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Ano Letivo

2018/19
10º Ano
Teste de Avaliação 1 de Português
Critérios de Correção A/B/C

Leia, atentamente, a composição poética que se segue:

Pois nossas madres1 van a Sam Simon


De Val de Prados2 candeas queimar3
nós, as meninhas4, punhemos d'andar5
com nossas madres, e elas entom

5           queimem candeas6 por nós e por si,


          e nós, meninhas, bailaremos i7.

Nossos amigos todos lá irán


Por8 nos veer e andaremos nós
bailand'ant'eles fremosas em cós9;

1 e nossas madres, pois que alá10 van,


0        queimem candeas por nós e por si.
          e nós, meninhas, bailaremos i.

Nossos amigos irán por cousir11


como bailamos e podem veer
bailar [i] moças de bom parecer;
1 e nossas madres, pois lá querem ir,
5
       queimem candeas por nós e por si,
Alfredo Moraes, Romaria da Sr.ª da
          e nós, meninhas, bailaremos i. Agonia, século XX.

Pero de Viviães
In Ema Tarracha Ferreira, Op. Cit., s/d (pp. 93-94).

Glossário:
1. madres: mães; 2. San Simon de Val de Prados: local de peregrinação. As romarias referenciadas
na lírica trovadoresca pertencem, na sua generalidade, à Galiza ou ao Minho; 3. acender velas ao santo
para cumprir promessas; 4. meninas; 5. esforcemo-nos por andar, tratemos de andar; 6. acendam
velas, façam promessas;7. i: aí; 8. para; 9. em cós: sem manto que lhes tape o corpo, as formas
feminis; em corpo bem feito;10. alá: lá; 11. cousir: contemplar; admirar, apreciar, ver com
atenção, examinar.

Critérios de Avaliaçã o Versõ es A e B e CPá gina 1de 11


GRUPO I

Apresente, de forma completa e bem estruturada, as suas respostas aos itens


que se seguem.

1. Atente nos versos «Pois nossas madres van a Sam Simon / De Val de Prados
candeas queimar / nós, as meninhas, punhemos d'andar / com nossas madres», vv.
1-4.
1.1. A partir da circunstância apresentada, as raparigas traçam um plano que
envolve três grupos de personagens. Identifique-os.
As personagens apresentadas são as meninas, as mães e os amigos.
Níveis Descritores do nível de desempenho Pontuação

3 9
Identifica, corretamente, os 3 grupos de personagens.
2 6
Identifica, corretamente, 2 grupos de personagens.
Identifica, corretamente, 1 grupo de personagens
1 3
ou
identifica, de forma vaga e imprecisa, 2 grupos de personagens.
 Aspetos de conteúdo (C) 9 pontos
 Aspetos de estruturação do discurso e correção linguística (F) 6 pontos
- Estruturação do discurso (E) 3 pontos
- Correção linguística (CL) 3 pontos

2. Refira três traços autocaracterizadores do sujeito poético, fundamentando a sua


resposta com dados textuais.
O sujeito poético, a(s) menina(s), autocaracteriza(m)-se como:
 dotada(s) de beleza física, ou seja, formosa(s)/graciosa, bela(s), bem-
parecida(s): «fremosas», v.9; «moças de bom parecer», v.15;
 orgulha(m)-se da sua aparência física/exposição das formas do corpo
feminino/capacidade de seduzir: «fremosas em cós», v.9;
 manifesta(m) alegria pela expectativa do baile e pela presença dos
amigos: «Nossos amigos todos lá irán/Por nos veer e andaremos nós», vv.7-
8, ou Nossos amigos irán por cousir /como bailamos e podem veer bailar
moças de bom parecer, vv.13-15.
Níveis Descritores do nível de desempenho Pontuação

4 Apresenta três traços autocaracterizadores do sujeito poético, 12


fundamentando, adequadamente, com dados textuais.
Apresenta três traços autocaracterizadores do sujeito poético,
3 9
fundamentando, de modo não totalmente completo ou com
pequenas imprecisões, com dados textuais.
Apresenta, de modo não totalmente completo ou com algumas
2 6
imprecisões, dois traços autocaracterizadores do sujeito poético,
fundamentando com dados textuais.
1 Apresenta traços autocaracterizadores do sujeito poético, não 3
fundamentando com dados textuais ou vice-versa.
• Aspetos de conteúdo (C) 12 pontos
• Aspetos de estruturação do discurso e correção linguística (F) 8 pontos
- Estruturação do discurso (E) 4 pontos
- Correção linguística (CL) 4 pontos

Critérios de Avaliaçã o Versõ es A e B e CPá gina 2de 11


3. Descreva, agora, a situação apresentada na cantiga [espaço medieval e a
circunstância apresentada], distinguindo os motivos que levam mães e filhas à
romaria.
Nesta cantiga, descreve-se a situação em que se encontra uma donzela, que
convida/combina com as amigas dançarem em São Simão de Val de Prados, local
da peregrinação, romaria/festa diante dos namorados, enquanto as mães
acendem velas e fazem promessas, ou sejam, rezam. Se para as filhas a
romaria constitui motivo de baile, para as mães é sinónimo de peregrinação e
devoção. As meninas são muito claras quanto às suas intenções: não vão a São
Simão (ao santuário) para rezar; no terreiro elas dançarão diante dos namorados que
as admirarão [note-se a oração subordinada adverbial causal: «Pois nossas madres
vão a São Simão cumprir promessas […]e elas então queimem candeias por nós e
por si» . [Aqui, o caráter religioso da romaria é deixado às mães, que se podem
dedicar a acender velas (por si próprias e pelas filhas), já que as meninas têm em
conta apenas o lado profano da festa: bailar, formosas e sem manto, perante os seus
amigos, que lá irão, sem falha, para as ver.]

Níveis Descritores do nível de desempenho Pontuação

Descreve, de forma clara e rigorosa, o espaço medieval -


4 contexto de romaria - e circunstância representada – local de 15
peregrinação -, distinguindo claramente as motivações das mães
versus filhas.
Descreve, de modo não totalmente completo, ou com pequenas
3 imprecisões, o espaço medieval - contexto de romaria - e 12
circunstância representada – local de peregrinação -, distinguindo
as motivações das mães versus filhas.
Descreve, de modo não totalmente completo, e com pequenas
2 imprecisões, o espaço medieval - contexto de romaria - e 8
circunstância representada – local de peregrinação -, distinguindo
com imprecisões as motivações das mães versus filhas.
Descreve, de modo bastante incompleto, e com imprecisões, o
1 espaço medieval - contexto de romaria - e circunstância 4
representada – local de peregrinação -, distinguindo com
dificuldade as motivações das mães versus filhas.
 Aspetos de conteúdo (C) 15 pontos
 Aspetos de estruturação do discurso e correção linguística (F) 10 pontos
- Estruturação do discurso (E) 5 pontos
- Correção linguística (CL) 5 pontos

4. Identifique duas características temáticas e/ou formais que justificam a inclusão do


poema no género das cantigas de amigo.
Trata-se de uma cantiga de amigo visto que/na medida em que/uma vez que:
- o sujeito poético é uma voz feminina, neste caso um coro/um conjunto de
meninas («nós, as meninhas» v. 3),
- expressa o seu sentimento amoroso relativamente ao “amigo” / namorado;
- o ambiente é de romaria / baile / rural / ambiente marcado pela ausência do chefe
de família [que provavelmente terá partido para a guerra com os mouros, reconquista
cristã];
- a protagonista, menina, interage com outras personagens, nomeadamente amigas
e mães;

Critérios de Avaliaçã o Versõ es A e B e CPá gina 3de 11


- presença de paralelismo (os vv. 7-14 correspondem semanticamente aos vv. 7-8, imperfeito) e
de refrão.

Níveis Descritores do nível de desempenho Pontuação

4 Identifica, de forma clara e rigorosa, duas das características 12


temáticas e/ou formais das cantigas de amigo.
3 Identifica, com falhas pontuais imprecisões, duas das 9
características temáticas e/ou formais das cantigas de amigo.
2 Identifica, de modo incompleto e com algumas imprecisões, duas 6
das características temáticas e/ou formais das cantigas de amigo.
1 Identifica uma das características temáticas e/ou formais das 3
cantigas de amigo.
 Aspetos de conteúdo (C) 12 pontos
• Aspetos de estruturação do discurso e correção linguística (F) 8 pontos
- Estruturação do discurso (E) 4 pontos
- Correção linguística (CL) 4 pontos

5. Classifique as estrofes quanto ao número de versos e apresente o esquema


rimático da cantiga.

A cantiga é constituída por três quadras, seguidas de refrão em dístico.


O esquema rimático é: abbaRR/cddcRR/effeRR [abbaCC/deedCC/fggfCC], de rima
emparelhada e interpolada nas quadras e emparelhada no refrão.

Níveis Descritores do nível de desempenho Pontuação

4 Classifica, corretamente, as estrofes quanto ao número de versos 12


e o esquema rimático.
3 Classifica as estrofes quanto ao número de versos e apresenta o 9
esquema rimático com algumas imprecisões.
2 Classifica, de modo incompleto e com algumas imprecisões, as 6
estrofes quanto ao número de versos e o esquema rimático.
1 Classifica as estrofes quanto ao número de versos e o esquema 3
rimático, de modo muito incompleto.
• Aspetos de conteúdo (C) 12 pontos
• Aspetos de estruturação do discurso e correção linguística (F) 8 pontos
- Estruturação do discurso (E) 4 pontos
- Correção linguística (CL) 4 pontos

Desde logo original por apresentar, não uma voz feminina individual, mas um coro de
meninas, esta célebre cantiga de Pero Viviães explicita aquilo que as restantes cantigas
ditas “de santuário”/ de “romaria” deixam perceber: a mistura do sagrado e do profano
que caracteriza esses espaços de culto popular, lugares privilegiados de encontro das
moças e seus amigos, tal como é referido em todas essas cantigas.
A esta alegre e irónica fala das meninas, Pero Viviães acrescenta ainda pormenores de
notável visualidade, como acontece, por exemplo, nas últimas estrofes, onde quase
conseguimos visualizar o grupo dos jovens rapazes a observar, apreciar as moças
dançando em cós (sem manto), avaliando da sua beleza.

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GRUPO II

Leia, atentamente, o texto seguinte.

Os jograis

Os jograis são uma das mais importantes instituições da Idade Média, porque são
eles quem conserva e vulgariza 1 a cultura da palavra num tempo em que o livro era
um objeto tão precioso como uma joia cara. Através dele se comunicam entre si os
diversos grupos sociais com os seus valores; as diferentes regiões culturais do
5 mundo com as suas criações próprias. Eles transmitem o repertório folclórico
internacional, assim como as invenções que o vão enriquecendo. Além disso, é por
via deles que passam à cultura oral muitas criações registadas em livros. São os
intermediários culturais por excelência […].
O camponês, o burguês, o senhor, ou nas feiras e romarias, ou nos festins e
10 banquetes, ao ar livre ou em salões, até mesmo nas naves das igrejas, entretinham-
se a ver o jogral que tocava, cantava e bailava, mostrava o macaco dançarino,
executava malabarismos com facas ou maçãs, fazia trejeitos2 e paródias3 e por vezes
recitava poemas ou relatava notícias de longínquas e extraordinárias terras. Se o
sacerdote tinha o prestígio do saber e entendia os mágicos sinais que enegreciam os
15 livros, o jogral despertava a imaginação com as suas estórias de países fantásticos
ou de guerreiros invencíveis, com as suas canções, a desenvoltura 4 de viajante
sabedor e de aventureiro. Enquanto no clérigo se via um ministro de Deus, um
guardião da porta do Céu, o jogral parecia um discípulo do Diabo, sem vergonha,
sem eira nem beira, errante 5. E a mulher que o acompanhava, dançarina ou
20 cantadeira, não era também uma mulher como as outras: livre e devassa 6, mostrava
o corpo no bailado e nas acrobacias, e os seus cantares eram uma provocação ao
jogo erótico.
Do ponto de vista eclesiástico, o jogral, parente do Diabo, só como agente do mal
podia encontrar o seu lugar. Mas isso mesmo o tornava perigosamente sedutor. As
25 suas estórias e cantares levavam a imaginação para um mundo livre bem longe das
naves da igreja: para o luar, para as florestas na primavera, para as cidades de
sonho, para as ilhas encantadas do mar desconhecido. Por isso, durante muito tempo
a Igreja e os moralistas condenaram os jograis. Lembrava-se a frase de Santo
Agostinho segundo a qual dar presentes aos jograis era o mesmo que dá-los ao
30 Diabo. São Gregório Magno, Papa, num texto traduzido em Alcobaça, narrava
complacentemente7 a morte desastrosa de um jogral em castigo de se ter
intrometido numa festa religiosa.
Numa iluminura8 francesa do século XII, num manuscrito do Breviário de Amor, de
Matfré de Armengaud, os jograis são representados como demónios à mesa de
35 um festim, servindo os manjares e tocando trompa e violino. Algum rei mais
piedoso os expulsou da sua corte. Afonso X, o Sábio, conta nas Cantigas de
Santa Maria como um jogral que quis arremedar9 uma imagem da Virgem com o
Menino nos braços foi logo castigado, ficando torto na boca e nos braços.
Mas não era fácil dispensá-los. Os moralistas distinguiram subtilmente entre os bons
e os maus jograis, e a joglaria10 acabou por adquirir direitos de cidade na sociedade
medieval.
António José Saraiva, A cultura em Portugal – teoria e história – Livro II – primeira época: a formação,
Lisboa, Livraria Bertrand, 1984, pp. 56-57.
Vocabulário
1
divulga; 2 gestos estranhos, cheios de comicidade; 3 brincadeiras imitativas de natureza
cómica; 4 o à vontade; 5 viajante; 6 pecadora; 7 com satisfação; 8 desenho, miniatura,
grafismo que ornamenta livros, especialmente manuscritos medievais; 9 imitar de forma
caricatural, distorcida, zombeteira; 10 os jograis enquanto instituição.

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. Para responder a cada um dos itens de 1.1. a 1.7., selecione a única opção
que permite obter uma afirmação correta, de acordo com o texto
apresentado.
Escreva, na folha de respostas, o número de cada item e a letra que
identifica a opção escolhida.
VERSÃO A

1.1. A frase que melhor sintetiza o conteúdo do primeiro parágrafo é


(A) Durante a Idade Média, os jograis foram o principal veículo das trocas
culturais.
(B) Durante a Idade Média, os jograis foram o principal veículo de
divulgação dos livros.
(C) A função dos jograis na Idade Média consistia em transmitir
informações que constavam dos livros.
(D) A função dos jograis na Idade Média consistia em substituir os livros.

1.2. O segundo parágrafo estrutura-se essencialmente através de uma


comparação entre
(A) os jograis e os eclesiásticos.
(B) as várias classes sociais e os eclesiásticos.
(C) as várias classes sociais e os jograis.
(D) Deus e o Diabo.

1.3. O conector «por isso», l. 26, refere-se a um facto


(A) enunciado depois, concretamente à condenação que a igreja lançava sobre os
jograis.
(B) enunciado depois, concretamente às condenações que Santo Agostinho e São
Gregório Magno lançaram sobre os jograis.
(C) enunciado antes, concretamente à capacidade de os jograis serem
considerados parentes do Diabo.
(D) enunciado antes, concretamente à capacidade de os jograis serem capazes de
libertar as imaginações.

1.4. O quarto parágrafo apresenta dois exemplos cuja função no texto é


(A) ilustrar informação anteriormente apresentada sobre os jograis.
(B) ilustrar informação posteriormente apresentada sobre os jograis.
(C) mostrar como a arte medieval representava os jograis.
(D) exemplificar uma visão negativa dos jograis na Idade Média.

1.5. Apesar de mal vistos, os jograis eram aceites na sociedade. Os «moralistas», l. 37,
encontraram um modo de os integrar porque
(A) admitiam a inexistência de maus jograis.
(B) não admitiam a existência de maus jograis.
(C) admitiam a existência de bons jograis.
(D) não admitiam a inexistência de bons jograis.

1.6. A conjunção “ou” presente no segmento «O camponês, o burguês, o senhor, ou nas


feiras e romarias, ou nos festins e banquetes, ao ar livre ou em salões […]» (ll.9-10)

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tem um valor de
(A) adição. (B) explicação. (C) alternância. (D) oposição.

1.7. No segundo parágrafo do texto, o tempo verbal predominante é


(A) o presente do indicativo.
(B) o pretérito perfeito do indicativo.
(C) o pretérito imperfeito do indicativo.
(D) o pretérito mais-que-perfeito do indicativo.

VERSÃO C

1.8. A função sintática desempenhada pelo pronome pessoal átono existente na frase
«dar presentes aos jograis era o mesmo que dá-los ao Diabo.», ll. 27-28, é a de
(A) complemento direto.
(B) complemento indireto.
(C) complemento oblíquo.

1.9. A oração presente em «[…] entretinham-se a ver o jogral que tocava», ll. 10-11, é:
(A) uma oração coordenada adversativa.
(B) uma oração subordinada adjetiva relativa restritiva.
(C) uma oração subordinada adverbial causal.
(D) uma oração subordinada adverbial consecutiva.

1.10. O processo fonético presente na evolução de em IBI > ii > i > aí (Grupo I) é:
(A) a síncope do “b”, crase de vogais (“ii) e a prótese de “a”.
(B) a síncope do “b”e prótese de “a”.
(C) a crase de vogais (“ii).
(D) a prótese de “a”.

VERSÃO B

1.1. A frase que melhor sintetiza o conteúdo do primeiro parágrafo é


(A) A função dos jograis na Idade Média consistia em substituir os livros.
(B) Durante a Idade Média, os jograis foram o principal veículo das trocas
culturais.
(C) Durante a Idade Média, os jograis foram o principal veículo de
divulgação dos livros.
(D) A função dos jograis na Idade Média consistia em transmitir
informações que constavam dos livros.

1.2. O segundo parágrafo estrutura-se através de uma comparação entre


(A) as várias classes sociais e os eclesiásticos.
(B) as várias classes sociais e os jograis.

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(C) os jograis e os eclesiásticos.
(D) Deus e o Diabo.
1.3. O conector «por isso», l. 27, refere-se a um facto
(A) enunciado depois, concretamente à condenação que a igreja lançava sobre os
jograis.
(B) enunciado depois, concretamente às condenações que Santo Agostinho e São
Gregório Magno lançaram sobre os jograis.
(C) enunciado antes, concretamente à capacidade de os jograis serem capazes de
libertar as imaginações.
(D) enunciado antes, concretamente à capacidade de os jograis serem
considerados parentes do Diabo.

1.4. O quarto parágrafo apresenta dois exemplos cuja função no texto é


(A) mostrar como a arte medieval representava os jograis.
(B) ilustrar informação anteriormente apresentada sobre os jograis.
(C) ilustrar informação posteriormente apresentada sobre os jograis.
(D) exemplificar uma visão negativa dos jograis na Idade Média.

1.5. Apesar de mal vistos, os jograis eram aceites na sociedade. Os «moralistas», l. 36,
encontraram um modo de os integrar porque
(A) admitiam a existência de bons jograis.
(B) não admitiam a existência de bons jograis.
(C) não admitiam a inexistência de maus jograis.
(D) admitiam a existência de maus jograis.

1.6. A conjunção “ou” presente no segmento « O camponês, o burguês, o senhor, ou nas


feiras e romarias, ou nos festins e banquetes, ao ar livre ou em salões […]» (ll.9-10)
tem um valor de
(A) alternância. (B) adição. (C) explicação. (D) oposição.

1.7. No segundo parágrafo do texto, o tempo verbal predominante é


(A) o pretérito imperfeito do indicativo.
(B) o pretérito perfeito do indicativo.
(C) o pretérito mais-que-perfeito do indicativo.
(D) o presente do indicativo.

2. Responda de forma correta aos itens apresentados, tendo em conta o Grupo I ou o


Grupo II.

2.1. Identifique o processo fonético presente na evolução de IBI > ii > i > aí.

2.2. Indique a função sintática desempenhada pelo pronome pessoal átono existente
na frase «dar presentes aos jograis era o mesmo que dá-los ao Diabo.», ll. 27-
28, (texto do Grupo II).

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2.3. Divida e classifique a oração presente na frase «[…] entretinham-se a ver o
jogral que tocava», ll. 10-11, (texto do Grupo II).

VERSÃO A VERSÃO B
1.1. A 1.1. B
1.2. A 1.2. C
1.3. D 1.3. C
1.4. C 1.4. A
1.5. C 1.5. A
1.6. C 1.6. A
1.7. C 1.7. A

2.1. 2.1.
a) Síncope do “b”; crase de vogais a) Síncope do “b”; crase de vogais
(“ii) e prótese de “a”. (“ii) e prótese de “a”.

2.2. Complemento direto. [dá-los 2.2. Complemento direto. [dá-los ao


ao Diabo] Diabo]
2.3. «[…] entretinham-se a ver o 2.3. «[…] entretinham-se a ver o jogral
jogral que tocava»: oração que tocava»: oração
subordinada adjetiva relativa subordinada adjetiva relativa
restritiva. restritiva.

VERSÃO C
Versão adaptada a ALUNOS com NEEspeciais (a mesma que a
versão A com diferenças nas 3 últimas questões)
1.1. A
1.2. A
1.3. D
1.4. C
1.5. C
1.6. C
1.7. C
1.8. A
1.9. B
1.10. A

II Grupo – Leitura e Gramática VERSÃO C


1.1.-1.10. 10 X 5 pontos

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50 pontos
[2ª Parte do Teste: cf. Entre Palavras 10, Livro de Testes, Português 10.º Ano, Asa
Editores, pp.24-25 e 91]

GRUPO III

Se olhamos para as cantigas trovadorescas, nelas já se documenta a beleza da


mulher. «Velida, louçana, fremosa», moça de «bom parecer», a donzela já então mostra
preocupações com o seu aspeto físico. O ideal de beleza feminino é, entre muitos
outros, uma construção social que varia de época para época.
Redija um texto de opinião (de 180 a 220 palavras) sobre a influência dos
modelos de beleza atuais nos comportamentos dos jovens.
Para fundamentar o seu ponto de vista, recorra a dois argumentos, ilustrando cada
um deles com um exemplo concreto e significativo.

NOTA - A exposição deve ser estruturada, segundo um plano prévio, em três partes:
 introdução – primeiro parágrafo de apresentação breve do tema;
 desenvolvimento – apresentação, devidamente organizada dos tópicos a tratar e da respetiva
fundamentação;
 conclusão – breve parágrafo final de fecho, que confirme, genericamente, as informações expostas.
Observações:
1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em
branco, mesmo quando esta integre elementos ligados por hífen (ex.: /dir-se-ia/). Qualquer número
conta como uma única palavra, independentemente dos algarismos que o constituam (ex.: /2018/).
2. Um desvio dos limites de extensão indicados implica uma desvalorização parcial ou total do texto
produzido.
3. O não cumprimento da instrução implica uma desvalorização total.

CENÁRIO POSSIVEL DE RESPOSTA:

O mundo atual encontra-se, efetivamente, repleto de imagens que funcionam para


milhares de jovens como modelos a seguir. Essas imagens remetem invariavelmente
para a ideia de beleza, sucesso e juventude eterna, sendo veiculadas por poderosas
máquinas publicitárias ligadas ao mundo da música, do cinema, da moda e de outras
indústrias em ascensão. Na verdade, torna-se difícil aos jovens não estabelecerem
comparações entre essas imagens artificiais, criadas e manipuladas com objetivos
estéticos ou comerciais, e a realidade concreta dos seus próprios corpos e vidas. Esta
situação é particularmente evidente no caso das raparigas, que são induzidas a pensar
que, apesar de a maior parte das mulheres não corresponder às imagens longilíneas e
magríssimas das modelos que circulam nas passerelas, elas deveriam ter corpos
semelhantes aos dessas figuras que ilustram capas de revistas da dita imprensa “cor-
de-rosa”.
Daí decorrem comportamentos que assumem, por vezes, contornos autodestrutivos e
resultam em doenças como a anorexia e a bulimia, que trazem consigo sequelas
muitas vezes irreversíveis. São frequentes os casos de jovens anónimas, ou não, que
morrem vítimas de tais excessos, como aconteceu, por exemplo, com a modelo
francesa lsabelle Caro, que não resistiu a complicações decorrentes da anorexia.
Concluindo, é de toda a pertinência a adoção de códigos éticos (morais) no âmbito
destas indústrias geradoras de ícones que, de algum modo, evitem a emergência de
mitos indutores de frustração na esmagadora maioria das jovens de hoje e denunciem o

Critérios de Avaliaçã o Versõ es A e B e CPá gina 10de 11


caráter essencialmente fabricado destas imagens e das vivências a elas associadas.
(244 palavras)

QUESTÕES COTAÇÃO VERSÃO A / B


I Grupo – Educação literária
1.1. 15 pontos (9+6)
2. 20 pontos (12+8)
3. 25 pontos (15+10)
4. 20 pontos (12+8)
5. 20 pontos (12+8)
100 pontos
II Grupo – Leitura e Gramática
1.1.-1.7. 7 x 5 pontos = 35 pontos
2.1. 5 pontos
2.2. 5 pontos
2.3. 5 pontos
50 pontos
III Grupo - Escrita
50 pontos
Estruturação temática e discursiva ……. 30
Correção linguística …….……………….……. 20
TOTAL 200 pontos

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