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Aloysio Garcia Neto PDF
Aloysio Garcia Neto PDF
ESCOLA DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA E DE PETRÓLEO
CURSO DE ENGENHARIA DE PETRÓLEO
Niterói, 2011
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
ESCOLA DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA E DE PETRÓLEO
CURSO DE ENGENHARIA DE PETRÓLEO
Niterói
2011
AGRADECIMENTOS
À minha mãe Theresa e meu irmão Jonas pelo incentivo, amor e amizade de sermpre.
À minha avó Dulcilia pela paciência e apoio durate toda minha vida.
Aos amigos do grupo Ken, por tornarem os últimos cinco anos da minha vida mais
fáceis e divertidos.
iii
RESUMO
iv
ABSTRACT
The oil and gas exploration & production operations involve a lot of issues regarding
the worker’s safety and the environment’s health. It is essential that the risks regarding
these operations are optimized to a minimum, through the maintance and control over
the pressures and types fluids involved. This is important in order to achieve completely
successful and safe operations. The study of such methods and techniques to control
wells is significant to determine the main variables involved in these activities,
guaranteeing an increase of safety and control over drilling, completion and workover
operations. In that regard, this paper aims to present a study about the main aspects
involved in the well control operations, with an additional case study which analyses
the issues and reasons the led to some of the biggest accidents regarding the well
control in the oil industry history, for all human, financial and environmental losses
becomes a legacy to all future operations, making them safer and more efficient.
v
LISTA DE FIGURAS
.
Figura 2.1 Tanque de Manobra ...................................................................................... 7
vi
Figura 5.6 Ruptura na coluna.......................................................................................... 71
vii
LISTA DE TABELAS
viii
SUMÁRIO
2.6 – RISER........................................................................................................................... 9
ix
3.1.2.4 – CANHONEIO ................................................................................................. 19
3.1.2.6 – PESCARIA....................................................................................................... 20
4.1 –BOP.............................................................................................................................. 31
x
4.1.3 – DIMENSIONAMENTO DO BOP........................................................................ 36
4.6.3 – NA PERFURAÇÃO.............................................................................................. 48
4.6.4 – NA MANOBRA.................................................................................................... 49
xi
4.7.2.4 – CIRCULAÇÃO REVESRSA.......................................................................... 56
4.7.3.3 – BULHEADING................................................................................................ 58
5 – ESTUDO DE CASO..................................................................................................... 59
6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................... 75
xii
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
1
PORTOS E NAVIOS, Os dez campos de petróleo mais perigosos do mundo. Disponível em:
<http://www.portosenavios.com.br/site/noticiario/industria-naval/4474-os-10-campos-de-petroleo-mais-
perigosos-do-mundo>, Acessado em 23 de agosto de 2011.
2
Blowout é o escoamento descontrolado de gás, óleo ou qualquer outro fluido originalmente contido numa
formação rochosa, o reservatório, para a atmosfera, para o fundo do mar ou para uma outra formação
rochosa que não é o reservatório portador do fluido produzido. Retirado de FERNÁNDEZ, E. F. y;
JUNIOR, O. A. P.; PINHO, A. C. de. Dicionário do petróleo em língua portuguesa: exploração e
produção de petróleo e gás – Rio de Janeiro: Lexikon: PUC-Rio, 2009. 656p.
3
COSTA, D. O. da; Lopez, J. de C.: Tecnologia dos métodos de controle de poço e blowout , 76 f.
Monografia de Graduação em Engenharia de Petróleo, UFRJ, Rio de Janeiro/RJ, 2011.
1
poderia ter sido controlado a tempo de não atingir níveis catastróficos ou até mesmo ser
evitado completamente.
1.1 Motivação
1.2 Objetivo
Além disso, também será desenvolvido um estudo de caso onde serão analisados
os principais acidentes ocorridos na história da indústria de petróleo e gás, evidenciando
as principais causas da perda do controle primário e as causas da impossibilidade da
manutenção do controle secundário.
1.3 Organização
2
envolvem essa atividade, assim como os principais fatores que podem levar a um
insucesso da mesma. No Capítulo 4, serão apresentados os principais equipamentos
responsáveis pela manutenção do controle secundário de poços e alguns métodos para o
desenvolvimento do mesmo. Posteriormente será feito um estudo dos principais
acidentes da história da indústria de exploração e produção de petróleo e gás, onde
também serão identificados os principais motivos que levaram a perda do controle
primário e secundário dos poços em estudo, estão apresentados no capítulo 5. O
Capítulo 6 apresentará as considerações finais.
3
2 CONCEITOS PRELIMINARES
Segundo Ohara6, o seu valor máximo pode ser estimado através da utilização do
gradiente de pressão na profundidade máxima do poço, que é calculado através da
pressão exercida pela coluna de fluido por unidade de comprimento, como pode ser
observado na fórmula a seguir:
4
GRACE, R. D.: Advanced Blowout & Well Control. Houston, Texas: Gulf Publishing Company, 1994.
396p.
5
FERNÁNDEZ, E. F. y; JUNIOR, O. A. P.; PINHO, A. C. de. Dicionário do petróleo em língua
portuguesa: exploração e produção de petróleo e gás – Rio de Janeiro: Lexikon: PUC-Rio, 2009. 656p.
6
OHARA, S. Perfuração de Poços: Parte 3 – Controle de Poços – Universidade Federal do Rio de Janeiro,
Rio de Janeiro , 2008.
4
(1)
Assim, o valor máximo para a pressão dos poros pode ser dada através da
seguinte fórmula:
(2)
Na qual:
De acordo com Fernández et al.7, para que a operação de controle de poço seja
bem sucedida é fundamental a utilização de fluidos que dentre outras utilidades são
responsáveis pela manutenção da pressão hidrostática dentro dos poços.
7
FERNÁNDEZ, E. F. y; JUNIOR, O. A. P.; PINHO, A. C. de. Dicionário do petróleo em língua
portuguesa: exploração e produção de petróleo e gás – Rio de Janeiro: Lexikon: PUC-Rio, 2009. 656p.
8
Workover é a intervenção feita com uma sonda no poço após a sua completação para a manutenção.
Retirado de FERNÁNDEZ, E. F. y; JUNIOR, O. A. P.; PINHO, A. C. de. Dicionário do petróleo em
língua portuguesa: exploração e produção de petróleo e gás – Rio de Janeiro: Lexikon: PUC-Rio,
2009. 656p.
5
Corrosão dos equipamentos do poço: Para evitar que os fluidos danifiquem o
revestimento, a coluna e os demais equipamentos utilizados, é necessário que
seja feito um tratamento no mesmo ou que se utilize aditivos nos fluidos;
Perda da circulação: Se a pressão que o fluido exerce na parede do poço for
superior a pressão de poros, o poço poderá experimentar perda de fluidos para a
formação, podendo danificá-la;
Erosão na parede do poço: isso pode causar problemas para a cimentação,
aprisionamento da tubulação e etc. Para ser evitada deve-se atentar a velocidade
da bomba e a interação entre formação e fluido.
2.4 Manobra
2.5 Circulação
9
FERNÁNDEZ, E. F. y; JUNIOR, O. A. P.; PINHO, A. C. de. Dicionário do petróleo em língua
portuguesa: exploração e produção de petróleo e gás – Rio de Janeiro: Lexikon: PUC-Rio, 2009. 656p.
10
FERNÁNDEZ, E. F. y; JUNIOR, O. A. P.; PINHO, A. C. de. Dicionário do petróleo em língua
portuguesa: exploração e produção de petróleo e gás – Rio de Janeiro: Lexikon: PUC-Rio, 2009. 656p.
6
Figura 2.1 – Tanque de Manobra
Fonte: Aberdeen11
11
ABERDEEN Drilling Schools & Well Control Training Centre: Well Control for Rig-Site Team –
Aberdeen: 2002. 390p. Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/4209107/ABERDEEN-Drilling-
Schools-Well-Control>.
12
TUDO SOBRE, Como tudo funciona. Disponível em: <http://ciencia.hsw.uol.com.br/perfuracao-de-
petroleo2.htm>. Acessado em 08 de setembro de 2011.
13
BUYUNG, Radity. How oil drilling works. Disponível em:<http://radityabuyung.blogspot.com
/2010/03/how-oil-drilling-works.html>, Acessado em 03 de setembro de 2011.
7
circulação da lama entre a coluna e o poço, o poço e a superfície e pelo seu tratamento
na superfície, e é composto pelos seguintes equipamentos:
14
FERNÁNDEZ, E. F. y; JUNIOR, O. A. P.; PINHO, A. C. de. Dicionário do petróleo em língua
portuguesa: exploração e produção de petróleo e gás – Rio de Janeiro: Lexikon: PUC-Rio, 2009. 656p.
15
TUDO SOBRE, Como tudo funciona. Disponível em:<http://ciencia.hsw.uol.com.br/perfuracao-de-
petroleo2.htm>. Acessado em 08 de setembro de 2011.
8
2.6 Riser
Segundo Fernández et al.16, riser é um duto flexível que permite que o poço e a
plataforma flutuante permaneçam constantemente conectados.
Espaçar a coluna de perfuração para fora do poço é necessário para que no caso
de o poço não parar de escoar com o flow check seja possível fechar o poço
imediatamente.
Manter o monitoramento constante do nível de lama no tanque de manobra, para
que assim rapidamente se identifique um ganho ou perda do fluido de controle.
16
FERNÁNDEZ, E. F. y; JUNIOR, O. A. P.; PINHO, A. C. de. Dicionário do petróleo em língua
portuguesa: exploração e produção de petróleo e gás – Rio de Janeiro: Lexikon: PUC-Rio, 2009. 656p.
17
GRACE, R. D. Advanced Blowout & Well Control. Houston, Texas: Gulf Publishing Company, 1994.
396p
18
FERNÁNDEZ, E. F. y; JUNIOR, O. A. P.; PINHO, A. C. de. Dicionário do petróleo em língua
portuguesa: exploração e produção de petróleo e gás – Rio de Janeiro: Lexikon: PUC-Rio, 2009. 656p.
9
3. CONTROLE PRIMÁRIO DE POÇO
Segundo Blog Oil20 “Kick” é um influxo indesejável e não esperado de água, gás
ou óleo, das rochas para dentro do poço. Esse fenômeno é resultado da diminuição da
pressão dentro do poço em relação a pressão dos poros da formação. Basicamente, são
cinco os principais fatores que causam a perda do controle do poço primário.
10
Lida-se com altas temperaturas.
Alguns cálculos podem ser feitos para que se garanta a não ocorrência desses
tipos de kicks. Essas contas são relacionadas aos valores da densidade do fluido de
perfuração, às características do tubo de perfuração e do revestimento e também ao tipo
de manobra a ser adotado.
21
ABERDEEN Drilling Schools & Well Control Training Centre: Well Control for Rig-Site Team –
Aberdeen: 2002. 390p. Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/4209107/ABERDEEN-Drilling-
Schools-Well-Control>
22
SCHLUMBERGER – Well Control Manual. 288 p. Disponível em: <http://www.4shared.com
/document/UrKae8ya/Schlumberger_-_Well_Control_Ma.html>.
23
ABERDEEN Drilling Schools & Well Control Training Centre: Well Control for Rig-Site Team –
Aberdeen: 2002. 390p. Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/4209107/ABERDEEN-Drilling-
Schools-Well-Control>
11
O tubo de perfuração pode ser puxado seco ou molhado:
Manobra com tubo seco: A retirada do tubo seco visa facilitar a operação,
pois ao se bombear uma golfada de um fluido mais leve do que o lama de
perfuração para dentro da coluna diminui-se o esforço a ser feito para a
manobra da mesma. Com isso, para se calcular a variação da pressão
hidrostática durante essa operação, utiliza-se a seguinte fórmula24:
o º Passo:
(3)
o 2º Passo:
(4)
Na qual:
Manobra com tubo molhado: Caso o tubo seja retirado molhado, significa
que dentro da coluna há lama de perfuração, logo, utiliza-se a seguinte
fórmula26 para o cálculo da redução na pressão:
24
DRILLING FORMULAS. Disponível em: <http://www.drillingformulas.com/>. Acessado em 23 de
agosto de 2011.
25
Stand é uma seção de tubos, normalmente três tubos de perfuração. Retirado de FERNÁNDEZ, E. F. y;
JUNIOR, O. A. P.; PINHO, A. C. de. Dicionário do petróleo em língua portuguesa: exploração e
produção de petróleo e gás – Rio de Janeiro: Lexikon: PUC-Rio, 2009. 656p.
26
DRILLING FORMULAS. Disponível em: <http://www.drillingformulas.com/>. Acessado em 23 de
agosto de 2011.
12
o 1º Passo:
(5)
o 2º Passo:
(6)
Na qual:
13
Figura 3.1 – Ilustração da Manobra e Cálculos para Identificação de kicks.
Fonte: Lima27
27
LIMA, H.. Segurança de poço. 2009. Disponível em: <http://www.slideshare.net
/Victorslideshare/segurana-de-poo-heitor-lima> - Acessado em 18 de agosto de 2011.
14
Figura 3.2 Ilustração de Pistoneio
Fonte: Aberdeen28
28
ABERDEEN Drilling Schools & Well Control Training Centre: Well Control for Rig-Site Team –
Aberdeen: 2002. 390p. Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/4209107/ABERDEEN-Drilling-
Schools-Well-Control>
29
ABERDEEN Drilling Schools & Well Control Training Centre: Well Control for Rig-Site Team –
Aberdeen: 2002. 390p. Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/4209107/ABERDEEN-Drilling-
Schools-Well-Control>
15
pequenos diâmetros aumentam a possibilidade da ocorrência de pistoneio
e surging;
Um claro sinal da ocorrência de surging é quando ao se se colocar a
coluna para dentro do poço percebe-se um fluxo de lama na sua conexão
de topo;
Quanto menor a distância entre o tubo de perfuração e a parede do poço
(folga) mais difícil é para o fluido de perfuração começar a escoar e
assim é maior a chance da ocorrência desses eventos. Isso pode ocorrer
pelas seguintes causas:
o Balling – Quando há um acúmulo de materiais em volta da
coluna, diminuindo a folga.
o Formações Selantes – Quando se está perfurando formações
selantes como sais, pois devido a sua grande elasticidade elas
dilatam e praticamente fecham a folga dificultando muito a
circulação da lama.
o Desvios – Quando se está fazendo um desvio no poço é comum
que a raspagem na parede do poço libere alguns cascalhos que
podem se acumular próximo a coluna e diminuir a folga.
o Estabilizadores – Quanto mais estabilizadores, maior a chance da
ocorrência de balling, pois eles causam grande acúmulo de
materiais.
A ocorrência desses eventos está totalmente relacionada a
facilidade/dificuldade que o fluido tem de escoar, por isso é fundamental
que se conheça algumas propriedades dos fluidos, como:
o Viscosidade: É a medida da resistência de um fluido a uma taxa
de deformação causada por um torque ou uma tensão, ou
simplesmente a dificuldade/facilidade que um fluido tem de
escoar. Essa é a propriedade de fluidos mais importante a ser
estudada, quando se busca evitar a ocorrência de pistoneio ou de
surging.
30
Bottom-Hole Assembly retirado de FERNÁNDEZ, E. F. y; JUNIOR, O. A. P.; PINHO, A. C. de.
Dicionário do petróleo em língua portuguesa: exploração e produção de petróleo e gás – Rio de
Janeiro: Lexikon: PUC-Rio, 2009. 656p.
16
o Força Gel: É a capacidade que o fluido de perfuração tem de
manter os sólidos em suspensão quando não há circulação.
Quanto maior a força gel, maior a possibilidade da ocorrência de
pistoneio.
o Filtrado: É a propriedade do fluido de perfuração que expressa
sua capacidade de ser absorvido pela formação, formando assim
uma camada de lama chamada de reboco ou torta de filtração.
Isso diminui o espaço anular do poço, aumentando a
possibilidade de pistoneio ou surging.
De acordo com Belém31, a menor altura de lama que o poço pode suportar sem a
ocorrência de kick pode ser calculada de acordo com a seguinte expressão retirado de :
(7)
Na qual:
H = ft
Overbalanced = É o valor acima da pressão dos poros, psi.
Gradiente da lama = psi/ft
31
BELÉM, F. A. T.. Operador de sonda de perfuração, controle de poço I. Petrobras-Promimp, 1998.
44p.Disponível em :<http://pt.scribd.com/doc/52421774/50/VI-%E2%80%93-COMPORTAMENTO-
DO-FLUIDO-INVASOR>.
17
3.1.2 Causas de Kick Durante a Completação e Workover
3.1.2.2 Pistoneio
18
a única parte da parede do poço que está exposta é a payzone32, com os fluidos prontos
para serem produzidos, assim facilitando a ocorrência do influxo.
Grande parte dos fluidos de completação são feitos a base de salmouras, ou seja,
saturados em sal, o que favorece a diluição do mesmo quando em contato com a água
do reservatório devido a diferença de concentração. Por isso, é fundamental que
constantemente se cheque as características dos fluidos de completação/workover para
diminuir a chance da ocorrência de um kick.
3.1.2.4 Canhoneio
Além de ser essencial para reduzir os gastos, segundo Hardy34, controlar a perda
de fluidos também é importante para o controle de poços durante as manobras, visto que
a manutenção da pressão hidrostática no fundo do poço é fundamental para a não
ocorrência de kicks, e quando o nível de fluido no poço diminui a certo nível a essa
pressão também sofre a mesma alteração. Para tal, faz-se necessário acompanhar
cuidadosamente a operação analisando o nível do tanque de manobra.
32
Payzone é parte do reservatório que deseja-se produzir. Retirado de FERNÁNDEZ, E. F. y; JUNIOR,
O. A. P.; PINHO, A. C. de. Dicionário do petróleo em língua portuguesa: exploração e produção de
petróleo e gás – Rio de Janeiro: Lexikon: PUC-Rio, 2009. 656p.
33
ISMAIL, I.; KADIR, A. A, A.: The importance of implementing proper mixing procedures in the
preparation of hec and corn starct mixures fort controlling fluid loss. Universiti Teknologi Malaysia,
1998. 8p. Disponível em <http://eprints.utm.my/4155/1/SKMBT_60007080711130.pdf>.
34
HARDY, M.: The Unexpected Advantages of a Temporary Fluid-Loss Control Pill. Texas: Society of
Petroleum Engineers, 1997. 4p.
19
3.1.2.6 Pescaria
Pescaria é um conjunto de operações que tem como intuito liberar uma coluna
presa ou quebrada, recuperar ferramentas ou objetos perdidos no poço.
35
FERNÁNDEZ, E. F. y; JUNIOR, O. A. P.; PINHO, A. C. de. Dicionário do petróleo em língua
portuguesa: exploração e produção de petróleo e gás – Rio de Janeiro: Lexikon: PUC-Rio, 2009. 656p.
36
SHUBERT, J. J. Well Control. Texas: B.S. Texas A&M University. 1995. 1987 p. Disponível em:
<http://www.pe.tamu.edu/schubert/public_html/PETE%20625/MEng%20Report.pdf>.
20
No entanto uma simples mudança do tipo de formação não é um indicador da ocorrência
de um kick.
De acordo com Grace38, quando ocorre influxo no poço, o fluido que está
preenchendo o anular costuma ficar mais leve do que o fluido que se encontra dentro da
coluna de perfuração. Como esse sistema funciona como um tubo em “U”, essa redução
da pressão será evidenciada na bomba, já que a pressão requerida para deslocar a lama
será menor do que a necessária antes da invasão de fluidos da formação, causando um
aumento na velocidade da mesma. Não necessariamente isso é um sinal de kick, é
possível que isso seja um indício de problemas na bomba, da presença de fluidos de
lavagem na coluna, dentre outros fatores. Com isso, faz-se necessário a execução de um
flow check para assegurar a não ocorrência de influxo.
37
SCHLUMBERGER – Well Control Manual. 288 p. Disponível em: <http://www.4shared.com
/document/UrKae8ya/Schlumberger_-_Well_Control_Ma.html>.
38
GRACE, R. D. Advanced Blowout & Well Control. Houston, Texas: Gulf Publishing Company, 1994.
396p.
21
3.2.3 Aumento de Torque e Arraste:
(8)
Na qual:
22
W = peso na broca (Lb)
D = comprimento da broca (in)
d = Fator “d”
Com o passar dos anos, a fórmula acima foi sofrendo diversas adaptações que a
tornaram mais eficiente. De acordo com o site Calculaoredge42, uma dessas novas
equações podem ser observadas abaixo.
41
ABERDEEN Drilling Schools & Well Control Training Centre: Well Control for Rig-Site Team –
Aberdeen: 2002. 390p. Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/4209107/ABERDEEN-Drilling-
Schools-Well-Control>.
42
CALCULAOREDGE. Disponível em: <http://www.calculatoredge.com/calc/d-exponent.htm>.
Acessado em 19 de agosto de 2011.
23
(9)
Na qual:
43
ABERDEEN Drilling Schools & Well Control Training Centre: Well Control for Rig-Site Team –
Aberdeen: 2002. 390p.Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/4209107/ABERDEEN-Drilling-
Schools-Well-Control>.
44
SCHLUMBERGER – Well Control Manual. 288 p. Disponível em: <http://www.4shared.com
/document/UrKae8ya/Schlumberger_-_Well_Control_Ma.html>.
24
com pressões anormais. A densidade dos cascalhos é determinada na superfície e
plotada contra a profundidade, um desvio fora do normal nesse gráfico, teoricamente,
indica mudanças na pressão de poro das formações.
45
SCHLUMBERGER – Well Control Manual. 288 p. Disponível em: <http://www.4shared.com
/document/UrKae8ya/Schlumberger_-_Well_Control_Ma.html>.
25
3.3.1 Avaliação de um Shallow Gas
46
SCHLUMBERGER – Well Control Manual. 288 p. Disponível em: <http://www.4shared.com
/document/UrKae8ya/Schlumberger_-_Well_Control_Ma.html>.
47
EARTHSTORIES. Mixed stories about science, journey and experiences in my life….Disponível em
<http://inibumi.blogspot.com/2010/01/shallow-gas.html>. Acessado em 25 de agosto de 2011.
26
3.3.2 Considerações para o Designer do Poço
Segundo Belém50, esse tipo de comportamento pode ser verificado pela equação
dos gases reais mostrada abaixo:
(10)
Na qual:
P = pressão absoluta;
V = volume;
T = temperatura;
Z = Fator de compressibilidade;
1 = Local onde ocorreu o kick;
2 = Cabeça do poço;
(11)
Assim, facilmente podemos inferir que o volume do gás aumenta a medida que
ele sobe no poço, pois a pressão atuante sobre ele reduz.
50
BELÉM, F. A. T.. Operador de sonda de perfuração, controle de poço I. Petrobras-Promimp, 1998.
44p.Disponível em :<http://pt.scribd.com/doc/52421774/50/VI-%E2%80%93-COMPORTAMENTO-
DO-FLUIDO-INVASOR>.
28
verifica-se que devido à grande diferença de massa específica do gás e fluido de
perfuração há migração do gás pelo efeito de segregação gravitacional.
Como o poço está fechado, não há alívio da pressão e consequente não ocorre a
expansão do gás, ou seja, ele sobe com a mesma pressão que entrou no poço, a pressão
de poro da formação.Com isso, ele transmite essa pressão para as formações enquanto
migra para a superfície, podendo causar assim um aumento da pressão em todos os
pontos do poço e consequentemente uma fratura na formação.
Logo, segundo Costa et al.52 o ideal para se controlar o kick, sem causar danos à
formação, é não permitir que o poço fique completamente aberto e nem indefinidamente
fechado. Deve-se controlar a sua abertura/fechamento pelo choke, permitindo o controle
da expansão do gás até que ele atinja a superfície. A correta execução dos
procedimentos, que serão posteriormente abordados, auxiliarão a retomada do controle
do poço antes que ocorra um blowout ou até mesmo a fratura da formação, durante a
subida do gás até à superfície.
51
BELÉM, F. A. T. Operador de sonda de perfuração, controle de poço I. Petrobras-Promimp, 1998.
44p.Disponível em :<http://pt.scribd.com/doc/52421774/50/VI-%E2%80%93-COMPORTAMENTO-
DO-FLUIDO-INVASOR>.
52
COSTA, D. O. da; LOPEZ, J. de C.. Tecnologia dos métodos de controle de poço e blowout , 76 f.
Monografia de Graduação em Engenharia de Petróleo, UFRJ, Rio de Janeiro/RJ, 2011.
53
ALMEIDA, M. de A.. Controle de Poços. Disponível em: <http://xa.yimg.com/kq/groups
/22113478/190079740/name/Controle+de+po%C3%A7o1.ppt>. Acessado em 22 de setembro de 2011.
29
Almeida54 também defende que os métodos e cálculos de tolerância de kick
podem permitir que as operações de perfuração e controle de poço sejam mais seguras e
econômicas, já que com essa técnica, se corretamente aplicada, reduz a probabilidade da
ocorrência de um acidente.
54
ALMEIDA, M. de A.. Controle de Poços. Disponível em: <http://xa.yimg.com/kq/groups
/22113478/190079740/name/Controle+de+po%C3%A7o1.ppt>. Acessado em 22 de setembro de 2011.
30
4 CONTROLE SECUNDÁRIO DE POÇO
Juntamente a isso, uma rápida tomada de decisão a respeito de qual método será
utilizado para retomar o controle do poço, faz com que menos fluido invada o poço,
facilitando as operações posteriores. A severidade e o tamanho do kick dependem
basicamente do grau de underbalanced, da permeabilidade da formação e do tempo
total que a formação permaneceu sobre essa condição.
4.1 BOP
Uma das principais funções do BOP é permitir o controle das pressões no fundo
do poço, mas ele também é fundamental para a segurança das operações, pois é a última
chance de se conseguir conter um kick e assim evitar um possível blowout. Outra
importante função desse equipamento é evitar que a coluna de produção, ferramentas ou
até mesmo o revestimento sejam lançados para fora do poço no caso da ocorrência de
um blowout. Assim, esse instrumento é fundamental para a segurança e integridade do
poço, dos trabalhadores e do meio ambiente.
Normalmente, é utilizado como BOP stack, ou seja, uma “pilha” de válvulas que
visam aumentar o controle e diminuir a chance de falha em uma situação de
emergência. Esses equipamentos são produzidos em diversos estilos, tamanhos e classes
de pressão. No entanto, Broder55reportou que os BOP em uso até 2011 não são capazes
55
JOHN, M. B.; C. K.. Regulation of Offshore Rigs Is a Work in Progress. New York Times. Retrieved 17
April 2011.
31
de prevenir que fortes erupções, como a do blowout ocorrido em Deepwater Horizon
(acidente que será amplamente abordado no capítulo 5 deste trabalho), ocorram. Ele
também indicou a necessidade de melhorias emergenciais.
32
De acordo com Osha56 o blowout preventer stack é composto por dois tipos de
BOP, o de gavetas e o anular, a linha de choke a e a linha de kill, como ilustrado na
figura 4.1.
Criado em 1922, esse tipo de preventor funciona como uma válvula de gaveta. É
composto por duas gavetas de aço que são responsáveis por restringir ou permitir o
fluxo no poço. Um exemplo desse equipamento pode ser observado na figura 4.2.
Os de gavetas cegas que são feitas para fechar o poço sem a presença de colunas
ou ferramentas (Desenho (a) da figura 4.3);
Os de gavetas vazadas (Desenho (b) da figura 4.3 e a figura 4.4), que visam
fechar somente o anular.
Os de gaveta cisalhante (Desenho (c) da figura 4.3 e figura 4.5) que fecham todo
o poço, inclusive cortando a coluna.
56
OSHA. Oil and gas well drilling and servicing tool. Disponível em: <http://www.osha.gov/
SLTC/etools/oilandgas/drilling/wellcontrol_bop.html>. Acessado em 28 de agosto de 2011.
57
LIMA, H.. Segurança de poço:2009. Disponível em: <http://www.slideshare.net/Victor
slideshare/segurana-de-poo-heitor-lima> - Acessado em 18 de agosto de 2011.
33
Figura 4.3: BOP de Gavetas
Fonte: <http://pediaview.com/openpedia/Blowout_preventer>
34
4.1.2.2 BOP Anular
58
É o elemento que transmite a rotação originada na mesa rotativa para a coluna de perfuração, cuja seção
pode ser quadrada ou hexagonal. Retirado de FERNÁNDEZ, E. F. y; JUNIOR, O. A. P.; PINHO, A. C.
de. Dicionário do petróleo em língua portuguesa: exploração e produção de petróleo e gás – Rio de
Janeiro: Lexikon: PUC-Rio, 2009. 656p.
59
LIMA, H.. Segurança de poço: 2009. Disponível em: <http://www.slideshare.net/Victor
slideshare/segurana-de-poo-heitor-lima> - Acessado às 10 horas e 27 minutos em 18 de agosto de 2011.
60
FERNÁNDEZ, E. F. y; JUNIOR, O. A. P.; PINHO, A. C. de. Dicionário do petróleo em língua
portuguesa: exploração e produção de petróleo e gás – Rio de Janeiro: Lexikon: PUC-Rio, 2009. 656p.
35
que se no caso de operação no mar se encontra na superfície. Em operações de controle
de poço, a partir do fechamento do BOP, a circulação de um kick é feita pela linha de
choke.
De acordo com Fernández et al.62, linha de kill é uma linha de alta pressão
responsável por ligar o BOP aos equipamentos que fazem o bombeamento. É onde se
injeta fluidos de perfuração com o devido peso no poço durante o controle de um kick,
com o intuito de amortecer o poço ou até mesmo “matá-lo”.
(12)
Na qual:
61
Conjunto de válvulas automáticas, sensores, chokes e linhas em uma sonda de perfuração. É utilizado
para circular um influxo para fora do poço, ou circular fluidos de perfuração, pesado, para dentro do
poço, e assim controla-lo. Retirado de FERNÁNDEZ, E. F. y; JUNIOR, O. A. P.; PINHO, A. C. de.
Dicionário do petróleo em língua portuguesa: exploração e produção de petróleo e gás – Rio de
Janeiro: Lexikon: PUC-Rio, 2009. 656p.
62
FERNÁNDEZ, E. F. y; JUNIOR, O. A. P.; PINHO, A. C. de. Dicionário do petróleo em língua
portuguesa: exploração e produção de petróleo e gás – Rio de Janeiro: Lexikon: PUC-Rio, 2009. 656p.
63
OHARA, S. Perfuração de Poços: Parte 3 – Controle de Poços – Universidade Federal do Rio de
Janeiro, Rio de Janeiro , 2008.
36
Ph,gas= é a pressão hidrostática do gás em psi.
(13)
Na qual:
4.2.1 Diverter
64
OHARA, S. Perfuração de Poços: Parte 3 – Controle de Poços – Universidade Federal do Rio de
Janeiro, Rio de Janeiro , 2008.
65
WATSON, D.; BRITTENHAM, T; MOORE, P. L. Advanced Well Control. Richardson Texas. SPE
Textbook Series, 2003. 386p.
37
tempo suficiente para que se feche o poço e que se circule o kick. Assim, para evitar
acidentes na sonda, deve-se direcionar esse escoamento para uma região onde a
segurança da sonda não seja afetada, como pode ser observado na figura 4.7.
66
Recomendações de práticas para operações de controle de poço. Retirado de FERNÁNDEZ, E. F. y;
JUNIOR, O. A. P.; PINHO, A. C. de. Dicionário do petróleo em língua portuguesa: exploração e
produção de petróleo e gás – Rio de Janeiro: Lexikon: PUC-Rio, 2009. 656p.
38
Figura 4.8: Fechamento do Poço
Fonte: Almeida67.
67
ALMEIDA, Mauricio de Aguiar. Controle de Poços. Disponível em: <http://xa.yimg.com/kq/groups/
22113478/190079740/name/Controle+de+po%C3%A7o1.ppt>. Acessado em 22 de setembro de 2011.
68
WATSON, D.; BRITTENHAM, T.; MOORE, P. L. Advanced Well Control. Richardson Texas. SPE
Textbook Series, 2003. 386p.
69
BELÉM, Francisco Aldemir Teles. Operador de sonda de perfuração, controle de poço I. Petrobras-
Promimp, 1998. 44p. Disponível em :<http://pt.scribd.com/doc/52421774/50/VI-%E2%80%93-
COMPORTAMENTO-DO-FLUIDO-INVASOR>.
39
No entanto, a utilização desse método também pode ser muito perigosa para o
controle do poço, pois o fato de ser mantido aberto, permite que mais fluido da
formação entre no poço.
70
WATSON, D.; BRITTENHAM, T.; MOORE, P. L. Advanced Well Control. Richardson Texas. SPE
Textbook Series, 2003. 386p.
71
BELÉM, F. A. T.. Operador de sonda de perfuração, controle de poço I. Petrobras-Promimp, 1998.
44p.Disponível em :<http://pt.scribd.com/doc/52421774/50/VI-%E2%80%93-COMPORTAMENTO-
DO-FLUIDO-INVASOR>.
72
BELÉM, F. A. T.. Operador de sonda de perfuração, controle de poço I. Petrobras-Promimp, 1998.
44p.Disponível em :<http://pt.scribd.com/doc/52421774/50/VI-%E2%80%93-COMPORTAMENTO-
DO-FLUIDO-INVASOR>.
40
4.3.3 Procedimentos para o Fechamento de Poço
73
BELÉM, F. A. T.. Operador de sonda de perfuração, controle de poço I. Petrobras-Promimp, 1998.
44p.Disponível em :<http://pt.scribd.com/doc/52421774/50/VI-%E2%80%93-COMPORTAMENTO-
DO-FLUIDO-INVASOR>.
74
ALMEIDA, M. de A.. Controle de Poços. Disponível em: <http://xa.yimg.com/kq/groups
/22113478/190079740/name/Controle+de+po%C3%A7o1.ppt>. Acessado em 22 de setembro de 2011.
75
É a conexão entre os tubos de perfuração. Retirado de FERNÁNDEZ, E. F. y; JUNIOR, O. A. .;
PINHO, A. C. de. Dicionário do petróleo em língua portuguesa: exploração e produção de petróleo e
gás – Rio de Janeiro: Lexikon: PUC-Rio, 2009. 656p.
41
Fechar o BOP anular;
Observar a pressão máxima permissível no manômetro do choke ;
Ler SICP;
Aplicar um método de controle de kick . No caso da escolha da operação
de stripping76,deve-se fechar a válvula de segurança da coluna, retirar o
kelly, instalar o inside-BOP, abrir a válvula de segurança e proceder ao
stripping.
76
É quando se coloca a coluna dentro do poço quando o BOP está fechado e as pressões estão confinadas
dentro do poço. Isso é necessário quando ocorre um kick com a coluna fora do poço e é necessário
circular o poço para retomar o controle do poço. Retirado de <http://www.glossary.o
ilfield.slb.com/Display.cfm?Term=stripping> acessado em 18 de setembro de 2011.
42
4.3.3.5 Fechamento do Poço Durante a Descida do Revestimento
77
BELÉM, F. A. T.. Operador de sonda de perfuração, controle de poço I. Petrobras-Promimp, 1998.
44p.Disponível em :<http://pt.scribd.com/doc/52421774/50/VI-%E2%80%93-COMPORTAMENTO-
DO-FLUIDO-INVASOR>.
78
WATSON, D.; BRITTENHAM, T.; MOORE, P. L. Advanced Well Control. Textbook Series, 2003.
386p.
43
ocorre pela parada do fluxo da formação para o poço, devido ao equilíbrio entre a
pressão de fundo e a pressão da formação geradora do kick. A duração deste período se
dá em função de algumas variáveis como tipo de fluido, permeabilidade e porosidade da
formação e grau de desbalanceamento hidrostático no instante do kick. Dessa forma,
não existe um valor arbitrário para a duração deste período. Por isso é recomendado que
se faça um gráfico semelhante ao da figura 4.9, para que assim, seja possível visualizar
a duração deste período.
79
BELÉM, F. A. T.. Operador de sonda de perfuração, controle de poço I. Petrobras-Promimp, 1998.
44p.Disponível em :<http://pt.scribd.com/doc/52421774/50/VI-%E2%80%93-COMPORTAMENTO-
DO-FLUIDO-INVASOR>.
80
BELÉM, F. A.T.. Operador de sonda de perfuração, controle de poço I. Petrobras-Promimp, 1998.
44p.Disponível em :<http://pt.scribd.com/doc/52421774/50/VI-%E2%80%93-COMPORTAMENTO-
DO-FLUIDO-INVASOR>.
44
importante considerar que existem situações nas quais se pode observar o contrário. As
possíveis causas para este comportamento são:
(14)
Onde :
= comprimento do kick,ft;
81
WATSON, D.; BRITTENHAM, T.; MOORE, P. L. Advanced Well Control. Richardson Texas. SPE
Textbook Series, 2003. 386p.
82
ALMEIDA, M. de A.. Controle de Poços. Disponível em: <http://xa.yimg.com/kq/groups/2
2113478/190079740/name/Controle+de+po%C3%A7o1.ppt>. Acessado em 22 de setembro de 2011.
83
DRILLING FORMULAS. Disponível em: <http://www.drillingformulas.com/>. Acessado em 23 de
Setembro de 2011.
45
Figura 4.10: Comprimento do influxo
Fonte: http://www.drillingformulas.com/calculate-influx-height/
(15)
Na qual:
84
DRILLING FORMULAS. Disponível em: <http://www.drillingformulas.com/>. Acessado em 23 de
Setembro de 2011.
46
= pressão de fechamento no tubo bengala, psi;
85
WATSON, D.; BRITTENHAM, T.; MOORE, P. L. Advanced Well Control. Richardson Texas. SPE
Textbook Series, 2003. 386p.
47
4.6.2 Procedimentos Gerais:
Além disso, é vital que se exija aos integrantes das equipes de perfuração das
sondas que operam em águas profundas a certificação válida em controle de poço e
também é amplamente recomendado que se prepare e divulgue um plano de ações para
o caso da ocorrência de um kick. Também é preciso certificar que os elementos
envolvidos nas operações de controle de poço estão cientes de suas funções e
responsabilidades e que os equipamentos de segurança do poço estão operando
satisfatoriamente.
4.6.3 Na Perfuração
É considerado crucial que diariamente se faça circulação pelo choke e pelo kill,
para que assim o risco de entupimento dessas linhas reduzam significativamente.
Executar um flow check preventivo antes das conexões durante a perfuração de uma
zona potencialmente produtora.
86
BELÉM, F. A.T.. Operador de sonda de perfuração, controle de poço I. Petrobras-Promimp, 1998.
44p.Disponível em :<http://pt.scribd.com/doc/52421774/50/VI-%E2%80%93-COMPORTAMENTO-
DO-FLUIDO-INVASOR>.
48
4.6.4 Na Manobra
Como já citado anteriormente, a maior parte dos kicks ocorrem quando se está
puxando a coluna de perfuração para fora do poço, o que pode facilmente ser evitado
caso sejam seguidos de maneira correta os procedimentos e é claro, se a equipe estiver
bem treinada. De acordo com Belém87 e Watson88, as seguintes preparações para a
manobra devem ser tomadas para o sucesso da operação:
87
BELÉM, F. A.T.. Operador de sonda de perfuração, controle de poço I. Petrobras-Promimp, 1998.
44p.Disponível em :<http://pt.scribd.com/doc/52421774/50/VI-%E2%80%93-COMPORTAMENTO-
DO-FLUIDO-INVASOR>.
88
WATSON, D.; BRITTENHAM, T.; MOORE, P. L. Advanced Well Control. Richardson Texas. SPE
Textbook Series, 2003. 386p.
89
É o equipamento utilizado para girar a coluna de perfuração no lugar da mesa rotativa. É acoplado ao
mastro , que sustenta todo o torque gerado na rotação da coluna. Muito utilizado em perfurações
horizontais e direcionais , pois permite que a coluna esteja em movimento durante a manobra, assim
diminuindo o atrito entre a parede do poço e a coluna. Retirado de FERNÁNDEZ, E. F. y; JUNIOR, O.
A. P.; PINHO, A. C. de. Dicionário do petróleo em língua portuguesa: exploração e produção de
petróleo e gás – Rio de Janeiro: Lexikon: PUC-Rio, 2009. 656p.
49
Checagem de Fluxo: É fundamental para a garantia de uma operação de
manobra e, principalmente, é a maneira adequada de assegurar que o poço não
esteja com kick. Esta manobra consiste em deixar o poço momentaneamente sem
circulação e observar o seu comportamento. Caso seja mantida certa quantidade
de fluxo, o poço está sofrendo invasão de fluidos da formação.
90
WATSON, D.; BRITTENHAM, T.; MOORE, P. L. Advanced Well Control. Richardson Texas. SPE
Textbook Series, 2003. 386p.
91
É um fluido de perfuração ou de completação com densidade que proporcione uma pressão hidrostática
superior à da formação na profundidade que ocorre o influxo, cessando dessa forma o fluxo para o poço.
Retirado de FERNÁNDEZ, E. F. y; JUNIOR, O. A. P.; PINHO, A. C. de. Dicionário do petróleo em
língua portuguesa: exploração e produção de petróleo e gás – Rio de Janeiro: Lexikon: PUC-Rio,
2009. 656p.
50
Apesar de diferentes, ambos possuem o mesmo objetivo final, ou seja,
possibilitar a continuidade das operações de extração de petróleo sem que haja riscos ao
meio ambiente, a saúde dos trabalhadores e ao lucro da operação.
Seja qual for o método de controle adotado, ele utiliza o princípio básico de
manutenção da pressão de fundo do poço constante. Para evitar a ocorrência de novos
kicks essa pressão deve ser igual ao valor da pressão da formação que o originou,
acrescido de uma margem de segurança.
92
WATSON, D.; BRITTENHAM, T.; MOORE, P. L. Advanced Well Control. Richardson Texas. SPE
Textbook Series, 2003. 386p.
93
WATSON, D.; BRITTENHAM, T.; MOORE, P. L. Advanced Well Control. Richardson Texas. SPE
Textbook Series, 2003. 386p.
51
Inicialmente, para a remoção do influxo é preciso que se prepare um fluido de
amortecimento de maneira que estabilize as pressões da formação e do fundo do poço.
Adicionalmente, o estado de pressão no poço deve ser mantido num nível
suficientemente alto para evitar a ocorrência de mais influxo, contudo, mas não tão
grande a ponto de causar danos à formação, aos equipamentos de segurança de cabeça
de poço e ao revestimento.
Esse método é muito utilizado na indústria do petróleo por ser simples, seguro e
eficiente, além de também poder ser utilizado em operações terrestres e marítimas. É
um método baseado basicamente em dois princípios, o da circulação do kick para fora
do poço e a substituição da lama contaminada com fluidos da formação pelo novo
fluido de perfuração.
94
ALMEIDA, M. de A.. Controle de Poços. Disponível em: <http://xa.yimg.com/kq/groups/
22113478/190079740/name/Controle+de+po%C3%A7o1.ppt>. Acessado em 22 de setembro de 2011.
52
De acordo com Watson95 o procedimento para matar o poço por esse método é:
i. Cuidar das pressões no poço até que a aplicação do método possa ser iniciada.
Deve-se manter a pressão no fundo do poço constante e permitir que o gás
migrante se expanda.
ii. Abrir lentamente o choke e aumentar a vazão de bombeio. Essa operação deve
ser sincronizada de modo a SICP seja mantida constante até que se atinja a
velocidade de circulação.
iii. Comparar a pressão da coluna de perfuração com a pressão inicial de circulação
(ICP). A ICP deve ser mantida constante através do choke até que se circule o
kick e a nova lama esteja preparada para ser circulada para dentro do poço.
iv. O fechamento do choke deve ser feito de forma sincronizada à diminuição da
velocidade do bombeamento, para que assim a pressão no revestimento seja
mantida constante. Quando a bomba estiver praticamente parada, fechar o choke
e desligar a bomba.
v. Verificar se os medidores de pressão estão condizentes com os valores iniciais
do SIDPP. Caso não estejam, deve-se verificar a existência de erros nas
medições das pressões;
vi. Recalcular o peso da lama de circulação de kick e aumentar a densidade da lama
nos tanques.
vii. Reabrir o choke simultaneamente ao aumento da velocidade de bombeio, para
manter a pressão no revestimento constante.
viii. Manter a pressão no revestimento constante até que a nova lama comece a entrar
no anular.
ix. Manter constante a pressão na coluna de perfuração até que se refaça a medição
da densidade da nova lama ao sair pelo choke.
x. Desligar a bomba e fechar o poço.
xi. Abrir o choke e fazer um check flow.
xii. Voltar às operações normais.
95
WATSON, D.; BRITTENHAM, T.; MOORE, P. L. Advanced Well Control. Richardson Texas. SPE
Textbook Series, 2003. 386p.
53
4.7.2.2 Método do Engenheiro
De acordo com Watson 96 o procedimento para matar o poço por esse método é:
i. Cuidar das pressões no poço até que a aplicação do método possa ser iniciada.
Deve-se manter a pressão no fundo do poço constante e permitir que o gás
migrante se expanda.
ii. Recalcular o peso da lama de circulação de kick e aumentar a densidade da lama
nos tanques. Determinar o aumento na taxa de bombeio para que essa operação e
gerar um gráfico ou tabela de redução da pressão da coluna;
iii. Lentamente, abrir o choke e aumentar a vazão de bombeio. Essa operação deve
ser sincronizada de modo a SICP seja mantida constante até que a velocidade de
circulação seja atingida.
iv. Comparar a pressão da coluna de perfuração com a pressão inicial de circulação
(ICP). Manipular o choke de maneira a controlar a pressão de circulação na
coluna de perfuração (CDDP)até que o cronograma de redução de pressão seja
cumprido.
v. Manter constante a pressão na coluna de perfuração com o valor da pressão final
de circulação (FCP), até que se refaça a medição da densidade da nova lama ao
sair pelo choke.
vi. O fechamento do choke deve ser feito de forma sincronizada com a diminuição
da velocidade da bombeamento, para que assim a pressão no revestimento seja
mantida constante. Quando a bomba estiver praticamente parada, fechar o choke
e desligar a bomba.
96
WATSON, D.; BRITTENHAM, T.; MOORE, P. L. Advanced Well Control. Richardson Texas. SPE
Textbook Series, 2003. 386p.
54
vii. Observar os medidores de pressão, caso eles não estejam marcando zero,
verificar possíveis armadilhas de pressão.
viii. Abrir o choke e fazer um check flow.
ix. Voltar as operações normais.
De acordo com Watson98 o procedimento para matar o poço por esse método é:
i. Cuidar das pressões no poço até que a aplicação do método possa ser iniciada.
Deve se manter a pressão no fundo do poço constante e permitir que o gás que
migrar se expanda.
97
ALMEIDA, M. de A.. Controle de Poços. Disponível em: <http://xa.yimg.com/kq/group
s/22113478/190079740/name/Controle+de+po%C3%A7o1.ppt>. Acessado em 22 de setembro de 2011.
98
WATSON, D.; BRITTENHAM, T.; MOORE, P. L. Advanced Well Control. Richardson Texas. SPE
Textbook Series, 2003. 386p.
55
ii. Calcular o peso da lama de circulação do kick e preparar um gráfico ou tabela
mostrando o valor desejado para CDDP como função do peso da lama na broca.
iii. Lentamente abrir o choke e aumentar a vazão de bombeio. Essa operação deve
ser sincronizada de modo a SICP seja mantida constante até que a velocidade de
circulação seja atingida.
iv. Comparar a pressão na coluna de perfuração com o valor computado de ICP.
Começar a aumentar a densidade da lama no tanque.
v. Verificar o curso da bomba, sempre que 0,1 a 0,2 lbm/gal de aumento na
densidade seja bombeado para dentro da coluna;
vi. A partir do gráfico de CDDP, ajustar a pressão na coluna sempre que 0.1 ou 0.2
lbm/gal de aumento na densidade atinja a broca. Repetir esse procedimento
sempre que haja o aumento na densidade da lama, até que a coluna de
perfuração esteja preenchida com lama de matar o poço.
vii. Manter constante a pressão na coluna de perfuração com o valor de FCP, até que
se refaça a medição da densidade da nova lama ao sair pelo choke.
viii. O fechamento do choke deve ser feito de forma sincronizada com a diminuição
da velocidade de bombeamento, para que assim a pressão no revestimento seja
mantida constante. Quando a bomba estiver praticamente parada, fechar o choke
e desligar a bomba.
ix. Observar os medidores de pressão, caso eles não estejam marcando zero,
verificar possíveis armadilhas de pressão.
x. Abrir o choke e fazer um check flow.
xi. Voltar as operações normais.
Esse método circula o kick que se encontra no interior do poço através de uma
circulação reversa, ou seja, o choke funciona como a linha de kill e vice-versa.
56
ii. O kick é circulado pelo interior da coluna, ou seja, estará dentro de uma
tubulação mais resistente que o revestimento, diminuindo assim a possibilidade
de ocorrência de acidentes por colapso do tubo.
iii. Reduz a quantidade de lama de amortecimento, pois a pressão hidrostática que a
coluna de líquidos do anular exerce sobre a coluna de fluido é muito maior que a
pressão exercida pela coluna de líquido da coluna de perfuração, assim é
necessário menos tempo e esforço para circular o kick.
As principais situações em que esse método costuma ser utilizado são quando:
99
WATSON, D.; BRITTENHAM, T.; MOORE, P. L. Advanced Well Control. Richardson Texas. SPE
Textbook Series, 2003. 386p.
57
iii. A Coluna não se encontra no fundo do poço;
iv. Está se fazendo stripping ou snubbing;
v. Se está fechando o poço ou reparando algum equipamento de superfície;
4.7.3.3 Bulheading
É uma operação que envolve muitos riscos, por isso, é fundamental atentar para
a possibilidade do revestimento e da coluna colapsarem, a possibilidade de fratura da
formação e a possível ocorrência de migração de gás para a superfície.
100
OILFIELD. Oil and Gas glossary. Disponível em : <http://oilgasglossary.com/bullheading.html>.
Acessado em 18 de setembro de 2011.
58
5 ESTUDO DE CASOS
No ano de 1979, a sonda Sedco 135F estava perfurando o poço IXTOC I para a
empresa PEMEX quando ocorreu um blowout. Segundo Oil Rig Disaster101, estima-se
que esse acidente provocou o derramamento de cerca de 550 milhões de litros de óleo
no mar, afetando por diversos anos as atividades econômicas, a vida marinha e terrestre
da região onde ocorreu o acidente em questão.
101
OIL RIG DISASTER. Offshore Blowouts. Disponível em: <http://home.versatel.nl/the_
sims/rig/ixtoc1.htm>. Acessado em 10 de outubro de 2011.
102
CHERNIAK, Christopher. Oil spill part 1, 2010. Disponível em <http://radiogreeneart
h.org/blog/?p=1885>. Acessado em 10 de outubro de 2011.
59
Ao identificar na superfície que o poço começou a escoar, o procedimento
padrão para assegurar o controle secundário foi tomado, ou seja, o BOP foi acionado.
No entanto, esse equipamento não funcionou como esperado, pois suas gavetas, que
deveriam conter o fluxo e fechar o poço, não o fizeram. Assim, não foi possível manter
o controle secundário desse poço, e ao atingir a cabeça do mesmo, esse escoamento
composto por lama de perfuração e hidrocarbonetos provenientes da formação causou o
blowout, que ao entrar em contato com as bombas causou uma enorme explosão.
Algum tempo depois, constatou-se que o BOP não foi capaz de selar o poço,
pois a parte da coluna que se encontrava dentro do BOP stack eram os comandos, e as
gavetas cisalhantes desse equipamento não foram projetadas para cortar esse
seguimento mais grosso e resistente da coluna.
103
PETROBRAS. Blowout Enchova Central. Vídeo disponível em: <http://www.youtube.com/
watch?v=ebJYFaDWqSY>. Acessado em 11 de outubro de 2011.
60
inviável devido o aumento da razão água-óleo104, por isso, decidiu-se começar a
explorar uma zona de arenito porosa, friável105 (em 1983 não se tinha conhecimento de
que esse reservatório possuía essas características) e rica em gás, conhecida como
formação Campos-Carapebus. Essa formação se encontrava acima da formação Macaé e
para começar a ser produzida foi necessário abandonar o poço nessa na zona de Macaé e
recompletar o poço na zona de interesse.
Em 1983, durante a perfuração, essa formação com gás não foi revestida, para
que posteriormente facilitasse uma eventual recompletação para produção desse
hidrocarboneto. No entanto, houve um erro no cálculo da cimentação e a formação
arenítica não foi preenchida, ficando em contato com o fluido de completação que se
encontrava no anular, como pode ser visto na figura 5.2. Devido a presença de um
obturador decidiu-se não recimentar para corrigir esse erro.
104
É a razão de números de barris e o número de barris de óleo produzidos por um poço. Retirado de
FERNÁNDEZ, E. F. y; JUNIOR, O. A. P.; PINHO, A. C. de. Dicionário do petróleo em língua
portuguesa: exploração e produção de petróleo e gás – Rio de Janeiro: Lexikon: PUC-Rio, 2009. 656p.
105
É um tipo de arenito não consolidado, semelhante ao consolidado, com boa qualidade de mineral
cimentante entre os grãos, mas quando o poço sofre alterações nas condições operacionais de produção
(como aumento da vazão ou depleção) pode desestabilizar a formação. Quanto à completação para este
tipo de arenito, pode-se utilizar até poço aberto em condições normais, as paredes são suficientemente
estáveis (não chegam a desmoronar, pode ocorrer formação de areia). Quando o poço é cimentado e
revestido, a produção de areia se dá mais na fase inicial da produção, depois reduz. Retirado de
(Sparlinetal, 1982, apud Martins, 2011) Rafael Gonçalves Martins. Controle da Produção de Areia em
Poços de Petróleo Brasileiros. Monografia de Graduação em Engenharia de Petróleo, UFF, Niterói/RJ,
2011.
61
anular. Porém, ao executá-lo, o fluido da formação- gás - invadiu o anular de produção
sem que a equipe que trabalhava na plataforma percebesse. Devido sua baixa massa
específica, esse influxo causou uma queda na pressão hidrostática, que a coluna de
fluido de completação estava exercendo na formação a ser completada, causando assim
o aumento do volume de kick.
Com a perda do controle primário, para evitar o blowout foram adotadas duas
estratégias:
Instalar o inside-BOP acionando-o. Essa operação não foi bem sucedida, pois
devido a enorme pressão que o gás exercia no inside-BOP, a coluna subiu
descontroladamente, sendo parada somente pela ação da gaveta cega do BOP.
Ataque ao poço pela linha de kill. Essa operação também não obteve o sucesso
esperado.
106
PETROBRAS. Blowout Enchova Central. Vídeo disponível em: <http://www.youtube.com
/watch?v=ebJYFaDWqSY>. Acessado em 11 de outubro de 2011.
62
Com a perda total do controle secundário, a situação na plataforma tornou-se
insustentável e foi preciso que todos os tripulantes a abandonassem. Houve uma grande
explosão sem a ocorrência de fatalidades.
Ocean Odyssey foi uma plataforma feita para perfurar poços em regiões
perigosas e de altas pressões, tais como o Mar do Norte e Alaska. Em 1988, foi
contratada pela ARCO para perfurar o poço 22/30b-3 no Mar do Norte.
107
OIL RIG DISASTER. Offshore Blowouts. Disponível em: <http://home.versatel.nl/the
_sims/rig/cpbaker.htm>. Acessado em 10 de outubro de 2011.
63
Figura 5.3: Ocean Odyssey Blowout
Retirado de: http://www.japt.org/html/iinkai/drilling/guinees/blowout.html
64
problemas ocorridos. Logo depois houve explosões e o chefe de comunicações veio a
falecer. Na figura 5.3 pode-se obersevar o blowout dessa plataforma.
109
OIL RIG DISASTER. Offshore Blowouts. Disponível em: <http://home.versatel.nl/the_sims/r
ig/ekofiskb.htm>. Acessado em 10 de outubro de 2011.
65
Todos conseguiram evacuar a embarcação a tempo, mas, cerca de 32 milhões de
litros de óleo foram derramados no mar, causando grande prejuízo à sociedade e ao
meio ambiente.
110
BRASILAGRO. Um ano após acidente BP enfrenta mais uma crise, 2011. Disponível em: http://www.
brasilagro.com.br/index.php?noticias/detalhes/6/35256. >. Acessado em 14 de outubro de 2011.
111
BRASILAGRO. Um ano após acidente BP enfrenta mais uma crise, 2011. Disponível em: http://www.
brasilagro.com.br/index.php?noticias/detalhes/6/35256. >. Acessado em 14 de outubro de 2011.
66
podem ter causado a perda do controle primário do poço. Outrossim, de acordo com
British Petroleum112 ficou constatado que:
112
BRITISH PETROLEUM. Deepwater Horizon Accident Investigation Report, 2010. Disponível em :
<http://www.bp.com/liveassets/bp_internet/globalbp/globalbp_uk_english/gom_response/STAGING/lo
cal_assets/downloads_pdfs/Deepwater_Horizon_Accident_Investigation_Report.pdf>. Acessado em 14
de outubro de 2011.
67
7. Falha no BOP: O BOP falhou, pois os seus três possíveis métodos de
acionamento não funcionaram. Inicialmente, as explosões iniciais destruíram os
equipamentos de ativação do sistema de desconexão de emergência. Além disso,
após a perda de energia na plataforma, houve falha nos métodos automáticos de
acionamento do BOP, pois, os chamados pods amarelos encontravam-se com
uma válvula defeituosa e os pods azuis estavam com suas baterias
descarregadas.
113
É uma coluna de revestimento que se situa um pouco acima da sapata do revestimento anterior.
Retirado de FERNÁNDEZ, E. F. y; JUNIOR, O. A. P.; PINHO, A. C. de. Dicionário do petróleo em
língua portuguesa: exploração e produção de petróleo e gás – Rio de Janeiro: Lexikon: PUC-Rio,
2009. 656p
114
Disponível em: http://www.deepwater.com/_filelib/FileCabinet/pdfs/02_TRANSOCEAN_Ch_1-0.pdf
acessada em 10/10/2011
68
Redução da profundidade alvo do poço: O poço fora projetado para atingir o
reservatório na profundidade de 20200 ft, mas, visando manter a integridade do
mesmo, a BP decidiu que sua profundidade máxima passaria a ser 18360 ft.
A coluna de produção: Foi escolhida um long string115como coluna de produção.
De acordo com o relatório em questão, apesar dessa opção estar de acordo com
as práticas usuais da indústria de petróleo, esse tipo de coluna aumenta o risco
envolvidos na operação por requerer uma cimentação mais complexa e com
pequenos volumes de cimento. A utilização de liner e tie-back116 permitiria uma
grande redução nesses riscos, pois adicionariam novas barreiras no poço.
Baixa razão de circulação durante a conversão do colar flutuante 117: O plano
inicial da BP para a conversão dessa ferramenta era de que lentamente se
aumentaria a taxa de circulação da lama (5-8 barris por minuto), gerando assim
uma pressão de 500-700 psi no colar flutuante. A BP tentou converter esse colar
por mais de nove vezes e em nenhum momento gerou um aumento na taxa de
circulação maior que 2 barris por minuto, o que causou uma pressão de 3142 psi
no colar. Caso esse valor tenha sido muito elevado para a troca do colar, a
cimentação pode ter sido comprometida.
Redução na densidade de cimentação: A equipe responsável pela execução do
plano de cimentação e também de todos os testes era composta por funcionários
da BP e da Halliburton. O relatório concluiu que a causa que precipitou o
incidente de Macondo foi a falha da cimentação no shoe track e a falha na
cimentação primária no entorno da formação produtora, o que permitiu que
hidrocarbonetos fluíssem para dentro do poço. Essas falhas foram resultantes
dos seguintes fatores:
o O poço foi inadequadamente circulado antes da cimentação;
115
É a mais longa dentre as colunas de revestimento, cujo comprimento vai desde a zona de produção até
a cabeça do poço. Retirado de FERNÁNDEZ, E. F. y; JUNIOR, O. A. P.; PINHO, A. C. de. Dicionário
do petróleo em língua portuguesa: exploração e produção de petróleo e gás – Rio de Janeiro: Lexikon:
PUC-Rio, 2009. 656p
116
É o revestimento usado para complementar uma coluna liner até a superfície, quando limitações
técnicas ou operacionais exigem proteção do revestimento anterior. Retirado de FERNÁNDEZ, E. F. y;
JUNIOR, O. A. P.; PINHO, A. C. de. Dicionário do petróleo em língua portuguesa: exploração e
produção de petróleo e gás – Rio de Janeiro: Lexikon: PUC-Rio, 2009. 656p
117
È um acessório descido conectado ao revestimento por dois tubos acima da sapata, cuja função é servir
de batente ara os tampões de fundo e de topo. Possuem um dispositivo que não permitem o retorno de
fluidos para dentro do revestimento. Os dois tubos entre a sapata e o colar flutuante garantem a
cimentação da parte inferior do revestimento e, principalmente a sapata. Retirado de FERNÁNDEZ, E.
F. y; JUNIOR, O. A. P.; PINHO, A. C. de. Dicionário do petróleo em língua portuguesa: exploração e
produção de petróleo e gás – Rio de Janeiro: Lexikon: PUC-Rio, 2009. 656p
69
o O programa de cimentação era demasiadamente complexo para prevenir
perdas para a formação;
o Falha no teste prévio da pasta de cimentação;
o Não houve execução de testes para a verificação da operação de
cimentação.
Procedimentos de Abandono Temporário: O plano final de abandono temporário
do poço possuía demasiados riscos, que não foram devidamente submetidos a
uma formal análise de riscos.
Falha na substituição dos fluidos que preenchiam o anular: O plano de abandono
temporário envolvia uma etapa de substituição do fluido que se encontrava no
anular. Essa operação basicamente seria preencher o anular abaixo do BOP com
água do mar para que assim ficassem garantidas as condições do teste de pressão
negativa. No entanto, os testes pós acidente indicaram que por falhas na
circulação essas condições não foram atingidas.
Ativação do BOP: O BOP estava completamente funcional na hora da
ocorrência do acidente e o equipamento funcionou. Após detectar o kick, a
tripulação acionou o BOP anular, que não foi capaz de selar o poço, pois o tool
joint118impediu seu fechamento, ilustrado na figura 5.5. O escoamento altamente
pressurizado nessa região corroeu o tubo, como pode ser visto nessa mesma
figura. Visando parar o escoamento no anular, as gavetas vazadas foram
fechadas, gerando um aumento na pressão dentro da coluna, o que causou o
rompimento da mesma na área onde esta sofreu corrosão, como pode ser
percebido na figura 5.6. Essa ruptura permitiu que os hidrocarbonetos
atingissem o riser, a plataforma perdeu energia, o seu posicionamento dinâmico
parou de funcionar e a coluna partiu completamente (Figura 5.7). Em
consequência das explosões, à plataforma e o BOP perderam a comunicação e
assim o modo de funcionamento automático (AMF) foi acionado para que
operasse as gavetas cegas. Como pode ser percebido na figura 5.8 o acionamento
destas não foi capaz de conter o escoamento, pois devido sua elevada pressão as
gavetas não conseguiram cortar completamente a coluna.
118
É a conexão do tubo de perfuração, normalmente é rosqueada entre seções da colina de perfuração,
sejam tubos, hastes ou ferramentas. Retirado de FERNÁNDEZ, E. F. y; JUNIOR, O. A. P.; PINHO, A.
C. de. Dicionário do petróleo em língua portuguesa: exploração e produção de petróleo e gás – Rio de
Janeiro: Lexikon: PUC-Rio, 2009. 656p
70
Figura 5.5: Acionamento do BOP anular.
Fonte: Retirado vídeo Transocean119
119
Vídeo BOP Transocean. Disponível em: <http://www.deepwater.com/fw/main/BOP-Video-
1079.html>. Acessado em 01 de outubro 2011.
120
Vídeo BOP Transocean. Disponível em: <http://www.deepwater.com/fw/main/BOP-Video-
1079.html>. Acessado em 01 de outubro 2011.
71
Figura 5.7: Ruptura total da coluna
Fonte: Retirado vídeo Transocean121.
121
Vídeo BOP Transocean. Disponível em: <http://www.deepwater.com/fw/main/BOP-Video-1079.html>.
Acessado em 01 de outubro 2011.
122
Vídeo BOP Transocean. Disponível em: <http://www.deepwater.com/fw/main/BOP-Video-1079.html>.
Acessado em 01 de outubro 2011.
72
5.7 Análise crítica do Estudo
73
• A perda do controle secundário, em todos os casos, foi causada por
falha/inexistência da barreira de segurança do BOP.
74
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
76
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Site Team – Aberdeen: 2002. 390p. Disponível em:
<http://pt.scribd.com/doc/4209107/ABERDEEN-Drilling-Schools-Well-Control>.
BRASILAGRO. Um ano após acidente BP enfrenta mais uma crise, 2011. Disponível
em: http://www. brasilagro.com.br/index.php?noticias/detalhes/6/35256. >. Acessado s
em 14 de outubro de 2011.
77
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h.org/blog/?p=1885>. Acessado em 10 de outubro de 2011.
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York Times. Retrieved 17 April 2011.
78
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do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro , 2008.
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<http://www.osha.gov/SLTC/etools/oilandgas/drilling/wellcontrol_bop.html>.Acessado
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79
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Disponível em: <http://www.pe.tamu.edu/schubert/public_html/PETE%20625/MEng
%20Report.pdf>.
80