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O gradativo processo de globalização, tem como resultado a intensificação

das relações econômicas e comerciais. Visto isso, da mesma forma que os direitos
humanos foram criados, a fim de estabelecer igualdade e equidade visando os
direitos da pessoa, na década de noventa, fora surgido o código de defesa do
consumidor. O mesmo estabelece normas para fins de defesa do
cliente/consumidor, mas mesmo com todo o seu “arsenal” judicial protetivo, é
questionado se o cidadão tem total ciência de seu poderio e seus direitos perante as
relações comerciais do cotidiano.
Um dos principais problemas e impasses para o cidadão na hora de
discussões e questionamentos sobre tais produtos a serem consumidos e ou
comercializados, é a argumentação perante aos seus direitos. É notória a falta de
preparo, quanto ao atendimento ao cliente e aos cuidados, quanto aos produtos a
serem comercializados em diversos aglomerados econômicos de vendas. As
problemáticas como: constrangimento, preços inflacionados sem justa causa, má
prestação de serviços e descumprimento de ofertas; são exemplos de situações que
são geradas devido a ciência da ausência de conhecimento do comprador sobre tais
aspectos que lhe tem direito a questionamento e reivindicações.
É importante refletir que ao decorrer do tempo, pessoas cada vez mais
jovens vêm sendo inseridas no meio consumista, pois a todo momento são criadas
formas para adentrá-las no mercado de trabalho a fim de adquirir capital. Boa parte
dos atuais e novos consumidores, não conseguem ter estabilidade financeira , visto
que na maioria das instituições de ensino, não existe um plano de estudo voltado
para a educação econômica. O mesmo acontece com os direitos do consumidor,
que acaba por construir cidadãos analfabetos no âmbito de legislação básica que os
deixam na inconsciência de seus direitos e sujeitos à passarem por situações
desprazerosas na hora de trocas comerciais.
Diante de toda essa problemática, medidas deverão ser tomadas para
garantir a extinção do maior obstáculo para tal problemática, a desinformação. O
Serviço de Informação ao Cidadão (SIC) e o Ministério da Cidadania, em parceria
com o Ministério da Educação, deverão criar um plano de inserção de legislação
básica em um determinado momento do processo de formação e educação do
cidadão, a fim de que o mesmo possa compreender e diferenciar de maneira correta
e efetiva, os seus direitos vigentes no código de defesa do consumidor.

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