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CUSTOS DE PRODUÇÃO
AGRÍCOLA E INDUSTRIAL
PESQUISA BENCHMARKING
SAFRA 2013/14
Agosto/2014
Ribeirão Preto, SP
Importante: este relatório é destinado exclusivamente às empresas participantes da pesquisa, sendo
proibida a reprodução total ou parcial das informações contidas no mesmo sem a expressa
autorização da Chaves Planejamento e Consultoria S/S Ltda..
ÍNDICE
CAPÍTULO PÁG.
Apresentação 3
Empresas Participantes 4
Profissionais Participantes 6
Sumário Executivo 9
Procedimentos Metodológicos 17
Resultados Obtidos 25
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APRESENTAÇÃO
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EMPRESAS PARTICIPANTES
ADECO – IVINHEMA
GLENCANE BIOENERGIA
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EMPRESAS PARTICIPANTES (continuação)
USINA IBÉRIA
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PROFISSIONAIS PARTICIPANTES
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PROFISSIONAIS PARTICIPANTES (CONTINUAÇÃO)
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PROFISSIONAIS PARTICIPANTES (CONTINUAÇÃO)
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SUMÁRIO EXECUTIVO
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mais presente a cada ano que passa, conforme as pesquisas realizadas pela Chaves
Planejamento e Consultoria tem evidenciado: 22% da área total plantada em 2010/11;
51% em 2011/12; 61% da área total plantada em 2012/13. E segundo o presente estudo
evidenciou a participação relativa igual a 73% da área total plantada em 2013/14.
Outro fato interessante a destacar é que a diferença de custos entre os dois sistemas
de Plantio começa a se acentuar. Sem computar o custo do insumo Muda, o Plantio
Mecanizado apresentou um custo médio igual a R$ 3.412/ha segundo a presente
pesquisa, lembrando que fora igual a R$ 3.333/ha no estudo do ano-safra anterior. Uma
elevação muito pequena, possivelmente demonstrando que, aos poucos, vão-se
definindo os melhores procedimentos para a realização das operações com as
máquinas. O do tipo Convencional demonstrou segundo este estudo um custo médio
da ordem de R$ 3.943/ha, portanto com um acréscimo mais elástico quando comparado
com o custo obtido pela pesquisa anterior (R$ 3.590/hectare).
Quanto à dosagem de muda (toneladas por hectare), foi constatada uma redução no
distanciamento entre os indicadores das duas alternativas de Plantio. Embora o sistema
mecanizado ainda demande uma dosagem relativamente alta (17,8 t/ha plantado), o
fato é que esta pesquisa demonstrou que no sistema convencional a dose média
utilizada apresentou-se com um incremento significativo: 13,4 t/ha plantado. Fato que
esta pesquisa não capta, há que se reconhecer: é possível que no sistema dito
“convencional”, haja em verdade alguma alocação de máquinas, inclusive de
colhedoras para o corte das mudas, uma espécie de sistema intermediário ou misto
entre as duas alternativas, o que explicaria esta maior dosagem comparativamente aos
estudos anteriores.
Os Tratos Culturais de Cana Planta, que complementam a fase de Formação do
Canavial, apresentaram custos que podem ser vistos sob duas óticas. Uma visão
positiva é que o seu valor por hectare (R$ 916/ha) demonstrou um crescimento bem
contido em relação ao praticado no último ano-safra, algo como apenas 3% a mais.
Mas, sob outra visão, não se pode desconsiderar que houve um crescimento acentuado
naquele ano-safra 2013/14, donde este patamar atual (R$ 916/ha) pode e deve ser
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considerado elevado, merecendo a atenção para aqueles que pretendem produzir cana
a custos competitivos.
Para efeito comparativo, assumiu-se o custo da Formação do Canavial mediante duas
alternativas: uma primeira como resultante do somatório dos custos de Preparo de Solo
(Renovação) + Plantio Convencional + Tratos Culturais de Cana Planta; e numa
segunda opção considerando-se a seguinte combinação: Preparo de Solo (Renovação)
+ Plantio Mecanizado + Tratos Culturais de Cana Planta. Mais objetivamente, na
primeira visão está presente o Plantio Convencional, ao passo que na segunda
introduz-se o Plantio Mecanizado. Os valores levantados pelo presente estudo
permitiram constatar que, ainda sem considerar o insumo Muda, a Formação com o
Plantio Mecanizado resultaria menos oneroso: R$ 6.255/ha contra R$ 6.785/ha obtidos
quando está presente o Plantio Convencional. E a vantagem ainda prossegue para a
Formação “Mecanizada”, embora bem menos expressivo, ao se computar o custo do
insumo Muda. Neste cenário foram obtidos valores de Formação do Canavial
equivalentes a R$ 7.483/ha adotando-se o Plantio Mecanizado e R$ 7.705/ha para a
situação na qual o Plantio Convencional é utilizado. Em tempo: considerou-se como
custo da tonelada de muda o valor médio encontrado por esta pesquisa (algo como R$
69 por tonelada).
A expectativa é da adoção plena pela maioria das usinas do Plantio Mecanizado ao
longo dos próximos períodos, até porque deverá ocorer uma natural evolução desta
tecnologia, com ganhos de eficiência operacional e redução de custos.
Quanto aos Tratos Culturais de Soqueiras fica, de certa forma, válido o comentário
efetuado com relação aos Tratos Culturais de Cana Planta. Ou seja, embora o aumento
relativo detectado por este estudo não seja impactante (8%, porque foram encontrados
custos equivalentes a R$ 1.505/ha em 2013/14 e iguais a R4 1.393/ha na pesquisa
anterior), o fato é que este custo médio mostra-se elevado, principalmente à luz da
situação de mercado, arredio nos últimos anos. Em ambos os casos é de se deduzir
que o sistema de colheita mecanizada acaba por impor práticas adicionais, inclusive
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pelo surgimento de novas pragas (principalmente no caso das soqueiras) dada a
alteração do microclima, acarretando a inevitável elevação dos custos por hectare.
Ressalte-se que a prática da Irrigação/Fertirrigação já tem seus custos incorporados
nos respectivos Tratos Culturais. E mais uma vez beneficiou preferencialmente as
áreas de soqueiras: 39% da sua área total foram fertirrigados e/ou irrigados, enquanto
que no caso dos Tratos Culturais de Cana Planta apenas 16% de suas áreas receberam
este benefício. Para cada hectare irrigado/fertirrigado foi encontrado por esta pesquisa
um custo equivalente a R$ 666, sinalizando por um incremento equivalente a 15% em
relação ao verificado na pesquisa realizada no ano-safra anterior. Embora a dosagem
tenha sido algo menor: 246 metros cúbicos por hectare em 2013/14, ao passo que no
ano-safra 2012/13 cada hectare recebeu, em média, 257 metros cúbicos.
Exclusivamente com base nas informações declaradas pelas usinas pesquisadas,
concluiu-se que a cana adquirida de terceiros (fornecedores), em relação ao observado
no ano-safra anterior, na contramão da inflação, sofreu pequena queda, tanto no teor
de ATR (revelou-se igual a 136,17 Kg/t cana, ou seja, 1,6% inferior ao teor apurado no
período anterior) quanto no preço do Kg de ATR (R$ 0,4542/Kg, cerca de 4% menor
que o apurado na pesquisa de 2013/14. E ressalte-se novamente que os números
citados derivam de informações citadas pelas unidades pesquisadas, donde
necessariamente não coincidem com os preços oficiais Consecana. Da combinação
destes dois indicadores, concluiu-se por uma queda no preço da tonelada de cana
entregue pelos produtores equivalente a 5,4%: o preço nesta safra pesquisada
correspondeu a R$ 60,86/t ao passo que no ano-safra anterior este valor unitário fora
igual a R$ 64,35/t. Se for lembrado que no ano-safra 2012/13 tal preço alcançara R$
68,08/t, pode-se constatar quão difíceis terão sido para a agricultura canavieira os anos-
safras 2012/13 e, principalmente, 2013/14.
Mas cabe lembrar que esta pesquisa não entra no mérito de concessão por parte das
usinas de valores “extra-Consecana” pagos a estes terceiros, seja na forma de
prestação de serviços não cobrados ou cobrados parcialmente, seja na forma de
cessão de resíduos agroindustriais e/ou insumos agroquímicos propriamente ditos.
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A exemplo da entressafra anterior (ou seja, a que antecedeu a moagem da safra 2013),
com duração curta, de apenas 111 dias corridos, esta última, antecedendo a safra 2014
em andamento também repetiu esta característica, com uma duração de somente 110
dias corridos. Logo, bem diferentemente da entressafra 2011/12, que se estendeu por
longos 159 dias.
Esta curta duração deve ter influenciado no custo apurado para a Entressafra Industrial,
limitando-se a R$ 6,68/TCM (TCM = tonelada de cana moída). Assim, apesar da
inflação do período, mostrou-se menor que o valor correspondente da entressafra
anterior (R$ 6,84/TCM), que por sua vez já mostrara uma redução em relação ao
praticado na entressafra 2011/12 (R$ 8,31/TCM), lembrando que foi esta última a que
demonstrou uma longa duração: 159 dias corridos. Em tempo: para fins desta pesquisa,
confronta-se a despesa total incorrida com a Entressafra Industrial com o contingente
de cana moída na safra imediatamente anterior. Mas, a Chaves Planejamento e
Consultoria recomenda que para a apuração do custo industrial (e por consequência
dos custos de produção de açúcar e etanol) seja considerado que a entressafra
antecede a safra.
Também na Área da Administração Agroindustrial vem-se observando uma frente de
trabalho objetivando a redução dos custos agroindustriais. Basta observar os números
obtidos pelas pesquisas recentes conduzidas pela Chaves Planejamento e
Consultoria: seu valor unitário correspondera a R$ 7,09/TCM no ano-safra 2011/12,
que decresceu para R$ 6,77/TCM segundo a pesquisa de 2012/13 e agora posicionou-
se como igual a R$ 6,82/TCM. São valores animadores, considerando a incidência da
inflação no período.
Com o objetivo de enriquecer o conteúdo desta série de relatórios das Pesquisas
Benchmarking Custos e Outros Indicadores, que há duas décadas vem sendo
realizadas pela Chaves Planejamento e Consultoria, no presente estudo são
apresentados os custos de produção da cana própria. Para tal optou-se por buscar a
realidade predominante no campo, donde tanto o Plantio quanto a Colheita/Transporte
são tomados sob a condição de sistemas mecanizados. Outro ponto a destacar refere-
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se ao fato de que os custos levam em consideração a realidade de campo no que diz
respeito a canaviais não estabilizados (ou seja, foram computados os valores
considerando a distribuição das áreas segundo cada categoria de corte apurada pela
pesquisa de fevereiro/março de 2014. Para o cálculo da exaustão (decorrente do
investimento representando pela Formação do Canavial), considerou-se uma vida útil
do canavial equivalente a cinco cortes, além do que tal investimento foi tomado com
base nos valores atuais, obtidos pelos estudos do ano-safra 2013/14.
Feitos estes esclarecimentos, embora observe-se todo uma gama de esforços na busca
de redução dos custos de produção da matéria-prima (própria), concluiu-se por
resultados considerados elevados. Tal custo unitário, expresso em R$ por tonelada de
cana, mostrou-se igual a R$ 75,50/tonelada, reconhecidamente acima do tolerado
tendo em vista os valores praticados no mercado. Este quadro mostra-se ainda mais
sombrio se tal custo unitário for demonstrado em R$ por Kg de ATR, eis que sob este
enfoque o valor encontrado equivaleu a R$ 0,5737/Kg. Para se ter uma ideia do quão
oneroso estaria este indicador de custo, basta lembrar que o valor de fechamento do
Kg de ATR pela Consecana-SP correspondeu a apenas R$ 0,4752/Kg (vide Circular
no. 1813, de 31/03/2014, Consecana-SP). Mas, há que considerar que aos poucos o
setor vai se ajustando: paulatinamente vai contendo os custos das várias fases do
processo produtivo, enquanto permanece o desafio de ganhos de riqueza de açúcar
contidos na cana produzida.
São definidos como Custos Agroindustriais por esta pesquisa aqueles resultantes do
somatório dos custos relativos à matéria-prima + industrialização + administração
agroindustrial. Importante: o valor unitário da matéria-prima (cana) corresponderá a
uma média ponderada considerando o preço da tonelada de cana de terceiros (sem
computar “subsídios) e o custo de produção de cana própria, ponderação com base
nas quantidades esmagadas de cada categoria. Tais Custos Agroindustriais são
demonstrados fazendo-se uso de três unidades de medida: em R$ por TCM (tonelada
de cana moída), em R$ por saco de açúcar 50 Kg e em R$ por m 3 etanol grau absoluto
(100%). Posto isto, considerando aquela primeira unidade de medida, o custo
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agroindustrial deste ano-safra 2013/14 resultou em R$ 97,43/TCM, sinalizando uma
redução em relação ao apurado no ano-safra anterior, este igual a R$ 102,20/TCM.
Esta variação relativa para menos, embora não muito relevante, ganha de importância
considerando a inflação incidente no período. E destaque-se a redução do componente
matéria-prima: apresentara um custo igual a R$ 75,35/TCM no ano-safra anterior e
agora mostrou um valor equivalente a R$ 69,92/TCM (conte-se aí com uma parcela de
contribuição do preço unitário da tonelada de cana de terceiros, em fase de
decréscimo).
O custo de produção do etanol (expresso em R$ por metro cúbico grau absoluto), por
sua vez, se posicionou como igual a R$ 1.255/m3, concluindo-se portanto por uma
oscilação mínima, eis que na pesquisa anterior alcançou o valor de R$ 1.248/m3. Por
outro lado, o custo do açúcar nesta safra 2013/14 resultou em 42,75/saco 50 Kg, que
comparado com o custo correspondente ao período anterior (R$ 40,20/saco 50 Kg)
sinaliza um incremento da ordem de 6%.
Uma visão mais detida quanto a estes três indicadores, numa primeira impressão pode
causar estranheza, eis que tais Custos Agroindustriais, quando expressos em R$ por
TCM demonstrou uma redução (5% a menos), ao passo que ambos produtos finais
(etanol com uma variação de custos positiva, embora insignificante, e o açúcar
demonstrando aumento de custos, conforme os 6% citados anteriormente). Ocorre que
a pesquisa conduzida em fevereiro/2014 (e divulgada em março/2014) já demonstrara
que os rendimentos industriais desta safra 2014 não foram bons, por decorrência, entre
outros fatores, do teor de açúcares na cana moída.
Portanto, o desafio que se coloca à frente para estas unidades agroindustriais é, ao
mesmo tempo, prosseguir na busca da redução dos custos unitários dos seus grandes
segmentos – Agrícola, Indústria e Administração – e retornar aos bons patamares que
se praticavam em termos de qualidade matéria-prima industrializada como melhor
eficiência no processo de fabricação, focado na redução de perdas e melhoria do nível
de aproveitamento de tempo de moagem.
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Encerrando este capítulo, interessante verificar as expectativas das empresas
pesquisadas quanto a três importantes variáveis relacionadas ao ano-safra 2014/15,
em andamento. Aliás, são três perguntas básicas que foram realizadas no estudo
similar conduzido em fevereiro (e divulgado em março/2014), que agora foram repetidas
nesta pesquisa de julho/agosto de 2014). Vamos aos resultados:
A primeira pergunta referia-se se o contingente de cana a ser produzido neste ano-safra
em curso será maior ou menor que aquele obtido na safra anterior. Predominou a
opinião “será maior”, aliás com o mesmo índice de frequência de respostas em ambas
as pesquisas (a de fevereiro/2014 e a desta em relato): 51% do total.
Apesar do que se verificou nesta pesquisa – curva de maturação nas primeiras
quinzenas (até 2ª. quinzena de maio, inclusive) se posicionando abaixo da curva
correspondente da safra passada, predominou entre as empresas pesquisadas a
opinião de que o teor de açúcares na cana produzida em 2014 será melhor do que
aquele registrado na safra 2013. Na primeira pesquisa 62% dos entrevistados
pensavam desta forma e nesta ora relatada tal índice decresceu para 54% do total.
Quanto aos preços a serem praticados para o setor – que prosseguem num patamar
desconfortável, principalmente no referente à linha açúcar – também registraram-se em
ambas pesquisas opiniões otimistas: 51% achavam que seriam “mais remuneradores”
que aqueles registrados no ano-safra anterior, índice este obtido na pesquisa primeira.
Nesta segunda pesquisa predominou esta opinião, embora com menor grau de
otimismo: 46%% achavam que seriam “mais remuneradores”. Mas é interessante
destacar que a soma dos que preferiram não responder esta pergunta mais os que
declararam ter dúvidas (ou não ter opinião formada sobre o assunto) subiu de 36%
assinalados na primeira pesquisa (fev/març) para 49% nesta pesquisa ora em relato.
Ou seja, praticamente um empate técnico entre os “em dúvida” e os “otimistas”.
Enfim, são estatísticas derivadas das opiniões de que vivencia e conhece detidamente
os humores do setor agroindustrial sucroenergético. A conferir quando do encerramento
do ano-safra.
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PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
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Custos de Tratos Culturais de Cana Planta – custos das operações que ocorrem
após a cobertura do sulco (final do plantio) e se seguem até a última operação que
antecede a colheita do 1º. corte.
Custos de Tratos Culturais de Soqueiras – custos das operações que ocorrem
após a colheita e retirada da cana produzida, atividades estas que têm como objetivo
manter bem nutridas as socas e livres da competição de ervas daninhas, contemplando
também o controle de pragas, fertirrigação, entre outras práticas culturais visando boa
produtividade de cada corte subsequente. E se seguem até a última operação que
antecede a colheita do corte seguinte, e que abrangem todas as áreas colhidas (todos os
cortes, exceto o primeiro porque este recebeu os Tratos Culturais de Cana Planta).
Custos de Irrigação / Fertirrigação – embora pesquisados e apresentados
destacadamente, os seus valores já estão incorporados nos custos dos tratos culturais
(cana planta e socas) demonstrados por esta pesquisa. Quando informado pela usina
pesquisada que não foi incorporado nos tratos culturais, esta providência é tomada pela
coordenação da pesquisa durante a fase de processamento dos dados levantados.
Cana de Terceiros – o valor médio da tonelada desta categoria de cana é calculado
a partir das informações disponibilizadas pelas usinas pesquisadas, tanto as referentes ao
teor de ATR contido nesta matéria-prima como as relativas ao valor do Kg de ATR. Não
estão computados pagamentos “extra-Consecana” (incentivos concedidos), donde é
importante ressaltar que na prática este valor unitário desta categoria de matéria-prima
possa ser algo mais elevado que o obtido por esta pesquisa.
Custos Industriais do Período de Entressafra – são aqueles contabilizados no
período da entressafra, incluindo gastos com reparações e conservação da indústria
(materiais e serviços de terceiros), folha de pagamento de pessoal, depreciações e outros
gastos incorridos enquanto a usina está parada. São levantados por esta pesquisa os
custos totais apurados no período de entressafra e posteriormente são calculados os
valores unitários através da divisão destes montantes pela quantidade de cana moída na
safra imediatamente anterior. Observação importante (1): para efeito de apuração dos
custos a recomendação da Chaves Planejamento e Consultoria aos seus clientes
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consiste em considerar a Entressafra antecedendo a Safra, donde as despesas incorridas
naquele período serão amortizados na safra subsequente; nesta pesquisa, apenas com o
objetivo de obter valores unitários que possam servir de indicadores referenciais aos
participantes, excepcionalmente os custos da entressafra estão calculados na forma
unitária (R$ por TCM) considerando a moagem da safra anterior. Observação (2): os
investimentos efetuados nesta fase não são obviamente contabilizados como custos;
incorporarão o ativo imobilizado, donde serão derivadas as depreciações aplicadas ao
longo da vida útil de cada ativo. Observação (3): dentro de mesma formatação (mesmos
itens de custos), quando das pesquisas realizadas em janeiro/fevereiro anualmente, são
levantados os custos incorridos exclusivamente no período de safra. Desta forma, as
usinas participantes destas pesquisas têm a possibilidade de avaliar os seus valores
unitários considerando os dois períodos separadamente: entressafra e safra.
Custos Agroindustriais – são definidos por este estudo como aqueles compostos
pela matéria-prima (mix de cana própria e de terceiros), industrialização (entressafra +
safra) e administração agroindustrial. Opta-se por demonstrar estes resultados na forma
unitária expressos em R$ por tonelada de cana moída. Observação: valores relativos ao
gerenciamento agrícola e ao gerenciamento industrial são computados como custos de
produção (de cana e de açúcar/etanol, respectivamente).
Custos de Produção de Açúcar e Etanol – são levantados junto às usinas
participantes os componentes de custos propriamente ditos: matéria-prima e
industrialização. Posteriormente, com base nas proporções de matéria-prima rateadas
entre etanol e açúcar informadas pelas usinas participantes, os mesmos índices são
utilizados para ratear as despesas de administração (Administração Indireta), informadas
à parte neste levantamento. Os custos unitários relativos à produção de açúcar estão
expressos em R$ por saco de 50 Kg ao passo que os relativos à produção de etanol estão
expressos em R$ por metro cúbico com sua graduação considerada a 100%.
Apresentação das estatísticas obtidas – os resultados, em sua maioria, são
apresentados destacando-se os valores médios e os primeiros e terceiros quartis. O
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conceito de quartil tem como principal mérito fornecer uma visão mais apropriada sobre a
distribuição dos resultados obtidos, conforme discriminado a seguir:
O primeiro quartil é o valor cuja posição relativa indica que 25% dos valores da
amostra analisada se posicionam abaixo do mesmo e os restantes 75% acima;
O terceiro quartil é o valor cuja posição relativa indica que 75% dos valores da
amostra analisada se posicionam abaixo do mesmo e os restantes 25% acima.
Cronograma operacional – são realizadas duas pesquisas anualmente, ou seja,
além desta (julho/agosto) há a efetivação de outra conduzida em janeiro/fevereiro, quando
os indicadores de performance e de custos de safra (agrícolas e industriais) são levantados
e analisados (entre outros, custos de colheita e transporte de cana na Área Agrícola, e
custos de operacionalização da Indústria no período de safra).
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PERFIL DAS USINAS PESQUISADAS
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As considerações seguintes são transcritas do relatório divulgado em março/2014
(pesquisa efetuada em jan/março de 2014), cabendo destacar que entre esta e aquela
pesquisa, embora o número de usinas amostradas fosse o mesmo – 39 unidades – houve
a não participação de duas (em fase de mudança de sistema de informações) e a inclusão
de duas novas usinas. Feito este reparo, lembra-se que as informações a seguir citadas
foram obtidas em janeiro/fevereiro:
Considerando as produções desta amostra, a safra 2013 foi mais voltada ao etanol,
que respondeu por 55% do total produzido, cabendo aos açúcares os 45% restantes.
Focalizando a linha açúcar, a preferência destas quase quatro dezenas de
agroindústrias recaiu sobre o Açúcar VHP, que representou mais da metade da produção
total de açúcar (60% do total, para ser mais exato), vindo a seguir o Açúcar Cristal Branco,
com uma participação relativa igual a 30%, constatando-se 10% de participação de outros
tipos de açúcares na produção total.
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Pelo lado dos etanóis, a produção de Hidratado prossegue decrescendo a cada ano
em termos relativos, mas ainda continuou predominando: nesta safra 2013 respondeu por
53,4% do total desta linha de fabricação. O Anidro, contrariamente, mais uma vez
aumentou sua participação relativa: na safra anterior respondera por 39% do total e nesta
em análise sua produção correspondeu a 44,3% do total dos etanóis. Outros tipos de etanol
representaram apenas 2,4% deste total.
Na média geral, estas 39 usinas nesta safra 2013 processaram 2,75 MTC (milhões
de toneladas de cana) por unidade. As mais presentes foram as médias (de 2,01 a 4,00
MTC), cerca de 62% do total das indústrias analisadas. A seguir, as de menor porte
(moagem até 2,00 MTC), correspondendo a 26% dentre as usinas participantes. As de
grande porte (moagem acima de 4,00 MTC) representaram 12% das agroindústrias
pesquisadas.
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RESULTADOS OBTIDOS
Pesquisa Julho/2014
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