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CombinLin PDF
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√
Exemplo 1. Considere o polinômio p(x) = 1 + 2 t2 . Deseja-se escrever p(t) como combinação
linear dos vetores do conjunto {1, 1 − t, 1 − t2 }.
Solução: Queremos encontrar (se possível) números reais α0 , α1 , α2 tais que
p(t) = α0 · 1 + α1 · (1 − t) + α2 · (1 − t2 ).
De fato:
√ 2
1+2t = α0 · 1 + α1 · (1 − t) + α2 · (1 − t2 )
√
⇔ (1 − α0 − α1 − α2 ) + α1 t + ( 2 + α2 )t2 = 0.
Um polinômio é nulo se, e somente se, seus coeficientes são todos nulos e então, deve-se ter:
1 − α0 − α1 − α2 = 0 (I)
α1 = 0 (II)
√
2+α
2 = 0 (III)
√
De (III), segue que α2 = − 2; de (II), segue que α1 = 0 e assim sendo, deve-se ter que
√ √
1 − α0 − α1 − α2 = 0 ⇔ 1 − α0 − 0 − (− 2) = 0 ⇔ α0 = 1 + 2.
Portanto, √
α0 = 1 + 2
α1 = 0
α = −√2
2
e
[1, 1 − t, 1 − t2 ] ⊂ P2 (R) (II)
A inclusão (II) é trivial pois qualquer combinação linear dos vetores 1, 1 − t e 1 − t2 resulta
em um polinômio de grau menor que ou igual a 2.
Portanto, resta verificar a inclusão (I). Para tanto, considere um polinômio arbitrário p(t) ∈
P2 (R); então, existem escalares a1 , a2 , a3 tais que
p(t) = a1 · 1 + a2 · t + a3 · t2
(pois {1, t, t2 } é uma base (a base canônica) de P2 (R)).
Vamos mostrar que existem escalares α0 , α1 , α2 tais que
p(t) = α0 · 1 + α1 · (1 − t) + α2 · (1 − t2 ),
isto é,
a1 · 1 + a2 · t + a3 · t2 = α0 · 1 + α1 · (1 − t) + α2 · (1 − t2 ) (∗)
(note que os escalares a1 , a2 , a3 são dados; vamos verificar se existem os escalares α0 , α1 , α2 !)
Desenvolvendo (∗), tem-se que:
a1 · 1 + a2 · t + a3 · t2 = α0 + α1 − α1 t + α2 − α2 t2 )
⇔ (a1 − α0 − α1 − α2 ) + (a2 + α1 ) t + (a3 + α2 ) t2 = 0. (polinômio nulo)
Dado que {1, t, t2 } é um conjunto L.I. segue que:
a − α0 − α1 − α2 = 0 (1)
1
a2 + α 1 = 0 (2)
a3 + α 2 = 0 (3)
De (3) segue que α2 = −a3 ; de (2) segue que α1 = −a2 e assim, de (1) segue que
c0 · 1 + c1 · (1 − t) + c2 · t2 + c3 · (1 − t3 ) = 0
⇔ (c0 + c1 + c3 ) + (−c1 ) t + c2 t2 + (−c3 )t3 = 0.
Utilizando-se identidade de polinômios (ou então, o fato de que {1, t, t2 , t3 } é L.I.), segue que
os coeficientes c0 , c1 , c2 , c3 devem satisfazer ao sistema:
2
c0 + c1 + c3 =0
−c
=0
1
c2 =0
−c3
=0
cuja única solução é c0 = c1 = c2 = c3 = 0.
Conclui-se, portanto, que o conjunto β = {1, 1 − t, t2 1 − t3 } é L.I. e como
P3 (R) = [1, 1 − t, t2 , 1 − t3 ],
Obs.: Dos exemplos acima, conclui-se que dim(P2 (R)) = 3 e que dim(P3 (R)) = 4. Prova-se
que para qualquer n ∈ N tem-se que dim(Pn (R)) = n + 1.