Slides - Metodos

Negociação, mediação e
arbitragem
Vinícius Cerqueira - vncerqueira@hotmail.com

Acesso à justiça e solução de conflitos.
Negociação. Princípios da negociação. Negociador.

Procedimento da negociação.
Ementa Mediação. Princípios da mediação. Tipos de

mediação. Mediador. Procedimento de mediação.
Arbitragem. Princípios da arbitragem. Cláusula

compromissória e compromisso arbitral. Árbitro.
Procedimento arbitral. Sentença arbitral.

• CAHALI, Francisco José. Curso de

arbitragem. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2014.
• CALMON, Petronio. Fundamentos
Bibliografia da mediação e da conciliação.
básica Brasília: Gazeta Jurídica, 2013.
• GARCEZ, José Maria Rossani. ADRS:
Métodos alternativos de solução de
conflitos. Rio de Janeiro: Lumen Juris,
2013.
• CAPPELLETTI, Mauro; GARTH Bryant. Acesso à

justiça. Porto Alegre: Safe, 2002.
• CARMONA, Carlos Alberto. Arbitragem e processo.
São Paulo: Atlas, 2009.
• DINAMARCO, Cândido Rangel. A arbitragem na Bibliografia
teoria geral do processo. São Paulo: Malheiros, 2013.
• FISHER, Roger; PATTON, Bruce; URY, William. Como
complementar
chegar ao sim. Rio de Janeiro: Solomon, 2014.
• HEEN, Sheila; PATTON, Bruce; STONE, Douglas.
Conversas difíceis. Rio de Janeiro: Campus, 2011.
O que ler?
Leitura base: Sempre o mais atualizado

possível.
• Mediação:
• VASCONCELOS, Carlos Eduardo.
Mediação de conflitos e práticas
restaurativas
• CALMON, Petronio. Fundamentos
da mediação e da conciliação O que a leitura lhe for
• Arbitragem: mais agradável desde que
• SCAVONE JUNIOR, Luiz Antonio.
Manual de arbitragem mediação e com conteúdo completo.
conciliação

Avaliações
• Avaliações: datas no SIG
• Segunda chamada e recuperação conforme regras da UFLA.
• Avaliações à caneta azul.
• Pedidos de revisão por escrito e no prazo.
• Avaliações com prazo agendado não são prorrogadas.
• Conteúdo é cumulativo. Incluindo materiais disponibilizados
no campus virtual.
• Adicional/recuperação conforme regras da UFLA.
• São 3 avaliações.
• Duas presenciais e uma no campus virtual.

Recuperação • Estratégias de recuperação
• se tiver algum problema/dificuldade
não deixe para o final do período.
Procure o prof. ou a monitoria o quanto
antes.
• frequência e participação nas aulas

• frequência e participação nas
monitorias.
• prova e/ou estudos dirigidos –
Avaliação adicional.

Contato
E-MAIL: VINICIUS.CERQUEIRA@UFLA.BR ACOMPANHE O CAMPUS VIRTUAL E E-

MAIL INSTITUCIONAL. É O MEIO DE
CONTATO COM A TURMA.

Cultura de paz
Tribunal
e cultura de
multiportas
litígio
Conteúdo Legislações
Modelos de
negociação e
programático mediação
Procedimento Arbitragem:
de negociação e características
mediação e procedimento

Por que estudar esse
trem?

Por que estudar esse trem?
• Única oportunidade no curso de trabalhar algo não

contencioso.
• Campo de trabalho crescente.
• Oportunidade de ter algo diferente no seu currículo.
• Formação do processualista para a “adequação”.
Moldar procedimentos.
• Por que estudar isso juridicamente falando?

Escalada legislativa
Res. 75/2009
CNJ (alterada em
Lei 13.145/2015 2021)
- lei de mediação.
Lei 13.105/2015
- CPC.
Resolução-CNJ
125/2010 -
Lei 9.307/1996 - política judiciária
arbitragem. de tratamento
adequado de
conflitos.

Acesso à justiça

Acesso à justiça e acesso O que é acesso à justiça no
aos órgãos do judiciário. contexto de métodos?
Acesso à justiça
• Monopólio do Estado.
• Sobrecarga.
• O judiciário como uma escolha.
• Métodos diferentes para
situações diferentes.
Cultura de litígio e cultura
de pacificação

• O Poder Judiciário contava com

um acervo de 75 milhões de
processos pendentes de baixa no
final do ano de 2020, sendo que
mais da metade desses processos
(52,3%) se referia à fase de
execução.
• (CNJ, 2021).
Taxa de congestionamento do
judiciário é alta
Efeitos:
• Altos custos sociais e econômicos
• Excesso de demandas repetitivas
• Amontoado de lides com o Estado como
parte
• Etc.
Caso Bateau Mouche IV.
31/12/1988
24 anos de • STJ decide que famílias de vítimas do desabamento do edifício Palace II vão dividir R$ 30 milhões de
sofrimento… indenização | Rio de Janeiro | G1 (globo.com)
Caso edifício Palace 2.

22/2/1998
Resultado
• Ineficiência crônica do judiciário
Caso icônico: “bateau mouche”...1988

• Primeira indenização...2010
(https://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/primeira-indenizacao-do-bateau-
mouche-e-paga/n1237678504033.html)
• 30 anos depois...
(http://penoticias.com.br/blog/index.php/2018/12/31/parentes-de-
vitimas-de-naufragio-do-iate-bateau-mouche-ainda-aguardam-indenizacao-
apos-30-anos-do-acidente/) Notícia de 2018...
Agravamento:
• Predileção pela solução via judiciário

Entraves à cultura de soluções adequadas
(Watanabe, 2005)
Formação acadêmica para litigiosidade
Má utilização do sistema processual
Baixo resultado de acordos => qual realidade atual?
Falta capacitação e treinamento => qual cenário atual?
Preconceito ao uso de métodos adequados => Quem tem?
Sentenciar não cumpre pacificação => por que?
Juiz não deve ser conciliador? Por que?

Contra o acordo
Financeiro
Suportar tempo
Técnico
Exclusão de apreciação do judiciário
Litígios coletivos

Teoria do conflito

Teoria do conflito
Conflito é fenômeno social estudado em vários ambientes =>
filosofia, sociologia, psicologia, direito, etc.
Para o Direito é mais recente entender os porquês do conflito.
Por que entender o conflito?
Para resolver um problema é preciso entender a causa.

Como entender o conflito?
• Psicologia
• Sociologia
• Filosofia
• Direito
• Ciências sociais
• ...
Conflito
Adversaridade/Oponente
Emoções

O que é conflito?
• Conflito é dissenso. São interesses contrapostos.
• Comum no conflito é a outra parte ser tratada como inimiga/adversária. Qual efeito disso?
• Comunicação difícil. Enquanto um fala outro pensa na resposta
• Polarização argumentativa-probatória
• E por que isso ocorre?
• Decorre de um estado emocional que estimula polarização e dificulta percepção de interesses
comuns...
• mas isso é besteira...
• https://www.em.com.br/app/noticia/emprego/2019/03/26/interna_emprego,1041210/ter-
inteligencia-emocional-e-um-diferencial-para-sua-carreira.shtml ;
• https://exame.abril.com.br/carreira/faca-isto-se-quer-aumentar-a-chance-de-desenvolver-
inteligencia-emocional/

Conflito é inerente ao ser humano
• Deriva das complexas relações sociais-relações interpessoais
• Compreensão do conflito como algo natural permite trabalhar soluções
autocompositivas
• Afasta a demonização do conflito => produz violência e confronto
• Afasta a ideia de esconder o conflito na gaveta
Conflito é impossível de ser extirpado da sociedade, pode ser

tratado...como?
• Por dois caminhos...

Conflito “processado” pela via Conflito “processado” por via
adversarial estimula o argumento autocompositiva estimula
unilateral comunicação
• Comunicação falha ou • Fundamento no
inexistente com o outro (não reconhecimento de diferenças
se ouve) e identificação de interesses
• Percepção de não comuns
compreensão/escuta acirra as • Entender as relações
posições e polariza mais o interpessoais
discurso Crenças, direitos, interesses,
sentimentos...multiplicados na sociedade
complexa e diversificada. Ampliam vivência,
convivência e conflitos.
Quê mais sobre conflitos?
• Já que é inerente à condição humana, o que fazer?

• Encarar como chance de criar possibilidades, e entendimentos de
relações interpessoais-sociais.
• Tratar de forma construtiva.
• Ver todo conflito por vários ângulos => relação interpessoal;
problema objetivo/material; e “processo”
(desdobramentos...circunstâncias, responsabilidades, forma de
tratar, etc.).

Multiportas
Por que surge? Quais os motivadores?
Explosão de conflituosidade
Conflitos sociais | Estado pluriclasse | globalização | intensificação de relações
interpessoais
Qual o sistema de solução de conflitos? => Judiciário
 Não consegue absorver demanda
Explosão de Solucionador Exaurimento

conflitos único do Judiciário

Multiportas
Exaurimento do Judiciário
• Monopólio da força e instrumento legítimo de solução

• “Modelo padrão” não é adequado a todo tipo de conflito
• Movimento de acesso à justiça
• 1: hipossuficientes | 2: direitos coletivos | 3: técnicas processuais
diferenciadas
• Incerteza do direito
• Lentidão do judiciário
• “Escassez” orçamentária
• Superutilização por alguns “players”

TJMG (CPJus/IDP) 100 maiores litigantes.
• 2010 => $ 1.618,93 CNJ, 2012.
• 2011 => $ 1.986,23 • Setor público federal
• 2012 => $ 2.066,17 • Bancos
78,7 milhões de processos execução fiscal => $ • 2013 => $2.196,81 • Setor público estadual
pendentes (CNJ, 2019). – 4.368,00 • Telefonia
• Setor público municipal
suspensos = 64,6 milhões (março/2011/IPEA) • Conselhos profissionais
• Seguros/prev
• Serviços
• Planos de saúde
• Associações

Multiportas
O que é?
Política pública do judiciário
Vários mecanismos de solução |Adequação às
particularidades do conflito
Questão!? Como operacionalizar?
Difícil analisar e indicar qual melhor “porta”
Necessário treinamento/capacitação
Outras “portas” podem existir fora do judiciário

Multiportas
O que caracteriza? •Natureza do litígio
Triagem adequada •Relação entre partes
Voluntariedade •Valor em disputa
Adequação ao caso •Custo
•Velocidade da solução
•Natureza dos direitos
discutidos
•Etc.

Próximo assunto é comunicação.
Ele tem um ponto-chave.
Antes de iniciar, vamos a uma experiência...
Apenas diga, ao colega, familiar, namorado(a), etc. a seguinte frase e

anote a resposta:
- Hoje, estou cansado(a); Semana foi exaustiva;

“Entenda que o que nós queremos e
o que dizemos que queremos nem
sempre é a mesma coisa”(Chris Guillebeau. A
startup de $100).

Comunicação

• Contextual e adaptativa.
Comunicação • (Eu vou para a

praia) (Exibição da Web)
https://www.youtube.com/watch?v=ubxCrujzz3Q
• Isso é estudar a pessoa e entender o que a pessoa quer, e não
o que ela expressa verbalmente. Criar afinidade (rapport)
Harvey Specter SUITS - Lealdade - YouTube

Qual o principal “ativo” para uma boa comunicação?
• Ouvir!!! E prestar atenção em quem fala
Comunicação é comportamento
• Atenção! Comunicação é verbal e não verbal
Como construir comunicação não violenta (comunicação construtiva)

• “um conjunto de habilidades e competências que contribui para gerar confiança, empatia e
colaboração no trato dos inevitáveis conflitos da convivência humana,[...]”
Identificar necessidades, insatisfações
Comunicação para provocar mudanças

Atitude de acolhimento
• Afago
• Ambiente, amenidades
• Conotação positiva
• Ressiginificações
• Enfoque prospectivo
• Silêncio
• Normalização
• Quebrar a vergonha/incômodo de buscar ajuda
• Rapport
• Processo comunicativo

Escuta ativa
• Ninguém se entende se não é efetivamente

ouvido
• Deixar a outra pessoas se expressar
• “escute” a comunicação não verbal
• Observe expressões corporais
Perguntas sem julgamento
• Primeiro escute, depois pergunte

• Perguntar esclarece, sem ofender
• Perguntar evita ruídos. Evita “achismos”
• Objetivo de reflexão, contextualizar => formas de induzir a repensar a
questão
• Perguntas com base nas narrativas das pessoas (circular)
• Ex.: como foi? Onde foi? Qual foi a reação da pessoa? Qual o motivo
para essa ação?
• Ajudam identificar necessidades e interesses. Ajudam a criar opções

Reciprocidade escuta-fala
• Cada pessoa tem seu tempo de fala. Não se admite interrupções

• Fale e respeite o momento do outro
• Quem fala sem parar adota comunicação destrutiva. Não é
equitativa~, não é circular
• Estimular frases sem julgamento do outro (usar primeira
pessoa)
• Eu acho...eu senti...eu tive a impressão...eu penso...me
incomoda

Prioridade à questão relacional
• Questão material é contaminada pelos

ressentimentos
• As pessoas tem necessidade primária de
expressar raiva/mágoa/sentimentos =>
depois a questão material
Validação de sentimentos com empatia
• Lidar com diferenças

• Com diferentes pontos de vista
• Sua visão nunca é completa ou perfeita

Reformulação de mensagens ofensivas
• Ressifignificação, reenquadre, recontextualização de

afirmações
• Recolocar a frase em termos positivos. Reconhecendo
sentimentos e propondo
• Ex.: “João não paga o que me deve e fica ganhando tempo
com mentiras e se esconde para não falar comigo”. | “pelo
que entendi o senhor se sente prejudicado e gostaria de
receber um tratamento diferente do João, é isso?”

Métodos
adequados
Negociação Mediação Conciliação Arbitragem DSD

Negociação
baseada em
princípios

Comunicação
Relacionamento
Interesses
Opções
Legitimidade
Alternativas
Compromisso
Mediação
 Mediação
 Método baseado no diálogo
 Mediador conduz o processo para facilitar o diálogo entre pessoas
 Tentar instalar comunicação construtiva
 Vários modelos de mediação

Conciliação
Foco no acordo
Adequada para relações casuais
Solucionar questão de interesse material/jurídica
Terceiro propositivo

Arbitragem
Lei 9307/1996
Poder de decisão
Procedimento regulado/matérias de ordem pública

Avaliação neutra
Perícia ou arbitragem não vinculativa
Medida preventiva
Estimula soluções negociadas
Levantamento de valores, e questões técnicas

Resolução CNJ CPC/2015, art.
125/2010 165-175
Lei 13.140/2015, Resolução TJMG

lei de mediação 611/2011

PORTARIA Nº 3923/2021/3ª
Vice-Presidência
Regulamenta a utilização das
Constelações Sistêmicas nos
O que é necessário legislar?
Centros Judiciários de Solução de
Conflitos e Cidadania - CEJUSCs e
nas práticas restaurativas no
Estado de Minas Gerais.

Princípios gerais Conceitos Remuneração Confidencialidade Obrigatoriedade
Mediação
Mediador e
conciliador

Paradigma do processo civil
Novo paradigma no processo civil
• Normas fundamentais => art. 3º, §3º, CPC. pensar no

modelo de cooperação. Sem ingenuidade.
• Desestímulos a litigância
• Honorários acumulados em fases processuais (art.
85, CPC).
• Estabilidade da jurisprudência (art. 926, CPC).
• Distribuição dinâmica do ônus da prova (art. 373).

Princípios
• Independência
• Imparcialidade
• Oralidade
• Autonomia das partes
• Decisão informada
• Isonomia
• Informalidade
• Confidencialidade

Considera-se mediação a atividade técnica exercida
por terceiro imparcial sem poder decisório, que,
escolhido ou aceito pelas partes, as auxilia e estimula
a identificar ou desenvolver soluções consensuais
para a controvérsia. (lei 13.140, art. 1, § único)

O conciliador, que atuará O mediador, que atuará preferencialmente
preferencialmente nos casos em que não nos casos em que houver vínculo anterior
houver vínculo anterior entre as partes, entre as partes, auxiliará aos interessados
poderá sugerir soluções para o litígio, a compreender as questões e os interesses
sendo vedada a utilização de qualquer tipo em conflito, de modo que eles possam,
de constrangimento ou intimidação para pelo restabelecimento da comunicação,
que as partes conciliem. (art. 165, §2º, identificar, por si próprios, soluções
CPC) consensuais que gerem benefícios mútuos.

• Quem pode ser mediador?
• Judicial (art. 11, lei 13.140)
• Curso superior há no mínimo 2 • Impedimentos
anos • Art. 5º, lei 13.140/2015
• Capacitação específica • Art. 144 e 145 do CPC
• Extrajudicial (art. 9, lei 13.140)
• Qualquer pessoa

Remuneração
Voluntário
básico
intermediário
avançado
extraordinário

Declaração de abertura
Exposição de razões pelas partes
Identificação de interesses, questões e sentimentos
Esclarecimento acerca de questões, interesses e

sentimentos
Resolução de questões

Apresente-se e Explique o Descreva o
apresente as papel do processo de
partes mediador mediação
Busque adesão Descreva as

para que seja expectativas do
assegurada a mediador em
confidencialida relação às
de partes
Confirme
Comente sobre Descreva o
disposição para
participar da o papel dos processo a ser
mediação advogados seguido

1. Apresente-se e apresente as partes
5. Descreva as expectativas do mediador em relação às partes
[ ] Anote os nomes das partes e os utilize no decorrer da mediação
[ ] Trabalhar conjuntamente para tentar alcançar uma solução
[ ] Recorde eventuais interações anteriores entre o mediador e as
partes [ ] Escutar sem interrupção
2. Explique o papel do mediador [ ] Explicar suas preocupações
[ ] Não pode impor uma solução [ ] Escutar a perspectiva da outra parte
[ ] Não é um juiz [ ] Tentar seriamente resolver a questão
[ ] Imparcial [ ] Revelar informações relevantes às outras partes
[ ] Facilitador 6. Confirme disposição para participar da mediação
[ ] Ajuda os participantes a examinar e a expressar metas e interesses 7. Comente sobre o papel dos advogados
3. Descreva o processo de mediação 8. Descreva o processo a ser seguido
[ ] Informal (nenhuma regra de produção de prova) [ ] Tempo
[ ] Participação das partes bem como dos advogados [ ] Logística
[ ] Oportunidade para as partes falarem [ ] Regras básicas para condução do processo
[ ] Possibilidade de sessão privada (ou sessão individual) [ ] Partes têm a oportunidade de falar
4. Busque adesão para que seja assegurada a confidencialidade [ ] Sessões privadas ou individuais
[ ] Explique eventuais exceções [ ] Quem irá falar primeiro
[ ] Perguntas?
Vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=IXkha1RHPFw
Série Suits

https://www.youtube.com/watch?v=IXkha1RHPFw
Tempo: 3:00-3:40
Analisar as possibilidades e custos (exceto o lance do poker né!)
Tempo: 3:41-5:30
Analisar várias possibilidades de negociar. Não consegue sozinho. Ajuda? Algum
especialista? Alguém com mais experiência?

Negociação
Duas espécies Nem sempre existirá duas etapas.
Integrativa => criar valor As vezes a tarefa é só dividir o valor.
Distributiva => repartir valor
Três dimensões
1. Emocional
2. Técnico
3. Conhecimento do objeto

Negociação Integrativa
Programa de harvard (https://www.pon.harvard.edu/)
Premissa
Negociação como processo (etapas)
Início, meio e fim
Visão estratégica
Composição em 7 elementos

Negociação integrativa
1. Elementos da negociação:
1. Comunicação
2. Relacionamento
3. Interesses
4. Opções
5. Legitimidade
6. Alternativas
7. Compromisso

Comunicação
Formas de comunicação
Objetivo é trocar informação e não convencer

Obstáculos da comunicação eficaz
1. Partes não se ouvem
Falam ao mesmo tempo
Foco em falar e não em prestar atenção
Quem não ouve não capta interesses
2. Distração
 Falta foco na mesa
 Perda de informação
•Anote
•Faça pausas

Comunicação integrativa
 Obstáculos da comunicação eficaz
3. Ninguém está falando
 Falta clareza do ojbeto/objetivo
 Relacionamento ruim
4. Equívocos/ruídos de comunicação
 Premissas erradas, não confirmadas
•Confirmar interesses
•Perguntas

Boas práticas de comunicação
Objetivo é:
1. Ouvir e captar pretensões
2. Evidenciar ganhos com o acordo
3. Apresentar concessões e contrapartidas que espera receber
4. Esclarecer dúvidas ou ruídos de comunicação
 Resumo:
 Levantar informações => entender reais interesses => receber e apresentar
sugestões

Boas práticas de comunicação
“Framing” (enquadramento)
Embalagem da mensagem
Forma de apresentação influencia a escolha
Pense em como sua informação será recebida
Persuasão
Despertar ação no outro
É mais que convencer (crença)

Relacionamento
Qual interesse maior? Alcançar objetivo com negociação mais agressiva
que pode comprometer o relacionamento ou flexibilizar objetivo e manter
bom relacionamento?
Depende de conhecer o outro (cultura, empresa, valores, etc.)

Interesses
Real motivo
Negociar é satisfazer interesses
Como identificar?
Perguntando!
Categorias:
1. Opostos (ex.: compra e venda)
2. Diferentes (ex.: sócios de empresa. Um quer controle de rumos. Outro quer
controle econômico)
3. Comuns (ex.: cláusula de sigilo)

Opções
Diferentes propostas
O que dificulta criação de opções?
1. Julgamento prematuro
2. Buscar solução única
3. Premissa de que o bolo é de tamanho único
4. Solucionar problema do outro é problema dele

Legitimidade
Característica de opção justa e adequada
Como legitimar a opção?
Critério objetivo
Terceiro validar a proposta

Alternativas
Qual o cenário sem acordo?
Tem melhor posição de negociação quem não depende do acordo (ex.:
fabricante automóveis vs. Artesão)
Diferença entre opções e alternativas

Compromisso
Por escrito, sempre
Detalhado
Efetivação do acordo
Verificar as obrigações assumidas

Negociação distributiva
Preços
1. Preço alvo
 É a meta. Projeção de valor
2. Preço limite
 Até onde se alcança para fechar o acordo?
3. Preço âncora
 Primeira proposta
 Costuma influenciar toda a discussão de preço

Zona possível
de acordo
(ZOPA)
Alternativa
(BATNA)

Mediação transformativa
O que é? Há diferentes
modelos teóricos/práticos?
• Foco em alterar o relacionamento das pessoas

Qual a diferença marcante? • Modelo tradicional (baseado na negociação) tem foco na solução do
problema
Concentração • Fortalecimento, respeito, autonomia, autodeterminação e

capacidades/habilidades das reconhecimento das necessidades/valores do ‘outro’
pessoas • Não significa concordar com o outro
• Fortalecimento/empoderamento
Base de trabalho • Reconhecimento (do outro, interesses e necessidades)

Objetivos
• Compreender o que move suas decisões (preferências, valores,
opções, etc.)
• Melhor entender a perspectiva da outra pessoa
Pretende mudança no conflito e nas pessoas
Qual mudança?
• A forma de interação das pessoas (passar a ser positiva)
Meta é construção de um modelo relacional de bem-estar
Pessoas são protagonistas da decisão
Quais os suportes?
• Autonomia (decida e assuma consequências)
• Empatia (compreenda situação do outro)
Acordo não é meta primária

Conflito é crise de interação
das pessoas
Conflito
Escalada do conflito
• Sensação de fraqueza
Espiral descendente da relação
• Comportamento
defensivo
• Impotência/incapacidade
• Hostilidade para com o
outro

Espiral ascendente Autoconfiança
Protagonismo
Empatia
Criação de interações construtivas
retroalimentação

Como alterar a relação entre pessoas?
• Concentrando na forma de comunicação

• Verbal
• Não verbal
• Contexto (ambiente histórico-físico-social)
• Comunicação é processo construtivo
• Como trabalhar para a comunicação melhorar?
• Redefinindo/recontextualizando [framing]
• Perguntas para reflexão

Dois principais vetores
• Empoderamento/autodeterminação/autorresponsabilidade
• Decisão das pessoas
• Cada um sabe o que é melhor para si
• Reconhecimento/empatia
• Lidar com a situação do outro
• Por meio da comunicação que reordenada permite
reconhecer situação alheia

E o mediador?
• Não propositivo
• Delega responsabilidade do resultado
• Usar oportunidades de promover
autorresponsabilidade e reconhecimento
• Potencializar o protagonismo das pessoas
E funciona? Todo mundo tá de acordo?
• É idealístico e não tem foco

• Utilização limitada a contexto de negócios e tribunais
• E se a pessoa for representada por advogado? Não
impacta sua forma de relacionar com a outra pessoa
• Etc.
• No Brasil?
• Mais comumente relacionado à mediação familiar

Ponto de vista de um nunca
é melhor ou mais
completo que de outro
“percepção é uma verdade

com traços emocionais”

Foco é a narrativa do indivíduo
Um ponto de vista nunca é

completo/melhor/mais verdadeiro
A história com contexto

pessoal/cultura/social
Pontos:
• Pessoa interfere no sistema que observa
• Indivíduo como qualificador de sua mensagem
• Mundo percebido não é o mundo objetivo

Narrativa é impregnada com contexto de mundo da pessoa
• Seleção de fatos
• Problema não é o fato, mas percepção do fato
Objetivo é incluir visões diferentes dentro de narrativas

dominantes
Narrativas costumam ter forte carga emotiva, de negação, de

acusação, etc. Tenta desqualificar a outra pessoa
Como trabalhar?
• Corroer/romper coerência interna da

narrativa
• Buscar pontos conflitantes nos
valores/fatos/sequencia lógica-
argumentativa/etc.
• Gera reconhecimento de outros fatos e
modificação da narrativa
• Reuniões separadas=> evita o espírito
competitivo
• Despersonalização do problema
• Escuta ativa

Narrativa Harvard (“linear”) Transformativa
O conflito é examinado por meio das Conflito origina do desequilíbrio de Conflito é uma crise que coloca a
histórias narradas pelas partes - necessidade individuais não interação humana em crise, sem ciclo
interpretações que dão ao conflito -, atendidas. destrutivo. O conteúdo e a dinâmica
os relatos são a matéria-prima a ser Não se preocupa em construir e do diálogo são a matéria-prima do
Conflito e partes trabalhada. Conflito é proveniente de desconstruir histórias. processo.
uma situação, sem personalização de
nenhuma pessoa.
Lida com o discurso. Com histórias Também utiliza os relatos. Mas com Lida com diálogo presente,
que ressignificadas oferecem objetivo de identificar interesses oferecendo reflexão, compreensão
Relato das partes oportunidades de solução comuns que favoreçam o acordo das necessidades próprias, e
compreensão das motivações alheias.
Escuta dos relatos por meio de Identificação de pautas de trabalho Interlocutor para facilitar a
perguntas para incorporar que expressem comunicação entre as partes.
alternativas às histórias. Auxiliar interesses/necessidades em comum.
Atuação do mediador pessoas a despersonalizar o
problema. Ajudar pessoas a
criticarem seus relatos e formarem
novos com fatos 'escondidos'.
Consenso como meta. Cuidando Concentração na obtenção do acordo. Acordo não é prioridade e nem
Acordo sob a ótica dos diferentes igualmente da relação entre as objetivo. Concentra-se na melhoria da
modelos partes. comunicação/interação entre
pessoas.
Honorários do Mediador
Valor da Causa Taxa de Administração
/Hora
camesbrasil.com.br – maio 2019
Até 60.000,00 R$ 1.000,00 R$ 200,00
De R$ 60.000,01 a 100.000,00 R$ 1.500,00 R$ 250,00
De R$ 100.000,01 a 300.000,00 R$ 2.000,00 R$ 300,00
De R$ 300.000,01 a 500.000,00 R$ 2.500,00 R$ 350,00
De R$ 500.000,01 a 700.000,00 R$ 3.000,00 R$ 400,00
De R$ 700.000,01 a 900.000,00 R$ 3.500,00 R$ 450,00
De R$ 900.000,01 a 1.000.000,00 R$ 4.000,00 R$ 500,00
De R$ 1.000.000,01 a
R$ 4.500,00 R$ 600,00
1.500.000,00
De R$ 1.500.000,01 a
R$ 5.000,00 R$ 700,00
2.000.000,00
Acima de R$ 2.000.000,00 R$ 6.000,00 R$ 750,00
Ciesp-Fiesp – maio 2019
VALOR ESTIMADO DA CONTROVÉRSIA VALOR DA HORA

Até R$ 500.000,00 R$ 350,00
R$ 500.000,01 a R$ 1.000.000,00 R$ 500,00
R$ 1.000.000,01 a R$ 2.000.000,00 R$ 700,00
R$ 2.000.000,01 a R$ 10.000.000,00 R$ 900,00
Acima de R$ 10.000.000,01 R$ 1.000,00
Taxa de administração de 1% sobre valor do conflito. Mínimo $1.000,00 e máximo $5.000,00

Agora pense em uma discussão sobre uma complexa
obra de engenharia. A construção de uma
autoestrada ou uma pequena central hidroelétrica,
por exemplo. Quantos problemas técnicos de uso de
materiais, cálculos e de logística devem acontecer?
• Pois é. Nesse caso, você acha mais viável um juiz resolver o
problema ou um engenheiro especialista nessas questões?

Onde você mais encontra bom uso da arbitragem?
• Áreas de forte conhecimento técnico. Específico. Aprofundado.

• Contratos de franquia
• Área de construção civil, pequenas centrais hidroelétricas
• Empresarial (aumento de capital social e diluição de sócios)
• Obras grandes e de longo prazo. Parceria público-privada
• Concessão de obra para construção e gestão de penitenciária
(PPP Neves - GPA PPP | GPA com Você Parceria que transforma -
Concessões e Parcerias - MG - Complexo Penal (ppp.mg.gov.br) )

Arbitragem – aspectos gerais
O que é? (lei 9.307/1996 – LA)
• Solução de conflito por terceiro imparcial – heterocompositiva

• Lei 9.307/1996 consolida porque exclui a homologação
• Árbitro juiz de fato e de direito, art. 18, LA
• Atividade jurisdicional (equiparável)
• Aplica direito ao caso concreto e encerra a lide. Forma “coisa
julgada material”
• Forma título executivo judicial (art. 515, VII, CPC)
• Partes optam por solução arbitral, mas decisão é imposta =>
extinção sem resolução do mérito (art. 485, VII, CPC)

“a arbitragem pode ser definida, assim, como o meio
privado, jurisdicional e alternativo de solução de
conflitos decorrentes de direitos patrimoniais e
disponíveis por sentença arbitral, definida como título
executivo judicial e prolatada pelo árbitro, juiz de fato
e de direito, normalmente especialista na matéria
controvertida” (SACAVONE JUNIOR, Luiz Antonio.
Manual de arbitragem. 2016).

Arbitragem
Natureza jurídica: contratual ou jurisdicional?
• Problema forte antes da lei 9307/1996

• Natureza contratual ou jurisdicional (privatista ou pública)
• Inegável no que se refere a mecanismo para solução de conflito de
forma definitiva por meio de um terceiro imparcial que apresenta o
direito aplicável ao caso
• Confirmando a tese de natureza de jurisdição
• Sentença arbitral é título executivo judicial (art. 515, VII, CPC); Art.
42, CPC => partes podem optar pela via arbitral; art. 485, CPC =>
extinção do processo sem resolução de mérito
• Art. 31, LA

Arbitragem
Vantagens
Especialização
Rapidez
Recorribilidade
Informalidade
Confidencialidade
Fonte: https://www.international-arbitration-attorney.com/pt/cost-duration-arbitration/
Fonte: https://ccbc.org.br/cam-ccbc-centro-arbitragem-mediacao/sobre-cam-ccbc/estatisticas-
gerais/
Entidade Duração média (meses)

Singapore Centro de Arbitragem 11.7
Internacional (“SIAC”) (dados de 10
Outubro 2016)
Tribunal de Arbitragem Internacional 16
de Londres (“LCIA”) (dados de 3
novembro 2015)
Instituto de Arbitragem da Câmara de 13.5
Comércio de Estocolmo (“SCC”) (dados
de 24 fevereiro 2016)
Câmara Comércio Brasil-Canadá A média de duração dos procedimentos
(CCBC) iniciados entre 2013 e 2017 é de 15
meses e meio
Fonte: câmara de mediação, conciliação e arbitragem do RJ
VALOR DO LITÍGIO TAXA DE ADM. HONORÁRIO POR ÁRBITRO

Até 100.000 500,00 3.000,00
De 100.001 a 200.000 1.000,00 4.000,00
De 200.001 a 300.000 2.000,00 5.000,00
De 300.001 a 400.000 3.000,00 6.000,00
De 400.001 a 500.000 4.000,00 7.000,00
De 500.001 a 600.000 5.000,00 8.000,00
De 600.001 a 700.000 6.000,00 9.000,00
De 700.001 a 800.000 7.000,00 10.000,00
De 800.001 a 900.000 8.000,00 12.000,00
De 900.001 a 1.000.000 9.000,00 15.000,00
De 1.000.001 a 1.500.000 10.000,00 20.000,00
De 1.500.001 a 2.000.000 12.000,00 25.000,00
De 2.000.001 a 3.000.000 13.000,00 30.000,00

Arbitralidade

Arbitralidade
Direitos patrimoniais disponíveis
• Patrimoniais tem origem em contratos, atos ilícitos,

declarações unilaterais
• Não patrimoniais
• Personalidade: vida, honra, imagem
• Estado das pessoas: capacidade, filiação, poder familiar
• Disponível se relaciona com a capacidade de alienar, e
transacionar sobre direitos

Arbitragem – direito material aplicável
Art. 2 e 11, LA
• Partes podem escolher direito aplicável. Inclusive estrangeiro. (ex.: leis

internacionais de comércio; leis corporativas; equidade; etc.)
Arbitragem pode ser:
• De direito: partes escolhem regra a aplicar

• De equidade: o que parecer justo e coerente ao árbitro. Desde que não
exista norma cogente (acreditar no senso de justiça!)
• De aplicação dos princípios gerais de direito, ou de usos e costumes
(LINDB)

Princípios
Autonomia privada (autonomia da vontade)

• O estabelecimento da arbitragem, não sobre a decisão
• Ex.: escolher entidade; escolher regras aplicáveis; etc.
Kompetenz-kompetenz
• Art. 8, §único, LA
• Existência/validade/eficácia da convenção de arbitragem
• Viabilidade do conflito ser submetido na via arbitral
Devido processo legal
• Art. 21, § 2, LA
• Contraditório/igualdade/imparcialidade/livre convencimento

“Em resumo, ainda que o conflito verse sobre a competência do árbitro ou sobre a nulidade do
próprio contrato ou da convenção de arbitragem, a controvérsia deverá ser decidida inicialmente
pela arbitragem e não pelo Poder Judiciário, mesmo que as partes tenham resilido bilateralmente o
contrato e a controvérsia verse sobre o distrato.” (SACAVONE JUNIOR, Luiz Antonio. Manual de
arbitragem. 2016)
Ideia da competência-competência (kompetenz-kompetenz).
Competência de verificar a própria competência para dirimir o conflito.

Entidade
Gestão
Institucional
administrativa
Regras
procedimentais
Arbitragem
Árbitro
Definir regras de
Ad hoc
procedimento
Fazer a gestão
administrativa

Cláusula Prévio ao
compromissória conflito
Convenção de
arbitragem
Compromisso
Conflito já existe
arbitral

Cláusulas
Cláusula compromissória – art. 4, LA
• Escrita
• No mesmo contrato
• Documento apartado
• Vinculada ao contrato
• Partes podem restringir alcance
• Contrato de adesão – art. 4, §2
• Doc anexo ou negrito
• Assinatura em separado

Cláusulas
Cláusula arbitral
•Cheia ou Vazia
•Classificação pelo conteúdo
•Efeitos iguais: solução pela via
arbitral
Cláusulas
Elementos da compromissória/cláusula cheia
Obrigatórios (art. 10, LA)

• Qualificação das partes e árbitro. Indicação de entidade
• Matéria objeto. Pode ser parcial.
• Lugar de proferir sentença
Opcionais (art. 11, LA)
• Local de desenvolvimento
• Autorizar julgamento de equidade
• Prazo para sentença (art. 23, LA)
• Indicar lei e/ou regras corporativas aplicáveis
• Honorários e despesas

Cláusulas
Cláusula arbitral cheia – art. 5
• Necessário para início da arbitragem

• Regras institucionais/critério de escolha do árbitro
• Exemplos de questões a contratar: quantidade de
árbitros; requisitos da indicação; restrição de tutela
de urgência; forma dos atos; local da sentença; etc.
• Procedimento inicia com aceite do árbitro – art. 19

Cláusulas
Cláusula arbitral vazia ou “em branco”
• Lacuna sobre a forma de instauração

• Supre-se pelo compromisso
• Direto com as partes
• Pelo judiciário
• Vincula as partes à arbitragem
• Renúncia da jurisdição estatal
• Cláusula vazia
• Efeito: impede imediata instalação da arbitragem
• Solução: compromisso arbitral

Cláusulas
Como resolver a cláusula vazia?
• Extrajudicial – art. 6, LA
• Comunica a outra parte
• Firma compromisso
• Não comparecimento ou recusa => enseja ação judicial
• Judicial – art. 7, LA
• Requer citação => indica objeto e junta documento => todos em audiência
tenta conciliação => tenta compromisso arbitral por acordo => não há
acordo => juiz decide e estipula compromisso, observando o art. 10 e 21,
§2, LA => se autor ausente: extinção => se réu ausente: fixa compromisso
e nomeia árbitro
• Não discute mérito | somente decide o compromisso |

Cláusulas
Modelo cláusula
compromissória CAMARB
“Toda e qualquer controvérsia decorrente ou relacionada ao presente contrato

será resolvida por Arbitragem, a ser administrada pela CAMARB – Câmara de
Mediação e Arbitragem Empresarial – Brasil, de acordo com as normas de seu
Regulamento de Arbitragem.”
As partes adicionalmente podem definir a sede da arbitragem, o idioma e
o número de árbitros, da seguinte forma:
“A sede da arbitragem será ___________ (cidade, estado, país).”
“O idioma será _____________ .”
“As partes definem que o procedimento contará com a atuação de ______ (1 ou 3)
árbitro(s), nomeado(s) conforme o disposto no referido Regulamento.”

Cláusulas Modelo cláusula
compromissória padrão
I – CLÁUSULA PADRÃO:
“Qualquer litígio originário do presente contrato, inclusive quanto à
sua interpretação ou execução, será definitivamente resolvido por
arbitragem, administrada pelo Centro de Arbitragem e Mediação da
Câmara de Comércio Brasil-Canadá (“CAM-CCBC”), de acordo com o
seu Regulamento, constituindo-se o tribunal arbitral
de [um/três] árbitros, indicados na forma do citado Regulamento.”

Cláusulas Modelo cláusula
compromissória padrão
II. CLÁUSULA DETALHADA:

1- Qualquer controvérsia oriunda deste contrato ou com ele relacionada será
definitivamente resolvida por arbitragem.
1.1- A arbitragem será administrada pelo Centro de Arbitragem e Mediação da
Câmara de Comércio Brasil-Canadá (“CAM-CCBC”) e obedecerá às normas
estabelecidas no seu Regulamento, cujas disposições integram o presente
contrato.
1.2- O tribunal arbitral será constituído por [um/três] árbitros, indicados na
forma prevista no Regulamento do CAM-CCBC.
1.3-. A arbitragem terá sede em [Cidade, Estado].
1.4-. O procedimento arbitral será conduzido em [idioma].
1.5-. [lei aplicável]
Cláusulas
Modelo cláusula escalonada
Med-Arb
CLÁUSULA DETALHADA ESCALONADA MED-ARB.:
1- Qualquer controvérsia originária do presente contrato, inclusive quanto à sua interpretação
ou execução, será submetida obrigatoriamente à Mediação, administrada pelo Centro de
Arbitragem e Mediação da Câmara de Comércio Brasil-Canadá (“CAM-CCBC”), de acordo com o
seu Roteiro e Regimento de Mediação, a ser coordenada por Mediador participante da Lista de
Mediadores do CAM-CCBC, indicado na forma das citadas normas.
1.1- A controvérsia não resolvida pela mediação, conforme a cláusula de mediação acima, será
definitivamente resolvida por arbitragem, administrada pelo mesmo CAM-CCBC, de acordo com
o seu Regulamento.
2.1- A arbitragem será administrada pelo CAM-CCBC e obedecerá às normas estabelecidas no
seu Regulamento, cujas disposições integram o presente contrato.
2.2- O tribunal arbitral será constituído por [um/três] árbitros, indicados na forma prevista no
Regulamento do CAM-CCBC.
2.3-. A arbitragem terá sede em [Cidade, Estado].
2.4-. O procedimento arbitral será conduzido em [idioma].
2.5-. [lei aplicável] Vinícius Cerqueira - vncerqueira@hotmail.com
Árbitro
“posta assim a questão, tratando-se de pessoa natural, o árbitro deve

ser absolutamente capaz, ou seja, deve ter capacidade de exercício
pessoal dos direitos, o que significa dizer que não pode estar incluído
em nenhuma das causas de incapacidade relativa ou absoluta,
determinadas, respectivamente, nos arts. 3 e 4 do CC, sendo que a
cessação das incapacidades se dá pela cessação das causas que a
determinam e, para os menores, está disciplinada pelo art. 5 do CC.”
(SACAVONE JUNIOR, Luiz Antonio. Manual de arbitragem. 2016)
• Pode ser pessoa jurídica?

Árbitro
Estrutura-chave Quem pode ser
árbitro? – art. 13 Atividade é exclusiva
• Confiança de pessoas físicas?
• Expertise na decisão • Qualquer pessoa capaz (doutrina maioritária,
• Confiança das partes
sim)
Não exige formação

jurídica, mas é
recomendável Possível painel
híbrido
• evita vícios de
procedimento

Árbitro
Indicação => nomeação => aceitação
Partes podem estabelecer procedimento de escolha
• Art. 13, §3
• Lista prévia, titulação acadêmica, experiência profissional, etc.
• Preferível critérios objetivos
Instituições preveem como escolher

Árbitro
Lista fechada
• O que é? Escolhe na lista institucional

• Porque?
• Controle de qualidade das decisões
• prévia aprovação para ingresso na instituição
• revisão e manutenção de nomes com periodicidade
Quantos árbitros?
• Sempre em número ímpar – art. 13, §1

• Eleitos pelas partes desempatam – art. 13, §2

Árbitro
Painel arbitral – presidente do painel arbitral
• Partes elegem co-árbitros => que elegem presidente

• Incumbe ao presidente
• Voto decisivo – art. 24, §1
• Nomeação de secretário – art. 13, §5 => função
burocrática
• Pode ser um dos árbitros – não recomendável

Poderes => art. 18, LA
• Juiz de fato e direito.

• Decide de forma impositiva a lide
Deveres => art. 13, §6º, LA
• Imparcialidade: sem envolvimento com partes ou interesse no

conflito
• Independência: critério objetivo (econômico, profissional, afetivo,
etc.)
• Competência: critério de escolha do árbitro. Atributos. (ex.:
formação, experiência profissional, etc.) – capacidade técnica
• Diligência: trabalhar com cuidado – gerenciamento do
procedimento
• Discrição: colaborar com o sigilo que costuma ser a regra
Equiparação => art. 17, LA
• No tocante à lei penal

• Evitar desvios e corrupção
• Ex.: peculato, corrupção, prevaricação, etc.

Árbitro
Impedimento e suspeição – art. 14
• Art. 144 e 145, CPC

• Partes podem aceitar árbitro, mesmo com restrição
• Dever de revelação – art. 14, §1
• Revelar fato que compromete imparcialidade ou
independência
• Recusa – art. 14, §2

Árbitro
Substituição do árbitro – art. 16
• Indicado ou nomeado
• Árbitro pode escusar-se
• Não há ainda vínculo com partes
• Depois de aceito o encargo
• Árbitro larga a investidura
• Acolhe-se recusa oposta
• Substituição – como ocorre?
• Regras no compromisso
• E se não existir no compromisso?
• Regras da instituição
• Comum acordo
• Sem acordo => via judiciário

Árbitro
Responsabilidade
• Penal – art. 17 (prevaricação, corrupção, desobediência,

desacato, etc.)
• Civil
• Não rpevisão expressa
• Decorre da atuação do árbitro
• Decorre da essência da atividade
• Ex.: extinção sem sentença

Árbitro
Árbitro juiz de fato e de direito – art. 18
• Após lei 9307/1996 não precisa mais de

homologação de sentença arbitral
• Exerce jurisdição plena na cognição
• Não tem poder de execução forçada
• Sentença é título executivo judicial – art. 515

Princípios
Princípios (art.
21, LA)
Livre
Contraditório Igualdade Imparcialidade
convencimento

Etapas
Instauração Organização Desenvolvimento
Conclusão

Procedimento
Instauração Organização Fase postulatória
• Etapa preliminar • Explicitar convenção • Alegações iniciais
• Comunicar outra parte • Detalhar objeto e valores • Provas documentais
• Escolha do árbitro • Cronograma • Revelia
• Exceção de recusa • Conciliação
• Arguição de vícios da convenção
Fase instrutória Fase decisória

• Produção de provas •Requisitos da sentença
• Depoimento de partes •Invalidades da sentença
• Depoimento de testemunhas
• Testemunha técnica

Procedimento
Procedimento
• 1. Garantias fundamentais – art. 21, §2

• Devido processo, contraditório, igualdade,
imparcialidade, livre convencimento
• Não determina publicidade
• 2. Instauração do procedimento – art. 19
• Instaura-se no momento que o árbitro aceita a nomeação
• Interrompe prescriçao

Procedimento
Procedimento
• 3. declarações iniciais
• Esclarecimento e complementação da convenção
• Adendo anexo à convenção
• Formular exceções – art. 20
• Incompetência, impedimento, suspeição, defeito na
convenção de arbitragem
• Todas as questões resolvidas no juízo arbitral

Procedimento
Procedimento
• 4. Rito
• Superadas preliminares => procedimento segue conforme regras da convenção ou
institucionais – art. 21
• Delegação ao árbitro para regular procedimento
• Delegação implícita se não há regras
• Atividade de instrução – art. 22
• Ouvida de testemunhas, Depoimento das partes, Perícia, Outras provas
• Provas orais são reduzidas a termo e assinadas
• 5. ausência na atividade arbitral – art. 22
• Efeito: parte que injustificadamente não presta depoimento => fato é considerado na
sentença
• Árbitro que substitui pode repetir provas
• Revelia não impede sentença

Procedimento
Sentença – art. 23 a 33
• Efeitos entre partes e sucessores – art. 31

• Título executivo judicial – art. 515, CPC e art. 31, LA
• Requisitos da sentença – art. 26
• Relatório: nome partes e resumo do litígio
• Fundamentos da decisão: análise de questões de fato e direito. Menção
expressa se for julgamento por equidade
• Dispositivo: resolução das questões, prazo para cumprimento
• Data e lugar que foi proferida
• Encerra-se arbitragem
• Entrega-se cópias para as partes

Procedimento
Efeitos Requisitos Recurso Nulidades

• Art. 31, LA • Art. 26, LA • Art. 30, LA • Art. 32, LA
• Entre partes e • Relatório • Embargos
sucessores • Fundamentação declaração
• Dispositivo • 5 dias
• Data e local • Decisão em 10 dias

Procedimento
Sentença
• Recursos
• Embargos de declaração – art. 30
• Corrigir erro material
• Esclarecimentos, dúvidas, omissão
• Prazo de 5 dias
• Decisão em 10 dias
Procedimento
Nulidades da sentença – art. 32
• Nula a convenção
• Emanar de quem não podia ser árbitro
• Não contiver requisitos
• Fora dos limites da convenção
• Prevaricação
• Concussão ou corrupção passiva
• Fora do prazo
• Desrespeito ao devido processo
Ação de nulidade é via judiciário – art. 33
• Prazo de ajuizar é de 90 dias

Doutora, meu nome é Bruno. Sou empresário da construção civil, proprietário
de uma construtora. Há alguns anos, celebrei um contrato de prestação de
serviços com uma empresa especializada em fundação: elemento estrutural
realizado com a finalidade de permitir que a carga de uma edificação seja
suportada pelo solo, sem rupturas ou grandes deformações no terreno, o
empreendimento foi construído e entregue aos proprietários. No entanto,
algumas das unidades residenciais apresentam rachaduras nas paredes do
edifício, na nossa avaliação os danos identificados decorrem de vícios de
construção relativos ao serviço de fundação. A empresa contratada para a
realização desse serviço diz não ter responsabilidade pelos danos, mas os meus
engenheiros afirmam o contrário. Entrei em contato com o proprietário da
empresa contratada, que respondeu via e-mail de forma muito breve e objetiva.
Ele afirma não ter responsabilidade pelos danos. Após diversas tentativas
frustradas, vejo que não há possibilidade de conseguir resolver o problema por
minha conta. Eu gostaria de resolver o problema com alguém que entenda do
assunto já que as duas empresas são do ramo de construção civil e a questão é
de análise técnica. Doutora, tenho que resolver essa situação, com urgência e de
forma sigilosa, para que a imagem da empresa não seja prejudicada, mas não
sei como agir.

Orientação jurídica individual
Orientação jurídica coletiva
Processo judicial individual
Processo judicial coletivo (!)
Encaminhamentos Arbitragem
possíveis Negociação direta
Negociação assistida
Conciliação
Mediação
Serventias extrajudiciais
Há conflito? (Descumprimento
de obrigação jurídica)
Há possibilidade de diálogo e
prática de concessões?
A atuação notarial ou
homologação judicial é
necessária ou desejada?
Organograma completo

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Negociação. Princípios da negociação. Negociador.

Ementa Mediação. Princípios da mediação. Tipos de

Arbitragem. Princípios da arbitragem. Cláusula

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Conflito é impossível de ser extirpado da sociedade, pode ser

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• Já que é inerente à condição humana, o que fazer?

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Apenas diga, ao colega, familiar, namorado(a), etc. a seguinte frase e

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Comunicação • (Eu vou para a

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Como construir comunicação não violenta (comunicação construtiva)

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• Ninguém se entende se não é efetivamente

• Primeiro escute, depois pergunte

Vinícius Cerqueira - vncerqueira@hotmail.com

• Cada pessoa tem seu tempo de fala. Não se admite interrupções

Vinícius Cerqueira - vncerqueira@hotmail.com

• Questão material é contaminada pelos

• Lidar com diferenças

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• Ressifignificação, reenquadre, recontextualização de

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