MSS SP-91

NORMAS PARA OPERAÇÃO

MANUAL DE VÁLVULAS

Ed. 1992
Confirmada em 1996
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INTRODUÇÃO

Os volantes ou alavancas fornecidos com válvulas acionadas manualmente são desenhados de forma a
possibilitar que um esforço razoável para acionamento seja exercido pelo operador. Todavia, a operabilidade
de válvulas controladas manualmente depende de vários fatores, tais como pressão e temperatura do fluído,
posição da válvula em relação aos operadores, velocidade de operação desejada, capacidade física dos
operadores, condições ambientais, e freqüência de operação. A adequação de válvulas com acionadores
manuais deverá, portanto, ser avaliada pelo comprador, baseada nas condições previstas de operação no
local de trabalho. Este documento foi preparado para auxiliar os usuários no estabelecimento dos requisitos
efetivos relativos à operação das válvulas. A maioria das válvulas pode ser dotada de atuadores adequados
para condições de serviço específicas, independentemente da severidade, quando tais condições forem
definidas.

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ÍNDICE

SEÇÃO PÁG.
0 FINALIDADE 4
1 ESCOPO 4
2 DEFINIÇÕES 4
3 CAPACIDADE DE APLICAÇÃO DE FORÇA PELO OPERADOR 5
4 FATORES MULTIPLICADORES 5
5 CONSIDERAÇÕES ADICIONAIS 5
6 CURVAS CARACTERÍSTICAS DE OPERAÇÃO DE VÁLVULAS 8

TABELAS
1 MULTIPLICADORES DO FATOR DE APLICAÇÃO DE FORÇA 8

FIGURAS
1 ACIONADOR MANUAL POR ALAVANCA 6
2 ACIONADOR MANUAL POR VOLANTE 6
3 ACIONADOR MANUAL POR ALAVANCA EM “T” 7
4 GLOBO – HASTE DESLIZANTE, FLUXO SOB O DISCO 9
5 GLOBO – HASTE DESLIZANTE, FLUXO SOBRE O DISCO 9
6 GLOBO – HASTE ROSCADA, FLUXO SOB O DISCO 9
7 GLOBO – HASTE ROSCADA, FLUXO SOBRE O DISCO 9
8 VÁLVULAS DIAFRAGMA E PINCH VALVES 10
9 VÁLVULAS BORBOLETA 10
10 VÁLVULAS DE ESFERA E DE MACHO 10
11 VÁLVULAS GAVETA, HASTE ASCENDENTE OU NÃO-ASCENDENTE 10

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FINALIDADE
A finalidade deste guia é fornecer aos
usuários de válvulas informações para uso na
avaliação da operação manual de válvulas.
Entenda-se que estas informações são de
natureza geral, e devem ser complementadas por
dados operacionais específicos da válvula e das
condições de serviço à qual ela será submetida.
As faixas máxima e mínima de torque de tipos
específicos de válvula e atuador não estão
compreendidas neste documento, porém devem
ser consideradas ao se aplicar dispositivos de
acionamento manual a qualquer válvula
específica. Os dados dos fabricantes da válvula e
do atuador deverão ser consultados quando aos
correspondentes tipos e classificações.
1 ESCOPO
Este documento apresenta normas para a
operação de válvulas acionadas manualmente por
efeito da atuação do operador da válvula.
2 DEFINIÇÕES
2.1 Atuador Manual: Dispositivo que
requer força manual para produzir o torque e/ou
impulso necessários para operar uma válvula,
incluindo alavancas, alavancas em T, alavancas
de correntes em T, volantes, rodas de corrente,
engrenagens sem-fim/engrenagens de dentes
retos/porcas corrediças, e unidades de operação
manual ( manual override) de atuadores motrizes.
2.2 Atuador Manual de Impacto: Volante
ou volante de corrente dotados de dispositivo de
impacto (hammerblow) que aumenta
momentaneamente a capacidade de quebra do
torque através da aplicação de forças de impacto.
2.3 Atuador Motriz: Mecanismo para
acionamento de válvulas utilizando impulso,
exceto manual, para aplicar força ou energia, tais
como unidades pneumáticas, elétricas ou
hidráulicas.
2.4 Operador: Pessoa ou pessoas que
aplicam força manual a um dispositivo de
acionamento. O operador típico é aquele que é
capaz de aplicar aproximadamente 150 libras de
força (670 N) a uma alavanca com um
comprimento efetivo de 12 polegadas (300 mm)
ao nível da cintura. Se os operadores designados
ou os requisitos do sistema diferirem, deverão ser
obtidas informações específicas do
fornecedor/fabricante da válvula.
2.5 Alavanca Efetiva ou Comprimento de
Alavanca em T Efetivo: O comprimento de
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alavanca efetivo medido a partir do centro da
haste até o centro de aplicação da força, 1½ pol.
(38 mm) desde a ponta da alavanca, ou o
comprimento total da alavanca em T menos 3 pol.
(76 mm).
2.6 Comprimento Efetivo da Alavanca da
Corrente em T: Comprimento desde o centro da
haste até o centro do fixador da corrente
multiplicado pelo seno do ângulo incluído entre a
alavanca e a corrente na posição sob
consideração.
2.7 Torque de Alavanca Disponível:
Produto de uma força aplicada a uma alavanca ao
comprimento efetivo da alavanca, multiplicado
pelo comprimento efetivo da alavanca.
2.8 Força no Aro do Volante: Força total
exercida no aro de um volante ou nos raios de um
volante de cabrestante, a qual é a soma de um
esforço de impulso e arrasto.
2.9 Torque de Volante Disponível:
Produto da força no aro do volante multiplicada
pelo raio do volante (diâmetro do volante divido
por 2), ou o produto das forças totais nos raios do
volante de cabrestante multiplicado pelo
comprimento de um raio, medido a partir do
centro, menos 1½ pol. (28 mm).
2.10 Torque do Volante de Corrente ou da
Alavanca de Corrente em T: Produto da força total
de arrasto exercida pelo operador, multiplicado
pelo raio do volante de corrente (diâmetro efetivo
do volante de corrente dividido por 2) ou
multiplicado pelo comprimento efetivo da alavanca
de corrente em T.
2.11 Condições Normais de Operação:
Refere-se às condições experimentadas por um
operador ao tentar aplicar força a um dispositivo
de acionamento. As condições normais são com o
acionador a nível da cintura e o plano de rotação
da alavanca, volante ou volante de corrente na
posição vertical ou horizontal com a temperatura a
70°F (20°C), com bom apoio sem restrições de
espaço.
2.12 Força Momentânea: Se um operador
precisar aplicar um esforço relativamente alto a
um atuador manual, de forma a fazer com que
uma válvula seja desbloqueada, porém pode
aplicar forças relativamente menores para
continuar o acionamento da válvula, o alto esforço
inicial é considerado como força momentânea.
2.13 Força de Curta Duração: É a força
que um operador deveria aplicar em um
dispositivo de acionamento por uma pequena
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parte do curso total da válvula, tal como para
assentamento e abertura.
2.14 Força Uniforme: Determinadas
válvulas requerem que um operador aplique uma
força relativamente constante a um dispositivo de
acionamento durante o curso da válvula. A força
uniforme é aquela esforço que um operador
deveria exercer por um período de até 5 minutos.
2.15 Força Prolongada: Este é o esforço
que um operador deveria aplicar a um dispositivo
de acionamento por períodos de tempo
prolongados.
2.16 Características Operacionais das
Válvulas: As forças desenvolvidas na haste da
válvula, e daí no atuador, durante o ciclo de
operação fechada-aberta-fechada, são indicadas
em termos de:
2.16.1 Torque: Momento de torção
desenvolvido nas hastes de válvulas, tal como
¼ de volta em válvulas de esfera, macho e
borboleta, ou nas porcas da haste de válvulas
globo ou gaveta.
2.16.2 Impulso: Esforço axial
desenvolvido nas hastes de válvulas, tais
como válvulas globo ou gaveta.
2.17 Rendimento Mecânico Líquido: Fator
multiplicador de transmissão por engrenagens,
que inclui tanto o coeficiente de redução como a
eficiência do dispositivo.
3 CAPACIDADE DE APLICAÇÃO DE FORÇA
PELO OPERADOR
3.1 Considerações: A seleção de
acionadores manuais de válvulas deve levar em
conta a capacidade dos operadores de aplicar a
força adequada ao dispositivo. Esta capacidade
depende de vários fatores, tais como:
a) Espaço disponível e posição do
dispositivo ao qual a força é aplicada.
b) Força física, peso e altura do
operador.
c) Natureza da força requerida, tal
como momentânea, de curta duração,
uniforme, prolongada, ou súbita e inesperada.
d) Condições ambientais, tais como
temperatura, umidade, apoio, escoramento, e
vestimentas de proteção.
e) Freqüência e urgência da operação.
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3.2 Gráficos: Os seguintes gráficos,
Figuras 1, 2 e 3, representam as capacidades do
operador em relação às dimensões do acionador
manual, e não têm a finalidade de cobrir todas as
condições possíveis de serviço da válvula e de
pressão diferencial. As informações apresentadas
nestes gráficos deverão ser combinadas para
compor as condições de operação do Parágrafo
3.1.
3.3 Volantes de Corrente: Nenhum
gráfico está incluído para tamanho do volante de
corrente versus capacidade de aplicação de força,
pois o impulso a um volante de corrente depende
do peso do operador e não está relacionado
apenas ao tamanho da mesma.
4 FATORES MULTIPLICADORES
4.1 Fatores de Aplicação de Potência
(Input): Conforme indicado no Parágrafo 3.1,
determinados fatores afetam a capacidade de um
operador de aplicar força a um dispositivo de
acionamento. A Tabela 1 apresenta uma lista
destes fatores, juntamente com um multiplicador
que poderá ser usado em conjunto com os
gráficos indicados no Parágrafo 3.2. Para utilizá-
la, consulte o gráfico aplicável conforme
determinado pelo dispositivo acionador, localize a
capacidade de aplicação de força do operador e
multiplique esta última pelo fator indicado na
Tabela 1 para o fator de posição. Multiplique esse
resultado pelo menor fator encontrado para todas
as outras considerações de potência.
4.2 Rendimento Mecânico: Dependendo
do torque ou impulso necessários para operar a
válvula, a aplicação de força pelo operador poderá
ser ampliada, típicamente, através de um sistema
de engrenagens. Nestes casos, a capacidade de
aplicação de força pelo operador é multiplicada
pelo rendimento mecânico líquido do sistema de
engrenagens.
5 CONSIDERAÇÕES ADICIONAIS
Além dos fatores multiplicadores
apresentados no parágrafo 5, existem outros
fatores que devem ser considerados como
contribuintes às limitações da operação manual de
válvulas. Eles incluem:
5.1 Velocidade de Operação: A operação
manual poderá significar que a velocidade com a
qual uma válvula possa ser acionada seria muito
lenta em uma situação de emergência. A
operação manual rápida de uma válvula, tal como
é possível com um acionador de alavanca, poderá
causar danos através do “golpe de aríete”.
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TABELA 1 – MULTIPLICADORES DO FATOR DE APLICAÇÃO DE FORÇA

Fator de Aplicação de Força (Input) Multiplicador

Posição
Nível do ombro a nível da cintura 1
Abaixo do nível da cintura 0,5
Acima do nível do ombro 0,5
(a) –
Dispositivos Manuais de Impacto Ø 12” (300 mm) 2
Ø 24” (600 mm) 3
Ø 36” (900 mm) 4

Espaço disponível Deve ser considerado individualmente

Força momentânea 1,0

Força de curta duração 0,85

Força uniforme 0,7

Força por tempo prolongado 0,25

Fatores ambientais Deve ser considerado individualmente

(a)
A eficácia dos dispositivos de impacto depende do diâmetro e comprimento do eixo da haste e da massa do
volante. Consulte o fabricante da válvula quanto à recomendação para utilizar dispositivos de impacto.

5.2 Forças Súbitas e Inesperadas: Forças acordo com a geometria da válvula e condições
súbitas e inesperadas poderão ser encontradas de operação. Assim, apenas uma curva de
em válvulas de ¼ de volta, que poderão abrangência ampla é mostrada para cada tipo de
desenvolver altas forças dinâmicas em válvula.
determinados ângulos de abertura a alta
velocidade de fluxo. Os fatores que afetam as curvas
características de uma válvula específica incluem:
A capacidade de um operador de aplicar
força a um dispositivo de acionamento manual a) Direção do fluxo, particularmente em modelos
depende da sua competência em reagir à de válvulas que podem ser sensíveis ao
exigência de força. Dado um conjunto de sentido do fluxo, tais como válvulas globo o
condições de operação, existe uma capacidade
máxima de aplicação de força para cada
operador. Se, todavia, o esforço é inesperado e
súbito, permitindo pouco tempo para reação, a
capacidade do operador para reagir fica impedida.

6 CURVAS CARACTERÍSTICAS DE
OPERAÇÃO DE VÁLVULAS

As Figuras 4 a 11 indicam características

típicas de operação para tipos usuais de válvulas
de aplicação geral. As curvas indicam geralmente
o torque ou impulso necessários para mover o
elemento de fechamento da posição fechada-
aberta-fechada. Os valores positivos de torque ou
impulso indicam que o elemento de fechamento
resiste ao esforço de abrir ou fechar. Os valores
negativos indicam que o elemento de fechamento
auxilia aquele esforço.
A curva efetiva para uma válvula específica
depende de vários fatores, e pode variar de

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