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situação a que chega o sujeito poético - "livre de meu enleio" (desligado do tema) .
há um acto de fingimento de pura elaboração estética e o leitor que sinta o que ele
comunica apesar de não sentir ("Sentir? Sinta quem lê!")
"Fingir" não é o mesmo que "mentir" é a tese defendida. Não há mentira no acto de
criação poética; o fingimento poético resulta da intelectualização do "sentir", da
racionalização dos sentimentos vividos pelo sujeito poético. O sujeito poético vai
mais longe já que, negando o "uso do coração", aponta para a simultaneidade dos
actos de "sentir" e "imaginar", apresentando-nos a obra poética como uma espécie de
síntese onde a sensação surge filtrada pela imaginação criadora.