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Governo aprova Regime de Prorrogação Temporária do Prazo de Resolução

Automática dos Contratos de Seguro de 15 para 60 dias.

Olavo Correia afirma que, considerando as eventuais dificuldades no cumprimento normal


das obrigações e pagamento dos prémios de seguros, devido às restrições decorrentes da
situação criada pela pandemia do novo coronavírus, o Governo, através do Decreto-Lei n.º
43/2020, de 16 de abril, aprovou um regime de prorrogação temporária do prazo de
resolução automática dos contratos de seguro prescrito n.º 2 do artigo 61.º do Decreto-Lei
n.º 35/2010, de 06 de setembro.

Segundo as informção avançada pelo Governo, chegaram a uma conclusão de que é mais
adquado implementar um prazo de resolução automática de 15 para 60 dias. Periúdo este
em que o contrato de seguro e as respetivas garantias mantêm-se plenamente em vigor.

Correia, frisa que, o regime comum do pagamento do prémio de seguro estabelece, como
princípio estruturante, a imperatividade absoluta do início ou a renovação da cobertura de
um risco ser precedida do pagamento do respetivo prémio, determinando a falta de
pagamento do prémio a não cobertura do risco. E Tendo em consideração o relevante papel
económico-social que o seguro desempenha, importa continuar a flexibilizar,
temporariamente e a título excecional, o regime de pagamento do prémio, convertendo-o
num regime de imperatividade relativa, ou seja, admitindo que seja convencionado entre as
partes um regime mais favorável ao tomador do seguro.

Na falta de convenção, e perante a falta de pagamento do prémio ou fração na respetiva


data do vencimento, a cobertura dos seguros obrigatórios é mantida na sua integralidade por
um período limitado de tempo, mantendo-se a obrigação de pagamento do prémio pelo
segurado, avança ainda o vice-primeiro-ministro.

Por outro, considerando os constrangimentos provocados pela pandemia da Covid-19 na


retoma da atividade económica, Olavo Correia diz que particularmente na retoma dos
sectores dos transportes e do turismo, especialmente nas ilhas mais turísticas,
nomeadamente Sal e Boa Vista, prevê-se, nos contratos de seguro em que se verifique a
redução significativa ou mesmo a eliminação do risco coberto, em decorrência direta ou
indireta das medidas legais de resposta à epidemia, o direito de os tomadores de seguros
requererem o reflexo dessas circunstâncias no prémio, assim como a aplicação de um
regime excecional de fracionamento do prémio, em resultado da diminuição temporária do
risco.

O mesmo arremata que esta medida abrange seguros que são subscritos em correlação com
a atividade afetada, podendo estar em causa, entre outros, seguros de responsabilidade civil
profissional, seguros de responsabilidade civil geral, seguros de acidentes de trabalho,
seguros de acidentes pessoais, enquanto seguros relativos a riscos que cobrem atividades.

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