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Coroa Mediúnica

O mais importante não é saber quem é o seu pai/mãe de cabeça, mas sim, amar aos outros
como a si mesmo, sem preconceitos, sem prepotência, sem julgamentos – quando fazemos
isso, estamos demonstrando que temos amor e respeito pelos nossos Orixás, e pelos Orixás de
cabeça, mesmo que os desconheçamos ainda.

Quando médiuns, nós carregamos certa estrutura psíquica e espiritual diferenciada e


preparada para o contato com o mundo astral.

Cabeça (física) é a contraparte do Ori – o Ori é extrafísico, não está no mundo material/físico,
está no perispírito. Exatamente onde se encontra a glândula pineal é onde está realmente
situado o nosso Ori (na contraparte etéreo-astral da glândula pineal), entendendo-se que Ori é
um campo de força que nos acompanha nas reencarnações.

No início da nossa criação, quando ainda éramos apenas uma centelha do Criador fomos
atraídos por um Orixá que ficou responsável por nos magnetizar com suas virtudes para que a
cada encarnação possamos aprender e evoluir.

Esse é o que denominamos de Orixá Ancestral (ou Ancestre) e ele vibra no centro do Ori).
Quando se fala em Orixá Ancestral, estamos falando do Orixá Ancestral dominante que vibra
no centro da coroa (e o Orixá Ancestral recessivo vibra no chacra básico). (precisamos
vivenciar a vibração deste orixá a fim de conquistar a evolução de forma plena.) O que
guardamos em nós. Nossa essência.

Frente: trás as características e virtudes que formam nossa personalidade, como nos
mostramos para o mundo. Assim como cacteriscas que precisamos desenvolver para sermos
melhores. Andar pra frente. Desenvolver-nos.

Ligado ao nosso racional – mostra como somos e como o outro nos vê.

Na parte de trás da cabeça temos o adjunto ou adjunto – Ligado ao nosso emocional. Tras o
equilíbrio do frontal. È o freio do ímpeto que carregamos do orixá de frente.

Ex.: Orixá de frente fala: filho segue esse caminho - a pessoa vai... vai...e
passa do lugar, aí vem o adjunto e fala: filho, volta que você passou do
caminho.

Obserações

1. Portanto, temos que entender que o nosso Orixá Ancestral será o


mesmo em todas as nossas reencarnações, pois foi ele quem nos
fatorou enquanto ainda éramos uma centelha, uma mônada e,
assim, nos presenteou com a sua essência, acompanhando-nos em
todas as nossas reencarnações.

2. Em relação aos Orixás, é preciso entender que todos os Orixás


vibram em nosso chacras, todos atuam em nossa vida para nos
ajudar. O que pode acontecer, e é comum em alguns períodos de
nossa vida, é a pessoa estar precisando muito interiorizar uma
qualidade que não é de seu pai/mãe de cabeça – então, outro Orixá
aparece à sua frente temporariamente.
3. A cada encarnação há a troca de regência da nossa coroa e, nessa
troca, vamos desenvolvendo faculdades relativas a todos os Orixás,
o que vai nos tornando seres mais evoluídos. Afinal, se somos
“humanos”, absorvemos energias e irradiações, magnetismo e
vibrações de todos eles.
4. Umbanda determina que cada pessoa preserve o seu Ori, pois é
onde toda a nossa energia é liberada e também onde recebemos as
energias sutis dos Orixás. Assim é a entrada do Axé, do campo de
força dos Orixás e, por isso, não devemos permitir que alguém o
toque. Somente a/o sacerdote de umbanda do médium (a sua mãe
ou pai de santo) é que pode tocar em sua cabeça (porque a eles os
seus Orixás permitem), outras pessoas não podem, mesmo que
sejam pais de santo ou médiuns. Contudo, se em caso de
necessidade extrema para ajudar alguém for preciso tocar na
cabeça, antes deve-se pedir licença ao Orixá da pessoa.

Rubens Saraceni já preconizava: “Os meus Guias, quando veem que o


mental ou a cabeça de uma pessoa precisa ser descarregada das energias
negativas que acumulara nos seus campos vibratórios, seja ela médium
da casa ou um consulente, eles antes pedem licença ao seu Orixá para
tocar na cabeça dela e, aí sim eles começam a trabalhar em seu benefício,
porque foram autorizados pelo Orixá que a rege e que está sempre atento
aos que tocam sem permissão na cabeça dos seus filhos. É na cabeça, no
Ori, que está a sede do poder e da vida da pessoa.”

Os Guias/Falangeiros e o Exu Guardião da pessoa já assumem esse


compromisso antes do médium reencarnar, sendo que se apresentam a ele
durante a vivência no Terreiro.
Eles já são preparados antes da pessoa encarnar, já nos são
predeterminados antes do nosso nascimento, pois toda a estrutura da
nossa coroa mediúnica já vem predeterminada pela espiritualidade.Nem
sempre o Guia de frente ou o Exu guardião se mostram, pois podem
preferir deixar isto para o Guia e o Exu de trabalho.

Contudo, a pessoa que pretende desenvolver a sua mediunidade com


profundidade necessita ter uma vida com certo recato, manter sua
reputação ilibada (claro que sempre haverá fofoqueiros que nos tentam
tirar a paz, mas o importante é que a pessoa tenha a sua consciência
limpa) e obedecer ao regramento e à hierarquia da casa religiosa que
frequenta.

Cabe a cada pessoa sempre ter em mente o desejo de se aprimorar em sua


religiosidade e, também, em sua vida como um todo. Por isso, manter o
respeito por todos, e com os sentimentos de todos, é primordial.

Fim

“A quem professa a religião da Umbanda, o mais importante não são os


nomes dos Orixás, do seu eledá ou de seus Falangeiros, mas sim, carregar
em si as virtudes de cada um dos Orixás, bem como ter humildade e
sabedoria suficientes para respeitar a todos os outros médiuns e
simpatizantes que adentram a Casa religiosa e, principalmente, respeitar
a sacerdotisa ou o sacerdote de Umbanda (Mãe/Pai de Santo) e a todos os
regramentos da Casa religiosa que o acolheu.”

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