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O poeta surge como um construtor de imagens poéticas. O uso terceira pessoa torna a
proposição universal, ou seja, válida para todos os poetas.
No poema são referidas 3 tipos de dor, a dor sentida que é a experiência emocional
imprescindível à criação literária, a dor fingida que é intelectualização da experiência, a
filtragem da emoção espontânea e a dor lida que está associada à interpretação e à
fruição/ prazer subjetivo.
Na segunda estrofe da perspetiva do sujeito poético, a poesia só faz sentido se for lida e
interpretada pelos leitores.
Isto
Isto é um pronome demonstrativo que enuncia que o “eu” vai explicitar ou demonstrar,
o modo como escreve e a explicação do que é fingir e o que pretende atingir com o
fingimento.
“Dizem” - Esta forma verbal traduz o desdém, o desprezo do sujeito poético pela
opinião dos outros em relação à sua criação poética que consideram mentira.
O seu objetivo, o que pretende atingir, o que não tem, ou seja o sonho, é comparado a
um terraço, que separa 2 realidades, o mundo da imaginação e a realidade mas
encobrindo uma outra que o seduz: a beleza artística.
“Por isso” é um conector com valor conclusivo, no meio dos pensamentos “o que não
está ao pé”, livre das emoções (afastado dos sentimentos), o sujeito poético valoriza o
que não é visível, o fingimento e a imaginação.
Por último, o sujeito poético remete o “sentir” puro para o leitor devido à sua
incapacidade de sentir sem fingir.