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Poeticamente, o verbo “fingir” não remete para o seu significado atual de “mentir”, mas sim
para o seu valor clássico de criar. Nesta perspetiva, o autor despersonaliza-se e reelabora as
emoções. Neste processo, o poeta transfigura a “dor sentida”, registando no poema a “dor
fingida”. Por sua vez, o leitor têm acesso apenas à “dor lida” que provém da interpretação.
Neste sentido, “O poeta é um fingidor”.