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eBook - Episódio 17

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SUMÁRIO
CAPÍTULO 1
7 mistérios de Deus 03

CAPÍTULO 2
Estudo histórico das
sete linhas de Umbanda 20

CAPÍTULO 3
Os fundamentos divinos das
linhas de Umbanda Sagrada 61

CAPÍTULO 4
Divindades e divindades
- hierarquias dos
Tronos de Deus 80
CAPÍTULO 1

7 MISTÉRIOS
DE DEUS
POR ALEXANDRE CUMINO

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DEUSES E ORIXÁS

E “Sete luzes existem no Altíssimo e é


B lá que habita o Ancião dos Anciões, o
O
O Misterioso dos Misteriosos, o Oculto dos
K Ocultos: Ain Soph.”
SEFER HÁ ZOHAR
E SETE MISTÉRIOS DE DEUS
P
I
S
São muitos os mistérios do Criador, são infinitos as-
Ó
D sim como Ele é, no entanto podemos identificá-los
I
O a partir de nossa visão humana e classificá-los para

poder estudá-los de uma forma um pouco mais “car-


1
7 tesiana”, que se não é o ideal, no entanto é a única

forma de poder identificá-los em grupos e a partir daí

então enumerá-los por afinidade ou ainda por identi-

ficação de mistério.

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DEUSES E ORIXÁS

Quando falamos em grupos e enumeramos estes


grupos entramos em um outro mérito que é o mérito
dos números e seu simbolismo.

Antes de falarmos em “7 mistérios” precisamos en-


tender o que representa o número 7 aqui e porque
organizar em 7 e não 8, 3 ou 12.

Iremos adentrar no seio dos mistérios através de sua


manifestação sétupla, pois desta forma o criador se
assenta em nossa realidade humana, nós também
somos sétuplos, e o Trono Maior que rege nosso pla-
neta é também chamado de Trono das Sete Encru-
zilhadas, a partir deste Trono surge a Coroa Divina,

O Setenário Sagrado, que rege nossa realidade e


onde se assentam todos os Tronos voltados à nossa

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E evolução.
B Recomendo a quem queira se aprofundar nestes mis-
O
O térios a Obra “Gênese Divina de Umbanda Sagrada”
K e “Orixás – Teogonia de Umbanda” ambos do autor
Rubens Saraceni / Editora Madras.
E
P
I Os Sete Mistérios de Deus aqui serão tratados a partir
S
de sete sentidos (fé, amor, conhecimento, justiça, lei
Ó
D evolução e geração) ou sete elementos (cristalino, mi-
I neral, vegetal, ígneo, eólico, telúrico e aquático).
O

1 Podemos agora de forma isolada nos aprofundar nos


7 mistérios no número sete (7) que na Cabala é chama-
do de “O Número da Perfeição”, em grego é chamado
de “Sebo” (Venerar) ou “Septa” (Venerável), em Rona-
no ou latino “Septos” (Santo, divino).

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Segundo a cultura Judaico–cristã Deus criou o mundo


em 7 dias, dada a importância deste número, cada
dia representa o abrir de uma nova vibração.

Em Êxodo Deus instrui Moisés a construir um cande-


labro de ouro para sete lâmpadas.

Em Apocalipse, Novo Testamento, vemos Sete Igrejas


que estão na Ásia, “Sete espíritos que estão diante do
seu Trono”, Sete Candelabros de Ouro, Sete Estre-
las, Sete Anjos, Sete Tochas de Fogo diante do Trono,
Sete Selos, Sete Chifres, Sete Olhos, Sete Trombetas
e Sete Trovões.

“O Número 7”
O autor Albany Braz em seu livro “O Número 7” edita-

7
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E do pela Editora Madras cita:


B
O
O De acordo com Johhn Heydon, “o sete é um dos nú-
K meros mais prósperos” e também tem sido definido
como “o todo ou o inteiro da coisa à qual é aplicado”;
E
P contudo, Pitágoras referia que “o sete era o núme-
I ro sagrado e perfeito, entre todos números” e Filolau
S
(séc. V a.C.) dizia que o “sete representava a mente”.
Ó
D Macróbio (séc. V d.C.) considerava o sete “como o
I nó, o elo das coisas”. O sete por sua vez é um número
O
primo e também o único de 1 a 10 que não é múltiplo
1 e nem divisor de qualquer número de 1 a 10.
7

O filósofo grego Platão de Egina (429 – 347 a.C.) no


seu “Timeu”, ensinava que, “do número sete foi gerada
a alma do mundo”. Santo Agostinho via nele o “símbo-

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lo da perfeição e da plenitude”. Santo Ambrósio dizia


que era “o símbolo da virgindade”. Este simbolismo
era assimilado pelos Pitagóricos, entre eles Nicômano
(50 d.C.), em que o “sete era representado pele deusa
Minerva (a virgem)” que era a mesma Atena de Filolau
(370 a.C.). Por outro lado, na antiguidade associava-
-se o sete: a VOZ, ao SOM, a CLIO, musa da história,
ao deus egípcio OSÍRIS, às deusas gregas: NÊMESIS
e ARASTIA e ao deus romano MARTE.

...corresponde ao signo da balança (Libra), que é o


emblema do equilíbrio.

Na antiguidade o sete já aparecia como uma manifes-


tação da ordem e da organização cósmica. Era o nú-
mero solar, como é comprovado nos monumentos da

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E antiguidade: OS 7 PLANETAS DIVINIZADOS PELOS


B BABILÔNICOS; OS 7 CÉUS (YMGERS) DE ZOROAS-
O
O TRO; A COROA DE SETE RAIOS E OS SETE BOIS
K DAS LENDAS NÓRDICAS. Estes últimos eram simbo-
lizados por: 7 ÁRVORES, 7 ESTRELAS, 7 CRUZES,
E
P 7 ALTARES FLAMEJANTES, 7 FACAS FINCADAS NA
I TERRA e 7 BUSTOS.
S
Ó
D Com relação à cosmologia, o Universo antigamente
I era representado por uma nave com sete pilotos (os
O
pilotos de Osíris) e segundo a escritora Narcy Fon-
1 tes, “nossa Galáxia (Via Láctea) é formada por um Sol
7
central, sete outros sóis e quarenta e nove planetas
(sete planetas para cada sol)”.

A Lua passa por fases de sete dias: crescente, cheia,

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minguante e nova respectivamente.

Na tradição sânscrita há frequentes referências aos


sete ou SAPTAS: “Archishah – 7 chamas de Agni; Arâ-
nia – 7 desertos; Dwipa – 7ilhas sagradas; Gâvah – 7
raios ou vacas; Kula – 7 castas; Loka – 7 mundos;
Par – 7 cidades; Parna – 7 princípios humanos; Rat-
nâni - 7 delícias; Rishi – 7 sábios; Samudra – 7 mares
sagrados; Vruk-sha – 7 árvores sagradas”.

Na teologia Zoastriana (masdeísmo, 550 a.C.) há sete


seres que são considerados os mais elevados, são os
Amchaspands ou Ameshaspendes (Sete grandes gê-
nios): “ORMAZD ou Ormuzd ou Ahura-Mazda (Fonte
da Vida); BRAHMAN (Rei deste mundo); ARDIBEHEST
(produtor do fogo); SHAHRIVAR (formador de metais);

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E SPANDARMAT (rainha da terra); KHORDAD (gover-


B
nante dos tempos e das estações); AMERDAD (go-
O
O vernante do mundo vegetal)”. Opostos a estes havia
K
os 7 Arquidevas (demônios ou poderes das trevas).
E Nesta teologia Masdeísta inicialmente existiam 7 graus
P
I iniciáticos no culto de Mitra: CORVO (Vênus), GRIFO
S
Ó (Lua), SOLDADO (Mercúrio), LEÃO (Júpiter), PERSA
D (Marte), PAI (Saturno), HELIÓDROMO (Sol ou corredor
I
O do Sol).

1
7 MITRA nasceu no dia 25/12, tinha como número o

sete e em honra a ele havia os sete altares de fogo,

denominados de sete Pireus.

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Na teologia romana na corte do Deus Marte ou Mars

(Ares Grego) figuravam 7 divindades alegóricas:

“PALLOR (a Palidez); PAVOR (o Assombro); VIRTUS

(a Coragem); HONOR (a Honra); SECURITAS (a Segu-

rança); VICTORIA (a Vitória); PAX (a Paz)”.

Na teologia dos Sumérios a deusa Inana tinha que

atravessar 7 portas para chegar diante dos juízes do

mundo inferior.

As tabuletas Assírias estão repletas de grupos de sete:

7 deuses do Céu; 7 deuses da terra; 7 deuses das es-

feras flamejantes; 7 deuses maléficos; 7 fantasmas;

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E espíritos de 7 céus; espíritos de 7 terras.”


B
O
O Sendo assim temos muitos motivos para abordar as
K
divindades de Deus segundo o “Mistério do Número
E
P 7”, o que me é muito familiar também por ser Umban-
I
S dista, uma religião (Umbanda) que aborda o seu pró-
Ó prio universo a partir do que chamamos “Sete Linhas
D
I de Umbanda”, onde se assentam os Orixás, Divinda-
O
des cultuadas na Umbanda. Aqui adotamos a relação
1
7 de Orixás e Tronos de Deus da forma como foi psico-

grafada por Rubens Saraceni em sua Obra, que são

hoje mais de 40 livros publicados pela Editora Madras.

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SETE TRONOS
DE DEUS

“Os princípios da Verdade são Sete;


aquele que os conhece perfeitamente,
possui a Chave Mágica com a qual
todas as Portas do Templo podem ser
abertas completamente.”
HERMES TRISMEGISTO – O CAIBALION

Temos a seguir uma relação de sete mistérios do mis-

tério maior. Poderíamos ter colocado muitos outros,

acreditamos que com a combinação desses chega-

mos a todos os outros.

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E Sendo partes do todo esses mistérios são qualida-


B des puras de Divindades, da sua combinação temos
O
O partes das partes, mistérios dos mistérios, Tronos in-
K termediários, o que se costuma chamar “Divindades
localizadas”, tão importantes quanto as outras.
E
P
I Assim, numa tentativa de localizar as Divindades, de
S
cima para baixo, vamos identificá-las por suas quali-
Ó
D dades, portanto inominadas, para a partir daí identifi-
I carmos os Orixás e as demais Divindades que corres-
O
pondem com as qualidades dEstes, já humanizados
1 sob uma cultura que Os reconhece.
7

Vamos mostrá-Los de forma polarizada manifestando-


-se em masculino e feminino, logo teremos 14 Tronos
Maiores ou Divindades Puras em suas qualidades.

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SETE MISTÉRIOS

SETE TRONOS PUROS = QUATORZE TRONOS POLARIZADOS

Temos Sete Mistérios (Fé, Amor, Conhecimento,


Justiça, Lei, Evolução e Geração), Sete Tronos in-
diferenciados (Trono da Fé, Trono do Amor, Trono
do Conhecimento, Trono da Justiça, Trono da Lei,
Trono da Evolução e Trono da Geração), que formam
a Coroa Divina, o Setenário Sagrado. Estes Tronos
indiferenciados se polarizam, ou seja, cada um
deles se desdobra em Trono Masculino e Femi-
nino (Passivo e Ativo), gerando agora quatorze
Tronos polarizados (Trono masculino e feminino da
Fé, Trono masculino e feminino do Amor, Trono mas-
culino e feminino do Conhecimento, Trono masculino
e feminino da Justiça, Trono masculino e feminino da

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E Lei, Trono masculino e feminino da Evolução e Trono


B
masculino e feminino da Geração).
O
O
K Podemos dizer que são tronos que se completam na

E mesma qualidade, pois na fé onde um é masculino


P outro é feminino, um é passivo e outro ativo, um irra-
I
S dia a fé outro absorve, um é positivo outro é negativo,
Ó etc.
D
I
O O que torna simples sua explicação, pois o Trono do

1 Amor é parte de Deus como manifestação da sua


7 qualidade Amor.

Amor é parte de Deus e é a Divindade do Amor por


inteiro.

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Quando o Trono feminino irradia Amor, o masculino

absorve, o que fecha um círculo de energia atuante

em que nada é estático.

Vamos defini-los como Orixás de Umbanda puros

nos mistérios e humanizados como Divindades do

panteão umbandista, que trazem seus nomes da mi-

tologia Yorubá, africana, sua primeira humanização.

Assim, citando as Divindades de outras mitologias

que manifestam o mesmo mistério.

Fonte: Deus, Deuses, Divindades e Anjos.


Alexandre Cumino. Ed. Madras.

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CAPÍTULO 2

ESTUDO HISTÓRICO
DAS SETE LINHAS
DE UMBANDA

POR RUBENS SARACENI

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Se é preciso que eu tenha um nome,


Me chame de Caboclo das Sete Encruzilhadas,
Porque não haverá caminhos fechados para
mim!

Com estas palavras, no dia 15 de Novembro de 1908,


se apresentou a entidade que, por meio de Zélio de
Moraes, fundaria a Umbanda no Brasil.

Desde então o número sete tem sido fundamental


para entender a religião, de tal maneira que surge
uma classificação, chamada de Sete Linhas de Um-
banda, onde se acomodam Orixás, Santos, Anjos Ar-
canjos e Entidades Espirituais, relacionando-se com
cores, pedras, ervas, dias da semana, notas musicais
e o que mais se puder agrupar nesta escala.

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E Sete Linhas de Umbanda já foi um tema muito polê-


B mico, pois cada autor umbandista apresentava sua
O
visão particular sobre quais e “quantas” seriam estas
O
K linhas.

E Alguns foram inspirados de originais em suas versões,


P
outros simplesmente adaptaram novos elementos ao
I
S que já existia sobre o assunto.
Ó
D
Podemos dizer que a origem das Sete Linhas de
I
O Umbanda está em Deus, no Setenário Sagrado
ou Coroa Divina. No entanto, é do interesse de to-
1 dos nós, umbandistas, um resgate cultural e histórico
7
desta questão “Sete Linhas de Umbanda”.

Zélio não deixou nada escrito, mas, teve filhos e discí-


pulos, se posso assim dizer, que falaram e falam sobre

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a forma como entendia as Sete Linhas de Umbanda.

O primeiro livro de Umbanda que se tem notícia, publi-


cado em 1933, chama-se O Espiritismo, a Magia e
as Sete Linhas de Umbanda. Escrito por Leal de
Souza, médium preparado por Zélio de Moraes, nos
apresenta as Sete Linhas de Umbanda desta forma:
1ª Linha de Oxalá – Jesus – branco
2ª Linha de Ogun – São Jorge – vermelho
3ª Linha de Euxoce – São Sebastião – verde
4ª Linha de Xangô – São Jeronymo – roxo
5ª Linha de Nhá-San – Santa Bárbara - amarela
6ª Linha de Amanjar – N. S. da Conceição – azul
7ª Linha de Santo

Na explicação de Leal de Souza, a Linha Branca de


Umbanda é que se divide nestas Sete Linhas e que

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E além da Linha Branca há a Linha Negra, formada pe-


B los Exus e que é tratada a parte. A Sétima Linha é
O
formada por espíritos egressos da Linha Negra e que
O
K trabalham principalmente no campo da demanda, de
cortar trabalhos de Magia Negra.
E
P
Em conversa com Dona Lygia Cunha, Filha de Dona
I
S Zilmeia de Moraes Cunha, neta de Zélio de Moraes e
Ó atual dirigente da Tenda Espírita Nossa Senhora da
D Piedade, nos afirmou que as Sete Linhas de Umban-
I
O da, segundo o Caboclo das Sete Encruzilhadas e
Zélio de Moraes, são:
1 1. Oxalá – Branco
7
2. Ogum - Vermelho
3. Oxóssi - Verde
4. Xangô – Marrom ou Roxo
5. Iemanjá – Azul Claro

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6. Iansã - Amarelo
7. Exu - Preto

O que se aproxima muito da leitura de Leal de Souza,


na qual se inverte a posição de Iansã e Iemanjá, de-
finindo a Linha de Santo agora como a Linha de Exu.

Em 1941 se realizou o “Primeiro Congresso Brasileiro


do Espiritismo de Umbanda”, onde foi apresentado
um trabalho com o título:
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA LINHA BRANCA
DE UMBANDA
“Memória apresentada pela Cabana de Pai Thomé do
Senhor do Bomfim, na sessão do 26 de Outubro de
1941, pelo seu Delegado Sr. Josué Mendes.”
Neste trabalho é apresentado um esquema da se-
guinte forma:

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E “A LINHA BRANCA DE UMBANDA E A SUA HIERARQUIA”


B “Os 7 Pontos da Linha Branca de Umbanda”
O
1° Grau de iniciação, ou seja, o 1° Ponto – ALMAS
O
K 2° Grau de iniciação, ou seja, o 2° Ponto – XANGÔ
3° Grau de iniciação, ou seja, o 3° Ponto – OGUM
E 4° Grau de iniciação, ou seja, o 4° Ponto – NHÃSSAN
P
5° Grau de iniciação, ou seja, o 5° Ponto – EUXOCE
I
S 6° Grau de iniciação, ou seja, o 6° Ponto – YEMANJÁ
Ó 7° Grau de iniciação, ou seja, o 7° Ponto – OXALÁ
D
I
O São as mesmas Sete Linhas de Umbanda que apare-
cem na obra de Leal de Souza, apenas em posições
1 diferentes.
7

Pai Ronaldo Linares, que também conviveu com Zé-


lio de Moraes, apresenta as Sete Linhas de Umbanda,
fundamentado nos ensinamentos que recebeu do “Pai

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da Umbanda”. E afirma que “Zélio de Moraes escla-


receu que destas Tendas originárias da Tenda Nossa
Senhora da Piedade deveriam nascer as Sete Linhas
de Umbanda e que seriam representadas por sete co-
res.” A saber:

“A primeira linha é caracterizada pela cor amarelo ouro


bem clarinho e que seria a cor da Tenda de Santa Bár-
bara. O Orixá correspondente é INHAÇÃ...”

“A segunda linha é caracterizada pela cor rosa, cor-


respondente à Tenda Cosme e Damião... O Orixá cor-
respondente é IBEJI...”

“A terceira linha é caracterizada pela cor azul. Com vá-


rios Santos Católicos sincretizados com ela, a saber:
Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora da Concei-

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E ção, Nossa Senhora dos Navegantes e Nossa Senho-


B ra da Guia. O Orixá que corresponde é IEMANJÁ...”
O
O
K “A quarta linha é caracterizada pela cor verde, repre-
sentando a Tenda São Sebastião... O Orixá corres-
E pondente é OXOSSE...”
P
I
S “A quinta linha é caracterizada pela cor vermelho, re-
Ó presentando a Tenda São Jorge. O orixá correspon-
D dente é OGUM.”
I
O
“A sexta linha é caracterizada pela cor marrom, repre-
1 sentando a Tenda São Jerônimo. Seu Orixá corres-
7
pondente é XANGÔ...”

“A sétima linha é caracterizada pela cor violeta ou roxo,


corresponde à Tenda de Sant’Ana... O Orixá corres-

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pondente é NANÃ...”

“Finalmente temos a cor negra, corresponde à Tenda


de São Lázaro (Nas Palavras de Ronaldo Linares). É
a ausência da cor e da luz da vida. Zélio de Moraes
explica que as cores branca e preta não fazem parte
das sete linhas, pois o branco que é a presença da
luz existe em todas elas e o negro, que é justamente a
ausência da luz, está justamente na ausência delas...
O Santo Católico São Lázaro é sincretizado com o
Orixá ABALUAÊ ou OMULU... Este Orixá é conhecido
ainda pelos nomes de XAPANÃ, ATOTÔ, e BABALÚ.”
“O Orixá maior da Umbanda é OXALÁ... o Chefe para
o qual convergem todas as linhas, assim perfeitamen-
te identificado na invocação com Jesus Cristo.”

Pai Ronaldo Linares, pessoalmente, me falou já por

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E diversas vezes que em conversa com Zélio de Moraes


B sobre as Sete Linhas de Umbanda este teria lhe afir-
O
mado que ninguém havia entendido o que são estas
O
K Sete Linhas. E para defini-las afirmou que as mes-
mas podem ser entendidas em analogia com uma luz
E branca que ao passar por um prisma se decompõe
P
em sete cores do outro lado. O que em nossa limitada
I
S visão se amolda perfeitamente à ideia de que Sete Li-
Ó nhas São Sete Vibrações da Luz Divina que se adapta
D ou se amolda às concepções mais variadas a cerca
I
O de nomes e formas de compreendê-las; seja por meio
de Cores, Anjos, Santos, Orixás ou Tronos de Deus.
1
7
Lourenço Braga, em 1942, publica o título “UMBAN-
DA (magia branca) e QUIMBANDA (magia negra)”,
apresentando pela primeira vez mais sete subdivisões
para cada uma das linhas. São Sete Linhas e quarenta

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e nove Legiões. Nas primeiras páginas ele esclarece:

“Trabalho apresentado no 1º Congresso Brasileiro de


Espiritismo, denominado Lei de Umbanda, realizado
nesta cidade do Rio de Janeiro, entre 18 e 26 de ou-
tubro de 1941.”

“Instado e auxiliado pelos guias espirituais, mercê de


deus, resolvi escrever o presente livro sobre a Lei de
Umbanda - (Magia Branca) – e sobre a Lei de Quim-
banda – (Magia Negra).”

Capítulo II
“A LEI DE UMBANDA E A LEI DA QUIMBANDA”
“Não se deve dizer – Linha de Umbanda -, mas sim,
- Lei de Umbanda -; Linhas são as 7 divisões de Um-
banda.”

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E 1ª Linha de Santo ou de Oxalá – dirigida por Jesus


B Cristo
O
2ª Linha de Iemanjá – dirigida pela Virgem Maria
O
K 3ª Linha do Oriente – dirigida por São João Batista
4ª Linha de Oxóce – dirigida por São Sebastião
E 5ª Linha de Xangô – dirigida por São Jerônimo
P
6ª Linha de Ogum – dirigida por São Jorge
I
S 7ª Linha Africana ou de São Cipriano – dirigida por
Ó São Cipriano
D
I
O Aqui vemos que o autor coloca suas sete linhas muito
próximas das sete linhas de Leal de Souza, que será
1
7 o grande modelo copiado, alterado e adaptado pela
maioria dos autores posteriores. Lourenço Braga mu-
dou a “Linha de Nha-San” por “Linha do Oriente” e
definiu a “Linha de Santo” como “Linha Africana”.

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Também apresenta o autor as Sete Linhas da Quim-


banda:
Linha das Almas
Linha dos Caveiras
Linha de Nagô
Linha de Malei
Linha de Mossurubi
Linha dos Caboclos Quimbandeiros
Linha Mista

Em 1955 o mesmo Lourenço Braga publica “UM-


BANDA E QUIMBANDA – VOLUME 2”, onde ele mes-
mo admite que: “venho agora, embora contraditando
alguma coisa do que eu já havia escrito, levantar a
ponta do véu mais um pouco”, completando na ou-
tra página, “Os brasileiros crentes de UMBANDA, em
virtude da mentalidade implantada pelo catolicismo,

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E procuraram dar aos ORIXÁS, chefes das 7 linhas, no-


B mes de entidades cultuadas na Religião Católica”...
O
“A verdade, porém, é que os ORIXÁS SUPREMOS,
O
K Chefes dessas linhas, em correspondência com os
planetas e as cores, são os 7 arcanjos, os quais man-
E têm entidades evoluídas, chefiando essas linhas, obe-
P
dientes às suas ordens diretas, as quais nada têm a
I
S ver com os santos do Catolicismo...”
Ó Ficando assim:
D Linha de Oxalá ou das Almas – Jesus – Jupter – Roxo
I
O Linha de Iemanjá ou das Águas – Gabriel – Vênus –
Azul
1 Linha do Oriente ou da Sabedoria – Rafael – Urano –
7
Rosa
Linha de Oxoce ou dos Vegetais – Zadiel – Mercúrio –
Verde
Linha de Xangô ou dos Minerais – Orifiel – Saturno –

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Amarelo
Linha de Ogum ou das Demandas – Samael – Marte
– Vermelho
Linha dos Mistérios ou Encantamentos – Anael – Ne-
tuno – Laranja

A Novidade na obra de Lourenço Braga é apresentar


Sete Subdivisões para cada uma das Sete Linhas de
Umbanda, veja de forma detalhada no anexo ao final
do texto.

Maria Toledo Palmer autora de Chave de Umbanda,


1949, e A Nova Lei Espírita de Jesus, 1953, recebeu
em 1948 ordens do astral para fundar na terra “A Nova
Lei Espírita: Jesus a Chave de Umbanda”. Apresenta
as Sete Linhas das Sete Leis de “Jesus, A Chave de
Umbanda”:

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E 1. Céu
B 2. Terra
O
3. Água
O
K 4. Fogo
5. Mata
E 6. Mar
P
7. Almas
I
S
Ó Oliveira Magno autor dos livros Umbanda Esotéri-
D
ca e Iniciática, 1950, e Umbanda e Ocultismo, 1952,
I
O reconhece Leal de Souza como o primeiro autor de
Umbanda, apresenta por sua vez as Sete linhas de
1
Umbanda desta forma:
7
Oxalá,
Iemanjá,
Ogum,
Oxosse,

36
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Xangô,
Oxum e
Omulu.

Observe que com relação às linhas de Leal de Souza,


trocou apenas Nha-San por Oxum e Linha das Almas
por Omulu.

Aluizio Fontenele, 1951, adotou ao pé da letra as


sete linhas de Lourenço Braga, sua inovação foi a de
associar os nomes de Exus aos nomes dos “demô-
nios” da Magia Negativa (“Magia Negra” ou Goécia)
Europeia. Começando um processo de demonização
interna dos Exus de Umbanda.

Yokaanam publica em 1951 O Evangelho de Umban-


da, obra polêmica, apresenta as Sete Linhas de Lou-

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E renço Braga e critica dizendo: “Eis o que os africanis-


B tas apresentam como ‘UMBANDA’! Mera confusão!”.
O
Apresenta 7 Legiões que têm como patronos 7 “Ori-
O
K xalás”. Acima delas está o Paraninfo ou Patrono de
Honra: Jesus – “Oxalá” e abaixo como segue:
E 1ª S. João Batista – “Xangô-Kaô” (Xangô maior), Rosa.
P
2ª Santa Catarina de Alexandria – “Yanci”, Azul.
I
S 3ª Custódio – Cosme e Damião – “Ibejês”, Branco.
Ó 4ª S. Sebastião – “Oxóce”, Verde.
D 5ª S. Jorge – “Ogum”, Vermelho Escarlate.
I
O 6ª S. Jerônimo – “Xangô”, Roxo Violeta.
7ª S. Lázaro – “Ogum de Lei”
1
7
O autor faz algumas observações, afirma que a Le-
gião de Santa Catarina – “Yanci” – era antes de N.S.
da Conceição – “Iemanjá” que passou o comando
para sua “legítima substituta”. Também observa que

38
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DEUSES E ORIXÁS

S. Lázaro de modo algum pode ser confundido com


“Omulu”, que na opinião dele é “rei da destruição, ca-
veira, espírito do cemitério”.

Para cada uma destas “Legiões” o autor apresenta


seus correspondentes “Chefes de Falange” (Orixás),
Guias-Chefes (Pequenos Orixás – Chefes de Divisões),
Guias (Chefes de Grupos) e Guias Individuais.
Por Exemplo:
Legião de São Jorge – “Ogum” – (Patrono)
Chefes de Falanges – “Orixás”: Caboclo Águia Branca
– Ogum Mearim – Ogum Guerreiro – Ogum da Cruza-
da – Ogum Rei – Ogum do Oriente – Ogum do Mar –
Ogum da Estrela – Ogum Menor – Ogum Mensageiro
– Ogum do Hymalaia – Ogum do Deserto – Ogum da
Campina etc.
Guias Chefes: Ogum Rompe Mato – Sete Flechas

39
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DEUSES E ORIXÁS

E – Caboclo Pena Vermelha – Caboclo Ipê – Caboclo


B Araxá – Caboclo Nanzan – Caboclo Pena Branca –
O
O Caboclo Mirim – Ogum da Lua – Ogum Megê – Ogum
K da Mata – Ogum Yara – Ogum Beira Mar – Ogum da

E Montanha – Ogum Sete Cachoeiras – Ogum Cavalei-


P ro – Ogum do Congo – Ogum da Lagoa – Ogum da
I
Angola etc.
S
Ó Guias: Caboclo Miramar – Caboclo Sete Caminhos
D – Caboclo Gurupí – Caboclo Vigilante – Caboclo da
I
O Lua – Caboclo Flecha de Ouro – Caboclo das Sete
Espadas – Caboclo Tietê – Caboclo Araçá – Caboclo
1
Rio Negro – Caboclo Tupiniquim – Caboclo Tupiára
7
– Caboclo Tocantins – Caboclo Solimões – Caboclo
Araraquara – Caboclo Pirajá – Caboclo Paraguaçu –
Caboclo Jaguaribe etc.

40
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DEUSES E ORIXÁS

Florisbela M. Souza Franco é autora de dois títulos


conhecidos, UMBANDA, 1953, e Umbanda para os
Médiuns, 1958. No primeiro apresenta as Sete Linhas
de Umbanda abaixo:
Linha de Santo
Linhas do Mar
Linha Oriental
Linha de Oxosse
Linha de Xangô
Linha de Ogum
Linha Africana

Benjamim Figueiredo, fundador da Tenda Espírita


Mirim, 1924, e Primado de Umbanda 1952, apresen-
tou sua forma de entender as Sete Linhas de Umban-
da, inspirada pelo Caboclo Mirim, registrado em suas
apostilas “Umbanda – Escola da Vida” bem como pu-

41
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DEUSES E ORIXÁS

E blicada em 1961 no livro Okê Caboclo, como segue


B abaixo:
O
Oxalá,
O
K Ogum,
Oxóssi,
E Xangô,
P
Ybeji,
I
S Yofá e
Ó Iemanjá.
D
I
O W. W. da Matta e Silva, em 1956, publica seu pri-
meiro título “Umbanda de Todos Nós”, onde apre-
1 senta sua versão para as Sete Linhas de Umbanda,
7
acredita-se que Da Mata tenha sido profundamente
influenciado pelos estudos Esotéricos realizados na
Tenda Espirita Mirim, no Primado de Umbanda e dos
demais grupos em que Benjamim também frequen-

42
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DEUSES E ORIXÁS

tou. Da Matta faz surgir em sua obra os conceitos de


AUMBANDÃ, apresentados pela Tenda Mirim no Pri-
meiro Congresso de Umbanda, 1941, e traz as Sete
Linhas de Umbanda iguais às do Benjamim/Caboclo
Mirim, com o detalhe de que aqui Ybeji aparece como
Yori e Yofá como Yorimá:
1ª Vibração Original ou Linha de Orixalá
2ª Vibração Original ou Linha de Iemanjá
3ª Vibração Original ou Linha de Xangô
4ª Vibração Original ou Linha de Ogum
5ª Vibração Original ou Linha de Oxóssi
6ª Vibração Original ou Linha de Yori
7ª Vibração Original ou Linha de Yorimá

Embora guarde semelhanças o autor critica as Sete


Linhas de Lourenço Braga, assim como Yokaanam.
Este autor não costumava citar suas fontes de forma

43
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DEUSES E ORIXÁS

E adequada, como boa parte dos demais autores um-


B bandistas, como observamos na teoria do AUMBAN-
O
DÃ.
O
K
Em suas Sete Linhas, Matta e Silva, a exemplo de
E Lourenço Braga, apresenta sete subdivisões para
P
cada linha e rebaixa Oxum, Iansã e Nanã Buroque ao
I
S grau de Caboclas de Iemanjá, o que já havia sido feito
Ó em parte por Lourenço Braga.
D
I
O Rubens Saraceni apresenta as Sete Linhas de Um-
banda como “As Sete Vibrações de Deus”, afirmando
1 que:
7

“Deus se manifesta de forma Sétupla nesta realidade


humana.”
“As Sete Linhas têm origem em Deus através do Se-

44
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DEUSES E ORIXÁS

tenário Sagrado.”

“Cada um pode dar o nome que quiser, associar as


Sete Linhas a Sete Orixás, Sete Santos ou a Sete An-
jos, cada um fala de uma forma diferente, o que nin-
guém pode negar é que as Sete Linhas de Umbanda
são as Sete Vibrações de Deus, que se manifestam
em Sete Essências, Sete Elementos e em tudo o mais
que Deus Criou.”

Explica que existem muitos Orixás, todos podem ser


identificados ou associados às Linhas de Umbanda,
no entanto a Criação Divina se estabelece por meio
de uma Coroa Divina em que Sete Tronos Originais se
manifestam através de Quatorze Tronos que se agru-
pam em Sete Masculinos e Sete Femininos correspon-
dentes a Quatorze Orixás, dentro das Sete Vibrações,

45
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DEUSES E ORIXÁS

E Essências, Sentidos e Elementos correspondentes:


B 1ª Linha, Sentido da Fé e Elemento Cristalino: Orixás
O
Oxalá e Logunan (Oyá-Tempo)
O
K 2ª Linha, Sentido do Amor e Elemento Mineral: Orixás
Oxum e Oxumaré
E 3ª Linha, Sentido do Conhecimento e Elemento Vege-
P
tal: Orixás Oxóssi e Obá
I
S 4ª Linha, Sentido da Justiça e Elemento Fogo: Orixás
Ó Xangô e Iansã
D
5ª Linha, Sentido da Lei e Elemento Ar: Orixás Ogum
I
O e Egunitá
6ª Linha, Sentido da Evolução e Elemento Terra: Ori-
1 xás Obaluayê e Nanã Buroquê
7
7ª Linha, Sentido da Geração e Elemento Água: Ori-
xás Iemanjá e Omulu

Há ainda outros Orixás que mesmo que não estejam

46
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DEUSES E ORIXÁS

aqui se agrupam da mesma forma. Por exemplo, junto


de Oxóssi estão os outros Orixás Vegetais como Os-
saim, Aroni e Logunedé. Junto de Omulu está Iku (a
morte). Junto de Oxalá está Oxaguiã, Oxalufã, Obata-
lá, Orumilá-Ifá etc.

Cada Orixá Maior comanda 7 Orixás Intermediários e


cada um destes comandam mais 7 Intermediadores
ou regentes de nível, abaixo destes estão todos os
outros Orixás Naturais, Encantados e Caboclos que
se manifestam na vibração deste ou daquele Orixá.

Ao expor este estudo, histórico e literário, dos concei-


tos, apresentados por autores umbandistas, sobre as
“Sete Linhas de Umbanda”, tenho como objetivo, úni-
ca e exclusivamente, oferecer material para o estudo
e/ou observação do que já se falou sobre o assunto.

47
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DEUSES E ORIXÁS

E Através deste estudo podemos comprovar as diferen-


B tes formas em que as Sete Linhas de Umbanda vêm
O sendo apresentadas desde sua origem, os livros das
O décadas de 40 e 50 são pouco acessíveis. Encontra-
K
mos entre os autores deste período pessoas que se
dedicaram e muito na intenção de entender e abordar
E
P os conceitos teológicos, doutrinários e ritualísticos da
I Religião de Umbanda, mesmo sem uma bibliografia
S sólida.
Ó
D Não tenho como objetivo apontar este ou aquele au-
I tor em graus de acerto ou erro, mas apenas mostrar o
O
que alguns autores pensaram sobre 7 Linhas da Um-
banda.
1
7
Aos que tiveram a paciência de ler até aqui, agradeço
e parabenizo pelo interesse em entender um pouco
mais sobre a Religião de Umbanda.
Alexandre Cumino

48
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ANEXO
As Sete Linhas de Umbanda de Lourenço Braga.

O autor Lourenço Braga é o primeiro a identificar, além


das Sete Linhas, também, as “Legiões” ou subdivisões
de cada uma delas. Embora Leal de Souza já tivesse
comentado que as linhas tinham subdivisões, não as
identificava. Leal de Souza também citava Entidades
Orientais, mas não identificava como “Linha do Orien-
te”, o que será um diferencial na forma de interpretar
as Sete Linhas, na visão de Lourenço Braga.

Título Umbanda e Quimbanda - 1942


Na página 9 deste livro encontramos:
Capítulo I
DIVISÃO DO ESPIRITISMO
“Devemos dividir o Espiritismo, como ele é, na verda-

49
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DEUSES E ORIXÁS

E de, em três partes, a saber:


B Lei de Kardec:
O
- Espiritismo doutrinário, filosófico e científico.
O
K Lei de Umbanda:
- Espiritismo – Magia Branca.
E Lei de Quimbanda:
P
Espiritismo - Magia Negra.”
I
S
Ó Faz ainda uma observação no:
D
I A LINHA DE SANTO OU DE OXALÁ
O
A linha de Santo ou de Oxalá é constituída por espíri-
1 tos de várias raças terrenas, entre eles, os pretos de
7 Minas, pretos da Bahia, padres, frades, freiras e espí-
ritos que, quando na Terra, tiveram grande sentimento
católico.
Os chefes das Legiões e das grandes falanges são

50
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DEUSES E ORIXÁS

espíritos conhecidos no catolicismo com o nome de


Santos, tais como sejam:
1. Legião de Santo Antônio
2. Legião de São Cosme e São Damião
3. Legião de Santa Rita
4. Legião de Santa Catarina
5. Legião de Santo Expedito
6. Legião de São Benedito
7. Legião de Simirômba (Frade) São Francisco de As-
sis
As falanges grandes e pequenas de espíritos desta Li-
nha infiltram-se entre as Linhas da Lei de Quimbanda
com o propósito de diminuir a intensidade do mal por
eles praticado e habilmente arrastá-los para a prática
do bem, e por este motivo, verificamos muitas vezes
nos trabalhos de Magia Branca aparecerem elemen-
tos ou falanges da Magia Negra e vice-versa.

51
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DEUSES E ORIXÁS

E A LINHA DE IEMANJÁ
B A Linha de Iemanjá chefiada por Santa Maria, mãe de
O Jesus Cristo, é constituída da seguinte forma:
O
K 1. Legião das Sereias – Chefe Axún ou Oxún
2. Legião das Ondinas – Chefe Naná ou Nana Burucú
E 3. Legião das Caboclas do Mar – Chefe Indaiá
P 4. Legião das Caboclas dos Rios – Chefe Iara
I
5. Legião dos Marinheiros – Chefe Tarimá
S
Ó 6. Legião dos Calunguinhas – Chefe Calunguinha
D 7. Legião da Estrela Guia – Chefe Maria Madalena
I A missão dessas falanges é proteger os marinheiros,
O
fazer as lavagens fluídicas dos diferentes ambientes,
1 de encaminhar no espaço os irmãos que desejarem
7 progredir, amparar na Terra, em geral, as criaturas do
sexo feminino e de desmanchar os trabalhos da Magia
Negra feitos no mar ou nos rios e de fazer trabalhos
para o bem, em prol daqueles que de tal necessita-
rem.

52
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DEUSES E ORIXÁS

A LINHA DO ORIENTE
A Linha do Oriente, que é chefiada por São João Ba-
tista, é constituída pelas seguintes Legiões:
1. Legião dos Indus – Chefiada por Zartú
2. Legião de Médicos e Cientistas – Chefiada por José
de Arimateia e bafejada pelo Arcanjo Rafael
3. Legião de Árabes e Marroquinos – Chefiada por
Jimbaruê
4. Legião de Japoneses, Chineses – Chefiada por Ori
do Oriente
5. Legião dos Egipcianos, Aztecas, Mongóis e Es-
quimós, Incas e outras raças antigas – Chefiadas por
Inhoarairi, Imperador Inca antes de Cristo
6. Legião dos Índios Caraíbas – Chefiadas por Itaraiaci
7. Legião dos Gauleses, Romanos e outras raças eu-
ropeias – Chefiada por Marcus I – Imperador Romano.
São falanges de caridade; são incumbidas de des-
vendar aos habitantes da Terra coisas para eles des-

53
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DEUSES E ORIXÁS

E conhecidas; são os grandes mestres do ocultismo


B (Esoterismo – Cartomancia – Quiromancia – Astrolo-
O gia – Numerologia – Grafologia – etc.) – Magia Mental
O
K e Alta Magia.

E A LINHA DE OXÓCE
P A Linha de Oxóce, chefiada por São Sebastião, é
I
constituída por legiões de espíritos com a forma de
S
Ó caboclos e assim temos:
D 1. Legião de Urubatão
I 2. Legião de Arariboia
O
3. Legião do Caboclo das Sete Encruzilhadas
1 4. Legião dos Peles Vermelhas – Águia Branca
7 5. Legião dos Tamoios – Grajaúna
6. Legião da Cabocla Jurema
7. Legião dos Guaranis – Araúna

São falanges de caridade, doutrinam os irmãos sofre-

54
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DEUSES E ORIXÁS

dores, desmancham trabalhos de magia Negra, fazem


curas, aplicam a medicina hervanária, dão passes etc.

A LINHA DE XANGÔ
A Linha de Xangô, São Jerônimo, por ele mesmo che-
fiada, é a Linha da Justiça. Esta Linha é composta das
seguintes Legiões:
1. Legião de Inhasã
2. Legião do Caboclo do Sol e da Lua
3. Legião do Caboclo da Pedra Branca
4. Legião do Caboclo do Vento
5. Legião do Caboclo das Cachoeiras
6. Legião do Caboclo Treme-Terra
7. Legião dos Pretos – Quenguelê

É o povo da caridade e da justiça, dá a quem merece,


pune com justiça, ampara os humildes, eleva os humi-
lhados, desmancha trabalhos fortes de Magia Negra
etc.

55
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E LINHA DE OGUM
B A Linha de Ogum, São Jorge, é dividida em sete Legi-
O ões, cujos chefes têm o nome de Ogum, seguido de
O
K um sobrenome especial; assim temos:
1. Ogum Beira-Mar
E 2. Ogum Rompe-Mato
P 3. Ogum Iara
I
4. Ogum Megê
S
Ó 5. Ogum Naruê
D 6. Ogum de Malei
I 7. Ogum de Nagô
O

1 Esta é a Linha dos grandes trabalhos de demanda,


7 exerce grande predomínio sobre os quimbandeiros e
age em vários setores, conforme o nome deles indi-
ca. Ogum Beira-Mar nas praias; Ogum Iara nos Rios;
Ogum Rompe-Mato nas matas; Ogum Megê, sobre
a Linha das Almas; Ogum de Malei, sobre a Linha de

56
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DEUSES E ORIXÁS

malei, - povo de Erú (Exu?); Ogum de Nagô, sobre a


Linha de Nagô – povo de Ganga.

LINHA AFRICANA OU DE SÃO CIPRIANO


Linha Africana da Lei de Umbanda é composta de es-
píritos de pretos de várias raças, como sejam:
1. Legião do Povo da Costa – Pai Cabida (Cabinda?)
2. Legião do Povo do Congo – Rei do Congo
3. Legião do Povo de Angola – Pai José
4. Legião do Povo de Benguela – Pai Benguela
5. Legião de Moçambique – Pai Jerônimo
6. Legião do Povo de Loanda – Pai Francisco
7. Legião do Povo de Guiné – Zun-Guiné

São os grandes feiticeiros de Umbanda, fazem impor-


tantes trabalhos de Magia, usando todos os rituais,
porém com o fito de fazer o bem. Os componentes
dessa falange infiltram-se com grande facilidade entre

57
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DEUSES E ORIXÁS

E os quimbandeiros, causando muitas vezes confusão


B aos filhos da Terra.
O Os espíritos desta Linha gostam muito de conversar
O
K com os filhos da Terra e nessas ocasiões costumam
dizer “Umbanda tem fundamento e fundamento de
E Umbanda tem Mironga”.
P
I
Neste mesmo Livro, “Umbanda e Quimbanda”, Lou-
S
Ó renço Braga define a “LEI DE QUIMBANDA E AS SUAS
D SETE LINHAS”.
I
O
O próprio Lourenço Braga fez alterações em suas Sete
1 Linhas ao longo do tempo, ao que podemos concluir
7 que nem Lourenço Braga concorda com Lourenço
Braga, quando comparamos “Umbanda e Quimban-
da” Volume 1 com o Volume 2. Abaixo algumas novi-
dades que aparecem no volume 2:
“O Sol exerce influência sobre os 7 planetas e a lua

58
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DEUSES E ORIXÁS

recebe influência dos 7 planetas.”


Cita ainda o autor que: “A Linha de Oxalá ou das Al-
mas, chefiada indiretamente por São Miguel e direta-
mente por Jesus, possui 7 Legiões chefiadas por um
Anjo (Lilazio)” onde surgem 7 anjos identificados por
cores, atuando junto dos chefes de cada linha, a sa-
ber:
1. Jesus – Anjo Lilazio – Luz roxo claro brilhante
2. Gabriel – Anjo Luzanil – Luz azul claro brilhante
3. Rafael – Anjo Rosânio – Luz rosa claro brilhante
4. Zadiel – Anjo Ismera – Luz verde claro brilhantel
5. Orifiel – Anjo Auridio – Luz ouro claro brilhante
6. Samael – Anjo Rubrion – Luz vermelho claro bri-
lhante
7. Anael – Anjo Ilirium – Luz branca brilhante

59
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DEUSES E ORIXÁS

E Agora a Linha de Oxalá se subdivide em 7 Legiões de


B Anjos conforme abaixo está:
O 1. Legião do Anjo Efrohim – na Ásia
O
2. Legião do Anjo Eleusim – na Índia
K
3. Legião do Anjo Ibrahim – na África
E 4. Legião do Anjo Ezekiel – na Europa
P 5. Legião do Anjo Ismaiel – no Brasil
I
6. Legião do Anjo Zumalah – na Quimbanda
S
Ó
D
I
O

1
7

60
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CAPÍTULO 3

OS FUNDAMENTOS
DIVINOS DAS
LINHAS DE
UMBANDA SAGRADA
POR RUBENS SARACENI

VOLTAR AO SUMÁRIO
DEUSES E ORIXÁS

E A Umbanda, ainda que não evidencie isso à primeira


B vista, é uma religião muito rica em fundamentos di-
O
O vinos. E, se isso acontece, é porque é nova, não foi
K codificada totalmente e não tínhamos um indicador

E seguro que nos auxiliasse na decodificação dos seus


P mistérios.
I
S
Ó Atualmente, quase um século após sua fundação por
D
I Zélio Fernandino de Moraes e o senhor Caboclo das
O Sete Encruzilhadas, espíritos mensageiros têm nos

1 transmitido algumas chaves mestras que têm aberto


7 vastos campos para decodificarmos seus mistérios e
iniciarmos sua verdadeira codificação, tornando-a tão
bem fundamentada que talvez, no futuro, outras religi-
ões recorram a estas chaves para interpretarem seus

62
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DEUSES E ORIXÁS

próprios mistérios.

Se não, vejamos:
• 1º) Na Umbanda, as linhas de trabalhos espirituais,
formadas por espíritos incorporadores, têm nomes
simbólicos.
• 2º) Os guias incorporadores não se apresentam com
outros nomes, e só se identificam por nomes simbó-
licos.
• 3º) Todos eles são magos consumados e têm na
magia um poderoso recurso, ao qual recorrem para
auxiliarem as pessoas que vão aos templos de Um-
banda em busca de auxílio.
• 4º) Um médium umbandista recebe em seus traba-
lhos vários guias espirituais cujas manifestações ou

63
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DEUSES E ORIXÁS

E incorporações são tão características que só por elas


B
já sabemos a qual linha pertence o espírito incorpora-
O
O do.
K
• 5º) As linhas são muito bem definidas e os espíritos
E pertencentes a uma linha falam com o mesmo sota-
P
I que, dançam e gesticulam mais ou menos iguais e
S realizam trabalhos mágicos com elementos definidos
Ó
D como deles e mais ou menos da mesma forma.
I
• 6º) Cada linha está ligada a alguns orixás e podemos
O
identificar nos seus nomes simbólicos à qual dos es-
1
7 píritos de uma mesma linha são ligados.

• 7º) Isto acontece tanto com as linhas da direita quan-

do com as da esquerda, todas regidas pelos sagra-

dos orixás.

64
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DEUSES E ORIXÁS

Com isso, temos chaves importantes para avançar-


mos no estudo dos fundamentos da Umbanda Sa-
grada até chegarmos ao âmago do mistério dos seus
nomes simbólicos.

Mas para chegarmos ao âmago, antes temos que sa-


ber qual é o meio ou a diretriz que nos guiará nes-
ta busca, já que temos linhas de Caboclos, Pretos-
-velhos, Crianças, Baianos, Boiadeiros, Marinheiros,
Exus, Pombas-giras etc.

E esta chave mestra se chama “Fatores de Deus”.

Antes de falarmos sobre fatores ou sobre o que eles


significam, precisamos abrir um pouco mais o leque

65
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DEUSES E ORIXÁS

E de assuntos desse nosso comentário para fundamen-


B tarmos os mistérios da Umbanda Sagrada.
O
O
K Voltemo-nos para a Bíblia Sagrada e nela vamos ler
algo semelhante a isso:
E
P - E no princípio havia o caos.
I - E Deus ordenou que do caos nascesse a luz, e a luz
S
Ó se fez.
D - E Deus ordenou tudo e tudo foi feito segundo suas
I determinações verbais e o “verbo divino”, realizados
O
por sua excelência sagrada. Identificou nas determi-
1 nações dadas por Deus a essência de suas funções
7
ordenadoras e criacionistas.

Assim explicado, o “verbo divino” é uma função, e


cada função é uma ação realizadora.

66
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DEUSES E ORIXÁS

Mas, se assim é, tem que haver um meio através do


qual o verbo realizador faça sua função criadora. E
esse meio não pode ser algo comum, mas sim ex-
traordinário, divino mesmo, já que é através dele que
Deus realiza.

E se cada verbo é uma função criadora em si mesmo,


e muitos são os verbos, então esse meio usado por
Deus tem que ter em si o que cada verbo precisa para
se realizar enquanto função divina criadora de ações
concretizadoras do seu significado excelso.

Nós sabemos que a alusão ao verbo divino na Bíblia


Sagrada não teve até agora uma explicação satisfa-
tória pelos seus estudiosos ou pelos seus mais re-

67
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DEUSES E ORIXÁS

E nomados intérpretes, relegando-o apenas às falas ou


B pronunciamentos de Deus.
O
O
K Mas isto também se deve ao fato de seus intérpretes
não terem atinado com a chave mestra que abre o
E
P mistério do “verbo divino”, mas que agora, de pos-
I se da Umbanda Sagrada, explica-nos tudo, desde o
S
caos bíblico ao big-bang dos astrônomos e desde o
Ó
D surgimento da matéria até o estado primordial da cria-
I ção tão buscado atualmente pela física quântica.
O

1 Sim, o verbo divino e seu meio de realizar suas ações


7
tanto está na concretização da matéria quanto no
mundo rarefeito da física quântica. E está desde a re-
produção celular quanto na geração dos corpos ce-
lestes.

68
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DEUSES E ORIXÁS

O verbo divino é a ação!

E o meio que ele usa para realizar-se enquanto ação


denominamos de fatores de Deus.

Por fatores, entendam as menores coisas ou partícu-


las criadas por Deus, e elas são vivas e são o meio do
verbo divino realizar-se enquanto ação, já que cada
fator é uma ação realizadora em si mesmo e faz o que
o verbo que o identifica significa.

Assim, se o verbo acelerar, significa agilizar o movi-


mento de algo, o fator acelerador é o meio usado por
Deus para acelerar o movimento ou o deslocamento
do que criou e deve evoluir.

69
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DEUSES E ORIXÁS

E E o mesmo acontece, ainda que em sentido contrário,


B
com o verbo desacelerar e com o seu fator identifica-
O
O dor que é o fator desacelerado.
K

E Já o verbo movimentar, cujo significado é dar movi-


P
I mento a algo, tem como meio de realizar-se enquanto
S ação o fator movimentador.
Ó
D
I
O mesmo acontece com verbo paralisar, cuja função
O
é oposta e que tem como meio de se realizar como
1
7 ação o fator paralisador.

E o verbo abrir tem como meio de se realizar como

ação o fator abridor.

70
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DEUSES E ORIXÁS

Já o verbo fechar, cuja função é oposta ao verbo abrir,


tem como meio de se realizar como ação o fator fe-
chador.

E o verbo trancar, cujo significado é o de prender, tem


como meio de se realizar enquanto ação o fator tran-
cador.

E o verbo abrir, cujo significado é o de liberar, tem


como meio de se realizar enquanto ação o fator abri-
dor.

E o verbo direcionar, cujo significado é dar rumo a


algo, tem como meio de se realizar enquanto ação o
fator direcionador.

71
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E Já o verbo desviar, cujo significado é o de desviar do


B
alvo, tem como meio de se realizar enquanto ação o
O
O fator desviador.
K

E E o verbo gerar, cujo significado é fazer nascer algo,


P tem como meio de se realizar enquanto ação realiza-
I
S dora o fator gerador.
Ó
D
I E o verbo esterilizar, cuja função é oposta, tem como
O meio para se realizar enquanto ação o fator esteriliza-

1 dor.
7
E o verbo magnetizar, cujo significado e função é dar
magnetismo a algo, tem como meio para se realizar
enquanto ação o fator magnetizador.

72
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DEUSES E ORIXÁS

Já o verbo desmagnetizar, cuja função e significado


são opostos, tem como meio para se realizar enquan-
to ação o fator desmagnetizador.

E o verbo cortar, cujo significado e função é partir algo,


tem como meio para se realizar enquanto ação o fator
cortador.

Já o verbo unir, cujo significado e função é juntar algo,


tem como meio para se realizar enquanto ação o fator
unidor.

Muitos são os verbos e cada um é em si a ação que


significa e muitos são os meios existentes no que de-
nominamos por fatores de Deus.

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E Aqui, neste comentário, já citamos os verbos:


B • Acelerar e Desacelerar;
O
O • Movimentar e Paralisar;
K • Abrir e Fechar;

E • Trancar e Abrir;
P • Direcionar e Desviar;
I
• Gerar e Esterilizar;
S
Ó • Magnetizar e Desmagnetizar;
D • Cortar e Unir.
I
O
São poucos verbos se comparados aos muitos que
1
7 existem, mas são suficientes para os nossos propósi-
tos.
Tomemos como exemplo o verbo trancar e o fator
trançador e vamos transporta-los para uma linha de

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trabalhos espirituais e mágicos de Umbanda, a dos


Exus trancadores, onde temos estes nomes simbóli-
cos:
• Exu Tranca-ruas, ligados a Ogum.
• Exu Tranca-tudo, ligados a Oxalá.
• Exu Tranca-giras, ligados a Oyá.
• Exu Sete Trancas, ligados a Obaluayê.
• Exu Tranca Fogo, ligados a Xangô.
• Exu Tranca Rios, ligados a Oxum.
• Exu Tranca Raios, ligados a Iansã.
• Exu Tranca Matas, ligados a Oxóssi.

Se o verbo trancar significa prender, e se o fator tran-

cador é o meio pelo qual ele se realiza enquanto ação,

então todo exu que tenha em seu nome simbólico a

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E palavra tranca é um gerador desse fator e que, quan-


B do o irradia tranca algo, certo?
O
O
K E se tomarmos o verbo abrir e o fator abridor, temos

E uma linha de trabalhos espirituais e mágicos de Um-


P banda, a dos Exus abridores, onde temos estes no-
I
S mes simbólicos:
Ó • Exu abre tudo – ligado a Oxalá.
D
I • Exu abre caminhos – ligado a Ogum.
O • Exu abre portas – ligado a Obaluayê.

1 • Exu abre matas – ligado a Oxóssi.


7 • Exu abre tempo – ligado a Oyá.

E se tomarmos o verbo romper, aqui não citado, e o


fator através do qual sua ação se realiza, temos estas

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linhas de trabalhos espirituais e mágicos:


• Ogum rompe tudo – ligado a Oxalá.
• Ogum rompe matas – ligado a Oxóssi.
• Ogum rompe nuvens – ligado a Iansã.
• Ogum rompe solo – ligado a Omulu.
• Ogum rompe águas – ligado a Iemanjá.
• Ogum rompe ferro – ligado a Ogum.

E temos linhas de Caboclos e de Exus com estes


mesmos nomes:
• Caboclos e Exus rompe tudo.
• Caboclos e Exus rompe matas.
• Caboclos e Exus rompe nuvens.
• Caboclos e Exus rompe solo.
• Caboclos e Exus rompe águas.
• Caboclos e Exus rompe ferro.

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E Muitos são os verbos e cada um tem um meio ou fator


B
O através do qual se realiza enquanto ação.
O
K

E Por isto, afirmamos que a Umbanda é riquíssima em


P
fundamentos e não precisa recorrer aos fundamentos
I
S
de outras religiões para explicar suas práticas ou os
Ó
D
nomes simbólicos dados aos Orixás, que são as divin-
I
O dades realizadoras do verbo divino ou as suas linhas

1 de trabalhos espirituais e mágicos, que são manifes-


7
tadores espirituais dos mistérios do verbo divino. Se

atinarem bem para a riqueza contida no simbolismo

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da Umbanda Sagrada, poderão dispensar até as in-

terpretações antigas herdadas do culto ancestral aos

Orixás praticado em solo africano, porque Deus, ao

criar uma religião, dota-a de seus próprios fundamen-

tos divinos e espera que seus adeptos os descubram

e os apliquem a sua Doutrina e práticas, aperfeiçoan-

do sua concepção do divino existente nos seus mis-

térios.

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CAPÍTULO 4

DIVINDADES E
DIVINDADES
HIERARQUIAS DOS
TRONOS DE DEUS
POR ALEXANDRE CUMINO

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Existem muitas classes de divindades e também uma


hierarquia de divindades, Rubens Saraceni em sua
obra costuma colocar as divindades de Deus na clas-
se de Tronos de Deus e nos esclarece que existem:
Tronos regentes de verdadeiros universos, Tronos re-
gentes de galáxias, Tronos regentes de Sistemas So-
lares como o nosso, Tronos regentes de planetas, Tro-
nos maiores regentes das irradiações que envolvem
um planeta, Tronos intermediários, Tronos intermedia-
dores, Tronos regentes de níveis, Tronos localizados,
Tronos regentes de realidades paralelas, Tronos natu-
rais, Tronos divinos, Tronos celestiais e muitos outros
que constituem uma verdadeira hierarquia.

Quando falamos das Divindades Orixás na Umbanda


temos, por exemplo, Ogum que representa a Lei Di-

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E vina, portanto é uma forma humanizada e cultural do


B Trono da lei, Ogum tem regência sobre Sete Oguns,
O
O se seguirmos o raciocínio das sete vibrações, onde
K Ogum Maior tem sob sua hierarquia:
• Ogum Cristalino ou Ogum da Fé
E
P • Ogum Mineral ou Ogum do Amor
I • Ogum Vegetal ou Ogum do Conhecimento
S
• Ogum Ígneo ou Ogum da Justiça
Ó
D • Ogum Eólico ou Ogum da Lei
I • Ogum Telúrico ou Ogum da Evolução
O
• Ogum Aquático ou Ogum da Geração
1
7 Estes são identificados apenas pela vibração e sentido
em que atuam, ainda têm eles muitos outros Oguns
que também estão abaixo na hierarquia onde entram
nomes mais populares e mais humanizados como:

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• Ogum Matinata
• Ogum Iara
• Ogum Rompe-Mato
• Ogum das Pedreiras
• Ogum de Lei
• Ogum Megê
• Ogum Marinho

Podemos ainda citar muitos outros Oguns e até espí-


ritos humanos que respondem a estes Oguns, em hie-
rarquias humanas que se cruzam com as hierarquias
naturais, isso pode ser observado na Umbanda com
os Caboclos de Ogum.

Existem também as entidades naturais e encantados


de Ogum, que são de outras realidades, não huma-
nas, regidas por Ogum e que podem transitar de lá
para cá em certas ocasiões e com a licença de Ogum
Maior.

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E No livro “Mitos de Luz Metáforas Orientais do Eterno”


B de Joseph Campbel, Editora Madras – 2006, encon-
O
O tramos uma lenda indiana sobre Indra muito interes-
K sante que mostra nesta cultura o que representa a
hierarquia das divindades:
E
P Certa vez, um monstro chamado Vrtra cumpriu a ta-
I refa de represar (seu nome quer dizer “cercador”) to-
S
das as águas do universo e houve, então, uma grande
Ó
D seca que durou milhões de anos. Bem, Indra, o Zeus
I do panteão hindu, finalmente teve uma ideia para so-
O
lucionar o problema: “Por que não lançar um raio nes-
1 se sujeito e explodi-lo?” Então, Indra, que era aparen-
7 temente meio lerdo de raciocínio, pegou um raio e o
atirou bem no meio de Vrtra, e... Bum! Vrtra explode,
a água flui novamente e a Terra e o universo têm sua
sede saciada.

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Bem, daí Indra pensa: “Como sou poderoso”, e en-


tão vai até a montanha cósmica, Monte Meru, o Olim-
po dos deuses hindus, e percebe que todos os palá-
cios por lá estavam em decadência. “Bem, agora vou
construir uma cidade inteiramente nova aqui – uma
que seja merecedora da minha dignidade”. Então ob-
tém o apoio de Vishvakarman, o artífice dos deuses, e
conta-lhe seus planos.
Ele diz: “Olha, vamos começar a trabalhar aqui para
construir essa cidade. Acho que poderíamos ter palá-
cios aqui, torres acolá, flores de lótus aqui, etc., etc.”.
Então, Vishvakarman começa as obras. Porém, toda
vez que Indra volta para lá, ele aparece com novas
ideias, melhores e mais grandiosas a respeito do pa-
lácio, e Vishvakarman começa a pensar: “Meu Deus,
ambos somos imortais, então esse negócio não vai

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E terminar nunca. O que eu posso fazer?”


B Então, decide procurar Brahma e queixar-se a ele, o
O
O assim chamado criador do mundo dos fenômenos.
K Brahma está sentado em um lótus (o trono dele é as-
sim) e Brahma e o lótus crescem a partir do umbigo
E
P de Vishnu, que se acha flutuando no espaço cósmico,
I montado em uma grande serpente, chamada Ananta
S
(que significa “eterno”).
Ó
D Portanto, eis a cena. Lá fora, na água, Vishnu dorme,
I e Brahma está sentado no lótus. Vishvakarman entra,
O
e, após muita reverência e embaraço, diz: “Ouçam es-
1 tou em apuros”. Daí, conta sua história a Brahma, que
7 diz: “Tudo bem. Eu darei um jeito nisso”.
Na manhã seguinte, o porteiro da entrada de um palá-
cio que está sendo construído nota um jovem brâma-
ne azul-escuro, cuja beleza chamou a atenção de

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muitas crianças em torno de si. O porteiro vai a Indra


e lhe diz: “Acho que seria de bom grado convidar este
belo jovem brâmane a conhecer o palácio e dar-lhe
uma boa acolhida”. Indra está sentado em seu tro-
no e, após as cerimônias de boas-vindas, diz: “Bem,
meu jovem. O que o traz ao palácio?”
Com uma voz semelhante ao som de um trovão no
horizonte, o rapaz diz: “Ouvi dizer que você está cons-
truindo o maior palácio que um Indra já conseguiu e,
agora, depois de conhecê-lo, posso dizer-lhe que, de
fato, nenhum Indra construiu um palácio como este
antes”.
Confuso, Indra diz: “Indras anteriores a mim? Do que
você está falando?”
“Sim, Indras anteriores a você”, diz o jovem. “Pare e
pense, o lótus cresce do umbigo de Vishnu, então,

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E desabrocha e nele se senta Brahma. Brahma abre os


B olhos e nasce um novo universo, governado por um
O
O Indra. Ele fecha os olhos. Abre-os novamente – ou-
K tro universo. Fecha os olhos... e, durante 365 anos
brâmicos, Brahma faz isso. Então o lótus murcha e,
E
P após uma eternidade, outro lótus desabrocha, apa-
I rece Brahma, abre os olhos, fecha os olhos... Indras,
S
Indras e mais Indras.
Ó
D Agora, vamos considerar cada galáxia do universo um
I lótus, todas com seu Brahma. Até poderia haver sá-
O
bios em sua corte que se apresentariam como volun-
1 tários para contar as gotas d’água do oceano e os
7 grãos de areia das praias do mundo. Mas quem con-
taria esses Brahmas, sem falar nos Indras?”
Enquanto ele falava, um formigueiro, marchando em
colunas perfeitas, aproximou-se pelo piso do palácio.

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O rapaz as olha e ri. Indra fica com a barba coçando,


suas suíças ficam eriçadas, e ele diz: “Ora essa, do
que você está rindo?”
O jovem diz: “Não me pergunte o por quê, a menos
que queira ficar magoado”.
O rapaz aponta para as fileiras de formigas e diz: “To-
das, antigos Indras. Passaram por inumeráveis encar-
nações, subiram de posto nos escalões do Céu, che-
garam ao elevado trono de Indra e mataram o dragão
Vrtra. Então, todos eles dizem: ‘Como sou poderoso’,
e lá se vão eles”.
Nesse momento, um velho iogue excêntrico, usando
apenas uma tanga, entra segurando um guarda-chu-
va feito de folhas de bananeira. Vê-se em seu peito
um pequeno tufo de cabelos, em forma de círculo, e
o jovem olha para ele e faz as perguntas que, na ver-

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E dade, estão na mente Indra: “Quem é você? Qual o


B seu nome? Onde você mora? Onde vive sua família?
O
O Onde é a sua casa?”
K “Eu não tenho família, eu não tenho casa. A vida é
curta. Este guarda-chuva é o suficiente pra mim. Eu
E
P devoto minha vida a Vishnu. Quanto a esses cabelos,
I é curioso: toda vez que morre um Indra, cai um fio de
S
cabelo. Metade deles já caiu. Logo, logo, todos vão
Ó
D cair. Porque construir uma casa?”
I Bem esses dois eram, na verdade, Vishnu e Shiva.
O
Eles apareceram para a instrução de Indra e, já que
1 ele ouviu, foram-se embora. Bem, Indra sentiu-se to-
7 talmente arrasado, e quando Brhaspati, o sacerdote
dos deuses, entra, ele diz: “Eu vou me tornar um io-
gue. Serei um devoto aos pés de Vishnu”.
Então, aproxima-se de sua esposa, a grande rainha

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DEUSES E ORIXÁS

Indrani, e diz: “Querida, vou deixá-la. Vou entrar na


floresta e me tornar iogue. Vou parar com essa palha-
çada toda a respeito de reinado na Terra e me conver-
terei em um devoto aos pés de Vishnu”.
Bem, ela o fita por um instante; então, vai procurar
Brhaspati e conta-lhe o ocorrido: “Ele meteu na cabe-
ça que vai embora para se tornar um iogue”.
Daí, o sacerdote toma sua mão e a leva para se sen-
tarem diante do trono de Indra, e lhe diz: “Você está
no trono do universo e representa a virtude e o dever
- dharma - e encarna o espírito divino em seu pa-
pel terreno. Já lhe escrevi um livro importante sobre a
arte da política - como manter o Estado, como vencer
guerras, etc. Agora vou lhe escrever um livro sobre a
arte do amor, para que o outro aspecto de sua vida,
com você e Indrami juntos, aqui, possa vir a ser uma

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E relação do espírito divino que habita em todos nós.


B Qualquer um pode ser iogue; porém, o que acha de
O
O representar nesta vida terrena a imanência desse mis-
K tério da eternidade?”
Então, Indra foi poupado do problema de ter de aban-
E
P donar tudo e tornar-se um iogue, poderia dizer o lei-
I tor. Na verdade, em seu íntimo, ele já sabia de tudo
S
isso, da mesma forma que nós. Tudo o que temos a
Ó
D fazer é despertar para o fato de que somos uma ma-
I nifestação do eterno.
O
Essa história, conhecida como “A Humilhação de In-
1 dra”, acha-se no Brahmavaivarta Purana. Os Puranas
7 são textos sagrados hindus que datam aproximada-
mente 400 d.C. O aspecto fascinante a respeito da
mitologia hindu é o fato de ela ter conseguido absor-
ver o universo de que falamos hoje em dia, com seus

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vastos ciclos de vidas estelares, galáxias após galá-


xias e o nascimento e morte de universos. Isso reduz
a força do momento presente.
O que importa todos os nossos problemas relacio-
nados às bombas atômicas explodindo o universo?
Já houve universos e universos antes, cada um deles
explodindo por uma bomba atômica. Portanto, agora
você pode identificar a si mesmo no eterno que habita
em você e em todas as coisas. Isso não significa que
você queira assistir ao lançamento de bombas atô-
micas, mas, por outro lado, não perde seu tempo se
preocupando a respeito.
Uma das grandes tentações de Buda foi a luxúria. A
outra, o medo da morte, que, por sinal, é um belo
tema para meditação. A vida lança à nossa volta es-
sas tentações, essas perturbações mentais, e o pro-

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E blema consiste em encontrar o centro imutável dentro


B de nós. Então, pode-se sobreviver a qualquer coisa.
O
O O mito vai ajudá-lo a fazer isso. Não queremos dizer
K que você não deveria sair em passeatas e protestos
contra a pesquisa atômica. Vá em frente, mas faça-o
E
P de maneira divertida. O universo é a diversão de Deus.
I
S
Fonte: Deus, Deuses, Divindades e Anjos. Alexandre
Ó
D Cumino. Editora Madras.
I
O

1
7

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#minhajornada
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