseador por aspersão, consta Saída da posição de um excêntrico.
Torneiras mistura
de um tubo munido de orifício calibrado, ligando o
recipiente do fertilizante ao tubo de fluxo de ar do 4 – Distribuidor de chorume (Fig 34.2.1.6) –
Válvula
ventilador. A dose regula-se pelo calibre do orifício, também designado por semi-reboque distribuidor
em função das características da bomba; Fig 34.2.1. 4 de chorume, é uma cisterna estanque e de material
inoxidável equipada com uma bomba ou com um
3.2.2 – Perfusor (Fig 34.2.1.4) – também denominado recipiente ligado à canalização da água por meio de compressor accionado pela tdf do tractor, a fim de
doseador por compressão, o fertilizante encontra-se tubo munido de um orifício calibrado. executar o enchimento e esvaziamento do depósito.
numa bolsa, a qual está sob pressão e imersa num
Filtro Aspiração
Êmbolo
Orifício Mangueira
Fertilizante
calibrado de sucção
Saída da
mistura Ligação
Torneira Cisterna à tdf
Válvula de sucção
Pala Bomba ou
Fluxo de ar Excêntrico duplo
distribuidora compressor
Manípulo de comando
Apresentamos em seguida as regras para o
enchimento destes distribuidores. Em primeiro lugar
Posição 1 Posição 2 o distribuidor deve estar na posição horizontal, ou
o mais próximo possível dela (Fig 34.2.1.9).
Posição correcta
Vejamos agora qual a profundidade máxima de
captação para o enchimento.
Tubo da
cisterna
Posição H
incorrecta
H = 6 metros
Tubo Válvula de
Válvula
exterior comando
esférica
H1
L
L
H1 = H -
10
H1 = Altura máxima
Exemplo:
H = 6 metros
20
L = 20 metros H1 = 6 - =6-2=4
10
H1 = ?
Nalguns modelos de distribuidor o fundo móvel só Quando o movimento do fundo móvel é contínuo a
tem travessas em metade do comprimento. A outra regulação da sua velocidade obtém-se mediante um
é lisa, o que permite a utilização da máquina em jogo de carretos intermutáveis que permitem variar a
trabalhos normais de reboque. desmultiplicação, o que se consegue fazendo variar
a posição de um obturador que se interpõe entre o
Rotor horizontal Travessas Os órgãos de distribuição podem ser de parafuso trinco motor e a roda, numa parte maior ou menor
e helicoidal sem-fim ou helicoidais (Fig 34.3.1). do seu curso. As diferentes posições do sector de
regulação permitem ao trinco tomar, em cada eixo com correntes, de rotores e de corrente fresadora,
movimento de vai e vem, um ou mais dentes do Tabuleiro móvel tal como esquemas da figura 34.3.5.
carreto. O movimento do fundo móvel não volta atrás
mercê de um ou dois trincos de retenção (Fig 34.3.3). Para além destes ainda há outro com um rotor
circular de grande dimensão e provido de garras,
Estr
Os principais tipos de distribuidores de estrume ume colocado no extremo dianteiro da caixa (Fig 34.3.6);
existentes são os seguintes: o estrume é arrastado até ele por um fundo móvel
Sentido da que se desloca de trás para a frente. O estrume, ao
deslocação
1 - Distribuidor de descarga traseira (Fig 34.3.1) – chegar ao rotor é por ele atirado para fora por uma
é o tipo convencional. Há casos em que o fundo abertura lateral do taipal.
móvel é substituído por um taipal dianteiro móvel
que empurra lentamente o estrume para trás 3 - Distribuidor tipo plataforma (Fig 34.3.7) –
(Fig 34.3.4). No caso da figura é basculante. Fig 34.3. 4 também denominado dispositivo distribuidor
aplicável sobre um semi-reboque, é uma
2 - Distribuidor de descarga lateral – é caracterizado plataforma de distribuição amovível e muito utilizada
por possuir um taipal lateral móvel e pode ser de entre nós, pois permite a sua colocação e utilização
Trinco de
retenção
Carreto de
accionamento
do fundo móvel
Rotores
Trinco motor
Obturador
Braço Accionamento
do trinco para o avanço Eixo com correntes
Corrente fresadora
Rotor Deflector
Garras circular Rotor Condutas do estrume Motor
Dente
Estrume
Braço
Corrente do oscilante
fundo móvel
Fundo móvel Subsolador
Carreto de accionamento
da corrente do fundo móvel
em cima de um semi-reboque normal apenas como qualquer distribuidor normal e um rotor de Todos os elementos são accionados por um motor
quando é necessário distribuir estrume. È constituída distribuição, normalmente horizontal. hidráulico o qual, por sua vez, é accionado pelo
por um fundo móvel com correntes e travessas, tal sistema hidráulico do tractor.
4 - Distribuidor com órgãos de distribuição móveis
(Fig 34.3.8) – é um sistema pouco frequente em que Dois braços oscilantes, que unem o eixo da roda
o estrume está imóvel na caixa do semi-reboque de transporte à caixa do semi-reboque, permitem,
e a distribuição é feita por meio do deslocamento hidráulicamente, levantar ou baixar o conjunto
longitudinal, de trás para a frente, dos órgãos de caixa-subsolador; eleva-se para o transporte e
distribuição que constam de um rotor com dentes baixa-se, até à profundidade desejada, para que
e de um deflector que orienta a saída do estrume. o subsolador penetre no solo.
Num distribuidor de estrume há que saber determinar T = Tempo que leva a despejar, em minutos. K = 4t
o seguinte: C = 3m
17 = Constante. L = 1,6m K
Q= x 10 000
1 – Tempo que leva a despejar: Vt = 6Km/h DxL
3 – Quantidade de estrume distribuído por hectare: V = 0,6m/m
Q=?
C
T= em que
V K O valor de D é:
Q= x 10 000 em que
DxL
D = 17 x Vt x T
A quantidade de estrume a distribuir por hectare Quanto aos pneus há que ter com eles os mesmos
será de 49 toneladas. cuidados do que com os dos tractores,
salvaguardando as devidas proporções.
Os cuidados de manutenção dos distribuidores de
estrume consistem numa lubrificação diária de todos Quando o distribuidor está a funcionar ninguém se
os copos e articulações bem como, no fim da deverá colocar atrás dele, pois pode haver alguma
campanha, numa minuciosa lavagem com água pedra, pau, ou qualquer outro objecto que, ao ser
limpa e reparação ou substituição de todas as peças lançado com o estrume, pode atingir e ferir quem
danificadas. Besuntar com óleo queimado todos os se encontre na sua zona de projecção.
locais sem tinta a fim de se evitar a ferrugem.