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Ano 2018 | N.

º 111 | Mensal Tiragem 500 exemplares | Distribuição Gratuita


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As opiniões expressas pelos autores nos artigos aqui publicados, não veiculam necessariamente o posicionamento da SAL & Caldeira Advogados, Lda.

ÍNDICE NOTA DO EDITOR


Caro Leitor:
Importação e comercialização de
pesticidas em Moçambique Nesta edição são abordados temas como “Importação e comercialização de pesticidas
em Moçambique”, “Regime Jurídico do Logótipo e sua Importância como Elemento
Regime Jurídico do Logótipo e sua Distintivo”, “Uma breve análise do Regime Jurídico Simplificado do Licenciamento para
Importância como Elemento Distintivo Exercício de Actividades Económicas” e “Rotulagem de Produtos: Desafios ao Cumpri-
mento dos Requisitos dos Rótulos de Produtos Pré-medidos”.
Uma breve análise do Regime Jurídico Pode ainda, como habitualmente, consultar o nosso Calendário Fiscal e a Nova
Simplificado do Licenciamento para Legislação Publicada.
Exercício de Actividades Económicas
Concluída a inscrição da sociedade, a Não obstante o acima referido, é de notar
Rotulagem de Produtos: Desafios ao mesma deverá proceder ao registo do que o Novo Regime do Licenciamento
Cumprimento dos Requisitos dos pesticida que pretenda importar e comer- Simplificado também integra actividades
Rótulos de Produtos Pré-medidos cializar em Moçambique, devendo para o económicas da Categoria C do anexo IV
efeito submeter o requerimento, do Regulamento sobre o Processo de
Informação sobre as taxas de Recon- formulário, informação de suporte e Avaliação do Impacto Ambiental, aprova-
strução Nacional para o ano de 2018 projecto de rótulo ao registo, em triplica- do pelo Decreto n.º 54/2015, de 31 de
do ou quadruplicado, quando for para uso Dezembro. Para efeitos de avaliação do
Legislação
pecuário, mediante o pagamento de uma impacto ambiental, a Categoria C integra,
Obrigações Declarativas e Contributivas taxa, que pode variar de acordo com a nomeadamente, aquelas actividades para
- Calendário Fiscal 2018 - (Março) toxicidade do pesticida. O processo de as quais, normalmente, não é necessário
registo de um pesticida deve ser concluído realizar estudo do impacto ambiental ou
num prazo não....Cont. Pág. 3 estudo...Cont. Pág. 5

FICHA TÉCNICA
EDIÇÃO, GRAFISMO E MONTAGEM: SÓNIA SULTUANE - DISPENSA DE REGISTO: Nº 125/GABINFO-DE/2005
COLABORADORES: Isabel Issac Frengue Ngobeni, José Durão Gama, Manuel Virgílio Bila Júnior, Nárcia Taalumba Walle, Rute Nhatave, Sérgio Ussene Arnaldo, Sheila Tamyris da Silva.

SAL & Caldeira Advogados, Lda. é membro da DLA Piper Africa Group, uma aliança de firmas líderes de advocacia independentes que trabalham em conjunto com a DLA Piper em toda a África.

Proteja o ambiente: Por favor não imprima esta Newsletter se não for necessário
CONFERÊNCIA E EXPOSIÇÃO DE MINAS, ENERGIA,
PETRÓLEO E GÁS DE MOÇAMBIQUE - MMEC 2018

02 | SAL & Caldeira Advogados, Lda.


MMEC 2018
PROGRAMA DO SEMINÁRIO - 24 DE ABRIL 2018

Prezados leitores, a SAL & Caldeira Advogados, Lda. irá participar na 6º Edição da Conferência MMEC
(Mozambique Mining, Oil & Gas and Energy Conference and Exhibition), organizada pela AMETrade que irá se
realizar nos dias 25 e 26 de Abril do presente ano. A participação da SAL & Caldeira consistirá na apresentação e
coordenação de dois Workshops, que antecederão a Conferência e serão ministrados no dia 24 de Abril.
Queira por favor encontrar abaixo o programa do referido evento:

08.30 CHEGADA DOS PARTICIPANTES E INSCRIÇÃO

09.00 PRINCIPAIS QUESTÕES JURÍDICAS NO SECTOR DE GÁS E PETRÓLEO, INCLUINDO;


•Visão geral do quadro jurídico;
•Principais alterações introduzidas pelo Modelo de CCPP de 2015; e
•Uma visão geral sobre o regime de aquisições (procurement regime): dos direitos às obrigações,
questões atinentes ao conteúdo local, requisitos de licenciamento e compliance para empresas
fornecedoras de bens e prestadoras de serviços.
Orador:
LEONARDO NHAVOTO
Advogado / Consultor Sénior
SAL & Caldeira Advogados

10:00 – INTERVALO PARA CAFÉ E NETWORKING

10:30 PRINCIPAIS QUESTÕES JURÍDICAS NO SECTOR MINEIRO, INCLUINDO;


Visão geral do quadro jurídico;
•Procedimentos para a transferência de direitos mineiros e de interesses participativos, operatorship,
parcerias, requisitos e obrigações para operações; e
•Uma visão geral sobre o regime de aquisições (procurement regime): de direitos a obrigações,
conteúdo local, requisitos de licenciamento e compliance para empresas prestadoras de serviços.

Oradores:
SHIPENI THOVELA LEOPOLDO DE AMARAL
Advogado / Consultor Advogado / Sócio
SAL & Caldeira Advogados SAL & Caldeira Advogados

11:30 1ª SESSÃO DE PERGUNTAS & RESPOSTAS


Sessão aberta para Perguntas & Respostas referente às duas primeiras apresentações - com um painel
composto pelos 3 oradores (Srs. Leonardo Nhavoto, Shipeni Thovela e Leopoldo de Amaral).

12:30 INTERVALO PARA ALMOÇO

14:00 2 ª SESSÃO DE PERGUNTAS & RESPOSTAS: POR ESPECIALISTAS DA SAL & CALDEIRA
Comerciais: constituição de sociedades, JV´s e questões corporativas (corporate governance);
Fiscais: principais Obrigações Fiscais e Tributárias;
Regulação cambial: importação e exportação de capital, lucros e dividendos; e
Laboral e de Imigração: despedimentos de trabalhadores e contratação de mão de obra estrangeira.

15:30 Fim da sessão/ Observações finais


IMPORTAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE PESTICIDAS EM MOÇAMBIQUE

O presente artigo tem por objectivo esclarecer sobre o processo de importação e embalagens. Adicionalmente, note-se que qualquer alteração na composição de um
comercialização de pesticidas em Moçambique, regulado pelo Diploma Ministerial n.º pesticida, na quantidade dos ingredientes ou no tipo de formulação, impõe a
153/2002, de 11 de Setembro, que aprova o Regulamento sobre Pesticidas (“Regula- realização de um novo registo.
mento sobre Pesticidas”) e também visa trazer alguns aspectos não detalhados no
Regulamento sobre Pesticidas, para mais fácil compreensão dos procedimentos a O título de registo de pesticida é valido por 2 (dois) anos, renováveis mediante o
serem seguidos. O interesse nesta abordagem surge da constatação do desconheci- pagamento da respectiva taxa.
mento destas normas por muitos produtores, vendedores e mesmo consumidores e,
em particular, devido aos processos de inspecção que têm resultado em pesadas Por se tratar de produtos nocivos ao ambiente, é obrigatório que as embalagens
multas e inutilização de produtos por preterição das normas legais. contenham um rótulo previamente aprovado pela DINAS, contendo todos os
elementos e informações conforme o estipulado nas Normas para o Registo e
Para a importação e comercialização de pesticidas em Moçambique, a sociedade que Manuseamento de Pesticidas, cuja aprovação está sujeita à apresentação de um rótulo
pretenda exercer tal actividade, após a sua constituição, deverá obter um alvará final das embalagens para a sua distribuição.
comercial para comercialização de agro-químicos, que corresponde à classe 46691.
Conforme estabelecido na legislação de defesa do consumidor, Lei n.º 22/2009 de 28
Em seguida, a sociedade deverá inscrever-se na Direcção Nacional de Agricultura e de Setembro de 2009, Decreto n.º 27/2016 de 18 de Julho de 2016 e no Regulamen-
Silvicultura (“DINAS”) e, após tal registo, será emitido um Certificado de Registo de to sobre Pesticidas, os rótulos a serem aprovados e contidos nas embalagens devem
Importador de Pesticidas, devendo para tal assumir a responsabilidade técnica e ser redigidos em língua portuguesa e facilmente legíveis. Caso o rótulo do pesticida
ambiental dos pesticidas. esteja redigido em língua estrangeira, o mesmo deve ser acompanhado de um folheto
em língua portuguesa colocado na embalagem ou no seu interior.
Note-se que, pelo facto de tratar-se de produtos que podem ser nocivos ao
ambiente, o licenciamento comercial estará sujeito a uma vistoria prévia das Adicionalmente, note-se que os rótulos devem estar de acordo com as regras de
instalações em que será armazenado o pesticida, devendo a coordenação e rotulagem de pesticidas e conter informações mencionadas nas Normas para o
efectivação da mesma ser feita pela entidade licenciadora, ou seja, pelo Balcão de Registo e Manuseamento de Pesticidas, em sistema métrico, e caso sejam alterados, os
Atendimento Único (“BAU”). De referir que o mesmo procedimento será efectuado mesmos devem ser previamente autorizados pela entidade que previamente
aquando da inscrição da sociedade na DINAS. aprovou.

No acto de vistoria do armazém são tidos em consideração os seguimentos elemen- Relativamente à embalagem, note-se que esta deve ser aprovada previamente pela
tos: DINAS, devendo para tal respeitar as regras estabelecidas pelo Instituto Nacional de
• Localização em termos de saúde pública e ambiente; Normalização e Qualidade (INNOQ) e internacionais, cabendo ao requerente
• Iluminação e ventilação suficiente; indicar o tipo e tamanho da embalagem.
• Paletes de madeira para arrumação correcta dos fertilizantes;
• Placas de aviso e de identificação de perigo; As embalagens devem ser seladas e fechadas na origem de modo a garantirem
• Sinais que indicam onde os trabalhadores devem se dirigirem em caso de incêndio; segurança e os respectivos selos irremediavelmente destruídos assim que a
• Kits de primeiros socorros; embalagem seja aberta pela primeira vez.
• Material de protecção para os trabalhadores;
• Sistema de drenagem para colher águas das lavagens e derrames; A reembalagem e alteração da embalagem estão sujeitas a autorização prévia da
• Extintores de incêndio dentro do prazo de validade; e, DINAS, devendo ser feita a reembalagem sob vistoria da DINAS.
• Instalações sanitárias.
Efectuados todos procedimentos descritos acima, o requerente deverá solicitar a
Concluída a inscrição da sociedade, a mesma deverá proceder ao registo do pesticida importação do pesticida, sendo proibida a distribuição de pesticidas obsoletos. Várias
que pretenda importar e comercializar em Moçambique, devendo para o efeito outras normas sobre produção, comercialização, transporte, manuseamento, entre
submeter o requerimento, formulário, informação de suporte e projecto de rótulo ao outras, deverão ser observadas em conformidade com a legislação de forma a
registo, em triplicado ou quadruplicado, quando for para uso pecuário, mediante o garantir a segurança de pessoas e bens envolvidos, bem como dos seus utilizadores.
pagamento de uma taxa, que pode variar de acordo com a toxicidade do pesticida. O
processo de registo de um pesticida deve ser concluído num prazo não superior a Note-se que alguns aspectos descritos acima não estão previstos no Regulamento
120 (cento e vinte) dias, devendo o requerente ser notificado quando seja necessário sobre Pesticidas, sendo orientações e exigências adicionais feitas pelas autoridades
tempo adicional para a sua conclusão. competentes, o que torna o processo ligeiramente complexo. Notamos a necessi-
dade de maior divulgação da legislação junto ao empresariado nacional e a necessi-
A actualização do registo é obrigatória sempre que haja alterações significativas dos dade de uma maior consciencialização sobre os perigos no manuseamento e comer-
dados técnico-científicos que estiveram na base do registo do pesticida, fundamental- cialização destes tipos de produtos e as penalizações e responsabilidades que
mente, os relativos ao impacto do produto no âmbito toxicológico, ambiental e poderão advir da violação das normas legais e recomendações das autoridades
biológico, podendo a DINAS solicitar a apresentação de amostras dos produtos e competentes. Em caso de dúvidas, é sempre recomendável que se consulte as
empresarial, Assembleia
Manuel Virgílio Bila Júnior autoridades competentes e, sempre que possível, que se faça por escrito para o bom
registo das recomendações recebidas.
Consultor
Advogado
mbila@salcaldeira.com

04 | SAL & Caldeira Advogados, Lda.


REGIME JURÍDICO DO LOGÓTIPO
E SUA IMPORTÂNCIA COMO ELEMENTO DISTINTIVO
Quando olhamos para uma empresa (ou instituição), os principais elementos que a • o princípio da licitude (residual): determina que não é registável o logótipo que
destacam das demais no mercado são, nomeadamente, o seu nome ou firma, os seus contém expressões ou figuras contrárias à lei, moral, ordem pública e bons costumes,
produtos e/ou serviços, as cores utilizadas pela entidade e o seu logótipo. Sendo o como por exemplo, a bandeira nacional ou alguns dos seus elementos, sendo estes
logótipo um dos elemento mais importantes na sua caraterização, pois este é o rosto anuláveis nos termos da alínea d) do n.º 1 do artigo 25 do CPI.
ou a carteira de identidade de uma entidade e a figura à qual um indivíduo recorre
mentalmente quando indagado sobre a mesma. Entretanto, o logotipo é muitas vezes Em Moçambique, o direito de propriedade sobre o logótipo efectiva-se através do
confundido com outras figuras, como a marca, a firma e denominação, razão pela qual registo do mesmo no Instituto de Propriedade Industrial. É através do registo que o
decidimos, no presente artigo, analisar o regime jurídico dos logótipos no ordenamen- titular pode usar o logótipo para se dar a conhecer, utilizando-o também para estabe-
to moçambicano. lecimento de anúncios, impressos ou correspondências. Com o registo, este titular
garante o direito de impedir terceiros de utilizar, sem o seu consentimento, qualquer
O logótipo constitui um sinal distintivo registável, composto por nomes, figuras, sinal idêntico ou confundível, que constitua reprodução ou imitação do seu logótipo
desenhos simples ou combinados que representam e se enquadram dentro daquela em uma actividade económica.
que é a firma ou denominação da entidade, segundo a alínea h), do artigo 1 do
Código da Propriedade Industrial (“CPI”), aprovado pelo Decreto n.º 47/2015, de 31 O titular do logótipo registado tem a legitimidade para reclamar contra o pedido de
de Dezembro. A figura em análise pode ser constituída por sinal ou conjunto de sinais registo de logótipo ou outro sinal não novo similar ao seu, bem como para requerer
susceptíveis de representação gráfica, nomeadamente, por elementos nominativos, judicialmente a anulação do registo de tais sinais no prazo de cinco anos a contar da
figurativos, ou por uma combinação de ambos. sua publicação, nos termos do artigo 5 e nº 3 do artigo 9 do CPI.

São logótipos nominativos, aqueles compostos por nomes ou palavras, firmas ou Os logótipos só podem ser transmitidos, inter-vivos ou mortis causa, conjuntamente
denominação, completos ou abreviados, dos respectivos titulares. São logótipos com os respectivos estabelecimentos em que se achem ligados, salvo havendo acordo
figurativos os logótipos compostos por figuras ou desenhos. E, por fim, são logótipos em contrário ou nos casos em que o logótipo contém nome ou firma e denominação
mistos os logótipos combinados com elementos nominativos e figurativos. do transmitente. Nestes casos, para a sua transmissão é necessário que haja uma
cláusula contratual expressa, nos termos do artigo 21 do CPI.
O logótipo tem como finalidade distinguir a entidade comercial e o eventual estabe-
lecimento desta e também os sujeitos que prestem serviços ou produzem bens Transmitindo-se um estabelecimento comercial, transmite-se com o mesmo o
destinados ao mercado. Um mesmo sujeito só pode ter uma firma ou denominação, respectivo logótipo, salvo nas condições acima descritas. Esta transmissão deve ser
mas pode ter vários logótipos, pois a mesma entidade pode ser individualizada através provada por meio de documento escrito, nos termos do nº 2 do artigo 21 da CPI.
de diferentes registos de logótipo, para permitir que um sujeito com diversos estabe-
lecimentos comerciais individualize cada um com um logótipo distinto. Ex: a MR. PRICE Note-se que logótipo é anulável quando sua a composição viole direitos de terceiros.
tem um logótipo para o Mr. Sport e outro para Mr. Price Home. Só tem legitimidade para arguir a anulabilidade o titular do registo prévio do logótipo
ou a pessoa cujo direito, fundado em prioridade ou outro titulo geral, tenha sido
Procedemos então à análise dos elementos componentes do logótipo. A concepção preterido no acto da concessão. A anulação deve ser requerida através de uma acção
do logótipo deve obedecer a quatro princípios, nomeadamente: judicial intentada pela parte interessada no prazo de 90 dias a contar da data da
• o princípio da capacidade distintiva: segundo qual o logótipo deve desempenhar uma publicação do despacho, nos termos do artigo 24 do CPI.
função individualizadora e diferenciadora da entidade comercial;
• o principio da verdade: determina que o logótipo deve conter indicações acerca da Adicionalmente, o logótipo caduca no termo do prazo da sua duração, sem que tenha
natureza, composição, actividade do respectivo titular e que as mesmas devem ser sido renovado, ou por falta de pagamento das taxas aplicáveis. As causas de
verdadeiras sob pena do logótipo não ser registável, nos termos do n.º 3 do artigo 9 caducidade apenas produzem efeito se invocadas por qualquer interessado, nos
do CPI; termos do artigo 26 do CPI.
• o princípio da novidade: segundo este, o logótipo deve ser distinto, inconfundível ou
novo, relativamente aos logótipos de outros sujeitos. O logótipo não é considerado Por fim, note-se ainda que o logótipo pode ser declarado nulo, segundo o artigo 25
novo quando o consumidor médio (o consumidor normal de capacidade, diligência e da CPI, nas situações específicas previstas no CPI. A nulidade é invocável a todo tempo
atenção) não consegue distingui-lo de outro já existente, antes os confunde, tomando por qualquer interessado e a respectiva declaração tem de ser feita pelo tribunal,
um pelo outro ou, não os confundindo, crê que referem-se a sujeitos especialmente segundo o disposto no n.º 3 e 4 do artigo supracitado.
relacionados.
Em paralelo com a marca, o nome comercial e outros sinais distintivos do comércio
empresarial, Assembleia
Nárcia Taalumba Walle e direitos de propriedade industrial, o logótipo é um importante meio de identifi-
Consultora Júnior cação e diferenciação de uma entidade no sector comercial, sendo o seu registo
Jurista muito importante, pois é através deste que o titular pode opôr o seu direito perante
nwalle@salcaldeira.com terceiros. Adicionalmente, o logótipo pode acumular valor comercial que torna a sua
possível transmissão ou outras transacções que podem ter lugar lucrativas para o seu
titular. Por isso, este deve ser visto como um investimento sério que deve ser devida-
mente protegido.

www.salcaldeira.com | 05
UMA BREVE ANÁLISE DO REGIME JURÍDICO SIMPLIFICADO
DO LICENCIAMENTO PARA EXERCÍCIO DE ACTIVIDADES ECONÓMICAS

Como forma de simplificar os procedimentos para o licenciamento de actividades ou Cartão de Eleitor válidos, para nacionais:
económicas, foi aprovado pelo Decreto n.º 39/2017, de 28 de Julho, o Regime Jurídico b) Documentos de Identificação e Residência para Estrangeiros ou Passaporte com visto
Simplificado do Licenciamento para o Exercício de Actividades Económicas (adiante, o de negócios ou autorização precária de residência com validade mínima de seis meses,
“Novo Regime do Licenciamento Simplificado”) e revogado o Decreto n.º 5/2012, de 7 para os estrangeiros.
de Março, que aprovou o anterior Regulamento do Licenciamento Simplificado.
O requerente deve, também, juntar a certidão de registo de entidade legal ou cópia da
Com o presente artigo pretende-se, de forma breve, destacar alguns aspectos novos publicação do estatuto da sociedade comercial no Boletim da República e prova da
trazidos pelo Novo Regime do Licenciamento Simplificado. qualidade de requerente e o Número Único de Identificação Tributária (“NUIT”).

Nos termos do n.º 1 do artigo 2 do Novo Regime do Licenciamento Simplificado, o seu O pedido da licença simplificada é igualmente feito mediante o preenchimento de um
objecto é o estabelecimento do regime da licença simplificada e da certidão da mera formulário próprio e a junção de um dos documentos acima referenciados para os
comunicação prévia das actividades económicas que, pela sua natureza, não trazerem nacionais ou para os estrangeiros, conforme o caso. Para este caso, o requerente deve
impactos negativos para o ambiente, saúde pública, segurança e para a economia em também juntar a certidão de registo de entidade legal ou a cópia da publicação dos
geral. estatutos da sociedade comercial no Boletim da República e a prova da qualidade de
requerente, tratando-se de pessoas colectivas, o NUIT e a licença ambiental para as
Não obstante o acima referido, é de notar que o Novo Regime do Licenciamento actividades de Categoria C. Note-se que o Novo Regime do Licenciamento Simplificado
Simplificado também integra actividades económicas da Categoria C do anexo IV do exige a apresentação de uma licença ambiental para pedido de licença simplificada para
Regulamento sobre o Processo de Avaliação do Impacto Ambiental, aprovado pelo as actividades de Categoria C, portanto, o requerente da licença simplificada teria a
Decreto n.º 54/2015, de 31 de Dezembro. Para efeitos de avaliação do impacto ambien- obrigatoriedade de requerer a avaliação de impacto ambiental e posterior emissão de
tal, a Categoria C integra, nomeadamente, aquelas actividades para as quais, normal- uma licença ambiental, o que tornaria o processo de licenciamento simplificado
mente, não é necessário realizar estudo do impacto ambiental ou estudo ambiental complexo e moroso para as actividades abarcadas nesta categoria. No entanto e
simplificado, porque provocam impactos negativos negligenciáveis, insignificantes ou conforme referido acima, tendo em atenção que o Regulamento de Avaliação do
mínimos, ou mesmo não existentes. Todavia, nos termos dos números 1 e 2 do artigo 7, Impacto Ambiental determina que as actividades de Categoria C estão isentas de
do Novo Regime do Licenciamento Simplificado, em regra, o exercício das actividades licenciamento ambiental, entendemos que o despacho do Ministério competente a
económicas abrangidas pelo presente regime não estão sujeitas a avaliação de impacto confirmar esta isenção deve ser suficiente para este efeito.
ambiental, desde que não se trate de fabrico de outras obras de madeira, de cestaria e
de espartaria e indústria de cortiça da subclasse 16299, classe 1629, Grupo 162, Divisão A licença simplificada é emitida presencialmente e no prazo máximo de um dia,
16, Secção C da Classificação de Actividades Económicas (abreviadamente designada por obedecendo ao modelo definido e a sua validade é indeterminada.
“CAE”).
As áreas das actividades económicas que beneficiam da licença simplificada são a
O Novo Regime do Licenciamento Simplificado é aplicável a pessoas singulares ou agricultura, comércio, comunicações, construção civil, cultura, indústria, pesca, prestação
colectivas que pretendam exercer actividade económica no território nacional, mas, nos de serviços e turismo, ficando isentas da licença simplificada à área de comércio e de
termos do artigo 6 do presente regime, são elegíveis para requerer a licença simplificada prestação de serviços, que passam a estar sujeitas a mera comunicação prévia. Importar
e de mera comunicação prévia, as pessoas singulares ou colectivas nacionais, bem como salientar que as actividades de construção civil, indústria, pesca e turismo, pese embora
as pessoas singulares estrangeiras. constem de uma lista das actividades económicas sujeitas à licença simplificada, estas
actividades são regulamentadas pelas respectivas legislações sectoriais.
É importante notar que o Novo Regime do Licenciamento Simplificado não define o que
é considerada pessoa colectiva nacional. Nestes termos, será considerada pessoa O valor da taxa para o pedido da licença simplificada é 50% (cinquenta por cento) do
colectiva nacional qualquer sociedade comercial que esteja devidamente constituída e salário mínimo em vigor na função pública, entretanto a certidão de mera comunicação
registada em Moçambique, pelo que as Representações Comerciais Estrangeiras não prévia não está sujeita a pagamento de qualquer taxa.
podem beneficiar-se deste Regime Jurídico.
Os agentes económicos que detêm licenças simplificadas emitidas nos termos do
As entidades competentes para a emissão, suspensão e revogação da licença simplificada anterior Regulamento do Licenciamento Simplificado têm o prazo de um ano a contar
e certidão de mera comunicação prévia são os Balcões de Atendimento Único (“BAU”). da data de entrada em vigor do Novo Regime do Licenciamento Simplificado, nomeada-
Nos locais onde não existe o BAU, são competentes os Governos Distritais onde se mente, a contar de 28 de Julho de 2017, para regularizar as suas licenças junto do BAU
exercerão as actividades, mediante articulação com o BAU localizado na província mais ou Governo Distrital sem incorrer quaisquer custos para tal.
próxima aos Governos Distritais, para a observância dos requisitos.
Embora o Novo Regime do Licenciamento Simplificado tenha entrado em vigor na data
Um dos aspectos a destacar introduzido por este Novo Regime do Licenciamento da sua publicação, importa referir que a implementação do mesmo pelos BAU a nível
Simplificado é a mera comunicação prévia, isto é, certas actividades deixam de estar nacional só iniciou este ano, por questões de actualização do sistema informático adopta-
sujeitas à obtenção de uma licença para o seu exercício, sendo suficiente a mera comuni- do por estas entidades.
cação prévia às autoridades competentes.
Com a simplificação do processo de licenciamento das actividades comerciais e de
A mera comunicação prévia das actividades económicas é feita mediante o preenchi- prestação de serviços, através da introdução da certidão da mera comunicação prévia, o
mento de um formulário próprio e a apresentação de um dos seguintes documentos: processo de licenciamento vai se tornar célere e, pelo facto de esta certidão não
a) Cópia do Bilhete de Identidade, Passaporte, Carta de Condução, Carteira Profissional acarretar nenhum custo, poderá contribuir para promover e encorajar mais investimento
no país. Esta inovação deverá passar a contribuir para a melhoria do tempo necessário
empresarial, Assembleia
Isabel Isaac Frengue Ngobeni para a entrada de novas empresas no mercado nacional.
Consultora
Jurista
ingobeni@salcaldeira.com

06 | SAL & Caldeira Advogados, Lda.


ROTULAGEM DE PRODUTOS: DESAFIOS AO CUMPRIMENTO DOS REQUISITOS
DOS RÓTULOS DE PRODUTOS PRÉ-MEDIDOS
Nos últimos tempos, as autoridades moçambicanas, particularmente o Ministério da Industria e b) ingredientes por ordem decrescente de quantidades presentes;
Comércio, por meio da Inspecção Nacional das Actividades Económicas (INAE) e o Instituto c) aditivos;
Nacional de Normalização e Qualidade de Moçambique (INNOQ) têm intensificado as d) corado artificialmente se for o caso;
diligências com vista à implementação e cumprimento das disposições legais referentes aos e) prazo de validade para o consumo humano; e,
requisitos de rotulagem de produtos com o intuito, sobretudo, de assegurar uma maior f) número do lote.
protecção e defesa do consumidor nacional.
Na NM15 constam quais as exigências técnicas referentes a algumas das inscrições supracitadas
Nestas diligências enquadram-se, de entre outras, os encontros realizados entre as autoridades que devem constar dos rótulos, designadamente, onde e como incluir as inscrições obrigatórias
e os vários intervenientes na cadeia de comercialização de produtos no país, com o objectivo de nos rótulos, a referência às unidades de medida a usar na indicação da quantidade líquida dos
promover a divulgação da legislação e recolha de sensibilidades, as inspecções aos estabeleci- produtos pré-medidos e em que quantidades prescritas os produtos podem ser comercializados.
mentos de comércio, assim como as campanhas de disseminação da legislação aplicável.
É de salientar que, nos termos da legislação, o rótulo pode adicionalmente conter as inscrições
Daí a pertinência deste tema como um alerta ao sector empresarial. Pretende-se aqui abordar, obrigatórias em outras línguas, mas a inclusão da informação na língua portuguesa é obrigatória.
de forma resumida e genérica, os principais aspectos a ter em conta relativamente à rotulagem
de produtos pré-medidos a comercializar no país. Nos termos do DM141/2013, a exposição à venda de um produto pré-medido que não satisfaz
às exigências do rótulo previstas na legislação pertinente, constituí uma infracção. As infracções à
Conforme definido pelo Diploma Ministerial n.º 141/2013, de 23 de Setembro, que aprova o legislação sobre os requisitos de rotulagem são passíveis das seguintes sanções administrativas:
Regulamento de Produtos Pré-medidos (“DM141/2013”), produto pré-medido é qualquer advertência, multa correspondente a 145 salários mínimos, apreensão, suspensão e interdição,
mercadoria constituída por uma unidade ou conjunto de unidades cuja quantidade tenha sido sem prejuízo das responsabilidades civis ou penais correspondentes, quando aplicáveis.
determinada e indicada no próprio rótulo, antes de ser colocada à venda, seja mercadoria
alimentar ou não alimentar. As autoridades responsáveis pela fiscalização do cumprimento das regras relativas à rotulagem
de produtos são várias. No entanto, a INAE e o INNOQ têm uma competência genérica sobre
O quadro legal vigente sobre a matéria abarca diversa legislação. No entanto, podemos destacar todos os produtos, sendo que outras autoridades como o Ministério da Saúde, Ministério da
os seguintes instrumentos legais: Agricultura e Segurança Alimentar podem estar envolvidas e terem competência sobre a matéria
(i) Lei n.º 22/2009, de 28 de Setembro, que aprova a Lei de Defesa do Consumidor consoante a natureza específica dos produtos.
(“L22/2009”);
(ii) Decreto-Lei n.º 2/2010, de 31 de Dezembro, que estabelece as disposições que regem a Face ao acima exposto, notámos que, embora a legislação sobre rotulagem no país esteja em
actividade de metrologia no país (“DL2/2010”); vigor há um tempo considerável, ainda carece de algum trabalho para que seja devidamente
(iii) Decreto n.º 27/2016, de 18 de Julho, que aprova o Regulamento da Lei de Defesa do implementada e cumprida por todos.
Consumidor (“D27/2016”);
(iv) Decreto n.º 15/2006, de 22 de Junho, que aprova o Regulamento sobre os Requisitos Para além da necessidade de melhoria nas acções de divulgação da legislação, existem alguns
Higiénico-Sanitários de Produção, Transporte, Comercialização, Inspecção e Fiscalização de desafios peculiares enfrentados pelos intervenientes na cadeia de comercialização de produtos
Géneros Alimentícios (“D15/2006”); no país, entre os quais podemos referir os seguintes:
(v) Decreto n.º 2/93, de 24 de Março, que cria o INNOQ (“D2/93”); e, (i) o facto de a maior parte dos produtos industrializados consumidos no país serem importados
(vi) DM141/2013, supra citado. e na maioria dos casos os rótulos não apresentarem a informação exigida na língua portuguesa,
o que acarreta a necessidade de um trabalho coordenado não só a nível interno do país, mas
Note-se ainda que cabe ao INNOQ, no âmbito das suas atribuições previstas no D2/93, sobretudo entre os importadores e fornecedores no exterior;
promover a elaboração e homologação de normas nacionais e proceder à sua divulgação. Estas (ii) o facto de Moçambique e Angola serem os únicos países cuja língua oficial é o Português ao
normas são elaboradas de acordo com os princípios constantes do Anexo 3 do Acordo sobre nível da África Austral e, adicionalmente, uma grande parte dos produtos importados para o país
Barreiras Técnicas ao Comércio da Organização Mundial do Comércio. Neste contexto, importa provirem da África do Sul ou de produtores que concebem os rótulos tendo em conta o
destacar a Norma Moçambicana 15:2017, com Termo de Homologação N.º 906/2017 de 07 de mercado regional da África Austral onde a língua oficial predominante é o Inglês. Para muitos
Julho de 2017 referente aos requisitos de rotulagem para produtos pré-medidos e requisitos destes produtores a alteração dos rótulos para assegurar a conformidade com a legislação
gerais para venda de produtos (adiante “NM15), elaborada com base na recomendação da moçambicana revela-se um mecanismo complexo, sobre o ponto de vista de viabilidade
Organização Internacional de Metrologia Legal – R079 e homologada no âmbito dos trabalhos económica, tendo em conta a dimensão do mercado moçambicano e angolano a nível da região
de harmonização de normas e regulamentos técnicos ao nível da SADC. e, ainda,
(iii) o facto de embora existirem alguns produtos com os rótulos em língua portuguesa e
Sem prejuízo de possíveis especificidades aplicáveis a cada produto, tendo em conta a legislação existirem alguns produtores que já tenham iniciado com as medidas com vista a inclusão da
acima, os rótulos dos produtos pré-medidos devem principalmente conter, de modo visível, informação em Português, é igualmente necessário ter-se em atenção os demais requisitos da
legível e em língua portuguesa, a seguinte informação: legislação e as exigências técnicas constantes da NM15. Nestes termos, é recomendável que
a) a identidade do produto; antes da adopção do rótulo, este seja submetido para a aprovação prévia do INNOQ.
b) a quantidade líquida expressa em unidades legais ou o número de unidades contidas nas
embalagens, conforme aplicável; Tendo em conta o acima descrito, notamos que, não obstante os esforços até aqui realizados
c) o nome e endereço comercial físico ou postal do fabricante, acondicionador, distribuidor ou pelas autoridades, julgamos existirem algumas acções adicionais que podem ajudar no processo
importador ou retalhista; com vista à devida implementação da legislação, tais como, reforçar as campanhas de divulgação
d) a data de fabricação; da legislação e sensibilização dos produtores para o cumprimento das exigências legais, incluindo
e) a informação sobre prováveis riscos do seu uso. recurso à imprensa, conceder vantagens e reconhecimento aos comerciantes cujos produtos
comercializados estejam em conformidade, adoptar medidas temporárias como permissão do
De acordo com o D15/2006, para o caso de produtos alimentares, é ainda necessário indicar: uso de películas aderentes, folhetos que disponibilizem as indicações exigidas por lei e que não
a) conteúdo nutritivo; acarretem custos adicionais elevados aos produtores, tendo igualmente em atenção que este
custo será também transferido para o consumidor final, entre outras. Ou seja, é necessário uma
empresarial,
José DurãoAssembleia
Gama acção concertada do sector empresarial e das autoridades para encontrar soluções viáveis para
Consultor Sénior o bom cumprimento da lei e defesa dos consumidores, sem que isso acarrete o encarecimento
Advogado excessivo dos produtos para o consumidor final e também o comprometimento de certos
jgama@salcaldeira.com segmentos de negócios para as empresas no mercado, com outras consequências negativas que
daí poderiam resultar.

www.salcaldeira.com | 07
INFORMAÇÃO SOBRE AS TAXAS DE RECONSTRUÇÃO
NACIONAL PARA O ANO DE 2018
O Diploma Ministerial nº 82/2017, publicado no dia 29 de Dezembro de 2017, estabelece as seguintes taxas
Sheila Tamyris da Silva    
do Imposto de Reconstrução Nacional a vigorarem em 2018:
Assistente
ssilva@salcaldeira.com

A distribuição das colectas do referido imposto será feita da seguinte maneira:


• 70% constitui receita do Orçamento Provincial;
• 25% constitui receita consignada aos Orçamentos Distritais;
• 5% Destina-se a remunerar os funcionários ou agentes que participam nas actividades de recenseamento
dos contribuintes e do lançamento do imposto

O presente Diploma não se aplica aos territórios onde é cobrado o Imposto Pessoal Autárquico, nos
termos da Lei nº 1/2008 de 16 de Janeiro, que define o regime e o sistema Tributário Autárquico.

08 | SAL & Caldeira Advogados, Lda.


NOVA LEGISLAÇÃO PUBLICADA

Diploma Ministerial nº 82/2017 de 29 de Dezembro de 2017 - Estabelece as taxas do Imposto de Reconstrução


Rute Nhatave    Nacional para o ano de 2018.
Arquivista / Bibliotecaria
rnhatave@salcaldeira.com Resolução nº 17/2017 de 28 de Dezembro de 2017- Ratifica o Protocolo à Convenção n.º 81, da Organização
Internacional do Trabalho de 1947, sobre a Inspecção do trabalho, adoptado em 22 de Junho de 1995.

Resolução nº 18/2017 de 28 de Dezembro de 2017 - Ratifica a Convenção n.º 176, de 22 de Junho de 1995, sobre
a Segurança e Saúde nas Minas, da Organização Internacional do Trabalho.

Resolução nº 21/2017 de 28 de Dezembro de 2017 - Ratifica a Convenção da União Africana sobre Protecção e
Assistência a Pessoas Internamente Deslocadas em África, adoptada pelos Estados Membros da União Africana, a
23 de Outubro de 2009.

Resolução nº 22/2017 de 29 de Dezembro de 2017 - Ratifica o Protocolo à Convenção n.º 29, sobre o Trabalho
Forçado, adoptado na 103.ª Sessão da Conferência Internacional do Trabalho, realizada no dia 11 de Junho de 2014.

Resolução nº 23/2017 de 29 de Dezembro de 2017 - Ratifica o Acordo de París, sobre as Mudanças Climáticas,
adoptado em París, França, a 12 de Dezembro de 2015.

Resolução nº 61/2017 de 29 de Dezembro de 2017 - Ratifica o Acordo de Prestação de Serviços Aéreos entre o
Governo da República de Moçambique e o Governo da República Francesa, assinado aos 3 de Maio de 2017, em
Maputo.

Resolução nº 58/2017 de 27 de Dezembro de 2017 - Ratifica o Protocolo Relativo à Emenda ao Artigo 50(a) da
Convenção sobre Aviação Civil Internacional, assinado a 6 de Outubro de 2016, em Montreal, cujo texto na língua
inglesa e sua tradução na língua portuguesa, em anexo, são parte integrante da presente Resolução.

Resolução nº 59/2017 de 27 de Dezembro de 2017 - Ratifica o Protocolo Relativo à Emenda ao Artigo 56 da


Convenção sobre Aviação Civil Internacional, assinado a 6 de Outubro de 2016, em Montreal, cujo texto na língua
inglesa e sua tradução na língua portuguesa, em anexo, são parte integrante da presente Resolução.

Resolução nº 25/2017 de 29 de Dezembro de 2017 - Aprova o Programa de Actividades da Assembleia da


República para o ano de 2018.

Resolução nº 26/2017 de 29 de Dezembro de 2017 - Aprova o Orçamento da Assembleia da República para o


ano 2018.

OBRIGAÇŌES DECLARATIVAS E CONTRIBUTIVAS


CALENDÁRIO FISCAL 2018 MARÇO

INSS 10 Entrega das contribuições para segurança social referente ao mês de Feverei-
Sérgio Ussene Arnaldo     ro de 2018.
Assessor Fiscal e Financeiro
sussene@salcaldeira.com IVA 15 Entrega da declaração periódica quando o sujeito passivo tenha créditos do
imposto.

IRPS 20 Entrega do Imposto retido na fonte de rendimentos de 1ª, 2 ª , 3 ª, 4 ª e 5 ª


categoria durante o Mês de Fevereiro 2018.

30 Até 30 de Março entrega de declaração de rendimentos ( Modelo 10), com


excepção dos sujeitos passivos que tenham auferido rendimentos para além
da primeira categoria que deverão submeter até 30 de Abril.
Imposto 20 Pagamento das importâncias devidas em documentos, contratos, livros e
de Selo actos designados na Tabela anexa ao Código de IS referente ao mês de
Fevereiro de 2018.

IRPC 30 Até 31 de Maio, apresentação da Declaração Periódica de Rendimentos


(Modelo 22)

30 .Até 30 de Junho, apresentação da Declaração Anual de Informação Conta-


bilística e Fiscal (Modelo 20 H e seus anexos).

IPM 30 Entrega do Imposto sobre a produção de petróleo referente ao mês de


Fevereiro de 2018.

IPP 30 Entrega do Imposto sobre a extracção mineira referente ao mês de Fevereiro


de 2018.

ISPC 30 Até 30 de Abril, efectuar pagamento do imposto referente ao 1º trimestre do


ano de 2018.

ICE 30 Entrega da Declaração, pelas entidades sujeitas a ICE, relativa a bens produzi-
dos no País fora de armazém de regime aduaneiro, conjuntamente com a
entrega do imposto liquidado (nº 2 do artigo 4 do Regulamento do ICE).

IVA 30 Entrega da Declaração periódica referente ao mês de Fevereiro acompan-


hada do respectivo meio de pagamento (caso aplicável).

www.salcaldeira.com | 09
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DISTINÇÕES

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FIRM

2018

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